34
CUARENTA POEMAS INÉDITOS DE JUAN JOSÉ DOMENCHINA 1 Para James Valender La publicación de obras que su autor n o d i o a l a estampa entra- ña siempre riesgos y exige, como es sabido, especiales precau- ciones. Entre estas, no son las más irrelevantes las de orden moral: el hallazgo de inéditos crea al filólogo un conflicto en- tre su compromiso c o n l a verdad histórica y el respeto al crite- rio del escritor, imperativos que lo obligan por igual pero que pueden resultar inconciliables. El dilema es viejo —tanto, cuan- do menos, como la decisión de los amigos de Virgilio en favor de la publicación postuma de la Eneida contra la voluntad expresa de este, según la noticia transmitida p o r l a tradición—, y probablemente insoluble. Cuando en 1995 editamos la Obra poética completa de Juan José Domenchina (Madrid, 1898-Mé- xico, D. F., 1959) dejamos fuera deliberadamente sus poemas postumos y el corpas de inéditos que hoy, al cabo d e u n dece- nio, recogemos aquí (sólo e n u n escueto apéndice quisimos en aquella ocasión asomarnos a la trastienda del poeta) 2 . Entonces, como ahora, se trataba de mantener las jerarquías establecidas por el autor. Cuidadoso en extremo, Domenchina publicó nu- merosos poemas, escribió muchos m á s y tuvo vínculos editoria- les durante toda su vida; nada hace pensar que los versos que 1 La autora agradece a Antonio Carreira las observaciones con que ha contribuido a mejorar este trabajo. 2 JUAN JOSÉ DOMENCHINA, Obra poética, ed. e introd. A. de Paz, pies. Emilio Miró, Castalia-Comunidad de Madrid, Madrid, 1995, 2 ts.: 388 y 452 pp. De- signada con las siglas OPen este artículo; las referencias a poemas éditos del autor remiten a la numeración que llevan en ella.

CUARENTA POEMAS INÉDITOS DE JUAN JOSÉ …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27564/1/53-001-2005-0129.… · rio del escritor, imperativo qus e lo obligan por igual pero qu

  • Upload
    vandung

  • View
    213

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: CUARENTA POEMAS INÉDITOS DE JUAN JOSÉ …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27564/1/53-001-2005-0129.… · rio del escritor, imperativo qus e lo obligan por igual pero qu

C U A R E N T A P O E M A S INÉDITOS D E J U A N J O S É D O M E N C H I N A 1

Para James Valender

L a p u b l i c a c i ó n d e obras q u e su a u t o r n o d i o a l a e s t a m p a e n t r a ­ñ a s i e m p r e r iesgos y e x i g e , c o m o es s a b i d o , espec ia les p r e c a u ­c i o n e s . E n t r e estas, n o s o n las m á s i r r e l e v a n t e s las d e o r d e n m o r a l : e l h a l l a z g o d e i n é d i t o s c r e a a l filólogo u n c o n f l i c t o e n ­tre s u c o m p r o m i s o c o n l a v e r d a d h i s t ó r i c a y e l r e s p e t o a l c r i te ­r i o d e l e s c r i t o r , i m p e r a t i v o s q u e l o o b l i g a n p o r i g u a l p e r o q u e p u e d e n r e s u l t a r i n c o n c i l i a b l e s . E l d i l e m a es v ie jo —tanto, c u a n ­d o m e n o s , c o m o l a d e c i s i ó n d e los a m i g o s d e V i r g i l i o e n f a v o r d e l a p u b l i c a c i ó n p o s t u m a d e l a Eneida c o n t r a l a v o l u n t a d e x p r e s a d e este, s e g ú n l a n o t i c i a t r a n s m i t i d a p o r l a tradición—, y p r o b a b l e m e n t e i n s o l u b l e . C u a n d o e n 1995 e d i t a m o s l a Obra poética c o m p l e t a d e J u a n J o s é D o m e n c h i n a ( M a d r i d , 1 8 9 8 - M é -x i c o , D . F . , 1959) d e j a m o s f u e r a d e l i b e r a d a m e n t e sus p o e m a s p o s t u m o s y e l corpas d e i n é d i t o s q u e h o y , a l c a b o d e u n d e c e ­n i o , r e c o g e m o s a q u í ( só lo e n u n escueto a p é n d i c e q u i s i m o s e n a q u e l l a ocas ión a s o m a r n o s a l a t ras t i enda d e l p o e t a ) 2 . E n t o n c e s , c o m o a h o r a , se t r a t a b a d e m a n t e n e r las j e r a r q u í a s es tab lec idas p o r e l a u t o r . C u i d a d o s o e n e x t r e m o , D o m e n c h i n a p u b l i c ó n u ­m e r o s o s p o e m a s , e s c r i b i ó m u c h o s m á s y t u v o v íncu los e d i t o r i a ­les d u r a n t e t o d a s u v i d a ; n a d a h a c e p e n s a r q u e los versos q u e

1 L a autora agradece a A n t o n i o C a r r e i r a las observaciones c o n que h a c o n t r i b u i d o a mejorar este trabajo.

2 JUAN JOSÉ DOMENCHINA, Obra poética, ed . e i n t r o d . A . de Paz, p ies . E m i l i o Miró, C a s t a l i a - C o m u n i d a d de M a d r i d , M a d r i d , 1995, 2 ts.: 388 y 452 p p . D e ­signada c o n las siglas O P e n este artículo; las referencias a poemas éditos d e l autor r e m i t e n a l a numerac ión que l levan e n el la .

Page 2: CUARENTA POEMAS INÉDITOS DE JUAN JOSÉ …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27564/1/53-001-2005-0129.… · rio del escritor, imperativo qus e lo obligan por igual pero qu

130 AMELIA DE PAZ NRFH, L U I

de jó inéditos no hubieran podido ver la luz, de haber sido su deseo. L a cal idad de los no difundidos que han llegado a nuestras manos —otros, como el pr imer poemario escrito en su adolescencia, fueron destruidos por Domenchina— no permite sin embargo, salvo excepciones palmarias, conjeturar que nos hallemos ante meros esbozos. Más bien habrá que suponer que, en unos casos, D o m e n c h i n a no creería oportuno incluir­los en el cuerpo de n inguno de sus libros, lo que un ido a su conocida prevención a divulgar su poes ía en revistas los aboca­ría al l imbo ; en otros, tales obras habrán constituido recreos de su soledosa expatr iac ión, sin mayores pretensiones.

Reunimos aquí las composiciones sueltas más acabadas que hemos podido espigar entre sus papeles. Son, cuantitativa y c u a 1 i ta ti vam e n te, suficientes para constituir u n volumen nutr i­do y sin desniveles, no exento a d e m á s de un idad formal y de fondo. Casi todas proceden del legado domenchin iano deposi­tado en la Bibl ioteca Nac iona l de M a d r i d ; dos de ellas, excep-cionalmente, fueron localizadas en la residencia madr i l eña de la viuda del poeta, Ernestina de C h a m p o u r c i n , y en la mexica­na Capi l l a Al fons ina (infra, núms . 24 y 38, respectivamente). Abarcan etapas dispares de su producc ión , aunque la mayor ía corresponde a la madurez alcanzada tras la guerra civil e spaño­la. N o todos los poemas están datados, por lo que en nuestra transcripción adoptamos u n orden alfabético de primeros ver­sos. Los más antiguos con fecha conocida son " Y se alegra el viento fr ío" (núm. 39) —cuya génesis , según el autógrafo , se re­monta al temprano 1922, a ñ o de las Poesías escogidas (Ciclo de mocedad. 1916-1921)— y "Vereda —lombriz de aventuras—" (núm. 34), de la é p o c a de sus audacias vanguardistas (1929); los más tardíos, "Tú —mi otro yo de veras, m i efectivo" (núm. 30) y "¿Vuela la p luma, o la vuela. . .?" (núm. 36 ) , se sitúan en octu­bre de 1957, dos años antes de la muerte de D o m e n c h i n a , si b ien algún otro, como el n ú m . 4 ( "Apolo, falso Dios, tañe su l i ­ra") , pudiera ser posterior a esa fecha.

Bás icamente , los textos ratifican al D o m e n c h i n a conocido. L a mejor poes ía d o m e n c h i n i a n a consiste, como sabemos, en la exp lorac ión minuciosa de unos pocos metros, motivos y regis­tros en un lenguaje conceptuoso: a esa m o n o t o n í a debe el poe­ta sus mayores logros y el aire de coherencia y severa a r m o n í a que posee su obra. Tales leitmotive se nos aparecen, sin excep­ciones notables, en estos nuevos poemas: entre las estrofas, e l soneto, la déc ima y el romance —las más características, por ese

Page 3: CUARENTA POEMAS INÉDITOS DE JUAN JOSÉ …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27564/1/53-001-2005-0129.… · rio del escritor, imperativo qus e lo obligan por igual pero qu

NRFH, LUI POEMAS INÉDITOS DE DOMENCHINA

orden , del autor—; en cuanto a la invención, aquellas imágenes que expresan, o bien la aniquilación del individuo por obra del destierro —tema fundamental de su poesía— tanto en el plano vital como en el metapoét ico , o bien su contrapunto idealiza­do; entre los modos, la nostalgia, el erotismo, la c o m u n i ó n con la naturaleza, la reflexión intelectual, la admonic ión y la sátira. Pero los poemas muestran también alguna vía menos frecuen­tada por D o m e n c h i n a , como el recurso a la seguidilla en el n ú m . 5 o al juguete cancioneri l en el sépt imo.

L a selección que ofrecemos no agota los materiales existen­tes: por enc ima de la exhaustividad ha pr imado el r igor de dar sólo poemas completos o con aspecto de serlo, excluyendo aquellos que por su evidente carácter fragmentario o por sus dificultades extremas de lectura nos hubieran obligado a dejar lagunas 3 . L a endiablada letra de D o m e n c h i n a no contribuye precisamente a red imir lo del olvido que lo sume, y es causa pr inc ipa l de la escasa f iabil idad que posee la mayor parte de las ediciones realizadas de su poes í a postuma.

1 . Abril llega con su luz. Breve romance sin fechar, conservado en autógra fo en el ms. 2 2 . 2 6 7 de la Bibl ioteca Nac iona l de M a d r i d ( B N M ) . Su inspiración es semejante a la de la déc ima " ( A b r i l m a d r i l e ñ o ) " de Exul umbra (OP, 6 1 0 ) y a la de los sonetos de La sombra desterrada, "Evocación de a b r i l " (OP, 654) y " A b r i l " (OP, 6 5 5 ) —estos dos últ imos, de febrero de 1 9 5 0 . Por su concis ión, y no sólo por el asunto, hace pensar asimismo en tales formas métricas , favoritas, como hemos seña lado , del autor. E l roman­ce posee cierta tradición en su poes í a —piénsese, sin ir más lejos, en la últ ima serie de Destierro (1942), en Nueve sonetos y tres romances ( 1 9 5 2 ) o en el romancero sin fecha de Preciada, la Pisa Bien—; lo novedoso en este caso es su carácter ep igramát ico .

E l or ig inal presenta tres versos tachados entre el segundo y el tercero, con una as imetría en los paréntes is que parece ind i ­car —junto con la rima— que el pr imero de los tres fue desecha-

3 E n u n o u otro de tales supuestos se encuentran varios n o exentos de interés: "¡A las barcas, pescadores . . . ! " , " C u a n d o tu p o q u e d a d se desmesu­r a " , " L a ínf ima voz n o sube a lo i n f i n i t o " , "Las ramas verdes, amor" , "Pero g u a r d a r m e , pos tumo, secreto", " V a n c o m o autómatas. A n d a n " , todos ellos conservados en el ms. 22.267 B N M ; y "Así son estos c a m i n o s " y "Trochas , atajos, caminos" , aparentemente dos versiones incompletas de u n m i s m o p o e m a (ms. 22.261 B N M ) .

