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www.socialgest.pt 1 1 Cuidados Cuidados à à Fam Fam í í lia lia com um Idoso com um Idoso Dependente Dependente Carla Matos Lúcia Afonso Lurdes Maria Conceição Feitor 2 CICLO DE VIDA FAMILIAR CICLO DE VIDA FAMILIAR A A fam famí lia lia é o contexto desejado para o contexto desejado para envelhecer, tal como envelhecer, tal como é o lugar apetec o lugar apetecí vel vel para viver em todas as outras fases do para viver em todas as outras fases do desenvolvimento familiar. desenvolvimento familiar. A nossa fam A nossa famí lia lia é o lugar de aconchego, o lugar de aconchego, seguran seguranç a, identidade e lembran a, identidade e lembranç as as.

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Cuidados Cuidados àà FamFamíília lia com um Idoso com um Idoso DependenteDependente

Carla Matos

Lúcia Afonso

Lurdes

Maria Conceição Feitor

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CICLO DE VIDA FAMILIARCICLO DE VIDA FAMILIAR

A A famfamíílialia éé o contexto desejado para o contexto desejado para envelhecer, tal como envelhecer, tal como éé o lugar apeteco lugar apetecíível vel para viver em todas as outras fases do para viver em todas as outras fases do desenvolvimento familiar.desenvolvimento familiar.

A nossa famA nossa famíília lia éé o lugar de aconchego, o lugar de aconchego, seguransegurançça, identidade e lembrana, identidade e lembranççasas..

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CICLO DE VIDA FAMILIARCICLO DE VIDA FAMILIAR

O ciclo de vida familiar descreve o modo O ciclo de vida familiar descreve o modo como as famcomo as famíílias evoluem e se lias evoluem e se transformam ao longo da sua existência.transformam ao longo da sua existência.

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CICLO DE VIDA FAMILIARCICLO DE VIDA FAMILIAR

O ciclo de vida das famO ciclo de vida das famíílias tem sido lias tem sido dividido em estdividido em estáádios, definidos a dios, definidos a partir dos momentos de crise, partir dos momentos de crise, podendo sintetizarpodendo sintetizar--se em dois tipos:se em dois tipos:

Crise de acessoCrise de acesso -- algualguéém entra m entra na famna famíílialia

Crise de desmembramentoCrise de desmembramento --algualguéém saim sai

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CICLO DE VIDA FAMILIARCICLO DE VIDA FAMILIAR

Estas situaEstas situaçções, mesmo se socialmente ões, mesmo se socialmente tem uma conotatem uma conotaçção positiva ( casamento ão positiva ( casamento ou o nascimento do primeiro filho), são ou o nascimento do primeiro filho), são acompanhadas por elevados graus de acompanhadas por elevados graus de stress.stress.

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CICLO DE VIDA FAMILIARCICLO DE VIDA FAMILIAR

Segundo Segundo CarterCarter e e MagoldrikMagoldrik (1989), (1989), caracterizam o ciclo de vida familiar em caracterizam o ciclo de vida familiar em 6 est6 estáádios:dios:

O Primeiro EstO Primeiro Estáádiodio, , éé a fasea fase entreentrefamfamííliaslias, em que o indiv, em que o indivííduo jduo jáá se se separou da famseparou da famíília de origem ( flia de origem ( fíísica, sica, emocional e financeiramente), mas, emocional e financeiramente), mas, ainda, não constituiu famainda, não constituiu famíília.lia.

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CICLO DE VIDA FAMILIARCICLO DE VIDA FAMILIAR

As tarefas emocionais mais relevantes As tarefas emocionais mais relevantes são:são:

formular objectivos de vida pessoais,formular objectivos de vida pessoais, adquirir uma identidade antes de adquirir uma identidade antes de

formar um agregado familiar.formar um agregado familiar.

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CICLO DE VIDA FAMILIARCICLO DE VIDA FAMILIAR

O Segundo EstO Segundo Estáádiodio -- novo casalnovo casal, requer , requer como primazia, a formacomo primazia, a formaçção do sistema ão do sistema conjugal, induz a reorganizaconjugal, induz a reorganizaçção das ão das relarelaçções com a famões com a famíília alargada ( pais, lia alargada ( pais, sogros, tios...) e a negociasogros, tios...) e a negociaçção de ão de aspectos praspectos prááticos da vida comum , tais ticos da vida comum , tais como:como:

-- divisão de tarefas domdivisão de tarefas doméésticassticas -- gestão financeira...gestão financeira...

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CICLO DE VIDA FAMILIARCICLO DE VIDA FAMILIARNo Terceiro estNo Terceiro estáádiodio -- tornartornar--se pai/mãese pai/mãe, o , o sistema conjugal tem de se ajustar para:sistema conjugal tem de se ajustar para:

-- criar espacriar espaçço ( emocional, fo ( emocional, fíísico e temporal) sico e temporal) para os filhospara os filhos

-- promover a complementaridade em tarefas promover a complementaridade em tarefas domdoméésticassticas

-- reorganizar as relareorganizar as relaçções com a famões com a famíília lia alargada (alargada (ExExºº, com os av, com os avóós)s)

-- bem como, repensar o balanbem como, repensar o balançço entre o entre profissão, amizades e relaprofissão, amizades e relaçções familiares.ões familiares.

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CICLO DE VIDA FAMILIARCICLO DE VIDA FAMILIAR

O Quarto EstO Quarto Estáádiodio, , famfamíília com filhoslia com filhosadolescentesadolescentes, transforma a fam, transforma a famíília num lia num sistema de apoio emocional, dependente sistema de apoio emocional, dependente de sistemas externosde sistemas externos

( profissionais, educacionais...)( profissionais, educacionais...)

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CICLO DE VIDA FAMILIARCICLO DE VIDA FAMILIAR

A luta pela autonomia e independência A luta pela autonomia e independência dos filhos adolescentes implica o dos filhos adolescentes implica o aumento da flexibilidade das aumento da flexibilidade das fronteiras familiares, no sentido de fronteiras familiares, no sentido de permitir ao adolescente moverpermitir ao adolescente mover--se se entre o interior e o exterior.entre o interior e o exterior.Em paralelo, o casal pode Em paralelo, o casal pode rere--enfatizar a relaenfatizar a relaçção e a geraão e a geraçção mais ão mais idosa atingir a velhice, exigindo idosa atingir a velhice, exigindo cuidados.cuidados.

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CICLO DE VIDA FAMILIARCICLO DE VIDA FAMILIAR

O Quinto EstO Quinto Estáádiodio -- ninho vazioninho vazio, , éé o momento o momento em que a famem que a famíília, aplia, apóós ter cuidado, s ter cuidado, protegido e sociabilizado os seus filhos, os protegido e sociabilizado os seus filhos, os deixa partir como adultos independentes.deixa partir como adultos independentes.

As tarefas são:As tarefas são:�� Redefinir a funRedefinir a funçção do casamento,ão do casamento,�� Desenvolver relaDesenvolver relaçções adulto/adulto com os ões adulto/adulto com os filhos,filhos,

�� Alargar a famAlargar a famíília para incluir genros/noras lia para incluir genros/noras e netos.e netos.

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CICLO DE VIDA FAMILIARCICLO DE VIDA FAMILIAR

O Sexto EstO Sexto Estáádiodio, , famfamíílias no fim delias no fim devidavida, implica, principalmente, aceitar a , implica, principalmente, aceitar a mudanmudançça nos papeis a nos papeis geracionaisgeracionais, nesta , nesta fase a gerafase a geraçção mais idosa tem de ão mais idosa tem de permitir que os seus adolescentes permitir que os seus adolescentes assumam um papel mais central na vida assumam um papel mais central na vida familiar, mantendo espafamiliar, mantendo espaçço no agregado o no agregado familiar para a sabedoria e experiência familiar para a sabedoria e experiência dos mais velhos.dos mais velhos.

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Este estEste estáádio exige, que se aprenda a gerir dio exige, que se aprenda a gerir uma uma serieserie de perdas de natureza diversas, de perdas de natureza diversas, tais como:tais como:

�� A morte do cônjuge, irmãos, amigos e a A morte do cônjuge, irmãos, amigos e a preparapreparaçção da prão da próópria mortepria morte

�� Lidar com com perdas de prestigio e poder, Lidar com com perdas de prestigio e poder, relacionadas com o abandono da vida relacionadas com o abandono da vida profissional activa.profissional activa.

