94
Cuidados Intermédios em perspectiva www.acimed.org C.I.P. | fevereiro 2014 | Volume IV edição especial • DOENTE CRÍTICO: DO DIAGNÓSTICO À TERAPÊUTICA Resumos - Comunicações - Posters I Congresso Internacional de Cuidados Intensivos e Unidades Intermédias do Centro Hospitalar do Porto XI Congresso do Arco Iberoatlântico

Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

  • Upload
    others

  • View
    3

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em perspectiva

www.acimed.org

C.I.P. | fevereiro 2014 | Volume IV

edição especial

• DOENTE CRÍTICO: DO DIAGNÓSTICO À TERAPÊUTICA

Resumos - Comunicações - Posters

I Congresso Internacional de Cuidados Intensivos e

Unidades Intermédias do Centro Hospitalar do Porto

XI Congresso do Arco Iberoatlântico

Page 2: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço
Page 3: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4

CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA

REVISTA CIENTÍFICA

Os 50 anos do Serviço de Cuidados Intensivos do Hospital Geral de Santo António EditorialDr. Fernando Rua

1 a 4

O Hospital do Futuro Próximo - o papel das unidades intermédiasEditorialPedro Vita

5 a 6

Resumos das palestrasSala 1 - 3 e 4 de fevereiro

7 a 12

Resumos das palestrasSala 2 - 3 e 4 de fevereiro

13 a 22

Resumos das palestrasSala 3 - 3 e 4 de fevereiro

23 a 31

Resumos das palestrasSala 4 - 3 e 4 de fevereiro

32 a 37

Resumos das palestrasSala 5 - 3 e 4 de fevereiro

38 a 46

fevereiro 2014 | volume 4 | página 1 - 89

Resumos das palestrasSala 6 - 3 e 4 de fevereiro

47 - 58

Resumos das palestrasSala 1 - 3 e 4 de fevereiro

59 -64

Comunicações Orais65 - 80

Posters81 - 89

ISSN: 2183 - 1599

Editor-chefe | Filipe Nery

Editores Associados | Diana Valadares, Alexandre Pinto, Arlindo Guimas, Pedro Vita, Graziela Carvalheiras

"SSBOKP�F�%FTJHO�(SÈmDP��]��José Oliveira

Conteúdo WEB | Pedro Marcos

Edição ACIM | Associação de Cuidados Intermédios Médicos

"�FEJÎÍP�EB�$*1�GB[�TF�OP�BOUJHP�BDPSEP�PSUPHSÈmDP

Page 4: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 1 | 89

CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA

EDITORIAL

Em 1952, associado ao aparecimento da epidemia

de poliomielite em Copenhaga, iniciaram-se

novas práticas de suporte vital, nomeadamente o

aparecimento de ventilação com pressão positiva,

tendo começado a crescer na Europa o conceito

de que os doentes graves não deveriam estar

espalhados por todo o Hospital, mas que deveriam

estar agrupados e sujeitos a uma vigilância e a um

tratamento mais “intensivo” – nasce assim o conceito

de um ramo da Medicina, que agora é conhecido por

todos como Medicina Intensiva.

Em 1954, com uma grande visão do futuro o Dr.

Corino de Andrade – Neurologista, incitou o Dr

Armando Pinheiro – Pneumologista e o Dr Silva

Araújo – Anestesiologista a estagiarem no estrangeiro,

respectivamente em França e Inglaterra, em Centros

de Reanimação e de Fisiopatologia, com o objectivo

de ser criado no Hospital Geral de Santo António, uma

Unidade onde pudessem ser tratados doentes com

JOTVmDJÐODJB�SFTQJSBUØSJB�HSBWF��

Iniciou-se assim o embrião do Centro de Reanimação

Respiratória, subdividido em duas Secções – a

3FBOJNBÎÍP� 3FTQJSBUØSJB� .ÏEJDB� $IFmBEB� QFMP�Dr Armando Pinheiro e a Reanimação Respiratória

$JSÞSHJDB�$IFmBEB�QFMP�%S�4JMWB�"SBÞKP �UFOEP�JOJDJBEP�funções em instalações precárias e, saliento, de forma

totalmente voluntária.

Os primeiros doentes do Centro foram traumatizados

vertebro-medulares cervicais, após a constatação de

que, de acordo com o nível da fractura, havia paralisia

Os 50 anos do Serviço de Cuidados Intensivos do Hospital Geral de Santo António*

Fernando Rua1

1Director do Departamento de Anestesiologia, Cuidados Intensivos e Emergência do Centro Hospitalar do Porto

dos músculos intercostais, ou destes e do diafragma,

BDBCBOEP� PT� EPFOUFT� QPS� GBMFDFS� FN� JOTVmDJÐODJB�respiratória.

Só alguns anos depois, exatamente em 1962, portanto

IÈ�DFSDB�DJORVFOUB�BOPT �GPJ�FOUÍP�PmDJBMNFOUF�DSJBEP�o Centro de Reanimação Respiratória do Hospital

Geral de Santo António, instalado perto do Serviço

EF�6SHÐODJB�F�DPN�DBQBDJEBEF�QBSB�TFJT�EPFOUFT�o���camas e um pulmão de aço – sob a Direcção do Dr.

Corino de Andrade. Cerca de dois anos depois, com

a entrada de novos elementos para o quadro, passou

B� DIBNBS�TF� PmDJBMNFOUF � 4FSWJÎP� EF� 3FBOJNBÎÍP�Respiratória.

Nesta altura o quadro do Serviço era constituído, para

além do Dr. Corino de Andrade, pelo Dr Armando

Pinheiro, que cerca de um ano depois assumiu a

Direcção do Serviço, e pelos Drs. Carlos Carvalho de

Sousa, Manuel Neves dos Santos, Sérgio Alexandrino

e Nuno Berrance. Dois anos mais tarde, em 1964,

complementaram esta equipa os Drs. Paes Cardoso

e Alberto Almeida.

"� QSJNFJSB� $IFmB� EF� &OGFSNBHFN� GPJ� EB�responsabilidade da Enfª Maria José Sequeira e

dois anos depois da Enfª Maria do Sameiro, que

para a abertura do Serviço estagiaram também no

Estrangeiro.

O Serviço assim criado era polivalente, tratando

todos os doentes que, por patologias diversas,

TF� FODPOUSBWBN� FN� *OTVmDJÐODJB� 3FTQJSBUØSJB �necessitando de ventilação mecânica na grande

Page 5: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 2 | 89

EDITORIAL

maioria dos casos. Em Dezembro de 1964, tinham já

sido internados 178 doentes, tendo sido publicado

nesse ano o primeiro relatório sobre a estatística da

actividade do Serviço.

Sobre a Reanimação escreveu Corino de Andrade em

1968: “ A velha arte médica que recorre de vez em

RVBOEP� Ë� DJÐODJB � CBTFBEB� FN� DPODFJUPT� FNQÓSJDPT�e ainda impregnados de magia, transformar-se-á em

WFSEBEFJSB� DJÐODJB� NÏEJDB�� "� 3FBOJNBÎÍP� o� IPKF�prática audaciosa, esclarecida pelo conhecimento

mais exato dos mecanismos homeostáticos nos

diferentes níveis biológicos – integrar-se-á na prática

da medicina”.

Foi assim materializado um conceito novo na área

da medicina, que envolvia um empenhamento

multidisciplinar associado à utilização de novas

F� TPmTUJDBEBT� UFDOPMPHJBT � QBSB� P� USBUBNFOUP� EF�doentes em risco de vida, mas com possibilidade de

reversão das suas patologias – Cuidados Intensivos

ou Medicina Intensiva.

Nesta altura existia apenas um Serviço de Cuidados

Intensivos a funcionar em Portugal - o do Hospital

Universitário de Coimbra, dirigido pelo Prof Dr.

Carrington da Costa e depois pelo Prof Dr Jorge

Pimentel, Serviço com o qual desde logo se

FTUBCFMFDFSBN�SFMBÎÜFT�EF�QSPYJNJEBEF �DJFOUÓmDBT�F�de amizade, que se mantiveram até ao presente.

O Serviço de Reanimação Respiratória teve sempre

uma actividade pioneira no Hospital Geral de Santo

António, não só do ponto de vista assistencial, como

no campo da investigação e ainda na difusão por todo

o Hospital de normas gerais de actuação do Serviço e

da prática de técnicas de vanguarda. Desta actividade

resultou também a elaboração de protocolos médicos

e de enfermagem sobre o tratamento de diversas

patologias, largamente difundidos por todo o País.

Esta actuação e divulgação foram do maior interesse,

visto que estando a Medicina Intensiva a dar os

seus primeiros passos, tudo era novo e merecia ser

divulgado.

%FOUSP� EB� BDUJWJEBEF� DJFOUÓmDB� IÈ� B� EFTUBDBS� B�BQSFTFOUBÎÍP� EP� QSJNFJSP� USBCBMIP� DJFOUÓmDP� ��Traumatismos Vertebro Medulares Cervicais no

Congresso Luso Espanhol de Ortopedia – Madrid,

já em 1958; a realização da I Reunião Internacional

de Reanimação Respiratória que decorreu em 1964,

com larga participação de Médicos e Enfermeiros

Portugueses e Estrangeiros, dos quais se destaca

P�1SPG��.BVSJDF�$BSB� F� P� QSJNFJSP� USBCBMIP� DJFOUÓmDP�QVCMJDBEP� �� *OTVmDJÐODJBT� 3FTQJSBUØSJBT� "HVEBT� FN�Doentes Pulmonares – O Médico nº 729, em 1965.

Pouco tempo após o início da sua actividade e

atendendo a que não existia Serviço de Pneumologia

no Hospital de Santo António, o Serviço de Reanimação

criou o Sector de Fisiopatologia Respiratória. Este

sector teve um rápido incremento pelo aumento

progressivo da sua solicitação, com recrutamento de

UÏDOJDPT�FTQFDÓmDPT�TPC�PSJFOUBÎÍP�EP�1OFVNPMPHJTUB�Dr. Paes Cardoso – Técnicas Pinto Braga e Deolinda

Faria, que se mantiveram neste Sector durante longos

anos.

Dada a exiguidade do espaço em que funcionou

durante 8 anos, foi proposta a criação de um novo

4FSWJÎP �UFOEP�TJEP�mOBODJBEP�QFMB�'VOEBÎÍP�$BMPVTUF�Gulbenkian, a que se associou o mecenato do

Arquitecto Márcio de Freitas, permitindo a inauguração

do novo espaço em 1973, passando então a chamar-

se Serviço de Cuidados Intensivos, nome que mantém

até hoje.

Estas instalações na altura consideradas as melhores

do País para doentes críticos, comportavam 10

camas e equipamento de ventilação e monitorização

totalmente inovadores para a época.

Nesta altura o SCI tendo ainda como Director, o Dr

Armando Pinheiro e como Enfermeira Chefe a Enf.ª

Fernanda Nascimento, tinha como colaboradores

os Médicos do Centro de Reanimação- Drs. Carlos

Carvalho de Sousa, Manuel Neves dos Santos, Sérgio

Alexandrino, Nuno Berrance, Alberto Almeida e Paes

Cardoso – e mais tarde contou com a colaboração de

USÐT�PVUSPT�.ÏEJDPT���%S�+PÍP�-FBM �%S��.ÈSJP�-PQFT�F�Dr Ovídeo Costa.

Esta equipa foi responsável pela projecção do Serviço,

RVF� TF� UPSOPV� VNB� SFGFSÐODJB� OB�.FEJDJOB� *OUFOTJWB�a nível nacional, tanto em termos de divulgação

clínica, como na introdução e utilização das mais

novas tecnologias associadas à prática dos Cuidados

Intensivos, tendo-se salientado o ensino e formação

de Médicos, Enfermeiros e Técnicos.

Pela sua projecção, o SCI foi um dos mais antigos com

responsabilidade na formação de Intensivistas, através

da criação do Ciclo de Estudos Especiais de Cuidados

Intensivos por Despacho do Diário da República II

Série nº 47 de 24/2/1990, tendo sido o responsável,

ao longo destes anos, pela formação de um grande

número de intensivistas que se encontram integrados

Page 6: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 3 | 89

C I P

em diferentes Unidades, que em muitos casos vieram a ocupar lugares de liderança em várias localidades do País tendo assim contribuído e, continuando a contribuir, de forma marcante e histórica para o desenvolvimento da Medicina Intensiva Portuguesa.

Destaque ainda para o Ensino Médico pré graduado no Hospital Geral de Santo António, em parceria DPN�P�*OTUJUVUP�EF�$JÐODJBT�#JPNÏEJDBT�"CFM�4BMB[BS �que retomou a sua vocação de Hospital Escolar por Decreto Lei de 1979, vocação essa que durante um século moldou parte da sua identidade, e para o qual os elementos do SCI contribuíram e contribuem em muitas vertentes. A cadeira de Pneumologia, inserida nesta altura na Clínica Médica 1, teve como Prof. Auxiliar Convidado o Dr Paes Cardoso, coadjuvado pelos Drs. Fernando Rua, Chaves Caminha e Álvaro Moreira da Silva. Sob orientação do Prof. Dr Martins da Silva, Regente da Cadeira de Fisiologia Humana, o Serviço foi ainda responsável pelas aulas práticas de Fisiologia Respiratória – Dr. Paes Cardoso.

A visão do Serviço foi sempre a da colaboração com todo o Hospital, criando ou colaborando em projectos transversais e acompanhando o doente depois da alta. Foi assim criada a consulta Pós - internamento em Cuidados Intensivos – Dr Fernando Rua - que, inicialmente pretendia avaliar a evolução função respiratória dos doentes mais graves, nomeadamente com ARDS e que mais tarde evoluiu para a Consulta de Qualidade de Vida Pós-internamento em CI.

&N� DPOKVOUP� DPN� P� 4FSWJÎP� EF� /FVSPmTJPMPHJB �ORL e Cirurgia Maxilo-facial, foi criada uma equipa multidisciplinar para diagnóstico tratamento e seguimento dos doentes com Síndrome da Apneia do Sono, actividade esta que se mantém até ao presente.

No ano de 2004 tendo sido submetido a uma remodelação profunda do espaço inaugurado em 1973, engloba sob a mesma gestão, uma Unidade de Cuidados Intermédios com capacidade para 12 camas, sendo mais tarde a sua capacidade alargada para 24 camas.

As áreas de Cuidados Intermédios são locais dotados de capacidade de monitorização e tratamento (humanos e instrumentais), que permitem cuidar de doentes instáveis com disfunções de órgão e em risco EF� GBMÐODJB� EF� GVOÎÜFT� WJUBJT�� DPOKVOUP� JOUFHSBEP�EF�meios humanos, físicos e técnicos especializados para os doentes que, embora não estando em estado grave, necessitem de vigilância organizada F�TJTUFNÈUJDB�EVSBOUF����IPSBT�QPS�EJB� EFmOJÎÍP�EP�

INE/DGS).

4BCFOEP � QFMB� FYQFSJÐODJB� EF� PVUSPT� QBÓTFT � RVF�a inclusão de camas de Cuidados Intermédios associadas aos Cuidados Intensivos proporciona uma gestão mais adequada e uma maior facilidade OB� BSUJDVMBÎÍP� EBT� USBOTGFSÐODJBT � DPOTUJUVÓB� VN�dos objectivos do Serviço desde há alguns anos e, DPOmSNBEBNFOUF � SFQSFTFOUPV� VNB� NBJT�WBMJB� OB�dinâmica de todo Hospital.

O impacto do Serviço de Cuidados Intensivos ultrapassou claramente o seu espaço clínico em EJWFSTBT� ÈSFBT�� /B� *OWFTUJHBÎÍP� $JFOUÓmDB� P� 4$*�sempre se destacou pelos diversos trabalhos e publicações dos seus elementos, realizados quer no próprio Serviço, quer em colaboração com outros Serviços ou entidades Nacionais e Estrangeiros, que permitiu ter sido contemplado recentemente, já por dois anos, com o Prémio Sollari Allegro, instituído para premiar os Serviços com melhor nível de Investigação DJFOUÓmDB�F�DPN�NBJPS�OÞNFSP�EF�QVCMJDBÎÜFT�

%FTUBDBOEP�TF� FN� UFNBT� FTQFDÓmDPT � WÈSJPT�elementos do SCI tiveram o seu trabalho reconhecido com publicações além fronteiras – Dr Aníbal Marinho nas áreas das Técnicas de Substituição Renal e Nutrição Entérica e Parentérica, Dr Paulo Maia na área da Ética para a Saúde, o Dr Miguel Tavares na área da *OTVmDJÐODJB�$BSEÓBDB�F�.POJUPSJ[BÎÍP�)FNPEJOÉNJDB�e os Drs Fernando Rua e Chaves Caminha na área da Ventilação Mecânica Invasiva e Não-invasiva

Lembra-se a participação de vários elementos do Serviço na criação e na Direcção da Sociedade Portuguesa de Cuidados Intensivos, onde vários elementos do Serviço foram eleitos para o cargo de Presidente – Dr. Armando Pinheiro, Dr Paes Cardoso, Dr Fernando Rua, Dr Paulo Maia. Foi ainda durante o mandato de Presidente do Dr. Paes Cardoso e tendo como Secretário Geral o Dr Fernando Rua, que se deu início à publicação da Revista Portuguesa de Medicina Intensiva.

A nível do Hospital de Santo António - Centro Hospitalar do Porto, desde sempre houve uma colaboração estreita dos seus elementos nas diferentes Comissões FYJTUFOUFT�DPN�JOnVÐODJB�OB�WJEB�IPTQJUBMBS �F�NFTNP �durante alguns períodos, na Administração do Hospital.

Pretende-se com este pequeno historial prestar sincera homenagem a todos os que de alguma forma contribuíram para o engrandecimento do SCI – Médicos, Enfermeiros, Técnicos de Diagnóstico e

Page 7: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 4 | 89

EDITORIAL

5FSBQÐVUJDB � "TTJTUFOUFT� 0QFSBDJPOBJT� F� "TTJTUFOUFT�Técnicos - não esquecendo de felicitar também, todos os elementos da equipa actual que, com o seu esforço, dedicação e trabalho e apesar de muitas DJSDVOTUÉODJBT� BEWFSTBT � UÐN� DPOUSJCVÓEP� EF� GPSNB�determinante para a continuidade de um Serviço que TF�QSFUFOEF�EF�FYDFMÐODJB��

*Excerto do discurso proferido na Sessão de Encerramento das comemorações dos 50 anos do Serviço pelo seu Director – Dr. Fernando Rua.

Directores do Serviço1962 – 1963 – Dr. Corino de Andrade1963 - 1984 – Dr. Armando Pinheiro 1984 - 1994 – Dr. Sérgio Alexandrino1994 - 1998 – Dr. A. Paes Cardoso1998 - 2003 – Dr. Manuel João Brandão2003 – 2013 - Dr. Fernando Rua2013 – presente – Dr. Aníbal Marinho

Enfermeiros - Chefe 1963 - 1965 – Enfª Maria José Sequeira1965 – 1966 – Enfª Maria do Sameiro1966 – 1969 – Enfª Manuela Campos1969 – 1972 – Enfª Adelaide Gouveia1972 – 1989 – Enfª Fernanda Nascimento1989 – 2003 – Enfª Leonor Brandão2003 – Enfº José António Pinho

Page 8: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 5 | 89

CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA

EDITORIAL

No hospital de doentes agudos do futuro, o internamento será apenas indicado para os doentes cuja situação clínica impeça a sua gestão em ambulatório com segurança - sistemas de telemedicina permitirão a obtenção de dados de monitorização a partir do EPNJDÓMJP� F� FWFOUVBMNFOUF� EFUFDUBS� UFOEÐODJBT� EF�evolução desfavorável.

No caso dos doentes que necessitem de internamento hospitalar, assim que “controlada” a fase aguda, passarão para a rede de ambulatório para recuperação e/ou continuidade de cuidados - preferencialmente com equipas domiciliárias. Neste cenário, a necessidade de uma gestão clínica atempada e FmDB[�EB�QSFTUBÎÍP�EF�DVJEBEPT�BP�EPFOUF �JNQMJDBSÈ�uma intervenção médica em continuidade (24 h/dia, 7 dias/semana) com rácios doentes:enfermeiro e monitorização adequadas, de modo a ser possível padronizar abordagens, diminuir complicações, melhorar outcomes e reduzir demoras médias e custos associados.

&TUF� NPEFMP� JNQMJDBSÈ� RVF� VNB� QPSÎÍP� TJHOJmDBUJWB�das actuais camas de internamento dos principais hospitais venham a ser convertidas em camas de

O Hospital do Futuro Próximo - o papel das unidades intermédias

Pedro Vita1

1Unidade de Imunologia Clínica, Departamento de Medicina, Centro Hospitalar do PortoUnidade Intermédia, Serviço de Cuidados Intensivos, Centro Hospitalar do Porto

unidades intermédias que funcionarão como pivot na gestão integrada dos problemas clínicos globais do doente - estruturação de cuidados centrada OP� EPFOUF � DPN� nFYJCJMJEBEF� EF� QMBOFBNFOUP� F�adequação à sazonalidade de muitas entidades QBUPMØHJDBT�� 5FSÍP� DPNP� GVOÎÍP� B� JEFOUJmDBÎÍP �FTUBCJMJ[BÎÍP� F� BCPSEBHFN� JOJDJBM � EFmOJÎÍP� EP�plano de investigação complementar e orientação posterior de diversas condições clínicas no interior de uma estrutura hospitalar para agudos em que os doentes são hierarquizados consoante o grau de gravidade actual ou potencial da sua situação clínica e não distribuídos exclusivamente por “especialidades clínicas”, passando a cuidados complementados por uma equipa de consultores.

A diversidade e a complexidade das situações abordadas actualmente é patente nos temas que serão abordados neste I Congresso Internacional de Cuidados Intensivos e Unidades Intermédias do Centro Hospitalar do Porto, mostrando a totipotencialidade destas unidades e do papel que podem desempenhar na melhoria contínua da prestação de cuidados de saúde.

Page 9: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 6 | 89

EDITORIAL

Page 10: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 7 | 89

CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA

SALA 1

sala 1 | dia 3 e 4 de fevereiro

Page 11: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 8 | 89

SALA 1

A Pessoa em Situação de Programa ECMO Respiratório na UCI

ECMO respiratório e o resgate inter-hospitalarMário BrancoCentro Hospitalar de São João

- - - - - - - - - - -

O doente crítico com suporte de ECMO - Que cuidados?Patrícia CardosoCentro Hospitalar de São João

- - - - - - - - - - -

2�GHVDÀR�GD�HQIHUPDJHP�GH�UHDELOLWDomR�QR�GRHQWH�com suporte de ECMOEduardo CapitãoCentro Hospitalar de São João

- - - - - - - - - - -

Doente Crítico com Patologia Vascular ou Ortopédica

6LWXDomR�FUtWLFD�H�VLWXDomR�HPHUJHQWHFernanda MartinsCentro Hospitalar do Porto

- - - - - - - - - - -

$� FRPSOH[LGDGH� GR� GRHQWH� YDVFXODU� HP� VLWXDomR�críticaSalomé CostaCentro Hospitalar do Porto

- - - - - - - - - - -

Doente Ortopédico de Alto RiscoHélder SousaCentro Hospitalar do Porto

- - - - - - - - - - -

Técnicas Depurativas em Cuidados Intensivos

Técnicas contínuasCésar LoboCentro Hospitalar do Porto

- - - - - - - - - - -

3ODVPDIpUHVHSalomé GomesCentro Hospitalar do Porto

- - - - - - - - - - -

SLEDPaulo Alexandre Centro Hospitalar do Porto

- - - - - - - - - - -

Técnicas suporte hepáticoCármen NogueiraFresenius

- - - - - - - - - - -

Qualidade e Produtividade - Enfermagem no Doente Neurocrítico

Garantia de qualidade dos cuidadosLeonor FeijóCentro Hospitalar de São João

- - - - - - - - - - -

,QGLFDGRUHV�FRPR�IHUUDPHQWDV�GH�TXDOLGDGHRicardo SaraivaCentro Hospitalar de São João

- - - - - - - - - - -

sala 1 | dia 3 de fevereiro

Page 12: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 9 | 89

C I P

Fisioterapia e Reabilitação em UCI: Novas (YLGrQFLDV�&LHQWtÀFDV

0RELOL]DomR� SUHFRFH� GR� GRHQWH� FUtWLFR�� 8PD�REULJDomR�PXOWLGLVFLSOLQDUPeter NydahlUniversity Hospital of Schleswig-Holstein, Campus Kiel, Germany

- - - - - - - - - - -

0DQXVHLR� GH� VHFUHo}HV� EU{QTXLFDV� QR� GRHQWH�crítico ventiladoMiguel FerrazCentro Hospitalar de São João

- - - - - - - - - - -

2SWLPL]DomR�H�OLPLWHV�GD�YHQWLODomR�QmR�LQYDVLYD�QD�8&,Tiago PintoCentro Hospitalar de São João

- - - - - - - - - - -

A Tecnologia no Cuidar em Cardiologia

Estudo parachuteHugo SilvaCentro Hospitalar de Vila Nova de Gaia - Espinho

- - - - - - - - - - -

Implante percutâneo válvulas cardíacasMarlene RibeiroCentro Hospitalar de Vila Nova de Gaia - Espinho

- - - - - - - - - - -

(&02��H[SHULrQFLD�HP�FDUGLRORJLDSónia ÁguasCentro Hospitalar de Vila Nova de Gaia - Espinho

- - - - - - - - - - -

Modelos de Colaboração da Nefrologia com as UCI´s

([S��GR�VHUY��GH�1HIURORJLD�GR�&+91*Bruno AlmeidaCentro Hospitalar de Vila Nova de Gaia - Espinho

- - - - - - - - - - -

([S��GR�VHUY��GH�1HIURORJLD�GR�&+3Miguel SousaCentro Hospitalar do Porto

- - - - - - - - - - -

([S��GR�VHUY��GH�1HIURORJLD�GR�&+8&Fernando MataCentro Hospitalar e Universitário de Coimbra

- - - - - - - - - - -

([S��GR�VHUY��GH�1HIURORJLD�GR�&+6-Aires MoutinhoCentro Hospitalar de São João

- - - - - - - - - - -

As UCI´s como Campo de Investigação

,QÁXrQFLD�GD�HVWLPXODomR�DXGLWLYD�QR�FRPDJoão Lindo SimõesESS - UA

- - - - - - - - - - -

Page 13: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 10 | 89

SALA 1

sala 1 | dia 4 de fevereiro

O Percurso do Doente Crítico - da Emergência à UCI

O Pré-hospitalar- - - - - - - - - - -

$�VDOD�GH�HPHUJrQFLDPaula MeiraCentro Hospitalar do Porto

- - - - - - - - - - -

$�HPHUJrQFLD�PpGLFD�LQWHUQDManuel SaraivaCentro Hospitalar do Porto

- - - - - - - - - - -

O Cuidar do Doente Queimado: Diferentes Experiências

([FLVmR�WDQJHQFLDO���H[FLVmR�SURIXQGD�UHSHUFXVV}HV�no estado clínicoLuís SimõesCentro Hospitalar e Universitário de Coimbra

- - - - - - - - - - -

$OWHUDo}HV� (OHFWURFDUGLRJUiÀFDV� QR� 'RHQWH�QueimadoLuís Miguel PereiraCentro Hospitalar e Universitário de Coimbra

- - - - - - - - - - -

'RU�QR�'RHQWH�6XEPHWLGR�D�%DOQHRWHUDSLDAna RodriguesCentro Hospitalar e Universitário de Coimbra

- - - - - - - - - - -

Feridas - e Agora?

,QFLGrQFLD�H�SUHYDOrQFLDJoão MeirelesCentro Hospitalar do Porto

Continuidade de cuidadosCélia CarvalhoULSM-HPH

- - - - - - - - - - -

Terapia por vácuoAnabela MouraCentro Hospitalar de São João

- - - - - - - - - - -

Unidades Intermédias - Pertinência

Pancreatite agudaZélia QueirogaCentro Hospitalar do Porto

- - - - - - - - - - -

Edema agudo pulmonarManuel CordeiroCHBV - HIP

- - - - - - - - - - -

+HPRUUDJLDV�JiVWULFDVAdriana AntunesSCI - UIMC; Centro Hospitalar do Porto - Hospital S. António

As Unidades Intermédias, nos últimos anos, têm sido alvo de grande discussão e avaliação relativamente à sua pertinência no meio hospitalar e à importância que representa na redução de internamentos nas Unidades de Cuidados Intensivos. A sua pertinência no meio IPTQJUBMBS� UFN� WJOEP� B� TFS� BmSNBEB� QSJODJQBMNFOUF�quando consegue tratar doentes na fase aguda e assim evitar agravamento do estado clínico, assim como quando permite a redução do tempo global de internamento representando uma diminuição de custos a nível hospitalar.As hemorragias gástricas representam uma FNFSHÐODJB�NÏEJDB��0�EJBHOØTUJDP�FmDB[�F�B�SÈQJEB�intervenção terapêutica podem constituir a diferença entre a sobrevivência e a morte. Assim sendo, uma WF[�EJBHOPTUJDBEB�FTUB�QBUPMPHJB �P�FODBNJOIBNFOUP�SÈQJEP� QBSB� VNB� 6OJEBEF� *OUFSNÏEJB� GB[� DPN� RVF�P� EPFOUF� TFKB� SBQJEBNFOUF� NPOJUPSJ[BEP� F� WJHJBEP �

Page 14: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 11 | 89

C I P

permitindo delinear em tempo útil uma linha de tratamento de forma a evitar agravamento da hemorragia.

Quando um doente a quem é diagnosticado Hemorragia Gástrica entra numa Unidade Intermédia, é sujeito a uma panóplia de acções que visam demonstrar o FTUBEP� DMÓOJDP� EP� EPFOUF�� NPOJUPSJ[BÎÍP� EB� 5" � '$ �SpO2 contínuas, colheita de análises, tendo maior JNQPSUÉODJB�B�DPMIFJUB�EF�)FNPHSBNB �5JQBHFN�QBSB�transfusão e/ou reserva de concentrados de hemácias) e Gasimetria Arterial. A observação directa do doente é fundamental; a vigilância da pele, mucosas e estado EF�DPOTDJÐODJB�FTUBEPT�EF�DPOGVTÍP�NVJUBT�WF[FT�OPT�DPOEV[FN�B�JEFOUJmDBS�OPWP�GPDP�IFNPSSÈHJDP��5PEPT�estes parâmetros permitem inferir a estabilidade clínica do doente e delinear a conduta de tratamento: Se houver sinais directos de hemorragia activa IFNBUFNFTFT�F�PV�NFMFOBT�F�PV� JOEJSFDUPT� RVFEB�EB�IFNPHMPCJOB �UBRVJDBSEJB �IJQPUFOTÍP �QBMJEF[�F�PV�DPOGVTÍP�TPOPMÐODJB � B� &%"� &OEPTDPQJB� %JHFTUJWB�Alta) urgente, deverá ser o passo a seguir de forma a JEFOUJmDBS�B�PSJHFN�EB�IFNPSSBHJB�F�BTTJN�BEFRVBS�P�tratamento.

Apesar de ser uma patologia com bom prognóstico, quando diagnosticada em tempo útil, não podemos descurar do facto de que constitui uma emergência médica. O tratamento e a vigilância adequadas surgem como linhas cruciais para evitar complicações e longos tempos de internamento e, consequentemente, conseguir uma rápida recuperação do doente à sua vida quotidiana.

Os Visitantes Indesejados

$�FRPLVVmR�GH�FRQWUROR�GH�LQIHFomRErnestina AiresCentro Hospitalar do Porto

- - - - - - - - - - -

$FLQHFWREDFWHU��LPSRUWkQFLDRui PereiraServiço de Cuidados Intensivos e Unidade Intermédia -

Hospital de S. António, Centro Hospitalar do Porto

A prevalência de infecções por bactérias multirresistentes tem aumentado a nível mundial. Nos últimos 20 anos a Acinetobacter Baumanii� "#�UFN� EFNPOTUSBEP� TFS� VN� BVUÐOUJDP� nBHFMP� QBSB� PT�diferentes sistemas de saúde ao ser responsável por várias epidemias devido ao seu poder crescente de aquisição de resistências aos antimicrobianos VTVBMNFOUF� VUJMJ[BEPT � JODMVJOEP� PT� DBSCBQFOFNPT �

P� RVF� SFEV[� FN� NVJUP� BT� PQÎÜFT� UFSBQÐVUJDBT�disponíveis. A pressão selectiva exercida pela inadequada prescrição antimicrobiana associado Ë� USBOTNJTTÍP� IPSJ[POUBM� EF� HFOFT� EF� SFTJTUÐODJB�entre diferentes microrganismos têm sido os maiores responsáveis por este facto. O risco de um regresso a um período pré-antibióticos torna urgente a adopção de medidas de prescrição rigorosa de antimicrobianos e de medidas de controlo de infecção adequadas.

O ambiente invasivo de uma unidade de cuidados JOUFOTJWPT� BTTPDJBEP� B� VNB� QPQVMBÎÍP� DBEB� WF[�mais envelhecida, com várias co-morbilidades e JNVOPTTVQSFTTÍP�DSØOJDB�DBSBDUFSJ[BN�FTUFT�TFSWJÎPT�como a linha da frente no combate ao aparecimento de estirpes multirresistentes e à sua disseminação.

A AB é responsável por infecções respiratórias, urinárias, de feridas e meningites aumentando o tempo de internamento, taxas de mortalidade e custos económicos. A sua capacidade de sobrevivência em superfícies inanimadas durante largos períodos de UFNQP�SFBMÎBN�B�JNQPSUÉODJB�EB�USBOTNJTTÍP�DSV[BEB�FOUSF� P� BNCJFOUF � PT� QSPmTTJPOBJT� EF� TBÞEF� F� PT�EPFOUFT��0T�QSPDFEJNFOUPT�EF�MJNQF[B�F�EFTJOGFDÎÍP�de superfícies e equipamentos revestem-se de grande importância na redução da contaminação do ambiente que rodeia os doentes, com ênfase nos locais mais frequentemente acedidos: puxadores de portas, teclados de computador, mesas e carros de apoio, máquinas de perfusão endovenosas e de alimentação entérica, entre outros. Sistemas de aspiração, condutas EF� WFOUJMBÎÍP � BQBSFMIPT� EF� CSPODPmCSPTDPQJB� F�lâminas de entubação também têm sido associados a epidemias com este microrganismo. O ambiente RVF� SPEFJB� P� EPFOUF� EFWF� FTUBS� PSHBOJ[BEP� F� TFN�acumulação de material de uso clínico de modo a QFSNJUJS�B�TVB�BEFRVBEB�F�GSFRVFOUF�MJNQF[B�A lavagem das mãos com solução alcoólica nos seus DJODP�NPNFOUPT�Ï�VNB�EBT�BSNBT�NBJT�FmDB[FT�OP�combate a estes visitantes indesejados. As falhas OFTUF� QSPDFEJNFOUP� QPEFN� MFWBS� Ë� DPMPOJ[BÎÍP� EPT�EPFOUFT�F�QPS�TVB�WF[�Ë�DPOUBNJOBÎÍP�EP�BNCJFOUF �estabelecendo-se um ciclo vicioso com graves riscos para a segurança dos doentes.

"�JEFOUJmDBÎÍP�F�TJOBMJ[BÎÍP�QSFDPDF�EFTUFT�EPFOUFT �o seu isolamento, a colocação em coorte, o uso de precauções de contacto e a adequada comunicação FOUSF� QSPmTTJPOBJT � TFSWJÎPT� JOUSB� o� IPTQJUBMBSFT�e diferentes locais de prestação de cuidados constituem o arsenal na guerra contra a AB. Planos de acção desenvolvidos devem ser alvo de auditorias frequentes, sendo comunicados os resultados obtidos à equipa multidisciplinar.

"TTJN �FTUB�BQSFTFOUBÎÍP�WJTB�B�DPOTDJFODJBMJ[BÎÍP�F�TFOTJCJMJ[BÎÍP� EPT� EJGFSFOUFT� QSPmTTJPOBJT� EF� TBÞEF�sobre esta temática, salientando alguns pontos chave, atrás referidos, com ênfase nos aspectos comportamentais.

Page 15: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 12 | 89

SALA 1

%DFWHULHPLDV��FRPR�SUHYHQLU"Pedro MarcosCentro Hospitalar do Porto

- - - - - - - - - - -

É Possível Medir em UCI?

DorHelena CarneiroCentro Hospitalar de Vila Nova de Gaia - Espinho

- - - - - - - - - - -

DeliriumCarla Teixeira$)5."%���)41

- - - - - - - - - - -

&DUJD�GH�WUDEDOKRAcácio BernardinoSCI - Centro Hospitalar do Porto

Introdução�� %FTEF� IÈ� NVJUP� UFNQP� RVF� TF� VUJMJ[BN�JOTUSVNFOUPT� QBSB� NFEJS� $BSHB� EF� 5SBCBMIP� EF�Enfermagem em UCIs.Objectivos: Analisar vários instrumentos avaliadores de $BSHB�EF�5SBCBMIP�EF�&OGFSNBHFN�F�BT�USBOTGPSNBÎÜFT�efectuadas para diminuir as desvantagens imputadas aos instrumentos iniciais e mostrar que os instrumentos BWBMJBEPSFT� EB� $BSHB� EF� 5SBCBMIP� EF� &OGFSNBHFN�podem ser úteis para a gestão dos recursos humanos das UCIs.Material e Métodos:No início da década 70 tiveram JOÓDJP� BT� BWBMJBÎÜFT� EF� $BSHB� EF� 5SBCBMIP� EF�Enfermagem: 1974 &6"� �� 5*44� ��� $VMMFO; 1980 $BOBEÈ - PRN )FBMUI� "ENJOJTUSBUJPO� %FQBSUNFOU� PG��Montreal)�� ����� &6"� �5*44���� ,FFOF�F�$VMMFO�� �����'SBOÎB� - OMEGA $PNJTTJPO� E�&WBMVBUJPO� EF� MB� 4PDJFUÏ��de Reanimation de Langue Française); 1991 *UÈMJB��5044�(JSUJ.Inicialmente descrito como um índice de gravidade P� i5IFSBQFVUJD� *OUFSWFOUJPO� 4DPSJOH� 4ZTUFNw� TISS), veio a aceitar-se como um instrumento de avaliação da carga de trabalho de enfermagem nas UCIs: no entanto era alvo de várias críticas.Resultados�� $PN� P� JOUVJUP� EF� NJOJNJ[BS� BT�desvantagens que apresentavam os instrumentos iniciais foram sendo criados, ao longo dos anos, novos JOTUSVNFOUPT�RVF�SFnFDUFN�DPN�B�NFTNB�mBCJMJEBEF�P� JOTUSVNFOUP�PSJHJOBM������� )PMBOEB� ��5*44���� 3FJT�

Miranda); 1997 )PMBOEB - NEMS 3FJT�.JSBOEB; 2003 )PMBOEB - NAS 3FJT�.JSBOEB.Conclusões: Os instrumentos citados são adequados QBSB� NFEJS� $BSHB� EF� 5SBCBMIP� EF� &OGFSNBHFN� OBT�UCIs.

TemperaturaCláudia ValeCentro Hospitalar de Vila Nova de Gaia - Espinho

- - - - - - - - - - -

9HQWLODomR��1RYDV�7pFQLFDV��1RYRV�'HVDÀRV

1RYRV�DYDQoRVManuela FerreiraCentro Hospitalar de São João

- - - - - - - - - - -

'HVDELWXDomR�GD�90David LourençoULSAM - HSL

- - - - - - - - - - -

Desmame ventilatório prolongado - será a traqueostomia mesmo necessária?Miguel GonçalvesCentro Hospitalar de São João

- - - - - - - - - - -

As UCI´s como Campo de Investigação

)XQomR�UHVSLUDWyULD��,QÁXrQFLD�GR�SRVLFLRQDPHQWR�HP�GHF~ELWR�ODWHUDOMaria TeixeiraCentro Hospitalar do Porto

- - - - - - - - - - -

Page 16: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 13 | 89

CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA

SALA 2

sala 2 | dia 3 e 4 de fevereiro

Page 17: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 14 | 89

SALA 2

Concluiremos com a necessidade de dosear de futuro a concentração sérica de glutamina de forma B� TFMFDDJPOBS� B� QPQVMBÎÍP� EFmDJUÈSJB� RVF� CFOFmDJB�EB� TVB� BENJOJTUSBÎÍP�� "� HMVUBNJOB� OÍP� EFWFSÈ� TFS�administrada em doentes com elevadas concentrações TÏSJDBT� EFTUF� BNJOPÈDJEP � QBSUJDVMBSNFOUF� TF� UFN�EJmDVMEBEF�EF�NFUBCPMJ[BÎÍP�EF�DPNQPTUPT�B[PUBEPT�por falência multiorgânica.

Nutrição parentérica precoce ou tardia?Aníbal MarinhoPresidente da Associação Portuguesa de Nutrição Entérica e Parentérica (APNEP).FNCSP�EP�Council da European Society for Clinical Nutrition and Metabolism (ESPEN)SCI - Hospital S. António - Centro Hospitalar do Porto

O doente crítico encontra-se na maioria das situações JODBQB[� EF� TF� BMJNFOUBS� BVUPOPNBNFOUF � QFMP� RVF�OFDFTTJUB�RVF�MIF�TFKB�JOTUJUVÓEP�VN�TVQPSUF�OVUSJDJPOBM�BSUJmDJBM��A instituição de um suporte nutricional num doente EFTUB� HSBWJEBEF� FTUÈ� EFQFOEFOUF� EF� EJWFSTPT�GBDUPSFT�RVF�DPOEJDJPOBN�NVJUBT�WF[FT�VN�BEFRVBEP�fornecimento calórico. Estes doentes encontram-se FN� IJQFSDBUBCPMJTNP� F� IJQFSNFUBCPMJTNP� QFMP� RVF�apresentam necessidades calóricas elevadas. Seria EFTFKÈWFM�RVF�TF�QSPDFEFTTF�B�VN�TVQPSUF�OVUSJDJPOBM�QSFDPDF�F�FMFWBEP�QBSB�NJOJNJ[BS�P�JNQBDUP�RVF�VN�agravamento do estado nutricional teria para a sua NPSCJMJEBEF�F�NPSUBMJEBEF�"�NBJPSJB�EPT�FTUVEPT�F�BT�HVJEFMJOFT�QVCMJDBEBT�FTUÍP�EF�BDPSEP�RVF�TF�EFWB�JOTUJUVJS�P�NBJT�QSFDPDFNFOUF�QPTTÓWFM� OVUSJÎÍP� FOUÏSJDB� BSUJmDJBM� OVN� EPFOUF�critico<� � � �>��/P� FOUBOUP � VN� TVQPSUF� OVUSJDJPOBM� QPS�via entérica nos primeiros 7 a 15 dias de internamento não consegue fornecer mais de 40 a 70 % do valor ideal pretendido<� �>. Estes doentes apresentam DPN� GSFRVÐODJB� FTUBTF� HÈTUSJDB � VN� QSPCMFNB� RVF�TF� UPSOB� NVJUBT� WF[FT� EJGÓDJM� EF� VMUSBQBTTBS � OÍP� TØ�pela gravidade do estado clínico em si (doente com EJTGVOÎÍP�GBMÐODJB�EF�WÈSJPT�ØSHÍPT �DPN�JOTUBCJMJEBEF�IFNPEJOÉNJDB �TVCNFUJEP�NVJUBT�WF[FT�B�VNB�DJSVSHJB�EP� UVCP�EJHFTUJWPy �NBT� UBNCÏN�QFMB� JOBEFRVBEB�GPSNBÎÍP� RVF� B� NBJPS� QBSUF� EPT� QSPmTTJPOBJT� EF�TBÞEF�UÐN�TPCSF�TVQPSUF�OVUSJDJPOBM�&TUF� JOBEFRVBEP� GPSOFDJNFOUP� DBMØSJDP� MFWPV� B� RVF�em 2009 a European Society for Clinical Nutrition and

Controvérsias no Suporte Nutricional no Doente Crítico

6HUi�TXH�VH�MXVWLÀFD�D�XWLOL]DomR�GH�JOXWDPLQD"Paulo MartinsServiço de Medicina Intensiva - Centro Hospitalar e 6OJWFSTJUÈSJP�F�$PJNCSB

"�HMVUBNJOB�Ï�VN�BNJOPÈDJEP�OÍP�FTTFODJBM��$POUVEP�FN� TJUVBÎÜFT� EF� HSBWF� TUSFTT� NFUBCØMJDP � DPN�BVNFOUP� EBT� OFDFTTJEBEFT� FOEØHFOBT � UPSOB�TF�DPOEJDJPOBMNFOUF� FTTFODJBM � EFQFOEFOUF� EP� BQPSUF�exógeno."MHVOT� FTUVEPT� EFNPOTUSBN� RVF� RVBOEP� B�DPODFOUSBÎÍP� TÏSJDB� EF� HMVUBNJOB� TF� SFEV[� BCBJYP�EF�� ���NNPM�-�TF�BTTPDJB�EF� GPSNB�TJHOJmDBUJWB�BP�aumento da mortalidade de doentes críticos.0�BQPSUF�FYØHFOP�� ���H�LH�EJB�EVSBOUF�QFMP�NFOPT��� EJBT� DPOUSJCVJ� QBSB� B� SFEVÎÍP� EB� NPSUBMJEBEF�PCTFSWBEB�OFTUB�QPQVMBÎÍP�A glutamina é fundamental para a manutenção GVODJPOBM�EF�EJWFSTBT�WJBT�NFUBCØMJDBT� o�NPEVMBOEP�B� SFTQPTUB� JOnBNBUØSJB� F� BOUJ�PYJEBOUF � QSPNPWFOEP�a manutenção da integridade funcional e estrutural EB� QBSFEF� JOUFTUJOBM � BVNFOUBOEP� P� OÞNFSP� F� B�EJGFSFODJBÎÍP� EF� DÏMVMBT� MJOGPDJUÈSJBT� NPEVMBEPSBT�EB� SFTQPTUB� JNVOPMØHJDB � FYFSDFOEP� VN� QBQFM� BOUJ�DBUBCØMJDP�BUSBWÏT�EP�BVNFOUP�EB�SFTQPTUB�Ë�JOTVMJOB�"QFTBS�EFTUFT�CFOFGÓDJPT �PT� SFTVMUBEPT� SFGFSJEPT�OB�MJUFSBUVSB� TÍP� NVJUBT� WF[FT� EJTDSFQBOUFT � USBEV[JOEP�diferentes vias de administração (entérica vs QBSFOUÏSJDB � EPTFT� EF� HMVUBNJOB� BENJOJTUSBEB�EJGFSFOÎBT�FOUSF�FTUVEPT�JOJDJBJT�F�SFDFOUFT �EVSBÎÍP�EP�UFNQP�EF�TVQMFNFOUBÎÍP�� � � ���PV�NBJT�EJBT�F�timing�EP�JOÓDJP�EB�TVQMFNFOUBÎÍP�GBDF�Ë�FWPMVÎÍP�EP�QSPDFTTP�JOnBNBUØSJP�Analisaremos de forma crítica alguns dos estudos SFDFOUFNFOUF�QVCMJDBEBT�RVF�BQSFTFOUBN�SFTVMUBEPT�polémicos.Ilustraremos esta apresentação com os resultados TVQPSUBEPT�QFMB�JOWFTUJHBÎÍP�QFTTPBM�RVF�EFNPOTUSBN�RVF�OVNB�QPQVMBÎÍP�EF�EPFOUFT�HSBWFT�EF�.FEJDJOB�*OUFOTJWB � B� HMVUBNJOB� RVBOEP� BENJOJTUSBEB� QPS� WJB�QBSFOUÏSJDB�FN�EPTF�F�UFNQP�TVmDJFOUF �TF�BTTPDJB�Ë�NFMIPSJB�EP�FTUBEP�EF�JNVOPTVQSFTTÍP�FN�RVF�FTUFT�EPFOUFT� TF� FODPOUSBN � DPOUSJCVJOEP� QBSB� B� SFEVÎÍP�da infecção nosocomial e da mortalidade a longo QSB[P�

sala 2 | dia 3 de fevereiro

Page 18: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 15 | 89

C I P

.FUBCPMJTN� &41&/ � BQSFTFOUBTTF� VNB� HVJEFMJOF�FN� RVF� QSFDPOJ[BWB� RVF� B� UPEPT� PT� EPFOUFT�DSÓUJDPT � RVF� SFDFCFTTFN� VN� WBMPS� DBMØSJDP� JOGFSJPS�BP� QSFUFOEJEP� BQØT� BT� QSJNFJSBT� ��I� EF� BENJTTÍP �deveria ser ponderada o início de nutrição parentérica

TVQMFNFOUBS� QSPDVSBOEP� PCUFS� VN� GPSOFDJNFOUP�DBMØSJDP�EF�DFSDB�EF����,DBM�LH�EJB���&TUB�HVJEFMJOF �FNCPSB� CFN� JOUFODJPOBEB� BDBCB� QPS� UFS� VN� FGFJUP�DPOUSÈSJP� BP� QSFUFOEJEP� F� DPN� JNQBDUP� OFHBUJWP�QBSB� P� FTUBEP� DMÓOJDP� EP� EPFOUF�� 6N� BEFRVBEP�GPSOFDJNFOUP�DBMØSJDP�OÍP�TF�SFTPMWF�QPS�iEFDSFUPw �Ë�DVTUB� EF� VNB� HVJEFMJOF� CFN� JOUFODJPOBEB�� &TUBNPT�B�BCPSEBS�VN�EPFOUF �RVF�TF�FODPOUSB�NVJUBT�WF[FT�JOTUÈWFM� IFNPEJOBNJDBNFOUF� OPT� QSJNFJSPT� EJBT� EF�JOUFSOBNFOUP � DPN�CBJYB�EJTUSJCVJÎÍP�EF�0��QBSB�PT�UFDJEPT�P�RVF�P�JODBQBDJUB�EF�BQSPWFJUBS�EF�VNB�GPSNB�BEFRVBEB�PT�NBDSPOVUSJFOUFT�RVF�MIF�TÍP�GPSOFDJEPT��6N� EPFOUF� RVF� BQSFTFOUB� QPS� WF[FT� VN� FTUBEP�OVUSJDJPOBM� BEFRVBEP � OÍP� TF� UPSOBOEP� QPSUBOUP�premente a instituição de um suporte calórico “urgente”

QPS� WJB� QBSFOUÏSJDB�� 1PS� mN� RVBOEP� TF� QSFDPOJ[B� P�uso de uma via parentérica para um fornecimento

DBMØSJDP� BEFRVBEP� UFNPT� EF� UFS� FN� DPOTJEFSBÎÍP�RVF� HSBOEF� QBSUF� EPT� QSPmTTJPOBJT� EF� TBÞEF� OÍP�UFN� DPOIFDJNFOUPT� TPCSF� TVQPSUF� OVUSJDJPOBM� F� VN�GPSOFDJNFOUP�EFTBKVTUBEP�EF�VNB�DBSHB�DBMØSJDB�QPS�via sistémica num doente com esta gravidade só pode

UFS� VN� JNQBDUP� OFHBUJWP� QBSB� B� TVB� NPSCJMJEBEF� F�mortalidade <�>. Ao não terem ponderado devidamente

FTUFT� GBDUPSFT � B� &41&/� BDBCB� QPS� DPOUSJCVJS� EF�VNB� GPSNB� OFHBUJWB� QBSB� B� DPOTDJFODJBMJ[BÎÍP� EPT�QSPmTTJPOBJT� EF� TBÞEF� TPCSF� B� OFDFTTJEBEF� EF� TF�QSPDFEFS�B�VN�BEFRVBEP�TVQPSUF�OVUSJDJPOBM�B�FTUFT�EPFOUFT �RVF�UFSÈ�TFNQSF�EF�TFS�BKVTUBEP�È�HSBWJEBEF�EP�RVBESP�TFV�DMÓOJDP��

Referências:

1. MBSJL�1& �;BMPHB�(1��&BSMZ�FOUFSBM�OVUSJUJPO�JO�BDVUFMZ�JMM�QBUJFOUT��a systematic review. Crit Care Med����� �������������

2. )FZMBOE� %, � %IBMJXBM� 3 � %SPWFS� +8 � (SBNMJDI� - � %PEFL� 1��Canadian clinical practice guidelines for nutrition support in

NFDIBOJDBMMZ� WFOUJMBUFE � DSJUJDBMMZ� JMM� BEVMU� QBUJFOUT�� +1&/� +�Parenter Enteral Nutr����� �����������

3. 4JOHFS� 1 � #FSHFS� .. � 7BO� EFO� #FSHIF� ( � #JPMP� ( � $BMEFS� 1 �'PSCFT�" �(SJGmUIT�3 �,SFZNBO�( �-FWFSWF�9 �1JDIBSE�$ �&41&/��&41&/�(VJEFMJOFT� PO� 1BSFOUFSBM� /VUSJUJPO�� JOUFOTJWF� DBSF��Clin Nutr����� �����������

4. .BSUJOEBMF�3( �.D$MBWF�4" �7BOFL�78 �.D$BSUIZ�. �3PCFSUT�1 � 5BZMPS� # �0DIPB� +# �/BQPMJUBOP� - �$SFTDJ�(��(VJEFMJOFT� GPS�UIF�QSPWJTJPO�BOE�BTTFTTNFOU�PG�OVUSJUJPO�TVQQPSU�UIFSBQZ�JO�UIF�adult critically ill patient: Society of Critical Care Medicine and

American Society for Parenteral and Enteral Nutrition: Executive

Summary. Crit Care Med����� �������������

5. )FZMBOE� %, � 4DISPUFS�/PQQF� % � %SPWFS� +8 � +BJO� . � ,FFGF�- � %IBMJXBM� 3 � %BZ� "�� /VUSJUJPO� TVQQPSU� JO� UIF� DSJUJDBM� DBSF�setting: current practice in canadian ICUs--opportunities for

improvement? JPEN J Parenter Enteral Nutr����� ���������

��� .BSJL� 1& � ;BMPHB� (1�� (BTUSJD� WFSTVT� QPTU�QZMPSJD� GFFEJOH�� B�systematic review. Crit Care����� ���3������

7. $BTBFS� .1 � .FTPUUFO� % � )FSNBOT� ( � 8PVUFST� 1+ � 4DIFU[� . �.FZGSPJEU�( �7BO�$SPNQIBVU�4 �*OHFMT�$ �.FFSTTFNBO�1 �.VMMFS�+ �7MBTTFMBFST�% �%FCBWFZF�: �%FTNFU�- �%VCPJT�+ �7BO�"TTDIF�" �7BOEFSIFZEFO�4 �8JMNFS�" �7BO�EFO�#FSHIF�(��&BSMZ�WFSTVT�late parenteral nutrition in critically ill adults. N Engl J Med����� ������������

$ERUGDJHP��QXWULFLRQDO�GR�GRHQWH�FRP�SDQFUHDWLWH�DJXGDFernando PrósperoHSA - Centro Hospitalar do Porto

O suporte nutricional é um pilar importante na

terapêutica do doente crítico. A pancreatite aguda

severa é um paradigma do síndrome da resposta

JOnBNBUØSJB� TJTUÏNJDB� F� RVF� GSFRVFOUFNFOUF� MFWB� B�disfunção multiorgânica com necessidade de suporte

BWBOÎBEP� EF� GVOÎÜFT� WJUBJT�� 1SFUFOEF�TF� BTTJN �BCPSEBS� �� QPOUPT� GVOEBNFOUBJT�� �� FTUSBUJmDBÎÍP� EP�SJTDP�OVUSJDJPOBM�F� JEFOUJmDBÎÍP�EPT�HSVQPT�EF� SJTDP����FTUSBUJmDBÎÍP�EB�HSBWJEBEF�OB�QBODSFBUJUF�BHVEB�F�B�TVB�BCPSEBHFN�OVUSJDJPOBM���0�UFNB�Ï�EFTFOWPMWJEP�CBTFBEP�OBT� SFDPNFOEBÎÜFT�EB�"41&/�F�&41&/�F�UBNCÏN �OBT�SFDPNFOEBÎÜFT�EB�American College of Gastroenterology de 2013.