Page 4: CUARENTA POEMAS INÉDITOS DE JUAN JOSÉ …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27564/1/53-001-2005-0129.… · rio del escritor, imperativo qus e lo obligan por igual pero qu

132 AMELIA DE PAZ NRFH, LUI

do en favor de l segundo: "(Si en su re toñar fecundo / ( ¡Si en su retoñar , tu vida / caduca ya, se viviese!)". Por su parte, el verso octavo —"sobre los re toños verdes"— corrige una redac­ción anterior: "sobre la ternura verde" (la enmienda acaso se haya efectuado al desaparecer los versos que acabamos de transcribir, donde se usa la palabra retoñar). E n el reverso del autógrafo existe u n borrador, de l que se infiere que los dos pr i­meros versos del poema —sin correcciones— hub ie ron de ser la inspiración in ic ia l , aparentemente fácil, mientras que el res­to se produjo con gran esfuerzo y numerosas vacilaciones (salvo los tres versos finales, asimismo bastante l impios en el p rop io borrador) .

A b r i l y su lluvia tonificante constituyen una de las i m á g e n e s arquet íp icas de la poes í a domenchiniana .

ABRIL llega con su luz húmeda y sus hojas verdes. Por las veredas sin polvo, bien asperjadas, se siente llegar a abril. Huele a lluvia 5 que va a caer. ¡Cómo huele la lluvia que va a caer sobre los retoños verdes, y al sol! Los prados se esponjan y los arroyos, que crecen, 10 suenan a guijas que chocan junto al silencio del césped.

2. Allí los campos yermos y el sol: la paramera, Serventesios alejan­drinos procedentes del ms. 22.267 B N M . E l autógrafo , encabe­zado con u n "1" , no presenta correcciones, como si hubiese sido pasado a l impio ; no obstante, el texto aparece tachado por una raya vertical, en medio de la pág ina . A u n q u e no lleva fecha, tal vez haya de atribuírsele la del soneto " N o sé. Apenas indic io de m i dolor , tu cánt ico" (infra, n ú m . 21), que figura, numerado con u n "2", en la cuarti l la que sigue a la que contie­ne esta compos ic ión . E n tal caso, el poema datar ía del 2 de sep­tiembre de 1940, lo que resulta verosímil también por razones de estilo: tanto el empleo del alejandrino y cierto preciosismo en la dicción, como la visión idealizada del p á r a m o castellano, de corte noventayochista, corresponden en efecto a la etapa in ic ia l del exil io de D o m e n c h i n a , representada ante todo en Destierro (1942).

Page 5: CUARENTA POEMAS INÉDITOS DE JUAN JOSÉ …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27564/1/53-001-2005-0129.… · rio del escritor, imperativo qus e lo obligan por igual pero qu

NRFH, LUI POEMAS INÉDITOS DE DOMENCHINA 133

A L L Í los campos yermos y el sol: la paramera radiante que imponía su enjuta servidumbre. Acá, los amarillos hirsutos de la era; el pan hecho de angustia, sudor, polvo y costumbre. Y, al fondo, calcinado lugar, la chamicera, 5 tizón de los voraces rigores de la lumbre.

¿Qué ráfaga de inquinas alzó la tolvanera que aún desdibuja el limpio diseño de la cumbre?

Allí fue, sin nostálgica pasión, la vida entera: viril orgullo, recto sentido, reciedumbre, 10 ¡temple! Toda la vida de un ser que, aún ayer, era cabal, impostergable, y hoy, roto en muchedumbre, se acarra, cual rebaño, bajo la solanera.

3. Alta naturaleza. Sonetil lo heptas i lábico de dos rimas fechado el 5 de marzo de 1951. E l autógra fo se encuentra en el ms. 22.267 B N M . E l soneto de siete sílabas no lo practicaba Do-menchina desde Margen ("Poetajoven", OP, 321), publicado en 1933, aunque, en aquella ocas ión, con cinco rimas. E l encabal­gamiento abrupto de los w . 11-12 ( " . . .Ca ída / fatal. . .") , así como la úl t ima frase ( " . . .En vida / , que ya a morirse empieza", w . 13-14), son muy domenchinianos , y resumen la antítesis inherente al poema y al conjunto de la p roducc ión lírica del autor, hondamente p la tónica y senequista.

A L T A naturaleza, verdecida y erguida. Yo voy ya de vencida e inclino la cabeza.

Si tal cual vez tropieza 5 con algo de la vida mi planta, estremecida, se encoge de extrañeza.

¡Qué grácil va y florida, con qué airosa presteza, 10 la juventud! Caída

fatal. Esta tristeza es despedida... En vida que ya a morirse empieza.

Page 6: CUARENTA POEMAS INÉDITOS DE JUAN JOSÉ …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27564/1/53-001-2005-0129.… · rio del escritor, imperativo qus e lo obligan por igual pero qu

134 AMELIA DE PAZ NRFH, LUI

4. Apolo, falso Dios, tañe su lira. Soneto conservado en u n autó­grafo de letra tardía (ms. 22.267 B N M ) ; en el reverso aparece el borrador del poema, con múlt iples tentativas.

Mantenemos la irregularidad del manuscrito en el empleo de la mayúscula en la palabra "Dios" (w. 1 y 10). L a a n ó m a l a puntuac ión de ese v. 10 y del siguiente nos ha obligado a aña­dir dos comas.

A P O L O , falso Dios, tañe su lira solar, augusta y exageradora. Pero oíd las palabras de la aurora en la voz que despierta y que respira.

El hombre es la verdad, él la mentira 5 obstinada que bruñe y sobredora lo que vemos. Y el mundo, como otrora, en nuestra mente lúcida delira.

Sin hipérboles pasma la hermosura de todo. Mas el dios, desmesurante[,] 10 con la voz impostada en su impostura[,]

emite —no le basta lo bastante— un ditirambo para la criatura que vive eternidad en el instante.

5. Ay, amor al sereno. Seguidillas del 4 de j u l i o de 1944, d ía en que el poeta compuso asimismo un soneto con el que la tercera comparte asunto: "Ysiempre la l lanura, la l lanura / de seca len­titud, que no acababa...", recogido cuatro años más tarde en la sección "Evocaciones" de Exal umbra (OP, 588). Esa seguidilla final carece del heptas í labo de apertura esperable, como en una especie de anacrusis que convierte la estrofa en u n doble bordón . Su segundo verso (16 del poema) ha sido corregido en el autógrafo (ms. 22.267 B N M ) sobre "caminar la l lanura" .

N o recordamos que el autor haya empleado tal estrofa en ninguna otra ocas ión; quién sabe si en esta pudo induc i r lo el ejemplo de A n t o n i o Machado, poeta muy presente en su me­mor ia y en sus escritos de los años cuarenta.

A Y , AMOR al sereno, cómo me dueles. ( [ ¡ ]Toda la noche, solo, bajo la nieve!)

Page 7: CUARENTA POEMAS INÉDITOS DE JUAN JOSÉ …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27564/1/53-001-2005-0129.… · rio del escritor, imperativo qus e lo obligan por igual pero qu

NRFH, LUI POEMAS INÉDITOS DE DOMENCHINA 135

Desde m i cama, 5 oigo, amor al relente, cómo me llamas.

* * *

C u a n d o entorna los ojos m i soñolienta, quiere d o r m i r el sueño 10 que la desvela. ...Se me dormía soñando en despertarse m e d i o d o r m i d a .

A y , cómo cansa 15 el andar la l l anura que n o se acaba. Leguas y leguas, p o r u n camino a solas que n u n c a l lega. 20

6. Como penitente, miente. D é c i m a f e c h a d a e n M é x i c o e n a b r i l d e 1948; su a u t ó g r a f o , q u e l l e v a u n " 3 " e n e l e n c a b e z a m i e n t o , f i ­g u r a e n e l m s . 22 .267 B N M . F o r m a serie c o n " S o r d a l u j u r i a , e l sayal" , t r a n s c r i t a m á s a d e l a n t e ( n ú m . 28) , l a c u a l a su vez va p r e c e d i d a d e u n " 2 " e n e l m a n u s c r i t o . P e n s a m o s q u e e l n ú m e ­r o u n o d e l a t r i logía h u b o d e ser la e s p i n e l a " E l h á b i t o " , d e La sombra desterrada (OP, 673 ) , c u y o a u t ó g r a f o a p a r e c e ba jo l a m i s ­m a s i g n a t u r a , c o n f e c h a d e l 1 d e a b r i l d e 1948 y u n a d e d i c a t o ­r i a r e v e l a d o r a : " ( A u n a d a m a q u e , d a n d o c u m p l i m i e n t o a u n v o t o , viste h á b i t o d e p a r d a e s t a m e ñ a ) " .

C O M O penitente, miente tu díscola carne ufana, que, s iendo tú la manzana y e l cíngulo la serpiente, tu hábito es el penitente. 5 Si , equívoca contrición, eludes la tentación c o n que te palpa su furia , sólo él pena, con lu jur ia v i l de fraile motilón. 10

Page 8: CUARENTA POEMAS INÉDITOS DE JUAN JOSÉ …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27564/1/53-001-2005-0129.… · rio del escritor, imperativo qus e lo obligan por igual pero qu

136 AMELIA DE PAZ NRFH, L U I

7. Dios et vos. C o m p o s i c i ó n o c t o s i l á b i c a c o n s a b o r t r o v a d o r e s c o q u e g l o s a l a d i v i s a d e l M a r q u é s d e S a n t i l lar ía 4 . P r e s e n t a u n a e s t r u c t u r a m é t r i c a d e c a b e z a s e g u i d a d e d o s terce t i l los . E l a u t ó ­g r a f o (ms. 22.261 B N M ) está f e c h a d o e n e n e r o d e 1950.

Dios et vos M . DE SANTILLANA

DIOS et vos, me llenáis de l todo, y fuera de mí vivo p o r los dos. Pero cuando yo me m u e r a se verá que en mí no era 5 Dios tan grande como vos.

Largo castigo me espera.

8. En la implacable hoguera del cristiano. S o n e t o d e c o n t e n i d o a n t i s e m i t a escr i to e n 1942 y c o n s e r v a d o e n e l m s . 22 .267 B N M e n u n m e c a n o s c r i t o s i n c o r r e c c i o n e s , c o n l a f e c h a a ñ a d i d a a m a n o . T i e n e resabios d e l l é x i c o v e r b o s o (véase e l v. 2) caracte­r í s t ico d e l a p o e s í a d o m e n c h i n i a n a a n t e r i o r a l a g u e r r a , y a ú n p r e s e n t e e n los p r i m e r o s a ñ o s d e l e x i l i o .

E N la implacable hoguera de l cristiano ardió la tendinosa grey precita, n o el a lma membranosa de l semita: servil, garruda, vi l y terca m a n o .

De la rapacidad de lo i n f r a h u m a n o 5 a la postergación que n u n c a grita, la ley, que n o es de ley, quedó ya escrita: - N o verás n i en los tuyos u n h e r m a n o .

C o n la codic ia y el afán de l oro , la p r i m o g e n i t u r a es b u e n terreno 10 para arrastrar la vida sin decoro.

4 E n nota al soneto de d o n Iñigo López de M e n d o z a "Buscan los enfer­mos sanctüarios", cuyo últ imo verso concluye c o n esa expresión, escribe su edi tora REGULA ROHIAND DE LANGBEHN: "Dios e vos: es la divisa de Sant i l lana , aplicándose «vos», según e l contexto , a la V i r g e n o a la d a m a que el poe ta canta, c o m o se puede ver en otras de sus obras, p o r e jemplo en el d e c i r «Desseando ver a vos»" (Marqués de Sant i l lana, Comedieta de Ponza, sonetos, serranillas y otras obras, ed . , pról . y notas R. R o h i a n d de L a n g b e h n , est. pre-l i m . V i c e n t e Beltrán, Crítica, Barce lona , 1997, p . 236).

Page 9: CUARENTA POEMAS INÉDITOS DE JUAN JOSÉ …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27564/1/53-001-2005-0129.… · rio del escritor, imperativo qus e lo obligan por igual pero qu

NRFH, LUI POEMAS INEDITOS DE DOMENCHINA 137

T o d o - e l fraude, la a f renta- , todo es b u e n o si es útil, que hay u n único tesoro: vivir a costa de l sudor ajeno.