�� Em simultâneo, integra outro desafio, o de Em simultâneo, integra outro desafio, o de manter o interesse por si e pelo cônjuge face ao manter o interesse por si e pelo cônjuge face ao decldeclíínio fnio fíísico e explorar novos papais sociais e sico e explorar novos papais sociais e familiares.familiares.

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FAMFAMÍÍLIALIA

�� Unidade bUnidade báásica da organizasica da organizaçção socialão social““ Habitat Habitat ““ privilegiado para a educaprivilegiado para a educaçção, ão,

crescimento, bem estar e liberdade dos seus crescimento, bem estar e liberdade dos seus membrosmembros

�� Centro de todo o processo de desenvolvimentoCentro de todo o processo de desenvolvimento

�� Desempenha um papel importante na saDesempenha um papel importante na saúúde e na de e na doendoenççaa

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FAMFAMÍÍLIALIA FEYTOR PINTOFEYTOR PINTO, define fam, define famíília comolia como ““ um espaum espaçço onde se nasce, cresce, vive e o onde se nasce, cresce, vive e se morre, onde se sofre e ama, onde o se morre, onde se sofre e ama, onde o homem se realiza na plenitude do seu serhomem se realiza na plenitude do seu ser””..

ACKERMAN ACKERMAN definiu famdefiniu famíília comolia como ““ a unidade ba unidade báásica da sociedade cujos sica da sociedade cujos membros estão motivados a cuidarem uns membros estão motivados a cuidarem uns dos outros tanto fdos outros tanto fíísica como sica como emocionalmenteemocionalmente””..

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Tipos de estruturas familiaresTipos de estruturas familiares::

FamFamíília Nuclearlia NuclearFamFamíília Extensalia ExtensaFamFamíília Mistalia MistaFamFamíília lia MonoparentalMonoparentalFamFamíília por União de Factolia por União de Facto

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FamFamíília Nuclearlia NuclearConhecida como famConhecida como famíília de casamento ou lia de casamento ou famfamíília conjugal, lia conjugal, éé formada pelo marido, formada pelo marido, esposa e filhos (naturais ou adoptivos).esposa e filhos (naturais ou adoptivos).

Caracteriza a famCaracteriza a famíília tradicional, baseialia tradicional, baseia--se em se em determinados princdeterminados princíípios como o amor, sendo pios como o amor, sendo este a base para um casamento bem sucedido; este a base para um casamento bem sucedido; a actividade sexual esta actividade sexual estáá confinada confinada àà relarelaçção ão conjugal, com um conjugal, com um úúnico parceiro sexual do nico parceiro sexual do sexo oposto. sexo oposto.

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FamFamíília Nuclearlia NuclearOs papOs papééis sexuais estão bem definidos e os is sexuais estão bem definidos e os filhos são criados numa organizafilhos são criados numa organizaçção familiar ão familiar nuclear.nuclear.

A famA famíília nuclear lia nuclear éé a unidade ba unidade báásica a partir sica a partir da qual se organizam as estruturas familiares da qual se organizam as estruturas familiares mais complexasmais complexas

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FamFamíília Extensalia Extensa

Inclui a famInclui a famíília nuclear, bem como outros lia nuclear, bem como outros parentes consanguparentes consanguííneos, que tambneos, que tambéém podem m podem ser membros da famser membros da famíília, da parte do marido lia, da parte do marido ou da esposa, que dividem a organizaou da esposa, que dividem a organizaçção e as ão e as responsabilidades do lar. responsabilidades do lar.

A famA famíília extensa tem o potencial de ser lia extensa tem o potencial de ser coesa, efectiva, e ser um bom ponto de apoio coesa, efectiva, e ser um bom ponto de apoio em momentos de crise.em momentos de crise.

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FamFamíília Mistalia Mista

Pode ser chamada de reconstituPode ser chamada de reconstituíída, da, pois referepois refere--se se àà famfamíília composta lia composta por dois adultos e com crianpor dois adultos e com criançças dos as dos respectivos casamentos anteriores. respectivos casamentos anteriores.

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FamFamíília Mistalia Mista

Este tipo de famEste tipo de famíília tem vindo a lia tem vindo a aumentar, defrontando habitualmente aumentar, defrontando habitualmente alguns problemas complexos, pelo facto alguns problemas complexos, pelo facto de os membros não compartilharem de os membros não compartilharem uma histuma históória familiar comum, o que leva ria familiar comum, o que leva àà existência de expectativas existência de expectativas diferentes para a manutendiferentes para a manutençção da ão da sasaúúde, para enfrentar o stress ou as de, para enfrentar o stress ou as doendoenççasas

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FamFamíília lia MonoparentalMonoparental

TambTambéém chamada de famm chamada de famíília de pais lia de pais solteiros, em que existe um ou mais solteiros, em que existe um ou mais filhos com apenas um progenitor. filhos com apenas um progenitor.

Surge por adopSurge por adopçção, por divão, por divóórcio, rcio, quando a crianquando a criançça nasce de uma mãe a nasce de uma mãe solteira que opta por criar o filho solteira que opta por criar o filho sozinha, ou por viuvez. sozinha, ou por viuvez.

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FamFamíília lia MonoparentalMonoparental

Neste tipo de famNeste tipo de famíília ocorrem por vezes lia ocorrem por vezes vváários conflitos relacionados com rios conflitos relacionados com problemas de ordem financeira, e em problemas de ordem financeira, e em situasituaçções de doenões de doençça ficam impossibilitados a ficam impossibilitados de custear os tratamentos. de custear os tratamentos.

Podem tambPodem tambéém surgir estigmas sociais e m surgir estigmas sociais e conflitos entre os prconflitos entre os próóprios membros da prios membros da famfamíília. As famlia. As famíílias lias monoparentaismonoparentais são mais são mais frequentes actualmente do que no passadofrequentes actualmente do que no passado..

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FamFamíília por União de Facto lia por União de Facto

TambTambéém chamada de contrato social, inclui m chamada de contrato social, inclui casais do mesmo sexo ou de sexos opostos casais do mesmo sexo ou de sexos opostos que não se casaram legalmente, mas vivem que não se casaram legalmente, mas vivem juntos e podem ter filhos. juntos e podem ter filhos.

Devido Devido ààs pressões sociais, econs pressões sociais, econóómicas ou micas ou externas estas relaexternas estas relaçções são geralmente ões são geralmente temportemporáárias., no entanto, têm vindo a rias., no entanto, têm vindo a aumentar em naumentar em núúmero.mero.

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VELHICEVELHICE

O envelhecimento O envelhecimento éé um processo de um processo de deterioradeterioraçção endão endóógena e irreversgena e irreversíível vel das capacidades funcionais do das capacidades funcionais do organismo.organismo.

TrataTrata--se de um fense de um fenóómeno inevitmeno inevitáável, vel, inerente inerente áá prpróópria vida.pria vida.

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VELHICEVELHICE

Embora seja controversa a idade de Embora seja controversa a idade de inicio do envelhecimento biolinicio do envelhecimento biolóógico, gico, ééaceite que ocorra apaceite que ocorra apóós os 30 anos s os 30 anos dependendo dos dependendo dos óórgãos, haja em mrgãos, haja em méédia a dia a perda de 1% de funcionalidade por ano.perda de 1% de funcionalidade por ano.

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EnvelhecimentoEnvelhecimento

Envelhecimento NormalEnvelhecimento Normal -- indica o indica o processo de diminuiprocesso de diminuiçção orgânica e ão orgânica e funcional, não não decorrente de funcional, não não decorrente de acidente ou doenacidente ou doençça, a, éé inevitinevitáável com o vel com o passar do tempo.passar do tempo.

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EnvelhecimentoEnvelhecimento

Envelhecimento PatolEnvelhecimento Patolóógicogico -- diz diz respeito aos factores que interferem no respeito aos factores que interferem no processo de envelhecimento normal, tais processo de envelhecimento normal, tais como o stress, traumatismos ou doencomo o stress, traumatismos ou doençça.a.

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AlteraAlteraçções observadas na 3ões observadas na 3ªª IdadeIdade

ComposiComposiçção Corporal:ão Corporal:

�� DiminuiDiminuiçção da massa magra;ão da massa magra;�� Aumento da proporAumento da proporçção de gordura;ão de gordura;�� DiminuiDiminuiçção da ão da áágua corporal.gua corporal.