$PODMVJ�TF� DPN� VNB� QSPQPTUB� EF� VNB� ÈSWPSF� EF�EFDJTÍP�EF�TVQPSUF�OVUSJDJPOBM�OB�QBODSFBUJUF�BHVEB �separando claramente duas situações clínicas: a

pancreatite ligeira / edematosa e pancreatite aguda

moderadamente severa / e severa.

&RPR�HX� UHVROYR�DV�FRPSOLFDo}HV�DVVRFLDGDV�DR�VXSRUWH�QXWULFLRQDOPaula CastelõesServiço de Cuidados Intensivos Polivalente do Centro

)PTQJUBMBS�EF�7JMB�/PWB�EF�(BJB���&TQJOIP �&1&

As complicações associadas ao suporte nutricional

OP� EPFOUF� DSÓUJDP� EF� $VJEBEPT� *OUFOTJWPT � TÍP�GSFRVFOUFNFOUF�EF�FUJPMPHJB�NVMUJGBDUPSJBM� F� UÐN�TJEP�NPUJWP� EF� NVJUPT� FTUVEPT� F� EF� NVJUBT� DPODMVTÜFT �UPSOBOEP� BDFTTÓWFM� CJCMJPHSBmB� JEØOFB�HVJEFMJOFT�RVF� BMFSUBN� P� JOUFOTJWJTUB� QBSB� B� TVB� QSFWFOÎÍP �NPOJUPSJ[BÎÍP �F�USBUBNFOUP��"�QSFWFOÎÍP�FWJUB�NVJUBT�DPNPSCJMJEBEFT� F� NFTNP� NPSUBMJEBEF � FN� WBSJBEBT�situações.

Quando instituímos um suporte nutricional por via

FOUÏSJDB � EFWFNPT� DPOTJEFSBS� TFNQSF� P� SJTDP� EF�

Page 19: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 16 | 89

SALA 2

CSPODPBTQJSBÎÍP�EB� TPMVÎÍP� OVUSJDJPOBM � B� EJTGVOÎÍP�EP�TJTUFNB�HBTUSPJOUFTUJOBM�RVF�JODMVJ�DØMJDBT �OÈVTFBT �WØNJUPT � EJBSSFJB y � DPOUBNJOBÎÍP� CBDUFSJBOB� EB�TPMVÎÍP� OVUSJFOUF � EFTWJPT� NFUBCØMJDPT� F� QSPCMFNBT�NFDÉOJDPT� SFMBDJPOBEPT�DPN�P�EJTQPTJUJWP�FTDPMIJEP�4/( �4/+ �1&( �1&+ y��%B�NFTNB�NBOFJSB �RVBOEP�JOTUJUVÓNPT�VNB�OVUSJÎÍP�QBSFOUÏSJDB � EFWFNPT� DPOTJEFSBS� DPNQMJDBÎÜFT�SFMBDJPOBEBT� DPN� B� WJB� EF� JOGVTÍP � RVF� HFSBMNFOUF�DPOTUB�EF�VN�DBUFUFS�WFOPTP�DFOUSBM�RVBOEP�B�TPMVÎÍP�parenteral tem osmolaridade superior a 900 mosm/l. Estas complicações podem surgir relacionadas com B� UÏDOJDB� EF� DPMPDBÎÍP� EP� DBUFUFS� QOFVNPUØSBY �MFTÍP� WBTDVMBS � FNCPMJB� BÏSFB � BSSJUNJBT� DBSEÓBDBT �USPNCPTF� WFOPTB y � PV� DPN� B� GBMUB� EF� SJHPS� OB�assepsia na colocação ou manutenção destes EJTQPTJUJWPT � DBVTBOEP� CBDUFSJFNJBT� DPN� RVBESPT�de disfunção multiorgânica associados. Durante a nutrição parentérica as complicações descritas como NBJT� GSFRVFOUFT � TÍP� BT� NFUBCØMJDBT� IJQFSHMJDFNJB �IJQPHMJDFNJB � IJQFSMJQJEFNJB� F� BMUFSBÎÜFT�FMFDUSPMÓUJDBT�F�BT�EJTGVOÎÜFT�FTQFDÓmDBT�EF�ØSHÍPT �DPNP� B� IFQÈUJDB� RVF� OPT� PCSJHB� B� NPOJUPSJ[BS� BT�USBOTBNJOBTFT�F�CJMJSSVCJOBT �EJTUÞSCJPT�QBODSFÈUJDPT �renais e colecistite acalculosa. 5PEBT� FTUBT� DPNQMJDBÎÜFT� TÍP� QSFWFOÓWFJT� F�UÐN� USBUBNFOUPT� CFN� PSJFOUBEPT� QPS� guidelines BDUVBMJ[BEPT�EB�&41&/�F�EB�"41&/�

6tQGURPH� GH� UHDOLPHQWDomR�� XPD� UDULGDGH� PXLWR�frequenteRaquel Monte 4FSWJÎP� $VJEBEPT� *OUFOTJWPT � )PTQJUBM� EF� 4BOUP� "OUØOJP� ��Centro Hospitalar do Porto

O Síndrome de Realimentação foi inicialmente EFTDSJUP� BQØT� B� **� (VFSSB� .VOEJBM � FN� QSJTJPOFJSPT�EPT�DBNQPT�EF�DPODFOUSBÎÍP �RVF�TPGSFSBN�QFSÓPEPT�QSPMPOHBEPT� EF� GPNF� F� EFTOVUSJÎÍP� F � RVF� RVBOEP�GPSBN� SFBMJNFOUBEPT � BQSFTFOUBSBN� DPNQMJDBÎÜFT�TJTUÏNJDBT�HSBWFT �OBMHVOT�DBTPT �NFTNP�B�NPSUF��&TUF�TÓOESPNF �FNCPSB�CFN�EFTDSJUP �Ï�NVJUBT�WF[FT�FTRVFDJEP� PV� OÍP� SFDPOIFDJEP� OB� OPTTB� QSÈUJDB�DMÓOJDB�� 5PSOBN�TF� OFDFTTÈSJPT� NBJT� FTUVEPT� QBSB�determinar a verdadeira incidência deste síndrome F� BTTJN� EFTFOWPMWFS� PT� NFMIPSFT� QSPUPDPMPT� EF�BCPSEBHFN�0� 4ÓOESPNF� EF� 3FBMJNFOUBÎÍP� DBSBDUFSJ[B�TF�QPS� EFTFRVJMÓCSJPT� IJESP�FMFUSPMÓUJDPT� RVF� MFWBN�B� DPNQMJDBÎÜFT� DMÓOJDBT� F� NFUBCØMJDBT� HSBWFT �DBVTBEBT�QFMP�SÈQJEP�JOÓDJP�EF�BMJNFOUBÎÍP�BQØT�VN�período prolongado de desnutrição.

"QFTBS� EF� WÈSJPT� FTUVEPT� UFSFN� FOGBUJ[BEP� B�IJQPGPTGBUFNJB� TFWFSB� DPNP� P� GBDUPS� QSFEPNJOBOUF�EP� TÓOESPNF� EF� SFBMJNFOUBÎÍP � Ï� DMBSP� RVF� FYJTUFN�PVUSPT� EJTUÞSCJPT� NFUBCØMJDPT�� 0T� NBJT� JNQPSUBOUFT�TÍP�BMUFSBÎÜFT�EP�CBMBOÎP�IÓESJDP �EP�NFUBCPMJTNP�EB�HMJDPTF �DFSUBT�EFmDJÐODJBT�WJUBNÓOJDBT �IJQPDBMJÏNJB�F�IJQPNBHOFTFNJB��"T� QSJODJQBJT� NBOJGFTUBÎÜFT� DMÓOJDBT� TÍP�� EJTUÞSCJPT�OFVSPNVTDVMBSFT� EJNJOVJÎÍP� BHVEB� EPT� SFnFYPT �QBSBMJTJB � QFSEB� TFOTPSJBM � QBSBMJTJB� EPT� OFSWPT�DSBOJBOPT � GSBRVF[B � QBSFTUFTJBT � SBCEPNJØMJTF �EJTUÞSCJPT� EP� 4/$� EFTEF� P� FTUBEP� DPOGVTJPOBM� BP�DPNB�F�DPOWVMTÜFT �JOTVmDJÐODJB�SFTQJSBUØSJB�BHVEB �JOTVmDJÐODJB� DBSEÓBDB� BHVEB� F� BSSJUNJBT � EJTGVOÎÍP�IFQÈUJDB�F�FEFNBT�QFSJGÏSJDPT�"� JEFOUJmDBÎÍP�EPT�EPFOUFT�FN� SJTDP�Ï�DSVDJBM �QPJT�esta condição é prevenível e por isso as complicações NFUBCØMJDBT� FWJUÈWFJT�� 0T� EPFOUFT� FN� SJTDP� TÍP� PT�RVF�UÐN�BOPSFYJB�OFSWPTB �,XBTIJPSLPS�PV�.BSBTNP �EFTOVUSJÎÍP� DSØOJDB� JEPTPT � EFTOVUSJÎÍP� BTTPDJBEB�B� JOTVmDJÐODJB� SFTQJSBUØSJB� PV� DBSEÓBDB� DSØOJDB �EPFOÎBT�PODPMØHJDBT �BMDPPMJTNP�DSØOJDP �PCFTJEBEF�NØSCJEB�DPN�QFSEB�NBDJÎB�EF�QFTP�DJSVSHJB�Bypass �internamento prolongado em Cuidados Intensivos (7-���EJBT�F�KFKVN�QSPMPOHBEP�Como a prevenção deste Síndrome é a principal forma EF� USBUBNFOUP � EFWFNPT� UFS� DPOIFDJNFOUP� EB� TVB�FYJTUÐODJB � JEFOUJmDBS� PT� EPFOUFT� EF� SJTDP� F� UFS� FN�NFOUF�RVF�EFWFNPT�JOJDJBS�B�OVUSJÎÍP�OFTUFT�EPFOUFT�de forma lenta. A realimentação deve ser sempre iniciada HSBEVBMNFOUF �DPN�B�SFQPTJÎÍP�MFOUB�EB�WPMÏNJB �EPT�FMFDUSØMJUPT� F� EBT� WJUBNJOBT�� BP� NFTNP� UFNQP� RVF�NPOJUPSJ[BNPT�BQFSUBEBNFOUF�PT�EPFOUFT�1PSUBOUP � QPVDP� TVQPSUF� OVUSJDJPOBM� Ï� CPN � NVJUP� Ï�demais!

Start low… go slow

Doente Crítico: Abordagem Multifacetada

(PHUJrQFLD�LQWUDKRVSLWDODU��0RGHOR��RUJDQL]DomR�H�GHVDÀRVAna Mesquita6-4.

- - - - - - - - - - -

Page 20: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 17 | 89

C I P

,QIHFo}HV�XULQiULDV�QRVRFRPLDLV�QD�8&,��'HVDÀDQGR�YHOKRV�GRJPDV�FRP�DERUGDJHP�PXOWLSURÀVVLRQDODaniela Carvalho6-4.

- - - - - - - - - - -

(VWUDWpJLDV� SDUD� UHGX]LU� D� UHVLVWrQFLD� DRV�DQWLPLFURELDQRVMargarida Câmara)PTQJUBM�%S��/ÏMJP�.FOEPOÎB �'VODIBM

0T�BOUJCJØUJDPT�QPEFN�TFS�DPOTJEFSBEPT�DPNP�VN�EPT�NBJPSFT�BWBOÎPT�EB�IJTUØSJB�EB�NFEJDJOB�DPN�JNQBDUP�TJHOJmDBUJWP�OB�EJNJOVJÎÍP�EB�NPSUBMJEBEF�QSFNBUVSB�e aumento da esperança de vida das populações. "� TVB� TPCSFVUJMJ[BÎÍP� F� VUJMJ[BÎÍP� JOBEFRVBEB�UÐN� MFWBEP� BP� BVNFOUP� EP� OÞNFSP� EF� CBDUÏSJBT�SFTJTUFOUFT�� *OGFMJ[NFOUF � B� UBYB� EF� EFTDPCFSUB� EF�OPWPT�BOUJCJØUJDP�UFN�WJOEP�B�EJNJOVJS �MFWBOEP�BTTJN�Ë� EJNJOVJÎÍP� EPT� BOUJCJØUJDPT� EJTQPOÓWFJT� DBQB[FT�de tratar as infecções a agentes resistentes. Estas JOGFDÎÜFT�FTUÍP�BTTPDJBEBT�BP�BVNFOUP� TJHOJmDBUJWP�EB�NPSCJNPSUBMJEBEF�F�EPT�DVTUPT��1PS�FTUFT�NPUJWPT �B�SFTJTUÐODJB�BPT�BOUJCJØUJDPT�Ï�VN�QSPCMFNB�EF�TBÞEF�QÞCMJDB�"T�FTUSBUÏHJBT�QBSB�SFEV[JS�B�FNFSHÐODJB�EB�SFTJTUÐODJB�BPT� BOUJCJØUJDPT� TÍP � QPS� VN� MBEP � B� QSFWFOÎÍP� EBT�JOGFDÎÜFT� F� EB� TVB� USBOTNJTTÍP� F� QPS� PVUSP� MBEP � P�EJBHOØTUJDP�F�USBUBNFOUP�FmDB[�EBT�JOGFDÎÜFT�F�P�VTP�SBDJPOBM�EF�BOUJNJDSPCJBOPT�A prevenção das infecções e a prevenção da sua USBOTNJTTÍP�QBTTBN�QPS�NFEJEBT�CÈTJDBT�F�FmDB[FT�DPNP� B� IJHJFOJ[BÎÍP� EBT� NÍPT � P� VTP� DPSSFDUP� EF�FRVJQBNFOUP�EF�CBSSFJSB�F�NFEJEBT�EF�JTPMBNFOUP �B�SFBMJ[BÎÍP�EF�QSPDFEJNFOUPT�DPN�UÏDOJDBT�BTTÏQUJDBT �B� SFEVÎÍP� EP� OÞNFSP� EF� NBOPCSBT� JOWBTJWBT� F� P�DVNQSJNFOUP�EP�FTRVFNB�OBDJPOBM�EF�WBDJOBÎÍP�0�EJBHOØTUJDP�EBT� JOGFDÎÜFT�EFWF�TFS�QSFDPDF �DPN�CBTF�OB�DMÓOJDB�F�PV�OPT�FTUVEPT� JNBHJPMØHJDPT��4ÍP�EF� HSBOEF� JNQPSUÉODJB� BT� DPMIFJUBT� NJDSPCJPMØHJDBT�EJSJHJEBT� BP� GPDP� QSFTVNJEP � SFBMJ[BEBT� JEFBMNFOUF�BOUFT� EP� JOÓDJP� EB� BOUJCJPUFSBQJB � EF� GPSNB� B� BWBMJBS�B� TVTDFQUJCJMJEBEF� BPT� BOUJNJDSPCJBOPT� F� QPEFS�posteriormente efetuar a de-escalação."� QSFTDSJÎÍP� EPT� BOUJNJDSPCJBOPT� EFWFSÈ� TFS�apropriada (de acordo com os agentes mais QSPWÈWFJT �UFOEP�FN�DPOUB�P�DPOUFYUP�FQJEFNJPMØHJDP �BT�DBSBDUFSÓTUJDBT�EPT�IPTQFEFJSP �PT�GBDUPSFT�EF�SJTDP�QBSB�B� JOGFDÎÍP �B�QFOFUSBÎÍP�OP� UFDJEP�B� USBUBS�F�P�QBESÍP� EF� TVTDFQUJCJMJEBEF� MPDBM� EBT� CBDUÏSJBT� F�BEFRVBEB�QBSB�BMÏN�EF�BQSPQSJBEB �TFS�QSFDPDF �OB�EPTF �JOUFSWBMP�F�WJB�EF�BENJOJTUSBÎÍP�DPSSFDUPT �UFOEP�FN�DPOUB�P�QFSmM�GBSNBDPDJOÏUJDP�F�GBSNBDPEJOÉNJDP�

EPT�BOUJNJDSPCJBOPT�F�DPN�VNB�EVSBÎÍP�BEFRVBEB��&N� TVNB � B� QSFWFOÎÍP� F� DPOUSPMP� EBT� JOGFDÎÜFT�F� P� VTP� SBDJPOBM� EF� BOUJNJDSPCJBOPT� TÍP� B� NFMIPS�GPSNB� EF� SFEV[JS� B� FNFSHÐODJB� EF� SFTJTUÐODJB� BPT�BOUJNJDSPCJBOPT�

&RQWUROR�JOLFpPLFR�QR�GRHQWH�FUtWLFRMiguel Angel Fernandez Garcia6$*����)PTQJUBM�6OJWFSTJUBSJP�-VHVT�"VHVTUJ���-VHP �&TQBOÍ

El control de la glicemia en el paciente crítico es un UFNB�RVF�BVO�NBOUJFOF�NVDIPT�QVOUPT�FO�EJTDVTJØO��-B� IJQFSHMJDFNJB� FTUB� BTPDJBEB� DPO� MB� FOGFSNFEBE�aguda y especialmente en la crítica como DPOTFDVFODJB� EF� NVDIPT� GBDUPSFT�� &OUSF� FMMPT� TF�FODVFOUSB� MB� BMUFSBDJØO� EF� MB� HMVDPOFPHÏOFTJT � EF�MB�HMJDPHFOPMJTJT �FM� JODSFNFOUP�EF� MB� SFTJTUFODJB�B� MB�JOTVMJOB �MB�BMUFSBDJØO�EFM�DPSUJTPM �EF�MBT�DBUFDPMBNJOBT �EFM�HMVDBHØO �FUD�1PS� UPEP� FMMP� QFSTPOBMNFOUF� DPOTJEFSP� RVF� TJHVFO�BCJFSUBT�NVDIBT�QSFHVOUBT�RVF�BEFNÈT�IBO�PCUFOJEP�diversas y diferentes respuestas a lo largo de los FTUVEJPT�QVCMJDBEPT�FO�MPT�ÞMUJNPT�B×PT�Es necesario reducir de forma estricta los niveles EF� HMVDPTB� FO� FM� QBDJFOUF� DSÓUJDP � � {&T� CFOFmDJPTP�IBDFSMP � {"GFDUB� B� MB� TVQFSWJWFODJB � {)BTUB� RVF�OJWFMFT � � {$PO� RVF� USBUBNJFOUP � � {&T� QSFGFSJCMF� MB�administración de insulina endovenosa continua o la DPNCJOBDJØO�EF�JOTVMJOBT�MFOUBT�Z�SÈQJEBT %JGFSFOUFT� FTUVEJPT� Z� NFUBOÈMJTJT� SFBMJ[BEPT� FO� MB�ÞMUJNB� EÏDBEB� IB� QSPWPDBEP� RVF� FO� MPT� ÞMUJNPT�B×PT�TF�IBZB�FTUBOEBSJ[BEP�� MB�QFSGVTJØO�EF�JOTVMJOB�endovenosa continua en las unidades de enfermos críticos. Después de una década de diferentes FTUVEJPT �FOTBZPT�Z�NFUBOÈMJTJT�QVCMJDBEPT �VOB�TFSJF�EF� DPODMVTJPOFT� QBSFDF� RVF� SFDPHFO� � VOB� BQPZP�mayoritario.-B�IJQFSHMJDFNJB�TF�BTPDJB�DPO�VO�QFPS�SFTVMUBEP�FO�MPT�QBDJFOUFT�DSÓUJDPT��"VORVF�MB�NBZPSÓB�EF�MPT�NÏEJDPT�FTUÈO� EF� BDVFSEP� FO� RVF� EJDIP� DPOUSPM� HMVDÏNJDP�FT�VOB� JOUFSWFODJØO�EFTFBCMF �FM� SBOHP�ØQUJNP�EF� MB�glucosa en sangre es controvertido. Se recomienda VO�PCKFUJWP�EF�HMVDPTB�FO� TBOHSF�EF�����B� ����NH���EM�� ��B����NNPM���- �FO� MVHBS�EF�VO�PCKFUJWP�NÈT�FTUSJDUP�QPS�FKFNQMP ����B�����NH���E-�<����B�����NNPM���->� HSBEP��"� ��5BNCJÏO�TF�TVHJFSF�VO�PCKFUJWP�EF�HMVDPTB�FO�TBOHSF�EF�����B�����NH���EM�� ��B����NNPM���- �FO�MVHBS�EF�VO�PCKFUJWP�NÈT�MJCFSBM�QPS�FKFNQMP �����B�����NH���EM�<���B��� ��NNPM� ��->�(SBEP��$��1BSB� MPHSBS� FTUF� PCKFUJWP� EFCFSÓB�NJOJNJ[BSTF� FM� VTP�EF� nVJEPT� JOUSBWFOPTPT� RVF� DPOUFOHBO� HMVDPTB� Z�administrar la insulina sólo cuando sea necesario.

Page 21: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 18 | 89

SALA 2

Un régimen de insulina ampliamente aceptada no se IB�FTUBCMFDJEP �QFSP�TF�QSFmFSF�MB�JOTVMJOB�EF�BDDJØO�corta. El monitoreo cuidadoso de la glucosa en sangre FT� OFDFTBSJP� QBSB� BMDBO[BS� FM� DPOUSPM� HMVDÏNJDP� Z�FWJUBS�MPT�QPTJCMFT�FGFDUPT�OPDJWPT�EF�MB�IJQPHMVDFNJB�1PS�MP�UBOUP �FO�NJ�PQJOJØO �BVO�TJHVF�NVZ�WJHFOUF�FTB�NÈYJNB�BUSJCVJEB�B�)JQPDSBUFT�QFSP�UBO�OFDFTBSJB�FO�OVFTUSPT�EÓBT ��EF�iQSJNVN�OPO�OPDFSFw��

5LVFR� JDVWURLQWHVWLQDO� GD� DQWL�DJUHJDomR�SODTXHWiULDLuís Maia(BTUSPFOUFSPMPHJB���$FOUSP�)PTQJUBMBS�EP�1PSUP

"�BOUJBHSFHBÎÍP�QMBRVFUÈSJB�FTUÈ�SFDPNFOEBEB�QFMBT�guidelines europeias e americanas para a prevenção TFDVOEÈSJB�EF�FWFOUPT�DBSEJPWBTDVMBSFT �NBT�BQFOBT�QFMBT� BNFSJDBOBT� QBSB� B� QSFWFOÎÍP� QSJNÈSJB� FN�JOEJWÓEVPT� DPN� SJTDP� FMFWBEP � KÈ� RVF� B� 4PDJFEBEF�&VSPQFJB�EF�$BSEJPMPHJB�DPOTJEFSB�RVF �OFTUFT�DBTPT �P�SJTDP�EF�IFNPSSBHJB�NBKPS�TF�TPCSFQÜF�BP�CFOFGÓDJP�EB� QSFWFOÎÍP� EPT� FWFOUPT� DBSEJPWBTDVMBSFT�� 7ÈSJPT�FTUVEPT� EFNPOTUSBSBN� VN� BVNFOUP� TJHOJmDBUJWP�de complicações gastrointestinais com aspirina e DMPQJEPHSFM � DPN� BVNFOUP� EB� JODJEÐODJB� EF� ÞMDFSBT�HBTUSPEVPEFOBJT� F� EF� DPNQMJDBÎÜFT� HSBWFT �QSJODJQBMNFOUF� IFNPSSBHJB� HBTUSPJOUFTUJOBM � RVF�QSFTTVQÜF� QPS� WF[FT� B� BENJTTÍP� FN� VOJEBEFT� EF�cuidados intensivos ou intermédios. A gestão do risco HBTUSPJOUFTUJOBM� F� DBSEJPWBTDVMBS� OPT� EPFOUFT� TPC�BOUJBHSFHBOUFT�Ï�FYUSFNBNFOUF�EFMJDBEB�F�EJmDVMUBEB�QFMB�RVBTF� JOFYJTUÐODJB�EF�guidelines ou consensos internacionais direcionados./B� QSFTFOÎB� EF� DPNQMJDBÎÜFT� HSBWFT � P� QSJNFJSP�passo é rever a indicação para a antiagregação. Na IFNPSSBHJB� QÏQUJDB � PT� EPFOUFT� TPC� BOUJBHSFHBOUFT�QBSB� QSFWFOÎÍP� DBSEJPWBTDVMBS� QSJNÈSJB� EFWFN�TVTQFOEÐ�MPT� BUÏ� EJNJOVJÎÍP� TJHOJmDBUJWB� EP� SJTDP�HBTUSPJOUFTUJOBM��/P�DBTP�EPT�EPFOUFT�TPC�UFSBQÐVUJDB�BOUJBHSFHBOUF� QBSB� QSFWFOÎÍP� TFDVOEÈSJB � P� SJTDP�DBSEJPWBTDVMBS� TVQFSB � HFSBMNFOUF � P� SJTDP� EF�DPNQMJDBÎÜFT�HSBWFT�QFMB�IFNPSSBHJB �TFOEP�SB[PÈWFM�a estratégia de retomar a terapêutica antiagregante nos primeiros 5 dias após a suspensão desta nos doentes com estigmas endoscópicos de alto risco e NBOUÐ�MB�OPT�EPFOUFT�DPN�FTUJHNBT�EF�CBJYP�SJTDP�PV�IFNPEJOBNJDBNFOUF�FTUÈWFJT��/PT�EPFOUFT�EF�FMFWBEP�SJTDP� DBSEJPWBTDVMBS � DPNP� PT� QPSUBEPSFT� EF� TUFOUT�DPSPOÈSJPT � TVHFSF�TF�NBOUFS� B�EVQMB�BOUJBHSFHBÎÍP�OPT�EPFOUFT�DPN�CBJYP� SJTDP�EF� SF�TBOHSBNFOUP �PV�SFUPNÈ�MB�QBSDJBM�PV�DPNQMFUBNFOUF�NBM�B�FTUBCJMJEBEF�IFNPEJOÉNJDB�EP�EPFOUF�P�QFSNJUB��"�TVCTUJUVJÎÍP�EF�BTQJSJOB�QPS�DMPQJEPHSFM�OÍP�QBSFDF�USB[FS�WBOUBHFOT�

FN�SFMBÎÍP�Ë�NBOVUFOÎÍP�EF�BTQJSJOB�DPN�VN�JOJCJEPS�EB�CPNCB�EF�QSPUÜFT�*#1��0T�OPWPT�BOUJBHSFHBOUFT �DPNP� P� UJDBHSFMPS� F� P� QSBTVHSFM � BQFTBS� EB� DVSUB�NPOJUPSJ[BÎÍP� QØT�DPNFSDJBMJ[BÎÍP � OÍP� BQBSFOUBN�TFS�NBJT�TFHVSPT�RVF�P�DMPQJEPHSFM�RVBOEP�VUJMJ[BEPT �KVOUBNFOUF�DPN�BTQJSJOB �OB�EVQMB�BOUJBHSFHBÎÍP�/FTUF� NPNFOUP� OÍP� IÈ� FWJEÐODJB� TVmDJFOUF� QBSB�DPODMVJS� TPCSF� P� WFSEBEFJSP� TJHOJmDBEP� DMÓOJDP� EB�JOUFSBÎÍP� FOUSF� DMPQJEPHSFM� F� PT� *#1 � BQFTBS� EF�PT� FTUVEPT� DPN� NBJPS� RVBMJEBEF� NFUPEPMØHJDB�tendencialmente negarem complicações relacionadas DPN�B� BTTPDJBÎÍP��/P� FOUBOUP � Ï� MÓDJUP� BEPQUBS� VNB�BUJUVEF�EFGFOTJWB�FTQBÎBOEP�QPS���I�BT�UPNBT�FOUSF�BT�EVBT�NFEJDBÎÜFT�PV�QSFGFSJOEP�PT�*#1�DPN�NFOPS�HSBV� EF� JOJCJÎÍP� EB�$:1�$�� � DPNP� P� QBOUPQSB[PM �BUÏ� RVF� FOTBJPT� DMÓOJDPT� SBOEPNJ[BEPT� EF� NBJPS�RVBMJEBEF�FTUFKBN�EJTQPOÓWFJT�

Sedação, Analgesia e Delírio nos Cuidados Intensivos - Como Abordamos e que Preocupações?

0tQLPD� VHGDomR� QRV� GRHQWHV� GH� FXLGDGRV�LQWHQVLYRV"� 1mR� H[LVWH� EHQHItFLR� QD� VHGDomR�profunda dos doentes?Anabela Santos"TTJTUFOUF�)PTQJUBMBS�EF�"OFTUFTJPMPHJB �4VC���&TQFDJBMJEBEF�FN�.FEJDJOB�*OUFOTJWB���$FOUSP�)PTQJUBMBS�EF�5SÈT�PT�.POUFT�e Alto Douro

Introdução: Os doentes de Cuidados Intensivos (CI) TÍP� DPOTUBOUFNFOUF� TVCNFUJEPT� B� FYQFSJÐODJBT�EFTBHSBEÈWFJT�� "� EPS� F� B� BOTJFEBEF� DBVTBEB� QFMB�WFOUJMBÎÍP� NFDÉOJDB � DBUFUFSFT� JOUSBWFOPTPT � QFMP�SVÓEP� DPOTUBOUF � QSJWBÎÍP� EP� TPOP � KVOUBNFOUF�DPN� P� TUSFTT� JOFSFOUF� Ë� TVB� EPFOÎB� QPEFN� DBVTBS�BHJUBÎÍP� F� BOHÞTUJB�� &TUVEPT� NPTUSBSBN� RVF� ����dos doentes de CI têm ansiedade e 71% demostram BHJUBÎÍP�� &TUB� BHJUBÎÍP� DPOEV[� B� BTTJODSPOJB� DPN�P� WFOUJMBEPS � BVNFOUB� P� DPOTVNP� EF� PYJHÏOJP� F�BVUP� FYUVCBÎÜFT�� 0T� 4FEBUJWPT� TÍP� JNQPSUBOUFT� OP�manuseamento destes doentes. Um nível apropriado EF� TFEBÎÍP� QPEF� GBDJMJUBS� FYQFSJÐODJBT� BEWFSTBT �facilitar os procedimentos de diagnóstico e tratamento F�QSPUFHFS�PT�EPFOUFT�EPT�FGFJUPT�IFNPEJOÉNJDPT�EB�agitação. A Joint Commission e a Society of Critical Care Medicine� 4$$.� EFTDSFWFSBN� WÈSJPT� OÓWFJT�QBSB�EFmOJS� B� TFEBÎÍP��4FEBÎÍP�.ÓOJNB� "OTJØMJTF��4FEBÎÍP�.PEFSBEB� $POTDJFOUF��4FEBÎÍP�1SPGVOEB�F� B� "OFTUFTJB�� 7ÈSJBT� TÍP� BT� FTUSBUÏHJBT� TFEBUJWBT�

Page 22: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 19 | 89

C I P

QPTTÓWFJT� FN� $* � OFTUB� QBMFTUSB� GB[FNPT� VNB�BCPSEBHFN�EBT�BUVBJT�SFDPNFOEBÎÜFT�0CKFDUJWPT�� *NQPSUÉODJB� EB� TFEBÎÍP� FN� $VJEBEPT�*OUFOTJWPT�� 3FDPNFOEBÎÜFT� BDUVBJT� EF� FTUSBUÏHJBT�sedativasMaterial e Métodos: Revisão da literatura actual. 3FTVMUBEPT� F� %JTDVTTÍP�� 7ÈSJBT� TÍP� BT� DBVTBT� EF�“distressw�FN�$*��"�BCPSEBHFN�JOJDJBM�EFTUFT�EPFOUFT�WJTB� B� JEFOUJmDBÎÍP� EB� DBVTB � P� TFV� USBUBNFOUP�e simultaneamente o uso de estratégias não GBSNBDPMØHJDBT�BOUFT�EF� JOJDJBS�RVBMRVFS�NFEJDBÎÍP�sedativa/ analgésica.$PODMVTÍP�� )È� QSPWBT� TVmDJFOUFT� RVF� KVTUJmDB�PT� FTGPSÎPT� QBSB� NJOJNJ[BS� P� VTP� EF� TFEBUJWPT� F�BOBMHÏTJDPT�FN�$* �FNCPSB�P�NFMIPS�NÏUPEP �JOGVTÜFT�JOUFSNJUFOUFT�PSJFOUBEBT�QPS�QSPUPDPMPT �PV�JOUFSSVQÎÍP�EJÈSJB�PV�VNB�DPNCJOBÎÍP�OÍP�Ï�DPOIFDJEP��&TUVEPT�BEJDJPOBJT� DPN� GPDP� OB� FmDÈDJB � WJBCJMJEBEF� F�TFHVSBOÎB�TÍP�OFDFTTÈSJPT�QBSB�EFUFSNJOBS�B�NFMIPS�BCPSEBHFN�

$YDOLDomR�H�DERUGDJHP�GD�GRU�DJXGD�QRV�FXLGDGRV�LQWHQVLYRVAna Rita SantosCentro Hospitalar do Porto

- - - - - - - - - - -

$ERUGDJHP�GRV�GRHQWHV�FUtWLFRV�FRP�GRU�FUyQLFDSónia MachadoCentro Hospitalar do Porto

- - - - - - - - - - -

0RQLWRUL]DomR�H�DERUGDJHP�GR�GHOtULR�QRV�GRHQWHV�GH�FXLGDGRV�LQWHQVLYRVJavier Santos PerezSCI - Hospital de S. António - Centro Hospitalar do Porto

0� EFMJSJVN� EFmOF�TF� DMBTTJDBNFOUF� DPNP� VN�TÓOESPNF�DMÓOJDP�EF�JOÓDJP�BHVEP�F�FWPMVÎÍP�nVUVBOUF �DBSBDUFSJ[BEP�QPS�BMUFSBÎÜFT�B�OÓWFM�EB�DPOTDJÐODJB �EB�BUFOÎÍP�F�QFOTBNFOUP �PV�QFMP�BQBSFDJNFOUP�EF�alterações da percepção.A presença de delirium tem implicações prognósticas JNQPSUBOUFT�� &NCPSB� OÍP� FTUFKB� FTUBCFMFDJEB� VNB�SFMBÎÍP� DBVTBM� FOUSF� EFMÓSJP� F�NPSUBMJEBEF � TBCFNPT�TJN � RVF� PT� EPFOUFT� EF� DVJEBEPT� JOUFOTJWPT� RVF�EFTFOWPMWFN� EFMÓSJP � BQSFTFOUBN� VNB� QSPCBCJMJEBEF�EF� NPSUF� BPT� TFJT� NFTFT� USÐT� WF[FT� TVQFSJPS� FN�

SFMBÎÍP� BPT� RVF� OÍP� P� BQSFTFOUBN�� "TTJN� NFTNP �QPS� DBEB� EJB� BEJDJPOBM� DPN� EFMJSJVN � FTUJNB�TF�um aumento de 10% no risco de morte. O delirium BJOEB� FTUÈ� BTTPDJBEP� BP� BVNFOUP� OP� UFNQP� EF�JOUFSOBNFOUP� FN� $VJEBEPT� *OUFOTJWPT� F� OP� IPTQJUBM�F� BP� BQBSFDJNFOUP� EF� TFRVFMBT� QPUFODJBMNFOUF�JODBQBDJUBOUFT �OPNFBEBNFOUF�EJTGVOÎÍP�DPHOJUJWB�B�MPOHP�QSB[P��"�BVTÐODJB �EVSBOUF�NVJUPT�BOPT �EF�NÏUPEPT�WÈMJEPT�QBSB�P�EJBHOØTUJDP�FN�DPOUFYUP�EF�EPFOUFT�DSÓUJDPT �GF[�DPN�RVF�B�JNQPSUÉODJB�EP�EFMJSJVN�GPTTF�SFMBUJWJ[BEB��/P�FOUBOUP �FTUVEPT�SFDFOUFT�NPTUSBSBN�VNB�FMFWBEB�JODJEÐODJB �DIFHBOEP�B�WBMPSFT�B�QSØYJNPT�EF�����OP�DBTP�EF�EPFOUFT�TVCNFUJEPT�B�WFOUJMBÎÍP�NFDÉOJDB�²�QPS�UVEP�JTUP�RVF�IPKF�FN�EJB �P�EFMJSJVN�FN�EPFOUFT�DSÓUJDPT�Ï�SFDPOIFDJEP�DPNP�VN�QSPCMFNB�JNQPSUBOUF�"� BCPSEBHFN� OPT� EPFOUFT� DSÓUJDPT � QBTTB� QFMP�SFDPOIFDJNFOUP� EPT� EPFOUFT� FN� SJTDP � P� TDSFFOJOH�EJBHOØTUJDP � P� FTUBCFMFDJNFOUP� EF� NFEJEBT�QSFWFOUJWBT � B� BCPSEBHFN� UFSBQÐVUJDB� DPN�NFEJEBT�não farmacológicas e o tratamento farmacológico.Existem escalas adaptadas para despiste e diagnóstico em doentes de cuidados intensivos. As EVBT�NBJT�VUJMJ[BEBT�F� WBMJEBEBT� TÍP�BT�DPOIFDJEBT�como Confusion Assessment Method for the Intensive Care Unit (CAM-ICU) e Intensive Care Delirium Screening Checklist (ICDSC)."� QSFWBMÐODJB� EF� EFMJSJVN� BVNFOUB� RVBOEP� TF�procura o diagnóstico com a ferramenta diagnóstica BQSPQSJBEB��&N�VOJEBEFT�FN�RVF�OÍP�TF�FGFDUVB�VN�EFTQJTUF� BDUJWP� QPEFN�TF� QFSEFS� BUÏ� ��� �� ���� EPT�casos. "� BCPSEBHFN� UFSBQÐVUJDB� OÍP� GBSNBDPMØHJDB �nomeadamente a terapia física e ocupacional diminui a EVSBÎÍP�EP�EFMJSJVN�F�TVB�QSÈUJDB�EFWF�TFS�FODPSBKBEB�OBT�VOJEBEFT��"�NPCJMJ[BÎÍP�QSFDPDF�F�B�QSPNPÎÍP�EF�VN�TPOP�BEFRVBEP�QBSFDFN�BT�FTUSBUÏHJBT�NBJT�FmDB[FT�"� UFSBQÐVUJDB� DPN� GÈSNBDPT � USBEJDJPOBMNFOUF� JODMVJ�P� IBMPQFSJEPM� DPNP� GÈSNBDP� EF� QSJNFJSB� MJOIB�� 0T�BOUJQTJDØUJDPT� EF� TFHVOEB� HFSBÎÍP � TVSHJSBN� DPNP�alternativa para o tratamento do delírio e poderiam UFS� VN� NFMIPS� QFSmM� EF� TFHVSBOÎB�� /P� FOUBOUP� QPS�FORVBOUP� PT� FTUVEPT� BJOEB� BQBSFDFN� MJNJUBEPT� QPS�TFSFN�FGFDUVBEPT�FN�BNPTUSBT�EF�QFRVFOP�UBNBOIP��"�FWJEÐODJB�QBSB�P�VTP�EF�BOUJQTJDØUJDPT�QSPmMÈDUJDPT�no delírio em unidades intensivas ainda é fraca. A EFYNFEFUPNJEJOB� QPEFSÈ� TFS� ÞUJM� OB� TFEBÎÍP� EF�doentes com delirium.

Page 23: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 20 | 89

SALA 2

&RPR�PRQLWRUL]DU�D�GRU�QR�GRHQWH�FUtWLFRAurora Cadeco6-4".

"� EPS� F� P� TFV� SFDPOIFDJNFOUP� Ï� VN� QSPCMFNB� EPT�doentes em Unidades Cuidados intensivos (UCI). &TUVEPT� TVHFSFN� RVF� Ï� TVCFTUJNBEB� FN� DFSDB�de 70% dos doentes. Dor severa interfere com a mTJPMPHJB�$BSEJPWBTDVMBS� F�3FTQJSBUØSJB�QSFKVEJDBOEP�a recuperação do doente. 0� BMJWJP� EB� EPS� Ï� VNB� SFTQPOTBCJMJEBEF� ÏUJDB� F�QSPmTTJPOBM�� ²� EFmOJEB� mTJPMPHJDBNFOUF� DPNP� VNB�FYQFSJÐODJB� TFOTPSJBM� F� FNPDJPOBM� EFTBHSBEÈWFM�associada com atual ou potencial lesão tecidular.Em Cuidados Intensivos são muitas as potenciais causas de dor. A dor aguda pode estar relacionada DPN� B� MFTÍP� PV� EPFOÎB� RVF� NPUJWPV� B� BENJTTÍP�OP� TFSWJÎP � QPEF� TFS� DBVTBEB�� BHSBWBEB� QFMPT�procedimentos médicos/enfermagem de rotina ou QSØQSJP�BNCJFOUF��1BSB�PT�EPFOUFT�FN�HFSBM� JOUFSOBEPT�OP�IPTQJUBM� EF�i(PME�TUBOEBSEw�OB�BWBMJBÎÍP�EB�EPS�Ï�B�TVB�QSØQSJB�descrição. No Serviço de Cuidados Intensivos a DBQBDJEBEF� EPT� EPFOUFT� FN� WFSCBMJ[BS� F� EFTDSFWFS�B� TVB� EPS� Ï� EJmDVMUBEB� RVFS� QFMB� TVB� EPFOÎB� EF�CBTF� PV� QFMP� QSØQSJP� USBUBNFOUP� TFEBÎÍP�� "MHVOT�EPFOUFT�QPEFN�TFS�DBQB[FT�EF�BWBMJBS�B�EPS�NBT�OÍP�DPOTFHVFN�FYQSFTTÈ�MB�*OTUSVNFOUPT�EF�BWBMJBÎÍP�EB�EPS�FN�EPFOUFT�RVF�OÍP�WFSCBMJ[BN��/PT�EPFOUFT�DPOTDJFOUFT�NBT�JODBQB[FT�EF�GBMBS�DPN�PT�TFVT�DVJEBEPSFT �VNB�BMUFSOBUJWB�Ï�B�&TDBMB�7JTVBM�"OBMØHJDB�7"4��/PT�EPFOUFT�TFEBEPT�Ï�NBJT�EJGÓDJM�BWBMJBS�B�EPS�TFOEP�OFDFTTÈSJP�P�SFDVSTP�a métodos alternativos."�&TDBMB�$PNQPSUBNFOUBM�EB�%PS�#14�Ï�VNB�FTDBMB�PCTFSWBDJPOBM�EP�DPNQPSUBNFOUP�EP�EPFOUF�FN� USÐT�DBUFHPSJBT��&YQSFTTÍP�GBDJBM��.PWJNFOUP�EPT�NFNCSPT�TVQFSJPSFT�� 5PMFSÉODJB� È� WFOUJMBÎÍP� NFDÉOJDB�� "�#14� QFSNJUF� WJTVBMJ[BS� EJGFSFOUFT� DPNQPSUBNFOUPT�F� BUSJCVJS� VN� EFUFSNJOBEP� TDPSF�� "MUPT� TDPSFT� FTUÍP�associados a dor severa. O score total é calculado entre 3 e 12. Estudos têm considerado esta escala um NÏUPEP�TFHVSP�F�WÈMJEP�QBSB�B�BWBMJBÎÍP�EB�EPS�OPT�EPFOUFT�FN�BNCJFOUF�EF�$VJEBEPT�*OUFOTJWPT�6NB�FTDBMB�TJNJMBS�DPNQPSUBNFOUBM �Critical Care Pain Observation Tool� $105� JODMVJ� B� WFSCBMJ[BÎÍP� DPNP�categoria adicional comportamental. Pode ser aplicada B� EPFOUFT� FYUVCBEPT�� "MUFSBÎÜFT� FN� EFUFSNJOBEBT�QSÈUJDBT�OP�%PFOUF�$SÓUJDP�TÍP�JNQPSUBOUFT�OP�DPOUSPMP�da dor.A sedação farmacológica é avaliada pelas escalas EF�3BNTBZ�PV�3JDINPOE�"HJUBÎÍP�4FEBÎÍP�3"44��5SBEJDJPOBMNFOUF� FTUFT� EPFOUFT� FODPOUSBN�TF�

profundamente sedados tornando a avaliação da dor mais difícil e prolongando o tempo de internamento.5FN� TJEP� EFNPOTUSBEP� RVF� B� JOUFSSVQÎÍP� EJÈSJB� EB�TFEBÎÍP� QPEF� TFS� CFOÏmDP� OB� SFTPMVÎÍP� EFTUFT�constrangimentos. Privilegiar a analgesia recorrendo a menores níveis de sedação e respectiva interrupção TFNQSF�RVF�QPTTÓWFM� QPEF� TFS�CFOÏmDP��0�BMÓWJP�EB�EPS� SFEV[�TJHOJmDBUJWBNFOUF�P�TUSFTT �B�BOTJFEBEF�F�a agitação."�SFWJTÍP�EB�MJUFSBUVSB�TVHFSF�RVF�PT�EPFOUFT�OBT�6$*T�TPGSFN� GSFRVFOUFNFOUF�EF� USBUBNFOUP� JOTVmDJFOUF�EB�dor com efeitos potencialmente graves ."� BWBMJBÎÍP� EB� EPS� OFTUFT� EPFOUFT � JODMVJ� iWJTVBM�BOBMPHVF�QBJO�TDBMFw�7"4�QBSB�PT�EPFOUFT�JODBQB[FT�EF�GBMBS�F�B�iCFIBWJPVSBM�QBJOT�DBMFw�#14�F�iDSJUJDBM�DBSF� PCTFSWBUJPO� UPPM� i� $105� QBSB� QBDJFOUFT� DPN�OÓWFJT�EF�DPOTDJÐODJB�SFEV[JEPT�PV�TFEBEPT�"�NFMIPSJB�EBT�OPTTBT�QSÈUJDBT �BMUFSBOEP�SFHJNFT�EF�TFEBÎÍP�QSPNPWFOEP�B�JOUFSSVQÎÍP�EJÈSJB�EB�TFEBÎÍP�F� QSJWJMFHJBOEP� B� BOBMHFTJB�� TFEBÎÍP � QPTTJCJMJUB�QSPWBWFMNFOUF� VN�NFMIPS� SFDPOIFDJNFOUP� EB� EPS� F�DPOTFRVFOUFNFOUF�VN�NFMIPS�USBUBNFOUP���

Abordagem de um Doente THO

,PXQRVVXSUHVVmR�GH�LQGXomR�QR�7+2A. Otero Ferreiro6OJEBE� 5SBTQMBOUÏ� )FQBUJDP� �� $PNQMFYP� )PTQJUBMBSJP� EF� "�Corunã

- - - - - - - - - - -

&RPSOLFDo}HV�FLU~UJLFDV�QR�SyV�RS�LPHGLDWRJorge DanielCentro Hospitalar do Porto

- - - - - - - - - - -

,QGLFDo}HV�SDUD�WHUDSrXWLFD�DQWLI~QJLFD�QR�7+2A. Otero Ferreiro6OJEBE�5SBTQMBOU�)FQBUJDP���$)6"$�

&M� 5SBTQMBOUF� IFQÈUJDP� FT� FM� USBUBNJFOUP� EF� FMFDDJØO�EF�MB�EJTGVODJØO�IFQÈUJDB�UFSNJOBM��-B�BHSFTJWJEBE�EFM�QSPDFEJNJFOUP�RVJSÞSHJDP�Z� � MB�FTUBODJB�FO� MB�6OJEBE�de Críticos son factores de riesgo para desarrollar JOGFDDJPOFT�OPTPDPNJBMFT�CBDUFSJBOBT�Z�GÞOHJDBT�FO�FM�QPTU�USBTQMBOUF�JONFEJBUP��&M�QBUØHFOP�NÈT�JNQPSUBOUF�SFTQPOTBCMF�EF�MB�JOGFDDJØO�GÞOHJDB�FO�SFDFQUPSFT�EF�USBTQMBOUF� IFQÈUJDP� FT� $BOEJEB� TQQ� � SFQSFTFOUBOEP�

Page 24: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 21 | 89

C I P

VO� ���� EF� UPEBT� MBT� JOGFDDJPOFT� GÞOHJDBT�� "VORVF�MB� JODJEFODJB� EF� BTQFSHJMPTJT� JOWBTJWB� FT� NFOPS � TF�asocia a una alta mortalidad en estos pacientes. -B� JODJEFODJB�EF� JOGFDDJØO� GÞOHJDB� JOWBTPSB�EFTQVÏT�EF�VO�USBTQMBOUF�IFQÈUJDP�FT�NVZ�WBSJBCMF�EFQFOEJFOEP�EF�MBT�TFSJFT�������QFSP�IB�EJTNJOVJEP�FO�MPT�ÞMUJNPT�B×PT� EFCJEP� B� MB� NFKPSÓB� FO� MB� UÏDOJDB� RVJSÞSHJDB �B� MB� BQBSJDJØO� EF� OVFWPT� JONVOPTVQSFTPSFT� NÈT�FTQFDÓmDPT�Z�B�MB�BQMJDBDJØO�BEFDVBEB�EF�MB�QSPmMBYJT�antifúngica. Existen dos estrategias para prevenir la infección fúngica en pacientes trasplantados: la QSPmMBYJT� VOJWFSTBM� Z� MB� QSPmMBYJT� EJSJHJEB� B� BRVFMMPT�QBDJFOUFT� DPO� NBZPS� SJFTHP� EF� QSFTFOUBS� EJDIB�DPNQMJDBDJØO�� -B� NFKPS� FTUSBUFHJB� FT� MB� QSPmMBYJT�dirigida. -PT�GBDUPSFT�EF�SJFTHP�QBSB�QSFTFOUBS�JOGFDDJØO�GÞOHJDB�invasora por aspergilus son: 1.-Necesidad de terapia TVTUJUVUJWB� SFOBM� FO� QPTU�USBTQMBOUF�� ���5SBTQMBOUF�IFQÈUJDP� VSHFOUF� QPS� *)"(�� ���3F�MBQBSPUPNÓB� FO�

QPTU�PQFSBUPSJP� JONFEJBUP�� ���"MUPT� SFRVFSJNJFOUPT�USBTGVTJPOBMFT� EVSBOUF� MB� DJSVHÓB� P� FO� QPTPQFSBUPSJP�����*OTVmDJFODJB� SFOBM� QPTU�USBTQMBOUF�� ���%FSJWBDJØO�CJMJBS� FO� GPSNB� EF� IFQÈUJDP�ZFZVOPTUPNÓB�����$PMPOJ[BDJØO�TVQFSmDJBM�-PT�GBDUPSFT�EF�SJFTHP�JEFOUJmDBEPT�QBSB�DBOEJEJFNJB�FO� FM� USBTQMBOUF� IFQÈUJDP� TPO� MB� IJQFSHMVDFNJB� Z� MB�FYQPTJDJØO�B�UST�Ø�NÈT�BOUJCJØUJDPT��&O� FM� BSTFOBM� EF� GÈSNBDPT� BOUJGÞOHJDPT� RVF� QVFEFO�VTBSTF� QBSB� MB� QSPmMBYJT� EF� JOGFDDJØO� GÞOHJDB� DPO�USBTQMBOUF� IFQÈUJDP� IBZ� USFT� HSVQPT�� MPT� B[PMFT � MB�BOGPUFSJDJOB�#�Z�MBT�DBOEJOBT�

6XSRUWH�KHSiWLFR�FRP�FLWUDWRAchim Jörres$IBSJUÏ���6OJWFSJUÊUTNFEJ[JO�#FSMJO���(FSNBOZ

- - - - - - - - - - -

sala 2 | dia 4 de fevereiro

Monitorização e Tratamento do Doente Neurocrítico em Cuidados Intensivos

0RQLWRUL]DomR�GD�3WL2��H�ÁX[R�VDQJXtQHR�FHUHEUDOElisabete Monteiro$FOUSP�)PTQJUBMBS�EF�4ÍP�+PÍP

- - - - - - - - - - -

+LSHUWHQVmR�LQWUDFUDQHDQD�UHIUDFWiULDJuan Sahuquillo)PTQJUBM�EF�7BMM�E})FCSPO���#BSDFMPOB

- - - - - - - - - - -

0RQLWRUL]DomR� GD� DFWLYLGDGH� HSLOpSWLFD� H� VXD�DERUGDJHP�WHUDSrXWLFDRicardo Rego$FOUSP�)PTQJUBMBS�EF�4ÍP�+PÍP

- - - - - - - - - - -

$ERUGDJHP�GDV�HPHUJrQFLDV�QHXURFLU~UJLFDVIsabel RibeiroCentro Hospitalar do Porto

- - - - - - - - - - -

Doente Neurocrítico em Cuidados Intensivos

'HVDÀRV� GD� PRGHUQD� QHXURUUDGLRORJLD� GH�LQWHUYHQomR� �� SURFHGLPHQWRV� H� LPSOLFDo}HV� QR�PDQHMR�GH�FRPSOLFDo}HVJoão XavierCentro Hospitalar do Porto

- - - - - - - - - - -

(VWDGR�GD�DUWH�GR�WUDWDPHQWR�GR�7&(�JUDYH6RÀD�6LOYD

$FOUSP�)PTQJUBMBS�EF�4ÍP�+PÍP

- - - - - - - - - - -

1HXURPRQLWRUL]DomR�PXOWLPRGDOJuan Sahuquillo)PTQJUBM�EF�7BMM�E})FCSPO���#BSDFMPOB��

- - - - - - - - - - -

7UDWDPHQWR� GR� GRHQWH� QHXURFUtWLFR� HP� XQLGDGHV�GHGLFDGDV�YHUVXV�SROLYDOHQWHPedro AmorimCentro Hospitalar do Porto

- - - - - - - - - - -

Page 25: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 22 | 89

SALA 2

Cuidados de Fim de Vida em Medicina Intensiva

/LPLWDomR�WHUDSrXWLFD�QR�GRHQWH�FUtWLFRF. J. Blanco SierraHospital Quiron Coruna

-B� -JNJUBDJØO� EFM� &TGVFS[P� 5FSBQÏVUJDP� -&5� FT� VO�UÏSNJOP�BDV×BEP�QPS�MPT�GBDVMUBUJWPT�EF�MBT�6OJEBEFT�EF� $SÓUJDPT� VOJWFSTBMNFOUF� SFDPOPDJEP � BVORVF� FO�MB� EJTQBSJEBE� EF� MB� EFmOJDJØO � PUSPT� FTQFDJBMJTUBT�MP� QPESÓBO� DPOTJEFSBS� QFMMPSBUJWP� FNQMFBOEP � DPNP�UÏSNJOPT�BMUFSOBUJWPT�B�MB�-&5 �FM�EF�wBKVTUF�ØQUJNP�EF�USBUBNJFOUPw�RVF� JODMVZF�VOB�PQDJØO�B� MBT�NFEJEBT�Z�B�MPT�PCKFUJWPT�UFSBQÏVUJDPT�EFM�NPNFOUP�BQMJDBEBT�BM�QBDJFOUF�DSÓUJDP�FO�SFGFSFODJB�B�OP�B×BEJS�P�MJNJUBS�MBT�medidas terapéuticas.#ÈTJDBNFOUF� MB� -&5� TF� SFmFSF� QPS� UBOUP� B� OP� JOJDJBS�NFEJEBT�UFSBQÏVUJDBT�Z�P�SFUJSBS �FO�FM�QBDJFOUF�DSÓUJDP �USBUBNJFOUPT� FTQFDÓmDPT� CBTBEPT� FO� RVF� EJDIBT�NFEJEBT�OP�WBO�B�BQPSUBS�CFOFmDJPT�BM�QBDJFOUF�0USP�EF� MPT�BTQFDUPT�CÈTJDPT�EF� MB�-&5�FT�RVJÏO�WB�B�UPNBS� MB�EFDJTJØO�EF�TV�BQMJDBDJØO�Z�FO�FTUP� KVFHB�VO�QBQFM�JNQPSUBOUF�FM�RVF�FM�QSPQJP�QBDJFOUF�QVFEB�decidir por sí mismo o no esté capacitado para tomar EJDIB� EFDJTJØO� FO� EPOEF� FOUSBSÓBO� B� UPNBS� QBSUF�BTQFDUPT� UBMFT�DPNP�FM� UFTUBNFOUP� WJUBM �$PNJUÏT�EF�#JPÏUJDB�Z�PUSPT�BTQFDUPT�MFHBMFT�FO�MP�SFGFSFOUF�B�TV�aplicación.&TUVEJBSFNPT � UBNCJÏO � FM� MMBNBEP� KVJDJP� EF�proporcionalidad donde la proporcionalidad en USBUBNJFOUP�UJFOF�RVF�TFS�QBSBMFMP�B�MB�GVUJMJEBE�%JTUJOHVJSFNPT� FO� MBT� EFmOJDJPOFT� MPT� UÏSNJOPT� EF�FVUBOBTJB �EJTUBOBTJB�Z�PSUPUBOBTJB�4JFNQSF�FYJTUJSÈ�VO�QSJODJQJP�ÏUJDP�EF�QSPQPSDJPOBMJEBE�UFSBQÏVUJDB�RVF�DPOMMFWF�VOB�DPOEVDUB�EFM�GBDVMUBUJWP�BEFDVBEB�B�MPT�QBDJFOUFT�FO�FM�mOBM�EF�MB�WJEB �TJFOEP�ÏTUB� MB� RVF� SFTQFUB� FM� EFCFS� NPSBM� EF� QSFTFSWBS�MB� TBMVE� Z� MB� WJEB� Z�QPS� PUSB�QBSUF� FM� EFCFS� ÏUJDP�EF�BDFQUBS� MB� NVFSUF � MP� RVF� OPT� EFmOF� RVF� FYJTUF� VO�DSJUFSJP�ÏUJDP�RVF�QFSNJUF�MJNJUBS�P�OP�FM�USBUBNJFOUP�FO�FM�QBDJFOUF�QPOJFOEP�FO�MB�CBMBODB�BRVFMMBT�NFEJEBT�RVF�TPO�PCMJHBUPSJBT�Z�PUSBT�NFEJEBT�RVF�OP�MP�TPO��"OBMJ[BSFNPT�MPT�BTQFDUPT�MFHBMFT�EF�MB�BQMJDBDJØO�EF�MB� -&5 � UBOUP� B� OJWFM� EFM� &TUBEP�&TQB×PM� DPNP�EF� MB�$PNVOJEBE�"VUØOPNB�(BMMFHB�4JFNQSF �BOUFT�EF�MB�BQMJDBDJØO�Z�QSPQPSDJPOBMJEBE�EF�MBT�NFEJEBT�B�UPNBS�FO�FM�QBDJFOUF�DSÓUJDP �UFOESFNPT�FO� DVFOUB�� $FSUF[B� EFM� EJBHOØTUJDP�� 2VÏ� CFOFmDJPT�Z� SJFTHPT� TVQPOF� MB� BQMJDBDJØO� EF� VO� USBUBNJFOUP��4PO� ÞUJMFT� MBT� NFEJEBT� BQMJDBEBT�� &YJTUFO� SJFTHPT�EF� FGFDUPT� BEWFSTPT�� $JSDVOTUBODJBT� DPODSFUBT� EFM�QBDJFOUF� DSÓUJDP�� 7PMVOUBE� EFM� QBDJFOUF�� 5FTUBNFOUP�WJUBM�� $PTUPT� Z� DBSHBT� GÓTJDBT� QTJDPMØHJDBT � NPSBMFT �GBNJMJBSFT��1SPOØTUJDP�EFM�QBDJFOUF�

7HVWDPHQWR�YLWDO��R�TXH�DOWHUD Paulo MaiaCentro Hospitalar do Porto

- - - - - - - - - - -

2�GRHQWH�SDOLDWLYR�WHP�OXJDU�QD�8&,Edna Gonçalves$FOUSP�)PTQJUBMBS�EF�4ÍP�+PÍP

- - - - - - - - - - -

O Doente com Acidente Vascular Cerebral

$ERUGDJHP�LQLFLDORui FelgueirasCentro Hospitalar do Porto

- - - - - - - - - - -

7UDWDPHQWR�HQGRYDVFXODUJosé Pedro R. PereiraCentro Hospitalar do Porto

- - - - - - - - - - -

&RQWUROR�GH�WHPSHUDWXUDPaulo MaiaCentro Hospitalar do Porto

- - - - - - - - - - -

Page 26: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 23 | 89

CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA

SALA 3

sala 3 | dia 3 e 4 de fevereiro

Page 27: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 24 | 89

SALA 3

Síndrome cardiorenal: estado da arteJoão PimentelNefrologia - Hospital de S. António, Centro Hospitalar do Porto

Apesar do avanço terapêutico a mortalidade dos EPFOUFT�DPN� *OTVmDJÐODJB�DBSEÓBDB�EFTDPNQFOTBEB�continua elevada mortalidade intra hospitalar 4 % ; reinternamentos aos 30 dias 23 % e mortalidade aos 6 meses 20 %Há um número importante de interacções entre doença DBSEÓBDB�F�SJN��"�EJTGVOÎÍP�BHVEB�PV�DSØOJDB�EF�VN�ØSHÍP�MFWB�B�EJTGVOÎÍP�EP�PVUSP�"�NPSUBMJEBEF�EPT�EPFOUFT�DPN�*OTVmDJÐODJB�DBSEÓBDB�BVNFOUB� TF� mMUSBÎÍP� HMPNFSVMBS� FTUJWFS� EJNJOVÓEB�� "�QSJODJQBM� DBVTB� EF� NPSUF� OPT� EPFOUFT� JOTVmDJFOUFT�renais crónicos é cardiovascular.7ÈSJPT�NFDBOJTNPT�DPOUSJCVFN�QBSB�B�EJNJOVJÎÍP�EB�GVOÎÍP�SFOBM�OPT��EPFOUF�DPN�JOTVmDJÐODJB�DBSEÓBDB �JODMVJOEP�BEBQUBÎÜFT�OFVSP�IPSNPOBJT �EJNJOVJÎÍP�EB�QFSGVTÍP� SFOBM � BVNFOUP� EB� QSFTTÍP� OB� WFJB� SFOBM� F�EJTGVOÎÍP�EP�WFOUSÓDVMP�EJSFJUP&N������$MÈVEJP�3PODP�EFmOF�VNB�DMBTTJmDBÎÍP�QBSB�P�4��$BSEJP�3FOBM�4$3��5JQP���JOTVmDJÐODJB�DBSEÓBDB�BHVEB� MFWB� B� MFTÍP� SFOBM� BHVEB�� 5JQP� ��� EJTGVOÎÍP�DBSEÓBDB�DSØOJDB�DBVTB�EPFOÎB�SFOBM�DSØOJDB��5JQP����MFTÍP�SFOBM�BHVEB�PV�SBQJEBNFOUF�QSPHSFTTJWB�DBVTB�JOTVmDJÐODJB� DBSEÓBDB� BHVEB�� 5JQP� �� o� EPFOÎB� SFOBM�DSØOJDB� DPOUSJCVJ� QBSB� EJTGVOÎÍP� DBSEÓBDB�� 5JQP� ���Doenças agudas ou crónicas ( por exemplo sépsis ou EJBCFUFT�DBVTBN�EPFOÎB�DBSEÓBDB�F�SFOBM�/PT� EPFOUFT� DPN� *OTVmDJÐODJB� DBSEÓBDB�EFTDPNQFOTBEB � TÍP� GBDUPSFT� EF� SJTDP� QBSB�BHSBWBNFOUP� EB� GVOÎÍP� SFOBM� o� IJTUØSJB� QSÏWJB� EF�JOTVmDJÐODJB�DBSEÓBDB�PV�EJBCFUFT �DSFBUJOJOB�TVQFSJPS�B�� ��NH�EM�OB�EBUB�EF�BENJTTÍP�F�)5"�OÍP�DPOUSPMBEB�Nos doentes com aumento de creatinina é importante EJTUJOHVJS�FOUSF�EPFOÎB�SFOBM�QSÏWJB�F�EJTGVOÎÍP�SFOBM�EFWJEB�B�TÓOESPNF�DBSEJP�SFOBM�"� EJNJOVJÎÍP� EB� mMUSBÎÍP� HMPNFSVMBS� EVSBOUF�USBUBNFOUP�EF�JOTVmDJÐODJB�DBSEÓBDB�FTUÈ�BTTPDJBEB�B�aumento da mortalidade. Diuréticos IV continuam a ser primeira linha nos doentes com ICC descompensada. Mas por outro lado o prognóstico dos doentes melhora com USBUBNFOUP� BHSFTTJWP� EB� SFNPÎÍP� EF� FYDFTTP� EF�MÓRVJEPT �NFTNP� TF� BDPNQBOIBEP�QPS� BVNFOUP� EPT�WBMPSFT�EF�DSFBUJOJOB�TVHFSJOEP�RVF�PT�4$3�UJQP���F�UJQP���UFN�DPNQPOFOUFT�SFWFSTÓWFJT�

Lesão Renal Aguda no Doente Crítico

'HÀQLomR�H�QRYRV�PDUFDGRUHV�GH�/5$Ana Cristina RochaNefrologia - Hospital de S. António, Centro Hospitalar do Porto

"�-FTÍP�3FOBM�"HVEB�-3"�Ï�VNB�JNQPSUBOUF�DBVTB�EF�NPSCJNPSUBMJEBEF�OP�EPFOUF�DSÓUJDP �DPN�B�OPÎÍP�TVDFTTJWBNFOUF� DSFTDFOUF� EF� RVF� P� EPFOUF� DSÓUJDP�iNPSSF�EF�-3"�F�OÍP�BQFOBT�DPN�-3"w�$SJUÏSJPT�SFDFOUFT�EF�DPOTFOTP�TPCSF�B�TVB�EFmOJÎÍP�F� DMBTTJmDBÎÍP� QFSNJUFN� VNB� FTUJNBUJWB� NBJT�consistente da sua epidemiologia. Os critérios de 3*'-&� JOUSPEV[JSBN� PT� DPODFJUPT� EF� SJTDP � MFTÍP �falência, perda e doença terminal, eliminando a antiga EFmOJÎÍP�EF�JOTVmDJÐODJB�SFOBM�BHVEB�DPN�B�BEPQÎÍP�EB�OPNFODMBUVSB�EF�-3" �FODBSBEB�OÍP�BQFOBT�DPNP�VNB� EPFOÎB� ÞOJDB� NBT� DPNP� VN� TÓOESPNF� DPN�compromisso multiorgânico. Seguiram-se os critérios ",*/�F�NBJT�SFDFOUFNFOUF�PT�DSJUÏSJPT�EB�,%*(0�RVF�combinam os prévios.&TUBT� EFmOJÎÜFT� CBTFJBN�TF� OPT� CJPNBSDBEPSFT�tradicionais, a diurese e a creatinina, sendo esta ÞMUJNB�VNB� SFnFYÍP� UBSEJB�F� JOEJSFDUB�EP�EBOP� SFOBM �JOnVFODJBEB�QPS�VN�DPOKVOUP�EF�PVUSPT� GBDUPSFT�RVF�se tornam mais evidentes em cuidados intensivos.4VSHF�FOUÍP�B�QSPDVSB�QFMP�CJPNBSDBEPS�JEFBM�BMJBEB�B�VN�EFTFOWPMWJNFOUP�OB�ÈSFB�EB�QSPUFØNJDB �OÍP�TØ�sérica, mas sobretudo urinária.0� CJPNBSDBEPS� JEFBM� TFSÈ� BRVFMF� RVF� QSFEJ[� F�EJBHOPTUJDB� B� -3" � JEFOUJmDB� P� MPDBM� EB� MFTÍP � P�UJQP� F� B� FUJPMPHJB� EB� MFTÍP � QSFEJ[� QSPHOØTUJDP� F�QFSNJUF� P� JOÓDJP� F� NPOJUPSJ[BÎÍP� EF� JOUFSWFOÎÜFT�UFSBQÐVUJDBT�� &ODPOUSBS� VN� CJPNBSDBEPS� ÞOJDP� RVF�DVNQSB�FTUFT�SFRVJTJUPT�TPB�B�VUPQJB��"�DPNCJOBÎÍP�EF� CJPNBSDBEPSFT� FN� BTTPDJBÎÍP� DPN� B� IJTUØSJB�DMÓOJDB� F� EBEPT� PCKFDUJWPT� QPEF� UBMWF[� GPSOFDFS� B�NFMIPS�JOGPSNBÎÍP�EJBHOØTUJDB�F�QSPHOØTUJDB��&NCPSB�durante a última década tenha havido um progresso considerável na descoberta e desenvolvimento de biomarcadores na doença renal, com uma literatura DSFTDFOUF� FN� SFMBÎÍP� Ë� TVB�performance em vários FTUVEPT� DMÓOJDPT � FYJTUF� VNB� JOGPSNBÎÍP� MJNJUBEB� FN�SFMBÎÍP�BP�TFV�VTP�QFMPT�DMÓOJDPT�QBSB�USBUBS�EPFOUFT�com LRA.

3UHYHQomR�GD�QHIURSDWLD�GH�FRQWUDVWHLuís Coentrão$FOUSP�)PTQJUBMBS�EF�4ÍP�+PÍP

- - - - - - - - - - -

sala 3 | dia 3 de fevereiro

Page 28: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 25 | 89

C I P

6tQGURPH�KHSDWRUHQDO��FRPR�DERUGDU"2�SRQWR�GH�YLVWD�GR�QHIURORJLVWD�

Cristina FreitasCentro Hospitalar do Porto

- - - - - - - - - - -

6tQGURPH�KHSDWRUHQDO��FRPR�DERUGDU"2�SRQWR�GH�YLVWD�GR�JDVWURHQWHURORJLVWD

José Manuel FerreiraGastroenterologia - H. S. António, Centro Hospitalar do Porto

0� TÓOESPNF� IFQBUPSSFOBM� 4)3� Ï� VN� TÓOESPNF�QPUFODJBMNFOUF� SFWFSTÓWFM� RVF� PDPSSF� FN� EPFOUFT�DPN�DJSSPTF �BTDJUF�F�JOTVmDJÐODJB�IFQÈUJDB �F�RVF�TF�DBSBDUFSJ[B�QPS�BMUFSBÎÜFT�EB�GVOÎÍP�SFOBM �BMUFSBÎÜFT�marcadas cardiovasculares e actividade aumentada dos sistemas nervoso simpático e da renina-angiotensina.0� 4)3� DBSBDUFSJ[B�TF� QPS� VNB� JOTVmDJÐODJB� SFOBM�GVODJPOBM�EFWJEB�B�WBTPDPOTUSJÎÍP�EBT�BSUÏSJBT�SFOBJT�DPN�GVOÎÍP�UVCVMBS�QSFTFSWBEB�F�BVTÐODJB�EF�BMUFSBÎÜFT�IJTUPMØHJDBT�TJHOJmDBUJWBT��"�WBTPEJMBUBÎÍP�TFWFSB�EBT�BSUÏSJBT�FTQMÉODOJDBT�BTTPDJBEB�Ë�)JQFSUFOTÍP�QPSUBM�MFWB�B�VNB�EJNJOVJÎÍP�EP�WPMVNF�EF�TBOHVF�BSUFSJBM�FGFDUJWP� F� EB� 5FOTÍP� BSUFSJBM � DPN� BDUJWBÎÍP� EPT�sistemas vasoconstrictores como o sistema nervoso simpático e o sistema da renina-angiotensina e, em FTUBEJPT�NBJT�UBSEJPT �IJQFSTFDSFÎÍP�OÍP�PTNØUJDB�EF�vasopressina. Quando os sistemas vasoconstrictores TÍP� JOUFOTBNFOUF� BDUJWBEPT� PDPSSF� WBTPDPOTUSJÎÍP�SFOBM� DPN� EJNJOVJÎÍP� EB� mMUSBÎÍP� HMPNFSVMBS� F�desenvolvimento do SHR.O SHR pode ocorrer espontaneamente mas GSFRVFOUFNFOUF�BTTPDJB�TF�B�VN�GBDUPS�EFTFODBEFBEPS �VTVBMNFOUF�VNB�JOGFDÎÍP�CBDUFSJBOB�Há duas formas de SHR. A de tipo 1 caracteriza-se por VNB� SFEVÎÍP� BHVEB� F� QSPHSFTTJWB� EB� GVOÎÍP� SFOBM��/B�EF� UJQP�� �B� JOTVmDJÐODJB� SFOBM�Ï�NFOPT�TFWFSB�F�mais estável e manifesta-se usualmente como ascite refractária.0T� EPFOUFT� TFN� DPOUSB�JOEJDBÎÍP� EFWFN� TFS�priorizados para transplante hepático. Transplante duplo, hepático e renal, considera-se nos doentes DPN� USBUBNFOUP�EF� TVCTUJUVJÎÍP� SFOBM� QSPMPOHBEP��0�uso de vasoconstrictores (terlipressina, noradrenalina, midodrina) associado a albumina pode reverter o SHR e aumentar a sobrevida. Dos vasoconstrictores, o mais BWBMJBEP�Ï�B�UFSMJQSFTTJOB�RVF �BTTPDJBEP�Ë�BMCVNJOB �SFWFSUF�P�4)3�UJQP���FN���������EPT�EPFOUFT��BQØT�TVTQFOTÍP�EB� UFSBQÐVUJDB �P�4)3�SFDPSSF�FN�NFOPT�EF������EPT�EPFOUFT�F�OFTUFT �VN�TFHVOEP�USBUBNFOUP�Ï� VTVBMNFOUF� FmDB[�� $PNQMJDBÎÜFT� JTRVÏNJDBT�podem surgir com o uso da terlipressina. Terapêutica EF� TVCTUJUVJÎÍP� SFOBM� UFN� TJEP� VTBEB� FN� EPFOUFT�

com SHR tipo 1 particularmente em candidatos a 5SBOTQMBOUF�)FQÈUJDP��²�VNB�PQÎÍP�QBSB�EPFOUFT�OÍP�SFTQPOEFEPSFT�B�WBTPDPOTUSJDUPSFT�F�RVF�BQSFTFOUBN�sinais de uremia, sobrecarga de volume, acidose metabólica severa ou hipercaliémia. TIPS pode ser considerado em doentes seleccionados.

Doente Crítico e sua Interacção com a Anestesia

3HUIXVmR� GH� ORQJD� GXUDomR� GH� KLSQyWLFRV��FRPSOLFDo}HVPedro MoreiraCentro Hospitalar do Porto

"� TFEBÎÍP� OP� DPOUFYUP� EP� EPFOUF� DSÓUJDP� QPEF� TFS�JOTUJUVÓEB�DPN�WÈSJPT�PCKFDUJWPT � DPNP�P�DPOGPSUP�EP�EPFOUF �BOTJØMJTF�F�BNOÏTJB �EJNJOVJÎÍP�EB� SFTQPTUB�BVUPOØNJDB� F� IFNPEJOÉNJDB� BP� TUSFTT � SFEVÎÍP�EP� DPOTVNP� EF� PYJHÏOJP � GBDJMJUBÎÍP� EB� WFOUJMBÎÍP�NFDÉOJDB� PV� QBSB� SFBMJ[BÎÍP� EF� EFUFSNJOBEPT�procedimentos de diagnóstico ou terapêutica."� TFEBÎÍP� FN� 6OJEBEFT� EF� $VJEBEPT� *OUFOTJWPT�6$*�Ï�VN�QSPCMFNB�DPNQMFYP�F�UPEBT�BT�FTUSBUÏHJBT�terapêuticas existentes têm potencialmente efeitos BEWFSTPT� JNQPSUBOUFT�� 1SPQPGPM� F� .JEB[PMBN� TÍP�PT� IJQOØUJDPT� NBJT� VUJMJ[BEPT� FN� 6$* � OP� FOUBOUP�PVUSPT�BHFOUFT�FTUÍP�EJTQPOÓWFJT�DPN�QFSmT�EJTUJOUPT �como a Cetamina ou a Dexmedetomidina. Quando JOTUJUVÓEB� TFEBÎÍP � Ï� FTTFODJBM� RVF� PT� QSPmTTJPOBJT�de saúde saibam reconhecer e tratar atempadamente PT� QPUFODJBJT� FGFJUPT� MBUFSBJT� FTQFDÓmDPT� EP� BHFOUF�sedativo escolhido."�VUJMJ[BÎÍP�EF�QFSGVTÜFT�QPS�MPOHPT�QFSÓPEPT�BDBSSFUB�SJTDPT� TJHOJmDBUJWPT� EF� TPCSFTFEBÎÍP � BVNFOUP� EP�UFNQP� EF� WFOUJMBÎÍP� NFDÉOJDB � BVNFOUP� EP� UFNQP�EF�JOUFSOBNFOUP�FN�6$*�F�BVNFOUP�EB�NPSCJMJEBEF�F�NPSUBMJEBEF���"�NPOJUPSJ[BÎÍP�BEFRVBEB�EPT�OÓWFJT�EF�TFEBÎÍP�EFWF�TFS�JOTUJUVÓEB�EF�GPSNB�B�NJOJNJ[BS�FTUFT�SJTDPT��"�TFEBÎÍP�EFWF�TFS�UJUVMBEB�ËT�OFDFTTJEBEFT�EF� DBEB� EPFOUF� F� B� TVTQFOTÍP� EJÈSJB� EB� TFEBÎÍP�EFWF�TFS�JNQMFNFOUBEB�TFNQSF�RVF�QPTTÓWFM�O conhecimento de conceitos básicos de farmacocinética e farmacodinâmica é fundamental QBSB� NBOVTFBS� DPSSFDUBNFOUF� PT� GÈSNBDPT� RVF�TF� FODPOUSBN� EJTQPOÓWFJT�� 0� FGFJUP� EPT� GÈSNBDPT�EFQFOEF�EB�DPODFOUSBÎÍP�OP�ØSHÍP�BMWP �OP�DBTP�EPT�hipnóticos o cérebro. A tecnologia de Target Controlled Infusion (TCI) é utilizada em Anestesia pela maioria dos BOFTUFTJTUBT�RVF�VUJMJ[B�B�"OFTUFTJB� *OUSBWFOPTB� �F�P�seu interesse no contexto de Cuidados Intensivos tem vindo a crescer. Estes dispositivos utilizam modelos

Page 29: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 26 | 89

SALA 3

GBSNBDPDJOÏUJDPT� QBSB� NBOUFS� VNB� DPODFOUSBÎÍP�DPOTUBOUF� EPT� GÈSNBDPT� OP� ØSHÍP�BMWP � GB[FOEP�WBSJBS� B� WFMPDJEBEF� EF� JOGVTÍP� BP� MPOHP� EP� UFNQP��Permitem ainda fazer variar de forma mais rápida e QSFWJTÓWFM�B�DPODFOUSBÎÍP�EPT�GÈSNBDPT �BKVTUBOEP�ËT�necessidades sedativas de diferentes momentos. &TUB� BQSFTFOUBÎÍP� WJTB� GB[FS� VN� SFTVNP� EBT�FTUSBUÏHJBT�GBSNBDPMØHJDBT�EJTQPOÓWFJT�QBSB�TFEBÎÍP�FN�6$*�F�EPT�TFVT�FGFJUPT�MBUFSBJT �BCPSEBS�PT�QSJODÓQJPT�básicos de farmacocinética dos hipnóticos e discutir FTUSBUÏHJBT�EF�QSFWFOÎÍP�EPT�FGFJUPT�JOEFTFKBEPT�

,QGLFDo}HV�SDUD�3yV�2S�GH�FXLGDGRV�LQWHQVLYRV���2�TXH�PXGRX"Rui Filipe Oliveira Lima FarinhaServiço de Anestesiologia - HSA, Centro Hospitalar do Porto

Patients who undergo high-risk non-cardiac surgical procedures represent a large proportion of admissions UP�JOUFOTJWF�DBSF�VOJUT�*$6T�JO�UIF�EFWFMPQFE�XPSME��Ideally, surgeons, anesthesiologists, and intensivists BENJUUJOH�TVSHJDBM�QBUJFOUT�UP�*$6T�UBSHFU�UIF�QBUJFOUT�XIP�XJMM� CFOFmU�NPTU� GSPN� UIJT� IJHIFTU� MFWFM� PG� QPTU�operative care. However, accurately identifying which patients are at high risk of complications or death after NBKPS�TVSHFSZ�SFNBJOT�EJGmDVMU��Postoperative outcomes are a result of the complex interplay between the previous health of the patient, the exact general surgical procedure performed, and TQFDJmD� JOUSB� BOE� QPTUPQFSBUJWF� FWFOUT�� 0VUDPNFT�NBZ� BMTP� CF� JOnVFODFE� CZ� BTQFDUT� PG� UIF� QBSUJDVMBS�healthcare system, such as the surgical procedure volume at different hospitals, as well as care options, such as the availability and suitable use of intensive care beds. Appropriate triage of patients to intensive care postoperatively may have a large impact on outcomes after non-cardiac surgery. The aim of this work is to review the patient factors and scoring systems EFWFMPQFE� UP� IFMQ� XJUI� USJBHF � EFTDSJCF� DVSSFOU� *$6�triage recommendations for postsurgical patients, and identify potential ways to improve evaluation and management of high-risk postoperative patients.

&RPR� RSWLPL]DU� XPD� HQWXEDomR� QXP� GRHQWH�FUtWLFR"Nádia GuimarãesSCI - Centro Hospitalar do Porto, HSA

"� FOUVCBÎÍP� FOEPUSBRVFBM� &&5� Ï� VN� EPT�QSPDFEJNFOUPT� NBJT� GSFRVFOUFT� FN� 6OJEBEFT� EF�$VJEBEPT� *OUFOTJWPT� 6$*�� $POUVEP � OVN� OÞNFSP�TJHOJmDBUJWP� EF� &&5 � PDPSSFN� DPNQMJDBÎÜFT� RVF�

podem ser ameaçadoras da vida, tornando este procedimento numa das causas mais comuns de emergências da via aérea.Em contraste com o ambiente e condições controladas EP�CMPDP�PQFSBUØSJP� #0 �B�CBJYB� SFTFSWB�mTJPMØHJDB�F� JOTUBCJMJEBEF�EP� EPFOUF� DSÓUJDP � B� TVCBWBMJBÎÍP� EB�WJB� BÏSFB� F� VNB�NÈ� SFTQPTUB� B� QSÏ�PYJHFOBÎÍP� TÍP�dos principais factores de elevada ocorrência de complicações como a hipoxemia severa e a falência DBSEJPWBTDVMBS�RVF�QPEFSÍP�MFWBS�B�EBOPT�JSSFWFSTÓWFJT�F�PV� NPSUF�� 5BNCÏN� P� CBJYP� VTP� EF� NFEJDBÎÍP�GBDJMJUBEPSB�EB�&&5�QFMP�SFDFJP�EBT�TVBT�DPOTFRVÐODJBT�adversas, nomeadamente hemodinâmicas, é um factor a ter em conta. &TUVEPT�UÐN�EFNPOTUSBEP�RVF�FTUSBUÏHJBT�F�guidelines usadas para EET programada no BO podem ser FYUSBQPMBEBT�F�BEBQUBEBT�QBSB�VTP�FN�6$*�0�QSPDFEJNFOUP�EF�&&5�EFWF�UFS�FN�DPOUB�OÍP�TØ�P�manuseio da via aérea mas também deve antecipar F�BKVTUBS�NFEJEBT�QBSB�PQUJNJ[BS�B�QSÏ�PYJHFOBÎÍP �P�estado hemodinâmico, ventilatório e neurológico do EPFOUF�DSÓUJDP��Existe a necessidade de implementar um protocolo de FOUVCBÎÍP�OP�NBOVTFJP�EB� WJB�BÏSFB�OBT�6$*��6NB�das estratégias centrais deverá passar por considerar UPEBT� BT� &&5� DPNP� QPUFODJBMNFOUF� EJGÓDFJT� F� DPN�elevado risco de complicações. A aderência a um QMBOP �DPN�B�JODPSQPSBÎÍP�EF�BEKVWBOUFT�EB�WJB�BÏSFB�F�JOUVCBÎÍP �Ï�GVOEBNFOUBM��"�FYJTUÐODJB�EF�VN�DBSSP�EF�WJB�BÏSFB�EJGÓDJM�DPN�VNB�CPB�PSHBOJ[BÎÍP �F �DPN�QFTTPBM�USFJOBEP�Ï�VNB�BKVEB�WBMJPTB�

Referências:1. "NFSJDBO�+PVSOBM�PG�3FTQJSBUPSZ�BOE�$SJUJDBM�$BSF�.FEJDJOF �"QSJM��� ����� �

Vol. 187, No. 8 : pp. 789-790

2. An intervention to decrease complications related to endotracheal intubation in the intensive care unit: A prospective, multiple-center study. *OUFOTJWF�$BSF�.FE�������������o��

3. /PQQFOT�33��"DUB�$MJO�$SPBU�������4FQ������������

4. Complications of endotracheal intubation in the critically ill. Intensive Care .FE��������������o���

��� Reducing complications related to endotracheal intubation in critically ill patients. Intensive Care Med. 2010 Aug;36(8):1438.

$YDOLDomR�H�RSWLPL]DomR�GD�IXQomR�UHVSLUDWyULD�QR�3Up�2SSusana FerreiraPneumologista com a Sub-especialidade de Medicina Intensiva - Centro Hospitalar do Porto

"� BWBMJBÎÍP� EP� SJTDP� EF� DPNQMJDBÎÜFT� QVMNPOBSFT�OP� QSÏ�PQFSBUØSJP� Ï� QBSUF� JOUFHSBOUF� EB� QSFQBSBÎÍP�EPT�EPFOUFT�QBSB�DJSVSHJB��0�PCKFDUJWP�Ï�JEFOUJmDBS�PT�doentes em maior risco destas complicações, uma WF[�RVF�TÍP�DBVTB�DPNVN�EF�NPSCJ�NPSUBMJEBEF�OP�QFSÓPEP�QØT�PQFSBUØSJP�

Page 30: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 27 | 89

C I P

A incidência destas complicações, estimada entre ����� �Ï�EJGÓDJM�EFUFSNJOBS�KÈ�RVF�OÍP�FYJTUF�DPOTFOTP�EP� RVF� SFQSFTFOUB� B� NPSCJMJEBEF� QVMNPOBS� QØT�PQFSBUØSJB �TFOEP�BT�EFmOJÎÜFT�NVJUP�WBSJÈWFJT�FOUSF�os diferentes autores.&YJTUFN� WÈSJPT� GBDUPSFT� EF� SJTDP� JEFOUJmDBEPT �alguns deles relacionados com o doente como: idade avançada, doença pulmonar crónica, asma OÍP� DPOUSPMBEB � JOTVmDJÐODJB� DBSEÓBDB � IJQFSUFOTÍP�pulmonar, estado geral e factores metabólicos. 4ÍP� UBNCÏN� GBDUPSFT� EF� SJTDP� EFUFSNJOBOUFT� P�local da cirurgia (maior risco na cirurgia abdominal BMUB� F� UPSÈDJDB � B� EVSBÎÍP� TVQFSJPS� B� ���� IPSBT � P�UJQP� EF� BOFTUFTJB� F� B� VUJMJ[BÎÍP� EF� CMPRVFBEPSFT�OFVSPNVTDVMBSFT�EF�MPOHB�EVSBÎÍP�EF�BDÎÍP�/B� BWBMJBÎÍP�QSÏ�PQFSBUØSJB� EFWFN� TFS� JEFOUJmDBEPT�PT�GBDUPSFT�EF�SJTDP �QFMP�RVF�B�IJTUØSJB�DMÓOJDB�F�FYBNF�PCKFDUJWP� TÍP� EF� JNQPSUÉODJB� GVMDSBM�� 0T� FYBNFT�auxiliares de diagnóstico, na maioria dos casos, têm VN�QBQFM� MJNJUBEP �QFSNJUJOEP�BQFOBT�DPOmSNBS�VNB�JNQSFTTÍP� DMÓOJDB � BEJDJPOBOEP� QPVDB� JOGPSNBÎÍP�para a estimativa do risco. 0�PCKFDUJWP� mOBM� Ï� B� JEFOUJmDBÎÍP� EPT� EPFOUFT� DPN�maior risco de complicações pulmonares no pós-operatório de forma a serem implementadas medidas QBSB�SFEV[JS�FTTF�SJTDP�BP�NÓOJNP�QPTTÓWFM �EFWFOEP�estas ser iniciadas logo no pré-operatório e continuar até ao pós-operatório.

4XDLV� DV� FRPSOLFDo}HV� DQHVWpVLFDV� TXH� WrP�UHSHUFXVVmR�QR�3yV�2S"Simão EstevesCentro Hospitalar do Porto

- - - - - - - - - - -

A Infecção na UCI - Sistematização das Boas Práticas

2So}HV� IXQGDPHQWDLV� VREUH� D� UHVLVWrQFLD� D�DQWLPLFURELDQRVAntónio Sarmento$FOUSP�)PTQJUBMBS�EF�4ÍP�+PÍP

- - - - - - - - - - -

4XDO�R�YDORU�GRV�ELR�PDUFDGRUHVFilomena FariaSCI - IPO Porto FG, EPE

0T� EPFOUFT� BENJUJEPT� FN� 6OJEBEFT� EF� $VJEBEPT�*OUFOTJWPT� 6$* � OP� DPOUFYUP� EF� TÏQTJT� HSBWF� F�DIPRVF�TÏQUJDP �NBOUÐN�BMUB�NPSCJNPSUBMJEBEF�BQFTBS�

dos desenvolvimentos tecnológicos das últimas EÏDBEBT��.ÞMUJQMPT�FTUVEPT�EFNPOTUSBSBN�B�FmDÈDJB�EB�BOUJCJPUFSBQJB�iQSFDPDFw�F�iBEFRVBEBw[1]./B� QSÈUJDB� DMÓOJDB � EJTDSJNJOBS� B� JOnBNBÎÍP� 4*34�TZTUFNJD� JOnBNNBUPSZ� SFTQPOTF� TZOESPNF� EB�JOGFDÎÍP� Ï� QPS� WF[FT� EJGÓDJM � TFOEP� B� GFCSF � B�MFVDPDJUPTF� F�PV� OFVUSPQFOJB� JOFTQFDÓmDPT[2]. A tentativa de distinguir estas duas entidades levou ao desenvolvimento de alguns biomarcadores, FTUBOEP� OFTUF� NPNFOUP� EJTQPOÓWFM� OB� NBJPSJB� EPT�OPTTPT� MBCPSBUØSJPT�B�EFUFSNJOBÎÍP�TÏSJDB�EB�1$3�F�1$5��/FOIVNB� Ï� FTQFDÓmDB� F� VOJWFSTBMNFOUF� BDFJUF�como diagnóstica ou preditiva do prognóstico, no FOUBOUP�RVBOEP�QPTJUJWBT �SFGPSÎBN�B�QPTTJCJMJEBEF�EF�FYJTUÐODJB�EF�JOGFDÎÍP[1].PCT - precursor da calcitonina, produzido pelas DÏMVMBT� $� EB� UJSØJEF� FN� JOEJWÓEVPT� TBVEÈWFJT � DPN�DPODFOUBÎÍP� TÏSJDB� �� �� OH�NM�� /PT� DBTPT� EF�JOGFDÎÍP[3] é produzida maioritariamente por células extratiroideias, tais como células neuroendócrinas EP� QVMNÍP� F� NPOØDJUPT � TFOEP� B� TVB� QSPEVÎÍP�JOEV[JEB� QFMB� MJCFSUBÎÍP� EF� FYPUPYJOBT � 5/'� BMGB� F�PVUSBT� DJUPRVJOBT�� 7FSJmDB�TF� VNB� SÈQJEB� TVCJEB�EP�OÓWFM� TÏSJDP�BQØT�P� JOÓDJP�EB� JOGFDÎÍP � FTUBOEP�B�TVB�DPODFOUSBÎÍP�EFQFOEFOUF�EB�UBYB�EF�QSPEVÎÍP��6UJMJ[BEB� TPCSFUVEP� OB� NPOJUPSJ[BÎÍP� F� TFHVJNFOUP�de doentes com infecções da comunidade resulta na EJNJOVJÎÍP� EP� UFNQP� EF� USBUBNFOUP� BOUJNJDSPCJBOP�TFN � OP� FOUBOUP � BQSFTFOUBS� SFQFSDVTTÍP� TPCSF� B�taxa de mortalidade global, o tempo de internamento OB� 6$*� F� OP� )PTQJUBM�� "� DPOTUSVÎÍP� EF� BMHPSJUNPT�EF� USBUBNFOUP�CBTFBEPT�OB�FWPMVÎÍP�EB�1$5�TÏSJDB�QBSFDF� QPTTJCJMJUBS� B� VUJMJ[BÎÍP� EF� FTUSBUÏHJBT � RVF�BTTPDJBEBT�Ë�NFMIPSJB�DMÓOJDB �DPOEV[FN�Ë�EJNJOVJÎÍP�EB�FYQPTJÎÍP�BPT�BOUJNJDSPCJBOPT�QFMB�JNQMFNFOUBÎÍP�EF�QSPHSBNBT�EF�EF�FTDBMBÎÍP �QFSNJUJOEP�SFEV[JS�B�emergência de resistência aos antimicrobianos sem aumentar a mortalidade.<� �>1$3���1SPUFÓOB�$�SFBDUJWB�Ï�VNB�QSPUFÓOB�EF�GBTF�BHVEB �NFEJBEPS� EB� DBTDBUB� EB� JOnBNBÎÍP � DPN� VUJMJEBEF�demonstrada mesmo nos doentes neutropénicos. /ÍP� TFOEP� VN� CJPNBSDBEPS� FTQFDÓmDP � PT� TFVT�OÓWFJT� TÏSJDPT� QBSFDFN� BDPNQBOIBS� B� QSPHSFTTÍP�F�PV� B� SFTPMVÎÍP� EB� JOGFDÎÍP��� "T� BMUFSBÎÜFT� OB�PCR correlacionam-se com a gravidade da doença USBEV[JEB�QFMB�EJTGVOÎÍP�PSHÉOJDB[7,8]. Vários estudos EFNPOTUSBSBN� B� SFMBÎÍP� EB� TVCJEB� EB� 1$3� OÓWFJT�EF� DVU�PGG� FOUSF� �� F� ��� NH�EM� DPN� P� EJBHOØTUJDP�EF� JOGFDÎÍP � TFOEP� RVF� B� TVB� TFOTJCJMJEBEF� QBSB�P� EJBHOØTUJDP� EF� TÏQTJT� BVNFOUB� TF� BTTPDJBEB� Ë�hipertermia (temp.> 38,2) [9,10]. Actualmente a PCR é VN�UFTUF�MBCPSBUPSJBM�EJTQPOÓWFM�OB�NBJPSJB�EPT�OPTTPT�IPTQJUBJT�B�VN�DVTUP�BDFTTÓWFM�"� TÏQTJT � EFmOJEB� QPS� VN� DPOKVOUP� EF� WBSJÈWFJT�DMÓOJDBT � Ï� VN� QSPDFTTP� NVJUP� IFUFSPHÏOFP � DPN�respostas dependentes do tipo de agente infeccioso, EP� UBNBOIP�EP� JOPDVMVN �EP� MPDBM�EF� JOGFDÎÍP�F�EB�

Page 31: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 28 | 89

SALA 3

resposta do hospedeiro. Embora a comunidade DJFOUÓmDB�DPMPRVF�HSBOEF�FOUVTJBTNP�OB�JOWFTUJHBÎÍP�EPT� NÞMUJQMPT� CJPNBSDBEPSFT� F� OB� DPOTUSVÎÍP� EF�modelos decisionais neles baseados com o intuito de discriminar os doentes com e sem sépsis, mantém-se o desconhecimento do impacto dessas investigações OB�OPTTB�QSÈUJDB�DMÓOJDB�EJÈSJB��[11,12]

1. The Surviving Sepsis Campaign Guidelines Committee. Surviving Sepsis Campaign: International Guidelines for Management of Severe Sepsis and 4FQUJD� 4IPDL � ����� *OUFOTJWF�$BSF�.FE� ����� ������o� ����%0*� ��������s00134-012-2769-8.

2. Anna Prkno, Christina Wacker, Frank M Brunkhorst, Peter Schlattmann. Procalcitonin-guided therapy in intensive care unit patients with severe sepsis BOE�TFQUJD�TIPDL�o�B�TZTUFNBUJD�SFWJFX�BOE�NFUB�BOBMZTJT��$SJUJDBM�$BSF����� ����3����EPJ���������DD������

3. Dimitrios K. Matthaiou, Georgia Ntani, Marina Kontogiorgi, Garyfallia Poulakou, Apostolos Armaganidis, George Dimopoulos. An ESICM systematic review and meta-analysis of procalcitoni-guided antibiotic therapy algorithms in adult critically ill patients. Intensive Care Medicine (2012)38:940-949.

4. Schuetz et al. Procalcitonin for diagnosis of infection and guide to antibiotic decisions: past, present, and future. BMC Medicine 2011, 9:107.

��� +��(BSOBDIP�.POUFJSP�FU�BM��%F�FTDBMBUJPO�PG�FNQJSJDBM�UIFSBQZ�JT�BTTPDJBUFE�with lower mortality in patients with severe sepsis and septic shock. Intensive $BSF�.FEJDJOF������EPJ���������T�������������������

6. Póvoa et al. C-reactive protein in critically ill cancer patients with sepsis: JOnVFODF�PG�OFVUSPQFOJB��$SJUJDBM�$BSF����� ����3����

7. Shorr AF et al. Protein C concentrations in severe sepsis: an early directional DIBOHF�JO�QMBTNB�MFWFMT�QSFEJDUT�PVUDPNF��$SJU�$BSF��������������

8. Brunkhorst F, et al. Protein C concentrations correlate with organ dysfunction and predict outcome independent of the presence of sepsis. Anesthesiology ����������������

9. Póvoa P. C-reactive protein: a valuable marker of sepsis. Intens Care Med �������������������

10. Póvoa P. et al. C-reactive protein as a marker of infection in critically ill patients. CMI 11, 101-108.

11. +PIO� $�� .BSTIBMM � ,POSBE� 3FJOIBSU�� GPS� UIF� *OUFSOBDJPOBM� 4FQTJT� 'PSVN��Biomarkers of sepsis. Crit Care Med 2009; 37: 2290-2298.

12. Sébastien Gibot, Marie C. Béné, et al. Combination Biomarkers to Diagnose

4FQTJT�JO�UIF�$SJUJDBMMZ�*MM�1BUJFOU��"N�+�3FTQJS�$SJU�$BSF�.FE����������������

%DFWpULDV�SUREOHPD�HP�8&,��TXDQGR�H�FRPR�WUDWDUConceição Sousa Dias$FOUSP�)PTQJUBMBS�EF�4ÍP�+PÍP�

- - - - - - - - - - -

,QIHo}HV� I~QJLFDV� LQYDVLYDV�� SRQWR�FKDYH�HVWUDWpJLFRVJosé Manuel Pereira$FOUSP�)PTQJUBMBS�EF�4ÍP�+PÍP�

- - - - - - - - - - -

2�FRQWUROR�GD�LQIHFomR�HP�8&,��TXH�HYLGrQFLD"Irene AragãoCentro Hospitalar do Porto

- - - - - - - - - - -

Abordagens de Infecções Graves - Uniformizar Procedimentos

3,52�� XPD� IRUPD� GH� HVWUDWLÀFDU� RV� GRHQWHV� FRP�LQIHFo}HV�JUDYHVTeresa CardosoCentro Hospitalar do Porto

%F�BDPSEP� DPN�P� SFMBUØSJP� EF� �����EB�0SHBOJ[BÎÍP�.VOEJBM� EF� 4BÞEF � BT� JOGFDÎÜFT� FTUÍP� FOUSF� BT� USÐT�principais causas de morte em todo o mundo. O EFTFOWPMWJNFOUP� EF� OPWBT� UFSBQJBT� QBSB� B� JOGFDÎÍP�HSBWF� UFN� TJEP� QBSUJDVMBSNFOUF� EFTBmBEPS� F� PT�TVDFTTJWPT� GSBDBTTPT� UÐN� TJEP� BUSJCVÓEPT� Ë� JODMVTÍP�de um grupo muito heterogéneo de doentes nos FTUVEPT�DMÓOJDPT�Em 2001, o American College of Chest Physicians e a Society of Critical Care Medicine convocaram VN�QBJOFM� EF� DPOTFOTP� POEF� +PIO�.BSTIBMM� TVHFSJV�uma abordagem da sépsis grave semelhante ao sistema TNM (tumor, nódulo, metástase) utilizado na oncologia como uma ferramenta de prognóstico e de JOEJWJEVBMJ[BÎÍP�EF�UFSBQÐVUJDB�Deste painel de peritos emergiu o conceito PIRO, RVF� DPOTJTUF� FN� DBSBDUFSJ[BS� B� TÏQTJT� FN� RVBUSP�DPNQPOFOUFT�� � 1� EF� i1SFEJTQPTJÎÍPw� � *� EF� i*OTVMUP��� *OGFDÎÍPw �3�EF� i3FTQPTUBw�F�0�EF� i�EJTGVOÎÍP�EF�0SHÍP�i�Este conceito inovador levou algum tempo até TFS� BEPQUBEP� QFMB� DPNVOJEBEF� DJFOUÓmDB � F� TØ�SFDFOUFNFOUF�GPJ�UFTUBEP�OP�DBNQP�DMÓOJDP�Diferentes abordagens foram publicadas, OPNFBEBNFOUF��FTDBMBT�EF�QPOUVBÎÍP�F�VN�TJTUFNB�de estadiamento, mas apenas para os doentes em ambiente de cuidados intensivos e uma escala para PT� QBDJFOUFT� DPN� TVTQFJUB� EF� JOGFDÎÍP� BENJUJEPT� B�partir do Departamento de Emergência.A necessidade de desenvolvimento de um sistema DMÓOJDP� BQMJDÈWFM� B� UPEPT�PT�EPFOUFT� JOUFSOBEPT�DPN�JOGFDÎÍP� HSBWF� RVF� QFSNJUJTTF� B� TVB� FTUSBUJmDBÎÍP �BWBMJBS� DSJUÏSJPT� QBSB� UFSBQÐVUJDBT� FTQFDÓmDBT� F�como ferramenta de prognóstico conduziu ao desenvolvimento de um sistema de estadiamento DMÓOJDP� CBTFBEP� OP� DPODFJUP� 1*30� � BUSBWÏT� EF� VN�FTUVEP� EF� DPPSUF� QSPTQFDUJWP� OVNB� QPQVMBÎÍP�EJWFSTJmDBEB�EF�QBDJFOUFT�DPN�JOGFDÎÍP�OB�BENJTTÍP�hospitalar ou durante a sua permanência no hospital. Este estudo permitiu o desenvolvimento de um sistema de estadiamento em 4 estadios de gravidade DSFTDFOUF� EPT� EPFOUFT� JOUFSOBEPT� DPN� JOGFDÎÍP�HSBWF � OPT�RVBJT� GFOØUJQPT�EJGFSFOUFT� TF�BTTPDJBN�B�VN�QSPHOØTUJDP�EJGFSFOUF�Ë�EBUB�IPTQJUBMBS�

Page 32: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 29 | 89

C I P

4XDQGR� LQLFLDU� WHUDSrXWLFD� DQWLI~QJLFD� QR� GRHQWH�críticoJosé Artur Paiva$FOUSP�)PTQJUBMBS�EF�4ÍP�+PÍP�

- - - - - - - - - - -

&RPR�DGDSWDU� WUDWDPHQWR�DQWLELyWLFR�DSyV���K�GH�LQIHFo}HV�QRVRFRPLDLVMadalena AlvesCentro Hospitalar do Porto

- - - - - - - - - - -

sala 3 | dia 4 de fevereiro

O que Aprendemos Sobre ARDS

2� TXH� Ki� GH� QRYR� QD� YHQWLODomR� GR� GRHQWH� FRP�$5'6M. Solla Buceta$PNQMFKP�)PTQJUBMBSJP�6OJWFSTJUBSJP�$PSVOB

- - - - - - - - - - -

3URQH�3RVLWLRQ���(VWDGR�GD�DUWHD. Freire Moar$PNQMFKP�)PTQJUBMBSJP�6OJWFSTJUBSJP�$PSVOB

En 1976 Preh y Brown describieron, por primera WF[ � MB� NFKPSÓB� FO� MB� PYJHFOBDJØO� EF� QBDJFOUFT� DPO�JOTVmDJFODJB�SFTQJSBUPSJB�BHVEB�RVF�TF�WFOUJMBCBO�FO�decúbito prono. Desde entonces se han publicado NVMUJUVE�EF�FTUVEJPT�RVF�MP�DPOmSNBO�-B�NFKPSÓB�FO�MB�PYJHFOBDJØO�QBSFDF�SFMBDJPOBEB�DPO�las diferencias regionales de la capacidad residual funcional (CRF), en presencia de una distribución de la perfusión dorso-ventral relativamente constante, JOEFQFOEJFOUFNFOUF�EF�MB�QPTJDJØO �TJFOEP�FM�nVKP�EF�sangre pulmonar mayor en las regiones dorsales.&O� FM� QBDJFOUF� DPO� TÓOESPNF� EF� EJTUSÏT� SFTQJSBUPSJP�agudo (ARDS), las zonas dependientes están menos aireadas debido al efecto de la gravedad TPCSF�FM� QVMNØO� JOnBNBEP�FEFNBUPTP�� -B�DPOTUBOUF�EF� UJFNQP� FT� UBM � RVF� MB� WFOUJMBDJØO� TF� EJTUSJCVZF �preferencialmente, a las unidades pulmonares abiertas no dependientes; esto es, a las regiones ventrales en decúbito supino y a las dorsales cuando está en decúbito prono; de esta manera el aumento de la CRF viene acompañada de un aumento de la perfusión en las unidades pulmonares aireadas con el consiguinte descenso en la fracción de Shunt.7BSJPT�FTUVEJPT�SFBMJ[BEPT�MMFHBSPO�B�EFNPTUSBS�RVF�MB�NFKPSÓB�FO�MB�PYJHFOBDJØO�BVNFOUB�MB�TVQFSWJWFODJB�FO�pacientes con ARDS.