9. Eres tan estupendamente hermosa. C o m p o s i c i ó n v e r s o l i b r i s t a d e a s u n t o e r ó t i c o f e c h a d a e l 3 d e e n e r o d e 1950; su a u t ó g r a f o se e n c u e n t r a e n e l m s . 22 .267 B N M . U n t r a t a m i e n t o s i m i l a r d e l t e m a a m o r o s o se p r o d u c e e n p o e m a s t a n dis tantes e n t i e m p o y es té t i ca c o m o l a " A l e g o r í a d e l a j u v e n t u d " d e La corporeidad de lo abstracto (OP, 129) , las p r i m e r a s "E leg ías b a r r o c a s " ( " P r i m a v e r a d e g o z o s " y " E l es t ío y sus brasas" , O P , 353-355 y 356-357) , e l " M a d r i g a l b á r b a r o " d e Perpetuo arraigo (OP, 6 2 2 ) , o e l p o s t u m o " S u s a n a y los h o m b r e s " 5 .

E l verso q u i n t o h a s i d o c o r r e g i d o e n e l m a n u s c r i t o s o b r e o t r o t a m b i é n bastante p r o s a i c o , a l q u e n o m e j o r a : " C u a n d o p o r fin se l l e g a a desear te , " .

ERES tan estupendamente hermosa que el pasmo que suscitas quiebra en añicos las palabras y suspende el al iento. A l mirarte - q u e es más que desearte- , se siente más que fur ia , más que amor inmedia to .

5

T o d o hirsuto y tirante, en galope de fiebre y de de l i r io , el h o m b r e va hacia ti para anegarse e n tu sangre que abrasa y en tu alma, que quema.

10

N o , no eres, no , unas ingles y unos senos que p i d e n amorosas caricias lentas a lo largo de la n o c h e . . .

15

Exiges - p o r q u e estás al rojo vivo bajo tu pérfida b lancura estal lante- la v ida toda de l h o m b r e que te l lega sangrientamente a las entrañas.

20

5 J . J . DOMENCHINA, "Susana y los hombres" , PSA, 157 (1969), 53-56.

Page 10: CUARENTA POEMAS INÉDITOS DE JUAN JOSÉ …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27564/1/53-001-2005-0129.… · rio del escritor, imperativo qus e lo obligan por igual pero qu

138 AMELIA DE PAZ NRFH, L U I

10. Esos canes, rondadores. R o m a n c e c o n a l g ú n p i e q u e b r a d o , q u e se h a l l a e n e l m s . 22 .267 B N M , e n a u t ó g r a f o y c o p i a m e c a -n o s c r i t a c o n c o r r e c c i o n e s d e l a u t o r ; esta ú l t i m a es l a vers ión q u e a q u í s e g u i m o s , y a p i e d e p á g i n a d a m o s las var iantes d e l m a n u s c r i t o . L a s r e c t i f i c a c i o n e s d e l a u t ó g r a f o p e r m i t e n a v e n t u ­r a r u n a h ipótes i s a c e r c a d e l a g é n e s i s d e l p i e q u e b r a d o e n e l v. 12: e n p r i m e r l u g a r , D o m e n c h i n a e s c r i b i ó "de r e p e n t e " , ex­p r e s i ó n q u e p o r l a a s o n a n c i a c o r r e s p o n d í a m e j o r a l final d e verso ; a c o n t i n u a c i ó n t a c h ó " r e p e n t e " , p e r o l u e g o volvió a es­c r i b i r l o , r e s u l t a n d o u n verso te t ras í labo . L a a s o n a n c i a y e l s i g n i ­ficado d e esa o c u r r e n c i a i n i c i a l p u e d e n h a b e r l e s u g e r i d o l a i d e a d e d e j a r e l verso c o n l a m i t a d d e sí labas. E n c u a n t o a l a d ­v e r b i o " s i e m p r e " d e l v. 38, es c o r r e c c i ó n d e l a u t ó g r a f o s o b r e " v u e l v e " . A d i f e r e n c i a d e l m e c a n o s c r i t o , este p o n e c o m a a l final d e l verso , l o q u e acaso sea p r e f e r i b l e .

E l p o e m a se c o m p u s o e n o c t u b r e d e 1948 ( p r e s u m i b l e m e n t e e l d ía 29 ) , s e g ú n i n d i c a e l a u t ó g r a f o . Es u n d e s a r r o l l o e n c a d e ­n a d o d e var ios m o t i v o s c o m u n e s e n l a p o e s í a d o m e n c h i n i a n a (los p e r r o s , l a h u e l l a , e l d o b l e , e l e co , l a s o m b r a , e l m u r o ) .

Esos canes, rondadores y aulladores, que nos m u e r d e n c o n sus latidos, ventean husmos o sombras de muerte .

M i doble , anguloso espectro, 5 se escurre p o r las paredes.

Si m i evasión y su fuga corren paralelamente, n o habrá n u n c a encruci jada d o n d e sus pasos se encuentren . 10

¿Adonde 6 l lega m i sombra de repente, cuando se le acaba el m u r o p o r d o n d e desliza, tenue réplica, la superficie 15 m u d a de su andar deleble?

6 ¿ A d o n d e ] Ay . ¿ D ó n d e Q (que era lo que primitivamente leía también el me­canoscrito, pero ha sido rectificado por mano de JJD).

Page 11: CUARENTA POEMAS INÉDITOS DE JUAN JOSÉ …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27564/1/53-001-2005-0129.… · rio del escritor, imperativo qus e lo obligan por igual pero qu

NRFH, LUI POEMAS INÉDITOS DE DOMENCHINA 139

¿En dónde d a 7 m i l iviana contraf igura de enfrente?

Yo soy yo. M e veo y me pa lpo , terne. 20 Yo soy yo, cuerpo r o t u n d o . N o soy ese, lateral, adscrito, sordo borrón, que n o puede verse.

B u e n remedador , repite 25 mis ademanes de siempre, c o m o u n s imio. S imple cop ia y eco solo en las paredes.

C u a n d o se le acaba el m u r o , de pronto , ¿dónde se mete? 30 ¿Dónde estrella m i perfil? ¿En qué deslices me pierde? ¿Contra qué me da de bruces? ¿En dónde a medias me tiene? [f. 2]

E n torno, muía de nor ia , 35 sin u n l ende l evidente, ¿cómo, si n o deja huellas, tras el hosco mutis, s i e m p r e 8

p o r lo i n o p i n a d o , e n j u e g o fiel, sobre sus pasos vuelve? 40

¡Ay 9, su i r y venir me enjaula; me restriega en las paredes; p a r o d i a mis ademanes; me sigue cansinamente!

S o m b r a agorera, nefasto 45 luto de i d a y vuelta, especie falsa de m i cuerpo en fuga sobre u n m u r o l i s o . . .

¡Vete!

7 ¿En dónde, da] ¿Dónde cae Q 8 siempre] ~, Q 9 ¡Ay,] A y , O

Page 12: CUARENTA POEMAS INÉDITOS DE JUAN JOSÉ …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27564/1/53-001-2005-0129.… · rio del escritor, imperativo qus e lo obligan por igual pero qu

140 AMELIA DE PAZ NRFH, LUI

11. Este mundo tan exacto. D é c i m a d e c o n t e n i d o e p i s t é m i c o - m o -r a l c o m p u e s t a e n 1951 , p o s i b l e m e n t e e l 4 d e f e b r e r o , a u n q u e l a c i f r a d e l m e s es d u d o s a e n e l a u t ó g r a f o (ms. 22 .267 B N M ) . Es , e n t o d o caso, p o s t e r i o r a las m á s tardías p u b l i c a d a s p o r e l a u t o r . " A u n q u e i g n o r o " (v. 3) h a s i d o c o r r e g i d o e n e l o r i g i n a l s o b r e "¿Sé l o q u e soy," ; " s o l e d a d " (v. 10) , s o b r e " p u r i d a d " . E l p o e m a t i e n e e n e l s e g u n d o verso l a p a u s a t íp ica d e m u c h a s es­p i n e l a s d o m e n c h i n i a n a s .

12. Feliz réplica, copia cabal... En escultura. C o m p o s i c i ó n e n p a ­r e a d o s a l e j a n d r i n o s , s i n datar ; a u n q u e l a m é t r i c a y l a p r o f u s i ó n d e esdrú ju los s o n p r o p i a s d e l D o m e n c h i n a d e los a ñ o s v e i n t e , l a l e t r a d e l a u t ó g r a f o (ms. 22 .267 B N M ) c o r r e s p o n d e a l a p o s ­g u e r r a . T i e n e a i re d e i r ó n i c o r e m e d o p a r n a s i a n o .

S o n n u m e r o s a s las e n m i e n d a s d e l m a n u s c r i t o : e n e l v. 6, " s i e m p r e t e n s a " se c o r r i g e s o b r e " c o m o s o r d a " ( p o r su p a r t e co­r r e g i d o s o b r e " e n t e n s i ó n " ) ; e n e l 11, " e s p a n t á n d o s e " r e c t i f i c a a " q u e ya u r g i d o " (y esto, a su vez, a " c o m o u r g i d o " ) ; e n e l v. 12, " e n g a ñ o s o " a p a r e c e s o b r e " a r r o g a n t e " ; e n e l 16, " m á r m o l " co ­r r i g e a " p i e d r a " .

ESTE m u n d o tan exacto me da apenas su sentido. A u n q u e ignoro lo que he sido y lo que seré, me jacto de verme entero en el acto que ejecuto. L a verdad es que soy la vanidad soberbia en que me concentro cuando tal cual vez n o encuentro salida a m i soledad. 10

5

MÁRMOL ECUESTRE

FELIZ réplica, cop ia cabal . . . E n escultura quieta, devora espacios, entre ráfagas, p u r a sangre a c incel , u n bruto en p iedra : tasca el f reno desenfrenadamente; tiene el ol lar obsceno. E l ímpetu, la díscola cer r i l idad arranca de la indómita grupa, s iempre tensa, de l anca rebelde que en corcovos y botes desarzona a q u i e n su torso, virgen de d o m i n i o , apris iona. E l pedestal bronc íneo , que lo l imi ta , es tope

5

Page 13: CUARENTA POEMAS INÉDITOS DE JUAN JOSÉ …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27564/1/53-001-2005-0129.… · rio del escritor, imperativo qus e lo obligan por igual pero qu

NRFH, LUI POEMAS INEDITOS DE DOMENCHINA 141

d o n d e se aquieta, en d u r a tirantez, e l galope d e l bruto , que espantándose, c r i n al viento, se zafa de u n engañoso pasmo de p i e d r a esbelta, y piafa. C o n su espuela de luz el sol, que ya decl ina , acicata el ijar de la imagen e q u i n a y el esbelto trasunto de corcel , e l instable solípedo de mármol recalcitra, i n d o m a b l e , y chafa los asfódelos de aquel r incón silvestre c o n el piafante garbo de su arrogancia ecuestre.

15

10

13. ¿Has ido a buscar la canción... ? S o n e t i l l o e n e a s í l a b o d e d o s r i m a s . E l a u t ó g r a f o (ms. 22 .267 B N M ) l l e v a f e c h a d e l 19 d e oc­t u b r e d e 1944. P r e s e n t a u n p a r d e v a r i a n t e s ( c o m a a l final d e l v. 6, y " p r í s t i n o " p o r " g e n u i n o " e n e l 11) c o n r e s p e c t o a u n m e -c a n o s c r i t o , s i n da tar , c o n s e r v a d o e n e l m i s m o s i t io , q u e es e l t e x t o q u e a q u í s e g u i m o s , p u e s t i e n e s ignos d e h a b e r s i d o r e v i ­s a d o p o r D o m e n c h i n a . E l m a n u s c r i t o r e v e l a a s i m i s m o q u e l a o r a c i ó n i n t e r r o g a t i v a d e los tercetos i n i c i a l m e n t e se c e r r a b a a l final d e l p r i m e r o ; c o n p o s t e r i o r i d a d , e l a u t o r d e c i d i ó p r o l o n ­g a r l a a l s e g u n d o .

P o r s u c o n t e n i d o , e l p o e m a acaso se d i r i j a a " L e ó n F e l i p e " , a n t a g o n i s t a i m p l í c i t o e n a l g u n a o t r a o c a s i ó n —como l a " P r i m e ­r a e l e g í a j u b i l a r " ( O P , 559)— d e l sujeto q u e se e x p r e s a e n l a p o e s í a d o m e n c h i n i a n a ; n o obs tante , n o h a y n i n g u n a p r u e b a e x t e r n a q u e avale esa h ipótes i s .