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AlteraAlteraçções observadas na 3ões observadas na 3ªª IdadeIdade

�� ReduReduçção da estatura que cria um efeito ão da estatura que cria um efeito de desproporde desproporçção (os braão (os braçços e as pernas os e as pernas mantêm o comprimento normal, mas o mantêm o comprimento normal, mas o tronco encurta);tronco encurta);

�� Aparecimento de rugas, secura, Aparecimento de rugas, secura, descamadescamaçção e palidez da pele;ão e palidez da pele;

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AlteraAlteraçções observadas na 3ões observadas na 3ªª IdadeIdade

�� AcentuaAcentuaçção das proeminências ão das proeminências óósseas ( sseas ( ossos dos maxilares, maossos dos maxilares, maççãs do ãs do rosto,orbitas, nariz, orelhas;rosto,orbitas, nariz, orelhas;

�� Agravamento da perda de cabelo, menos Agravamento da perda de cabelo, menos espesso e volumoso,espesso e volumoso,

�� LentificaLentificaççãoão do crescimento das unhas, do crescimento das unhas, com estrias com estrias áá superfsuperfíície.cie.

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Competências intelectuais mais Competências intelectuais mais afectadas:afectadas:

SalthouseSalthouse (1991) diz(1991) diz--nos que são:nos que são:

�� Capacidade de interpretar Capacidade de interpretar informainformaçção não verbal ( tal como gestos, ão não verbal ( tal como gestos, expressões faciais..)expressões faciais..)

�� Capacidade de dar respostas rCapacidade de dar respostas ráápidas pidas perante novas situaperante novas situaççõesões

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Competências intelectuais mais afectadas:Competências intelectuais mais afectadas:

�� AquisiAquisiçção de novos conceitos e a ão de novos conceitos e a aplicaaplicaçção dos conceitos existentesão dos conceitos existentesaptidão para organizar informaaptidão para organizar informaççõesões

�� ConcentrarConcentrar--sese�� RaciocRaciocíínios abstractosnios abstractos�� Competências psicomotoras e Competências psicomotoras e actividades perceptactividades perceptííveis.veis.

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Para Para BaltesBaltes e e SmithSmith (2000)(2000)

Consideram a sabedoria um dos aspectos Consideram a sabedoria um dos aspectos mais valorizados na velhice, identificam mais valorizados na velhice, identificam dois factores:dois factores:

Compreensão excepcionalCompreensão excepcional -- utiliza o bom utiliza o bom senso, aprendeu com as experiências, vê os senso, aprendeu com as experiências, vê os acontecimentos num texto mais amplo acontecimentos num texto mais amplo éé um um observador perspicaz, perscruta a essência observador perspicaz, perscruta a essência da situada situaçção, tem abertura de ão, tem abertura de espiritoespirito e e independência de pensamento.independência de pensamento.

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�� Habilidade de comunicaHabilidade de comunicaçção e julgamento ão e julgamento éé fonte de bons conselhos, compreensivo fonte de bons conselhos, compreensivo capaz de entender a vida, apto a capaz de entender a vida, apto a abranger todas as opiniões numa decisão abranger todas as opiniões numa decisão e competente a pensar cuidadosamente e competente a pensar cuidadosamente antes de decidir.antes de decidir.

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DependênciaDependência

““SituaSituaçção em que se encontra a pessoa que, ão em que se encontra a pessoa que, por falta ou perda de autonomia fpor falta ou perda de autonomia fíísica, sica, pspsííquica ou intelectual, resultante ou agravada quica ou intelectual, resultante ou agravada por doenpor doençça cra cróónica, demência orgânica, nica, demência orgânica, sequelas psequelas póós traums traumááticas, deficiência, doenticas, deficiência, doençça a severa e ou incursevera e ou incuráável em fase avanvel em fase avanççada, ada, ausência ou escassez de apoio familiar ou de ausência ou escassez de apoio familiar ou de outra natureza, não consegue, por si soutra natureza, não consegue, por si sóó, , realizar as actividades da vida direalizar as actividades da vida diáária.ria.””((Diploma: MinistDiploma: Ministéério da Sario da Saúúde de –– Decreto Decreto –– Lei n.Lei n.ºº101/2006, Data 06101/2006, Data 06--0606--2006)2006)

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Tipos de dependênciaTipos de dependência (J. (J. JavierJavier YanguasYanguas, , 1998)1998)

�� Dependência EconDependência Econóómicamica –– Quando uma Quando uma pessoa deixa de ser activa pessoa deixa de ser activa economicamente e passa a fazer parte economicamente e passa a fazer parte da populada populaçção inactiva, passiva ou ão inactiva, passiva ou dependente.dependente.

�� Dependência FDependência Fíísicasica –– Perda de controlo Perda de controlo das suas fundas suas funçções corporais e a sua ões corporais e a sua interacinteracçção com os elementos fão com os elementos fíísicos do sicos do ambiente.ambiente.

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Tipos de dependênciaTipos de dependência (J. (J. JavierJavier YanguasYanguas, , 1998)1998)

�� Dependência SocialDependência Social –– Perda de pessoas e Perda de pessoas e relarelaçções significativas para o indivões significativas para o indivííduo.duo.

�� Dependência MentalDependência Mental –– Quando o indivQuando o indivííduo duo perde a capacidade de resolver os seus perde a capacidade de resolver os seus problemas e tomar as suas prproblemas e tomar as suas próóprias decisões. prias decisões.

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FactoresFactores que contribuem para a que contribuem para a dependênciadependência

�� Factores FFactores Fíísicossicos

�� Factores PsicolFactores Psicolóógicosgicos

�� Factores ContextuaisFactores Contextuais

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Factores FFactores Fíísicossicos

�� Fragilidade FFragilidade FíísicasicaAlteraAlteraçção do sistema biolão do sistema biolóógico do organismo que gico do organismo que provoca alteraprovoca alteraçção da forão da forçça fa fíísica, da mobilidade, do sica, da mobilidade, do equilequilííbrio e da resistência, que se associam a uma brio e da resistência, que se associam a uma diminuidiminuiçção das actividades de vida dião das actividades de vida diáária.ria.

�� DoenDoençças Cras CróónicasnicasAlgumas doenAlgumas doençças cras cróónicas que aparecem com a idade nicas que aparecem com a idade como a osteoporose, as doencomo a osteoporose, as doençças as osteoarticularesosteoarticulares, o , o AVC, assim como as limitaAVC, assim como as limitaçções sensoriais que ões sensoriais que contribuem para o aumento da incapacidade e da contribuem para o aumento da incapacidade e da dependência fdependência fíísica.sica.

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Factores FFactores Fíísicossicos

�� Consumo de Medicamentos Consumo de Medicamentos O aumento de doenO aumento de doençças nas pessoas idosas provoca as nas pessoas idosas provoca elevado consumo de medicamentos que têm efeitos elevado consumo de medicamentos que têm efeitos secundsecundáários e podem provocar confusão, alterarios e podem provocar confusão, alteraçções ões cognitivas e afectivas.cognitivas e afectivas.

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Factores PsicolFactores Psicolóógicosgicos

�� AlteraAlteraçções Mentaisões MentaisA depressão e A depressão e AlzheimerAlzheimer são frequentes em são frequentes em pessoas idosas, o que as leva a um isolamento pessoas idosas, o que as leva a um isolamento social, queixas fsocial, queixas fíísicas, alterasicas, alteraçções cognitivas ões cognitivas que contribuem para uma maior dependência.que contribuem para uma maior dependência.

�� Factores da PersonalidadeFactores da PersonalidadeExperiências e aprendizagem ao longo da vida Experiências e aprendizagem ao longo da vida influenciam para que sejamos mais ou menos influenciam para que sejamos mais ou menos dependentes.dependentes.

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Factores ContextuaisFactores Contextuais

�� Ambiente FAmbiente FíísicosicoUm ambiente fUm ambiente fíísico rico em meios para as pessoas sico rico em meios para as pessoas idosas terem a sua autonomia e seguranidosas terem a sua autonomia e segurançça, contribui a, contribui para que tenham para que tenham óóptimas condiptimas condiçções de vida, caso isso ões de vida, caso isso não acontenão aconteçça, surge a dependência.a, surge a dependência.

�� Ambiente SocialAmbiente SocialO relacionamento que se estabelece entre o cuidador O relacionamento que se estabelece entre o cuidador e a pessoa idosa, ambiente este que pode favorecer ou e a pessoa idosa, ambiente este que pode favorecer ou prevenir situaprevenir situaçções de dependência.ões de dependência.