"DUVBMNFOUF� TF� SFDPNJFOEB� RVF� MPT� QBDJFOUFT� DPO�"3%4� DPO� IJQPYFNJB� SFGSBDUBSJB� P� TFWFSB� EFmOJEB�DPNP�VOB�SFMBDJØO�1B0��'J0��NFOPS�EF�����DPO�'J0����B�� ��Z�1&&1����DN�EF�)�0�VTBS�MB�WFOUJMBDJØO�FO�EFDÞCJUP�QSPOP�EVSBOUF�BM�NFOPT����IPSBT�BM�EÓB�IBTUB�MB�NFKPSÓB�FO�MB�PYJHFOBDJØO �DPO�VO�OJWFM�EF�FWJEFODJB�2B.

$5'6�H�(&02Roberto Roncon$FOUSP�)PTQJUBMBS�EF�4ÍP�+PÍP

- - - - - - - - - - -

+i�OXJDU�SDUD�PDQREUDV�GH�UHFUXWDPHQWR�QR�$5'6"Fernando RuaCentro Hospitalar do Porto

- - - - - - - - - - -

Ventilação Mecânica - Apoio à Decisão

&RPR� PHOKRUDU� D� TXDOLGDGH� GR� VRQR� QR� GRHQWH�YHQWLODGRJordi ManceboHospital de la Santa Creu i Sant Pau - Barcelona

- - - - - - - - - - -

4XDQGR� WUDTXHRVWRPL]DU� R� GRHQWH� HP� YHQWLODomR�mecânicaPiedade AmaroCentro Hospitalar Entre Douro e Vouga

- - - - - - - - - - -

Page 33: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 30 | 89

SALA 3

&RUWLFyLGHV�QR�$5'6"Irene AragãoCentro Hospitalar do Porto

- - - - - - - - - - -

2�TXH� Ki� GH� QRYR� VREUH� GHVPDPH� GD� YHQWLODomR�PHFkQLFD"M. Solla Buceta$PNQMFKP�)PTQJUBMBSJP�6OJWFSTJUBSJP�$PSVOB

- - - - - - - - - - -

VNI - do Pré Hospitalar à Reabilitação

91,�QD�HPHUJrQFLD�SUp�KRVSLWDODUFilipe SerralvaINEM

"� 7FOUJMBÎÍP� /ÍP� *OWBTJWB� BP� OÓWFM� EB� FNFSHÐODJB�pré-hospitalar tem muito pouca literatura e respectivas SFGFSÐODJBT�CJCMJPHSÈmDBT�B�OÓWFM�JOUFSOBDJPOBM�"� QBMFTUSB� DPOTJTUJSÈ� FN� FWJEFODJBS� BT� QPTTÓWFJT�utilizações da VNI na emergência pré-hospitalar, dando SFMFWÉODJB�ËT�TJUVBÎÜFT�FN�RVF�QPEFSÈ�TFS�VNB�NBJT�WBMJB��5FOUBOEP�GB[FS�VNB�BWBMJBÎÍP�DPNQBSBUJWB�EBT�WBOUBHFOT� F� EFTWBOUBHFOT� EB�NFTNB� FN� PQPTJÎÍP�DPN�PVUSBT�FTUSBUÏHJBT�EF�7FOUJMBÎÍP�0YJHFOBÎÍP�A palestra enunciará alguns dos poucos exemplos EF�VUJMJ[BÎÍP�EB�7/*�FN�FNFSHÐODJB�QSÏ�IPTQJUBMBS�FN�Portugal."�QBMFTUSB�UFSÈ�DPNP�QSJODJQBM�PCKFDUJWP�UFOUBS�NPTUSBS�RVF� BQFTBS� EF� TFSFN� QPVDBT� BT� TJUVBÎÜFT� FN� RVF�esta estratégia pode apresentar uma vantagem clara QBSB� P� EPFOUF � OÍP� EFWF� TFS� DPMPDBEB� EF� QBSUF �principalmente se o Médico tiver experiência com FTUB� UÏDOJDB� EF� WFOUJMBÎÍP� EF�NBOFJSB� B� QPEFS� UJSBS�o máximo de proveito, depois de, avaliados todos PT� SJTDPT� F� EFTWBOUBHFOT� EB� VUJMJ[BÎÍP� EB� 7/*� OB�Emergência pré-hospitalar.

,QGLFDo}HV�SDUD�91,�QR�GRHQWH�FUtWLFRT. Tabuyo Bello$PNQMFKP�)PTQJUBMBSJP�6OJWFSTJUBSJP�$PSVOB

La ventilación no invasiva consiste en la aplicación EF� TPQPSUF� SFTQJSBUPSJP� TJO� MB� BQMJDBDJØO� EF� VOB� WÓB�BÏSFB� BSUJmDJBM� � UVCP� FOEPUSBRVFBM� P� USBRVFPUPNÓB���En el siglo XIX se emplea presión negativa pero en los

albores del siglo XX se aplica presión positiva mediante EJTQPTJUJWPT�OP�JOWBTJWPT�QBSB�NFKPSBS�MB�JOTVmDJFODJB�respiratoria. El desarrollo tecnológico de las tres últimas décadas extiende el uso de la ventilación no JOWBTJWB�FO�EJGFSFOUFT�FTDFOBSJPT�DMÓOJDPT�Se dispone de mascarillas nasales, naso-faciales o faciales totales y cascos completos. Las modalidades ventilatorias incluyen CPAP, BIPAP, PAV.., aplicadas con respiradores exclusivos para VNI o empleados en ventilación invasiva.Las contraindicaciones absolutas para el uso de 7/*� TPO� MB� QBSBEB� DBSEÓBDB� Z� SFTQJSBUPSJB � FM� DPNB�QSPGVOEP�V�PUSBT�DPOEJDJPOFT�RVF�SFRVJFSBO�JONFEJBUB�JOUVCBDJØO�PSPUSBRVFBM �MB�JOFTUBCJMJEBE�IFNPEJOÈNJDB �las arritmias graves, el estatus epiléptico, la tos incoercible, la broncorrea, la hematemesis y la PCTUSVDDJØO�EF�MB�WÓB�BÏSFB�QPS�UVNPS�P�BOHJPFEFNB�&M� QBDJFOUF� IB� EF� FTUBS� UBRVJQOFJDP � DPO� USBCBKP�respiratorio; hipoxémico o hipercápnico (pH en rango de 7.10 a 7.30) y en condiciones de colaborar o QSFDJTBS�NÓOJNB�TFEBDJØO �-B�TJUVBDJØO�EF�JOTVmDJFODJB�SFTQJSBUPSJB� RVF� QVFEB� SFTQPOEFS� SFMBUJWBNFOUF��rápido al tratamiento.El mayor éxito de la VNI se obtiene en la enfermedad pulmonar obstructiva crónica (EPOC) y el edema pulmonar cardiogénico (EAP). En el EPOC se demuestra reducción de la necesidad de intubación, de la mortalidad y de la estancia hospitalaria. Es FTQFDJBMNFOUF� SFMFWBOUF�FO� MPT�QBDJFOUFT� �DPO�Q)���������5BNCJÏO�UJFOFO�NFKPSFT�SFTVMUBEPT�MPT�QBDJFOUFT�DPO�Q)������Z�(MBTHPX�DPNB�TDPSF���RVF�NFKPSBCBO�en las dos primeras horas de aplicación de la VNI. En el EAP cardiogénico disminuye la necesidad de intubación y la mortalidad con empleo de CPAP y no IBZ�EJGFSFODJBT�TJHOJmDBUJWBT�TJ�TF�FNQMFB�#*1"1�DPNP�modalidad ventilatoria.La aplicación de VNI como soporte postextubación es PCKFUP�EF�PUSB�QPOFODJB��&O� MBT�TJHVJFOUFT�FOUJEBEFT� MB�FWJEFODJB�DJFOUÓmDB�FT�menos fuerte y la selección y aplicación de la terapia EFCFSÓB�TFS�BÞO�NÈT�DVJEBEPTB��&O� OFVNPOÓB� DPNVOJUBSJB� HSBWF � TPCSF� UPEP�&10$�� *OTVmDJFODJB� SFTQJSBUPSJB� EFM� QBDJFOUF�inmunocomprometido, sobre todo en trasplante de órgano sólido. Neutropenia febril, si es conocida MB� DBVTB� EF� MB� OFVNPOÓB�� &O� DSJTJT� BTNÈUJDB�� &O�QPTUPQFSBUPSJP� UPSÈDJDP � DBSEÓBDP� Z� BCEPNJOBM� FO� MB�prevención y tratamiento de atelectasias y edema QVMNPOBS� � $1"1� � DPO� ���� o� ��� DNT� )�0� �� &O� FM�traumatismo torácico con fracturas costales. En el paciente con orden de no intubar. En pacientes con distrés respiratorio y severidad por puntuación "1"$)&� NPEFSBEB� Z� SFTQVFTUB� FO� �� VOB� IPSB� B�MB� UFSBQJB�� &O� EJTGVODJØO� OFVSPNVTDVMBS� EJTUSPmB �

Page 34: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 31 | 89

C I P

cifoescoliosis..) , como apoyo parcial nocturno. En obesidad-hipoventilación. Soporte durante QSPDFEJNJFOUPT�JOWBTJWPT�CSPODPTDPQJB �HBTUSPTUPNÓB�QFSDVUÈOFB���� &O� BHVEJ[BDJPOFT�EF� mCSPTJT� RVÓTUJDB��&O�OFVNPOÓB�QPS�Pneumocystis jiroveci.Las complicaciones mas frecuentes son la lesión cutánea, el barotrauma y la distensión gástrica.-B�BQMJDBDJØO�EF�MB�UÏDOJDB�FT�NBZPS�FO�&VSPQB�RVF�FO�$BOBEB�Z�&TUBEPT�6OJEPT�-PT�FTUVEJPT�EF�DPTUFT�TPO��claramente favorables.

91,� HP� FXLGDGRV� LQWHUPpGLRV�� GD� XQLGDGH� j�HQIHUPDULDFilipe Conceição$FOUSP�)PTQJUBMBS�EF�4ÍP�+PÍP

- - - - - - - - - - -

91,�QD�UHDELOLWDomR�UHVSLUDWyULDMiguel Gonçalves$FOUSP�)PTQJUBMBS�EF�4ÍP�+PÍP

- - - - - - - - - - -

5(0(2�KRPHNuno Silva

- - - - - - - - - - -

91,���HP�6LWXDo}HV�(VSHFtÀFDV

91,�´SUHYHQWLYDµ�YDOH�D�SHQD"Paula CoutinhoServiço de Medicina Intensiva, Centro Hospitalar e 6OJWFSTJUÈSJP�EF�$PJNCSB

0�RVF�QPEF�TFS�DPOTJEFSBEP�7/*�QSFWFOUJWB A VNI domiciliária na DPOC é preventiva no sentido FN� RVF � QSFWJOF� FYBDFSCBÎÜFT� F� EJNJOVJ� P� OÞNFSP�de internamentos. A VNI pode ser preventiva no QSÏ�IPTQJUBMBS� QFMB� VUJMJ[BÎÍP�QSFDPDF�F� DPSSFDUB� FN�determinadas circunstâncias. A VNI no Serviço de 6SHÐODJB�F�OP�JOUFSOBNFOUP�Ï�QSFWFOUJWB�QPSRVF�FWJUB�B� OFDFTTJEBEF� EF� JOUVCBÎÍP� USBRVFBM� F� WFOUJMBÎÍP�JOWBTJWB� OVN� TJHOJmDBUJWP� OÞNFSP� EF� EPFOUFT� DPN�BHVEJ[BÎÜFT� EF� %10$� PV� EFTDPNQFOTBÎÍP� EF�JOTVmDJÐODJB�DBSEÓBDB�

"TTJN�QPEFSFNPT�DPOTJEFSBS�RVF�B�7/*�Ï�QSFWFOUJWB�OB� NBJPSJB� EBT� TJUVBÎÜFT� FN� RVF� IÈ� JOEJDBÎÍP� F� Ï�UBOUP�NBJT�ÞUJM�RVBOUP�NBJT�QSFDPDFNFOUF�GPS�VUJMJ[BEB�"�FYQFSJÐODJB�EF�VNB�6$*�QPMJWBMFOUF�"QSFTFOUB�TF� VNB� BOÈMJTF� EB� VUJMJ[BÎÍP� EF� 7/*� FN�doentes agudos, num serviço de urgência polivalente. Foi criado um grupo de VNI com Pneumologistas e *OUFOTJWJTUBT � VN� QBSRVF� EF� WFOUJMBEPSFT � SFHSBT� EF�GVODJPOBNFOUP�F�VUJMJ[BÎÍP�F�DVSTPT�EF�GPSNBÎÍP�QBSB�médicos e enfermeiros. Os dados apontam em vários sentidos: %FTEF� ����� GPSBN� TVKFJUPT� B� 7/*� OP� 4FSWJÎP� EF�6SHÐODJB�F�OP�JOUFSOBNFOUP�DFSDB�EF�����EPFOUFT��"T�UBYBT�EF�NPSUBMJEBEF�TÍP�JOGFSJPSFT�ËT�QVCMJDBEBT�OB�MJUFSBUVSB��0�NFTNP�TF�BQMJDB�Ë�GBMÐODJB�USBOTJÎÍP�QBSB�WFOUJMBÎÍP�JOWBTJWB�o�7*�F�EVSBÎÍP�EP�QSPDFEJNFOUP���"�7/*�FWJUPV�B�FOUVCBÎÍP�F�P�JOUFSOBNFOUP�OP�4FSWJÎP�EF�.FEJDJOB� *OUFOTJWB� Ë�NBJPSJB� EFTUFT�EPFOUFT��0T�EBEPT� DPOmSNBN� RVF � QBSB� PT� DBTPT� EF� JOEJDBÎÍP�NBKPS� EB� 7/*� %10$ � &"1 � 40) � FUD� � RVBTF� TØ�doentes provenientes de outros hospitais têm sido internados no nosso Serviço de Medicina Intensiva. As FYDFQÎÜFT�TÍP�NVJUP�SBSBT��"�7/*�SFWFMPV�TFS�FmDB[�OP�EFTNBNF�WFOUJMBUØSJP�F�OB�QSFWFOÎÍP�EB�SFFOUVCBÎÍP�USBRVFBM�FN�EPFOUFT�TFMFDDJPOBEPT�A VNI preventiva ou precoce, aplicada de uma forma estruturada vale a pena.

e�DVVLP�WmR�LPSRUWDQWH�R�WLSR�GH�LQWHUIDFH�SDUD�91,Jordi ManceboHospital de la Santa Creu i Sant Pau - Barcelona

- - - - - - - - - - -

7HUDSLD� GH� DOWR� ÁX[R� QR� DGXOWR�� QRYD� WpFQLFD� GH�R[LJHQDomR"

- - - - - - - - - - -

'HÀQLWLYDPHQWH��&3$3�RX�%L3$3�QR�HGHPD�DJXGR�GR�SXOPmRJ. C Winck(MPCBM�.FEJDBM�%JSFDUPS�GPS�3&.&0���.VOJRVF

- - - - - - - - - - -

Page 35: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 32 | 89

CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA

SALA 4

sala 4 | dia 3 e 4 de fevereiro

Page 36: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 33 | 89

C I P

clientes, tendo em conta os recursos disponíveis. Está comprovado que uma prática baseada na evidência tem claros ganhos para o cliente, para as instituições de saúde e, em última análise, ganhos para o QSPmTTJPOBM�F�QBSB�B�&OGFSNBHFN�DPNP�EJTDJQMJOB�F�QSPmTTÍP�Conceptualmente, Enfermagem Baseada na Evidência, teve origem na Medicina Baseada na &WJEÐODJB �JOJDJBEB�OB�EÏDBEB�EF�PJUFOUB�TÏDVMP�99 �BMDBOÎBOEP� VNB�NBJPS� EJGVTÍP� OB� EÏDBEB� TFHVJOUF��Associa-se a nomenclatura “Baseada na Evidência” à &OGFSNBHFN�FN�mOBJT�EFTTB�EÏDBEB�"TTFOUF�FN�RVBUSP�QJMBSFT�'FSSJUP ����� �iJOWFTUJHBÎÍP�EB� FWJEÐODJBw� TFOEP� DFOUSBEB� OP� DMJFOUF �iDPNQFUÐODJB� DMÓOJDBw� DBQBDJEBEF� QBSB� JEFOUJmDBS �QMBOFBS� F� BWBMJBS � iWBMPSFT� EP� EPFOUFw� EFWFN� TFS�UJEPT� FN� DPOUB � QPJT� BT� JOUFSWFOÎÜFT� TÍP� VTBEBT�QBSB� P� TFSWJS� F� iSFDVSTPT�EJTQPOÓWFJTw� QPS� EJWFSTBT�limitações neste aspecto, recomenda-se o uso de GFSSBNFOUBT�RVF�BWBMJBN�B�FmDÈDJB�EBT�JOUFSWFOÎÜFT �BEPQUBOEP�BT�NBJT�FmDB[FT �QSFDPOJ[B�P�VTP�EB�NBJT�SFDFOUF�FWJEÐODJB�QBSB�B�QSPNPÎÍP�EF�SFTVMUBEPT�EF�saúde de qualidade.

No entanto, na nossa realidade, este processo ainda FTUÈ�QPVDP�FYQMPSBEP �TBMJFOUBEP�QFMP�GPDP�EF�BUFOÎÍP�OPT� USBCBMIPT� EF� JOWFTUJHBÎÍP� EF� &OGFSNBHFN�F� QPSRVF � FN� &OGFSNBHFN � JOWFTUJHBÎÍP� GB[�TF�essencialmente no âmbito académico. Do mesmo NPEP �FN�FTUVEPT�SFBMJ[BEPT�FN�1PSUVHBM �Ï�SFGFSJEP�RVF �OB�QSJPSJ[BÎÍP�EBT�GPOUFT�EF�JOGPSNBÎÍP�DJFOUÓmDB �a consulta a artigos de Enfermagem encontra-se em último lugar. Apesar das limitações dos diferentes estudos, estes dados andam próximos de outras SFBMJEBEFT �FN�RVF�HSBOEF�QBSUF�EPT�&OGFSNFJSPT�OÍP�FTUÍP� GBNJMJBSJ[BEPT� DPN� P� UFSNP� i1SÈUJDB� #BTFBEB�na Evidência”, raramente sentem necessidade de PCUFS�JOGPSNBÎÍP�F�OÍP�UÐN�GPSNBÎÍP�FN�DPNP�VTBS �BEFRVBEBNFOUF �BT�CBTFT�EF�EBEPT�DJFOUÓmDBT�Daqui se depreende que, tendo em conta os diferentes QBTTPT���o�'PSNVMBS�B�RVFTUÍP �EF�JOUFSFTTF�DMÓOJDP����o�1SPDVSB�EB�NFMIPS�FWJEÐODJB����o�"QSFDJBÎÍP�DSÓUJDB�EB� FWJEÐODJB�� �� o� %FDJTÍP� FN� JOUFHSBS� B� FWJEÐODJB�OB�QSÈUJDB���� o�"WBMJBÎÍP�EPT� SFTVMUBEPT�RVF� MFWBN�Ë� JNQMFNFOUBÎÍP � QSÈUJDB � EB� FWJEÐODJB� SFDPMIJEB �FTUBNPT�QFSBOUF�BMHVNBT�EJmDVMEBEFT�Assim, tal como apontado por diversos autores, uma das barreiras à prática baseada na evidência prende-se com o inadequado conhecimento, crenças e competências relacionado com esta temática, assim como falta de treino e lacunas nos processos FEVDBDJPOBJT��/FTUF�TFOUJEP �DPN�FTUB�BQSFTFOUBÎÍP�iremos expor alguns conceitos chave e alguns pontos

Recursos em UCI

A realidade de um hospital de periferia- - - - - - - - - - -

Alta do doente ventilado mecanicamente - e agora?ANVC

- - - - - - - - - - -

Como estão organizadas as UCI´s do meu Centro HospitalarPaulo BaltazarCHCL

- - - - - - - - - - -

0RWLYDomR���1RYRV�'HVDÀRV"

Equipas controversas?Jandira Carneiro$FOUSP�)PTQJUBMBS�EF�5SÈT�PT�.POUFT�F�"MUP�%PVSP���)41

- - - - - - - - - - -

“Elasticidade” da equipaFilomena Maia)1

- - - - - - - - - - -

Liderar em tempo de criseJosé António Pinho$FOUSP�)PTQJUBMBS�EP�1PSUP�

- - - - - - - - - - -

Prática Baseada na Evidência1BVMP�#BMUB[BSAbílio Cardoso Teixeira4FWJÎP� EF�$VJEBEPT� *OUFOTJWPT� �� �� )PTQJUBM� EF� 4�� "OUØOJP �$FOUSP�)PTQJUBMBS�EP�1PSUP

&OGFSNBHFN�CBTFBEB�OB�FWJEÐODJB�QPEFSÈ�TFS�EFmOJEB�DPNP� B� JODPSQPSBÎÍP� EB�NFMIPS� FWJEÐODJB� DJFOUÓmDB�disponível na prática, conjugada com a experiência, B�PQJOJÍP�EPT�QFSJUPT�F�PT�WBMPSFT�F�QSFGFSÐODJBT�EPT�

sala 4 | dia 3 de fevereiro

Page 37: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 34 | 89

SALA 4

fulcrais sobre a temática, numa perspectiva geral e FTQFDJmDBOEP�BMHVOT�BTQFDUPT�QBSB�B� SFBMJEBEF�EBT�6OJEBEFT� EF� $VJEBEPT� *OUFOTJWPT� POEF� P� DPODFJUP�“bundlew� Ï � OB� MJUFSBUVSB � MBSHBNFOUF� FYQMPSBEP �tentando “quebrar algumas destas barreiras”.

Transporte Extra-Hospitalar - Realidades

Como transporto no meu hospital Sara Gandra$FOUSP�)PTQJUBMBS�EP�1PSUP

- - - - - - - - - - -

Atendimento e transporte na minha ilhaLeonardo Ribeiro)/.���'VODIBM

- - - - - - - - - - -

A nossa realidade no transporte- - - - - - - - - - -

Formação - Qual o Papel das UCI´s

Modelo de supervisão clínica: uma perspectiva Teresa Sá)%&41%

- - - - - - - - - - -

Qual o caminho?Francisco MendesOE

- - - - - - - - - - -

1RYRV�3URÀVVLRQDLV�QD�8&,

Integração em tempos de criseJosé António Cerqueira$FOUSP�)PTQJUBMBS�EF�4ÍP�+PÍP

- - - - - - - - - - - Porque trabalho em UCIAcácio Bernardino$FOUSP�)PTQJUBMBS�EP�1PSUP

- - - - - - - - - - -

O Doente Crítico Neurológico

Nutrição do doente com AVCSusana Teixeira$FOUSP�)PTQJUBMBS�EP�1PSUP

- - - - - - - - - - -

Importância dos registos- - - - - - - - - - -

Regresso a casa do doente com AVCMarta Barreta$FOUSP�)PTQJUBMBS�EP�1PSUP�

- - - - - - - - - - -

As UCI´s como Campo de Investigação

%LRVVHJXUDQoD�QD�H[SRVLomR�GH�ÁXtGRVMargarida Ferreira&44&�+FBO�1JBHFU

- - - - - - - - - - -

Page 38: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 35 | 89

C I P

sala 4 | dia 4 de fevereiro

Monitorização da Qualidade

Eventos adversosAlice Ferreira$FOUSP�)PTQJUBMBS�EP�1PSUP

- - - - - - - - - - -

Protocolos: permitem reduzir a probabilidade de erro?Sónia BaltazarCentro Hospitalar e Universitário de Coimbra

- - - - - - - - - - -

Indicadores de qualidadeNuno MouraCHST

- - - - - - - - - - -

4XDOLGDGH�H�&HUWLÀFDomR

&HUWLÀFDomR�GRV�VHUYLoRV- - - - - - - - - - -

&RPR�VRPRV�FHUWLÀFDGRV"Lucília Rocha$FOUSP�)PTQJUBMBS�EP�1PSUP

- - - - - - - - - - -

&RQVXOWD�)ROORZ�8S��R�TXH�VH�ID]"

No Centro Hospitalar do PortoAlexandre Araújo$FOUSP�)PTQJUBMBS�EP�1PSUP

- - - - - - - - - - -

No Centro Hospitalar de São JoãoPaulo Costa$FOUSP�)PTQJUBMBS�EF�4ÍP�+PÍP

- - - - - - - - - - -

No Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia - EspinhoPatrícia AlvesCentro Hospitalar de Vila Nova de Gaia - Espinho

- - - - - - - - - - -

O Doente Transplantado

O doente transplantado reno-pancreático - Que cuidadosFernando Nunes$FOUSP�)PTQJUBMBS�EP�1PSUP

- - - - - - - - - - -

7UDQVSODQWH�KHSiWLFR��TXH�HVSHFLÀFLGDGHV"Liliana Mota$FOUSP�)PTQJUBMBS�EP�1PSUP

- - - - - - - - - - -

Nova legislação sobre dadoresRosário Caetano Pereira$FOUSP�)PTQJUBMBS�EP�1PSUP�

- - - - - - - - - - -

Fim de Vida em UCI

Desistir ou não desistirPaulo Maia$FOUSP�)PTQJUBMBS�EP�1PSUP

- - - - - - - - - - -

Como interagir com a famíliaDaniela Ribeiro*10'(���1PSUP

- - - - - - - - - - -

,PSOLFDo}HV�pWLFR�OHJDLV�QR�ÀP�GH�YLGDManuela AlvesCentro Hospitalar de Vila Nova de Gaia - Espinho

- - - - - - - - - - -

Page 39: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 36 | 89

SALA 4

Instabilidade Mental na UCI

BurnoutCarla Margarida Teixeira4$*���)PTQJUBM�EF�4��"OUØOJP �$FOUSP�)PTQJUBMBS�EP�1PSUP

Trabalhar em cuidados intensivos pode resultar em DBOTBÎP�GÓTJDP �QTJDPMØHJDP�F�FNPDJPOBM�EP�QSPmTTJPOBM�EF� TBÞEF�� )È� B� QFSDFQÎÍP� EF� RVF� PT� QSPmTTJPOBJT�que trabalham em Unidades de Cuidados Intensivos 6$*T� FTUÍP� QBSUJDVMBSNFOUF� FYQPTUPT� BP� TUSFTT � P�qual pode evoluir para burnout�� &TUB� BQSFTFOUBÎÍP�UFN�QPS�CBTF�VNB�SFWJTÍP�UFØSJDB�EP�UFNB�EFmOJÎÍP�EP� DPODFJUP� F� JMVTUSBÎÍP� EF� FTUVEPT� JOUFSOBDJPOBJT�sobre o burnout� OB� ÈSFB�EPT� DVJEBEPT� JOUFOTJWPT� F�uma tese de doutoramento que se debruça sobre a problemática do burnout em cuidados intensivos./PUBNPT� B� BVTÐODJB� EF� FTUVEPT� FTQFDÓmDPT� TPCSF�o síndrome de burnout em Unidades de Cuidados *OUFOTJWPT� 1PSUVHVFTBT � QFMP� RVF� EFDJEJNPT� SFBMJ[BS�VN� USBCBMIP� EF� JOWFTUJHBÎÍP� OP� ÉNCJUP� EF� VN�doutoramento em bioética. Assim, decidimos estudar B�TJUVBÎÍP�EP�TÓOESPNF�EF�burnout�OPT�QSPmTTJPOBJT�oNÏEJDPT�F�FOGFSNFJSPT�o�EF�DVJEBEPT� JOUFOTJWPT�EB�SFHJÍP� /PSUF� EF� 1PSUVHBM � BOBMJTBOEP� FTUF� TÓOESPNF�sob uma perspectiva bioética. Este objectivo foi DPODSFUJ[BEP� BUSBWÏT� EB� SFBMJ[BÎÍP� EF� VN� FTUVEP�RVF� QFSNJUJV� JEFOUJmDBS� PT� OÓWFJT� EF� burnout destes QSPmTTJPOBJT � PT� GBDUPSFT� EF� SJTDP� F� PT� GBDUPSFT�QSPUFDUPSFT �CFN�DPNP�SFnFDUJS�TPCSF�P�GFOØNFOP�EF�burnout em cuidados intensivos, enquanto problema ético.1BSB� BWBMJBS� B� JOnVÐODJB� EF� GBDUPSFT� EJTUJOUPT� OB�prevalência de burnout�FN�USF[FOUPT�QSPmTTJPOBJT�EF�TBÞEF� PJUFOUB� F�EPJT�NÏEJDPT�F�EV[FOUPT� F�EF[PJUP�FOGFSNFJSPT�FN�EF[�6OJEBEFT�EF�$VJEBEPT�*OUFOTJWPT1PMJWBMFOUFT� EF� "EVMUPT � MPDBMJ[BEBT� OB� SFHJÍP�/PSUF�EF�1PSUVHBM �QSPDFEFNPT�Ë�SFBMJ[BÎÍP�EF�VN�FTUVEPUSBOTWFSTBM � EF� DBSÈDUFS� RVBOUJUBUJWP � VUJMJ[BOEP� VN�questionário de auto-preenchimento dividido em trêsQBSUFT�� J� EBEPT� TØDJP�EFNPHSÈmDPT� EB� QPQVMBÎÍP�FN�FTUVEP �JJ�FYQFSJÐODJBT�OP�MPDBM�EF�USBCBMIP �JJJMaslach Burnout Inventory�.#*�"USBWÏT� EFTUF� FTUVEP� DPOTUBUBNPT� RVF� ���� EPT�QSPmTTJPOBJT� RVF� USBCBMIBN� FN� 6$*T� UÐN� VN� BMUP�risco de burnout�F����FTUÍP�FN�burnout. É possível estabelecer relações entre a existência de burnout e vários factores de risco estudados, nomeadamente, TPDJPEFNPHSÈmDPT� F� QSPmTTJPOBJT � FYQFSJÐODJBT�vividas no contexto de trabalho e características das 6$*T��"�BOÈMJTF�NVMUJWBSJBEB� JEFOUJmDB�DPNP�GBDUPSFT�independentes de risco para burnout�P�HÏOFSP�P�SJTDP�EF�CVSOPVU�Ï�NBJPS�OBT�NVMIFSFT �B�FYJTUÐODJB�EF

DPOnJUPT� OBT� FRVJQBT� FN� HFSBM� F� B� UPNBEB� EF�EFDJTÜFT�ÏUJDBT�MJNJUBÎÍP�TVTQFOTÍP�EF�USBUBNFOUPT��1PS�PVUSP�MBEP �USBCBMIBS�QBSB�PVUSP�TFSWJÎP�EB�NFTNB�JOTUJUVJÎÍP�BDUVB�DPNP�GBDUPS�EF�QSPUFDÎÍP��7FSJmDBNPTtambém diferenças nas subdimensões do burnout FOUSF� BT� DBUFHPSJBT� QSPmTTJPOBJT � FWJEFODJBOEP�PT� FOGFSNFJSPT� OÓWFJT� NBJT� FMFWBEPT� EF� FYBVTUÍP�emocional.Este estudo sublinha a necessidade de se desenvolverem medidas preventivas e programas educacionais de forma a melhorar o trabalho em FRVJQB � B� HFTUÍP� EF� DPOnJUPT� OBT� FRVJQBT � BT�estratégias de confronto com dilemas éticos e a DBQBDJEBEF� EPT� QSPmTTJPOBJT� QBSB� MJEBSFN� DPN� BT�situações de stress.

Psiquiatria de ligaçãoJorge Pereira$FOUSP�)PTQJUBMBS�EP�1PSUP

- - - - - - - - - - -

Sobrecarga do cuidadorCarlos Sequeira&4&1�

- - - - - - - - - - -

Autonomia do Enfermeiro em UCI

A perspectiva do enfermeiro - chefe- - - - - - - - - - -

A perspectiva de outros elementos da equipaÁlvaro Moreira da SilvaERS

- - - - - - - - - - -

A minha perspectivaAbílio Cardoso TeixeiraServiço de Cuidado intensivos - Hospital de S. António, $FOUSP�)PTQJUBMBS�EP�1PSUP�

A análise do processo de “Autonomia em &OGFSNBHFNw� FYJHF� DMBSBNFOUF� VNB� SFnFYÍP� TØDJP�antropológica. Deste modo, pretende-se descrever a análise deste processo, relacionando o contexto português com outros contextos, focando aspectos de SFMFWÉODJB�QBSB�B�BEFRVBEB�DPNQSFFOTÍP�EP�UFNB�F �

Page 40: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 37 | 89

C I P

FTQFDJmDBNFOUF �FTUVEPT�RVF�BCPSEFN�FTUB�RVFTUÍP�em Unidades de Cuidados Intensivos. Neste sentido, abordam-se as questões do género em Enfermagem, do paradigma vigente no contexto de saúde, da FEVDBÎÍP� F� GPSNBÎÍP� F� EP� SFDPOIFDJNFOUP� QFMPT�pares e pela Sociedade. 1PSUBOUP � BTTVNJOEP�TF� B� "VUPOPNJB� FN�Enfermagem como resultado de um processo complexo, deveremos, ao a abordar, ter em conta as DBSBDUFSÓTUJDBT�EP�HÏOFSP�EPNJOBOUF�OB�1SPmTTÍP��4FS�VNB�QSPmTTÍP�EF�NVMIFSFT� DPOUSJCVJ� QBSB� PT� CBJYPT�HBOIPT�FN�"VUPOPNJB�F�EJmDVMEBEF�FN�PT�BVNFOUBS��Do mesmo modo a centralidade do poder médico WJTÍP� TVCNJTTB� EB� NVMIFS � FOGFSNFJSB� EJmDVMUB�este processo, integrando-se aqui o conceito de transdisciplinaridade. Inevitavelmente existe outro BTQFDUP� EF� DBSJ[� GVOEBNFOUBM� OFTUF� QSPDFTTP�� B�FEVDBÎÍP�F�B� GPSNBÎÍP��&OGFSNFJSPT�DPN�EJGFSFOUFT�HSBVT�EF�FEVDBÎÍP�EB�JOUFHSBÎÍP�OP�&OTJOP�4VQFSJPS�ËT�SFGPSNBT�QSFDPOJ[BEBT�QFMP�1SPDFTTP�EF�#PMPOIB�F�EF� GPSNBÎÍP� UFSÍP�EJGFSFOUFT�HSBVT�EF�"VUPOPNJB �FYQMJDBEPT�Ë�MV[�EB�BDUVBM�DJÐODJB �QSPNPWFOEP�BTTJN�o seu reconhecimento.Salientamos ainda o papel da Ordem dos Enfermeiros como entidade reguladora da Enfermagem, evidenciando no “Regulamento do Exercício

1SPmTTJPOBM�EF�&OGFSNBHFNw�DPODFJUPT�DFOUSBJT�OFTUB�UFNÈUJDB � DMBSJmDBOEP� DPODFJUPT� DPNP� BVUPOPNJB �DPNQFUÐODJB �B�JNQPSUÉODJB�EB�*OWFTUJHBÎÍP�F�P�EFWFS�do Enfermeiro de com ela se comprometer.

$POTJEFSB�TF � RVF� EB� DPNQSFFOTÍP� EPT� GBDUPSFT�BUSÈT�SFGFSFODJBEPT �QPEFSÈ�BEWJS�VNB�SFBM�QFSDFQÎÍP�EFTUF� GFOØNFOP � PCUFOEP�TF� VNB� PQUJNJ[BÎÍP�dos processos, com consequentes ganhos para a EJTDJQMJOB � QBSB� P� 1SPmTTJPOBM� F� QBSB� P� $MJFOUF�� /P�entanto, na nossa realidade carecem estudos sobre a temática e estudos que evidenciem qual o papel do Enfermeiros nas Unidades de Cuidados Intensivos, permitindo o reconhecimento do Enfermeiro e VNB� BMUFSBÎÍP� EB� WJTÍP� EB� QSPmTTÍP� BPT� PMIPT� EB�QPQVMBÎÍP�

As UCI´s como Campo de Investigação

Terapia por vácuoAldiro MaganoCHEDV

- - - - - - - - - - -

Page 41: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 38 | 89

CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA

SALA 5

sala 5 | dia 3 e 4 de fevereiro

Page 42: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 39 | 89

C I P

se apropriado. Em caso de sépsis grave associada a doença autoimune rapidamente progressiva (LES, vasculite sistémicas), as imunoglobulinas endovenosas (IgIV) podem ser utilizadas como medida temporária.

A resposta inadequada ou a não-resposta a um determinado tratamento, implica necessariamente uma reavaliação do diagnóstico inicial.

Complicações graves associadas ao LES e SAFGraziela CarvalheirasCentro Hospitalar do Porto

- - - - - - - - - - -

Complicações graves associadas à esclerose sistémicaIsabel AlmeidaCentro Hospitalar do Porto

- - - - - - - - - - -

Complicações graves associadas à artrite reumatóideMariana BrandãoCentro Hospitalar do Porto

- - - - - - - - - - -

Complicações graves associadas às vasculites sistémicasFátima FarinhaCentro Hospitalar do Porto

- - - - - - - - - - -

Utilização Prática dos Biológicos, Monotorização, Segurança e Vigilância de Complicações em Doenças Auto-Imunes

Anti-TNF proteína de fusãoAna CamparCentro Hospitalar do Porto

- - - - - - - - - - -

Condições Urgentes e Emergentes em Doentes Auto-Imunes

Avaliação do doente e perda de função de orgãoPedro VitaUnidade de Imunologia Clínica, Departamento de Medicina,

Centro Hospitalar do Porto

Unidade Intermédia, Serviço de Cuidados Intensivos, Centro

Hospitalar do Porto

Estima-se que 8% dos episódios de urgência estejam relacionados com queixas do foro auto-imune. Dada B� TVB� DPNQMFYJEBEF� QBUPmTJPMØHJDB � B� NPSUBMJEBEF�intra-hospitalar dos doente autoimunes é estimada em cerca de 40%, na sua maioria relacionados com mortalidade cardiovascular, doença renal e infecções sistémicas.

A deterioração rápida do estado geral de um doente auto-imune pode ser devida a: [1] complicação da doença de base; [2] infecção/sépsis; [3] efeito adverso da terapêutica. A abordagem inicial pode ser dividida em 3 fases: [A] reconhecimento precoce e FTUSBUJmDBÎÍP�EP�SJTDP�EF�EJTGVOÎÍP��<#>�DPSSFDÎÍP�EBT�BMUFSBÎÜFT�mTJPMØHJDBT�F�<$>�BCPSEBHFOT�FTUSVUVSBEBT�por objectivos.

Uma história detalhada é fundamental. Devem ser tidos em conta os registos e exames prévios, sintomas (seu início e evolução), nBSF de doença subjacente, complicação infecciosa, atingimento de órgão (de novo/recorrência) e a medicação em curso (incluindo alterações recentes). O Exame Objectivo dever ser sistemático, englobando todos os aparelhos e sistemas, tendo em atenção todos os achados que possam ser utilizados no diagnóstico diferencial.

Como metodologias de diagnóstico pode ser utilizada uma abordagem por problemas, útil quando Ï� QPTTÓWFM� EFmOJS� DMBSBNFOUF� P� FOWPMWJNFOUP� EF�órgão e/ou sistema ou uma abordagem por doença de base, utilizando o conhecimento das potenciais complicações mais graves associadas às doença auto-imunes mais comuns, mas cujo diagnóstico pode passar desapercebido.

O diagnóstico das doenças auto-imune pode ser difícil e existem manifestações de infecções e neoplasias que podem simular/estimular auto-imunidade. O uso imunossupressores deve ser protelado até à exclusão de infecção. A antibioterapia empírica deverá ser precoce e de largo espectro, seguida de descalação

sala 5 | dia 3 de fevereiro

Page 43: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 40 | 89

SALA 5

Anticorpos anti-TNFÁlvaro FerreiraCentro Hospitalar do Porto

- - - - - - - - - - -

Anti-CD20Betânia FerreiraCentro Hospitalar do Porto

- - - - - - - - - - -

Anti-IL6Pedro VitaUnidade de Imunologia Clínica, Departamento de Medicina,

Centro Hospitalar do Porto

Unidade Intermédia, Serviço de Cuidados Intensivos, Centro

Hospitalar do Porto

A IL-6 é uma interleucina que desempenha um papel DIBWF� OB� DBTDBUB� JOnBNBUØSJB� TFOEP� VN� JNQPSUBOUF�mediador na produção de proteínas de fase aguda e inductor da febre ao atravessar a barreira hemato-encefálica. A elevação dos seus níveis está associada a várias doenças auto-imunes. O tocilizumab é um anticorpo humanizado contra o receptor da IL-6 (IL-6R) e está aprovado para o tratamento da artrite reumatóide (AR) e da artrite idiopática juvenil, sendo utilizado off-label noutras situações. Ao contrário dos restantes CJPMØHJDPT� BQSPWBEPT� QBSB� B� "3 � B� TVB� FmDÈDJB� Ï�independente da associação com o metotrexato (MTX) podendo ser utilizado em monoterapia. A inibição do IL-6R provoca uma descida acentuada dos NBSDBEPSFT� BTTPDJBEPT� BP� TÓOESPNF� JOnBNBUØSJP� EF�resposta sistémica (SIRS), obtendo-se resposta clínica FN�TJUVBÎÜFT�DPNP�B�BOFNJB�JOnBNBUØSJB�QFSTJTUFOUF�associada à AR.

Todavia, estes marcadores deixam de subir em resposta, nomeadamente, a “estímulos” infecciosos, MFWBOUBOEP� NBJT� EJmDVMEBEFT� OP� EJBHOØTUJDP� EF�quadros infecciosos nos doentes tratados com tocilizumab, pelo que o diagnóstico de infecção tem que se basear quase exclusivamente em elementos clínicos.

Na monitorização da resposta clínica devem ser apenas utilizados índices de actividade sem recurso a NBSDBEPSFT�JOnBNBUØSJPT �EBEP�P�FGFJUP�EB�JOJCJÎÍP�EP�IL-6R sobre esses marcadores.

0� QFSmM� EF� TFHVSBOÎB � UFOEP� QPS� CBTF� PT� FOTBJPT�clínicos e os registos da utilização de biológicos, é globalmente sobreponível ao dos restantes biológicos.

Como efeitos laterais é expectável uma subida do colesterol HDL (tratável com estatina), elevação assintomática das transaminases (habitualmente em tratamento concomitante com MTX) e possibilidade

de infecções das vias respiratórias altas. As reacções adversas graves são raras, havendo no entanto um risco de perfuração gastrointestinal (especialmente em doentes com história de diverticulose), bem como B�QPTTJCJMJEBEF�EF�SFBDÎÜFT�BOBmMÈDUJDBT�� ���

Anti-BLySAntónio MarinhoCentro Hospitalar do Porto

- - - - - - - - - - -

Tromboembolismo Pulmonar

Casuística da unidade intermédiaAlexandre PintoSCI/UIMC - Hospital de S. António, Centro Hospitalar do Porto

Os doentes com tromboembolismo pulmonar são, regra geral, admitidos em ambiente de Cuidados Intermédios quando a sua natureza é de alto ou intermédio risco de mortalidade. Pretende-se mostrar o resultado de 45 trombólises levadas a cabo na sua maioria em tromboembolismos de risco intermédio. É efectuada uma análise retrospectiva com intuito de catalizar a discussão posterior relativa à trombólise no tromboembolismo de risco intermédio.

Trombólises nos TEP de risco intermédio - SIMPedro VitaUnidade de Imunologia Clínica, Departamento de Medicina,

Centro Hospitalar do Porto

Unidade Intermédia, Serviço de Cuidados Intensivos 1,

Centro Hospitalar do Porto

O tromboembolismo pulmonar (TEP) agudo pode manifestar-se com espectro de apresentações clínicas que traduzem gravidade e implicações no risco de mortalidade associada. Apesar de claramente EFNPOTUSBEP� P� CFOFGÓDJP� EB� mCSJOØMJTF � OB� BVTÐODJB�de contra-indicações, no TEP de alto risco de mortalidade (maciço), a sua utilização em doentes hemodinamicamente estáveis que apresentam disfunção ventricular direita (TEP submaciço ou de risco intermédio) tem sido considerada controversa e a sua indicação é decidida individualmente, caso a caso.

"� JEFOUJmDBÎÍP� EF� GBDUPSFT� JOEFQFOEFOUFT� EF� NBV�prognóstico e a utilização de scores como o 1VMNPOBSZ�&NCPMJTN�4FWFSJUZ�*OEFY (PESI) têm sido utilizados na UFOUBUJWB� EF� JEFOUJmDBS� PT� EPFOUF� DPN� SJTDP� EF� QJPS�prognóstico e nos quais a relação risco:benefício seria

Page 44: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 41 | 89

C I P

favorável à terapêutica trombolítica. A coexistência de disfunção ventricular direita com lesão miocárdica (avaliada pela subida dos marcadores de necrose miocárdica (MNM)) parecem favorecer o tratamento trombolítico.O estudo independente PEITHO abordou esta questão tendo randomizado 1006 doentes com TEP de risco intermédio (2007-2012) para terapêutica com tecneplase e heparina versus heparina. Mostrou uma SFEVÎÍP�TJHOJmDBUJWB�EB�NPSUBMJEBEF�HMPCBM�BPT���EJBT�no grupo tratado, mas à custa de um aumento do risco de hemorragia, nomeadamente intracraniana. Na análise de subgrupos, a idade é um factor relevante para complicações, uma vez há uma diferença TJHOJmDBUJWB� EPT� EPFOUFT� DPN� JEBEF� TVQFSJPS� B� ���anos.Com a informação actualmente disponível, na ausência de contra-indicações formais, deve ser proposto aos doentes com TEP e disfunção ventricular direita com elevação dos MNM, idade igual ou inferior 75 anos, a realização de tratamento trombolítico.

Trombólise nos TEP de risco intermédio - NÃORui BaptistaCentro Hospitalar e Universitário de Coimbra

O tromboembolismo pulmonar agudo (TEP) é uma entidade clínica comum que condiciona uma mortalidade intra-hospitalar à volta dos 10%. Nos últimos anos tem-se assistindo a uma grande FWPMVÎÍP� OB� GPSNB� DPNP� TF� FTUSBUJmDB� F� TF� USBUB� P�TEP. As recomedações da Sociedade Europeia de $BSEJPMPHJB� TVHFSFN� B� DMBTTJmDBÎÍP� EPT� EPFOUFT�em três níveis de risco: os doentes de alto risco, com uma mortalidade intra-hospitalar que pode exceder PT� ��� � TÍP� JEFOUJmDBEPT� QPS� TF� FODPOUSBSFN� FN�choque cardiogénico, com hipotensão arterial mantida (pressão arterial sistólica inferior a 90 mmHg) ou pós-reanimação cardiopulmonar; os doentes de risco intermédio, que não validando nenhum dos critérios anteriores, demonstram sinais de sofrimento miocárdico, como evidência de dilatação ou disfunção ventricular direita e/ou elevação de biomarcadores de MFTÍP� USPQPOJOB� PV� EJTGVOÎÍP� #/1� NJPDÈSEJDB� F�que têm uma mortalidade intra-hospitalar à volta dos �� B� ����� F� QPS� mN � PT� EPFOUFT� EF� CBJYP� SJTDP � RVF�são aqueles que se encontram hemodinamicamente estáveis e sem sinais de sofrimento miocárdico. Estes doentes têm habitualmente muito bom prognóstico se devidamente anticoagulados.Apesar de actualmente o tratamento dos doentes de alto risco (com trombolíticos e anticoagulação) e de baixo risco (com anticoagulação) se encontrar bem EFmOJEP �SFDFCFOEP�JOEJDBÎÜFT�EF�DMBTTF�*�FN�WÈSJBT�recomendações, permanecem grandes dúvidas

relativamente ao papel da trombólise nos doentes com TEP de risco intermédio. Estas dúvidas surgem não TØ� EB� HSBOEF� EJmDVMEBEF� FN� EFmOJS� DPN� FYBDUJEÍP�RVBJT� TÍP� PT� GBDUPSFT� QSPHOØTUJDPT� RVF� JEFOUJmDBN�esta população de doentes e consequentemente em estabelecer quem é verdadeiramente de risco JOUFSNÏEJP � NBT� UBNCÏN� FN� FTUSBUJmDBS� P� TFV�risco hemorrágico. Além disso, determinar qual a melhor opção trombolítica (sistémica versus local, farmacológica versus mecânica) é também alvo de discussão. Nestes doentes, as recomendações são cautelosas, sugerindo trombólise em doentes seleccionados (classe IIb); outras não recomendam de todo a sua utilização.Recentemente, vários estudos focaram este grupo FTQFDÓmDP� EF� EPFOUFT� OP� JOUVJUP� EF� FTDMBSFDFS� P�benefício prognóstico da trombólise. O estudo PEITHO EFNPOTUSPV� VNB� SFEVÎÍP� TJHOJmDBUJWB� EP� EFTGFDIP�composto de mortalidade ou colapso hemodinâmico aos 7 dias nos doentes tratados com tenecteplase, à custa de um aumento de 10 vezes na incidência de hemorragia intracraniana. As complicações hemorrágicas foram particularmente incidentes sobre o grupo de doentes com mais de 75 anos (metade dos doentes com TEP no nosso hospital). Valerá a pena salientar que a mortalidade no grupo placebo foi inferior a 2%, levantando questões sobre se realmente foram incluídos doentes de risco intermédio. O estudo TOPCOAT, com um desfecho misto de determinantes intra-hospitalares e a médio prazo, demonstrou o valor superior da trombólise versus placebo. Estratégias de doses reduzidas de trombolíticos (como as testadas no estudo MOPPETT) ou de intervenção por catéter (como no estudo ULTIMA) estão a contribuir para o surgimento de novas alternativas no tratamento destes EPFOUFT �DPN�P�PCKFDUJWP�mOBM�EF�QFSNJUJS�VNB�NBJPS�e mais célere resolução dos trombos, um menor risco hemorrágico e um melhor prognóstico a longo prazo.