ELEGÍA

¿ H A S ido a buscar la canción sin n o m b r e , el anónimo acento que r o m p e las cuerdas de l viento tirante, e n su hero ica tensión?

Casi tangible, el diapasón de tu quej ido maci lento es grave: entrecorta el al iento, pasma y suspende el corazón.

5

¿Te fuiste a buscar la canción p e r d i d a , e l sutil e lemento g e n u i n o de la creación,

10

el polvo impalpable - m e m e n t o desesperado en la pasión arrebatadora d e l viento?

Page 14: CUARENTA POEMAS INÉDITOS DE JUAN JOSÉ …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27564/1/53-001-2005-0129.… · rio del escritor, imperativo qus e lo obligan por igual pero qu

142 AMELIA DE PAZ NRFH, L U I

14. La luna está—¡tan límpida y tan honda!—. S o n e t o d e d o s r i m a s f e c h a d o e l 6 d e m a y o d e 1950. S u a u t ó g r a f o se h a l l a e n e l m s . 22 .261 (8) B N M . Es u n a r e c r e a c i ó n d e l m o t i v o d e l a l u n a , n o m u y e x p l o r a d o e n esta p o e s í a — e x c e p c i ó n es l a d é c i m a d e La sombra desterrada " L a l u n a y los á r b o l e s " (OP, 677) , c u y o o r i g i ­n a l , d e p o s i t a d o e n e l m s . 22 .267 B N M , t i e n e f e c h a d e e n e r o d e l m i s m o a ñ o .

E n e l v. 4, acaso e l m e n o s l o g r a d o d e l p o e m a , "más q u e h e r ­m o s u r a " es e n m i e n d a d e l a u t ó g r a f o s o b r e "a n o sé q u i é n , " ; e n e l v. 5 , " D e s c u e l l a e n e l a z u l " sustituyó a "Está e n e l p l e n o a z u l " .

L A l u n a está - ¡ t a n límpida y tan h o n d a ! -e n u n cielo pasmoso. Resplandece atenta a su misión y n o parece más que hermo su ra hermética y redonda .

Descuel la en el azul , radiante y b l o n d a . 5 Su alto p u d o r sin nubes se guarece en la sonrisa a m e d i o hacer que ofrece su rictus agridulce de G i o c o n d a .

¡Limpio recato en p l e n i t u d ! L a f r o n d a trepa a su castidad intacta, crece, 10 noche arriba, t emiendo que se esconda

tras u n a n u b e . . . Pero permanece a toda luz y desvelada, m o n d a , c o n la desnudez p u r a que merece.

15. La novia exangüe. M e c a n o s c r i t o c o n c o r r e c c i o n e s a u t ó g r a f a s (ms. 22 .267 B N M ) . I g n o r a m o s su f e c h a d e c o m p o s i c i ó n , acaso c o e t á n e a d e los d o c e " H a i - k a i s " i n c l u i d o s e n La corporeidad de lo abstracto en 1929 ( O P , 138-149) .

SEIS HAI-KAIS DE EPITALAMIO

( O r t o de bodas)

L A novia exangüe: bajo u n a l u n a pálida, otra de sangre.

Page 15: CUARENTA POEMAS INÉDITOS DE JUAN JOSÉ …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27564/1/53-001-2005-0129.… · rio del escritor, imperativo qus e lo obligan por igual pero qu

A" POEMAS INÉDITOS DE DOMENCHINA 143

(Tocado)

Ya no fue aquel lo de desnudarse a solas 5 frente al espejo.

( M i m o )

Y se dormía soñando en despertarse m e d i o d o r m i d a .

(Muñecas)

C o m o es tan niña, 10 le sueñan sueños rubios e n las axilas.

(Cansancio)

P o r sus ojeras se asoma a la mañana que la despierta. 15

( D u c h a m a t i n a l en el j a r d í n )

Bajo la l luvia , va, casi transparente­mente, d e s n u d a . . .

16. Liza de amor. Se desliza. E s p i n e l a d e t e m a e r ó t i c o escr i ta e n j u n i o d e 1948, s e g ú n e l a u t ó g r a f o d e l m s . 22 .267 B N M . E n e l v. 9, e l a u t o r h a p r e f e r i d o " v e n c o m o " a u n a p a l a b r a i l e g i b l e ( tal vez " p r e s u m e n " ) .

PRIMERA LIZA DE AMOR

LIZA de amor. Se desliza a flor de p i e l la entrañable necesidad, ya palpable, de h e n d i r p r o p i a de tal l iza.

Page 16: CUARENTA POEMAS INÉDITOS DE JUAN JOSÉ …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27564/1/53-001-2005-0129.… · rio del escritor, imperativo qus e lo obligan por igual pero qu

144 AMELIA DE PAZ NRFH, Uli

Pasmo - e s p a s m o - que eterniza unos segundos, movidos mutuamente , y, compart idos en pr imicias tan gozosas, que n o se ven c o m o glosas de ademanes repetidos. 10

5

17. Lo que tengo no me tiene. R o m a n c e s i n f e c h a c o n s e r v a d o e n e l m s . 22 .267 B N M e n d o b l e t e s t i m o n i o , a u t ó g r a f o y m e c a n o s -c r i t o c o i n c i d e n t e s . L a p r i m e r a d e las " V a r i a c i o n e s " r e c r e a e l m o t i v o d e l e r r a r e n v a n o , u n o d e los es t i lemas figurativos d e l a p o e s í a d o m e n c h i n i a n a d e l d e s t i e r r o . E n l a s e g u n d a , otras d o s d e sus i m á g e n e s m á s e m b l e m á t i c a s —el Doppelgänger y e l m u r o — se a s o c i a n d e m o d o i n u s i t a d o , p o r m e d i o d e u n a ev idente r e f e r e n ­c i a m e t a l i t e r a r i a . E l a u t ó g r a f o p r e s e n t a a l g u n a s r e c t i f i c a c i o n e s e n esa s e g u n d a c o m p o s i c i ó n : " s o r d a " (v. 3) h a s i d o c o r r e g i d o s o b r e " p i e d r a " , y " c a l " (v. 4) s o b r e " f v i l f " . E n e l v. 8, " p o s t e " a p a r e c e escr i to s o b r e u n a p a l a b r a i l e g i b l e ; " m e t o p é " (v. 9 ) , so­b r e "te topaste" . E n c u a n t o a los w . 10-12, p r i m i t i v a m e n t e e r a n u n o : " ( c e r r i l y e x p i a t o r i o c h i v o ) " .

I

L o QUE tengo n o me tiene. V o y en vi lo . Y m e aterra el n o sentirme las pisadas cuando piso u n suelo que me desanda los pasos que doy, perdidos,

5

II

Bel laco y zumbón, m i ciego Lazar i l lo , tras de estamparme e n la sorda cal de u n m u r o encontradizo, fruye el avieso arregosto de su represalia, al filo d e l a r d i d que me aplastó contra el poste de mí mismo. Y c o m o ya me topé —como u n chivo cerr i l y e x p i a t o r i o - , en golpe de castigo,

10

5

Page 17: CUARENTA POEMAS INÉDITOS DE JUAN JOSÉ …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27564/1/53-001-2005-0129.… · rio del escritor, imperativo qus e lo obligan por igual pero qu

NRFH, LUI POEMAS INÉDITOS DE DOMENCHINA 145

con la verdad, huye el bul to y me deja, impacto liso, c o m o incrustación de sombra 15 deleble, estrellado en frío.

18. Mujer de vida opulenta. D é c i m a s i n f e c h a r q u e se h a l l a , e n a u t ó g r a f o , e n e l m s . 22 .267 B N M . L a l e t r a d e l o r i g i n a l susc i ta u n p a r d e d u d a s d e t r a n s c r i p c i ó n : e n e l v. 4, e l poses ivo e n t r e c r u c e s p u d i e r a ser " l a " (hay u n a a m b i g u a r e c t i f i c a c i ó n e n e l a u t ó g r a f o ) ; e n e l 6, ex is te ante l a f o r m a v e r b a l u n a n e g a c i ó n q u e p a r e c e h a b e r s i d o t a c h a d a . " C o n f u n d i r t e e n " (v. 7) es co ­r r e c c i ó n d e l a u t o r (acaso s o b r e " f u n d i r t e c o n " ) ; " a c u c i a " (v. 8) f u e p i i m i t i v a m ente " u r g e n c i a " .

MUJER de v ida opulenta : para tu a lma presurosa que te consume y acosa resulta f t u f carne lenta. Vives tus sueños, a cuenta 5 de la vida : y has logrado confundir te en lo soñado: mas la acucia sin sentido no encuentra lo que h a p e r d i d o tu vivir apresurado. 10

19. N o díscolo, sí veloz... C o m p o s i c i ó n s in datar p r o c e d e n t e d e l ms . 22 .267 B N M . Es u n a var iante d e l a sext i l la . E l autógra fo , m u y l i m ­p i o , n o p r e s e n t a e n este caso c o r r e c c i o n e s n i lec turas dudosas .

E L 57 Y EL NO

No díscolo, sí ve loz . . . E l ¿ a f i r m a y firma u n pacto precoz, de urgencia , en el acto. E l no recula, d a coz. (Dios te l ibre de l impacto 5 de su retroceso atroz).

20 . No, no hermética: inefable. D é c i m a s i n f e c h a , c o n s e r v a d a e n e l m s . 22 .267 B N M e n d o b l e vers ión: a u t ó g r a f a ( Q ) , y m e c a n o s c r i -ta c o n c o r r e c c i o n e s a u t ó g r a f a s (/?), q u e m e j o r a e l t ex to d e l d e ­c h a d o , y q u e s e g u i m o s a q u í . Este ú l t i m o carece d e t í tu lo . P r e c i s a m e n t e e l f e m e n i n o d e l e p í g r a f e h a d e b i d o d e p r o v o c a r

Page 18: CUARENTA POEMAS INÉDITOS DE JUAN JOSÉ …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27564/1/53-001-2005-0129.… · rio del escritor, imperativo qus e lo obligan por igual pero qu

146 AMELIA DE PAZ NRFH, L U I

l a c o n v e r s i ó n e n ese g é n e r o d e l o q u e p r i m i t i v a m e n t e e r a u n c o n c e p t o n e u t r o , c o m o p u e d e observarse e n las var iantes d e l a p a r a t o c r í t i c o . L a vers ión m e c a n o g r a f i a d a h a o p t a d o a d e m á s p o r e l h a b i t u a l c o m i e n z o l a p i d a r i o d e las d é c i m a s d o m e n c h i -n i a n a s f r e n t e a l a e n u m e r a c i ó n d e a p o s i c i o n e s , a l t e r a n d o l a p u n t u a c i ó n d e l p r i m e r v e r s o .

S u a s u n t o es l a e s p e c u l a c i ó n filosófica p r o p i a d e D o m e n c h i -n a e n este m e t r o e s p e c i a l m e n t e e n t r e 1936 y 1942.

L A VERDAD ARDUA

N o , n o hermética: i n e f a b l e 1 0 . Difícil de decir , sombra ardiente que no se n o m b r a con un n o m b r e razonable. N o se nos da, pero es dable. 5 Si tenazmente l a 1 1 cerca, con su lucidez de terca esclarecedora en frío, la vo luntad , su desvío radiante se nos acerca. 10

21 . No sé. Apenas indicio de mi dolor, tu cántico. S o n e t o a l e j a n d r i ­n o c o n serventes ios e n vez d e cuar te tos , c u y o a u t ó g r a f o (ms. 22 .267 B N M ) l l e v a u n " 2 " a l f r e n t e y f e c h a d e l 2 d e s e p t i e m b r e d e 1940 (es, p u e s , a n t e r i o r e n u n p a r d e s e m a n a s a l i n i c i o de l a r e d a c c i ó n d e l a " P r i m e r a e l e g í a j u b i l a r " , O P , 559 ) . P o r su d i s p o ­s ic ión e n e l l e g a d o d o m e n c h i n i a n o , p a r e c e f o r m a r ser ie c o n "Allí los c a m p o s y e r m o s y el so l : l a p a r a m e r a " , c o m o ya se seña ló (cf. supra, n ú m . 2 ) . S u i n t e r é s , a n u e s t r o j u i c i o , r e s i d e e n su i m ­p e r f e c c i ó n : e n e l t o n o c o n v e n c i o n a l , todavía a j eno a l a i m p r o n ­ta q u e D o m e n c h i n a l l e g a r á a a c u ñ a r e n esa f o r m a m é t r i c a .