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Impacto na famImpacto na famíília com o idosolia com o idosodependentedependente

SegundoSegundo Liliana Sousa Liliana Sousa etet alal, (2004) a , (2004) a prestaprestaçção de cuidados a um familiar idoso ão de cuidados a um familiar idoso provoca modificaprovoca modificaçções a nões a níível do vel do relacionamento familiar:relacionamento familiar:

�� Na relaNa relaçção entre o idoso e a pessoa que cuida ão entre o idoso e a pessoa que cuida dele.dele.

�� Na relaNa relaçção conjugal da pessoa que presta ão conjugal da pessoa que presta cuidados e nas ligacuidados e nas ligaçções filiais, fraternais e ões filiais, fraternais e extra extra –– familiares.familiares.

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Impacto na famImpacto na famíília com o idosolia com o idosodependentedependente

�� AlteraAlteraçção no conjunto de redes relacionais.ão no conjunto de redes relacionais.�� CriaCriaçção de uma nova rotina.ão de uma nova rotina.�� A prA próópria dinâmica familiar sofre pria dinâmica familiar sofre alteraalteraçções desestabilizando e deslocando ões desestabilizando e deslocando relarelaçções de poder, dependência e ões de poder, dependência e intimidade.intimidade.

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RelaRelaçção entre o cuidador e o receptor ão entre o cuidador e o receptor de cuidadosde cuidados

Os cuidados pessoais prestados ao idoso Os cuidados pessoais prestados ao idoso exigem alteraexigem alteraçções no relacionamento, a ões no relacionamento, a relarelaçção de dependência implica uma nova ão de dependência implica uma nova perceppercepçção de si e do outro para todos os ão de si e do outro para todos os elementos do grupo familiar, atingindo elementos do grupo familiar, atingindo em particular o cuidador e o idoso.em particular o cuidador e o idoso.

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RelaRelaçção entre o cuidador e o receptor ão entre o cuidador e o receptor de cuidadosde cuidados

A dependência assume diferentes A dependência assume diferentes significados para ambos :significados para ambos :

�� O idoso estO idoso estáá incapacitado para realizar incapacitado para realizar determinadas actividades bdeterminadas actividades báásicas da sicas da vida divida diáária.ria.

�� O cuidador realiza actividades que atO cuidador realiza actividades que atéé aaííeram desempenhadas pelo idoso.eram desempenhadas pelo idoso.

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RelaRelaçção entre o cuidador e o receptor ão entre o cuidador e o receptor de cuidadosde cuidados

A relaA relaçção de dependência interfere com a ão de dependência interfere com a Intimidade do idoso, gerandoIntimidade do idoso, gerando--se uma relase uma relaçção ão de constrangimentode constrangimento

�� O idoso perde a sua privacidade.O idoso perde a sua privacidade.�� O cuidador pode assumir tarefas de natureza O cuidador pode assumir tarefas de natureza

estritamente estritamente ííntima com o familiar dependente.ntima com o familiar dependente.�� Se o cuidador for o cônjuge, a relaSe o cuidador for o cônjuge, a relaçção assume ão assume

contornos menos embaracontornos menos embaraççosos porque josos porque jáá existia existia relarelaçção de intimidade.ão de intimidade.

�� Se forem os filhos, a relaSe forem os filhos, a relaçção terão teráá de ser de ser construconstruíídada. .

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RelaRelaçção entre o cuidador e o receptor ão entre o cuidador e o receptor de cuidadosde cuidados

Quando a relaQuando a relaçção ão éé entre pai e filha, os entre pai e filha, os constrangimentos poderão ser constrangimentos poderão ser altamente complexos. A exposialtamente complexos. A exposiçção do ão do corpo corpo éé ainda alvo de algum preconceito. ainda alvo de algum preconceito. DaDaíí que expor o corpo e ser tocado pelo que expor o corpo e ser tocado pelo cônjuge seja menos penoso do que por cônjuge seja menos penoso do que por filhos ou noras (filhos ou noras (MendesMendes, , 1998.)1998.)

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RelaRelaçção entre o cuidador e o receptor ão entre o cuidador e o receptor de cuidadosde cuidados

Assim por vezes geramAssim por vezes geram--se situase situaçções de ões de abuso e maus tratos entre o cuidador e abuso e maus tratos entre o cuidador e o idoso, que vão desde a violência fo idoso, que vão desde a violência fíísica sica e agressões verbais ate agressões verbais atéé ao uso indevido ao uso indevido dos bens do idosodos bens do idoso..

52

RelaRelaçção entre o idoso e os vão entre o idoso e os váários rios elementos da famelementos da famíílialia

�� A doenA doençça não atinge apenas o doente, mas tudo o a não atinge apenas o doente, mas tudo o que o rodeia, comeque o rodeia, começçando pela prando pela próópria fampria famíília.lia.

�� Provocando uma Provocando uma desestruturadesestruturaççãoão da famda famíília, sendo lia, sendo esta obrigada a redistribuir as suas tarefas que esta obrigada a redistribuir as suas tarefas que não se limitam ao sub não se limitam ao sub –– sistema familiar a que sistema familiar a que pertence o idoso, mas se reflecte nos restantes pertence o idoso, mas se reflecte nos restantes elementos (Martins, 2002).elementos (Martins, 2002).

�� O impacto da tarefa de cuidar irO impacto da tarefa de cuidar iráá recair sobre recair sobre todos os elementos da famtodos os elementos da famíília e não apenas sobre lia e não apenas sobre o cuidador principal.o cuidador principal.

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RelaRelaçção entre o idoso e os vão entre o idoso e os váários rios elementos da famelementos da famíílialia

�� Por vezesPor vezes o idoso dependente passa a o idoso dependente passa a viver em casa do cuidador principal. Esta viver em casa do cuidador principal. Esta situasituaçção poderão poderáá ser uma fonte de ser uma fonte de conflitos, jconflitos, jáá que os restantes elementos que os restantes elementos da famda famíília se sentem afectados por uma lia se sentem afectados por uma circunstância nem sempre desejada por circunstância nem sempre desejada por todos.todos.

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Motivos geradores de conflitos Motivos geradores de conflitos ((SempleSemple, , 1992, 1992, AneshenselAneshensel etet alal.,1995).,1995)

Os motivos geradores de conflitos Os motivos geradores de conflitos referemreferem--se a desacordos entre o cuidador se a desacordos entre o cuidador principal e os restantes familiares.principal e os restantes familiares.

Os familiaresOs familiares mais prmais próóximos sentem a falta ximos sentem a falta de tempo, atende tempo, atençção e cuidados que lhe eram ão e cuidados que lhe eram dedicados e vão ser desviados para o idoso. dedicados e vão ser desviados para o idoso.

SentemSentem--se afectados pela prse afectados pela próópria pria incapacidade do idoso, provocando incapacidade do idoso, provocando consequências negativas, tristeza crconsequências negativas, tristeza cróónica nica ou culpa.ou culpa.

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Motivos geradores de conflitosMotivos geradores de conflitos ((SempleSemple, , 1992, 1992, AneshenselAneshensel etet alal.,1995).,1995)

�� DoenDoençça e incapacidade do idoso.a e incapacidade do idoso.�� Natureza e intensidade dos cuidados Natureza e intensidade dos cuidados prestados.prestados.

�� NNúúmero de elementos que devem mero de elementos que devem participar e partilhar na prestaparticipar e partilhar na prestaçção dos ão dos cuidados.cuidados.

�� Forma de apoiar o cuidador principal.Forma de apoiar o cuidador principal.�� ApreciaApreciaçção e valorizaão e valorizaçção que deve ser ão que deve ser dada ao cuidador principal.dada ao cuidador principal.

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�� A famA famíília lia éé em Portugal a unidade bem Portugal a unidade báásica de sica de suporte a todos aqueles que carecem de suporte a todos aqueles que carecem de cuidados, sejam criancuidados, sejam criançças jovens, adultos ou as jovens, adultos ou idosos.idosos.

�� A tradiA tradiçção cultural Portuguesa atribui ão cultural Portuguesa atribui ààs s famfamíílias, particularmente aos membros do lias, particularmente aos membros do sexo feminino, a responsabilidade de cuidar sexo feminino, a responsabilidade de cuidar dos membros mais idosos.dos membros mais idosos.

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�� Cuidar dos idosos apresentaCuidar dos idosos apresenta--se como se como uma extensão dos papeis normais da uma extensão dos papeis normais da famfamíília.lia.