Novos fármacos no tratamento do tromboembolismo crónicoÁlvaro FerreiraCentro Hospitalar do Porto

- - - - - - - - - - -

Investigação de estados pro-trombóticos no pós-TEPSara MoraisCentro Hospitalar do Porto

- - - - - - - - - - -

Page 45: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 42 | 89

SALA 5

,PXQRGHÀFLrQFLDV�H�,QIHFo}HV�&UyQLFDV

4XDQGR� VXVSHLWDU� GH� XPD� LPXQRGHÀFLrQFLD�primária no adultoMariana BrandãoCentro Hospitalar do Porto

- - - - - - - - - - -

Colonização versus infecção do trato respiratório - abordagem práticaJoana RamalhoHospital de S. António, Centro Hospitalar do Porto

A colonização do tracto respiratório inicia-se precocemente, logo após o nascimento, e é, até certo ponto, considerada normal em alguns locais das vias respiratórias e com determinados tipos de microrganismos.

Todavia, sabe-se que a colonização respiratória é um importante factor de risco para infecção, particularmente quando estão presentes agentes microbiológicos com elevado potencial patogénico em locais habitualmente estéreis, situação frequente no doente crítico e em ambiente de cuidados intensivos.

Desta forma, é importante a distinção entre colonização e infecção do trato respiratório, bem como a adopção das estratégias mais adequadas de investigação e tratamento.

Gestão das complicações metabólicas associadas j�WHUDSrXWLFD�GR�9,+Graziela CarvalheirasSCI/UIMC - Hospital de S. António, Centro Hospitalar do Porto

O uso de terapêutica antirretroviral (TARV) resultou na melhoria da sobrevida dos doentes infectados pelo VIH, sendo que actualmente cerca 50% destes doentes morrem por doenças não relacionadas com o VIH, nomeadamente doença cardiovascular, hepática e oncológica.

Na população VIH+ as complicações metabólicas são: as alterações na distribuição da gordura DPNP� B� MJQPEJTUSPmB� F� B� MJQPBUSPmB � BT� BMUFSBÎÜFT� OP�metabolismo da glicose como o aumento da resistência à insulina e a diabetes mellitus, a dislipidemia, a acidose láctica, e as alterações no metabolismo ósseo como a osteoporose e a osteonecrose.

No doente VIH+, o próprio vírus causa uma disfunção imune semelhante à relacionada com o aumento da idade, e à medida que a população infectada pelo VIH envelhece, as complicações metabólicas associadas

ao risco cardiovascular e outras doenças crónicas adquirem maior impacto. Mas estas complicações metabólicas não estão apenas relacionadas com o próprio VIH nem com a idade, mas também com a TARV, nomeadamente os inibidores da protease (IP) e os inibidores nucleósidos da transcriptase reversa (INTR).

No seu conjunto, as alterações metabólicas associadas B� GBDUPSFT� JNVOPMØHJDPT � JOnBNBUØSJPT � HFOÏUJDPT� F�virológicos contribuem para um risco cardiovascular acrescido na população VIH+.

Vários estudos têm demonstrado que a duração da infeção pelo VIH, corrigida para a idade, score de risco de Framingham e duração de TARV, têm um TJHOJmDBEP�FTUBUÓTUJDP�JNQPSUBOUF�OP�BVNFOUP�EP�SJTDP�de doença coronária.

Na população VIH+ as estratégias de prevenção do risco cardiovascular devem ter um papel fundamental.

5HIHUHQFLDomR� H� HVWUDWpJLDV� WHUDSrXWLFDV� QR�WUDWDPHQWR�GD�FR�LQIHFomR�KHSDWLWH�&�9,+Filipe NerySCI/UIMC - Hospital de S. António, Centro Hospitalar do Porto

Estima-se que cerca de 15% da população infectada pelo VIH o seja, concomitantemente, também pelo vírus da hepatite C (VHC), com uma distribuição HFPHSÈmDB� NVOEJBM� NVJUP� IFUFSPHÏOFB� F� DPN� VNB�via de transmissão predominantemente parentérica. Em doentes seropositivos para o VIH, a presença de Ac anti-VHC negativo não exclui infecção pelo que, se suspeitada, o ARN do VHC deve ser determinado. Estudos de cohorte demonstraram uma progressão mais rápida da infecção pelo VHC nos co-infectados pelo VIH devido à falha da resposta mediada pelos linfócitos TCD4+, conduzindo a que ��� B� ���� EFTTFT� EPFOUFT � BP� mN� EF� ��� B� ��� BOPT�já tenham desenvolvido cirrose, ao contrário de 2 a 6% em doentes seronegativos para o VIH. Este curso acelerado da lesão induzida pelo VHC nos doentes DPN�EFmDJÐODJB�JNVOF�TFWFSB�BTTPDJBEB�BP�7*)�WÐ�TF�reduzido se o doente iniciar terapêutica antiretroviral FmDB[ � FTUBOEP� BDUVBMNFOUF� SFDPNFOEBEP� &"$4�iniciá-la, na co-infecção, quando Linfócitos T CD4+ entre 350-500/uL em doentes assintomáticos.

Relativamente ao tratamento, o objectivo é atingir uma resposta virológica sustentada, com cargas virais do VHC persistentemente negativas, sendo reconhecido que, uma vez erradicada a infecção pelo VHC, futuras complicações de doença hepática são improváveis. O tratamento base é o da biterapia com PegIFN e ribavirina. O tratamento deve ser iniciado precocemente se pelo menos F2 (score Metavir). Se o doente estiver francamente imunodeprimido pelo

Page 46: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 43 | 89

C I P

VIH, com contagem de linfócitos T CD4+ <200/uL, é recomendado iniciar terapêutica antiretroviral para o VIH antes de iniciar terapêutica para o VHC, já que doentes com percentagem relativa de Linfócitos TCD4+ > 25% têm maior probabilidade de resposta do que os que têm percentagens mais baixas. O score Prometheus foi desenvolvido para prever a probabilidade de RVS usando biterapia para o tratamento da co-infecção VIH/VHC. O tratamento triplo para o VHC parece ter, nos co-infectados, taxas de resposta semelhantes aos mono-infectados pelo VHC. No caso da evolução cirrogénica em doentes

co-infectados, com complicações decorrentes da sua doença hepática (encefalopatia, sangramento secundário a HTP, peritonite bacteriana espontânea, TÓOESPNF� IFQBUP�QVMNPOBS � JOTVmDJÐODJB� IFQBUP�celular grave, hepatocarcinoma, etc), o transplante de fígado é uma alternativa possível em doentes seleccionados.Os doentes co-infectados pelo VIH/VHC deverão ser seguidos em centros de referência e com experiência em lidar não só com a infecção pelo VIH como, também, com a doença hepática avançada, nomeadamente a induzida pelo VHC.

sala 5 | dia 3 de fevereiro

1RYDV�2So}HV�7HUDSrXWLFDV

1RYRV� IiUPDFRV� QR� WUDWDPHQWR� GD� LQVXÀFLrQFLD�cardíaca agudaAlexandre PintoSCI/UIMC - Hospital de S. António, Centro Hospitalar do Porto

"�EFTDPNQFOTBÎÍP�BHVEB�EB�JOTVmDJÐODJB�DBSEÓBDB�Ï�um evento clínico complexo associado a um excesso de morbilidade e mortalidade (20% aos 6 meses). Os objectivos do tratamento passam pelo tratamento do WPMVNF� PWFSMPBE, da congestão, da correcção das alterações hemodinâmicas, do alívio sintomático e da redução da mortalidade.Os diuréticos de ansa continuam a ser agentes de primeira linha para o tratamento da sobrecarga IÓESJDB � mDBOEP� B� VMUSBmMUSBÎÍP� SFTFSWBEB� QBSB� PT�doentes refractários à terapêutica farmacológica. Os resultados dos estudos UNLOAD e CARRESS-HF, não DPOUSJCVJSBN�QBSB�B�NPEJmDBÎÍP�EFTUB�QSÈUJDB��/PT�EPFOUFT�DPN�JOTVmDJÐODJB�DBSEÓBDB�BHVEB�*$"�com pressão arterial normal ou elevada são usados frequentemente vasodilatadores para correcção hemodinâmica, reversão da redistribuição central do volume, embora nenhum agente actualmente disponível mostrou impacto no prognóstico. Os inotrópicos e inodilatadores estão associados frequentemente a efeitos adversos eléctricos, encontrando-se reservados ao doentes que evidenciam perfusão inadequada.

Deste modo a gestão do doente (ICA) continua a SFWFMBS�TF�VN�EFTBmP�QFSBOUF�B�BVTÐODJB�EF�GÈSNBDPT�que concomitantemente melhoram sintomas, corrigem alterações hemodinâmicas e diminuam mortalidade e taxa de re-hospitalização. O motivo pode residir OB� IFUFSPHFOFJEBEF� EPT� QFSmT� DMÓOJDPT� EB� *$"� RVF�SFnFDUFN�EJGFSFOUFT�SFTQPTUBT�QBUPmTJPMØHJDBT��Pretende-se dar a conhecer novos fármacos desenhados para maximizarem benefícios hemodinâmicos e minimizarem efeitos adversos, que mostraram ser promissores em vários estudos clínicos.

#*#-*0(3"'*"(IFPSHIJBEF�. �1BOH�14��"DVUF�IFBSU� GBJMVSF�TZOESPNFT��+�"N�$PMM�Cardiol. 2009;53:557–73.4FMCZ� 7/ � 5FFSMJOL� +3��8IBU�T� /FX� JO� UIF� 5SFBUNFOU� PG� "DVUF�)FBSU�Failure? Curr Cardiol Rep (2013) 15:393;BNBOJ� 1 � (SFFOCFSH� #)�� /PWFM� 7BTPEJMBUPST� JO� )FBSU� 'BJMVSF�� $VSS�Heart Fail Rep (2013) 10:1–11(IFPSHIJBEF�. �1BOH�14 �0�$POOPS�$. �FU�BM��$MJOJDBM�EFWFMPQNFOU�PG�QIBSNBDPMPHJD�BHFOUT�GPS�BDVUF�IFBSU�GBJMVSF�TZOESPNFT��B�QSPQPTBM�GPS�B�NFDIBOJTUJD�USBOTMBUJPOBM�QIBTF��"N�)FBSU�+��������������o���$PTUBO[P� .3 � (VHMJO� .& � 4BMU[CFSH� .5 � FU� BM�� 6MUSBmMUSBUJPO� WFSTVT�intravenous diuretics for patients hospitalized for acute decompensated IFBSU�GBJMVSF��+�"N�$PMM�$BSEJPM�������������o���#BSU�#" �(PMETNJUI�43 �-FF�,- �FU�BM��6MUSBmMUSBUJPO�JO�EFDPNQFOTBUFE�IFBSU�GBJMVSF�XJUI�DBSEJPSFOBM�TZOESPNF��/�&OHM�+�.FE���������������o304.

Page 47: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 44 | 89

SALA 5

Fármaco órfãos nas doenças metabólicasArlindo GuimasSCI/UIMC - Hospital de S. António, Centro Hospitalar do Porto

As doenças raras constituem um grupo de patologias largamente desconhecidas pela maioria dos clínicos mas cuja importância é crescente, nomeadamente no grupo dos erros inatos do metabolismo (doenças do ciclo da ureia, distúrbios da beta-oxidação dos ácidos HPSEPT � BDJEÞSJBT� PSHÉOJDBT � QPSmSJBT�� "� NFMIPSJB�da acuidade diagnóstica destes doentes melhorou nos últimos anos, possibilitou um diagnóstico mais atempado e uma melhoria do prognóstico vital e funcional dos mesmos. Apesar da miríade das patologias em causa e ausência EF�RVBMRVFS�USBUBNFOUP�FmDB[ �FTUÍP�Ë�EJTQPTJÎÍP�EPT�clínicos vários fármacos que permitem tratar várias destas entidades nosológicas. Na maior parte dos casos, são fármacos órfãos cuja utilização é restrita e destina-se para um pequeno número de doentes. Estes fármacos são utilizados quer na terapêutica crónica, quer na fase de agudização da doença. O objectivo desta apresentação passa por apresentar os fármacos órfãos disponíveis para o tratamento destas patologias e apresentar alguns protocolos de actuação na fase de descompensação aguda de algumas patologias metabólicas.

Novidades no tratamento da DPOCAna Luísa RegoPneumologista / UCIM - Hospital S. António, Centro Hospitalar do Porto

A Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) é a doença respiratória mais prevalente a nível mundial UFOEP� VN� JNQBDUP� TJHOJmDBUJWP� EB� NPSCJMJEBEF �mortalidade e custos para a saúde. Em Portugal atinge 14.2% dos adultos com mais de 40 anos. 4FHVOEP�B�%JSFDÎÍP�(FSBM�EF�4BÞEF�%(4�P�OVNFSP�de internamentos por DPOC entre 2000 e 2008 aumentou 20%.

Os contínuos avanços na prevenção e na abordagem terapêutica desta prevalente patologia são indissociáveis do seu controle. Percorreremos as mais recentes actualizações do que de novo surgiu nesta área - das implicações dos critérios de diagnóstico (FEV1/FEV < 0.7 versus o Limite Inferior do Normal), às estratégias de redução de risco, passando pela terapêutica cirúrgica e obviamente farmacológica (com especial ênfase para novos fármacos promissores). Será ainda discutido o papel das novas terapias emergentes sobretudo no que concerne ao USBUBNFOUP�CSPODPTDØQJDP�EP�FOmTFNB��

Abordagem personalizada do tratamento da hipertensão pulmonarTeresa ShiangServiço de Pneumologia - Centro Hospitalar de Vila Nova de (BJB���&TQJOIP

A HAP, doença rara, com um comportamento maligno e até há bem pouco tempo, sem grandes meios para o seu tratamento, é nos dias de hoje uma doença tratável e a investigação farmacêutica nesta área permite dar perspectivas francamente animadoras aos doentes.No inicio da década de 90 não existiam fármacos com JOEJDBÎÍP� FTQFDÓmDB� QBSB� P� USBUBNFOUP� EB�)"1�� &N�EF[� BOPT � USÐT� HSBOEFT� WJBT� mTJPQBUPMØHJDBT� GPSBN�descritas, permitindo o desenvolvimento de pelo menos nove fármacos actualmente em utilização para P�USBUBNFOUP�FTQFDJmDP�EB�)"1�Com o desenvolvimento dos prostanóides, dos antagonistas dos receptores de endotelina e dos inibidores de fosfodiesterase tornou-se possível, não TØ�FTUSBUJmDBS�P�USBUBNFOUP�EF�BDPSEP�DPN�B�HSBWJEBEF�da doença, mas também combinar medicamentos de diferentes classes terapêuticas. Esta nova realidade permitiu estender o tratamento a um número maior de doentes. Mais ainda, permitiu o desenvolvimento de esquemas de tratamentos baseados no que de mais SPCVTUP�FYJTUF�FN�UFSNPT�EF�FWJEÐODJB�DJFOUÓmDB��&TUFT�esquemas actuais de tratamento tiveram impacto NVJUP�TJHOJmDBUJWP�OB�NFMIPSJB�EB�GVOÎÍP�DBSEÓBDB �EB�qualidade de vida dos doentes portadores de HAP, retardando a progressão da doença e permitindo que os doentes vivam mais e melhor.Para além da inovação em termos de fármacos, possivelmente a maior evolução do passado recente foi a mudança do paradigma em termos de tratamento; passou-se de uma terapêutica escalada para uma terapêutica orientada por objectivos. A terapêutica orientada por objectivos é uma estratégia terapêutica que usa indicadores prognósticos bem estabelecidos como metas; isto vai possibilitar uma intervenção precoce e escalada terapêutica antes dos doentes deteriorarem..VJUBT�GFSSBNFOUBT �UBJT�DPNP�TJOUPNBT �DMBTTJmDBÎÍP�funcional, capacidade de exercício, dados hemodinâmicos, achados em termos de imagem cardíaca e nível de biomarcadores, demonstraram ter valor prognóstico em termos de sobrevida quer na fase de diagnóstico quer durante o tratamento. $PNP�WÈSJPT�EFTUFT�NBSDBEPSFT� SFnFDUFN�EJGFSFOUFT�BTQFDUPT� EB� mTJPQBUPMPHJB� EB� )"1 � BTTVNF�TF� RVF�a sua combinação fornecerá uma informação mais acurada do estado e prognóstico do doente.

&TUB� BCPSEBHFN� Ï� SFDPNFOEBEB� OBT� (VJEFMJOFT� F�o conceito de avaliação integrada e multivariada foi ressaltada em estudos recentes.

Page 48: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 45 | 89

C I P

Indicações e complicações associadas aos novos hipocoagulantes oraisPaulo PaivaCentro Hospitalar do Porto

- - - - - - - - - - -

'LDJQyVWLFRV�'LItFHLV�HP�0HGLFLQD� ,QWHUQD� ��Googling a Diagnosis

Alterações da hemóstase e síndrome hemorrágicos raros descobertos na idade adultaJorge CoutinhoHematologia - Hospital S. António, Centro Hospitalar do Porto

As alterações primárias da Hemostase são raras quando comparadas com as secundárias a intervenções terapêuticas ou estados mórbidos de outros aparelhos e sistemas.Pretende-se analisar e discutir a clínica, o estudo laboratorial e a terapêutica das situações que mais frequentemente ocorrem nos doentes graves ou críticos.As doenças primárias da hemostase são quase UPEBT� DPOHÏOJUBT � )FNPmMJBT � %78JMMFCSBOE �USPNCPDJUPQBUJBT�DPNP�5SPNCBTUFOJB �%��EF�#��4PVMJFS�mas algumas delas podem ser encontradas em adultos.Os defeitos adquiridos da hemostase são muito frequentes em doentes críticos ou consequentes a intervenções terapêuticas (Trombocitopenias induzidas por fármacos ou por consumo ou diluicionais, coagulopatias de consumo ou diluicionais, coagulopatias induzidas pelos anticoagulantes, inibidores adquiridos da coagulação, trombocitopatias induzidas por fármacos).Faremos uma análise dos meios de diagnóstico e do seu uso adequado.Abordaremos as possíveis terapêuticas das várias situações no contexto do doente sangrante ou em risco de sangramento face a necessidade de manobras invasivas

+LSHUIHUULWLQHPLD�HP�FRQWH[WR�GH�GRHQoD�DJXGD�Filipe NerySCI/UIMC - Hospital de S. António, Centro Hospitalar do Porto

A ferritina é uma proteína biologicamente disponível que permite, por um lado, a reserva do ferro e, por

outro, evitar que este se torne tóxico na sua forma livre. A sua síntese é regulada por citocinas.A hiperferritinemia está associada a múltiplas DPOEJÎÜFT� JOnBNBUØSJBT� TJTUÏNJDBT� BHVEBT� DPNP�sejam o caso do SIRS/sépsis, disfunção multiorgânica e síndrome de activação macrofágica, parecendo ter impacto prognóstico e na mortalidade quando em valores superiores a 3000ng/mL.Evidência actual mostra que a ferritina tem função supressora na proliferação e diferenciação celular hematopoiética (sendo teorizado o papel da ferritina na indução da produção de citocina IL-10 nos linfócitos). A ferritina parece induzir igualmente a activação de NF-ț# �BVNFOUBOEP�B�FYQSFTTÍP�EF�NFEJBEPSFT�QSØ�JOnBNBUØSJPT�A imunossupressão induzida pela hiperferritinemia pode favorecer a perda de tolerância e desenvolvimento de doenças autoimunes e estados de hiperferritinemia têm sido associados a artrite reumatoide, lúpus eritematoso sistémico, síndrome antifosfolipidica, esclerose múltipla, entre outros.Assim, a ferritina, pela sua dinâmica e relação com a expressão de citocinas, pode ser uma molécula com QSPQSJFEBEFT�JNVOPTTVQSFTTPSBT�PV�QSØ�JOnBNBUØSJBT�Uma síndrome hiperferritinémica pode estar associada B� DPOEJÎÜFT� DPN� IJQFSJOnBNBÎÍP� BNFBÎBEPSB� EB�vida com falência multiorgânica como a que ocorre na síndrome de activação macrofágica, doença de Still do adulto, choque séptico ou síndrome de catástrofe antifosfolipidica.A questão última é se a hiperferritinemia surge como causa ou consequência destas entidades, já que lhes está frequentemente associada, os seus níveis séricos melhoram com o tratamento destas doenças (o qual QBTTB� GSFRVFOUFNFOUF� QFMB� QMBTNBGFSFTF � *(*7� F�corticoterapia).

Neoplasias de primário desconhecidoFranklim MarquesCentro Hospitalar do Porto

- - - - - - - - - - -

3UXULGR���LQYHVWLJDomR�H�DERUGDJHP�WHUDSrXWLFD�HP�medicina internaCristiana SousaCentro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro

- - - - - - - - - - -

Page 49: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 46 | 89

SALA 5

+LSHUDPRQLpPLDArlindo GuimasSCI/UIMC - Hospital de S. António, Centro Hospitalar do Porto

A amónia é o metabolito central no metabolismo do azoto. A hiperamonemia é uma alteração metabólica frequentemente associada a doença hepática quer seja crónica ou aguda. A sua manifestação clínica mais reconhecida é a encefalopatia e cuja expressão mais grave é o coma. A hiperamoniémia é frequentemente associada a doença hepática adquirida (álcool, vírus, fármacos, tóxicos) e a algumas patologias congénitas IFNPDSPNBUPTF � EPFOÎB� EF� 8JMTPO � EÏmDF� EF� BMGB�1 antitripsina). Estas entidades são do conhecimento geral dos clínicos, estando o seu diagnóstico bem sistematizado, apesar de meandros e particularidades associado a algumas destas.A encefalopatia e hiperamoniémia podem surgir em doentes sem reconhecida doença hepática e estão associados a patologias menos comuns, tais como erros inatos do metabolismo. O seu diagnóstico é de vital importância pois são doenças potencialmente tratáveis e com um prognóstico favorecido caso seja instituída terapêutica adequada.O objectivo desta apresentação é a revisão do metabolismo do azoto e em particular do ciclo da ureia, das causas de hiperamoniémia, da sua abordagem diagnóstica e terapêutica a instituir em caso de suspeita de erro inato do metabolismo da ureia.

$ERUGDJHP�GDV�,QIHFo}HV�1RVRFRPLDLV

Como uritizar os dados locais da microbiologia?Júlio OliveiraCentro Hospitalar do Porto

- - - - - - - - - - -

(VWUDWpJLD�GLDJQyVWLFD�H�WHUDSrXWLFD�SDUD�R�056$Ernestina ReisCentro Hospitalar do Porto

- - - - - - - - - - -

(VWUDWpJLD� GLDJQyVWLFD� H� WHUDSrXWLFD� SDUD� D�Pseudomonas aeruginosaPedro LeuschnerCentro Hospitalar do Porto

- - - - - - - - - - -

(VWUDWpJLD� GLDJQyVWLFD� H� WHUDSrXWLFD� SDUD� D�fungémiaJosé Manuel Pereira$FOUSP�)PTQJUBMBS�EF�4ÍP�+PÍP

- - - - - - - - - - -

(VWUDWpJLD� GLDJQyVWLFD� H� WHUDSrXWLFD� SDUD� DV�enterobactereáceas ESBLConceição Sousa Dias$FOUSP�)PTQJUBMBS�EF�4ÍP�+PÍP

- - - - - - - - - - -

Gestão de Factores de Risco Cardiovascular

Novos anti-diabéticos, incluindo utilizações off-labelLuís Lopes$FOUSP�)PTQJUBMBS�EF�4ÍP�+PÍP

- - - - - - - - - - -

Novos e velhos anti-hipertensoresSérgio Andrade$FOUSP�)PTQJUBMBS�EF�4ÍP�+PÍP

- - - - - - - - - - -

Estatinas - para além dos efeitos sobre os lípidosPedro CunhaCHAA

- - - - - - - - - - -

Page 50: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 47 | 89

CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA

SALA 6

sala 6 | dia 3 e 4 de fevereiro

Page 51: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 48 | 89

SALA 6

La consideración de la donación de órganos y tejidos tras el fallecimiento ha de formar parte integral de MPT� DVJEBEPT� BM� mOBM� EF� MB� WJEB�� &O� FTUF� DPOUFYUP �nuestro sistema ha de estar preparado para facilitar la donación en los casos de personas que van a fallecer USBT�MB�MJNJUBDJØO�EFM�USBUBNJFOUP�EF�TPQPSUF�WJUBM�-547 �QPTJCJMJUBOEP�MB�EPOBDJØO�UJQP�***�EF�.BBTUSJDIU��Se consideran potenciales donantes a aquellos QBDJFOUFT� TJO� FWJEFODJB� EF� UVNPS�NBMJHOP � JOGFDDJØO�OP�DPOUSPMBEB�P�EJTGVODJØO�NVMUJPSHÈOJDB�FO� MPT�RVF �QPS�TV�QBUPMPHÓB�EF� JOHSFTP�Z�TV�FWPMVDJØO�QPTUFSJPS �se ha decidido conjuntamente con la familia la LTSV Z�FO�MPT�RVF�TF�FTQFSB�RVF �USBT� MB�SFUJSBEB�EF�FTUBT�NFEJEBT � TF� QSPEV[DB� MB� QBSBEB� DBSEJPSSFTQJSBUPSJB�FO� MBT�IPSBT�TJHVJFOUFT��-BT�TJUVBDJPOFT�RVF�QVFEFO�conducir a la DA controlada incluyen pacientes con patología neurológica grave con pronóstico funcional DBUBTUSØmDP��

Transplante de dador vivoA. Fernandez GarcíaCoordinador de Trasplantes

$PNQMFYP�)PTQJUBMBSJP�6OJWFSTJUBSJP�"�$PSV×B

&M� USBTQMBOUF� SFOBM� EF� EPOBOUF� WJWP� DPOTUJUVZF� VOB�opción muy importante para el tratamiento de la JOTVmDJFODJB� SFOBM� DSØOJDB� FO� VO� HSBO� OÞNFSP� EF�QBÓTFT� FDPOØNJDB� Z� TBOJUBSJBNFOUF� BWBO[BEPT� Z�la primera alternativa de trasplante renal de países QPCSFT�P�FO�WÓBT�EF�EFTBSSPMMP�6O�QSPHSBNB�EF�USBTQMBOUF�SFOBM�EF�EPOBOUF�WJWP�EFCF�basarse en unos criterios éticos que garanticen una EFDJTJØO�MJCSF �DPOTDJFOUF�Z�EFTJOUFSFTBEB���EFM�EPOBOUF �VOB�NPUJWBDJØO�TVmDJFOUF�Z�VOB�FWBMVBDJØO�DPNQMFUB�EFM� NJTNP � GÓTJDB� Z� QTJDPMØHJDB�� &T� JOEJTQFOTBCMF �BEFNÈT � MB� FYJTUFODJB� EF� VOBT� HBSBOUÓBT� SB[POBCMFT�EF� ÏYJUP� EFM� USBTQMBOUF� Z� VOB� FWBMVBDJØO� BEFDVBEB�EFM�SJFTHP�RVJSÞSHJDP�Z�EF�QBSB�MB�TBMVE�QPTUFSJPS�EFM�EPOBOUF�-B�QSJNFSB�BQSPYJNBDJØO�BM�EPOBOUF�TF�SFBMJ[BSÈ�FO�VOB�FOUSFWJTUB�QFSTPOBM �TJO�FM�SFDFQUPS �EPOEF�BEFNÈT�EF�JOGPSNBS�TPCSF�FM�QSPDFTP �TF�FWBMVBSÈ�MB�NPUJWBDJØO�Z�FM�HSBEP�EF�DPOPDJNJFOUP�EF�SJFTHPT�Z�CFOFmDJPT��La evaluación médica inicial del donante incluirá una historia clínica completa con revisión de sus BOUFDFEFOUFT�NÏEJDPT�Z�RVJSÞSHJDPT �GBDUPSFT�EF�SJFTHP�DBSEJPWBTDVMBS� Z� USBUBNJFOUPT� BDUVBMFT� Z� QBTBEPT��Son contraindicaciones absolutas para la donación SFOBM�FO�WJEB��&EBE������BOPT��&NCBSB[P��&WJEFODJB�EF� DPFSDJØO� P� JODBQBDJEBE� JOUFMFDUVBM�� )JQFSUFOTJØO�BSUFSJBM� OP� DPOUSPMBEB�� %JBCFUFT� NFMMJUVT�� 1SPUFJOVSJB�������NH����I��'JMUSBDJØO�HMPNFSVMBS�BOPSNBM�QBSB�MB�

Doações de Orgãos

Doação de doente em assistolia. Protocolo O.N.T.F. Mosteiro Pereira6$*���$PNQMFKP�)PTQJUBMBSJP�6OJWFSTJUBSJP�$PSVOB

&TQB×B� IB� EFTBSSPMMBEP� VOB� BDUJWJEBE� FYUSBPSEJOBSJB�EF� EPOBDJØO� Z� USBTQMBOUF � BDUJWJEBE� GVOEBNFOUBEB�mayoritariamente hasta el momento en la donación de QFSTPOBT�GBMMFDJEBT�FO�TJUVBDJØO�EF�NVFSUF�FODFGÈMJDB��4JO�FNCBSHP �QFTF�B�VOB�BDUJWJEBE�EF�USBTQMBOUF�RVF�QSÈDUJDBNFOUF� IB� BMDBO[BEP� MPT� ��� QSPDFEJNJFOUPT�QPS�NJMMØO�EF�QPCMBDJØO�QNQ�FO�FM�B×P����� �EJDIB�BDUJWJEBE�FT� JOTVmDJFOUF�QBSB�DVCSJS� MBT�OFDFTJEBEFT�EF� USBTQMBOUF� EF� OVFTUSB� QPCMBDJØO�� -B� SFEVDDJØO�de la mortalidad relevante para la donación de ØSHBOPT� NPSUBMJEBE� QPS� USÈmDP� Z� QPS� FOGFSNFEBE�DFSFCSPWBTDVMBS � VOJEB� B� DBNCJPT� FO� MB� BUFODJØO� BM�QBDJFOUF�DSÓUJDP�FO�HFOFSBM�Z�OFVSPDSÓUJDP�FO�QBSUJDVMBS �está determinando un descenso progresivo en la potencialidad de donación en muerte encefálica en OVFTUSP� QBÓT�� %F� MP� BOUFSJPS� TF� EFSJWB� MB� OFDFTJEBE�de desarrollar fuentes alternativas a la donación EF� ØSHBOPT� EF� QFSTPOBT� FO� NVFSUF� FODFGÈMJDB�� &O�DPODSFUP � MB�donación en asistolia� %" � FO�DSFDJFOUF�FYQBOTJØO� FO� EJWFSTPT� QBÓTFT� EF� OVFTUSP� FOUPSOP�Z� FO� &TQB×B � TF� WJTMVNCSB� DPNP� VOB� estrategia imprescindible a la hora de asegurar la disponibilidad EF�ØSHBOPT�QBSB�USBTQMBOUF��La terminología aplicada a la DA en el mundo anglosajón ha ido evolucionando a lo largo de los B×PT � TJFOEP� BDUVBMNFOUF� SFDPOPDJEP� FM� UÏSNJOP�‘Donation after the Circulatory Determination of Death’ DPNP�FM�NÈT�BQSPQJBEP �TJ�CJFO�UPEBWÓB�DPFYJTUF�DPO�PUSPT�UÏSNJOPT��&M�NPUJWP�RVF�TVCZBDF�B� MB�TFMFDDJØO�de la denominación antes mencionada como la más adecuada es el reconocimiento de que el fallecimiento de la persona no viene determinado por la pérdida JSSFWFSTJCMF�EF�MB�GVODJØO�DBSEJBDB �TJOP�QPS�MB�QÏSEJEB�JSSFWFSTJCMF�EF�MB�GVODJØO�DJSDVMBUPSJB�Z�SFTQJSBUPSJB��-B� DPOEJDJØO� EF� JSSFWFSTJCJMJEBE� UBNCJÏO� FYJHF�respetar un periodo de observación sin maniobras de cardiocompresión y ventilación mecánica durante el cual se constate el cese de la función DBSEJPSSFTQJSBUPSJB � RVF� FO� &TQB×B� TF� FODVFOUSB�FTUJQVMBEP�FO���NJOVUPT��&M� EJBHOØTUJDP� EF� NVFSUF� Z� TV� DFSUJmDBDJØO� IBO� EF�QSFDFEFS�B�MB�FYUSBDDJØO�EF�ØSHBOPT��-PT�QSPGFTJPOBMFT�FODBSHBEPT� EFM� EJBHOØTUJDP� Z� MB� DFSUJmDBDJØO�TFSÈO� NÏEJDPT� DPO� DVBMJmDBDJØO� P� FTQFDJBMJ[BDJØO�BEFDVBEBT�QBSB�FTUB� mOBMJEBE �EJTUJOUPT�EF�BRVFMMPT�NÏEJDPT�RVF�IBZBO�EF�JOUFSWFOJS�FO�MB�FYUSBDDJØO�P�FM�USBTQMBOUF �Z�OP�TVKFUPT�B�MBT�JOTUSVDDJPOFT�EF�ÏTUPT��

sala 6 | dia 3 de fevereiro

Page 52: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 49 | 89

C I P

FEBE �TFYP�Z�UBNB×P��"VTFODJB�EF�IFNBUVSJB�EF�PSJHFO�SFOBM�� 3JFTHP� BMUP� EF� USPNCPFNCPMJB�� &OGFSNFEBE�JNQPSUBOUF� FOGFSNFEBE� QVMNPOBS� DSØOJDB � UVNPS�NBMJHOP�SFDJFOUF �DBSEJPQBUÓB�OP�USBUBEB�P�OP�FTUBCMF��*OGFDDJØO�QPS�FM�7*) �7)#�P�7)$��5SBT� FTUB� QSJNFSB� FWBMVBDJØO � TF� TPMJDJUBSÈO� MPT�FTUVEJPT� DPNQMFNFOUBSJPT� RVF� JODMVJSÈO�� 1FTP � UBMMB�F�*.$��5"�FO�DPOEJDJPOFT�CBTBMFT��(SVQP�TBOHVÓOFP �UJQBKF� JONVOPMØHJDP� Z� QSVFCB� DSV[BEB�� "OBMÓUJDB�HFOFSBM�� )FNPHSBNB � DPBHVMBDJØO � CJPRVÓNJDB�DPNQMFUB�� 7BMPSBDJØO� EF� MB� GVODJØO� SFOBM�� 'JMUSBDJØO�FTUJNBEB�.%3% �"DM��$SFBUJOJOB�PSJOB����I��"OBMÓUJDB�EF� PSJOB� DPO� TFEJNFOUP� Z� QSPUFJOVSJB� FO� PSJOB� ��� I��4FSPMPHÓB�DPNQMFUB�7*) �7)# �7)$ �$.7 �TÓmMJT �7)4 �UPYPQMBTNB��)HC��D �550(�TJ�DJGSBT�HMVDFNJB�MÓNJUF�P�BOUFDFEFOUFT�GBNJMJBSFT��.BSDBEPSFT�UVNPSBMFT��&,(��3BEJPHSBGÓB�EF�UØSBY���&DPHSBGÓB�BCEPNJOBM�Si los resultados de esta primera valoración son adecuados se completará el estudio con pruebas complementarias más agresivas como angioTAC o BOHJP3./�QBSB�WBMPSBS�FM�TJTUFNB�BSUFSJBM�$PO� GSFDVFODJB � MBT� EFDJTJPOFT� TPCSF� MB� EPOBDJØO�debe incluir la valoración de posibles donantes PCFTPT �EF�FEBE�BWBO[BEB�P�DPO�GBDUPSFT�EF�SJFTHP�DBSEJPWBTDVMBS��-B�EFDJTJØO�FO�FTUPT�DBTPT�TF�EFCFSÈ�JOEJWJEVBMJ[BS�&M� FTUVEJP� EF� MPT� EPOBOUFT� TF� DPNQMFUB� DPO� VOB�FWBMVBDJØO� QTJDPMØHJDB� SFBMJ[BEB� QPS� QTJDØMPHP� P�QTJRVJBUSB��&O�&TQB×B �FM�EPOBOUF�EFCF�TFS�FWBMVBEP�QPS� FM� $PNJUÏ� )PTQJUBMBSJP� EF� ²UJDB� Z� mSNBS� FM�DPOTFOUJNJFOUP�mOBM�EF�DFTJØO�EFM�ØSHBOP�EFMBOUF�EFM�+VF[�EF����*OTUBODJB�Los resultados del trasplante renal de donante vivo OPT�JOEJDBO�RVF �FO�DVBOUP�B�TVQFSWJWFODJB�Z�GVODJØO�QPTU�USBTQMBOUF �FM�USBTQMBOUF�SFOBM�EF�EPOBOUF�WJWP�FT�MB�NFKPS�BMUFSOBUJWB�BDUVBMNFOUF �QBSB�FM�USBUBNJFOUP�EF�MB�JOTVmDJFODJB�SFOBM�DSØOJDB�

Doação em Portugal: estado actualRosário Caetano Pereira$FOUSP�)PTQJUBMBS�EP�1PSUP

����������������������

Critérios expandidos na doação de órgãosDonzília Silva$FOUSP�)PTQJUBMBS�EP�1PSUP

A selecção do dador de órgãos é uma etapa decisiva EB�DBEFJB�EF� USBOTQMBOUBÎÍP��"�FTDBTTF[�EF�ØSHÍPT�QBSB� USBOTQMBOUBÎÍP� DPOEV[JV � JOFWJUBWFMNFOUF � Ë�implementação de estratégias para aumentar a RVBOUJEBEF� EF� EBEPSFT� EJTQPOÓWFJT�� 0� DPODFJUP� EF�DSJUÏSJPT� FYQBOEJEPT� QBSB� BDFJUBÎÍP� EF� EBEPSFT� GPJ�

JOUSPEV[JEP� QPS� ,BVGNBO � FN� ���� � F � EFTEF� FOUÍP �DPNFÎBSBN� B� VTBS�TF� FOYFSUPT� EF� EBEPSFT� DPN�JEBEF� TVQFSJPS � NPSCJMJEBEFT� BDSFTDJEBT � BMUFSBÎÜFT�BOBMÓUJDBT �JOGFDÎÍP �EFUFSNJOBEBT�OFPQMBTJBT�F�NPSUF�EF�DBVTB�WBTDVMBS��"QFTBS�EF�BDBSSFUBS �UFPSJDBNFOUF �BDSÏTDJNP� EF� SJTDP� QBSB� QFSEB� EF� FOYFSUP � FTUF�NBSDP� IJTUØSJDP� QFSNJUJV� CFOFGÓDJPT � FN� UFSNPT� EF�TPCSFWJWÐODJB� F� RVBMJEBEF� EF� WJEB�� *OJDJBMNFOUF�QSFDPOJ[BEPT� OP� SJN � PT� QSFTTVQPTUPT� JOUSÓOTFDPT� Ë�FYQBOTÍP� EPT� DSJUÏSJPT� EF� EPBÎÍP� HFOFSBMJ[BSBN�se a outros órgãos e a política de alocação destes GPJ � DPN� P� EFDPSSFS� EPT� BOPT � TPGSFOEP� JOÞNFSBT�USBOTGPSNBÎÜFT�� 0� GÓHBEP� GPJ� BMWP� EF� JOÞNFSBT�BOÈMJTFT�� "MHVOT� GBDUPSFT� FTQFDÓmDPT � DPOTJEFSBEPT�EF� SJTDP � GPSBN� FTUVEBEPT� OP� JOUVJUP� EF� DPNQSPWBS�TF� PT� SFTVMUBEPT� PCUJEPT� TFSJBN� BDFJUÈWFJT�� &TUFT�BTQFDUPT�GPSBN�BMWP�EVNB�SFWJTÍP�/JDLLIPMHI �������/ÍP� FYJTUF� JEBEF� MJNJUF� QBSB� TFS� EBEPS � OP� FOUBOUP �SFDFQUPSFT� DPN� IFQBUJUF� $ � TFNQSF� RVF� FYFRVÓWFM �OÍP�EFWFN�SFDFCFS�FOYFSUPT�EF�EBEPSFT�EFNBTJBEP�JEPTPT�� &OYFSUPT� DPN� FTUFBUPTF� NBDSPWFTJDVMBS� ���a 60%) podem ser usados na ausência de factores EF� SJTDP�BEJDJPOBJT� OP�EBEPS� F� OP� SFDFQUPS�� 'ÓHBEPT�com mais de 60% de macrosteatose devem ser SFDVTBEPT�� "� JOGFDÎÍP� QFMP� WÓSVT� EB� IFQBUJUF� $� OP�dador não parece causar impacto nas sobrevivências EP�FOYFSUP�F�EP�EPFOUF�FN�SFDFQUPSFT�DPN�IFQBUJUF�$��0�VTP�EF� JNVOPHMPCVMJOB�QBSB�P�WÓSVT�EB�IFQBUJUF�# �BTTPDJBEP�PV�OÍP�B�MBNJWVEJOB �Ï�QSFDPOJ[BEP�QBSB�QSFWFOJS�B�USBOTNJTTÍP�EF�IFQBUJUF�#�FN�EBEPSFT�BOUJ�)#D�QPTJUJWPT��"�MJTUB�EF�DPOUSB�JOEJDBÎÜFT�BCTPMVUBT�QBSB�BDFJUBÎÍP�EF�EBEPSFT�EF�GÓHBEP�GPJ �EJNJOVJOEP �QBVMBUJOBNFOUF �F�FODPOUSB�TF �BDUVBMNFOUF � MJNJUBEB�Ë� QSFTFOÎB� EF� OFPQMBTJBT� USBOTNJTTÓWFJT � JOGFDÎÍP�QFMP� WÓSVT� EB� JNVOPEFmDJÐODJB� IVNBOB� BERVJSJEB� F�risco de transmissão da variante humana da doença EF� $SFV[GFMEU�+BLPC�� "� SFOUBCJMJ[BÎÍP� EF� ØSHÍPT� EF�dadores com polineuropatia amiloidótica familiar 'VSUBEP � ����� F� B� QBSUJÎÍP� EF� FOYFSUPT� GPSBN�WFSUFOUFT�FYQMPSBEBT�F�BEPQUBEBT �DPN�TVDFTTP �OB�USBOTQMBOUBÎÍP��0�SFDVSTP�B�EBEPSFT�WJWPT�F�B�VUJMJ[BÎÍP�de dadores de coração parado surgiram como outras GPOUFT�EF�FYQBOTÍP�EP�OÞNFSP�EF�FOYFSUPT�EJTQPOÓWFJT��A primeira conferência internacional sobre dadores EF�DPSBÎÍP�QBSBEP�EFDPSSFV�FN�.BBTUSJDIU�FN�������0� SFDVSTP� B� EBEPSFT� JODPNQBUÓWFJT� "#0� Ï� VTBEP�FN� TJUVBÎÜFT� FYDFQDJPOBJT� EFWJEP� Ë� QPTTJCJMJEBEF�EF�QFSEB�EF�FOYFSUP�NPUJWBEB�QPS� SFKFJÎÍP�NFEJBEB�QPS� BOUJDPSQPT� &HBXB � ������ /P� FOUBOUP � BWBOÎPT�terapêuticos recentes têm possibilitado a melhoria EPT� SFTVMUBEPT� PCUJEPT�� *NQMFNFOUBEB� NBJT�nFYJWFMNFOUF�OB�EPBÎÍP�EF�SJN�F�GÓHBEP �B�FYQBOTÍP�EF� DSJUÏSJPT� GPJ�NBJT� SFTUSJUJWB� QBSB� DPSBÎÍP � QVMNÍP �QÉODSFBT� F� JOUFTUJOP��"� BMUFSBÎÍP�EP�QFSmM� EP�EBEPS�EF� ØSHÍPT� NPUJWPV� JOÞNFSBT� BOÈMJTFT� EP� JNQBDUP�EF� EFUFSNJOBEBT� DBSBDUFSÓTUJDBT � SFMBDJPOBEBT�

Page 53: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 50 | 89

SALA 6

DPN�P�EBEPS� F� B�QSFTFSWBÎÍP�EP� ØSHÍP�EPBEP � OPT�SFTVMUBEPT� PCUJEPT� BQØT� B� USBOTQMBOUBÎÍP�� #BTFBEP�OFTUB�mMPTPmB �OBTDFV�P�DPODFJUP�EF�%POPS�3JTL�*OEFY �BQMJDBEP� BPT� WÈSJPT� ØSHÍPT � QBSB� BWBMJBS� QPUFODJBJT�EBEPSFT��"� FMVDJEBÎÍP�F� B� BOVÐODJB�EPT� SFDFQUPSFT�QBSB�FTUB�QSÈUJDB�TÍP�DPOEJÎÜFT�JOEJTTPDJÈWFJT�EFTUB

Indicações para THO

Hepatite aguda alcoólica - indicações para THOLuís Tomé$FOUSP�)PTQJUBMBS�F�6OJWFSTJUÈSJP�EF�$PJNCSB

����������������������

Falência hepática aguda - indicações para THOF. Suarez López6OJEBE� 5SBTQMOBUÏ� )FQBUJDP� �� $PNQMFYP� )PTQJUBMBSJP� EF� "�$PSV×B

&M� 'BMMP� )FQÈUJDP� 'VMNJOBOUF� ')'� FT� VO� TÓOESPNF�DMÓOJDP�DBSBDUFSJ[BEP�QPS�FM�SÈQJEP�Z�TFWFSP�EFUFSJPSP�EF�MB�GVODJØO�IFQÈUJDB�Z�NBOJGFTUBEB�QPS�MB�DPFYJTUFODJB�EF�DPBHVMPQBUÓB� */3���� � FODFGBMPQBUÓB� IFQÈUJDB�F�JDUFSJDJB �FO�QBDJFOUFT�TJO�EB×P�IFQÈUJDP�QSFFYJTUFOUF�(pacientes con enfermedad de Wilson o autoinmune EF� DPSUB� FWPMVDJØO � QVFEFO� TFS� FYDFQDJPOFT� B� FTUF�SFRVJTJUP��4V�FUJPMPHÓB�FT�NÞMUJQMF � Z�FO�OVFTUSP�QBÓT�TVQPOF�FM����EF�MBT�JOEJDBDJPOFT�EF�USBTQMBOUF��4FHÞO�EBUPT� EFM� 3FHJTUSP� &TQB×PM� EF� 5SBTQMBOUF� )FQÈUJDP �la supervivencia obtenida en nuestro país es del ��� Z� EFM� ���� B� MPT� �� Z� ��� B×PT � SFTQFDUJWBNFOUF��&TUB� TVQFSWJWFODJB� FT� JOGFSJPS� B� MB� PCUFOJEB� FO�PUSBT� JOEJDBDJPOFT � EFCJEP� B� RVF� DPO� GSFDVFODJB� MB�enfermedad progresa de forma muy acelerada y DPO� BGFDUBDJØO� EF� EJWFSTPT� ØSHBOPT� GSBDBTP� SFOBM �DBSEJPWBTDVMBSy � MP� RVF� PCMJHB� B� VUJMJ[BS� EPOBOUFT�TVCØQUJNPT�P�DPO�DSJUFSJPT�FYQBOEJEPT �P�JODMVTP�DPO�JODPNQBUJCJMJEBE�EF�HSVQP�4JO� FNCBSHP � MB� JOEJDBDJØO� EF� USBTQMBOUF� SFTVMUB� B�NFOVEP� FTQFDJBMNFOUF� EJGÓDJM� FO� FTUB� JOEJDBDJØO � ZB�RVF� MPT� QBDJFOUFT� RVF� TPCSFWJWFO� B� FTUF� TÓOESPNF �UJFOFO�VOB�SFDVQFSBDJØO�DPNQMFUB �TJO�EB×P�IFQÈUJDP�SFTJEVBM��1PS�FM�DPOUSBSJP �PUSPT�QBDJFOUFT�FWPMVDJPOBO�EF� GPSNB�NVZ�BDFMFSBEB � DPO�BMUBT�QPTJCJMJEBEFT�EF�fallecer o de presentar contraindicaciones que impidan FM� USBTQMBOUF��1PS� MP� UBOUP � Z� DPO� GSFDVFODJB � TF� USBUB�de una decisión “a contrarreloj” y basada en escasa JOGPSNBDJØO�DMÓOJDB��&TUF�IFDIP�TVCSBZB�MB�OFDFTJEBE�EF� EJTQPOFS� EF� CVFOPT� ÓOEJDFT� QSPOØTUJDPT � RVF�QFSNJUBO�JEFOUJmDBS�EF�GPSNB�UFNQSBOB�B�MPT�QBDJFOUFT�

DPO�CBKB�QPTJCJMJEBE�EF� SFDVQFSBDJØO� FTQPOUÈOFB � Z�QPS�UBOUP �DBOEJEBUPT�BM�USBTQMBOUF�-PT� DSJUFSJPT� NÈT� FYUFOEJEPT� FOUSF� MBT� VOJEBEFT� EF�USBTQMBOUF� TPO� MPT� QSPQVFTUPT� QPS� FM� ,JOH}T� $PMMFHF�,$ � RVF� EJTUJOHVF� FOUSF� FM� ')'� DBVTBEP� QPS�QBSBDFUBNPM� EFM� PSJHJOBEP� QPS� PUSBT� DBVTBT�� -BT�ventajas de este índice son que emplea variables GÈDJMFT� EF� PCUFOFS � QSFTFOUB� VOB� BMUB� FTQFDJmDJEBE �y han sido ampliamente validados por otros grupos TPCSF� UPEP� MPT� DBTPT� EFCJEPT� BM� QBSBDFUBNPM��Sus limitaciones residen en se baja sensibilidad ���� TFHÞO� VO� SFDJFOUF�NFUBBOÈMJTJT� Z� FO� MB� UBSEÓB�JEFOUJmDBDJØO�EF�MPT�DBTPT�DBVTBEPT�QPS�MB�JOHFTUB�EF�QBSBDFUBNPM��1PS�FMMP �TF�IBO�FWBMVBEP�OVNFSPTPT�DSJUFSJPT �BMHVOPT�EJGÓDJMFT� EF� HFOFSBMJ[BS� FO� MB� QSÈDUJDB� DMÓOJDB� DPNP�EFUFSNJOBEPT� TDBWFOHFST� DPNP� MB� QSPUFÓOB� (D� P�NBSDBEPSFT� EF� BQPQUPTJT�� %F� UPEPT� MPT� FWBMVBEPT�.&-%� TDPSF � EFUFSNJOBDJØO� EFM� GØTGPSP � "QBDIF�**� y � MPT� NÈT� QSPNFUFEPSFT� QBSFDFO� FM� 40'"� Z� MB�EFUFSNJOBDJØO� EF� MPT� OJWFMFT� EF� MBDUBUP � DPNP� EBUP�DPNQMFNFOUBSJP� B� MPT� DSJUFSJPT� EFM� ,$�� /P� PCTUBOUF �estos criterios deben valorarse prospectivamente BOUFT�EF�QPEFS�EFTQMB[BSB�B�MPT�DMÈTJDPT�DSJUFSJPT�EF�,$ �QSPQVFTUPT�IBDF�ZB����B×PT�

PAF - indicação para THO6RÀD�)HUUHLUD

$FOUSP�)PTQJUBMBS�EP�1PSUP

����������������������

TIPS antes da transplantação hepática: onde estamos?Laure Elkrief4FSWJDF�E})FQBUPMPHJF �)ÙQJUBM�#FBVKPO �$MJDIZ �1BSJT �'SBODF

1PSUBM� IZQFSUFOTJPO� DPOUSJCVUFT� UP� UIF� NBJO�DPNQMJDBUJPOT� BOE� UP� UIF� NPSUBMJUZ� PG� QBUJFOUT� XJUI�DJSSIPTJT�� .PTU� DBOEJEBUFT� GPS� MJWFS� USBOTQMBOUBUJPO�IBWF�QPSUBM�IZQFSUFOTJPO��5P�EBUF �MJWFS�USBOTQMBOUBUJPO�is the only therapeutic option that is able to cure portal IZQFSUFOTJPO�BOE�UIF�VOEFSMZJOH�QSJNBSZ�EJTFBTF��The purpose of a transjugular intrahepatic portosystemic TIVOU� 5*14� JT� UP�EFDPNQSFTT�QPSUBM�WFOPVT�TZTUFN��5IJT� QSPDFEVSF� IBT�CFFO� VTFE� GPS�NPSF� UIBO� UXFOUZ�ZFBST�UP�USFBU�UIF�DPNQMJDBUJPOT�PG�QPSUBM�IZQFSUFOTJPO��5IF�JOEJDBUJPOT�JO�XIJDI�UIF�FGGFDUJWFOFTT�PG�5*14�IBWF�been assessed by controlled studies are prevention of SFDVSSFOU�WBSJDFBM�CMFFEJOH �BOE�SFGSBDUPSZ�BTDJUFT�*O� DBOEJEBUFT� GPS� MJWFS� USBOTQMBOUBUJPO � 5*14� NBZ� CF�VTFGVM� BT� B� CSJEHF� GPS� MJWFS� USBOTQMBOUBUJPO��)PXFWFS �5*14�EPFT�OPU�TFFN�UP�CF�FGGFDUJWF�UP�EFMBZ�PS�BWPJE�

Page 54: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 51 | 89

C I P

MJWFS�USBOTQMBOUBUJPO��*OEFFE �TUVEJFT�FWBMVBUJOH�UIF�SPMF�PG�5*14�JO�UIF�QSFWFOUJPO�PG�SFDVSSFOU�WBSJDFBM�CMFFEJOH�DMFBSMZ� TIPXFE� UIBU� 5*14� SFEVDFT� UIF� SFCMFFEJOH�SBUF� CVU� JODSFBTFT� IFQBUJD� FODFQIBMPQBUIZ� XJUIPVU�JNQSPWJOH�TVSWJWBM�� *O�QBUJFOUT�XJUI�SFGSBDUPSZ�BTDJUFT �5*14�IBT�CFFO�DPNQBSFE�UP�UIF�HPME�TUBOEBSE�UIFSBQZ �SFQFBUFE�MBSHF�WPMVNF�QBSBDFOUFTJT �JO�mWF�SBOEPNJ[FE�DPOUSPMMFE�USJBMT��"MUIPVHI�QBUJFOUT�TIPXFE�B�TJHOJmDBOU�JNQSPWFNFOU� PG� BTDJUFT � UIF� JODJEFODF� PG� IFQBUJD�FODFQIBMPQBUIZ� XBT� JODSFBTFE�� 5IF� JNQSPWFNFOU�PG� USBOTQMBOU�GSFF� TVSWJWBM� JO� QBUJFOUT� XJUI� SFGSBDUPSZ�BTDJUFT�USFUBFE�CZ�5*14�JT�TUJMM�EFCBUFE��*O�BEEJUJPO�UP�JUT�FGGFDU�PO�DPNQMJDBUJPOT�PG�QPUBM�IZQFSUFOTJPO �5*14�NJHIU�BMTP�CF�VTFGVM� UP� GBDJMJUBUF� MJWFS� USBOTQMBOUBUJPO��*O�DBOEJEBUFT� GPS� MJWFS� USBOTQMBOUBUJPO � UIF�QBUFODZ�PG�UIF�QPSUBM� WFJO� JT� DSVDJBM��#Z� JODSFBTJOH�QPSUBM� nVY� JO�UIF�QPSUBM�WFJO �5*14�NBZ�CF�FGGFDUJWF�GPS�NBJOUFOBODF�PG� QPSUBM� WFJO� QBUFODZ � PS� SFDBOBMJ[BUJPO� PG� PDDMVEFE�QPSUBM�WFJO��.BMOVUSJUJPO�JT�BO�JOEFQFOEFOU�QSFEJDUPS�PG�TVSWJWBM�JO�QBUJFOUT�XJUI�DJSSIPTJT�CPUI�CFGPSF�BOE�BGUFS�MJWFS�USBOTQMBOUBUJPO��4PNF�QSFMJNJOBSZ�TUVEJFT�TVHHFTU�UIBU� 5*14�NJHIU� JNQSPWF� OVUSJUJPOBM� TUBUVT� JO� QBUJFOUT�XJUI�DJSSIPTJT�)PXFWFS �UIF�CFOFmDF�PG�5*14�NVTU�BMXBZT�CF�CBMBODFE�XJUI� UIF� SJTL� PG� UIF� QSPDFEVSF� BOE� UIF� MJLFMJIPPE� PG�the patient surviving long enough to receive a liver USBOTQMBOU�GPMMPXJOH�DSFBUJPO�PG�B�5*14�

3FGFSFODFT���#PZFS�5% �)BTLBM�;+ �"NFSJDBO�"TTPDJBUJPO� GPS� UIF�4UVEZ�PG�-JWFS�

%JTFBTFT�� 5IF� 3PMF� PG� 5SBOTKVHVMBS� *OUSBIFQBUJD� 1PSUPTZTUFNJD�4IVOU� 5*14� JO� UIF� .BOBHFNFOU� PG� 1PSUBM� )ZQFSUFOTJPO�� VQEBUF�������)FQBUPM��#BMUJN��.E���������������

���4BMFSOP� ' � $BNNË� $ � &OFB� . � 3ÚTTMF� . � 8POH� '�� 5SBOTKVHVMBS�JOUSBIFQBUJD� QPSUPTZTUFNJD� TIVOU� GPS� SFGSBDUPSZ� BTDJUFT�� B� NFUB�BOBMZTJT�PG�JOEJWJEVBM�QBUJFOU�EBUB��(BTUSPFOUFSPMPHZ��������������o�����

���.BMJODIPD� . � ,BNBUI� 14 � (PSEPO� '% � 1FJOF� $+ � 3BOL� + � UFS�#PSH�1$��"�NPEFM� UP�QSFEJDU�QPPS�TVSWJWBM� JO�QBUJFOUT�VOEFSHPJOH�USBOTKVHVMBS� JOUSBIFQBUJD� QPSUPTZTUFNJD� TIVOUT�� )FQBUPM�� #BMUJN��.E�������������o�����

Cuidados intensivos imediatos no THOCarlos Bento$FOUSP�)PTQJUBMBS�F�6OJWFSTJUÈSJP�EF�$PJNCSB

����������������������

Técnicas de Substituição Renal no Doente Crítico

Doente em sépsis com LRA-RVHÀQD�6DQWRV

/FGSPMPHJB���)PTQJUBM�EF�4��"OUØOJP �$FOUSP�)PTQJUBMBS�EP�1PSUP

"�JODJEÐODJB�EF�MFTÍP�SFOBM�BHVEB�-3"�OPT�EPFOUFT�DSÓUJDPT � Ï� WBSJÈWFM � EFQFOEFOEP� EB� EFmOJÎÍP� VTBEB�F�EB�QPQVMBÎÍP�FTUVEBEB��"�TÏQTJT�F�B�TVB�GPSNB�EF�BQSFTFOUBÎÍP�NBJT�TFWFSB �P�DIPRVF�TÏQUJDP �TÍP�BT�QSJODJQBJT�DBVTBT�EF�-3"�OBT�6OJEBEFT�EF�$VJEBEPT�*OUFOTJWPT � DPOUSJCVJOEP� QBSB� DFSDB� EF� ��� �� EPT�DBTPT��"�NPSUBMJEBEF�BTTPDJBEB�Ë�TÏQTJT �NBOUFN�TF�FMFWBEB �QBSUJDVMBSNFOUF� TF� BTTPDJBEB� B� EJTGVOÎÍP� SFOBM � F� B�-3"�OFTUF�DPOUFYUP�Ï�VN�GBDUPS�EF�SJTDP�JOEFQFOEFOUF�EF�NPSUBMJEBEF�/FTUB� BQSFTFOUBÎÍP� TFSÈ� SFWJTUP� B� FQJEFNJPMPHJB� F�BT�EJGFSFOUFT�FUJPMPHJBT�EF�-3"�OB�TÏQTJT �P�NPEFMP�DPODFQUVBM�EF�-3"�F�PT�NFDBOJTNPT�mTJPQBUPMØHJDPT�EB�EJTGVOÎÍP�SFOBM�OB�TÏQTJT�Serão também abordadas as diferentes estratégias preventivas farmacológicas e não farmacológicas da -3"�OB�TÏQTJT�

Que técnicas de substituição renal a utilizar?O ponto de vista do nefrologista

José Queirós/FGSPMPHJB���)PTQJUBM�EF�4��"OUØOJP �$FOUSP�)PTQJUBMBS�EP�1PSUP

A� NPSUBMJEBEF� BTTPDJBEB� Ë� MFTÍP� SFOBM� BHVEB� OP�EPFOUF� DSÓUJDP� Ï� FMFWBEB � FOUSF� ��� F�NBJT� EF� ����F�OÍP� UFN� NFMIPSBEP� OPT� ÞMUJNPT� BOPT�� "QSFTFOUBN�TF� TVNBSJBNFOUF� BT� JOEJDBÎÜFT� QBSB� JOÓDJP� EF�terapêutica de substituição da função renal e as WÈSJBT� PQÎÜFT� UÏDOJDBT� QPTTÓWFJT�� 5FPSJDBNFOUF �as técnicas contínuas apresentam vantagens JNQPSUBOUFT� DPNQBSBUJWBNFOUF� Ë� IFNPEJÈMJTF�convencional intermitente como maior estabilidade DBSEJPWBTDVMBS� F�NBJPS� UPMFSÉODJB� Ë� VMUSBmMUSBÎÍP��/B�SFBMJEBEF�OÍP�FYJTUFN�FOTBJPT�DMÓOJDPT�SBOEPNJ[BEPT�que demonstrem inequivocamente benefício em duas WBSJÈWFJT�JNQPSUBOUFT���SFDVQFSBÎÍP�EB�GVOÎÍP�SFOBM�F�TPCSFWJWÐODJB�EPT�EPFOUFT���FOUSF�BT�WÈSJBT� UÏDOJDBT�EF� TVCTUJUVJÎÍP� EB� GVOÎÍP� SFOBM � TFKB� JOUFSNJUFOUF�WFSTVT� DPOUÓOVB� TFKB� FOUSF� BT� UÏDOJDBT� DPOUÓOVBT��0T�QSJODJQBJT� GBDUPSFT�EF�EFDJTÍP�OB�PQÎÍP�B� UPNBS�

Page 55: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 52 | 89

SALA 6

SFMBDJPOBN�TF� DPN� B� EJTQPOJCJMJEBEF� EB� UÏDOJDB �MPHÓTUJDB� F� FYQFSJÐODJB� MPDBM� F� B� DMÓOJDB� EP� EPFOUF��FTUBCJMJEBEF� IFNPEJOÉNJDB � FTUBEP� DBUBCØMJDP �QSFTFOÎB� EF� DPBHVMPQBUJB � IJQFSIJESBUBÎÍP� F�DPNPSCJMJEBEFT�"�4-&%���TMPX�MPX�FGmDJFODZ�EJBMZTJT�o�Ï�VNB�UÏDOJDB�IÓCSJEB�RVF�QPEF�DPNCJOBS�B�FmDJÐODJB�F�TJNQMJDJEBEF�das técnicas intermitentes com a tolerância hemodinâmica das técnicas contínuas e acrescenta BMHVNBT� WBOUBHFOT�� Ï� NBJT� TJNQMFT � OÍP� SFRVFS�FRVJQBNFOUP� FTQFDÓmDP� VUJMJ[BOEP�TF� NPOJUPSFT� EF�IFNPEJÈMJTF�� GBDJMJEBEF�OB�QSFTDSJÎÍP�F�BMUFSBÎÍP�OB�EPTF�EF�EJÈMJTF��NFOPS� FYJHÐODJB� OB�EJTQPOJCJMJEBEF�EB� &RVJQB� EF� &OGFSNBHFN�� OFDFTTJEBEF� EF� EPTFT�TJHOJmDBUJWBNFOUF� NFOPSFT� EF� IJQPDPBHVMBÎÍP� OB�QSFWFOÎÍP� EB� DPBHVMBÎÍP� EP� DJSDVJUP� FYUSBDPSQPSBM��4FOEP� JOUFSNJUFOUF � QFSNJUF� B� JOUFSSVQÎÍP� F�agendamento programado de outros procedimentos OP�EPFOUF �BMHVOT�GPSB�EB�6OJEBEF�F�TFN�QSFKVÓ[P�OB�EPTF�EF�EJÈMJTF�QSFTDSJUB�� 1PS� ÞMUJNP � VNB� WBSJÈWFM� B�DPOTJEFSBS�Ï�P�DVTUP�� DPNQBSBUJWBNFOUF�ËT� UÏDOJDBT�DPOUÓOVBT �P�DVTUP�EB�4-&%�Ï�DFSDB�EF���WF[FT�JOGFSJPS�$POKVHBOEP� UPEPT�FTUFT� GBUPSFT �FYDMVJOEP�TJUVBÎÜFT�QPOUVBJT� F� QBSUJDVMBSFT � OÍP� FYJTUJOEP� FWJEÐODJB�DJFOUÓmDB� EF� WBOUBHFOT� EBT� UÏDOJDBT� DPOUÓOVBT�principalmente na sobrevivência do doente e na SFDVQFSBÎÍP�EB�GVOÎÍP�SFOBM�B�4-&%�QBSFDF�TFS�PQÎÍP�preferencial no tratamento substitutivo da função renal OB�MFTÍP�SFOBM�BHVEB�EP�EPFOUF�DSÓUJDP�

Que técnicas de substituição renal a utilizar? O ponto de vista do intensivista

Estevão Lafuente$)54�

0� DPODFJUP� EF� 5ÏDOJDB� EF� 4VCTUJUVJÎÍP� 3FOBM�$POUJOVBT� 543$� FN� DVJEBEPT� JOUFOTJWPT � UBNCÏN�DPOIFDJEB�QPS�%JÈMJTF�$POUÓOVB�MFOUB��²�FGFDUVBEB�QPS���&OGFSNFJSP�EB�6$* �EVSBOUF���I �QPEFOEP�B�EVSBÎÍP�EB� UÏDOJDB� WBSJBS� FOUSF� EJBT� F� TFNBOBT�� 0� TBOHVF�Ï� DPMPDBEP� FN� DJSDVMBÎÍP� FYUSBDPSQPSBM� VUJMJ[BOEP�VNB� CPNCB � DJSDVMBOEP� BUSBWÏT� EF� VN� IFNPmMUSP�NFNCSBOB� TFNJQFSNFÈWFM� TFOEP� SFJOUSPEV[JEP� OP�EPFOUF�0CKFDUJWPT� EB� 543$�� 6N� EPT� QSJODJQBJT� PCKFDUJWPT�EB�UFSBQÐVUJDB�EF�TVCTUJUVJÎÍP�DPOUÓOVB�Ï�B�3FNPÎÍP�EF�4PMVUPT � SFUJEPT�OP�TBOHVF �FN�DPOTFRVÐODJB�EB�SFEVÎÍP�EB�mMUSBÎÍP�HMPNFSVMBS�"T�*OEJDBÎÜFT�FTUFOEJEBT�QBSB�B�SFBMJ[BÎÍP�EF�543$��"MHVOT�BTQFDUPT�TPCSF�RVBOEP�JOJDJBS�As mudanças de paradigma dos doentes sépticos BUVBJT� F� BT� OPWBT� JOEJDBÎÜFT� KVTUJmDBUJWBT� QBSB� B�

543$��HFTUÍP�EPT�CBMBOÎPT�F�SFEVÎÍP�EB�TPCSFDBSHB�EF�WPMVNF�0T�EJGFSFOUFT�UJQPT�EF�NPEBMJEBEFT�F�TFVT�QSJODÓQJPT�PQFSBDJPOBJT�F�QPSRVF�VUJMJ[È�MPT�FN�EPFOUFT�DSÓUJDPT�JOTUÈWFJT��"�JNQPSUÉODJB�EP�DPODFJUP�EF�DMFBSBODF�F�FmDÈDJB�EF�acordo com objectivos e qual a reposição escolher: QSÏ�PV�QØT�mMUSP�%JBMJUSBVNB� B� GBDF� PDVMUB� RVF� DPOWÏN�NPOJUPSJ[BS� F�DPSSJHJS�

Que anticoagulação utilizar?Achim Jörres$IBSJUÏ���6OJWFSTJUÊUTNFEJ[JO�#FSMJO �(FSNBOZ

����������������������

Que dose renal utilizar?Aníbal Marinho4FSWJÎP�EF�$VJEBEPT�*OUFOTJWPT�EP�$FOUSP�)PTQJUBMBS�EP�1PSUP

.FNCSP�EB�$PNJTTÍP�$JFOUÓmDB�EP�&TUVEP�%0�3&�.*�F�%0�3&�.*�'"

Qual a “dose renal” a implementar na prática clínica BJOEB�Ï� VN�BTTVOUP� TVKFJUP� B�NVJUB� DPOUSPWÏSTJB��/P�QBTTBEP�F�OPNFBEBNFOUF�BQØT�PT�FTUVEPT�EF�3PODP�F� DPM�� TFNQSF� TF� BTTVNJV� RVF� FN� EPFOUFT� DSÓUJDPT �TÏQUJDPT�F�JOTUÈWFJT�IFNPEJOBNJDBNFOUF �VNB�UÏDOJDB�DPOUÓOVB�DPN�VNB�EPTF�SFOBM�FMFWBEB���B����NM�LH�I�TFSJB�B�QSÈUJDB�B�TFHVJS��<�>2VBOEP� FN� ���� � USÐT� FTUVEPT� FTUVEP� 3&/"- � 7*�/*)��F�P�%0�3&�.*�WJFSBN�EFNPOTUSBS�RVF�P�BVNFOUP�EB�EPTF�QBSB�WBMPSFT�TVQFSJPSFT�B�������NM�LH�I�OÍP�NFMIPSBWB� P� QSPHOØTUJDP� EFTUFT� EPFOUFT � NVJUP� EP�que se assumira como uma prática segura no passado TFSJB�DPMPDBEP�FN�DBVTB��<���> Até essa data a grande maioria dos trabalhos e metanálises efectuadas estavam de acordo que a dose era um factor EFUFSNJOBOUF� QBSB� P� QSPHOØTUJDP� EP� EPFOUF�� %FQPJT�destes três trabalhos que envolveram amostras com VN�HSBOEF�OÞNFSP�EF�EPFOUFT �RVF�GPSBN�FGFDUVBEPT�FN� DPOUJOFOUFT� EJGFSFOUFT � POEF� TF� JNQMFNFOUBWBN�estas técnicas de uma forma diferente e em que os SFTVMUBEPT�BDBCBSBN�QPS�TFS�DPJODJEFOUFT �B�QSJNFJSB�conclusão que transparece para a classe médica é de que o aumento da dose não é um factor determinante QBSB�P�QSPHOØTUJDP�EPT�EPFOUFT�DSÓUJDPT�&SB� FTUB� UBNCÏN� B� OPÎÍP� RVF� UÓOIBNPT� RVBOEP�FN� ��� EF� .BJP� EF� ����� TF� SFVOJSBN� UPEPT� PT�investigadores dos principais trabalhos sobre dose SFOBM �OP�$POHSFTTP�.VOEJBM�EF�/FGSPMPHJB� SFBMJ[BEP�

Page 56: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 53 | 89

C I P

FN�.JMÍP��6NB�SFVOJÍP�QSPNPWJEB�TPC�P�BVTQÓDJP�EB�PSHBOJ[BÎÍP� EP� FWFOUP� FN� RVF� FTUJWFSBN� QSFTFOUFT�para além dos investigadores dos 3 trabalhos mais SFDFOUF �P�QSPGFTTPS�$MÈVEJP�3PODP�F�BMHVOT�NFNCSPT�EPT�MBCPSBUØSJPT�MJHBEPT�ËT�UÏDOJDBT�EJBMÓUJDBT��/FTTB�SFVOJÍP � DPNP� FMFNFOUP� EB� DPNJTTÍP� DJFOUÓmDB� EP�FTUVEP�%0�3&�.* � UJWF�P�QSJWJMÏHJP�EF�DPOTUBUBS� VNB�série de erros que foram cometidos nos diversos estudos e que acabaram por comprometer as suas DPODMVTÜFT�� &SSPT� RVF� GPSBN� QPVDP� EJWVMHBEPT�OB� PQJOJÍP� QÞCMJDB� F� RVF� BDBCBSBN� QPS� UFS� VN�JNQBDUP� TJHOJmDBUJWP� OB� QSÈUJDB� DMÓOJDB�� 0� RVF� mDPV�evidente nessa reunião é que em nenhum estudo foi salvaguardado dois aspectos vitais que acabam por ter importância prognóstica: o aumento da dose está directamente relacionado com o aumento das DPNQMJDBÎÜFT�QSJODJQBMNFOUF�FN�6OJEBEFT�RVF�OÍP�estão treinadas nesta técnica) e não foi salvaguardado qual o impacto do aumento da dose na semivida dos GÈSNBDPT� BENJOJTUSBEPT�� 0� QPTTÓWFM� FGFJUP� CFOÏmDP�que o aumento da dose renal poderia ter para o prognóstico seria anulado pelo facto de ela ao ser efectuado por pessoas menos treinadas agravar a JOTUBCJMJEBEF�IFNPEJOÉNJDB�EP�EPFOUF �F�QPS �BP�OÍP�TF� UFSFN� FGFDUVBEPT� FTUVEPT� EF� GBSNBDPWJHJMÉODJB �o aumento da dose estará sempre relacionado com NBJPS� SFNPÎÍP� EF� GÈSNBDPT� UPSOBOEP�PT� QPS� WF[FT�JOFmDB[FT�"�DPODMVTÍP�mOBM�EFTUB� SFVOJÍP�TFSJB�EF�RVF�QBSB�B�maioria das unidades de cuidados intensivos uma EPTF� EF� ��� o� ��� NM�LH�I� TFSJB� VN� WBMPS� BDFJUÈWFM�atendendo aos riscos que um aumento de dose QPEFSJB�JODPSQPSBS�

3FGFSÐODJBT����3PODP� $ � #FMMPNP� 3 � )PNFM� 1 � #SFOEPMBO� " � %BO� . � 1JDDJOOJ� 1 �

-B�(SFDB�(��&GGFDUT�PG�EJGGFSFOU�EPTFT� JO�DPOUJOVPVT�WFOP�WFOPVT�IBFNPmMUSBUJPO� PO� PVUDPNFT� PG� BDVUF� SFOBM� GBJMVSF�� B� QSPTQFDUJWF�SBOEPNJTFE�USJBM��-BODFU�������+VM����������������

���3&/"-�3FQMBDFNFOU�5IFSBQZ�4UVEZ�*OWFTUJHBUPST �#FMMPNP�3 �$BTT�" �$PMF�- �'JOGFS�4 �(BMMBHIFS�. �-P�4 �.D"SUIVS�$ �.D(VJOOFTT�4 �.ZCVSHI�+ �/PSUPO�3 �4DIFJOLFTUFM�$ �4V�4��*OUFOTJUZ�PG�DPOUJOVPVT�SFOBM�SFQMBDFNFOU� UIFSBQZ� JO� DSJUJDBMMZ� JMM� QBUJFOUT�� /� &OHM� +�.FE�������0DU������������������

���7"�/*)� "DVUF� 3FOBM� 'BJMVSF� 5SJBM� /FUXPSL � 1BMFWTLZ� 1. � ;IBOH�+) �0�$POOPS�5; �$IFSUPX�(. �$SPXMFZ�45 �$IPVEIVSZ�% �'JOLFM�, � ,FMMVN� +" � 1BHBOJOJ� & � 4DIFJO� 3. � 4NJUI� .8 � 4XBOTPO� ,. �5IPNQTPO�#5 �7JKBZBO�" �8BUOJDL�4 �4UBS�3" �1FEV[[J�1��*OUFOTJUZ�PG�SFOBM�TVQQPSU�JO�DSJUJDBMMZ�JMM�QBUJFOUT�XJUI�BDVUF�LJEOFZ�JOKVSZ��/�&OHM�+�.FE�������+VM������������

���4UVEZ� QSPUPDPM�� 5IF� %0TF� 3&TQPOTF� .VMUJDFOUSF� *OUFSOBUJPOBM�DPMMBCPSBUJWF� JOJUJBUJWF� %0�3&�.*�� %FUMFG� ,JOEHFO�.JMMFT � %JEJFS�+PVSOPJT �3PCFSUP�'VNBHBMMJ �4FSHJP�7FTDPOJ �+BWJFS�.BZOBS �"OJCBM�.BSJOIP � *SFOF� #PMHBO � "MFTTBOESB� #SFOEPMBO � .BSDP� 'PSNJDB �4FSHJP� -JWJHOJ �.BSJFMMB�.BJP �.BSJBOP�.BSDIFTJ � 'JMJQQP�.BSJBOP �(JBOQBPMB�.POUJ � &MFOB�.PSFUUJ � %BOJFMB� 4JMFOHP � $MBVEJP� 3PODP��$SJU�$BSF������������3���o3����

���Delivered dose of renal replacement therapy and mortality in DSJUJDBMMZ�JMM�QBUJFOUT�XJUI�BDVUF�LJEOFZ�JOKVSZ��4FSHJP�7FTDPOJ �%JOOB�/�$SV[ �3PCFSUP�'VNBHBMMJ �%FUMFG�,JOEHFO�.JMMFT �(JBOQBPMB�.POUJ �"OJCBM�.BSJOIP �'JMJQQP�.BSJBOP �.BSDP�'PSNJDB �.BSJBOP�.BSDIFTJ �3FO�3PCFSU �4FSHJP�-JWJHOJ �$MBVEJP�3PODP�GPS�UIF�%0TF�3&TQPOTF�.VMUJDFOUSF� *OUFSOBUJPOBM� DPMMBCPSBUJWF� *OJUJBUJWF� %0�3&�.*� 4UVEZ�(SPVQ��$SJUJDBM�$BSF��������������3���

Page 57: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 54 | 89

SALA 6

sala 6 | dia 4 de fevereiro

Doente Crítico: Multidisciplinaridade

Abordagem hemodinâmica do doente em lesão renal aguda ou em TSRMaximino Costa*10���1PSUP

����������������������

Abordagem de um doente com hemorragia digestivaF. Castro Poças$FOUSP�)PTQJUBMBS�EP�1PSUP

"�IFNPSSBHJB�EJHFTUJWB�)%�Ï�SFTQPOTÈWFM�QPS��������B���������BENJTTÜFT�IPTQJUBMBSFT�QPS�BOP�OPT�&TUBEPT�6OJEPT�� &TUJNB�TF� RVF� B� JODJEÐODJB� EB� IFNPSSBHJB�EJHFTUJWB�BMUB� )%"�Ï�EF�����QBSB���������BEVMUPT �TFOEP�RVF�FTUF�OÞNFSP�BVNFOUB����B����WF[FT�EB����QBSB�B����EÏDBEB�EF�WJEB��B�JODJEÐODJB�EB�IFNPSSBHJB�EJHFTUJWB�CBJYB�)%#�Ï�EF����QBSB���������BEVMUPT��"� NBJPSJB� EPT� EPFOUFT� DPN� )%� WBJ� OFDFTTJUBS� EF�USBOTGVTÜFT�TBOHVÓOFBT��"�UBYB�EF�NPSUBMJEBEF�QBSB�B�)%"�Ï�EF����B���� �TFOEP�RVF�FTUF�WBMPS�Ï�EF�����B�����RVBOEP�B�)%�PDPSSF�FN�EPFOUFT�IPTQJUBMJ[BEPT�"CPSEBSFNPT� B� BDUVBM� DMBTTJmDBÎÍP� F� UFSNJOPMPHJB�EBT�EJGFSFOUFT� GPSNBT�EF�)% �F �NVJUP� JNQPSUBOUF � B�FTUSBUJmDBÎÍP�EP�SJTDP�DPN�JEFOUJmDBÎÍP�EPT�EPFOUFT�com elevado risco de um prognóstico adverso SFDJEJWB�IFNPSSÈHJDB�F�NPSUF �DPN�CBTF�OPT�EBEPT�DMÓOJDPT � MBCPSBUPSJBJT� F� BDIBEPT� FOEPTDØQJDPT � EF�GPSNB�B�PSJFOUBS�B�TVB�BCPSEBHFN��"�BCPSEBHFN�F�USBUBNFOUP�EP�EPFOUF�DPN�)%�FYJHFN�VNB� FRVJQB� NVMUJEJTDJQMJOBS�� JOUFSOJTUBT�JOUFOTJWJTUBT �HBTUSFOUFSPMPHJTUBT�F�DJSVSHJÜFT��4FSÍP� BCPSEBEPT� PT� QBTTPT� GVOEBNFOUBJT�� ��� $PNP�GB[FS�B�BWBMJBÎÍP�JOJDJBM��RVBJT�PT�EBEPT�EB�BOBNOFTF�B� SFDPMIFS � 0� RVF� WBMPSJ[BS� OP� FYBNF� GÓTJDP � 2VF�UFTUFT� MBCPSBUPSJBJT �$PMPDBS� TPOEB� OBTPHÈTUSJDB � ���"�FTUBCJMJ[BÎÍP�DÈSEJP�DJSVMBUØSJB��RVBOEP� USBOTGVOEJS�glóbulos rubros? Quando corrigir coagulopatia e USPNCPDJUPQFOJB � ��� 2VBM� B� UFSBQÐVUJDB� QSÏWJB� Ë�BWBMJBÎÍP�FOEPTDØQJDB��RVBOEP�VUJMJ[BS� JOJCJEPSFT�EB�CPNCB�EF�QSPUÜFT �GÈSNBDPT�WBTPBDUJWPT�F�QSPmMBYJB�BOUJCJØUJDB ����$PNP�FTUSBUJmDBS�P�SJTDP�DMÓOJDP ����2VBM�P� QBQFM� EJBHOØTUJDP� F� UFSBQÐVUJDP� EB� FOEPTDPQJB �DPN� BT� TVBT� JOEJDBÎÜFT� F� MJNJUBÎÜFT�� RVBM� P� UJNJOH�QBSB� SFBMJ[BS� FOEPTDPQJB � 0OEF� SFBMJ[BS � 2VBM� B�

QSFQBSBÎÍP� QBSB� P� FYBNF� FOEPTDØQJDP � 2VBJT� BT�NFMIPSFT� UÏDOJDBT� IFNPTUÈUJDBT � ��� $PNP� SFBMJ[BS�e quais os critérios de avaliação da resposta ao USBUBNFOUP� F� NPOJUPSJ[BÎÍP � ��� $PNP� SFBMJ[BS� B�prevenção secundária da hemorragia digestiva?

Indicações para uma técnica de suporte hepáticoP. Rascado Sedes$)64���4BOUJBHP

&M� GBMMP� IFQÈUJDP�BHVEP� "-'� FT� VOB� TJUVBDJØO�QPDP�habitual en la que se produce un rápido deterioro EF� MB� GVODJØO� IFQÈUJDB � EBOEP� DPNP� QSJODJQBMFT�manifestaciones: alteración del nivel de conciencia y DPBHVMPQBUÓB � TJFNQSF� FO� JOEJWJEVPT� TJO� FOGFSNFEBE�IFQÈUJDB�QSFWJB��"� MP� MBSHP� EF� MB� IJTUPSJB� TF� IBO� EJTF×BEP� EJGFSFOUFT�UFSBQJBT� FYUSBDPSQØSFBT� EF� TPQPSUF� WJUBM� DPNP� MB�IFNPEJÈMJTJT � MB� IFNPmMUSBDJØO � MB� QMBTNBGÏSFTJTy�Z� FOUSF� FTUBT� FTUB� FM� ."34� NPMFDVMBS� BETPSCFOU�SFDJSDVMBUJOH�TZTUFN��4F�JOUSPEVKP�FO�FM�NFSDBEP�FO�FM�B×P������Z�FO�&TQB×B�FO�FM�B×P�������"�GFDIB�EF������TF� SFBMJ[BSPO� NÈT� EF� ������� USBUBNJFOUPT� FO� ������QBDJFOUFT�Z�FO�����IPTQJUBMFT�-B� QSJODJQBM� GVODJØO� EFM� ."34� FT� DPOTFHVJS� MB�FMJNJOBDJØO�EF�TVTUBODJBT�IJESPTPMVCMFT�Z�MJQPTPMVCMFT �FT�EFDJS �TVQMJS� MB� GVODJØO�EF�EFUPYJmDBDJØO�IFQÈUJDB �QFSNJUJFOEP� BTÓ � MB� FTUBCJMJ[BDJØO� EFM� QBDJFOUF� DPNP�puente al trasplante hepático o en espera de la SFDVQFSBDJØO�IFQÈUJDB�-B� UFSBQJB� TF� DBSBDUFSJ[B� GVOEBNFOUBMNFOUF� QPS�MB� EJÈMJTJT� DPO� BMCÞNJOB � RVF� FMJNJOB� MBT� UPYJOBT� OP�hidrosolubles (unidas a proteínas) como son los ácidos CJMJBSFT �MB�CJMJSSVCJOB �MPT�BNJOPÈDJEPT�BSPNÈUJDPT �MPT�ÈDJEPT�HSBTPT�EF�DBEFOB�NFEJBOB�Z�DPSUB�/PWFMMJ�FU�BMM��3FDPHFO�FO������TV�FYQFSJFODJB�EVSBOUF�USFT� B×PT� FO� VO� UPUBM� EF� ��� QBDJFOUFT�� � 4F� JODMVZFO�QBDJFOUFT� DPO� EJTGVODJØO� EFM� JOKFSUP � GBMMP� IFQÈUJDP�BHVEP� Z� DSØOJDP� BHVEJ[BEP�� &M� PCKFUJWP� GVOEBNFOUBM�del estudio en este caso era comprobar la mejoría DMÓOJDB�EF�MPT�QBDJFOUFT�USBT�FM�USBUBNJFOUP�DPO�."34��0CTFSWBOEP�VO�EFTDFOTP�TJHOJmDBUJWP�FO� MPT�OJWFMFT�EF�CJMJSSVCJOB �BNPOJP �DSFBUJOJOB�Z�NFKPSÓB�FO�MB�($4�(MBTHPX�DPNB�TDBMF�-BIEFOQFSB� FU� BM�� 1VCMJDBO� FO� ����� MPT� SFTVMUBEPT�PCUFOJEPT� USBT� VUJMJ[BDJØO� EF� MB� UFSBQJB� ."34�EVSBOUF� �� B×PT� FO� QBDJFOUFT� DPO� GBMMP� IFQÈUJDP�BHVEP� � ��� � QBDJFOUFT� DPO� IFQBUPQBUÓB� DSØOJDB�

Page 58: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 55 | 89

C I P

DPO� EFTDPNQFOTBDJØO� BHVEB� ��� � EJTGVODJØO�QSJNBSJB�EFM�JOKFSUP����Z�PUSPT�����0CTFSWBOEP�VOB�TVQFSWJWFODJB�EFM� �����FO�BRVFMMPT� DPO� GBMMP� BHVEP��frente a los crónicos en los que la supervivencia era EFM� ��� ��� 4F� PCTFSWB� UBNCJÏO� VO� CFOFmDJP� FO� MPT�pacientes con disfunción primaria del injerto como QVFOUF�B�MB�SFDVQFSBDJØO�P�BM�SFUSBTQMBOUF�&O�BM�B×P������$PWJD�FU�BM��QVCMJDB� MB�VUJMJ[BDJØO�EFM�."34� FO� TFJT� QBDJFOUFT� DPO� GBMMP� IFQÈUJDP� BHVEP��USBT� JOUPYJDBDJØO� QPS� TFUBT � UPEPT� FMMPT� QFEJÈUSJDPT �BMDBO[BOEP� VOB� TVQFSWJWFODJB� EFM� ���� TJO� MMFHBS� BM�USBTQMBOUF�IFQÈUJDP��&O������TF�QVCMJDB�FO�"OOBMT�PG�*OUFSOBM�.FEJDJOF�EF�����QBDJFOUFT� DPO� GBMMP� IFQÈUJDP� BHVEP� PCTFSWBOEP�un incremento de la supervivencia a los seis meses de aquellos pacientes con fallo hepático agudo TFDVOEBSJP�B�UPYJDJEBE�QPS�QBSBDFUBNPM�USBUBEPT�DPO�."34�EFM� � ����DPO� SFTQFDUP� B� MPT� OP� USBUBEPT�DPO�."34�RVF�GVF�EFM�������&O�OVFTUSB�FYQFSJFODJB�QFSTPOBM��QSFTFOUBNPT�FM�DBTP�EF�VOB�OJ×B�EF����B×PT�FO� GBMMP�IFQÈUJDP� GVMNJOBOUF�RVF�JOHSFTB�FO�FODFGBMPQBUÓB�HSBEP�*** �DPO�CJMJSSVCJOB�����NH�EM �51������TFH��Z�"NPOJP�������NJDSP.�-��4F�SFBMJ[BSPO�TFJT�TFTJPOFT�EF��I�DBEB���I��5SBT�MB�QSJNFSB�sesión desaparición de la encefalopatía y descenso QSPHSFTJWP�EF�MBT�DJGSBT�EF�CJMJSSVCJOB�Z�BNPOJP��/P�TF�PCTFSWØ�OJOHVOB�DPNQMJDBDJØO�EFSJWBEB�EF�MB�UÏDOJDB��

Oxigenoterapia hiperbárica. Indicações no doente críticoÓscar Camacho6-4.

����������������������

Existem ainda indicações para trombólise no AVC?A. I. Suárez Freire$PNQMFKP�)PTQJUBMBSJP�6OJWFSTJUBSJP�$PSVOB

����������������������

Monotorização Hemodinâmica

Ainda existe alguma indicação para o cateter da artéria pulmonarPedro Amorim$FOUSP�)PTQJUBMBS�EP�1PSUP

����������������������

Novos modos minimamente invasivos de monitorização de débito cardíaco José Pedro Moura6-4".

0�DIPRVF�Ï�B�FYQSFTTÍP�DMÓOJDB�EB�GBMÐODJB�DJSDVMBUØSJB�BHVEB�RVF�SFTVMUB�OB�VUJMJ[BÎÍP�JOBEFRVBEB�EP�PYJHÏOJP�DFMVMBS� 7JODFOU� +-� #BDLFS� % � /&+.� ������ 0� TFV�EJBHOØTUJDP�CBTFJB�TF�FN�DSJUÏSJPT�DMÓOJDPT�IJQPUFOTÍP�o�OFN�TFNQSF�QSFTFOUF �BMUFSBÎÍP�EP�FTUBEP�NFOUBM �IJQPQFSGVTÍP� QFSJGÏSJDB� o� motling score� F� PMJHÞSJB �IFNPEJOÉNJDPT� F� CJPRVÓNJDPT� IJQFSMBDUBDJEFNJB��&N� 6OJEBEFT� EF� $VJEBEPT� *OUFOTJWPT� P� DIPRVF�BGFDUB�DFSDB�EF�VN�UFSÎP�EPT�EPFOUFT �TFOEP�RVF�P�TÏQUJDP� Ï� B� TVB� GPSNB�NBJT� DPNVN�� "� OÍP� TFS� RVF�a situação clínica seja rapidamente revertida após a BCPSEBHFN�JOJDJBM �EFWFN�TFS�JOUSPEV[JEPT�VN�DBUÏUFS�BSUFSJBM� QBSB� NPOJUPSJ[BÎÍP� EBT� QSFTTÜFT� JOWBTJWBT�F� DPMIFJUBT� EF� TBOHVF � F� VN� DBUFUFS� WFOPTP� DFOUSBM�QBSB� JOGVTÍP� EF� nVÓEPT� F� BHFOUFT� WBTPBDUJWPT�� "�BWBMJBÎÍP� FDPDBSEJPHSÈmDB� F� EB� 4W0�� TÍP� DSVDJBJT�OFTUB�GBTF�EB�BCPSEBHFN�F�EJBHOØTUJDP�EP�DIPRVF��"�NPOJUPSJ[BÎÍP�EP�EÏCJUP�DBSEÓBDP�F�PVUSPT�QBSÉNFUSPT�IFNPEJOÉNJDPT � USBEJDJPOBMNFOUF� FGFDUVBEB� QFMP�método da termodiluição com o cateter da artéria QVMNPOBS � BDUVBMNFOUF� Ï� DBEB� WF[� NBJT� GFJUB� DPN�P� BVYÓMJP� EF� EJTQPTJUJWPT� NFOPT� JOWBTJWPT� F� NBJT�GÈDFJT� EF� VUJMJ[BS�� 2VBOEP� VTBEPT� OP� DPOUFYUP� EF�VN� QSPUPDPMP� EF� PQUJNJ[BÎÍP� IFNPEJOÉNJDB� QPEFN�JOnVFODJBS� QPTJUJWBNFOUF� P� QSPHOØTUJDP� EPT� EPFOUFT�$IBNPT � $FDDPOJ � 1FSJPQFSBUJWF� .FEJDJOF� ������ "�NPOJUPSJ[BÎÍP� IFNPEJOÉNJDB� NJOJNBNFOUF� JOWBTJWB�BTTVNF�TF� DPNP� VNB� BMUFSOBUJWB� NBJT� TFHVSB� QBSB�P� EPFOUF� DSÓUJDP� SFEV[JOEP� P� QPUFODJBM� JBUSPHÏOJDP�EP� DBUFUFS� EB� BSUÏSJB� QVMNPOBS�� "� QSFEJDUJCJMJEBEF�EB� SFTQPTUB� B� nVÓEPT� FTUÈ� CFN� EPDVNFOUBEB� OPT�EJTQPTJUJWPT�RVF�VTBN�B�BOÈMJTF�EB�QSFTTÍP�EF�QVMTP �desde que se cumpram os seguintes requisitos: doentes ventilados mecanicamente que não façam esforço WFOUJMBUØSJP�QSPGVOEBNFOUF�TFEBEPT�PV�DVSBSJ[BEPT �GBÎBN� WPMVNF� DPSSFOUF�� �NM�LH � FTUFKBN� FN� SJUNP�TJOVTBM�F�OÍP� UFOIBN�B�DBWJEBEF� UPSÈDJDB�BCFSUB��0�QPUFODJBM� CFOFGÓDJP� OB� WJHJMÉODJB� EB� IJQFS�IJESBUBÎÍP�FN� DVJEBEPT� JOUFOTJWPT� QPEF� TFS� JOUFSFTTBOUF�� 5FN�como “pitfall” o risco de mal interpretação dos dados F�B�GBMUB�EF�FTUVEPT�DPODMVTJWPT�FN�SFMBÎÍP�Ë�FmDÈDJB�EF�BMHVOT�EJTQPTJUJWPT��"�QSFTFOUF�DPNVOJDBÎÍP�UFN�DPNP� PCKFDUJWP� GB[FS� VNB� SFWJTÍP� EPT� EJTQPTJUJWPT�NBJT�VUJMJ[BEPT�-J%$0 �1J$$0 �7JHJMFP �PVUSPT�NFOPT�EJGVOEJEPT�#JP; �$BSEJP2 �/*$0 �/*$0. �1VMTJPnFY �64$0. �7PMVNFWJFX�CFN�DPN�EBS�VNB�QBOPSÉNJDB�geral dos dispositivos minimamente invasivos mais SFDFOUFT�DPNP�P�DD/FYmO�TZTUFN �FT$$0�F�.BTTJNP�F�P�TFV�VTP�QPUFODJBM�FN�DPOUFYUPT�OÍP�EF�DVJEBEPT�JOUFOTJWPT�

Page 59: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 56 | 89

SALA 6

0RQLWRUL]DomR�KHPRGLQkPLFD�SRU�HFRFDUGLRJUDÀDFilomena Oliveira$FOUSP�)PTQJUBMBS�EP�1PSUP

"� &DPDBSEJPHSBmB� Ï� VN� FYBNF� DPNQMFNFOUBS� EF�EJBHOØTUJDP � OÍP� JOWBTJWP � EF� DVTUPT� OÍP� FMFWBEPT �que permite uma avaliação anatomo/funcional do DPSBÎÍP�iJO�SFBM�UJNFw�F�Ë�DBCFDFJSB�EP�EPFOUF�/B� NBJPSJB� EBT� TJUVBÎÜFT� GPSOFDF� JOGPSNBÎÍP�EJBHOØTUJDB� F� QSPHOØTUJDB � QBSB� BMÏN� EF� BWBMJBS� B�FmDÈDJB�EBT�FTUSBUÏHJBT�UFSBQÐVUJDBT�JOTUJUVÓEBT�&TUFT� EBEPT� TÍP� PCUJEPT� QPS� FDPDBSEJPHSBmB�USBOTUPSÈDJDB�F�USBOTFTPGÈHJDB �QPS�NFJP�EF�BRVJTJÎÍP�EF� JNBHFOT� FN� NPEP� . � #J�EJNFOTJPOBM � F� FTUVEP�EPQQMFS�EF�RVBOUJmDBÎÍP�DPMPSJEB�EF�nVYPT �QVMTBEP �DPOUÓOVP�F�UFDJEVMBS��/P�EPFOUF�DSÓUJDP �QBSB�BMÏN�EP�EJBHOØTUJDP �HSBWJEBEF�F�QSPHOØTUJDP�DMÓOJDP �B�PCUFOÎÍP�EF�JOGPSNBÎÍP�TPCSF�QBSÉNFUSPT�IFNPEJOÉNJDPT�RVF�JOnVFODJFN�B�EFDJTÍP�UFSBQÐVUJDB�Ï�JNQPSUBOUF��"�&DPDBSEJPHSBmB�OÍP�TFOEP�P�FYBNF�i(PME�4UBOEBSEw�EF� NPOJUPSJ[BÎÍP� DPOUÓOVB � GPSOFDF� OP� NPNFOUP� EB�SFBMJ[BÎÍP�EP�FYBNF �EF�GPSNB�OÍP�JOWBTJWB�PV�TFNJ�JOWBTJWB � EBEPT� TPCSF� GVOÎÍP� WFOUSJDVMBS� FTRVFSEB�F� EJSFJUB � EÏCJUP� DBSEÓBDP � QSFTTÜFT� EF� FODIJNFOUP�WFOUSJDVMBS �QSFTTÍP�EB�BSUÏSJB�QVMNPOBS � SFTJTUÐODJBT�WBTDVMBSFT� QVMNPOBSFT � EFUFSNJOBÎÍP� EF� WPMVNFT�WFOUSJDVMBSFT� F� QSFEJÎÍP� EF� SFTQPTUB� BP� WPMVNF �que são cruciais para a orientação da estratégia UFSBQÐVUJDB�EP�EPFOUF�DSÓUJDP�"QFTBS� EF� TFS� VNB� UÏDOJDB� DPN� FYDFMFOUFT�QPUFODJBMJEBEFT �QPTTVJ�MJNJUBÎÜFT�RVF�DPOEJDJPOBN�B�JOGPSNBÎÍP�PCUJEB �TFOEP�FTUBT�EF�OBUVSF[B�NBUFSJBM�FDØHSBGP �DMÓOJDB�EPFOUF�WFOUJMBEP �QPTJDJPOBNFOUP �KBOFMB� BDÞTUJDB� F� PQFSBEPS� HSBV� EF� FYQFSJÐODJB �RVF�EFWFN�TFS� UJEBT�FN�DPOTJEFSBÎÍP �BOUFT�EF�TFS�GPSNVMBEB�VNB�DPODMVTÍP�mOBM��%FWFOEP�FYJTUJS� VNB�HSBOEF� JOUFSBDÎÍP� FOUSF� *OUFOTJWJTUB� F� $BSEJPMPHJTUB �para que os dados obtidos sejam analisados em DPOKVOUP � FWJUBOEP� RVF� FTUFT� TFKBN� GPOUF� EF� NÈ�JOUFSQSFUBÎÍP� F� JOUFSmSBN� EF� GPSNB� EFMFUÏSJB� OB�EFDJTÍP�DMÓOJDB��"TTJN� B� &DPDBSEJPHSBmB� Ï� VN� JOTUSVNFOUP� ÞUJM� OB�NPOJUPSJ[BÎÍP�EP�EPFOUF�DSÓUJDP �DPOUVEP�NVJUBT�WF[FT�BT� TVBT� BQMJDBÎÜFT� FODPOUSBN�TF� TVCVUJMJ[BEBT� OB�QSÈUJDB�DMÓOJDB�EJÈSJB�%FWJEP� BP� BWBOÎP� EB� JOWFTUJHBÎÍP� DJFOUÓmDB� F� EB�UFDOPMPHJB �B� JOGPSNBÎÍP�PCUJEB�QFMB�&DPDBSEJPHSBmB�Ï�NBJT�mEFEJHOB�F�BCSBOHFOUF �TFOEP�VNB�GFSSBNFOUB�indispensável na abordagem do doente crítico numa 6OJEBEF�EF�$VJEBEPT�*OUFOTJWPT��

Indicações para cateterismo cardíaco num doente críticoE. Rodriguez Garcia$PNQMFKP�)PTQJUBMBSJP�6OJWFSTJUBSJP�0SFOTF

����������������������

Eco pulmonar vs Rx. pulmonar convencionalD. Freire Moar$PNQMFKP�)PTQJUBMBSJP�6OJWFSTJUBSJP�$PSVOB

&M� EJBHOØTUJDP� Z� TFHVJNJFOUP� EF� MB� FOGFSNFEBE�pulmonar y/o torácica del paciente crítico se hace USBEJDJPOBMNFOUF� B� USBWÏT� EF� MB� SBEJPHSBGÓB� EF� UØSBY�TJNQMF�Z�DPO�MB�5PNPHSBGÓB�"YJBM�$PNQVUBSJ[BEB�5"$�UPSÈDJDB � DVBOEP� MB� QSJNFSB� OP� BMDBO[B� MB� QSFDJTJØO�EJBHOØTUJDB�FTQFSBEB�$PO� MB� SBEJPHSBGÓB� EF� UØSBY� FTQFSBNPT� WFS� MB�FOGFSNFEBE� QVMNPOBS� QBSFORVJNBUPTB� JOmMUSBEPT�QVMNPOBSFT� RVF� TVHJFSBO� FEFNB� EF� QVMNØO �OFVNPOÓB � DPOUVTJØO� QVMNPOBS � FOGFSNFEBE� QMFVSBM�EFSSBNF� QMFVSBM � IFNPUØSBY � OFVNPUØSBY � GSBDUVSBT�DPTUBMFT�� BTÓ� DPNP� MB� QPTJDJØO� EF� DBUÏUFSFT� Z� PUSPT�EJTQPTJUJWPT� UVCP� EF� UØSBY � UVCP� USBRVFBM � TPOEB�HÈTUSJDB�&M� JODPOWFOJFOUF�EF� MB� SBEJPHSBGÓB�FT� MB�FYQPTJDJØO�B�MB� SBEJBDJØO�RVF�TF�NVMUJQMJDB�DVBOEP� MB�FYQMPSBDJØO�es una TAC (con el consiguiente riesgo que supone el EFTQMB[BNJFOUP�EFM�QBDJFOUF�B�MB�TBMB�-B� FDPHSBGÓB� UPSÈDJDB� FT� VOB� BMUFSOBUJWB� ÞUJM� FO� MB�valoración de las enfermedades del parénquima QVMNPOBS � QMFVSB � QBSFE� UPSÈDJDB � EJBGSBHNB� Z�NFEJBTUJOP�� BTÓ� DPNP� HVÓB� QBSB� QSPDFEJNJFOUPT�JOWBTJWPT �EJBHOØTUJDPT�Z�UFSBQÏVUJDPT�4VT�QSJODJQBMFT�WFOUBKBT�TPO�MB�BVTFODJB�EF�SBEJBDJØO �MB� BDDFTJCJMJEBE � FYQMPSBDJØO� JO� TJUV� TJO� QSFDJTBS� FM�EFTQMB[BNJFOUP� EFM� QBDJFOUF� Z� BEFNÈT� FM� SFTVMUBEP�EFM�FTUVEJP�FT�FO�UJFNQP�SFBM�

Papel dos Fluídos na Falência Circulatória Aguda

Objectivos e limites da ressuscitação: Lactato, SVcO2, diferença artério venosa de CO2 ou microcirculação?Miguel Tavares$FOUSP�)PTQJUBMBS�EP�1PSUP