E n e l ú l t i m o verso , "y a n g u s t i a s , " es c o r r e c c i ó n d e l a u t o r s o b r e " d i b u j o " , y " p o e m a s " sobre " e s q u e m a s " .

N o sé. Apenas i n d i c i o de m i dolor , tu cántico aturde, vocifera. N o sé. Yo, taciturno, invoco lo más quedo del estertor romántico para sufrir a solas m i p e n a sin coturno .

hermét ica (corr. autógrafa sobre JJ)] hermét i co Q, fi II inefable.] ~, O la (corr. autógrafa sobre JJ) ] lo O, f

Page 19: CUARENTA POEMAS INÉDITOS DE JUAN JOSÉ …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27564/1/53-001-2005-0129.… · rio del escritor, imperativo qus e lo obligan por igual pero qu

NRFH, LUI POEMAS INÉDITOS DE DOMENCHINA 147

D o n d e yo l lego acaso tu vo luntad n o alcanza. 5 Espero: n o me cruzo de brazos en m i cruz. P o r q u e conozco el n o m b r e - q u i z á - de tu esperanza, aguardo en las tinieblas el orto de la luz.

M e estoy, sin consent irme, sobre m i sentimiento, que no es comunicable , corr iente n i efusivo. 10 N o sé, n i quiero , h e n c h i r m e de hirsutos anatemas. . .

Para l lorar me sobra con m i conoc imiento . Para sufrir me basta sentirme firme y vivo. Para gr i tar . . . silencios y angustias, mis poemas. . .

22 . Noche de amor, en sombra. Desceñida. S o n e t o d e d o s r i m a s fe­c h a d o e l 20 d e s e p t i e m b r e d e 1945. E l a u t ó g r a f o , q u e l l e v a u n " I I " e n e l e n c a b e z a m i e n t o , f o r m a p a r t e d e l m s . 22 .267 B N M . E l v. 1 1 tuvo p r e v i a m e n t e d o s r e d a c c i o n e s sucesivas: "a q u e te avie­n e s e m p e q u e ñ e c i d a " y " e n q u e te e n d i o s a s e n s o b e r b e c i d a ! " ( "en q u e " l u e g o s u s t i t u i d o p o r " d o n d e " ) .

(ENCUENTRO)

N O C H E de amor, en sombra. Desceñida lax i tud . ¡Qué fragante es la tibieza desnuda de tu cuerpo, qué belleza solo tangible tienes escondida

en tu presencia desbordante, h e n c h i d a 5 de deseo, de fiebre y de pereza! ¡Qué b i e n te das en la naturaleza pródiga de tus noches sin salida!

[ ¡ ] Quizá no colmes n u n c a la m e d i d a de tu ambición, que es harta la grandeza 10 que endiosa tu postura de caída!

¡En qué descendimiento sin bajeza tropieza c o n la sombra de tu vida m i enhiesto ayer que ya a acabarse empieza!

23 . ¿ Ojos ? No los remates en aantojos . S o n e t o m e t a p o é t i c o d e l 20 d e e n e r o d e 1944. E l a u t ó g r a f o (ms. 22 .267 B N M ) p r e s e n t a e n e l s e g u n d o verso u n a l e c t u r a p r i m i t i v a , d e s e c h a d a —"termines e n " p a s ó a ser " f c o n s u l t e s af"—, j u n t o c o n otras m e n o s l e g i -

Page 20: CUARENTA POEMAS INÉDITOS DE JUAN JOSÉ …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27564/1/53-001-2005-0129.… · rio del escritor, imperativo qus e lo obligan por igual pero qu

148 AMELIA DE PAZ NRFH, LUI

bles . E n e l n o v e n o , "Es del caso" h a s i d o c o r r e g i d o s o b r e "Es , s i n d u d a , " . E n m e n d a m o s l a r i m a i m p e r f e c t a d e ese verso c o n e l d u o d é c i m o .

¿Ojos? N O los remates en antojos. ¿Labios? N o los f consultes af los sabios; n o los hagas sufrir esos agravios fatales a los labios y a los ojos.

Si tienes hijos, d i que son redrojos, mas n o prolijos c o m o los resabios d e l versif icador que p o n e en labios de sus musas a rastras sus rastrojos.

Es del caso —oportuno- que no abundes en el saber no escaso d e l preci to trovador que regüelda gerundiadas.

Has de sacarte a flote, si te h u n d e [s] en su procela , y, no s in apetito, te come el t iempo c o n pampiroladas .

24. Para una voz de aceituna. H e r m o s a d é c i m a e n h o m e n a j e a Fe­d e r i c o G a r c í a L o i c a q u e a p a r e c e , s i n datar , e n u n m e c a n o s c r i t o firmado p o r e l a u t o r a l q u e t u v i m o s acceso e n 1991 e n e l d o m i ­c i l i o d e E r n e s t i n a d e C h a m p o u r c i n , y c u y o p a r a d e r o a c t u a l des­c o n o c e m o s . L a s r e f e r e n c i a s a El romancero gitano presentes e n e l p o e m a d e t e r m i n a n su f e c h a post quam, 1928. P e n s a m o s , n o obs­tante , q u e h a d e ser p o s t e r i o r n o só lo a ese a ñ o , s i n o t a m b i é n a l a m u e r t e d e G a r c í a L o i c a e n 1936, y acaso p r ó x i m o e n e l t i e m ­p o a las " T r e s d é c i m a s a J o r g e G u i l l e n " q u e D o m e n c h i n a es­c r i b i ó e l 9 d e agosto d e 1944 y q u e figuran e n e l m i s m o t e s t i m o n i o 1 2 .

D o m e n c h i n a c o n o c i ó a L o i c a e n 1932; e l e n c u e n t r o se p r o ­d u j o e n u n a t a b e r n a m a d r i l e ñ a y d i o l u g a r a u n a s i m p á t i c a a n é c d o t a 1 3 . N o f u e r o n m u c h a s m á s las veces q u e c o n v e r s a r o n .

1 2 A . DE PAZ, ' J u a n J o s é D o m e n c h i n a : tres décimas a Jorge G u i l l e n " , Ex­tramuros. Revista Literaria, oc tubre de 1996, núm. 4, 52-53.

1 3 T a l es el tes t imonio de DOMENCHINA: "Allí, e n esa taberna ["La R a m -bambaya" ] , c o n o c í persona lmente , en 1932, a García L o r c a . L a entrevista fue en ex t remo c o r d i a l , a u n q u e yo había escrito ya algo host i l a propósito de los dengues prepósteros d e l poeta . «Leí sus p r i m e r o s versos - m e d i j o -hace m u c h o y me pasmó, además, su a p e l l i d o . ¡ D o m e n c h i n a ! C u a n d o yo,

Page 21: CUARENTA POEMAS INÉDITOS DE JUAN JOSÉ …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27564/1/53-001-2005-0129.… · rio del escritor, imperativo qus e lo obligan por igual pero qu

NRFH, LUI POEMAS INÉDITOS DE DOMENCHINA 149

A l final d e su v i d a , D o m e n c h i n a g u a r d a b a u n b u e n r e c u e r d o d e él , pese a n o c o n t a r l o e n t r e sus poe tas p r e d i l e c t o s 1 4 . I g n o r a ­m o s cuá l es ese t e m p r a n o tex to h o s t i l a L o r c a q u e e l a u t o r m e n c i o n a e n las l í n e a s t ranscr i tas ; s u r e s e ñ a l o r q u i a n a m á s a n t i g u a q u e c o n o c e m o s es p o s t e r i o r a su p r i m e r e n c u e n t r o y s u m a m e n t e f a v o r a b l e 1 5 . N o p a r e c e , s i n e m b a r g o , q u e e n 1936 se h i c i e r a e c o d e l ases inato d e q u i e n t e n í a p o r " e l l í r i co m á s c o n s i d e r a b l e d e t o d a l a j u v e n t u d e s p a ñ o l a " 1 6 , y q u e a p e n a s u n p a r d e meses atrás h a b í a suscr i to e n u n d i a r i o m a d r i l e ñ o d o s m a n i f i e s t o s c o n t r a l a a c t i v i d a d c r í t i c a d e D o m e n c h i n a 1 7 .

m u y ch iqui t i t i zo aún, j u g a b a al f rontón c o n raqueta, al sacudirle a la pe lo ta gr i taba, fuera de mí, ¡Domenchina !» . Reí a mis anchas f d e f los escapes fan­tásticos d e l genia l g r a n a d i n o . Ponía tanto gesto, tanto ademán y u n a convic­c ión tan evidente e n lo que decía, que casi n o era lícito contradec i r le . S in e m b a r g o , yo, n o i n m u n e a la sugestión de su contagiosa simpatía, osé p u n ­tual izar : «Mire usted, L o r c a . Yo publiqué m i p r i m e r l i b r o a los d iec inueve años. A u n q u e usted lo leyera inmedia tamente y también inmedia tamente le fascinara m i ape l l ido , c o m o usted y yo tenemos la m i s m a edad, ya n o era usted tan chiquititizo al exc lamar ¡Domenchina ! o c u a n d o le pegaba c o n la raqueta a l a pe lota . . .» «No le dejan a u n o n i soñar —replicó c o n humorísti­ca pesadumbre Lorca—. ¡Yyo que me veía c o n pantalones cortos y c h i l l a n d o ¡ D o m e n c h i n a ! en el f rontón de m i casa!»" ([Madrid], ms. 2 2 . 2 6 0 / 3 B N M , ff. 2 6 - 2 7 ) . L a anécdota debió de tener a l g u n a difusión; su p r i m e r a parte la recuerda , entre otros, J o a q u í n Díez-Canedo, c o n u n a glosa personal : " C o ­m o poeta, [ D o m e n c h i n a ] se oponía r o t u n d a m e n t e a las innovac iones de l a v a n g u a r d i a (su gran admiración era J u a n R a m ó n , a q u i e n se mantuvo siem­p r e fiel). Burlándose de él, Feder i co García L o r c a decía que los niños de su co leg io solían t irar la pe lo ta al aire y gritar « D o m e n c h i n a a » . . . C o n esto, cla­r o , quería dar a entender que D o m e n c h i n a n o per tenec ía a su generac ión, que era m u c h o más viejo; lo cual , desde luego, n o era c ierto, p o r q u e tenían la m i s m a edad . E r a u n a b r o m a que quería hacer Feder i co , pero D o m e n c h i ­n a sí le caía m a l ; s iempre era despectivo al hablar de é l " ( P a l o m a U l a c i a y James V a l e n d e r , "Rte.: J o a q u í n M o r t i z [entrevista c o n J o a q u í n Díez-Cane­d o ] " , en Rte.: Joaquín Mortiz, U n i v e r s i d a d , Guadala jara , México , 1 9 9 4 , p . 8 8 ) .

1 4 J . J . DOMENCHINA: "Hablé m u y pocas veces c o n aquel gracilísimo y lo­cuaz i m p r o v i s a d o r de lo e s t u p e n d o . . . Pese a las diferencias radicales que nos separaron, recuerdo a L o r c a , que tampoco es de mis poetas afines, c o n admiración y simpatía. N o p u e d o dec i r lo m i s m o de sus a ledaños" ([ensayo acéfalo, fechable hac ia 1 9 5 7 ] , ms. 2 2 . 2 6 2 / 6 B N M , f. 4 1 ) .

1 5 J . J . DOMENCHINA, "Poetas españoles d e l 1 3 al 3 1 , ( I ) " , El Sol, 1 2 de mar­zo de 1 9 3 3 , p . 2 .