�� A funA funçção de cuidador nem sequer ão de cuidador nem sequer ééreconhecida a nreconhecida a níível legal, pois encaravel legal, pois encara--se se como uma obrigacomo uma obrigaçção familiar, não se ão familiar, não se criando medidas que facilitem criando medidas que facilitem áá famfamíília o lia o desempenho com qualidade. desempenho com qualidade.

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�� DiminuiDiminuiçção do numero de famão do numero de famíílias disponlias disponííveis para veis para prestar cuidados.prestar cuidados.

�� O aumento do numero de idosos a necessitar de O aumento do numero de idosos a necessitar de cuidados.cuidados.

�� O aumento da esperanO aumento da esperançça de vida que alarga o a de vida que alarga o numero de anos a necessitar de apoio.numero de anos a necessitar de apoio.

�� O aumento da taxa de divO aumento da taxa de divóórcios.rcios.

�� A maior mobilidade geogrA maior mobilidade geográáfica dos sujeitos.fica dos sujeitos.

�� O aumento das mulheres com carreiras O aumento das mulheres com carreiras profissionais. profissionais.

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HanssonHansson e e CarpenterCarpenter,1994;,1994;NoconNocon e e PearsonPearson,2000,2000

�� Desta forma, reduzDesta forma, reduz--se o numero de se o numero de famfamíílias disponlias disponííveis e com condiveis e com condiçções de ões de exercer a tarefa de cuidadores, pelo exercer a tarefa de cuidadores, pelo que cada vez mais ao nque cada vez mais ao níível dos apoios vel dos apoios formais terão que se equacionar medidas formais terão que se equacionar medidas que permitam que permitam ààs fams famíílias continuar a lias continuar a cuidar dos seus idosos. cuidar dos seus idosos.

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Cuidador informalCuidador informal

�� Elemento da rede social do idoso Elemento da rede social do idoso (familiares, vizinhos, colegas(familiares, vizinhos, colegas…….)que lhe .)que lhe prestam cuidados regularmente, não prestam cuidados regularmente, não remunerados, na ausência de um vinculo remunerados, na ausência de um vinculo formal.formal.

�� Os cuidadores familiares são aqueles Os cuidadores familiares são aqueles que merecem maior destaque porque são que merecem maior destaque porque são em numero superior. em numero superior.

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TornarTornar--se cuidadorse cuidador

Processo de iniciaProcesso de iniciaçção:ão:

�� Raramente decorre de um processo livre e Raramente decorre de um processo livre e consciente escolha.consciente escolha.

�� A oferta social, em termos de apoio A oferta social, em termos de apoio domicilidomiciliáário e alojamento colectivo, encontrario e alojamento colectivo, encontra--se pouco desenvolvida nos pase pouco desenvolvida nos paííses da Europa do ses da Europa do sul.sul.

62

TornarTornar--se cuidadorse cuidador�� A famA famíília lia éé culturalmente considerada culturalmente considerada como o como o ””centro da tradicentro da tradiçção da ão da responsabilidade colectiva pela responsabilidade colectiva pela prestaprestaçção de cuidadosão de cuidados”” ((AndersonAnderson, , 1992:50).1992:50).

�� O recurso aos apoios formais O recurso aos apoios formais éésocialmente conotado com abandono ou socialmente conotado com abandono ou negligência em relanegligência em relaçção aos familiares ão aos familiares idosos.idosos.

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AssunAssunçção do papel de cuidador ão do papel de cuidador familiarfamiliar

�� Existem duas vias (Existem duas vias (lele BrisBris,1994):,1994):

Processo subProcesso sub--reptreptííciocio::ÉÉ um processo de progressiva perda de um processo de progressiva perda de autonomia de quem se cuida. Dificilmente autonomia de quem se cuida. Dificilmente se pode datar o inicio. A pessoa comese pode datar o inicio. A pessoa começça a a a prestar cuidados sem se dar conta, sem prestar cuidados sem se dar conta, sem ter tomado conscientemente essa decisão, ter tomado conscientemente essa decisão, eventualmente, sem se identificar com o eventualmente, sem se identificar com o estatuto de pessoa responsestatuto de pessoa responsáável pela vel pela prestaprestaçção de cuidados.ão de cuidados.

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AssunAssunçção do papel de cuidador ão do papel de cuidador familiarfamiliar

�� Existem duas vias (Existem duas vias (lele BrisBris,1994):,1994):Incidente inesperado:Incidente inesperado:poderpoderáá ter três origens:ter três origens:--uma doenuma doençça ou acidente de que resulta em a ou acidente de que resulta em incapacidade de modo sincapacidade de modo súúbito;bito;

--a viuvez;a viuvez;--a demissão ou morte da pessoa que a demissão ou morte da pessoa que anteriormente prestava cuidados. anteriormente prestava cuidados.

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Quem tem maior probabilidade de se Quem tem maior probabilidade de se tornar cuidador informal:tornar cuidador informal:

--O cônjuge e os filhos;O cônjuge e os filhos;--Elementos do sexo feminino;Elementos do sexo feminino;--Quem vive com a pessoa que requer os Quem vive com a pessoa que requer os cuidados;cuidados;

--Os elementos com quem se mantOs elementos com quem se mantéém uma m uma relarelaçção conjugal ou filial.ão conjugal ou filial.

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�� A definiA definiçção de cuidador surge na relaão de cuidador surge na relaçção ão dialdialééctica com a eleictica com a eleiçção dos nãoão dos não--cuidadores cuidadores (Vel(Veláásquez squez etet alal.,1998)..,1998).

�� As pessoas que assumem a prestaAs pessoas que assumem a prestaçção informal ão informal de cuidados fazemde cuidados fazem--no atravno atravéés de um processo s de um processo de de resvalar para dentroresvalar para dentro ..

�� Este processo Este processo éé acompanhado de outro, o de acompanhado de outro, o de resvalar para fora.resvalar para fora.

�� Ou seja ao mesmo tempo que um dos membros Ou seja ao mesmo tempo que um dos membros da famda famíília assume a responsabilidade da lia assume a responsabilidade da prestaprestaçção dos cuidados, os outros descartamão dos cuidados, os outros descartam--se. se.

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MotivaMotivaçções do papel de cuidadorões do papel de cuidador

�� Dever moral ou social;Dever moral ou social;�� Solidariedade conjugal, filial ou familiar;Solidariedade conjugal, filial ou familiar;�� Cristianismo;Cristianismo;�� Sentimentos de amor ou piedade;Sentimentos de amor ou piedade;�� Recompensa material;Recompensa material;�� Evitar a institucionalizaEvitar a institucionalizaçção.ão.

((LeLe BrisBris,1994;,1994;NoconNocon e e PearsonPearson,2000),2000)

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Perfil do cuidadorPerfil do cuidador

Cuidador principal:Cuidador principal:Aquele que assume a total ou a maior parte Aquele que assume a total ou a maior parte da responsabilidade dos cuidados.da responsabilidade dos cuidados.

Cuidador secundCuidador secundáário:rio:são aqueles (familiares, amigos, vizinhos, são aqueles (familiares, amigos, vizinhos, profissionais) que prestam cuidados profissionais) que prestam cuidados complementares.complementares.

((StoneStone, , CafferataCafferata e e SanglSangl, 1987) , 1987)

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Perfil do cuidadorPerfil do cuidador�� A tarefa de cuidar do idoso recai, A tarefa de cuidar do idoso recai, tradicionalmente sobre o elemento feminino tradicionalmente sobre o elemento feminino mais prmais próóximo. Todavia, constataximo. Todavia, constata--se que os se que os homens participam cada vez mais na prestahomens participam cada vez mais na prestaçção ão de cuidados (de cuidados (BarberBarber, 1999)., 1999).

�� O cuidador mais frequente O cuidador mais frequente éé o cônjuge seja o cônjuge seja homem ou mulher.homem ou mulher.

�� Na ausência do cônjuge Na ausência do cônjuge éé a filha quem assume a filha quem assume a responsabilidade.a responsabilidade.

�� Na ausência da filha Na ausência da filha éé o filho que tende a o filho que tende a passar a responsabilidade para a esposa.passar a responsabilidade para a esposa.

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Perfil do cuidadorPerfil do cuidador

�� Em geral os cuidadores vivem prEm geral os cuidadores vivem próóximo ximo do idoso, ou debaixo do mesmo tecto do idoso, ou debaixo do mesmo tecto segundo o estudo empreendido pela NAC segundo o estudo empreendido pela NAC (1997).(1997).