����������������������

Page 60: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 57 | 89

C I P

4XH�ÁXtGRV�SDUD�UHVVXVFLWDomR"�Marco Melo$FOUSP�)PTQJUBMBS�EP�#BJYP�7PVHB

"� BENJOJTUSBÎÍP� EF� nVÓEPT� DPOTUJUVJ� VNB� EBT� NBJT�DPNVOT� F� VOJWFSTBJT� JOUFSWFOÎÜFT� UFSBQÐVUJDBT� FN�NFEJDJOB�"�FTDPMIB�EPT�nVÓEPT�QBSB�SFTTVTDJUBÎÍP�EFWF�DFOUSBS�TF� FN� TPMVÎÜFT� RVF� NJNFUJ[FN� P� NBJT� QPTTÓWFM� B�DPNQPTJÎÍP�EPT�NFJPT�JOUSB�F�FYUSBDFMVMBS��6N�GBDUPS�JNQPSUBOUF�B�DPOTJEFSBS�Ï�B�OÍP�VUJMJ[BÎÍP�EF�TPMVÎÜFT�DPOUFOEP�HMJDPTF�/FOIVNB� EBT� TPMVÎÜFT� DSJTUBMØJEFT� DPSSFOUFNFOUF�VUJMJ[BEBT� Ï� EFTQSPWJEB� EF� FGFJUPT� TFDVOEÈSJPT��FYJTUF�VNB�FWJEÐODJB�DSFTDFOUF�EF�RVF�P�FYDFTTP�EF�cristalóides afecta desfavoravelmente o prognóstico EF�EPFOUFT�TVCNFUJEPT�B�DJSVSHJB�NBKPS�0�TPSP�TBMJOP�JTPUØOJDP �VUJMJ[BEP�IÈ�NBJT�EF����BOPT�DPOUÏN� VNB� RVBOUJEBEF� BQSFDJÈWFM� EF� DMPSP�� 7ÈSJPT�FTUVEPT� UÐN� EFNPOTUSBEP� RVF� P� DMPSP� JOnVFODJB� B�IPNFPTUBTF� EP� CJDBSCPOBUP� OP� SJN � Ï� EFUFSNJOBOUF�OP�nVYP�TBOHVÓOFP�SFOBM�F�P�TFV�FYDFTTP�QBSFDF�UFS�efeito vasoconstritor tubular renal com consequente EJNJOVJÎÍP�EB� UBYB�EF�mMUSBÎÍP�HMPNFSVMBS�F�BDJEPTF�NFUBCØMJDB�IJQFSDMPSÏNJDB�0� WFSEBEFJSP� JNQBDUP� EFTUB � OÍP� FTUÈ� EFWJEBNFOUF�GVOEBNFOUBEP��1BSFDF �OP�FOUBOUP �RVF�FTUB�iBDJEPTF�dilucional” constitui um efeito secundário transitório EFTDPOIFDFOEP�TF �BUÏ�Ë�EBUB �RVBM�P�TFV�JNQBDUP�OB�NPSCJ�NPSUBMJEBEF�/P�RVF�DPODFSOF�BP�MBDUBUP�EF�3JOHFS �WÈSJPT�FTUVEPT�EFNPOTUSBSBN� RVF� B� TVB� IJQP�PTNPMBSJEBEF� FTUÈ�associada a um risco acrescido de edema cerebral OPT�DBTPT�RVF�DPOEJDJPOBN�MFTÍP�EB�CBSSFJSB�IFNBUP�FODFGÈMJDB�"�TPMVÎÍP�DSJTUBMØJEF�JEFBM �DPNP�UVEP�P�RVF�Ï�JEFBM �OÍP� FYJTUF�� %FTUF� NPEP � VNB� FTUSBUÏHJB� SB[PÈWFM�QPEFSJB� SFTJEJS� OB� DPNCJOBÎÍP� EP� MBDUBUP� EF� 3JOHFS�DPN�P�/B$M�������EF�NPEP�B�FODPOUSBS�VN�FRVJMÓCSJP�entre hiperclorémia e administração adequada de TØEJP�&N� HSBOEF� QBSUF� EB� &VSPQB � PT� DSJTUBMØJEFT� TÍP�VUJMJ[BEPT�FN�DPOKVOUP�DPN�PT�DPMØJEFT�OB�SFTTVTDJUBÎÍP�EP�EPFOUF�DSÓUJDP��0T�DSJTUBMØJEFT�TÍP�VUJMJ[BEPT�DPN�P�intuito de prevenir os efeitos secundários dos colóides BSUJmDJBJT�� /P� FOUBOUP � BQFOBT� ���� EPT� DSJTUBMØJEFT�JTPUØOJDPT�QFSNBOFDFN�OP�FTQBÎP�JOUSBWBTDVMBS�������FYQBOEFN�TF�QBSB�P�FTQBÎP�FYUSBDFMVMBS�DPOUSJCVJOEP� � MBSHBNFOUF � QBSB� B� DSJBÎÍP� EF� CBMBOÎPT� QPTJUJWPT �DPN�BT�DPOTFRVÐODJBT�RVF�EBÓ�QPTTBN�BEWJS��"TTJN �VNB� FTUSBUÏHJB� QPTTÓWFM� QBTTBSJB� UBNCÏN � QFMP� VTP�racional de colóides de forma a prevenir a falência da NJDSPDJSDVMBÎÍP�F�FWJUBS�P�FYDFTTJWP�HBOIP�QPOEFSBM�BTTPDJBEP�Ë�SFTTVTDJUBÎÍP�DPN�DSJTUBMØJEFT�

0T� DPMØJEFT� SFÞOFN� VNB� DPNCJOBÎÍP� EF� FGFJUPT�EFTFKÈWFJT� F� JOEFTFKÈWFJT�� "T� SFBDÎÜFT� BMÏSHJDBT�DPOTUJUVFN� PT� FGFJUPT� BEWFSTPT� NBJT� GSFRVFOUFT � F�as suas propriedades antitrombóticas podem afectar EFTGBWPSBWFMNFOUF� B� DPBHVMBÎÍP�� "T� TPMVÎÜFT� EF�iIJESPYZFUIZM� TUBSDIw� QBSFDFN� BVNFOUBS� P� SJTDP� EF�MFTÍP�SFOBM�BHVEB�OB�TÏQTJT�F�B�BMCVNJOB �BTTPDJBEB�B�aumento da mortalidade no doentes com traumatismo DSBOFP�FODFGÈMJDP��"JOEB�OP�RVF�SFTQFJUB�BPT�DPMØJEFT�TJOUÏUJDPT � FYJTUF� VNB� FWJEÐODJB� DSFTDFOUF� EF� RVF�BT� TPMVÎÜFT� iTUBSDIw� FYFSDFN�VN�FGFJUP�CFOÏmDP�OP�FOEPUÏMJP�WBTDVMBS �QPEFOEP�JOnVFODJBS�GBWPSBWFMNFOUF�B� NJDSPDJSDVMBÎÍP�� 1BSFDFN � JHVBMNFOUF � JOJCJS� B�NJHSBÎÍP� EPT� OFVUSØmMPT� F� DPNP� UBM � MJNJUBS� VN� EPT�principais factores associados com o trauma e lesão QVMNPOBS� JOEV[JEB� QFMB� TÏQTJT�� $POTJEFSBOEP� B�FmDÈDJB� F� B� SFMBÎÍP� SJTDP�CFOFGÓDJP � PT� iNPEFSOPT�DPMØJEFTw� QBSFDFN� TFS� VNB� CPB� PQÎÍP � BUFOEFOEP�BP� TFV� NBJPS� JNQBDUP� OP� WPMVNF � NFOPS� QPUFODJBM�BOBmMÈDUJDP�F�NFMIPS�QFSmM�GBSNBDPDJOÏUJDP�%F�TBMJFOUBS�BJOEB �P�QBQFM�EB�BMCVNJOB�OP�BVNFOUP�EB� DBQBDJEBEF� BOUJPYJEBOUF� EP� EPFOUF� DSÓUJDP � F� P�TFV�CFOFGÓDJP�DMÓOJDP�DPNQSPWBEP� �OPT�EPFOUFT�DPN�BTDJUF�F�OB�QFSJUPOJUF�CBDUFSJBOB�FTQPOUÉOFB�A transfusão de eritrócitos apenas deverá ser feita RVBOEP�IÈ�OFDFTTJEBEF�EF�DPSSFDÎÍP�EP�IFNBUØDSJUP �F�B�VUJMJ[BÎÍP�EF�QMBTNB�F�DSJPQSFDJQJUBEP�TPNFOUF�OB�presença de coagulopatia

Que lugar para a albumina nos doentes de CI?Silvina Barbosa$FOUSP�)PTQJUBMBS�EF�4ÍP�+PÍP

����������������������

O que dizem as guidelines sobre ressuscitação circulatória no choque?Sónia André$FOUSP�)PTQJUBMBS�EP�1PSUP

����������������������

Indicações para utilização de terlipressina no doente críticoI. Astola Hidalgo4FSWJDJP� EF� .FEJDJOB� *OUFOTJWB�� $PNQMFKP� )PTQJUBMBSJP�6OJWFSTJUBSJP�"�$PSV×B

-B� WBTPQSFTJOB� FT� VOB� IPSNPOB� TJOUFUJ[BEB� FO�MPT� OÞDMFPT� QBSBWFOUSJDVMBSFT� Z� TVQSBØQUJDP� EFM�hipotálamo y que se acumula en la glándula pituitaria QPTUFSJPS�� 4F� TFHSFHB� FO� SFMBDJØO� DPO� IJQPUFOTJØO�BSUFSJBM �IJQPWPMFNJB�F�JODSFNFOUPT�FO�MB�PTNPMBSJEBE�

Page 61: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 58 | 89

SALA 6

VSJOBSJB� Z� TBOHVÓOFB�� -B� UFSMJQSFTJOB� FT� VO� BOÈMPHP�TJOUÏUJDP�EF�MB�WBTPQSFTJOB�DPO�VOB�NBZPS�BmOJEBE�QPS�MPT�SFDFQUPSFT�7� �QSFTFOUFT�FO�MBT�DÏMVMBT�NVTDVMBSFT�de los vasos sanguíneos y por tanto presenta mayor BDUJWJEBE�WBTPQSFTPSB�RVF�MB�QSPQJB�WBTPQSFTJOB�-B� i4VSWJWJOH� TFQTJT� DBNQBJHO� ����w� SFDPHF� FM� VTP�WBTPQSFTJOB� QBSB� FM� USBUBNJFOUP� EFM� TIPDL� TÏQUJDP�SFGSBDUBSJP�� &O� FTUB� CSFWF� SFWJTJØO� BOBMJ[BNPT� FM�TVTUSBUP�DJFOUÓmDP�RVF�BQPZB�FTUBT�SFDPNFOEBDJPOFT�Se ha demostrado en estudios clínicos que durante FM�TIPDL�TÏQUJDP �B�EJGFSFODJB�EF�PUSPT�UJQPT�EF�TIPDL�IBZ�VO�EÏmDJU�SFMBUJWP�EF�WBTPQSFTJOB��1BSFDF�RVF�FO�la resucitación inicial (primeras 6 horas) se produce un BVNFOUP�EF�FTUB�DPO�VO�QPTUFSJPS�EFTDFOTP��1PS�FTUB�SB[ØO�TF�SFDPNJFOEB�TV�VTP�NÈT�BMMÈ�EF�MBT�QSJNFSBT���IPSBT�EF�SFTVDJUBDJØO�1BSFDF�SFDPNFOEBCMF�TV�BTPDJBDJØO�B�MB�OPSBESFOBMJOB�B� EPTJT� BMUBT� ��çH�LH�NJO� FO� FM� NBOFKP� EFM� TIPDL�séptico por evidencia de mejoría en las cifras de UFOTJØO�BSUFSJBM�3FDJFOUFNFOUF�TF�IBCMB�FO�MB�MJUFSBUVSB�EF�MB�QSPCBCMF�JOUFSBDDJØO�FOUSF� MB�WBTPQSFTJOB�Z� MPT�DPSUJDPJEFT��&O�el subanálisis del estudio VASST se observó que los pacientes que recibían combinación de corticoides y vasopresina tenían un incremento de los niveles EF� WBTPQSFTJOB� NBZPSFT � EF� NBOFSB� TJHOJmDBUJWB � Z�además presentaban una reducción en la mortalidad B�MPT����EÓBT�&T�OFDFTBSJB�VOB�BEFDVBEB�SFTVDJUBDJØO�DPO�WPMVNFO�BOUFT�EF�JOJDJBS�FM�USBUBNJFOUP�DPO�UFSMJQSFTJOB �ZB�RVF�FT�FO�FTUF�DBTP�EPOEF�TF�FWJEFODJB�NFKPSÓB�EFM�nVKP�FTQMÈDOJDP�FO�SFTQVFTUB�B�MB�UFSBQJB�

&O� FM� FTUVEJP� 5&3-*7"1� DPNQBSBSPO� QFSGVTJØO� EF�WBTPQSFTJOB � QFSGVTJØO� EF� UFSMJQSFTJOB� Z� QFSGVTJØO�de noradrenalina como primera línea de terapia FO� FM� TIPDL� TÏQUJDP�� $PODMVZFO� RVF� MB� UFSMJQSFTJOB�FO� QFSGVTJØO� OP� EFCF� TFS� VUJMJ[BEB� DPNP� BNJOB� EF�QSJNFSB� FMFDDJØO � QFSP� EFCF� TFS� DPOTJEFSBEB� VOB�terapia de rescate cuando las catecolaminas dejan de TFS�FGFDUJWBT�&M� FTUVEJP� %0#613&44� TJO� FNCBSHP� DPNQBSØ� USFT�HSVQPT �VOP�TF�USBUBCB�ÞOJDBNFOUF�DPO�OPSBESFOBMJOB �otro grupo recibía terlipresina con noradrenalina Z� FM� UFSDFSP� SFDJCÓB� UFSMJQSFTJOB � OPSBESFOBMJOB� Z�EPCVUBNJOB�� -B� UFSMJQSFTJOB� DPO� P� TJO� EPCVUBNJOB�incrementa la tensión arterial media y disminuye los SFRVFSJNJFOUPT� EF� OPSBESFOBMJOB�� 4JO� FNCBSHP � BMUBT�EPTJT� EF� EPCVUBNJOB� IBTUB� ��çHLH�NJO� GVFSPO�necesarias para corregir el descenso de saturación WFOPTB�NJYUB� PDBTJPOBEP� QPS� MB� UFSMJQSFTJOB�� 1BSFDF�CFOFmDJPTP� BTPDJBS� EPCVUBNJOB� DPO� MB� UFSMJQSFTJOB�para contrarrestar los efectos adversos a nivel DBSEJPWBTDVMBS�La administración de vasopresina y terlipresina se ha asociado a vasoconstricción coronaria y reducción del índice cardíaco y de la frecuencia cardíaca (por FGFDUP� JOPUSØQJDP� OFHBUJWP � QPS� MP� UBOUP� QBSFDF� VOB�DPOUSBJOEJDBDJØO� TV� VTP� FO� FM� TIPDL� EF� PSJHFO� OP�TÏQUJDP�RVF�QSFTFOUF�JOTVmDJFODJB�DBSEÓBDB�BWBO[BEB�P� EBUPT� QSFWJPT� EF� JTRVFNJB� DPSPOBSJB�� &O� FM� TIPDL�séptico no se han observado isquemia intestinal o arritmias cardíacas asociadas al tratamiento con terlipresina (efectos observados en el tratamiento con UFSMJQSFTJOB�FO�FM�TÓOESPNF�IFQBUPSSFOBM�

Page 62: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 59 | 89

CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA

SALA 7

sala 7 | dia 3 e 4 de fevereiro

Page 63: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 60 | 89

SALA 7

Assistente. A discussão aberta e informada com o Oncologista é essencial para decidir se o doente é DBOEJEBUP�B�TVQPSUF�BSUJmDJBM�EF�PSHÍP� i'VMM�$PEFw �i*$6�5SJBMw�PV�QBSB�TVQPSUF�DPN�MJNJUBÎÍP�UFSBQÐVUJDB��

#JCMJPHSBmB��1. 7JODFOU� +- � 3FMMP� + � .BSTIBMM� + � FU� BM�� *OUFSOBUJPOBM� TUVEZ� PG� UIF�

QSFWBMFODF�BOE�PVUDPNFT�PG�JOGFDUJPO�JO�JOUFOTJWF�DBSF�VOJUT��+"."������������������

2. 4PBSFT�. �$BSVTP�1 �4JMWB�& �FU�BM��$IBSBDUFSJTUJDT�BOE�PVUDPNFT�PG�QBUJFOUT�XJUI�DBODFS�SFRVJSJOH�BENJTTJPO�UP�JOUFOTJWF�DBSF�VOJUT��B�QSPTQFDUJWF�NVMUJDFOUFS�TUVEZ��$SJU�$BSF�.FE���������������

3. 5BDDPOF� '4 � "SUJHBT� "" � 4QSVOH� $- � FU� BM�� $IBSBDUFSJTUJDT�BOE� PVUDPNFT� PG� DBODFS� QBUJFOUT� JO� &VSPQFBO� *$6T�� $SJU� $BSF���������3����

4. 8JMMJBNT� .% � #SBVO� -" � $PPQFS� -. � FU� BM�� )PTQJUBMJ[FE� DBODFS�QBUJFOUT� XJUI� TFWFSF� TFQTJT�� BOBMZTJT� PG� JODJEFODF � NPSUBMJUZ � BOE�BTTPDJBUFE�DPTUT�PG�DBSF��$SJU�$BSF��������3�������

���1ÒOF� ' � 1FSDIFSPO� 4 � -FNJBMF� 7 � FU� BM�� 5FNQPSBM� DIBOHFT�JO� NBOBHFNFOU� BOE� PVUDPNF� PG� TFQUJD� TIPDL� JO� QBUJFOUT�XJUI� NBMJHOBODJFT� JO� UIF� JOUFOTJWF� DBSF� VOJU�� $SJU� $BSF� .FE��������������������

���"[PVMBZ� &� � 4PBSFT�.� FU� BM�� *OUFOTJWF� DBSF� PG� UIF� DBODFS� QBUJFOU��SFDFOU�BDIJFWFNFOUT�BOE�SFNBJOJOH�DIBMMFOHFT��"OOBMT�PG�*OUFOTJWF�$BSF����� ������

7. 3PTPMFN�. �3BCFMMP�- �-JTCPB�U $BSVTP�1 ��FU�BM��$SUJDBMMZ�JMM�QBUJFOUT�XJUI� DBODFS� BOE� TFQTJT�� $MJOJDBM� DPVSTF� BOE� QSPHOPTUJD� GBDUPST��+PVSOBM�PG�$SJUJDBM�$BSF�������������������

Infecção no doente hematológicoSérgio Chacim*10���1PSUP

����������������������

Infecção no doente com transplante de medula óssea

Infecção víricaCarlos Pinho Vaz*10���1PSUP�

"� PDPSSÐODJB� TFRVFODJBM� EBT� EJGFSFOUFT� JOGFDÎÜFT�após transplante de medula óssea serviram de base QBSB� P� FTUBCFMFDJNFOUP� EF� FTUSBUÏHJBT� UFSBQÐVUJDBT�EF� QSPmMBYJB� F� QSÏ�FNQUJWBT� RVF� QPTTJCJMJUBSBN�BQØT�B�EÏDBEB�EF�OPWFOUB� �VNB�ESÈTUJDB�RVFEB�EB�NPSCJMJEBEF�F�NPSUBMJEBEF�BTTPDJBEBT�B�JOGFDÎÜFT�OP�doente transplantado."� JOUSPEVÎÍP� EF� NÏUPEPT� EF� EFUFDÎÍP� QSFDPDF� EF�EFUFSNJOBEBT� JOGFDÎÜFT�WÓSJDBT�F�P�BQBSFDJNFOUP�EF�BHFOUFT�BOUJ�WÓSJDPT�FmDB[FT�QPEFN�TFS�IPKF�VTBEPT�OVNB�FTUSBUÏHJB�QSPmMÈDUJDB�PV�QSÏ�FNQUJWB�DPN�UBYBT�

Infecção no Doente Oncológico

Infecção em doentes com tumores sólidosOfélia Afonso4FSWJÎP�EF�$VJEBEPT�*OUFOTJWPT

*OTUJUVUP�1PSUVHVÐT�EF�0ODPMPHJB�EP�1PSUP

"� FWPMVÎÍP� EB� UFSBQÐVUJDB� BOUJ�OFPQMÈTJDB� OBT�ÞMUJNBT� EÏDBEBT� BVNFOUPV� TJHOJmDBUJWBNFOUF� B�sobrevida dos doentes com cancro. Associada a esta FmDÈDJB� TVSHF � OP� FOUBOUP � VNB�NBJPS� UPYJDJEBEF�� "�JOGFDÎÍP� DPOTUJUVJ�TF� DPNP� P� SJTDP� NBKPS� BTTPDJBEP�Ë� BHSFTTJWJEBEF� EB� UFSBQÐVUJDB� F� BP� BVNFOUP� EB�TPCSFWJEB� EFTUFT� EPFOUFT�� 0� DPOUBDUP� GSFRVFOUF�DPN� P� IPTQJUBM � B� JNVOPTTVQSFTTÍP� DPOEJDJPOBEB�QFMB� EPFOÎB� F�PV� QFMB� UFSBQÐVUJDB � B� EFTOVUSJÎÍP�BT� GSFRVFOUFT� EJTSVQÎÜFT� EB� CBSSFJSB� NVDPDVUÉOFB�QFMB�NVDPTJUF � QFMBT� DJSVSHJBT� PV� QFMB� QSFTFOÎB� EF�EJTQPTJUJWPT� JOUSBWBTDVMBSFT � UPSOB�PT�VNB�QPQVMBÎÍP�QBSUJDVMBSNFOUF� TVTDFQUÓWFM� Ë� JOGFDÎÍP�� /FTUF�DPOUFYUP� B� JOGFDÎÍP� Ï� B� DBVTB� NBJT� GSFRVFOUF� EF�admissão destes doentes em cuidados intensivos. O mau prognóstico e as particularidades de tratamento de alguns subgrupos de doentes oncológicos DPOEJDJPOBN� B� QFSQFUVBÎÍP� EB� DPOUSPWÏSTJB� BDFSDB�EB� TVB� BENJTTÍP� FN� DVJEBEPT� JOUFOTJWPT�� /P�FOUBOUP � PT� NBSDBEPSFT� QSPHOØTUJDPT� USBEJDJPOBJT��� OFVUSPQFOJB � FYQPTJÎÍP� SFDFOUF� B� UFSBQÐVUJDB� BOUJ�OFPQMÈTJDB���CFN�DPNP�BT�DBSBDUFSÓTUJDBT�EB�EPFOÎB�EF�CBTF � OÍP� TF� BTTPDJBN�DPN�B� TPCSFWJEB� B� DVSUP�QSB[P��0T�TDPSFT�EF�HSBWJEBEF�OBT���T����IPSBT�EF�BENJTTÍP� OÍP� UÐN� DBQBDJEBEF� EJTDSJNJOBUJWB� FOUSF�os sobreviventes e não sobreviventes. Além do FTUBEP� GVODJPOBM� CBTBM� F� EB� BDUJWJEBEF� EB� EPFOÎB�PODPMØHJDB � P� NBJPS� EFUFSNJOBOUF� EB� TPCSFWJEB� EPT�doentes sépticos oncológicos é o tipo e o número EF�EJTGVOÎÜFT�EF�ØSHÍP �TFOEP�RVF�PT�EPFOUFT�DPN�EJTGVOÎÍP�SFTQJSBUØSJB �SFOBM�F�DBSEJPWBTDVMBS�UÐN�QJPS�QSPHOØTUJDP��²�JNQPSUBOUF�SFTTBMUBS�RVF�B�NPSUBMJEBEF�IPTQJUBMBS� EPT� EPFOUFT� DSÓUJDPT� DPN� UVNPSFT� TØMJEPT�F� DPN�TÏQTJT� PV�DIPRVF� TÏQUJDP � OÍP�EJGFSF�EB�EPT�EPFOUFT�OÍP�PODPMØHJDPT��1PS�PVUSP� MBEP �IÈ�FTUVEPT�RVF�NPTUSBN� RVF� B�NPSUBMJEBEF� BVNFOUB� FN� DFSDB�EF�����RVBOEP�B�BENJTTÍP�Ï�QSPUFMBEB �QFMP�RVF�B�admissão precoce em cuidados intensivos é decisiva na sobrevida destes doentes. A admissão dos doentes DPN� UVNPSFT� TØMJEPT� DPN� JOGFDÎÜFT� HSBWFT� FN�DVJEBEPT�JOUFOTJWPT�Ï�BDUVBMNFOUF�JORVFTUJPOÈWFM��/B�EÞWJEB �Ï�OPTTB�QSÈUJDB �BENJUJS�P�EPFOUF�F� MPHP�RVF�QPTTÓWFM� SFEFmOJS� FTUSBUÏHJBT� FOWPMWFOEP� P� .ÏEJDP�

sala 7 | dia 3 de fevereiro

Page 64: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 61 | 89

C I P

EF� TVDFTTP� FMFWBEBT�� /P� FOUBOUP� B� NBOJQVMBÎÍP�JBUSPHÏOJDB� EP� DVSTP� OBUVSBM� EBT� JOGFDÎÜFT� WÓSJDBT�OÍP�FMJNJOPV�P�QSPCMFNB�EFTUBT�JOGFDÎÜFT�OP�EPFOUF�USBOTQMBOUBEP�NBT�EF�GBDUP�JOUSPEV[JV�OPWPT�QSPCMFNBT�UBJT�DPNP�P�QFSÓPEP�EF�EFTFOWPMWJNFOUP�EB�JOGFDÎÍP�RVF� QPEF� TFS� BQFOBT� BEJBEP� F� PT� FGFJUPT� MBUFSBJT�EB� UFSBQÐVUJDB� BOUJ�WÓSJDB�� 0� SFDFOUF� BVNFOUP� EB�USBOTQMBOUBÎÍP�B�QBSUJS�EF�EBEPSFT�OÍP� SFMBDJPOBEPT�UFWF�DPNP�DPOTFRVÐODJB�B�FNFSHÐODJB�EF�JOGFDÎÜFT�RVF�BOUFSJPSNFOUF�FSBN�QPVDP�DPNVOT�EFWJEP�BP�VTP�EF�UFSBQÐVUJDB�JNVOPTVQSFTTPSB�NBJT�QPUFOUF�0T� TPCSFWJWFOUFT� B� MPOHP� QSB[P� DPN� SFDPOTUJUVJÎÍP�JNVOPMØHJDB� BEFRVBEB� OFDFTTJUBN� EF� QSPHSBNB�EF� JNVOJ[BÎÍP� QBSB� FWJUBS� B� EFTFOWPMWJNFOUP� EF�JOGFDÎÜFT�EF�OPWP���

Infecção no doente com transplante de medula óssea

Infecção fúngicaFernando Coelho*10���1PSUP�

����������������������

Doenças Vasculares do Fígado

Síndrome de Budd-Chiari: do diagnóstico ao tratamentoHelena Pessegueiro6OJEBEF�EF�5SBOTQMBOUF�)FQÈUJDP�1BODSFÈUJDP�o�)PTQJUBM�4��"OUØOJP �$FOUSP�)PTQJUBMBS�EP�1PSUP

"� TÓOESPNF� EF� #VEE�$IJBSJ� 4#$� DPOTJTUF� OVNB�PCTUSVÎÍP�Ë�TBÓEB�EP�nVYP�WFOPTP�IFQÈUJDP �FYDMVJOEP�BT�PCTUSVÎÜFT�BP�nVYP�QSPWPDBEBT�QPS�EPFOÎB�WFOP�PDMVTJWB� PV� QPS� EPFOÎB� DBSEÓBDB�� 0� PCTUÈDVMP� RVF�QSPWPDB�B�PCTUSVÎÍP�QPEF�FTUBS� MPDBMJ[BEP�EFTEF�BT�QFRVFOBT�WFJBT�IFQÈUJDBT �BUÏ�Ë�FOUSBEB�OB�BVSÓDVMB�EJSFJUB�� "� 4#$� Ï� DPOTJEFSBEB� TFDVOEÈSJB� RVBOEP� B�PCTUSVÎÍP�Ï�EFWJEB�B�VN�UVNPS��%JTDVUJSFNPT�BQFOBT�B� 4#$� QSJNÈSJB � SFMBDJPOBEB� DPN� VN� GFOØNFOP�trombótico. 3FDFOUFNFOUF� WFSJmDBSBN�TF� BWBOÎPT� NVJUP�importantes no diagnóstico e tratamento desta TÓOESPNF�� "� TVB� SBSJEBEF� F� B� OFDFTTJEBEF� EF� VNB�BCPSEBHFN� NVMUJEJTDJQMJOBS � UPSOBN� GVOEBNFOUBM�SFVOJS� B� NBJPS� FYQFSJÐODJB� QPTTÓWFM� FN� DFOUSPT� EF�SFGFSFODJBÎÍP � DBQB[FT� EF� EJWVMHBS� P� SFTVMUBEP�EFTTB� QSÈUJDB�� 0� SFDPOIFDJNFOUP� EB� JOUFSBDÎÍP�

FOUSF�EJGFSFOUFT�RVBESPT�EF�IJQFSDPBHVMBCJMJEBEF �EF�QPEFS�FYJTUJS�VNB�DPNCJOBÎÍP�EF�WÈSJBT�DBVTBT�F�EB�PDPSSÐODJB� EF� USPNCPTF� FN� MPDBJT� FTQFDÓmDPT� UFN�KVTUJmDBEP� NVJUB� EB� JOWFTUJHBÎÍP� F� B� OFDFTTJEBEF�EF� FOWPMWFS� PT� IFNBUPMPHJTUBT� QBSB� VN� EJBHOØTUJDP�FUJPMØHJDP� NBJT� FYBVTUJWP� F� BTTJN� VNB� NFMIPS�BCPSEBHFN� UFSBQÐVUJDB�� 1PS� PVUSP� MBEP � P� QBQFM� EB�JNBHJPMPHJB� EFQFOEF� EP� HSBV� EF� TVTQFJÎÍP� F� EB�FYQFSJÐODJB�EP�PQFSBEPS �CFN�DPNP�EBT�QPTTJCJMJEBEFT�EPT�OPWPT�FRVJQBNFOUPT�FDPEPQMMFS �UPNPHSBmB�BYJBM�DPNQVUPSJ[BEB� F� SFTTPOÉODJB�NBHOÏUJDB� OVDMFBS�� "�BCPSEBHFN�UFSBQÐVUJDB�EJmDJMNFOUF�TFSÈ�BQPJBEB�FN�FOTBJPT� SBOEPNJ[BEPT � QFMP� RVF� BT� SFDPNFOEBÎÜFT�FMBCPSBEBT� EF� NPEP� DPOTFOTVBM� FN� SFVOJÜFT� EF�FYQFSUPT�F�B�DPNQBSBÎÍP�EB�FYQFSJÐODJB�FOUSF�DFOUSPT�EF� SFGFSÐODJB� TÍP� GVOEBNFOUBJT� QBSB� P� TFHVJNFOUP�destes doentes.

Trombose esplâncnica e extraesplâncnica na FLUURVH��GD�SURÀOD[LD�DR�WUDWDPHQWRFilipe Nery4$*�6*.$���)PTQJUBM�EF�4��"OUØOJP �$FOUSP�)PTQJUBMBS�EP�1PSUP

0T� EJTUÞSCJPT� EB� DPBHVMBÎÍP� DBSBDUFSÓTUJDPT�EPT� EPFOUFT� DPN� DJSSPTF� DPNP� QPS� FYFNQMP� P�QSPMPOHBNFOUP� EP� UFNQP� EF� QSPUSPNCJOB� F� B�USPNCPDJUPQFOJB� RVF� GSFRVFOUFNFOUF� MIFT� FTUÈ�BTTPDJBEB �UÐN�TJEP�IJTUPSJDBNFOUF�SFMBDJPOBEPT�DPN�um maior potencial de sangramento. Actualmente o QBSBEJHNB�UFN�WJOEP�B�NVEBS�B�GBWPS�EP�iimbalancew�QSPDPBHVMBOUF � TBCFOEP�TF� RVF� PT� EPFOUFT� DPN�DJSSPTF� UÐN� OÓWFJT� EF� GBDUPS� 7***�NBJT� FMFWBEPT� F� EF�QSPUFÓOB� $� NBJT� CBJYPT � QPUFODJBOEP� GFOØNFOPT�QSPUSPNCØUJDPT � BTTJN� DPNP� QBSB� WBMPSFT� EF�QMBRVFUBT�BUÏ�BPT����������V- �P�BVNFOUP�EPT�OÓWFJT�EP� GBDUPS�EF�7PO�8JMMFCSBOE�BTTPDJBEP�B�OÓWFJT�NBJT�CBJYPT� EF� "%".54�� � OÍP� BMUFSBN� B� BEFTJWJEBEF�F� GVODJPOBMJEBEF� QMBRVFUÈSJBT�� "TTJN � PT� EPFOUFT�DPN� DJSSPTF� TBOHSBN� EBT� DPNQMJDBÎÜFT� JOFSFOUFT�Ë� IJQFSUFOTÍP� QPSUBM � F� OÍP� QFMPT� EJTUÞSCJPT� EB�DPBHVMBÎÍP�PV�QMBRVFUÈSJPT�"DUVBMNFOUF�TBCF�TF�RVF�PT�EPFOUFT�DPN�DJSSPTF�OÍP�estão protegidos contra fenómenos tromboembólicos WFOPTPT� USPNCPTF� WFOPTB� QSPGVOEB� o� 571� �� F�USPNCPFNCPMJTNP� QVMNPOBS� �� 5&1 � DPN� JODJEÐODJBT�EFTUFT� GFOØNFOPT� RVF � OB� QPQVMBÎÍP� JOUFSOBEB �DIFHBN� BPT� ������ 0T� EPFOUFT� DPN� DJSSPTF�QBSUJMIBN � NVJUBT� WF[FT � GBDUPSFT� EF� SJTDP� RVF� TÍP�SFDPOIFDJEPT�OB�QPQVMBÎÍP�FN�HFSBM �DPNP�TFKBN�B�EJBCFUFT �IJQFSUFOTÍP�BSUFSJBM �PCFTJEBEF �UBCBHJTNP �JNPCJMJ[BÎÍP � OÓWFJT� EF� FTUSPHÏOJPT� NBJT� FMFWBEPT �FUD�� /ÍP� FYJTUFN� SFDPNFOEBÎÜFT� QBSB� B� QSPmMBYJB�ou tratamento de fenómenos tromboembólicos nesta QPQVMBÎÍP��"DUVBMNFOUF�TBCF�TF �JHVBMNFOUF �RVF�PT�doentes com cirrose não sangram mais pelo simples

Page 65: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 62 | 89

SALA 7

GBDUP� EF� UFSFN� DJSSPTF� F� EJTUÞSCJPT� EB� DPBHVMBÎÍP�PV� USPNCPDJUPQFOJB � F� RVF� P� TBOHSBNFOUP� EFDPSSF�EBT� DPNQMJDBÎÜFT� EB� IJQFSUFOTÍP� QPSUBM�� "TTJN � PT�doentes com cirrose internados deverão ser alvo de NFEJEBT�QSPmMÈDUJDBT �TFKBN�NFDÉOJDBT�PV�NÏEJDBT �para fenómenos tromboembólicos venosos. Se se EFTDPOIFDF�B�FYJTUÐODJB�EF�WBSJ[FT�FTPGÈHJDBT�7& �QFMP�NFOPT�NFEJEBT�NFDÉOJDBT�EFWFN�TFS�JOTUJUVÓEBT��4F�QSFTFOÎB�EF�7&� TFN�FWJEÐODJB�EF� TBOHSBNFOUP �EFWF�TF�QSPQPS�JOJDJBS�DPODPNJUBOUFNFOUF�USBUBNFOUP�NÏEJDP� EF� QSPmMBYJB� EF� TBOHSBNFOUP� DPN� CFUB�CMPRVFBEPS� F� IFQBSJOB� EF� CBJYP� QFTP� NPMFDVMBS�)#1.� FN� EPTF� QSPmMÈDUJDB�� 4F� GFJUP� P� EJBHOØTUJDP�EF� 571� PV� 5&1� EF� CBJYP� SJTDP� PV� JOUFSNÏEJP � EFWF�TF� SFBMJ[BS� FOEPTDPQJB� EJHFTUJWB� BMUB� QBSB� BWBMJBS� B�QSFTFOÎB�EF�7&��4F�BVTFOUFT � P�EPFOUF�EFWF� JOJDJBS�UFSBQÐVUJDB� BOUJDPBHVMBOUF� DPN� )#1.� F � EFQPJT �NVEBS�QBSB�BOUBHPOJTUB�EB�WJUBNJOB�,�DPN�*/3�BMWP�FOUSF� �� F� ��� 4F� 7&� QSFTFOUFT� F� TFN� TBOHSBNFOUP�BDUJWP � EFWF�TF� JOJDJBS� UFSBQÐVUJDB� QSPmMÈUJDB� EF�TBOHSBNFOUP�EF�7&�EF�BDPSEP�DPN�P�FTUBEP�EF�BSUF�F �EFQPJT �JOJDJBS�P�USBUBNFOUP�DPN�BOUJDPBHVMBÎÍP�FmDB[�DPNP�QSFWJBNFOUF� SFGFSJEP��/P�DBTP�EF�5&1�EF�BMUP�SJTDP�EF�NPSUBMJEBEF �FN�RVF�P� USBUBNFOUP�TUBOEBSE�Ï� B� mCSJOØMJTF � OÍP� IÈ� FTUVEPT� FN� MBSHB� FTDBMB� RVF�EFNPOTUSFN� B� TFHVSBOÎB� EB� UFSBQÐVUJDB� mCSJOPMÓUJDB�OPT� EPFOUFT� DPN� DJSSPTF�� $PNP� TF� USBUB� EF� VNB�TJUVBÎÍP�DPN�FMFWBEP�SJTDP�EF�NPSUBMJEBEF �B�EFDJTÍP�EFWF�TFS�UPNBEB�JOEJWJEVBMNFOUF �DPN�DPOIFDJNFOUP�EPT�SJTDPT�OP�DBTP�EF�VNB�IFNPSSBHJB�DBUBDMÓTNJDB �por parte do doente e seus familiares."�USPNCPTF�EB�WFJB�QPSUB�OB�DJSSPTF� UFN� JODJEÐODJBT�RVF�DIFHBN�BPT�������F�QSFWBMÐODJBT�NVJUP�WBSJÈWFJT �EFTDSJUBT� FOUSF� PT����� F� ��� �F�RVF�EFQFOEFN�EPT�FTUVEPT �NÏUPEPT�EJBHOØTUJDPT�VUJMJ[BEPT�F� UJQPMPHJB��HSBWJEBEF�EPT�EPFOUFT�JODMVÓEPT�OPT�FTUVEPT��&TUVEPT�actuais parecem apontar um mecanismo comum para P� FWFOUP� 571� F� B� QSPHSFTTÍP� EB� DJSSPTF�� "� QSØQSJB�571�QBSFDF�TFS�VN�QSPDFTTP�EJOÉNJDP �OFTUF�UJQP�EF�EPFOUFT � DPN� UBYBT� EF� SFWFSTJCJMJEBEF� RVF� DIFHBN�BPT� ����� 1PS� GPSNB� B� FWJUBS� B� QSPHSFTTÍP� EB� 571 �condicionar dessa forma o acto cirúrgico e aumentar B�NPSUBMJEBEF�QØT�USBOTQMBOUF �PT�EPFOUFT�DPN�571�F�RVF� FTUFKBN�FN� MJTUB� QBSB� USBOTQMBOUF� IFQÈUJDP� 5)�EFWFN� TFS� IJQPDPBHVMBEPT� FN� EPTF� UFSBQÐVUJDB �BQØT� USBUBNFOUP� BEFRVBEP�EF�7&�EF� BDPSEP� DPN�P�FTUBEP�EB�BSUF��"�UPEPT�PT�PVUSPT�EPFOUFT�DPN�DJSSPTF �RVF� OÍP� FTUFKBN� FN� MJTUB� QBSB� 5) � F� B� RVF� TFKB�EJBHOPTUJDBEB� 571� OÍP� FYJTUF� JOEJDBÎÍP� BDUVBM� QBSB�IJQPDPBHVMBÎÍP� EBEB� B� TVB� QPTTÓWFM� SFWFSTÍP� TFN�UFSBQÐVUJDB� F� JOFYJTUÐODJB� EF� FWJEÐODJB� BDUVBM� RVF �VNB�WF[�PDPSSFOEP �DPOEJDJPOF�EFTDPNQFOTBÎÍP�EB�EPFOÎB�IFQÈUJDB�&N� TVNB � B� DJSSPTF� BDUVBMNFOUF� Ï� WJTUB� DPNP� VNB�FOUJEBEF� iQSØ�USPNCØUJDBw� F� OÍP� iQSØ�TBOHSBOUFw��4BCF�TF�RVF�PT�EPFOUFT�OÍP�FTUÍP�QSPUFHJEPT�DPOUSB�

FWFOUPT� USPNCPFNCØMJDPT� WFOPTPT � QPEFOEP�TF�QSPQPS�BUJUVEFT�EF�QSPmMBYJB�F�USBUBNFOUP�NÏEJDPT�DPN�BOUJDPBHVMBOUFT �EFTEF�RVF�TF�DPOIFÎB�QSFWJBNFOUF�TF�FYJTUÐODJB�EF�7&�F �OFTTF�DBTP �RVF�TF�QSPDFEB�Ë�QSPmMBYJB�EF�TBOHSBNFOUP�TFDVOEÈSJP�B�DPNQMJDBÎÜFT�EF� IJQFSUFOTÍP� QPSUBM� EF� BDPSEP� DPN� P� FTUBEP� EB�BSUF� CFUB�CMPRVFBEPS� PV� MJHBEVSB�FTDMFSPTF� EF� 7&��0T�EPFOUFT�DPN�DJSSPTF�FN�MJTUB�QBSB�5)�F�BPT�RVBJT�TFKB� EJBHOPTUJDBEB� 571� EFWFN� TFS� USBUBEPT� DPN�IJQPDPBHVMBÎÍP�FN�EPTF�UFSBQÐVUJDB��4ÍP�OFDFTTÈSJPT�NBJT�FTUVEPT �OB�571�OB�DJSSPTF �EF�DPNQBSBÎÍP�EF�grupos com e sem tratamento anticoagulante antes de a propor como atitude stantard.

Doença veno-oclusiva: quando pensar, do espectro clínico ao tratamentoLaure Elkrief

4FSWJDF�E})FQBUPMPHJF �)ÙQJUBM�#FBVKPO �$MJDIZ �1BSJT �'SBODF

4JOVTPJEBM� PCTUSVDUJPO� TZOESPNF� 404 � QSFWJPVTMZ�LOPXO�BT�IFQBUJD�WFOP�PDMVTJWF�EJTFBTF�PDDVST�NPTU�DPNNPOMZ�BT�B�DPNQMJDBUJPO�PG�NZFMPBCMBUJWF�SFHJNFOT�UIBU�BSF�VTFE�UP�QSFQBSF�QBUJFOUT�GPS�IFNBUPQPJFUJD�TUFN�DFMM�USBOTQMBOUBUJPO��5IFTF�iDPOEJUJPOJOH�SFHJNFOTw�BSF�DPNCJOBUJPOT� PG� IJHI� EPTF� DIFNPUIFSBQZ� ESVHT� PS�DIFNPUIFSBQZ�ESVHT�QMVT�UPUBM�CPEZ�JSSBEJBUJPO��0UIFS�DBVTFT� PG� 404� JODMVEF� DIFNPUIFSBQFVUJD� BHFOUT� BU�NPSF�DPOWFOUJPOBM�EPTFT �DISPOJD�JNNVOPTVQQSFTTJPO�XJUI� B[BUIJPQSJOF� PS� ��UIJPHVBOJOF � BOE� JOHFTUJPO� PG�IFSCBM� UFBT�NBEF�XJUI�QZSSPMJ[JEJOF�BMLBMPJET� PS� GPPE�TPVSDFT� DPOUBNJOBUFE� CZ� QZSSPMJ[JEJOF� BMLBMPJET�� 5IF�JODJEFODF�PG�404�EFQFOET�PO�QBUJFOU�SJTL�GBDUPST�BOE�PO�DIPJDF�PG�DPOEJUJPOJOH� SFHJNFO��404� JT�B�QSJNBSZ�DJSDVMBUPSZ� EJTPSEFS�� EVF� UP� JOUSB�IFQBUJD� JOKVSZ� PG�IFQBUJD�TJOVTPJE��5IF�PCTUSVDUJPO�PG�TNBMM�IFQBUJD�WFJO�BSF�BTTPDJBUFE�XJUI�B�NPSF�TFWFSF�EJTFBTF�404�JT�B�DMJOJDBM�EJBHOPTJT�JO�NPTU�DBTFT��5IF�DMJOJDBM�TZNQUPNT� JODMVEF� XFJHIU� HBJO� ���� BTDJUFT � QBJOGVMM�IFQBUPNFHBMZ�BOE�KBVOEJDF �PDDVSSJOH�XJUIJO����EBZT�GSPN� TUFN�DFMM� USBOTQMBOUBUJPO�� 8IFO� UIF� EJBHOPTJT�JT� VODMFBS � USBOTKVHVMBS� MJWFS� CJPQTZ� BTTPDJBUFE� XJUI�IFQBUJD� WFOPVT� QSFTTVSF� HSBEJFOU� NFBTVSFNFOU� BSF�QBSUJDVMBSMZ� IFMQGVM�� -JWFS� IJTUPMPHZ� IBT� BMTP� B� SPMF�JO� EJGGFSFOUJBUJOH� CFUXFFO� 404� BOE� PUIFS� DBVTFT� PG�MJWFS� EZTGVODUJPO� JO� QBUJFOUT� VOEFSHPJOH� TUFNN� DFMMT�USBOTQMBOUBUJPO��5IF�TFWFSJUZ�PG�404�JT�IJHIMZ�WBSJBCMF �GSPN�NJME�EJTFBTF�OPU� SFRVJSJOH�TQFDJmD� USFBUNFOU � UP�MJWFS�JOKVSZ��0WFSBMM �UIF�NPSUBMJUZ�PG�404�JT�BSPVOE���������5IF�DBVTF�PG�EFBUI�JT�NPTU�DPNNPOMZ�NVMUJPSHBO�GBJMVSF�XJUI�QVMNPOBSZ�BOE�SFOBM�GBJMVSF�1SFWFOUJWF� TUSBUFHJFT� BSF� FTTFOUJBMMZ� CBTFE� PO�JEFOUJmDBUJPO� PG� QBUJFOUT� XJUI� SJTL� GBDUPST� GPS� UPYJD�MJWFS� JOKVSZ� BOE� BWPJEBODF� PG� MJWFS�UPYJD� DPOEJUJPOJOH�SFHJNFOT� JO� UIFTF� QBUJFOUT�� 5IF� NBOBHFNFOU� PG�

Page 66: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 63 | 89

C I P

FTUBCMJTIFE� 404� JT� NPTUMZ� CBTFE� PO� TZNQUPNBUJD�USFBUNFOU� PG� nVJE� PWFSMPBE � BOE� TVQQPSUJWF� DBSF� JO�DBTF�PG�PSHBO�EZTGVODUJPO���3FDFOU�EBUBT�IBWF�TIPXO�UIBU� EFmCSPUJEF� BQQFBST� UP� CF� FGGFDUJWF� FJUIFS� GPS�QSPQIZMBYJT�JO�DIJMESFO�BU�SJTL�PG�404�PS�GPS�UIF�DVSBUJWF�USFBUNFOU�PG�FTUBCMJTIFE�EJTFBTF �XJUIPVU�BO�JODSFBTFE�SJTL�PG�CMFFEJOH��"MUIPVHI�UIJT�BHFOU�JT�NPSF�BOE�NPSF�GSFRVFOUMZ� VTFE� BNPOH� QIZTJDJBOT � JUT� VTF� EPFT� OPU�IBWF�UIF�BQQSPWBM�PG�UIF�BVUIPSJUJFT�

3FGFSFODFT1. %F-FWF�-% �7BMMB�%�$ �(BSDJB�5TBP�( �"NFSJDBO�"TTPDJBUJPO�GPS�UIF�

4UVEZ�-JWFS�%JTFBTFT��7BTDVMBS�EJTPSEFST�PG� UIF� MJWFS��)FQBUPMPHZ��������������o������

2. %JHOBO� '- � 8ZOO� 3' � )BE[JD� / � ,BSBOJ� + � 2VBHMJB� " � 1BHMJVDB�" � FU� BM�� #$4)�#4#.5� HVJEFMJOF�� EJBHOPTJT� BOE� NBOBHFNFOU�PG� WFOP�PDDMVTJWF� EJTFBTF� TJOVTPJEBM� PCTUSVDUJPO� TZOESPNF�GPMMPXJOH�IBFNBUPQPJFUJD� TUFN�DFMM� USBOTQMBOUBUJPO��#SJUJTI�+PVSOBM�PG�)BFNBUPMPHZ��������������o�����

Mutação JAK2: quando pensar, seguimento e tratamentosAlexandra Mota$FOUSP�)PTQJUBMBS�EP�1PSUP

����������������������

sala 7 | dia 4 de fevereiro

Urgências Infecciosas - O Pesadelo dos Intensivistas

Malária graveCândida Abreu$FOUSP�)PTQJUBMBS�EF�4ÍP�+PÍP

����������������������

Fasceíte e celulite necrotizantesJúlio Nobrega4&4"3".