1 6 J . J . DOMENCHINA, loe. cit. 1 7 R. ALBERTI, M . ALTOLAGUIRRE, J . BERGAMÍN, L . CERNUDA, F. GARCÍA LORCA,

J . GUILLEN, P . NERUDA y A . SERRANO PLAJA, " U n a carta sobre crítica l i terar ia" , Heraldo de Madrid, 3 0 de marzo de 1 9 3 6 , p . 1 1 y "Contestación a u n a carta d e l señor D o m e n c h i n a " , Heraldo de Madrid, 2 de abr i l de 1 9 3 6 , p . 1 5 .

Page 22: CUARENTA POEMAS INÉDITOS DE JUAN JOSÉ …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27564/1/53-001-2005-0129.… · rio del escritor, imperativo qus e lo obligan por igual pero qu

150 AMELIA DE PAZ NRFH, LUI

E n 1941, y a e n M é x i c o , sí se re f i r ió D o m e n c h i n a a las c i r ­c u n s t a n c i a s d e la m u e r t e d e L o i c a e n s u Antología de la poesía española contemporánea (1900-1936), d o n d e r e p r o d u c e , a c t u a l i ­z á n d o l o , e l e l o g i o q u e le d i s p e n s a r a e n 1 9 3 3 1 8 . Es p o s i b l e q u e l a d é c i m a q u e a q u í d a m o s a c o n o c e r r e s p o n d a , e n u n p l a n o d i s t i n t o , a l a m i s m a i n t e n c i ó n d e h a c e r j u s t i c i a a l p o e t a , c o m ­p l e t a n d o s u figura c o n l a s e m b l a n z a l í r ica .

RECUERDO DE L O R C A

PARA una voz de aceituna, u n cutis aceitunado; present imiento aceitado de olivar y noche b r u n a . ¡Ay, bronce y sueño, a u n a l u n a 5 de estaño, c o n aureola de sangre! Jaca sin cola n i c r i n , que se dirigía a d o n d e n o llegaría. . . .Córdoba, lejana y sola. 10

25 . Puesta de sol. El viento, que es lívido y salobre. S o n e t o a l e j a n d r i ­n o d e l 30 d e a b r i l d e 1944 —si l a c i f r a d e l m e s e n e l a u t ó g r a f o (ms. 22.261 B N M ) es, c o m o c r e e m o s , u n c u a t r o , y n o u n n u e v e c o m o p o d r í a i n t e r p r e t a r s e . P o r su u b i c a c i ó n e n e l f o n d o d o -m e n c h i n i a n o d e l a B i b l i o t e c a N a c i o n a l , se p e n s a r í a q u e f o r m a ­r a p a r t e d e Poemas y fragmentos inéditos (1944-1959), p e r o n o f i g u r a e n ese l i b r o : e l i n g e n u o r e m a t e d e su s e g u n d o te rce to h a b r á p r o v o c a d o acaso su r e l e g a c i ó n . L a p a l a b r a " t a r a b i l l a s " a p a r e c e c o n uve e n e l m a n u s c r i t o .

ESTAMPA IMPRESIONISTA

PUESTA de sol. E l viento, que es lívido y salobre, unta, i m p r e g n a de sal y yodo. A b r e su boca el p u e r t o . . . R u e d a u n disco de cobre tras la roca de los acantilados rojos, también de cobre.

E l c ielo se encelaja y prec ipi ta sobre 5 las verdes f tarabi l las ! de u n mar que se disloca

1 8 Antología de la poesía española contemporánea (1900-1936), sel., pról. y notas críticas y bio-bibliográficas J . J . D o m e n c h i n a , epíl. E . D i e z - C a n e d o , E d i t o r i a l At lante , México , 1941, p p . 330-331.

Page 23: CUARENTA POEMAS INÉDITOS DE JUAN JOSÉ …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27564/1/53-001-2005-0129.… · rio del escritor, imperativo qus e lo obligan por igual pero qu

NRFH, LUI POEMAS INÉDITOS DE DOMENCHINA 151

e n tendinosos surcos de muci lago y choca c o n el canti l la espuma de su beber salobre.

Allí, en la or i l la , u n mástil deshecho y u n a q u i l l a rota d icen , despojos de l naufragio, el p o d e r [f. 2] 10 d e l mar i n n u m e r a b l e que se acerca a la or i l la ,

m o n ó t o n o , insistente, quer iendo y sin querer . . . D e l m a r i n n u m e r a b l e que d o b l a l a r o d i l l a y se t iende de espaldas igual que u n a mujer .

26 . ¿Qué nos miente el tullido fablistán? Un azumbre. Serventes ios a l e j a n d r i n o s . U n a raya o r ú b r i c a a l final d e l a u t ó g r a f o (ms. 22 .267 B N M ) p a r e c e i n d i c a r q u e e l p o e m a está c o m p l e t o ; o t r a r a y a v e r t i c a l , e n m e d i o d e los versos, l o d e s e s t i m a . A u n q u e n o l l e v a n i n g ú n n ú m e r o e n e l e n c a b e z a m i e n t o , figura e n u n a t e r c e r a c u a r t i l l a d e l m i s m o t i p o q u e las q u e c o n t i e n e n las c o m ­p o s i c i o n e s "Allí los c a m p o s y e r m o s y e l s o l : l a p a r a m e r a " y " N o sé . A p e n a s i n d i c i o d e m i d o l o r , t u c á n t i c o " (supra, n ú m s . 2 y 2 1 ) , l o q u e p u e d e ser s i g n i f i c a t i v o p a r a s u d a t a c i ó n ( la s e g u n d a d e estas se e s c r i b i ó , c o m o d i j i m o s , e l 2 d e s e p t i e m b r e d e 1940) . L a s e g u n d a es t ro fa p o d r í a c o n s t i t u i r u n b o s q u e j o d e u n o s ver­sos d e l a " P r i m e r a e l e g í a j u b i l a r " ( O P , 5 5 9 ) , c o m p u e s t a e n t r e e l 18 y e l 27 d e l m i s m o m e s 1 9 .

¿QUÉ nos miente el tu l l ido fablistán? U n azumbre de v ino pide a trueque de hurgarse la m o l l e r a y repetir el viejo dictado. C o n la h e r r u m b r e de ayer d o r a su torpe facundia trapacera.

¡Patrañas! Ya n o existe sobre l a p o d r e d u m b r e 5 v e n d i d a de l terrazgo sino u n a calavera: residuo de la mente demente que hizo l u m b r e c o n su m e m o r i a , y solo ceniza de la hoguera .

27. Solo, en fin. La muchedumbre. D é c i m a a u t ó g r a f a s i n f e c h a p r o ­c e d e n t e d e l m s . 22 .267 B N M . A p a r e c e e n e l reverso d e l m a n u s ­c r i t o d e o t r a e s p i n e l a , " S i e m p r e d i s tante y e r r a n t e " ( O P , 6 7 4 ) ,

1 9 J . J . DOMENCHINA: "¿Y ahora? Sólo existe / sobre la p o d r e d u m b r e de l terrazgo / v e n d i d o , España triste, / u n atroz mayorazgo: / el d e l h a m b r e que l l o r a sin hartazgo. // Solo u n a calavera / sobre el y e r m o : res iduo de la mente , / demente y altanera, / que supo, zarza ardiente , / descarnarse y m o r i r enteramente" ( "Pr imera elegía j u b i l a r " , w . 131-140).

Page 24: CUARENTA POEMAS INÉDITOS DE JUAN JOSÉ …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27564/1/53-001-2005-0129.… · rio del escritor, imperativo qus e lo obligan por igual pero qu

152 AMELIA DE PAZ NRFH, L U I

i m p r e s a e n La sombra desterrada. O m i t i m o s l a c o m a q u e e l o r i g i ­n a l p r e s e n t a a l final d e l v. 2 (es c o s t u m b r e d e l a u t o r p o n e r a n t e u n i n c i s o esa c o m a c o n t r a r i a a l u s o ) . E n e l 8, e scr ib ió "obscenas c o l i s i o n e s " s o b r e " f s o r d o s f a p r e t u j o n e s " ; e n e l 9, h a c o r r e g i d o " o " s o b r e "y" .

SOLO, en fin. L a m u c h e d u m b r e que se restriega y retoza -ca lentándose sin l u m b r e -c o n los codos, n o me roza. Sexo p l u r a l , su marea 5 unánime, que m e n e a olas de turbia resaca en obscenas colisiones furtivas, o tentaciones sucias, en l i m p i o me saca. 10

28. Sorda lujuria, el sayal. A esta d é c i m a n o s h e m o s r e f e r i d o m á s a r r i b a (cf. n ú m . 6, " C o m o p e n i t e n t e , m i e n t e " ) . Se h a l l a e n ver­s ión a u t ó g r a f a e n e l m s . 22 .267 B N M , c o n u n " 2 " c o m o ep ígra ­fe, s e g ú n i n d i c a m o s , y f e c h a d e 1948 ( q u e h a b r á d e r e s t r i n g i r a a b r i l d e ese a ñ o , m e s d e c o m p o s i c i ó n d e " M i e n t e , e v i d e n t e i m ­p o s t u r a " (OP, 673) y d e l a s u s o d i c h a " C o m o p e n i t e n t e , m i e n ­te", c o n las q u e es p r o b a b l e q u e f o r m e u n a tr íada.

E n e l verso tercero , "tus p e c h o s " h a s i d o c o r r e g i d o sucesiva­m e n t e sobre " t u p e c h o " y "tus m u s l o s " . E n e l c u a r t o , " m u s l o s " const i tuye u n a v u e l t a a l a l e c t u r a p r i m i t i v a , tras h a b e r s ido susti­t u i d a esta p o r " p e c h o s " . L a p a l a b r a " p u e s " d e l v. 9 se h a c o r r e g i ­d o sobre " p o r q u e " ; e n el 10, " h a c e " es e n m i e n d a sobre "ejerce".

SORDA lujuria , e l sayal tosco, de parda estameña que es sobre tus pechos breña y entre tus muslos zarzal, sueña, pecado morta l 5 de servil a tu servicio, con l legar c o n su ci l ic io hasta el hondón de tu entraña, pues hábito que no engaña, de monje , hace su of ic io . 10

29. Tantas veces de amores requerida. S o n e t o d i a z m i r o n i a n o s i n f e c h a a u n a m u j e r d e v i d a a legre , a s u n t o otras veces t r a t a d o e n

Page 25: CUARENTA POEMAS INÉDITOS DE JUAN JOSÉ …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27564/1/53-001-2005-0129.… · rio del escritor, imperativo qus e lo obligan por igual pero qu

NRFH, LUI POEMAS INÉDITOS DE DOMENCHINA 153

esta p o e s í a . F i g u r a e n e l m s . 22 .267 B N M , e n a u t ó g r a f o firma­d o p o r D o m e n c h i n a . E n él , " v e h e m e n t e " (v. 2) se c o r r i g e s o b r e " t a n fác i l " , a s u vez c o r r e g i d o s o b r e " q u e r i d a " . E n e l v. 11, " c a s i " f u e o r i g i n a r i a m e n t e " c o m o " . " Y ' (v. 12) se c o r r i g e s o b r e " Y a " ; " a b u r r e " (v. 14) , s o b r e " c a n s a " (este ú l t i m o verso h a t e n i d o d o s l e c t u r a s a n t e r i o r e s sucesivas: "te a b u r r e s a u n q u e estés en t re te ­n i d a " y " f . . . f d e estar e n t r e t e n i d a " ) .

TANTAS veces de amores requer ida , tan pródiga y vehemente, n o sufriste n u n c a dejar a u n h o m b r e solo y triste, que fuiste d u c h a en alegrar la vida.

Pero en la v ida alegre, que convida 5 a banquetes efímeros, f perdistef el galardón precioso que luciste: la apetencia y la carne apetecida.

P o r rebasar la n o r m a , ya salida, entrar en razón luego n o pudiste. 10 Y estás fuera de t i , casi corr ida .

Y n o eres, c o m o ayer, la b ienvenida , que, al n o poderte dar c o m o te diste, te aburre ya e l vivir entretenida.