�� A acumulaA acumulaçção de uma carreira ão de uma carreira profissional com a tarefa de cuidador profissional com a tarefa de cuidador nem sempre nem sempre éé posspossíívelvel

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Perfil das tarefas desempenhadasPerfil das tarefas desempenhadas

A carreira de cuidador envolve 3 estA carreira de cuidador envolve 3 estáádios:dios:--preparapreparaçção e aquisião e aquisiçção do papel.ão do papel.--assunassunçção das tarefas e responsabilidades ão das tarefas e responsabilidades relacionadas com os cuidados em casa e/ou relacionadas com os cuidados em casa e/ou numa instituinuma instituiçção.ão.

--a libertaa libertaçção da prestaão da prestaçção de cuidados, ão de cuidados, normalmente em resultado do falecimento do normalmente em resultado do falecimento do familiar dependente.familiar dependente.

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Impacto dos cuidados na dinâmica Impacto dos cuidados na dinâmica familiarfamiliar

�� Impactos negativos:Impactos negativos:--sobrecargasobrecargaa exigência dos cuidados prestados e as a exigência dos cuidados prestados e as consequências nas varias consequências nas varias ááreas de vida reas de vida do cuidador. As atitudes e respostas do cuidador. As atitudes e respostas emocionais do cuidador emocionais do cuidador áás exigências ou s exigências ou problemas associados problemas associados àà prestaprestaçção dos ão dos cuidados.cuidados.

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Impacto dos cuidados na dinâmica Impacto dos cuidados na dinâmica familiarfamiliar

�� Impactos negativos:Impactos negativos:--sasaúúde fde fíísica e mentalsica e mentalProporcionar cuidados durante um longo Proporcionar cuidados durante um longo perperííodo de tempo pode ser fodo de tempo pode ser fíísica e sica e psicologicamente esgotante. Nos cuidadores psicologicamente esgotante. Nos cuidadores ééfrequente a referência a cansafrequente a referência a cansaçço fo fíísico e sico e sensasensaçção de deterioraão de deterioraçção gradual do estado ão gradual do estado de sade saúúde.de.A depressão e a ansiedade são dois problemas A depressão e a ansiedade são dois problemas significativos nos cuidadores. significativos nos cuidadores.

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Impacto dos cuidados na dinâmica Impacto dos cuidados na dinâmica familiarfamiliar

�� Impactos negativos:Impactos negativos:--Actividade profissionalActividade profissionalTer uma profissão e prestar cuidados Ter uma profissão e prestar cuidados são actividades que podem entrar em são actividades que podem entrar em conflito directo. As dificuldades conflito directo. As dificuldades variam de acordo com extensão dos variam de acordo com extensão dos cuidados a prestar (necessidades do cuidados a prestar (necessidades do idoso e do apoio exterior que as idoso e do apoio exterior que as possam minorar).possam minorar).

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Impacto dos cuidados na dinâmica Impacto dos cuidados na dinâmica familiarfamiliar

�� Impactos negativos:Impactos negativos:--Actividade profissionalActividade profissionalA investigaA investigaçção demonstra que o impacto da ão demonstra que o impacto da tarefa de cuidar se traduz por uma starefa de cuidar se traduz por uma séérie de rie de alteraalteraçções profissionais ( alteraões profissionais ( alteraçções do ões do horhoráário de trabalho; sensario de trabalho; sensaçção de ão de desempenho afectada; necessidade de desempenho afectada; necessidade de faltar; interrupfaltar; interrupçções durante o trabalho; ões durante o trabalho; atrasos; recusa de promoatrasos; recusa de promoçções; desistência ões; desistência da profissão).da profissão).

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Impacto dos cuidados na dinâmica Impacto dos cuidados na dinâmica familiarfamiliar

�� Impactos negativos:Impactos negativos:

--Tempo livre e de laserTempo livre e de laserFrequentemente o cuidador não dispõe de Frequentemente o cuidador não dispõe de tempo para si. A redutempo para si. A reduçção das actividades ão das actividades sobretudo as sociais sobretudo as sociais éé bastante frequente bastante frequente acarretando uma dupla negatividade: como acarretando uma dupla negatividade: como tem menos tempo, estabelece menos relatem menos tempo, estabelece menos relaçções ões sociais perdendo oportunidade de encontrar sociais perdendo oportunidade de encontrar apoio social.apoio social.

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Impacto dos cuidados na dinâmica Impacto dos cuidados na dinâmica familiarfamiliar

�� Impactos positivos:Impactos positivos:

Os aspectos positivos têm sido Os aspectos positivos têm sido relativamente esquecidos. As relativamente esquecidos. As satisfasatisfaçções decorrentes da tarefa de ões decorrentes da tarefa de cuidar existem, podendo coexistir a par cuidar existem, podendo coexistir a par das dificuldades das dificuldades ( ( NolanNolan, , GrantGrant e e KeadyKeady,1996,1998).,1996,1998).

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Impacto dos cuidados na dinâmica Impacto dos cuidados na dinâmica familiarfamiliar

�� Impactos positivos:Impactos positivos:

--manutenmanutençção da dignidade da pessoa idosa;ão da dignidade da pessoa idosa;--ver a pessoa de quem se cuida bem tratada e ver a pessoa de quem se cuida bem tratada e feliz;feliz;

--ter a consciência de que se dter a consciência de que se dáá o melhor;o melhor;--ter oportunidade de expressar amor e afecto;ter oportunidade de expressar amor e afecto;--afastar a possibilidade de institucionalizaafastar a possibilidade de institucionalizaçção; ão; --possibilidade de crescimento e enriquecimento possibilidade de crescimento e enriquecimento pessoal;pessoal;

--desenvolvimento de novas competências. desenvolvimento de novas competências.

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Necessidades do cuidadorNecessidades do cuidador�� Os cuidadores apresentam uma sOs cuidadores apresentam uma séérie de rie de necessidades:necessidades:--materiais (recursos financeiros, ajudas materiais (recursos financeiros, ajudas ttéécnicas, utilizacnicas, utilizaçção de servião de serviççosos……).).--emocionais (suporte emocional , grupos de emocionais (suporte emocional , grupos de apoioapoio……).).--informativas (como realizar os cuidados, informativas (como realizar os cuidados, adaptaadaptaçções ambientais e arquitectões ambientais e arquitectóónicas ao nicas ao dependente, direitos, deveresdependente, direitos, deveres……) )

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Necessidades de apoio ao domicilio e Necessidades de apoio ao domicilio e de ajudas tde ajudas téécnicascnicas

�� Os cuidados domiciliOs cuidados domiciliáários de rios de enfermagem e higiene;enfermagem e higiene;

�� O apoio nas tarefas domesticas;O apoio nas tarefas domesticas;�� O material tO material téécnico adequado (cadeira de cnico adequado (cadeira de rodas, andarilho, cama articulada, rodas, andarilho, cama articulada, arrastadeira, etc.arrastadeira, etc.……););

�� Possibilidade de aluguer do material.Possibilidade de aluguer do material.

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Necessidades de apoio financeiroNecessidades de apoio financeiro

�� Os cuidadores das camadas Os cuidadores das camadas sociosocio--econeconóómicas micas mais baixas deparammais baixas deparam--se muitas vezes com se muitas vezes com graves problemas, baixas pensões, elevadas graves problemas, baixas pensões, elevadas despesas com a assistência medica, despesas com a assistência medica, medicamentosa e ajudas tmedicamentosa e ajudas téécnicas.cnicas.Estas situaEstas situaçções poderiam ser suavizadas se ões poderiam ser suavizadas se existisse um maior apoio financeiro na doenexistisse um maior apoio financeiro na doençça a e na e na dependenciadependencia. .

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Necessidade de apoio emocional e Necessidade de apoio emocional e aconselhamentoaconselhamento

�� Os cuidadores carecem de alguOs cuidadores carecem de alguéém com quem m com quem falar acerca das experiências, dificuldades e falar acerca das experiências, dificuldades e preocupapreocupaçções, alguões, alguéém que os compreenda e m que os compreenda e com quem possam desabafar.com quem possam desabafar.

�� Os grupos de apoio poderiam ter um papel Os grupos de apoio poderiam ter um papel preponderante na quebra do isolamento e preponderante na quebra do isolamento e solidão, agindo como fonte de informasolidão, agindo como fonte de informaçção e ão e aconselhamento.aconselhamento.