30 . Tú—mi "otroyo"de veras, mi efectivo. S o n e t o d e d o s r i m a s , c o n c o n s o n a n c i a s f r e c u e n t e s e n l a e t a p a m e x i c a n a d e l a u t o r . Se c o n s e r v a n d o s v e r s i o n e s d is t in tas d e l p o e m a : l a q u e p a r e c e l a p r i m i t i v a (ms. 22.261 B N M , a u t ó g r a f o ) l l e v a f e c h a d e l 29 d e oc­t u b r e d e 1957; l a o t r a a n t e p o n e u n l e m a d e san J u a n d e l a C r u z (ms. 22.267 B N M , m e c a n o s c r i t o s i n f e c h a c o n l igeras c o r r e c ­c i o n e s autógra fas q u e salvan e r r o r e s d e m e c a n o g r a f í a ; es l a q u e a q u í d a m o s ) . A f i r m a L a u r a C a o - R o m e r o q u e e l a u t o r d e d i c ó este p o e m a a s u e s p o s a u n a ñ o antes d e m o r i r , l o q u e h a d e ser u n a c r o n o l o g í a a p r o x i m a d a , p u e s e l o r i g i n a l , s e g ú n h e m o s d i ­c h o , p r u e b a q u e se e s c r i b i ó e x a c t a m e n t e d o s a ñ o s antes d e s u f a l l e c i m i e n t o 2 0 .

2 0 L . CAO-ROMERO ALCALÁ, La idea de Dios en la poesía defuan fosé Domenchi­na, U N A M , México , 1 9 6 5 , f. 1 4 .

Page 26: CUARENTA POEMAS INÉDITOS DE JUAN JOSÉ …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27564/1/53-001-2005-0129.… · rio del escritor, imperativo qus e lo obligan por igual pero qu

154 AMELIA DE PAZ NRFH, L U I

Aunque es de noche... (San J u a n de l a C r u z )

Tú - m i "otro y o " de veras, m i efectivo ser - eres la verdad que estoy yo siendo desde que en mí naciste y voy viviendo, para alcanzarte el a lma, cuanto vivo.

P o r q u e tú sientes, en tu pensativo 5 m i r a r y ver, lo que me vas hac iendo sentir, mientras soportas el t remendo amor de mis angustias, s iempre vivo.

Dios —me llevas a Dios— es tu motivo absoluto de ser. Y voy nac iendo 10 en tu ser, de m i muerte redivivo.

V e r d a d entera vamos compart iendo , verdad entera —amor l ibre y cautivo—, aunque es de noche , c o n la v ida ard iendo .

31 . Triste alegría española. E s t r o f a m a n r i q u e ñ a a m o d o d e a p u n ­te c u y o a u t ó g r a f o se h a l l a e n e l m s . 22 .267 B N M s i n i n d i c a c i ó n d e f e c h a . L a c o p l a d e p i e q u e b r a d o c o n s t i t u y e , c o m o es s a b i d o , e l m e t r o d e u n o d e los p o e m a s m á s n o t a b l e s d e D o m e n c h i n a , s u " S e g u n d a e l e g í a j u b i l a r " , d e e n e r o d e 1941 ( O P , 5 6 0 ) .

TRISTE alegría española de M a d r i d al sol: plazuela y organi l lo .

L a noche , que duerme sola c o n su vec indad en vela, 5 tiene u n gr i l lo .

32. Un árbol crece. ¡Ohpura elevaciónlFsendosoneto s in f e c h a h a l l a ­d o e n e l ms . 22.267 B N M , c o n u n n ú m e r o T ' a l f rente , e n r o ­m a n o s . Se trata d e u n m e c a n o s c r i t o c o n c o r r e c c i o n e s autógrafas : "de este m i s m o " (v. 3) es u n a i n s e r c i ó n m a n u s c r i t a , a l i g u a l q u e "sus" e "y, n o " (v. 6) —copulat iva , esta úl t ima, d o n d e l a m i n ú s c u ­l a es d i s c u t i b l e . E l texto p r e s e n t a a lgunas a n o m a l í a s : e l verso s e g u n d o o b l i g a a u n a f o r z a d a d icc ión ; e n e l p r i m e r terceto , l a re­p e t i c i ó n d e l adjet ivo " p o b r e " ( w . 9 y 11) m á s p a r e c e t o r p e z a q u e r e c u r s o i n t e n c i o n a d o . F a l t a a d e m á s e n e l o r i g i n a l l a i n d i c a c i ó n

Page 27: CUARENTA POEMAS INÉDITOS DE JUAN JOSÉ …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27564/1/53-001-2005-0129.… · rio del escritor, imperativo qus e lo obligan por igual pero qu

NRFH, LUI POEMAS INÉDITOS DE DOMENCHINA 155

d e l c o m i e n z o d e l a frase e x c l a m a t i v a c o n q u e c o n c l u y e e l p o e m a ; r e s t i t u i m o s e l s i g n o d e a d m i r a c i ó n d e m o d o c o n j e t u r a l .

E l p o e m a r e c r e a l a l e y e n d a órf ica, c o n u n t r a t a m i e n t o serio de l a m i t o l o g í a p o c o u s u a l e n D o m e n c h i n a (y quizá p o r e l l o , p o c o c o n v i n c e n t e ) . N o sabemos si e l i n c i s o d e l s e g u n d o terceto ("—um­b r a l / triste d e vac i lantes t r o n c o s secos—", w . 12-13) const i tu i rá u n r e c u e r d o d e l i b e r a d o d e l a c a v e r n a d e l P o l i f e m o g o n g o r i n o .

U N árbol crece. ¡Oh p u r a elevación! O r f e o canta. ¡Oh árbol, ya subl ime al oído! Y aunque todo enmudece , de este mismo si lencio apunta, en signo y trueque, u n nuevo comenzar .

Agrúpanse las fieras d e l bosque, desprovisto 5 ya de sus abrigaños. . . y, n o p o r solapada astucia o p o r temor, sino solo, tan solo p o r oír, en si lencio, cautelosas, se acercan.

E l m u g i d o , la brama, e l grito son ya pobre cosa, nada, en su pecho. Yall í , d o n d e hay apenas 10 c o m o albergue u n a pobre choza, o el escondite

fortui to que el instinto oscuro encuentra - u m b r a l triste de vacilantes troncos secos-, [¡]allí, improvisaste, edificaste u n templo !

33 . Verde y estremecida primavera. S o n e t o d e dos r i m a s f e c h a d o e n n o v i e m b r e d e 1954, m e s cr í t i co e n l a e x i s t e n c i a y l a p o e s í a d e D o m e n c h i n a . D e s d e e l o t o ñ o —real y metafór ico— q u e vive e l p o e ­ta, evoca l a p r i m a v e r a a ferrándose a l a l u z y a l a esperanza . E l autó­g r a f o se e n c u e n t r a e n e l ms . 22.261 B N M , f e c h a d o y r u b r i c a d o ; ba jo l a m i s m a s i g n a t u r a figura t a m b i é n e l p o e m a e n u n ca l co d e m e c a n o s c r i t o d o n d e a p a r e c e n , i g u a l m e n t e m e c a n o g r a f i a d a s , sus i n i c i a l e s ; este ú l t i m o p r e s e n t a u n a c o r r e c c i ó n autógrafa .

E l v. 5, "verde s i l e n c i o v e r d e , v e r d e e s p e r a " , es l a l e c c i ó n de­finitiva tras d o s previas : 1) " v e r d e s i l e n c i o . . . L a v e r d a d te espe­r a " ; y 2) " v e r d e s i l e n c i o . Y e l a m o r e s p e r a " . E n e l 10, "y t o d o su s e n t i d o " se h a c o r r e g i d o e n e l a u t ó g r a f o s o b r e " s i n f r u t o p r o h i ­b i d o " (a su vez c o r r e g i d o s o b r e "y t o d o s u s e n t i d o " , q u e es p o r t a n t o l a l e c t u r a p r i m i t i v a y l a final). L o s d o s ú l t i m o s versos d e l p o e m a p r e s e n t a n var ias tentat ivas e n e l m a n u s c r i t o , tachadas : 1) " T u o t o ñ o r e v e r d e c e e n p r i m a v e r a " ; 2) " ( M i o t o ñ o r e v e r d e ­ce f e n f m i p r a d e r a / c o n p a l a b r a s q u e a D i o s h a n f lorec í -

Page 28: CUARENTA POEMAS INÉDITOS DE JUAN JOSÉ …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27564/1/53-001-2005-0129.… · rio del escritor, imperativo qus e lo obligan por igual pero qu

156 AMFXIA DE PAZ NRFH, L U I

d o [ ) ] " ; 3) " ( M i o t o ñ o r e v e r d e c e . M i p r a d e r a / está l l e n a d e D i o s y d e s e n t i d o ) " .

V E R D E y estremecida primavera. L a savia busca luz y es u n vagido de vida. V i e n t o verde, verde n i d o , verde sonor idad, verde pradera,

verde si lencio verde, verde espera. 5 T o d o tiene u n vivir recién nac ido y está c o m o de u n sueño suspendido. Esperemos - c a l l a d - a que Dios quiera

que nos l legue la v ida verdadera de su sazón y todo su sentido. 10 V e d : ya se escurre e l sol p o r la ladera.

Ya pronto será abr i l lo p r o m e t i d o . ( M i otoño reverdece y salen fuera los renuevos de l árbol p r o h i b i d o ) .

34. Vereda —lombriz de aventuras—. C o m p o s i c i ó n e n serventes ios e n e a s í l a b o s d e l 25 d e e n e r o d e 1929, c u y o a u t ó g r a f o D o m e n -c h i n a h u b o d e l l e v a r c o n s i g o a M é x i c o y h o y p a r a e n e l m s . 22 .267 B N M . P o r s u t í tu lo , p a r e c e r e s p o n d e r a l a i n s p i r a c i ó n q u e d i o l u g a r a l a ser ie " E s p e j o s " d e El tacto fervoroso ( 1930) , d o n d e n o tuvo c a b i d a .

E n e l v. 8, " b r e v e " es c o r r e c c i ó n d e l a u t o r s o b r e " b r u s c o " ; e n t r e los w . 12 y 13 a p a r e c e n d o s , t a c h a d o s : " e n e l d e s e n l a c e aventuras / s o n tus p isadas i n s e g u r a s " .

E L ESPEJO

(Atajo en curvas e n l a p u p i l a d e l espejo)

VEREDA - l o m b r i z de aventuras— que te tuerces hacia e l p inar , hay en tus humi ldes torturas congoja urgente de atajar. Tus revueltas están maduras 5 c o m o a golpes de calcañar. T o d o el alivio que procuras lo cobras en breve acezar.

Page 29: CUARENTA POEMAS INÉDITOS DE JUAN JOSÉ …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27564/1/53-001-2005-0129.… · rio del escritor, imperativo qus e lo obligan por igual pero qu

NRFH, LUI POEMAS INÉDITOS DE DOMENCHINA 157

Fraude piadoso, tú nos curas de la ufanía de llegar. 10 H u m i l d e l o m b r i z de aventuras —cuento dramático, e l p i n a r -acortas; suprimes. Premuras son tus huellas. ¡Util andar! E l bosque se h i n c h e de venturas. 15 A l bosque n o puedes llegar. ¡Desde m i puerta hasta las duras guijas de l pueb lo ! Ese es tu andar. Ais lada p o r las l indes puras e inexorables d e l p inar . 20

35 . Vivo sin verme, entre mil D é c i m a h a l l a d a e n a u t ó g r a f o e n e l m s . 22 .267 B N M ; e n l a m i s m a caja se c o n s e r v a u n m e c a n o s c r i t o d e l p o e m a c o n leves c o r r e c c i o n e s autógra fas , q u e a n t e p o n e e l t í tu lo " P o e t a m o z o " , r e c u r r e n t e , c o n v a r i a c i o n e s , e n l a p o e s í a y e n l a p r o s a d o m e n c h i n i a n a . S u f e c h a p a r e c e ser 1948, a u n q u e l a ú l t i m a c i f r a es d u d o s a e n e l a u t ó g r a f o . E n este, " e n m í v e i s " (v. 9) h a s i d o c o r r e g i d o s o b r e " m e v e n " .

D e n u e v o n o s h a l l a m o s ante e l t e m a p o r e x c e l e n c i a d e l a p o e ­sía d o m e n c h i n i a n a : l a obses ión p o r l a p é r d i d a d e l a i d e n t i d a d .

V i v o sin verme, entre m i l ojos que me ven y veo, cuando m i solo deseo es contemplar el v i r i l trazo que soy: m i per f i l 5 enterizo. ¿Qué postura me dará, sin impostura o deformación obl icua , lo que en mí veis, n o la i n i c u a réplica de m i apostura? 10

36. ¿ Vuela la pluma, o la vuela... ? D é c i m a d e l 26 d e o c t u b r e d e 1957. E l a u t ó g r a f o se c o n s e r v a e n e l m s . 22.261 B N M , j u n t o c o n u n a c o p i a m e c a n o g r a f i a d a c o n c o r r e c c i o n e s autógrafas , y u n c a l c o d e m e c a n o s c r i t o s o b r e e l q u e t a m b i é n se h a n r e a l i z a d o e n m i e n d a s a u t ó g r a f a s , i d é n t i c a s a las d e l p r i m e r m e c a n o s c r i t o . E l o r i g i n a l p r e s e n t a n u m e r o s a s c o r r e c c i o n e s e n e l n o v e n o v e r s o ; a l d o r s o a p a r e c e e l b o r r ó n , e n tres fases, q u e p e r m i t e es­t u d i a r l a g é n e s i s d e l p o e m a .

L a c o m p o s i c i ó n r e c r e a e l m o t i v o d e l a e s c r i t u r a , c a r o a l a u t o r , c o n l a c o n s a b i d a r e f e r e n c i a a I c a r o ( r e c u é r d e s e o t r a d é -

Page 30: CUARENTA POEMAS INÉDITOS DE JUAN JOSÉ …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27564/1/53-001-2005-0129.… · rio del escritor, imperativo qus e lo obligan por igual pero qu

158 AMELIA DE PAZ NJRFH, L U I

c i m a a n t e r i o r e n u n c u a r t o d e s i g l o , " L a p l u m a q u i e r e v o l a r " , d e Margen, OP, 3 4 0 ) .

¿ V U E L A la p l u m a , o la vuela e l viento? ¿Liviano oficio? ¿Tal vez voluble ejercicio de ingravidez sin escuela? C o m o volatín —o vela 5 a n d a l u z a - al c ielo salta siempre c o n celo y sin falta. Icaro p u d o caer. L a p l u m a , n o . Para ser de veras ¡ha de ir tan alta! 10

37. . . . Y se quedará desierta. D é c i m a d e l 2 d e o c t u b r e d e 1949 q u e n o f u e r e c o g i d a e n La sombra desterrada, i m p r e s o a m e d i a d o s d e l a ñ o s i g u i e n t e . Insiste e n los f r e c u e n t a d o s m o t i v o s d e l a v o z p e r d i d a y l a l l a n u r a s i n l ími tes . F i g u r a e n e l m s . 22.261 (8) B N M , e n t r e los m a t e r i a l e s d e El extrañado, e n a u t ó g r a f o c o n sendas c o r r e c c i o n e s e n v. 7 ( " d u r a " p a s ó a ser " o s c u r a " , p a r a v o l v e r a l a f o r m a o r i g i n a l ) y 8 ( "estante" a p a r e c e s o b r e u n a p a ­l a b r a i l e g i b l e , ta l vez " a b r a s a n t e " ) . E x i s t e t a m b i é n u n m e c a n o s -c r i t o d e l p o e m a (ms. 22 .267 B N M ) , s i n f e c h a n i e n m i e n d a s m a n u s c r i t a s , q u e lee " m u e r t a " e n vez d e " y e r t a " e n e l v. 5.

. . . Y SE quedará desierta tu voz, hoy tan b i e n poblada , tan populosa . Ya nada saldrá de tu boca, abierta para siempre, pero yerta. 5 Serás c o m o u n a l l anura sin límites: t ierra d u r a y sorda, aridez estante. Serás el impresionante si lencio de esa l lanura . 10

38. ...Y te malbarató, caro Rivera. S o n e t o escr i to e n C u e r n a v a c a d u ­rante l a r e d a c c i ó n d e Pasión de sombra, q u e D o m e n c h i n a c o m u n i ­c a p o r car ta a A l f o n s o R e y e s 2 1 . S u f e c h a p r o b a b l e es e l 5 d e febre ­r o d e 1944, d ía e n q u e e l a u t o r l legó a a q u e l l u g a r ( d e l 6 es y a e l

2 1 J . J . DOMENCHINA: "Pero sí q u i e r o ant ic ipar le , lo p r i m e r o que escribí al l legar a este ret i ro paradisíaco, o así" (carta d e l 15 de febrero de 1944, C a p i ­l l a A l f o n s i n a , expediente ' J u a n J o s é D o m e n c h i n a " ) .

Page 31: CUARENTA POEMAS INÉDITOS DE JUAN JOSÉ …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27564/1/53-001-2005-0129.… · rio del escritor, imperativo qus e lo obligan por igual pero qu

NRFH9 LUI POEMAS INÉDITOS DE DOMENCHINA 159

s o n e t o "Aquí t e n g o , S e ñ o r , l a m a r a v i l l a " , OP, 526, e l más a n t i g u o c o m p u e s t o e n C u e r n a v a c a q u e r e c o g e Pasión de sombra).

E l d e t o n a n t e d e l p o e m a h a b r á s i d o acaso l a c o n t e m p l a c i ó n d e los m u r a l e s d e l P a l a c i o d e C o r t é s e n C u e r n a v a c a , o b r a d e D i e g o R i v e r a s u b v e n c i o n a d a p o r e l e m b a j a d o r e s t a d o u n i d e n ­se D w i g h t W . M o r r o w 2 2 . L a a c t i v i d a d d e este e n f a v o r d e l a pol í ­t i c a d e l a " B u e n a v e c i n d a d " y e l s i g n i f i c a d o d e su a p e l l i d o d a n p i e a los c o n c e p t o s d e los c u a r t e t o s 2 3 . E l s e g u n d o d e estos s u p o ­n e y a u n a i n f l e x i ó n h a c i a l o q u e v e r d a d e r a m e n t e i n c u m b e a D o m e n c h i n a : su s i m p a t í a h a c i a C o r t é s p o r s u m u e r t e le jos d e s u v e r d a d e r a t i e r r a , N u e v a E s p a ñ a . Y a e n o t r o s o n e t o d e Pasión de sombra ( " T i e r r a d e s o l e d a d , d e s c o n o c i d a " , OP, 465) , e sc r i to mes y m e d i o antes, e l a u t o r h a b í a t ra tado u n e p i s o d i o d e l a c o n ­q u i s t a e s p a ñ o l a d e M é x i c o —el s u p l i c i o d e C u a u h t é m o c — , c o n u n e n f o q u e s i m i l a r : a t r a y é n d o l o a l c a m p o d e su ú n i c a i n q u i e ­t u d , su t o r m e n t o p a r t i c u l a r d e d e s t e r r a d o .

.. . Y T E malbarató, caro Rivera, tu b u e n vecino, y tu p i n c e l experto retorció en contorsiones ese entuerto —ni mexicano n i español— de afuera . . .

M o r r o w no es c ircunstancia pasajera: 5 es perenne enemigo y amo cierto que os mar iguana el porvenir despierto c o n perfidias que os sirven de frontera .

Pintaste m a l . . .

Aquí Cortés u n día vio, presintió su muerte en tierra extraña, 10 en d u r o suelo de la vieja España

2 2 " F u e r o n pintados en 1929-1930 y cubier to su costo p o r D w i g h t W . M o r r o w , emba jador de los Estados U n i d o s de A m é r i c a . . . L a conquista es presentada c o n todos sus horrores : la l u c h a desigual dada la s u p e r i o r i d a d de las armas y técnica guerrera ; la explotación, malos tratos y crueldades , e x i g e n c i a de tributos y trabajos forzados a los conquis tados" (JORGE GURRÍA LACROIX, Hernán Cortés y Diego Rivera, Instituto de Investigaciones Históricas, México , 1971, p p . 55-56).

2 3 " L a d e n o m i n a d a E r a de la B u e n a V e c i n d a d c o m i e n z a ya en la a d m i ­nistración de C o o l i d g e . Para m u c h o s historiadores tal política se i n i c i a c u a n d o C o o l i d g e envió c o m o embajador a México a D w i g h t M o r r o w , h o m ­bre c o m p r e n s i v o y j u s t o " (FRANCISCO MORALES PADRÓN, Historia de unas relacio­nes difíciles [EE. UU.-América española], U n i v e r s i d a d , Sevilla, 1987, p . 180).

Page 32: CUARENTA POEMAS INÉDITOS DE JUAN JOSÉ …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27564/1/53-001-2005-0129.… · rio del escritor, imperativo qus e lo obligan por igual pero qu

160 AMELIA DE PAZ NRFH, L U I

c o n su avatar de aventurero en guerra: se vio a solas y lejos de su tierra, [ ¡ ]de la t ierra que en México tenía!

39. Y se alegra el viento frío. A u t ó g r a f o (ms. 22 .267 B N M ) f e c h a ­d o e n e l l a p s o 1922-1944 p o r D o m e n c h i n a . L o s w . 4-10 se i m ­p r i m i e r o n e n l a s e c c i ó n " D o s c a n c i o n e s y u n e p i t a f i o " d e Exul umbra (1948) s i n e l b l a n c o i n t e r e s t r ó f i c o y c o n a l g u n a v a r i a n t e d e p u n t u a c i ó n ( O P , 6 1 7 ) .

Y SE alegra el viento frío. N o c h e de Navacerrada, abierta sobre el camino .

>¡Í * %

Q u e no diga e l corazón j a m á s su corazonada . . . 5 Súbita y equivocada voz de sangre, extravasada e n u n vuelco de pasión.

Q u e n o diga el corazón j amás su corazonada . . . 10

* * *

C o n la obsesión de l deseo, se me ciñe lo macizo y apremiante de su cuerpo.

^ ^ ^

Pero tú, serrano esquivo, n o vas a abarraganarte 15 e n las faldas de u n h o c i n o .

^ ^ ^

N o tengo nada que darte, nada que valga la pena. M e qui taron la alegría y he p e r d i d o m i tristeza. 20

Page 33: CUARENTA POEMAS INÉDITOS DE JUAN JOSÉ …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27564/1/53-001-2005-0129.… · rio del escritor, imperativo qus e lo obligan por igual pero qu

NRFHf L U I POEMAS INÉDITOS DE DOMENCHINA 161

Soy u n a sombra, u n recuerdo que se arrastra p o r la t ierra. N o tengo n a d a que darte, nada que valga la pena.

40 . Ya que lo quieres así D é c i m a a u t ó g r a f a d e l 9 d e agosto d e 1944, l o c a l i z a d a e n e l m s . 22 .267 B N M . A p a r t e d e l a l e c t u r a d u ­d o s a q u e m a r c a m o s e n t r e c ruces , e l o r i g i n a l p r e s e n t a a l g u n a s e n m i e n d a s : e n e l v. 1, p r i m i t i v a m e n t e p o n í a " q u i s i s t e " e n vez d e " q u i e r e s " ; e n e l 3, " te" se c o r r i g e sobre " m e " y " o t r o " s o b r e " c o m o " ; e n e l 4, " n o " sobre " m e " . E n e l q u i n t o , " v a n o " h a p a s a d o a ser "eso", y l u e g o " a l g o " ; e n e l v. 6, " E l " se c o r r i g e sobre " U n " .

A l i g u a l q u e s u c e d e e n otras d é c i m a s d e D o m e n c h i n a —co­m o e n l a n ú m . 36, a r r i b a t r a n s c r i t a , o e n varias d e Exul umbra (OP, 598, 599, 602, 606, 614) , p o r l i m i t a r n o s al p e r í o d o m e x i c a ­n o - , l a r e f l e x i ó n m e t a p o é t i c a es e l o b j e t o d e esta.

Y A que lo quieres así, n o haya día sin poema. Yo te doy otro p r o b l e m a : los días que no perdí en algo que no escribí. 5 E l p o e m a sin esquema previo y sin estratagema f a r t e r o f , que conseguí e n el si lencio que f d i f c o m o pausas de tu lema. 10

A M E L I A DE P A Z

Page 34: CUARENTA POEMAS INÉDITOS DE JUAN JOSÉ …aleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27564/1/53-001-2005-0129.… · rio del escritor, imperativo qus e lo obligan por igual pero qu