�� A necessidade de recompensa (a pessoa que A necessidade de recompensa (a pessoa que se dse dáá e se dedica precisa para o seu e se dedica precisa para o seu equilequilííbrio, de se sentir valorizada e brio, de se sentir valorizada e apreciada). apreciada).

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Necessidade de tempo livreNecessidade de tempo livre

�� HHáá a possibilidade do cuidador poder ser a possibilidade do cuidador poder ser temporariamente dispensado das suas temporariamente dispensado das suas tarefas e responsabilidades, adquirindo tarefas e responsabilidades, adquirindo espaespaçço para cuidar de si.o para cuidar de si.

�� Este aspecto pode ser ultrapassado Este aspecto pode ser ultrapassado atravatravéés de substituis de substituiçções (por horas, ões (por horas, finsfins--dede--semana ou atsemana ou atéé fféérias). rias).

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Necessidades de informaNecessidades de informaçção e ão e formaformaççãoão

�� InformaInformaçção sobre os servião sobre os serviçços os dispondisponííveis, subsveis, subsíídios e direitos.dios e direitos.

�� AquisiAquisiçção de conhecimentos prão de conhecimentos prááticos ticos (como levantar uma pessoa, cuidar da (como levantar uma pessoa, cuidar da sua higiene pessoal, vestisua higiene pessoal, vesti--lala ……).).

�� Conhecimentos acerca da doenConhecimentos acerca da doençça e a e dependência (causas , evoludependência (causas , evoluçção , ão , tratamentostratamentos……) )

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O O envelhecimento Demogrenvelhecimento Demográáficoficodespertou o interesse de numerosos despertou o interesse de numerosos investigadores de todas as investigadores de todas as ááreas reas cientificas na procura de uma cientificas na procura de uma caracterizacaracterizaçção deste fenão deste fenóómeno na meno na tentativa de tentativa de encontrar soluencontrar soluçções e de ões e de prever a evoluprever a evoluçção futuraão futura ((nazarethnazareth, , 19941994).).

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Cada vez maisCada vez mais……

……se promove um se promove um envelhecimento activoenvelhecimento activo, , procurando e reconhecendo a procurando e reconhecendo a necessidade de serem criadas condinecessidade de serem criadas condiçções ões para a para a obtenobtençção de ganhos de saão de ganhos de saúúdede, , nomeadamente em anos de vida com nomeadamente em anos de vida com independência e melhoria da qualidade independência e melhoria da qualidade de vida.de vida.

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MasMas……

As As pessoas idosaspessoas idosas em situaem situaçção de ão de dependênciadependência requerem uma particular requerem uma particular atenatençção da parte dos ão da parte dos ServiServiçços de os de SaSaúúdede e sociaise sociais, assim como as suas , assim como as suas famfamííliaslias

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ÉÉ importante:importante:

�� A instituiA instituiçção de um ão de um modelo de modelo de intervenintervenççãoão integrado e ou articulado da integrado e ou articulado da sasaúúde e da segurande e da segurançça social, de natureza a social, de natureza preventiva, recuperadora e paliativa.preventiva, recuperadora e paliativa.

�� A interacA interacçção e cooperaão e cooperaçção de ão de profissionaisprofissionais de distintas disciplinas e de distintas disciplinas e sectores devidamente preparados e sectores devidamente preparados e vocacionados.vocacionados.

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APOIO SOCIALAPOIO SOCIAL

Não deve ser simplesmente uma Não deve ser simplesmente uma construconstruçção teão teóórica, mas rica, mas um processo um processo dinâmicodinâmico e e complexocomplexo, que envolve , que envolve transactransacçções entreões entre indivindivííduos e as duos e as redes sociaisredes sociais..

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As necessidades sociais defendidas por As necessidades sociais defendidas por ThoitsThoits (1995) e refor(1995) e reforççadas por adas por Matos eMatos eFerreiraFerreira(2000),são:(2000),são:

�� o afecto,o afecto,�� a pertena pertençça, a, �� afiliaafiliaçção,ão,�� a identidade,a identidade,�� a segurana segurançça,a,�� a aprovaa aprovaçção.ão.

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SatisfaSatisfaçção das necessidades sociaisão das necessidades sociais

�� SSóócio cio -- emocionalemocional�� InstrumentalInstrumental

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As As respostas sociaisrespostas sociais devem ser devem ser ajustadas aos ajustadas aos diferentes grupos de diferentes grupos de pessoaspessoas e aos diferentes e aos diferentes momentosmomentos eecircunstancias circunstancias da evoluda evoluçção das ão das dependências, dependências, áás s situasituaçções sociaisões sociais, e , e simultaneamente, simultaneamente, facilitadoras da facilitadoras da autonomia e da participaautonomia e da participaçção dosão dosdestinatdestinatáários e reforrios e reforçço das o das capacidades e competências das capacidades e competências das famfamíílias.lias.

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PROGRAMA DO XVII GOVERNO PROGRAMA DO XVII GOVERNO CONSTITUCIONALCONSTITUCIONAL

�� inin CapCap II II –– Novas PolNovas Polííticas Sociais ticas Sociais

�� IVIV-- ProtecProtecçção Social e Combate ão Social e Combate ààpobreza pobreza -- Uma nova fronteira no Uma nova fronteira no combate combate àà pobreza e pobreza e àà exclusãoexclusão

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PROGRAMA DO XVII GOVERNO PROGRAMA DO XVII GOVERNO CONSTITUCIONALCONSTITUCIONAL

�� ““ ... dever... deveráá ser dada uma especial atenser dada uma especial atençção ão ààs pols polííticas do desenvolvimento dos ticas do desenvolvimento dos territterritóórios, rios, ààs pols polííticas de apoio ticas de apoio ààs s famfamííliaslias e e ààs que visam o apoio aos s que visam o apoio aos rendimentos dos mais desprovidos . rendimentos dos mais desprovidos .

�� Desenvolver as capacidades das pessoas, Desenvolver as capacidades das pessoas, das famdas famíílias, dos grupos, dos territlias, dos grupos, dos territóórios. rios. ““

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PROGRAMA DO XVII GOVERNO PROGRAMA DO XVII GOVERNO CONSTITUCIONALCONSTITUCIONAL

�� Diferenciar as respostas de acordo com as Diferenciar as respostas de acordo com as condicondiçções ões particulares dos seus destinatparticulares dos seus destinatááriosrios, de acordo com as , de acordo com as circunstâncias prcircunstâncias próóprias dos prias dos distintos territdistintos territóóriosrios, no , no respeito pela respeito pela equidade na distribuiequidade na distribuiçção dos recursosão dos recursos..

�� ContratualizarContratualizar as soluas soluçções assegurando que todos os ões assegurando que todos os intervenientes intervenientes cidadãos, famcidadãos, famíílias, instituilias, instituiçções pões púúblicas e blicas e privadasprivadas são mobilizadas e são mobilizadas e assumem compromissosassumem compromissos nas nas intervenintervençções de que sejam parte. ões de que sejam parte.

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PROGRAMA DO XVII GOVERNO PROGRAMA DO XVII GOVERNO CONSTITUCIONALCONSTITUCIONAL

�� ......““ O governo apostarO governo apostaráá na na reestruturareestruturaçção do sistema ão do sistema de Solidariedade e Segurande Solidariedade e Segurançça Sociala Social como garante como garante de uma atitude de proximidade com os cidadãos e as de uma atitude de proximidade com os cidadãos e as comunidades, e de prcomunidades, e de prááticas polticas polííticas promotoras da ticas promotoras da participaparticipaçção de todas as entidades e instituião de todas as entidades e instituiçções na ões na luta por um Portugal mais coeso em que a luta contra a luta por um Portugal mais coeso em que a luta contra a pobreza e a exclusão seja a marca distintiva do pobreza e a exclusão seja a marca distintiva do crescimento e desenvolvimento de Portugal crescimento e desenvolvimento de Portugal ””

�� DefendeDefende--se ainda se ainda ““ Uma acUma acçção adaptada ão adaptada ààs s diferentes realidades regionaisdiferentes realidades regionais””. .

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PRESSUPOSTOS DA INTERVENPRESSUPOSTOS DA INTERVENÇÇÃOÃO

O envelhecimento O envelhecimento éé uma conquista uma conquista civilizacional civilizacional

O Envelhecimento O Envelhecimento éé fundamentalmente uma fundamentalmente uma questão social com repercussões financeirasquestão social com repercussões financeiras

Necessidade de definir nNecessidade de definir nííveis de veis de responsabilidaderesponsabilidade

( P( Púública, sociedade, famblica, sociedade, famíília e individual ) lia e individual )

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FINALIDADE:FINALIDADE:�� Garantir aos cidadãos o acesso a serviGarantir aos cidadãos o acesso a serviçços sociais os sociais de qualidade adequados de qualidade adequados àà satisfasatisfaçção das ão das necessidades, de forma necessidades, de forma coco--responsresponsáável, por via vel, por via dos acordos de cooperados acordos de cooperaçção celebrados entre os ão celebrados entre os serviserviçços de seguranos de segurançça social e as IPSS. a social e as IPSS.

OBJECTIVOS ESPECIFICOS:OBJECTIVOS ESPECIFICOS:�� IdentificaIdentificaçção dos requisitos mão dos requisitos míínimos exignimos exigííveis nas veis nas construconstruçções de novos equipamentos e na ões de novos equipamentos e na adaptaadaptaçção dos existentes . Definião dos existentes . Definiçção de modelos ão de modelos de avaliade avaliaçção da qualidade por não da qualidade por nííveis nos diversos veis nos diversos processos e serviprocessos e serviçços das respostas sociais e os das respostas sociais e boas prboas prááticas. ticas.

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�� Medidas e Medidas e ProgramasProgramas

�Rede Regional de Cuidados Continuados Integrados�Rede Social�PAII ( FORHUM, CAD, SAD, STA)

�Apoio Domiciliário�Atendimento social�Cuidados Continuados Integrados�Centros de Dia/ Convívio�Centros de Noite �Acolhimento Familiar�Complemento Solidário para idosos

Outras medidas de iniciativa local

•ReCriar o Futuro

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COMPLEMENTO SOLIDCOMPLEMENTO SOLIDÁÁRIO PARA RIO PARA IDOSOSIDOSOS

�� ÉÉ um complemento de um rendimento base um complemento de um rendimento base existente ( pensão mais outros rendimentos) existente ( pensão mais outros rendimentos)

�� SSóó para quem precisapara quem precisa�� Tratar de modo diferente o que Tratar de modo diferente o que éé diferentediferente�� Concentrar recursos em quem mais precisaConcentrar recursos em quem mais precisa�� LanLanççar uma nova estratar uma nova estratéégia de mgia de míínimos sociais nimos sociais para idosospara idosos

�� Para pensionistas de velhice e sobrevivência, Para pensionistas de velhice e sobrevivência, ou equiparados residentes em territou equiparados residentes em territóório rio nacionalnacional

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PAII PAII -- Programa de Apoio Integrado Programa de Apoio Integrado a Idososa Idosos

SADSAD –– ServiServiçço de Apoio Domicilio de Apoio Domiciliááriorio

CADCAD –– Centro de Apoio a Dependentes/Centro Pluridisciplinar de Centro de Apoio a Dependentes/Centro Pluridisciplinar de

RecursosRecursos

FORHUMFORHUM –– FormaFormaçção de Recursos Humanosão de Recursos Humanos

STASTA –– ServiServiçço de o de Telealarme Telealarme

SaSaúúde e Termalismo Sde e Termalismo Sééniornior

Passes Terceira Passes Terceira IdadeIdade

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ReCriarReCriar o Futuroo FuturoOBJECTIVOS GERAIS: OBJECTIVOS GERAIS: �� Promover o desenvolvimento pessoal, social e Promover o desenvolvimento pessoal, social e

empresarial atravempresarial atravéés da crias da criaçção de planos ão de planos –– projectos projectos de preparade preparaçção para a reforma ão para a reforma -- entendida como uma entendida como uma fase da vida fase da vida -- pelas estruturas que representam as pelas estruturas que representam as pessoaspessoas

�� Promover uma gestão de recursos humanos Promover uma gestão de recursos humanos humanizada e humanizada e éética, em que se valorizem as pessoas ao tica, em que se valorizem as pessoas ao longo de toda a carreira nomeadamente atravlongo de toda a carreira nomeadamente atravéés da s da sensibilizasensibilizaçção para a necessidade de preparaão para a necessidade de preparaçção da ão da reformareforma

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ReCriarReCriar o Futuroo Futuro

EIXOS DE IMPLEMENTAEIXOS DE IMPLEMENTAÇÇÃOÃO

AcAcçções de informaões de informaçção / sensibilizaão / sensibilizaçção.ão.

Medidas de Gestão de Recursos Humanos Medidas de Gestão de Recursos Humanos

AcAcçções de formaões de formaçção ou cursos.ão ou cursos.

Movimentos associativos e de voluntariadoMovimentos associativos e de voluntariado

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EM SUMAEM SUMA

ÉÉ uma evidência que o aumento do envelhecimento em uma evidência que o aumento do envelhecimento em Portugal contribuirPortugal contribuiráá para o aumento do npara o aumento do núúmero de mero de pessoas em risco acrescido de dependência, quer esta pessoas em risco acrescido de dependência, quer esta seja transitseja transitóória ou instalada, pelo que essas pessoas ria ou instalada, pelo que essas pessoas necessitarão de cuidados especnecessitarão de cuidados especííficos adequados e ficos adequados e integrados. integrados.

As alteraAs alteraçções verificadas nas estruturas familiares ões verificadas nas estruturas familiares concorrem para o insuficiente apoio da famconcorrem para o insuficiente apoio da famíília, onde, lia, onde, na sua maioria, jna sua maioria, jáá não existe a coabitanão existe a coabitaçção e a ão e a cooperacooperaçção de geraão de geraçções.ões.

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EM SUMAEM SUMADaDaíí que, o progressivo envelhecimento da populaque, o progressivo envelhecimento da populaçção, ão, aponte para a definiaponte para a definiçção de uma polão de uma políítica de tica de envelhecimento, que se consubstancia no reforenvelhecimento, que se consubstancia no reforçço o das parcerias, na melhoria da qualidade, na das parcerias, na melhoria da qualidade, na consolidaconsolidaçção dos direitos sociais e na afirmaão dos direitos sociais e na afirmaçção do ão do grupo das pessoas com mais idade como um forte grupo das pessoas com mais idade como um forte potencial social, econpotencial social, econóómico e cultural.mico e cultural.

Sendo por isto de reforSendo por isto de reforççar três grandes vectores de actuaar três grandes vectores de actuaçção:ão:

PrevenPrevenççãoãoParticipaParticipaçção ão AutonomiaAutonomia

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A Segurança Social procura contribuir para uma política cada vez mais ampla de respostas inclusivas, melhorando a qualidade de vida das famílias quer nos seus aspectos económicos e pessoais, quer elevando o seu nível de cidadania e responsabilização no futuro colectivo de todosnuma intervenção que se quer cada vez mais participada e concertada por todas as áreas intervenientes nesta temática.

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Assim, para alAssim, para aléém de se reconhecer o valor m de se reconhecer o valor inestiminestimáável da famvel da famíília e dos vizinhos, que lia e dos vizinhos, que facilitam a permanência do idoso no seu facilitam a permanência do idoso no seu quadro habitual de vida, entendequadro habitual de vida, entende--se que se que deverão ainda ser deverão ainda ser implementadas medidasimplementadas medidas de de polpolíítica, que favoretica, que favoreççam a am a manutenmanutençção das ão das pessoas no seu domiciliopessoas no seu domicilio e e estimulem estes estimulem estes lalaçços tradicionaisos tradicionais, para al, para aléém de se considerar m de se considerar pertinente o desenvolvimento de um pertinente o desenvolvimento de um Plano Plano GerontolGerontolóógicogico Nacional.Nacional.

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NOVOS DESAFIOS E PERSPECTIVAS DE NOVOS DESAFIOS E PERSPECTIVAS DE ACACÇÇÃOÃO

▓▓ Pontos crPontos crííticos da qualidade aplicada nos lares para ticos da qualidade aplicada nos lares para pessoas idosaspessoas idosas

▓▓ As residências assistidas e outras respostas de As residências assistidas e outras respostas de acolhimento emergentesacolhimento emergentes

▓▓ Impacte psicolImpacte psicolóógico do acolhimento de pessoas gico do acolhimento de pessoas idosas em instituiidosas em instituiççãoão

▓▓ Valorizar o desenvolvimento ao longo da vida ( e: Valorizar o desenvolvimento ao longo da vida ( e: ReCriarReCriar o Futuroo Futuro ))

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“Ainda que os teus passos pareçam inúteis,vai abrindo caminhos,como a água que desce contando a montanha. Outros te seguirão …”

Saint-Exupéry