����������������������

Meningites versus meningoencefalitesLurdes Santos$FOUSP�)PTQJUBMBS�EF�4ÍP�+PÍP

����������������������

VIH / SIDARosário Serrão$FOUSP�)PTQJUBMBS�EF�4ÍP�+PÍP

����������������������

Infecções graves no pós-transplanteJudit Gandara$FOUSP�)PTQJUBMBS�EP�1PSUP

����������������������

$�&ULDQoD�FRP�,QVXÀFLrQFLD�5HVSLUDWyULD

VNI - indicaçõesMilagros Garcia$FOUSP�)PTQJUBMBS�EF�4ÍP�+PÍP

����������������������

2[LJpQLR� GH� DOWR� ÁX[R� �� LQGLFDo}HV� H� XWLOLGDGH�terapêutica em pediatria

����������������������

Hipertensão pulmonar na criançaO papel da cardiologia

Marília Loureiro$FOUSP�)PTQJUBMBS�EP�1PSUP

����������������������

Hipertensão pulmonar na crinaçaEstratégia ventilatória e terapêuticas coadjuvantesPaula Rocha$FOUSP�)PTQJUBMBS�EP�1PSUP

����������������������

ECMO - indicações em pediatriaMarta João Silva$FOUSP�)PTQJUBMBS�EF�4ÍP�+PÍP

����������������������

Page 67: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 64 | 89

SALA 7

Sépsis Grave em Idade Pediátrica

&RQFHLWRV�H�ÀVLRSDWRORJLDLurdes Lisboa$FOUSP�)PTQJUBMBS�EF�4ÍP�+PÍP

����������������������

Fluidoterapia e suporte hemodinâmico - objectivos terapêuticosCarla Pinto)PTQJUBM�1FEJÈUSJDP�EF�$PJNCSB

����������������������

Estratégia terapêutica antimicrobianaSara Gonçalves$FOUSP�)PTQJUBMBS�EP�1PSUP

����������������������

Síndrome do choque tóxicoAlzira Sarmento4FSWJÎP�EF�$VJEBEPT�*OUFOTJWPT���$FOUSP�)PTQJUBMBS�EP�1PSUP

0� 4ÓOESPNF� EF� $IPRVF� 5ØYJDP� 4$5� Ï� VNB�EPFOÎB� BHVEB� F� HSBWF � TFDVOEÈSJB� Ë� JOGFDÎÍP� QPS�Staphylococcus aureus (S. aureus) e Streptococcus pyogenes (S. pyogenes) � RVF� TF� DBSBDUFSJ[B� QFMP�BQBSFDJNFOUP�TÞCJUP�EF� GFCSF �IJQPUFOTÍP �FYBOUFNB�NBDVMBS� EJGVTP� NBJT� UBSEF� EFTDBNBÎÍP� F� GBMÐODJB�NVMUJPSHÉOJDB�"� QBUPHÏOFTF� EB� EPFOÎB� FTUÈ� SFMBDJPOBEB� DPN� B�QSPEVÎÍP� EF� QSPUFÓOBT� QPS� QBSUF� EFTUBT� CBDUÏSJBT �UPYJOBT� RVF� GVODJPOBN� DPNP� TVQFSBOUJHÏOJPT �QPUFOUFT� JNVOPNPEVMBEPSFT � RVF� FTUJNVMBN� PT�MJOGØDJUPT�5 �BUSBWÏT�MJHBÎÍP�EJSFDUB�FOUSF�BT�NPMÏDVMBT�DMBTTF� **� EP� .)$� EBT� DÏMVMBT� BQSFTFOUBEPSBT� EF�BOUJHÏOJP� F� SFDFQUPSFT� EB� TVQFSGÓDJF� EPT� MJOGØDJUPT� 5�5$37#��&TUFT�TVQFSBOUJHÏOJPT�FTUJNVMBN�VNB�NBJPS�QSPQPSÎÍP�EF�MJOGØDJUPT�5����o����� �SFTVMUBOEP�FN�MJCFSUBÎÍP�FYBDFSCBEB�EF�DJUPRVJOBT�QSPJOnBNBUØSJBT �SFTQPOTÈWFJT� QPS� GFOØNFOPT� EF� WBTPEJMBUBÎÍP� F�BVNFOUP�EB�QFSNFBCJMJEBEF�DBQJMBS �FOUSF�PVUSPT�0� EJBHOØTUJDP� GVOEBNFOUB�TF� FN� DSJUÏSJPT� DMÓOJDPT� F�MBCPSBUPSJBJT� FTUBCFMFDJEPT� QPS� HSVQPT� EF� USBCBMIPT�SFDPOIFDJEPT�� 5FOEP� PT� SFTVMUBEPT� FN� UFSNPT� EF�NJDSPCJPMPHJB�NBJPS� JNQBDUP�OB�JEFOUJmDBÎÍP�EP�4$5�estreptocócico.0�4$5�FTUSFQUPDØDJDP�BTTPDJB�TF�B�JOGFDÎÍP�JOWBTJWB�QPS� FTUF� BHFOUF�� B� TVB� JODJEÐODJB� FTUJNB�TF� FN� ��DBTPT�����������/P�4$5�FTUBmMPDØDJDP�EJTUJOHVFN�TF�EVBT�GPSNBT��B�SFMBDJPOBEB�DPN�P�QFSÓPEP�NFOTUSVBM�

F�B�OÍP�SFMBDJPOBEB��B�JODJEÐODJB�EB�QSJNFJSB�EJNJOVJV�OBT�ÞMUJNBT�EVBT�EÏDBEBT���DBTP�����������0T�DBTPT�não relacionados com os cataménios representam ����EPT�DBTPT�EF�4$5�FTUBmMPDØDJDP�0�EJBHOØTUJDP�EJGFSFODJBM�JODMVJV�TJUVBÎÜFT�EF�DIPRVF�inerentes a sépsis por outros microorganismos; NFOJOHPDPDFNJB��EPFOÎB�EF�,BXBTBLJ��3JDLFUUTJPTF��*OGFDÎÍP� HSBWF� QPS� *OnVFO[B� "�� -FQUPTQJSPTF��TBSBNQP �FOUSF�PVUSBT�0� USBUBNFOUP� WJTB� B� SFDVQFSBÎÍP� EB� FTUBCJMJEBEF�SFTQJSBUØSJB� F� IFNPEJOÉNJDB�� BOUJCJPUJDPUFSBQJB��DJSVSHJB� FY�� GBTDFÓUF� OFDSPUJ[BOUF� F� *NVOPHMPCVMJOB�F�W��*HC�F�W��0T�BOUJCJØUJDPT�EF�QSJNFJSB�FTDPMIB�TÍP�PT�#�MBDUÉNJDPT�QFOJDJMJOB� OP�4$5�FTUSFQUPDØDJDP� F� nVDMPYBDJMJOB� OP�4$5� FTUBmMPDØDJDP� BTTPDJBEPT� Ë� DMJOEBNJDJOB�� "�UFSBQÐVUJDB� EFWF� TFS� SFWJTUB� BQØT� DPOIFDJNFOUP� EP�BOUJCJPHSBNB� EBT� CBDUÏSJBT� JNQMJDBEBT� BUFOÎÍP� ËT�TJUVBÎÜFT� EF� SFTJTUÐODJB� DPNP� P� DBTP� EPT� 4�� BVSFT�NFUJDJMJOP�o� SFTJTUFOUFT �DVKP�P�BOUJCJØUJDP�EF�FTDPMIB�Ï�B�WBODPNJDJOB��0� JOÓDJP� QSFDPDF� EF� UFSBQÐVUJDB� EVQMB� DPN�DMJOEBNJDJOB � KVTUJmDB�TF� QFMBT� TFHVJOUFT� SB[ÜFT�� UFS�QSPQSJFEBEFT� EF� GPSUF� JOJCJEPS� EB� TÓOUFTF� QSPUFJDB�JOJCJOEP�B�QSPEVÎÍP�EBT���UPYJOBT�SFGFSJEBT��QPUFODJBS�B�GBHPDJUPTF��BQSFTFOUBS�NFMIPS�QFOFUSBÎÍP�UFDJEVMBS�F��QSFWFOJS�B�SFDPSSÐODJB�EB�EPFOÎB��'VODJPOB�DPNP�CBDUFSJPTUÈUJDP�QPUFODJBOEP�B�BDÎÍP�bactericida dos outros antibióticos."� *HC� F�W�� UFN� JOUFSFTTF� TPCSFUVEP� OP� 4$5�FTUSFQUPDØDJDP�F�OPT�DBTPT�EF�4$5�FTUBmMPDØDJDP�RVF�EFTEF�P�JOÓDJP�BQSFTFOUBN�FWPMVÎÍP�EFTGBWPSÈWFM�OÍP�SFTQPOEFOEP�Ë�WPMFNJ[BÎÍP�F�UFSBQJB�WBTPQSFTTPSB�"�NPSUBMJEBEF�Ï�NBJPS�OPT�DBTPT�EF�4$5�FTUSFQUPDØDJDP����B�����RVF�OPT�DBTPT�EF�4$5�FTUBmMPDØDJDP���o����5SBUB�TF� EF� VNB� EPFOÎB� SBSB� NBT� RVF� EFWF� TFS�DPOTJEFSBEB� OBT� TJUVBÎÜFT� EF� DIPRVF� TÏQUJDP�QFMB� BCPSEBHFN� FTQFDÓmDB� RVF� BQSFTFOUB� F� QFMB�HSBWJEBEF� JOFSFOUF�� "MHVNBT� TJUVBÎÜFT� BTTPDJBN�TF�B� SJTDP�BVNFOUBEP�EB� JODJEÐODJB�EB�EPFOÎB�RVF�EFWFSÍP� TFS� EJWVMHBEBT� WBSJDFMB � UFSBQÐVUJDB� DPN�"*/&T � RVFJNBEVSBT � EFUFSNJOBEPT� QSPDFEJNFOUPT�DJSÞSHJDPT � VTP� QSPMPOHBEP� EF� UBNQÜFTy�� "�QPTTJCJMJEBEF� EF� SFTJTUÐODJB� BPT� BOUJCJØUJDPT� EF� ���MJOIB� EFWF� TFS� DPOTJEFSBEB�� 0� DPOIFDJNFOUP� NBJT�BQSPGVOEBEP�EB�BDÎÍP�EFTUFT�TVQFSBOUJHÏOJPT�QPEFSÈ�WJTBS�PVUSP�UJQP�EF�UFSBQÐVUJDBT

Page 68: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 65 | 89

CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA

COMUNICAÇÕES ORAIS

comunicações orais | dia 3 e 4 de fevereiro

Page 69: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 66 | 89

COMUNICAÇÕES ORAIS

16h30mVentilação não invasiva: que intervenções de enfermagem?Ana Teixeira1, Carla Lourenço2, Helena Maia3, Patrícia Ferreira4

Unidade Polivalente de Cuidados Intermédios da Urgência, CHSJ1Enfermeira Especialista em Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica no CHSJ; 2Enfermeira Especialista em Enfermagem Médico-Cirúrgica no CHSJ; 3Enfermeira Especialista em Enfermagem Médico-Cirúrgica no CHSJ; 4Enfermeira CHSJ

A ventilação não-invasiva (VNI) consiste num suporte ventilatório às vias aéreas superiores através da utilização de um interface não-invasivo.[1]

A VNI tem ganho uma crescente aceitação mundial, uma vez que o número de doentes admitidos no hospital com agudização da DPOC tem aumentado exponencialmente, calculando-se que em 2030 venha a ser considerada a terceira causa de morte mundial.[2,3]

0�TVDFTTP�EB�7/*�Ï�JOnVFODJBEP�QPS�WÈSJPT�GBDUPSFT �POEF� P� USFJOP� F� B� FYQFSJÐODJB� EPT� QSPmTTJPOBJT� TÍP�considerados os componentes-chave.[2,3,4] Sendo os enfermeiros um dos intervenientes no processo de implementação da VNI e os prestadores de cuidados que estão com os doentes 24 horas por dia, é fundamental que tenham uma clara compreensão do tratamento, das complicações e das necessidades FTQFDÓmDBT�EF�NPOJUPSJ[BÎÍP �WJHJMÉODJB�F�JOUFSWFOÎÍP�[1]

"T�BVUPSBT�EFTFOWPMWFN�B�TVB�BDUJWJEBEF�QSPmTTJPOBM�numa unidade polivalente de cuidados intermédios de urgência. Assim, consideramos pertinente desenvolver o nosso conhecimento de forma a fomentar uma prática de cuidados alicerçada num protocolo de atuação. A prática baseada na evidência permite reduzir as EJTUÉODJBT� FOUSF� PT� BWBOÎPT� DJFOUÓmDPT� F� B� QSÈUJDB�DMÓOJDB��"TTJN �EFmOJNPT�B� SFWJTÍP�TJTUFNÈUJDB�DPNP�a metodologia a utilizar para responder aos objetivos JEFOUJmDBEPT�A pesquisa foi efectuada a 3 de Janeiro de 2014 com os seguintes limitadores: texto completo e data de publicação de 2009-01-01 a 2013-12-31. Os

sala 6 | dia 3 de fevereiro

descritores utilizados foram “noninvasive ventilation*”; “non-invasive ventilation*”; “non invasive ventilation*”; “niv”; “nurs*” e “hospital”, com o modo de pesquisa “Booleano/Frase” no interface “Bancos de dados de pesquisa EBSCOhost”. Da pesquisa resultou um total de 55 artigos. Destes 29 foram excluídos.Da análise efectuada pudemos concluir que não existe uma única recomendação na implementação da VNI.5 No entanto considera-se que existem três factores essenciais: equipamento adequado; organização/QSPUPDPMPT� F� USFJOP�GPSNBÎÍP� EPT� QSPmTTJPOBJT�[2] Desta forma, a estrutura organizacional deve procurar desenvolver protocolos de actuação sustentados FN� FWJEÐODJB� DJFOUÓmDB � FTQFDÓmDPT� EFTEF� B� TVB�JNQMFNFOUBÎÍP �NPOJUPSJ[BÎÍP�F�mOBMJ[BÎÍP�A intervenção do enfermeiro centra-se nos domínios da função e da pessoa. Durante o tratamento é essencial VNB�NPOJUPSJ[BÎÍP�EF�QBSÉNFUSPT�DPNP�TJOBJT�WJUBJT �UFNQFSBUVSB� DPSQPSBM� F� USBÎBEP� FMFDUSPDBSEJPHSÈmDP�[1,6,7]� "� WJHJMÉODJB� DFOUSB�TF� OPT� GPDPT�� EJOÉNJDB�ventilatória; sincronia doente-ventilador; consciência; membrana ocular/mucosa oral; pele; distensão/desconforto abdominal; náuseas/vómitos; nutrição/hidratação. [3,7,8,9]

É indispensável garantir a adesão ao tratamento e promoção do autocontrolo ansiedade, sendo a vinculação da pessoa fundamental para o sucesso da VNI, uma vez que a manutenção deste tratamento é bastante complexa.6 Esta complexidade advém do dualismo entre o cuidado e a cura, sendo necessários ajustes constantes à condição do doente, tentando alcançar um equilíbrio perfeito entre o conforto/UPMFSÉODJB�EP�EPFOUF�F�B�FmDJÐODJB�EP�JOUFSGBDF�[4,6] Apesar do aumento da experiência associada ao tratamento com VNI, a taxa de insucesso continua elevada, centrando-se nos 20-30%.[10] A criação e implementação de protocolos de actuação, envolvendo a equipa de enfermagem, permite uma redução nas taxas de entubação dos doentes, uma NFMIPS� UPMFSÉODJB� BP� USBUBNFOUP� F� RVF� VN� NBJPS�número de pessoas seja abrangido por esta opção terapêutica, permitindo ainda uma redução do tempo de tratamento. [9,10]

3FGFSÐODJBT�#JCMJPHSÈmDBT1. Skinner, J., & McKinney, A. (2011). Acute Cardiogenic Pulmonary

PFEFNB�� SFnFDUJOH�PO�EF�NBOBHFNFOU�PG�BO� JOUFOTJWF�DBSF�VOJU��Nursing in Critical Care, 16, pp. 193-200.

Page 70: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 67 | 89

C I P

2. Hill, N. S. (2009). Where should noninvasive ventilation be delivered?... including discussion with Keenan SP, Kacmarek RM, Davies JD, Nava S, Epstein SK and Mehta S. Respiratory Care, 54, pp. 62-70.

3. Torheim, H., & Gjengedal, E. (2010). How to Cope with the mask? experiences of mask treatment in patients with acute chronic obstructive pulmonary disease - exacerbations. Scandinavien Journal of Caring Sciences, 24, pp. 499-506.

4. Sørensen, D., Frederiksen, K., Groefte, T., & Lomborg, K. (2013). Nurse-patient collaboration: A grounded theory study of patients with chronic obstructive pulmonary disease on non-invasive ventilation. International Journal of Nursing Studies, 50, pp. 26-33.

5. Rose, L., & Gerdtz, M. (2009). Review of non-invasive ventilation in the emergency department: clinical considerations and management priorities. Journal Of Clinical Nursing, 18, pp. 3216-3224.

6. Del Pozo Hessing, C., Rodríguez Fernández, A., Navarro Rodríguez, Z., & Rodríguez Pérez, I. (2013). Ventilación no invasiva en pacientes con estado asmático. Medisan, 17, pp. 19-25.

7. McBrien, B., Reilly, R., & Wynne, C. (2009). Non-invasive ventilation: a nurse-led service. Emergency Nurse, 17, pp. 30-35.

8. Arnal, J. (2012). How to implement NIV in the ICU? Acta Medica Lituanica, 19, pp. 206-209.

9. De Silva, S. (2009). Delivering non-invasive respiratory suport to patients in hospital. Nursing Standart, 23, pp. 35-39.

10. Contou, D., Fragnoli, C., CÃrdoba-Izquierdo, A., Boissier, F., Brun-Buisson, C., & Thille, A. W. (2013). Noninvasive Ventilation for Acute Hypercapnic Respiratory Failure: Intubation Rate in an Experienced Unit. Respiratory Care, 58, pp. 2045-2052.

16h45mSuporte Nutricional no doente com pancreatite agudaCarla Marisa da Silva Magalhães1, Isabel Cristina Brites Hubert2, Paula Alexandra de Sousa Rodrigues Vala2

1 Enfermeira na Unidade de Cuidados Intensivos do Centro Hospitalar do Algarve - Faro2 Enfermeira especialista em médico - cirúrgica na Unidade de Cuidados Intensivos do Centro Hospitalar do Algarve - Faro Introdução: A pancreatite aguda está associada B� VNB� SFTQPTUB� TJTUÏNJDB� JOnBNBUØSJB� HFSBEPSB�de hipermetabolismo e altas taxas de catabolismo proteico e consequentemente desnutrição, pelo que é imperativo o suporte nutricional.Objectivos: Avaliar o suporte nutricional fornecido aos doentes com pancreatite aguda internados na Unidade de Cuidados Intensivos (UCIP) e delinear as estratégias de actuação de acordo com as guidelines actuais.Metodologia: Estudo retrospectivo com análise documental aplicado aos doentes internados na UCIP

com o diagnóstico de pancreatite aguda no período de 23/06/2012 a 31/08/2013.Resultados: 42% dos doentes apresentavam Índice de APACHE II entre 7-20; a média de dias em dieta zero foi de 2 dias; 79% dos doentes iniciaram nutrição parentérica (NP); dos 37% de doentes que tiveram nutrição entérica (NE) apenas 10% atingiram o valor calórico recomendado; nenhum doente com NP recebeu as calorias recomendadas, para o seu peso; todas as fórmulas de NE administradas eram poliméricas e 94% foram administradas por via nasogástrica; apenas três doentes receberam NP com adição de glutamina; 32% tiveram combinação de NE e NP no entanto com o objectivo de supressão da nutrição NP e o início da NE; e relativamente à interrupção do suporte nutricional: cada um dos doentes que foram ao bloco operatório tiveram em média 9h de pausa da NP.Conclusões: É necessário melhorar e uniformizar a actuação da equipa de saúde, para isso pretende-se elaborar um protocolo sobre o suporte nutricional do doente com pancreatite aguda baseado nas guidelines emanadas pela A.S.P.E.N. e E.S.P.E.N. e SFBMJ[BS� GPSNBÎÍP� SFMBUJWB� Ë� FWJEÐODJB� DJFOUÓmDB�NBJT�actual nesta área.

17h00mMonitorização sa Infecção na Unidade de Cuidados IntensivosElisabete Figueiredo1, Judite Patrício Almeida2, Eduardo Melo3

Centro Hospitalar Tondela Viseu, EPE 1Enf.ª Especialista EMC2Enf.ª Chefe3Médico, Coordenador da CCI e Intensivista da UCIP

Introdução: As Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) são áreas de grande risco em termos de Infecção Associada aos Cuidados de Saúde (IACS), atendendo à vulnerabilidade dos doentes e à invasividade das intervenções. A maioria das IACS adquiridas têm uma forte correlação positiva com o tempo de internamento e com o tempo de exposição a dispositivos invasivos, pelo que se reforça o interesse em estudar as infecções relacionadas com os dispositivos por serem aquelas em que a mudança nas práticas pode diminuir a sua incidência.0CKFDUJWPT��*EFOUJmDBS�BT�JOGFDÎÜFT�NBJT�QSFWBMFOUFT��Determinar taxas de exposição a dispositivos médicos;

Page 71: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 68 | 89

COMUNICAÇÕES ORAIS

Calcular taxas de infecção associadas a dispositivos médicos; calcular custos da antibioterapia dirigida a IACS; Comparar resultados com os dados referentes aos anos anteriores; Estabelecer comparação com os resultados do National Healthcare Safety Network (NHSN) dos EUA.Material e métodos: Casuística das infecções associadas a dispositivos médicos invasivos: respiratória associada ao ventilador; urinária associada à cateterização vesical; corrente sanguínea associada a cateteres centrais. Amostra - todos os doentes internados na UCI (2005 a 2012). Resultados e discussão: Foi concretizado pelo 8º ano consecutivo este programa de monitorização, iniciado em 2005 e continuado com a mesma metodologia nos anos seguintes, com uma população estudada de 1726 doentes. O benchmarking com o NHS (densidades de incidência ajustadas ao tipo de unidade – cuidados JOUFOTJWPT� QPMJWBMFOUFT� TFN� BmMJBÎÍP� VOJWFSTJUÈSJB�revela: diminuição da infecção respiratória ao longo dos anos, apesar de manter uma elevada taxa de exposição ao tubo traqueal; a infecção da corrente sanguínea, elevada em 2007 (devido ao acaso?) baixou, bem como a própria exposição a CVC, revelando-se abaixo do percentil 10 do NHSN (0,0) em 2012 e concretizando-se o objectivo do controlo total deste evento. A infecção do trato urinário, em 2012, localiza-se acima do percentil 90 do NHSN (3,2) e acima do valor registado em 2011 (2,3 por 1000 dias de exposição). $PODMVTÜFT�� 0T� SFTVMUBEPT� SFnFDUFN� VN� QSPDFTTP�de VE contínua ao longo de 8 anos. Não obstante a elevada exposição a todos os dispositivos invasivos, a taxa de infecção mais preocupante correspondeu à infecção respiratória associada ao ventilador. A prioridade foi a implementação de boas práticas, nomeadamente, cabeceira elevada a mais de 30º, higiene oral com Clorohexidina, monitorização da pressão do cuff, interrupção diária da sedação e desmame ventilatório precoce. Observa-se em 2012, um melhor controlo deste tipo de infeções que poderá relacionar-se com a implementação desta bundle.Assistiu-se a um retrocesso no padrão de controlo das infeções urinárias, que poderá traduzir-se numa sobrevalorização das bacteriúrias associadas à algaliação uma vez que não houve alteração de práticas. Não se registaram infecções da corrente sanguínea nos doentes expostos ao CVC, em 2012, correspondendo a uma taxa de infeção de 0,0 por 1000 dias de utilização. 0� QSPDFTTP� EF� WJHJMÉODJB� BDUJWB � QSPTQFDUJWB� F�contínua com intervenção directa da equipa da CCI no serviço permite desenvolver estratégias de controlo EF�JOGFDÎÍP�FN�UFNQP�SFBM�F�NPUJWBS�PT�QSPmTTJPOBJT�através do benchmarking.

17h15mRevisão sistemática baseada na evidência da ÀVLRWHUDSLD� UHVSLUDWyULD� H� YHQWLODomR� QmR� LQYDVLYD�em doentes neuromuscularesAndrade, R.1 , Viana, R.1,2

1 Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Fernando Pessoa, Porto2 Serviço de Medicina Física e Reabilitação do HSJ,EPE

Introdução e objectivos: Pacientes com doença neuromuscular muitas vezes desenvolvem distúrbios ventilatórios restritivos à medida que a doença progride, resultando numa falência respiratória em hipercapnia. Para além disso, estes pacientes têm uma GVOÎÍP�NVTDVMBS�JOFmDB[ �P�RVF�SFTVMUB�FN�QFRVFOPT�WPMVNFT�DPSSFOUFT�F�VNB�FmDÈDJB�SFEV[JEB�EB�UPTTF��A ventilação não invasiva (VNI) refere-se à aplicação de um suporte ventilatório sem recurso a métodos invasivos da via aérea, nomeadamente a entubação orotraqueal e a traqueostomia, sendo recomendada a pacientes com desordens neuromusculares. A VNI tem sido usada com sucesso em pacientes com falência respiratória aguda ou crónica e tem demonstrado diminuição da necessidade de ventilação invasiva. 0�PCKFDUJWP�EP�FTUVEP�Ï�BWBMJBS�B�FmDÈDJB�EB�7/*�DPN�P�DPBEKVWBOUF�EB�mTJPUFSBQJB�SFTQJSBUØSJB�FN�EPFOUFT�neuromusculares.Materiais e Métodos: Pesquisa computorizada nas CBTFT� EF� EBEPT� 1VCNFE� F� #�0O� QBSB� JEFOUJmDBS�estudos randomizados publicados entre 1993 e 2013. As palavras-chave utilizadas foram: noninvasive ventilation, physiotherapy, randomized, neuromuscular diseases, intrapulmonary percussive ventilation, NFDIBOJDBM� JOTVGnBUJPO�FYTVnBUJPO� F� CJMFWFM� QPTJUJWF�airway pressure, com os operadores de lógica (AND, OR). A qualidade metodológica foi avaliada pela escala 1IZTJPUIFSBQZ�&WJEFODF�%BUBCBTF (PEDro) e o nível de evidência pela Oxford Center for Evidence-based Medicine (CEBM).Resultados e Discussão: Esta revisão incluiu 8 estudos SBOEPNJ[BEPT�RVF�BWBMJBSBN�B�FmDÈDJB�EB�7/*�DPNP�DPBEKVWBOUF�EB�mTJPUFSBQJB�SFTQJSBUØSJB �JODMVJOEP�����JOEJWÓEVPT�DPN�VNB�DMBTTJmDBÎÍP�NÏEJB�EF�� ����� ���segundo a escala de PEDro e o nível de evidência foi FOUSF��C�F��C��%PT�FTUVEPT ��� SFGFSJBN�B� JOTVnBÎÍP�FYTVnBÎÍP� NFDÉOJDB � �� B� WFOUJMBÎÍP� JOUSBQVMNPOBS�percussiva e 4 o CJMFWFM�QPTJUJWF�BJSXBZ�QSFTTVSF.Todos os estudos mostraram a diminuição dos sintomas respiratórios e, por conseguinte, a melhoria da qualidade de vida. A maioria dos estudos exibem uma qualidade metodológica razoável, fornecendo uma boa interpretação dos dados e uma adequada validade interna. O nível de evidência demonstra que

Page 72: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 69 | 89

C I P

alguns dos estudos requerem um maior período de follow-up.Conclusão: Ainda existe um baixo número de estudos randomizados que investigam esta problemática, desta forma, sugerimos mais investigação nesta temática com estudos randomizados controlados, com um maior número de participantes e de follow-up.

17h30mFormação e competência para o Transporte do doente críticoAndré CorreiaUnidade de Cuidados Intensivos Polivalente, Unidade de Faro - Centro Hospitalar do Algarve, EPE

Introdução e objectivos: A preocupação com o transporte do doente crítico tem crescido de forma consistente, enfatizando as necessidades especiais do doente crítico e os riscos que se associam a esta intervenção clínica. Entre outros aspectos, os documentos internacionais de referência enfatizam a OFDFTTJEBEF�EF�GPSNBÎÍP�F�DPNQFUÐODJB�FTQFDÓmDBT�EPT�QSPmTTJPOBJT�FOWPMWJEPT��

Neste contexto, esta comunicação livre, que resulta de uma revisão sistemática da literatura, objectiva JEFOUJmDBS�BT�DPNQFUÐODJBT�FTQFDÓmDBT�EB�FRVJQB�EF�transporte intra e inter-hospitalar do doente crítico e JEFOUJmDBS�BT�DPNQPOFOUFT�RVF�EFWFN�FTUBS�JODMVTBT�na sua formação.Metodologia: Foi realizada pesquisa bases de dados online e motores de busca - EBSCOhost, B-on e google académico - no período compreendido entre Janeiro e Julho de 2013, utilizando os decritores transportation, patient transfer, critical care e clinical competence e B�QBMBWSB�BTTPDJBEB�USBJOJOH��'PSBN�EFmOJEPT�DSJUÏSJPT�de inclusão e exclusão, obtendo-se 5 estudos.Resultados, discussão e conclusões: São necessárias GPSNBÎÍP� F� DPNQFUÐODJBT� FTQFDÓmDBT� QBSB� PT�QSPmTTJPOBJT� RVF� SFBMJ[BN� P� USBOTQPSUF� EP� EPFOUF�DSÓUJDP � TFOEP� DPOTJEFSBEB� CFOÏmDB� B� FYJTUÐODJB� EF�recursos humanos especializados, em dedicação exclusiva e dotados de recursos materiais adequados, no transporte inter-hospitalar. No transporte intra-IPTQJUBM�B�FWJEÐODJB�EJTQPOÓWFM�OÍP�QFSNJUF�BmSNÈ�MP�DPN�P�NFTNP�HSBV�EF�FWJEÐODJB��"�GPSNBÎÍP�FTQFDÓmDB�deve incluir o treino de competências clínicas, técnicas, trabalho de equipa e a comunicação, com ênfase nos aspectos relacionados com o transporte, através de metodologias activas como simulação de situações reais em ambiente controlado, aspectos dos quais decorrem as competências desenvolvidas.

Page 73: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 70 | 89

COMUNICAÇÕES ORAIS

16h30m,PSDFWR�GR�YDORU�FDOyULFR�IRUQHFLGR�QR�SURJQyVWLFR�do doente críticoJosé Pereira1, Aníbal Marinho2, Flora Correia1, Bruno Oliveira1

1 Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto2 Serviço de Cuidados Intensivos – Centro Hospitalar do Porto

Introdução: São múltiplas as condições que originam a EPFOÎB�DSÓUJDB�TFOEP�VN�FOPSNF�EFTBmP�FTUBCFMFDFS�um plano clínico e nutricional no doente crítico (DC), tanto mais que a quantidade de energia apropriada B� BENJOJTUSBS� OÍP� FTUÈ� EFmOJEB�� $MBSBNFOUF � RVFS� B�administração excessiva de energia, quer a ausência absoluta de administração energética é prejudicial, surgindo actualmente indicações de que a restrição energética moderada e por um curto período de tempo, denominada de subnutrição permissiva, pode trazer benefícios para o DC.Objectivo: Determinar qual o impacto relativamente ao prognóstico do DC de acordo com o aporte calórico fornecido nos 6 primeiros dias de internamento.Métodos: Estudo observacional prospectivo. A exposição primária foi a proporção de administração energética (energia administrada/energia alvo) média dos primeiros 6 dias de internamento. A energia alvo foi calculada através da equação de Harris-Benedict, ajustada para os factores de actividade e de stresse. A amostra foi dividida em 3 grupos: grupo I, administração energética real/administração energética alvo <33,3%, grupo II, administração energética real/administração energética alvo entre 33,3% e 66,6%, e grupo III administração energética real/administração energética alvo >66,6%.

Resultados:

Risco Relativo de Mortalidade no SCI de acordo com o grupo de administração energética

1BSÉNFUSP RR IC 95% P Valor

Mortalidade no SCIGrupo III 1,00 Referência Referência

Grupo II 1,23 0,51-2,87 0,722

Grupo I 1,50 0,63-3,55 0,382

(SÈmDP����.PSUBMJEBEF�OP�4$*� FN� GVOÎÍP�EB�QSPQPSÎÍP�EF�FOFSHJB�administrada

sala 6 | dia 4 de fevereiro

Discussão/conclusão: A administração média energética óptima na fase aguda da doença crítica deverá situar-se entre 60 a 80% do valor alvo, pois se tivermos em conta a baixa administração energética nos primeiros dias de internamento, este valor médio previne o risco de hipernutrição do doente nos restantes dias da fase aguda.

16h45m$GHTXDomR� GR� VXSRUWH� QXWULFLRQDO� DUWLÀFLDO� QR�doente críticoJosé Pereira1, Aníbal Marinho2, Flora Correia1, Bruno Oliveira1

1 Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Uni-versidade do Porto2 Serviço de Cuidados Intensivos – Centro Hospitalar do Porto

Introdução: A resposta metabólica ao stresse na doença crítica é caracterizada por alterações neuroendócrinas e imunológicas, que originam um hipermetabolismo e hipercatabolismo do doente crítico (DC), condições que caso não sejam minimizadas através da administração de suporte nutricional (SN), podem provocar um quadro de desnutrição severa, aumentando a sua morbilidade e mortalidade. O fornecimento energético excessivo tem repercussões igualmente prejudiciais. Objectivo: Avaliação da adequação da administração proteico-energética e do tipo de SN fornecido aos doentes internados no Serviço de Cuidados Intensivos (SCI) do Centro Hospitalar do Porto.Metodologia: Estudo observacional prospectivo. Foram recolhidos dados sobre a administração proteico-energética dos primeiros 6 dias de internamento, de 99 doentes, incluindo os aportes energéticos resultantes

Page 74: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 71 | 89

C I P

da administração de soros glicosados e propofol. As necessidades energéticas foram calculadas pela equação de Harris-Benedict e ajustadas para o factor de actividade e de stresse.Resultados: Avaliados 594 dias passíveis de suporte nutricional: 14 dias (2,4%) corresponderam à ausência total de SN, 166 dias (27,9%) exclusivamente soros glicosados, SN entérico completo 347 dias (58,4%), SN parentérico completo 64 dias (10,8%) e SN misto 3 dias (0,5%). As necessidades energéticas calculadas TJUVBSBN�TF� OBT� �� �� �� �� LDBM�LH�EJB � UFOEP�TF�QSPDFEJEP� Ë� BENJOJTUSBÎÍP� FN� NÏEJB� EF� �� �� �� ��(47%) kcal/kg/dia (p<0,001). A administração proteica NÏEJB�GPJ�EF�� ����� �������HSBNBT�EF�QSPUFÓOB�LH�dia, e a relação calorias não proteicas/grama de azoto GPJ�EF���� ������ ���Discussão/Conclusão: É unanimemente aceite o início de um SN por via entérica o mais precocemente possível. Esta indicação no entanto é frequentemente confrontada com a impossibilidade de se fornecer um SN adequado às necessidades dos doentes, quer pela gravidade clínica, quer pela presença de estase gástrica com frequência, ou por uma incapacidade na utilização da via entérica por uma cirurgia digestiva recente. Este estudo documenta aquilo que se tem WFSJmDBEP�FN�PVUSPT�FTUVEPT�OPVUSPT�4$* �FN�RVF�TF�WFSJmDB�OB�QSJNFJSB�TFNBOB�EF�JOUFSOBNFOUF �TFNQSF�que se privilegia um SN por via entérica, que apenas se consegue fornecer uma carga calórica perto dos ����EP�WBMPS�DBMØSJDP�QSFUFOEJEP �TFOEP�FTUF�EÏmDF�mais pronunciadas quando se avalia o aporte proteico administrado.

17h00mPapel de Unidade Intermédia na gestão de um Serviço de Medicina Intensiva Francisco Esteves1

1Serviço de Cuidados Intensivos e Cuidados Intermédios (SCICI), Centro Hospitalar Trás-os-Montes e Alto Douro - EPE

Introdução: O papel e o impacto institucional das Unidades de Cuidados Intermédios (UCIM) constitui, na actualidade, matéria de estudo e discussão. O seu enquadramento e modelo organizativo institucionais parecem ser aspectos relevantes na melhoria quer da qualidade dos cuidados prestados aos doentes, quer na articulação funcional com serviços de acção médica (urgência por exemplo), quer na própria disponibilidade de camas das UCI’s de modelo convencional. O seu impacto nos custos (directos) tem sido objecto de controvérsia, invocando-se entre outras variáveis relevantes, o tipo de modelo organizacional implementado.Objectivo: Estudo do impacto da abertura (parcial) da UCIM do CHTMAD na evolução dos custos directos EP�4$*$*�EF������BUÏ����� �DPN�SFnFYÍP�TPCSF�P�TFV�modelo de gestão. Material e Métodos: Estudo retrospectivo, observacional sobre os custos directos do SCICI desde 2008 até 2012. Apresenta-se o modelo organizacional do serviço, a evolução da actividade assistencial, as taxas de ocupação, a evolução dos custos directos (fonte: gabinete informação para a gestão do CHTMAD). A capacidade instalada do TDJDJ� DPOTJTUF� FN���DBNBT�DPN�QFSmM� EF�6$*1�F����de UCIM, sendo activas todas de UCIP e apenas 6 de 6$*.��$MBTTJmDBN�TF�PT�EPFOUFT�BENJUJEPT�TFHVOEP�Knaus, utilizam-se os “scores” habituais (SAPS II; APACHE II; SOFA; TISS, SAPS 3). Contabilizou-se o número absoluto de doentes saídos e não o número de episódios de internamento.

Resultados: Apresentam-se na tabela seguinte os seguintes resultados:

Custos directos SCICI 2008 2009 2010 2011 2012 Variação anual (2011/12)

Total custos directos 1.915.186 € 2.333.629 € 1.848.269 € 1.960.421 € 2.429.530 € + 12,4 %

Actividade doentes saídos 350 377 386 430 727 + 69,1 %

Actividade dias internamento 1.894 2.307 1.790 2.155 3.632 + 68,5 %

Custos por doente saído 5.487 € 6.189 € 4.788 € 4.559 € 3.341,9 € - 26,7 %

Custo / dia internamento 1.011 € 1.012 € 1.032 € 909,7 € 668,9 € - 26,5 %

Custo / episódio internamento 2764,0 €

Taxa de ocupação UCIPTaxa de ocupação UCIM

70%-

79,1%- 63,1% 72%

85%85,9%82%

$PODMVTÜFT��"�BDUJWBÎÍP�BJOEB�RVF�QBSDJBM�EF�DBNBT�EF�6$*.�FN�NPEFMP�EF�HFTUÍP�nFYÓWFM�recursos humanos) JOUFHSBEP �QFSNJUJV�BP�4$*$*�BVNFOUP�TJHOJmDBUJWP�EB�BDUJWJEBEF�BTTJTUFODJBM �NFMIPS�EJTQPOJCJMJEBEF�EF�DBNBT�na UCIP com melhor gestão do doente intensivo, melhoria dos indicadores de gestão com aumento total dos custos directos mas com diminuição do custo doente tratado, presumindo-se melhor utilização dos recursos disponíveis.

Page 75: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 72 | 89

COMUNICAÇÕES ORAIS

17h15mO Impacto na actividade assistencial da implementação de um novo modelo de medicina do doente críticoIgor Milet; Gustavo Montanha; Helder Leite; Nelson Barros; Anabela Santos; Ana P. Dias, Lurdes Gonçalves; Francisco EstevesServiço Cuidados Intensivos Cuidados Intermédios (SCICI) do Centro Hospitalar Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD)

Introdução: Na sequência da evolução do CHTMAD e da análise crítica da casuística do SCICI (12-20% EPFOUFT� DPN� QFSmM� JOUFSNÏEJP � SFDVTB� EF� EPFOUFT�intensivos por carência de vagas e o conhecimento EB� FYJTUÐODJB� EF� EPFOUFT� DPN� QFSmM� JOUFSNÏEJP�internados em enfermarias), em 2008 foi projectada um modelo estrutural e organizacional. Em Outubro de 2011 é inaugurado o novo SCICI com capacidade instalada para 9 camas intensivas (UCI) e 15 camas intermédias (UCIM), com abertura plena de UCI mas limitada a 6 camas de UCIM. O modelo implementado DPOTJTUJV�FN�MJEFSBOÎB�DPNVN�DPN�HFTUÍP�nFYÓWFM�EPT�recursos.Objectivos: Descrever a casuística do SCICI em 2010 e 2012, analisando o impacto do modelo organizativo na atividade clínica.Materiais e Metodos: Análise retrospectiva das admissões no SCICI em 2010 e 2012, com recurso a base de dados do serviço. Foram analisados usando FTUBUÓTUJDB�EFTDSJUJWB��EBEPT�EFNPHSÈmDPT �ÓOEJDFT�EF�gravidade, síndromes agudos de admissão, duração de internamento e mortalidades.Resultados: Em 2010 foram admitidos 386 doentes OP� 4$*$* � DPN� JEBEF� NÏEJB� �� �� BOPT� �� �� �� �� �com predomínio do sexo masculino 59,1% (n=228). A demora média na unidade foi de 4,6 dias e demora hospitalar de 17,2 dias. A média dos dias de ventilação NFDÉOJDB�GPJ�EF�� ��EJBT �TFOEP�RVF����EPFOUFT�����não necessitaram de suporte ventilatório. Obtiveram-se índices de gravidade médios: Apache II=18,1; SAPS II=40,7. A mortalidade bruta foi de 15,5% (n=60) e a hospitalar de 24% (n=93). No ano de 2012 foram admitidos 727 doentes no SCICI (879 episódios de internamento: UCIM ĺ UCIP (step-up patients) 40 doentes (7,6%) e UCIP ĺ�UCIM (step-down patients): ����� �� �DPN�JEBEF�NÏEJB��� ��BOPT����� ���� �e predomínio do sexo masculino 60,8% (n=442). 55% O����� DPN� QFSmM� 6$*.� F� ���� O����� DPN� QFSmM�UCI. A demora média UCI=6,7dias e UCIM=2,8, a demora média hospitalar UCI=23,2 dias e UCIM=15,6. Os scores de gravidade apresentam os seguintes valores de média: UCI com Apache II=21,4, SAPS II=48, SAPS III=67,3 e SOFA=8; A mortalidade bruta: UCI=16,9% e UCIM= 4,2% A mortalidade hospitalar:

UCI =29,1% e UCIM=11%. Em ambas situações WFSJmDPV�TF� QSFEPNÓOJP� EF� BENJTTÜFT� EF� EPFOUFT�PSJVOEPT�EP�46 �BTQFDUP�NBJT�TJHOJmDBUJWP�OB�6$*.�Conclusões: A activação, ainda que parcial, da UCIM, QFSNJUJV� VN� BDSÏTDJNP� TJHOJmDBUJWP� EB� BDUJWJEBEF�assistencial, melhor disponibilidade e gestão de camas da UCI, melhor articulação funcional com serviços habitualmente fornecedores de doentes (SU, B.Operatório) alocando doentes em ambiente comum de medicina intensiva de acordo com a gravidade / potencial de gravidade.

17h30mCiclo de melhoria contínua de qualidade aplicado à emergência internaAna Mesquita, Gonçalo Fernandes, Daniela Coelho, Daniela Carvalho, Elena Molinos, José M. Oliveira, Ernestina Gomes, Rui Araújo.Serviço de Medicina Intensiva, Hospital Pedro Hispano, Matosinhos

Introdução: O Hospital Pedro Hispano tem desde 1998 um sistema de resposta a situações de emergência interna. O modelo evoluiu ao longo do tempo, passando duma resposta orientada para situações de paragem cardiorrespiratória, para uma crescente centralidade em situações de risco clínico relevante. Esta evolução acompanhou recomendações internacionais sobre o tema que enfatizam a necessidade de intervenção precoce nas situações de risco e o papel da Medicina Intensiva nos Hospitais. Este trabalho pretende dar testemunho do processo organizativo que permitiu MFWBS� Ë� QSÈUJDB� FTUBT�NPEJmDBÎÜFT � FORVBESBOEP�BT�nos princípios de melhoria continua de qualidade.Métodos: Foi feita uma análise descritiva dos registos de actuação da equipa de emergência interna entre 2010 e 2013. Estes registos foram efectuados em papel até 2012 e são electrónicos desde então.O sistema de emergência interna é analisado anualmente, utilizando os registos de actuação da equipa, os registos de não conformidades e as auditorias aos carros de emergência. Com esta informação é realizado um relatório de actividades que JEFOUJmDB�QPOUPT�EF�NFMIPSJB�F�QSPQÜF�VN�QMBOP�QBSB�o ano seguinte. Foram analisados estes documentos.Resultados: Da análise da actuação da equipa de emergência interna:O número de activações por paragem cardio-respiratória (PCR) tem diminuído paralelamente ao

Page 76: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 73 | 89

C I P

aumento de saídas por não PCR (PCR 2010 37%; 2011 30%; 2012 31%; 2013 22%) bem como a mortalidade global dos doentes tratados (2010 54%; 2011 41%; 2012 38%; 2013 20%) mantendo-se alta a mortalidade por PCR (média dos 4 anos de 82%). O Ritmo de paragem tem-se mantido constante ao longo destes �� BOPT� DPN�BQFOBT� ���EF� SJUNPT�EFTmCSJMIÈWFJT��0�tempo médio total de manobras foi inferior a 5 minutos em 42% dos casos. De 2010 para 2013 aumentou a percentagem de situações de PCR em que a equipa no local estava a fazer suporte básico de vida (SBV) (2010 77%; 2011 97%; 2012 98%; 2013 96%) e a adoptar intervenções de estabilização clínica também nas situações de não PCR (2010 77%; 2013 93%). A maior parte dos doentes (35%) permaneceu no mesmo local da chamada enquanto 13% foram encaminhados para Cuidados Intensivos/intermédios e 28% para o Serviço de Urgência.%B�BOÈMJTF�EP� TJTUFNB�� &N������ GPSBN� JEFOUJmDBEPT�os seguintes pontos para melhoria: registos não mEFEJHOPT�QPS�GBMUB�EF�JOGPSNBÎÍP��B�GPMIB�EF�SFHJTUP�não contempla dados das situações de não PCR; ordem de não reanimar (DNR)não expressa em mais de 40% das situações de PCR; as manobras de SBV à chegada da equipa nem sempre estavam a ser realizadas. Daqui resultou o seguinte plano de implementação: Revisão da folha de registo segundo o estado da arte; implementação do registo electrónico; JEFOUJmDBÎÍP� EPT� QSPmTTJPOBJT� RVF� OFDFTTJUBN� EF�reforço de formação em SBV; Incluir no registo a indicação de situação de DNR assumida previamente.Conclusão: O ciclo de melhoria contínua de qualidade QFSNJUJV�OPT� JEFOUJmDBS� QPOUPT� QBSB� NFMIPSJB� RVF�foram corrigidos. A reavaliação da situação irá permitir a entrada noutro ciclo de melhoria da qualidade.

17h45m,QWR[LFDomR� � VHYHUD� SRU� 0RQy[LGR� GH� &DUERQR� ²�casuística de uma Unidade de Cuidados IntensivosMarta Pereira1, Elena Molinos1, Oscar Camacho2, Rui Araujo1

1Serviço de Medicina Intensiva, Hospital Pedro Hispano, Matosinhos2Unidade de Medicina Hiperbárica, Hospital Pedro Hispano, Matosinhos

Introdução: A intoxicação severa por monóxido de carbono (CO), associa-se a uma morbimortalidade TJHOJmDBUJWB�� 0� USBUBNFOUP� DPN� 0YJHFOPUFSBQJB�Hiperbárica (OTH) pode ter impacto no prognóstico, em particular reduzindo a incidência de síndrome neurológico tardio. O Hospital Pedro Hispano (HPH)

é o único em Portugal continental onde coexiste a disponibilidade de OTH e de Medicina Intensiva, recursos indispensáveis ao tratamento destes doentes. O propósito deste trabalho é rever a casuística de doentes com intoxicação aguda severa por CO com internamento no Serviço de Medicina Intensiva (SMI) do HPH.Métodos: Análise retrospectiva do registo de doentes internados no SMI entre 1/1/2006 e 31/12/2013, com o diagnóstico de intoxicação por CO. Inquérito telefónico QBSB�JEFOUJmDBÎÍP�EF�TFRVFMBT�Resultados: Nos 17 doentes tratados a idade média foi de 55 anos, sendo na sua grande maioria homens (76%). Cerca de 59% dos internamentos ocorreram durante os meses de Inverno, associados à combustão incompleta de gases em braseiros (29%), dispositivos de aquecimento (12%) e geradores a combustível (18%). A maioria das intoxicações foi acidental (82 %) e 18% em contexto laboral. À admissão a Escala de Coma de Glasgow foi inferior a 8 em 65%. Em 29 % dos eventos houve vítimas NPSUBJT��1BSB�BMÏN�EP�DPNB�WFSJmDBEP�OPT����EPFOUFT �foram também relatados vómitos (18%), convulsões (6%) e discinésias (12%). Houve elevação de lactatos séricos em 88% dos doentes, acidemia em 59% e aumento dos marcadores de necrose miocárdica em 35%, sendo que 18% apresentavam alterações FMFDUSPDBSEJPHSÈmDBT� TVHFTUJWBT� EF� JTRVFNJB � ����disfunção ventricular esquerda e 18% choque. O valor médio da primeira carboxihemoglobina foi de 17%. A rápida referenciação permitiu que todos os doentes iniciassem OTH nas primeiras 12 horas após o diagnóstico, (demora média 5 horas). O envolvimento neurológico foi o mais prevalente, com impacto importante mesmo após a alta: alterações NOÏTJDBT�F�BGFDUJWBT���� �MFOUJmDBÎÍP�QTJDPNPUPSB�e movimentos coreicos (6%). A sobrevida à alta foi de 100%.Discussão: Apesar das limitações metodológicas os autores pretendem realçar a potencial gravidade da intoxicação por CO, salientando o papel essencial da OTH para minimizar as lesões associadas, nomeadamente a disfunção neurológica. É essencial ter presente esta hipótese diagnóstica em contexto apropriado e a necessidade de referenciação precoce para unidades de saúde com disponibilidade de OTH.

Page 77: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 74 | 89

COMUNICAÇÕES ORAIS

16h30m

Hiperlactacidemia Secundária a Doenças 2QFROyJLFDV���'HVFULomR�GH�XP�&DVR�&OtQLFR�Tavares M.1; Neves I.2; Martins A.3; Coelho F.3; Afonso A.3;

Faria F.3

1Serviço Onco-Hematologia IPO Porto;

2Serviço Anestesiologia IPO Porto;

3Serviço Cuidados Intensivos IPO Porto.

Introdução: A hiperlactacidemia está presente em cerca de um terço dos doentes admitidos numa Unidade de Cuidados Intensivos (UCI) e mais de metade dos casos são causados por hipoperfusão ou hipóxia celular. As doenças oncológicas sólidas e hematológicas são uma causa rara de hiperlactacidemia. Nestes doentes, a hiperlactacidemia parece ser um indicador de mau prognóstico e é invariavelmente fatal.

Material e Métodos: Apresentação e discussão de um caso raro de hiperlactacidemia secundária a linfoma não-Hodgkin.

Resultados e Discussão: Trata-se de uma mulher de 70 anos de idade, autónoma e cognitivamente íntegra com várias massas de tecidos moles paravertebrais em estudo na nossa instituição. Submetida a laparatomia por choque séptico secundário a necrose total do cólon por trombose mesentérica e admitida na UCI em status pós-operatório. Evolução clínica e analítica inicialmente favoráveis. Apirexia sustentada DPN� EJNJOVJÎÍP� EPT� QBSÉNFUSPT� JOnBNBUØSJPT � TFN�compromisso das funções hepática e renal, em WFOUJMBÎÍP�FTQPOUÉOFB�DPN�CPBT�USPDBT�SFTQJSBUØSJBT��Biópsia de lesão paravertebral documenta linfoma não-Hodgkin difuso de grandes células B. Manteve IJQFSMBDUBDJEFNJB�QFSTJTUFOUF�F�FN�DSFTDFOEP�HSÈmDP�1). Submetida a nova laparotomia exploradora que não evidencia complicação abdominal cirúrgica. Iniciou quimioterapia com normalização de lactatos. Teve alta para o Serviço de Onco-Hematologia da nossa instituição para continuação de cuidados.

A hiperlactacidemia é uma complicação rara de doenças oncológicas que surge tanto em crianças como em adultos e associa-se mais comumente com os linfomas não-Hodgkin. O seu diagnóstico é habitualmente de exclusão. O tratamento é controverso, sendo a quimioterapia o tratamento de eleição. A hiperlactacidemia parece ser um marcador de mau prognóstico e a maioria dos doentes acaba QPS�GBMFDFS�BP�mN�EF����EJBT�Conclusões: As doenças oncológicas são uma

sala 7 | dia 3 de fevereiro

causa rara de hiperlactacidemia, mas devem ser consideradas no respectivo diagnóstico diferencial em todos os doentes oncológicos. O seu diagnóstico permite o início precoce de quimioterapia e pode evitar procedimentos invasivos e fúteis.

(SÈmDP���&WPMVÎÍP�EF�MBDUBUPT�TÏSJDPT�EVSBOUF�JOUFSOBNFOUP��A - relaparotomia exploradora; B - início de quimioterapia.

16h45m

Autonomias São Cruciais Para A Redução Dos Efeitos Da Imobilidade Em Doentes CríticosAndrea Dias; Cristina Pinto; Estêvão Lafuente$)54���6$*1���1FOBmFM

Introdução: O internamento em cuidados intensivos está associado a suportes invasivos que condicionam problemas de imobilidade nos doentes críticos. Quando para além de algumas horas, relaciona-se com alterações nos aspectos fundamentais da biologia, da estrutura e da função muscular, potenciados ainda pela sedação e ou bloqueadores neuromusculares, corticoterapia, sépsis com ou sem GBMÐODJB�NVMUJPSHÉOJDB�'.0�[1,2]

Objectivos: Pretendemos avaliar os resultados das JOUFSWFOÎÜFT�EF�FOGFSNBHFN�OP�ÉNCJUP�EB�NPCJMJEBEF �comparando alguns indicadores de qualidade e JEFOUJmDBS�RVBJT�PT�HSVQPT�EF�SJTDP�Material e Métodos: Estudo retrospectivo, descritivo em coorte relativo ao ano 2012. Foram incluídos 123 doentes, com idade igual ou superior a 18 anos, com internamento mínimo de 72h. Excluímos os falecidos. Neste estudo, o uso de bloqueadores neuromusculares, a corticoterapia, a coexistência de sépsis, com e sem FMO foram consideramos como factores de risco. Os indicadores de qualidade usados foram: tempo médio

Page 78: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 75 | 89

C I P

de internamento (LOS); dias de ventilação; posição de

sentado e tempo médio a atingir a posição sentado;

1º levante e tempo médio para o atingir; escala de

GPSÎB� NVTDVMBS� OB� BMUB�� BUSPmB� NVTDVMBS�� FMJNJOBÎÍP�intestinal; tempo médio até 1ª dejecção; contenção

física; tempo médio de contenção física. Os dados

foram extraídos do processo informático individual do

doente, usando o sistema de informação PICIS®. A

análise estatística foi efectuada com o sistema XSTAT

e os dados são apresentados como média e desvio

padrão.

Resultados: No período analisado excluíram-

se doentes: falecidos (54); com inacessibilidade

ao processo informático (6); idade <18 anos (8),

internamento <72h (165). Dos 123 doentes 56,9%

eram do género masculino, apresentaram uma idade

NÏEJB�EF��� ������ ��BOPT �DPN�VN�-04�EF�� ������(3; 49) dias.

$PODMVTÜFT��/FTUF�FTUVEP�WFSJmDPV�TF�RVF �FN�UPEPT�os grupos, as intervenções de enfermagem (posição

de sentado e 1º levante) foram executadas a uma

pequena percentagem de doentes e próximo do

momento da alta. A população com mais factores de

risco foi a que apresentou indicadores de qualidade

menos favoráveis, sugerindo que é o grupo de

NBJPS� SJTDP�� "� SFnFYÍP� EPT� SFTVMUBEPT� EFTBmPV�OPT�à implementação de um protocolo de mobilização

precoce.

Referências:

1. STEVENS, R., & HART, N. (9 de Novembro de 2009). Weakness

in the ICU: a call to action. Obtido em 29 de Março de 2011, de

Critical care: http://ccforum.com

2. SCHEFOLD, J., BIERBRAUER, J., & WEBER-CARSTENS, S.

(Outubro de 2010). Intensive care-unit acquired weakness

(ICUAW) ad muscle wasting in criticallyill patients with severe sepis

and septic shock. Journal of Cachexia, Sarcopenia and Muscle ,

pp. 147-157.

Indicadores de

Qualidade

Doentes não

sépticos, sem

corticóides,

sem FMO

e sem

bloqueador

neuromuscular

n= 36

Sépticos;

Com FMO;

Com

corticoides

n=14

Sépticos

Com FMO;

Sem

corticoides

n=20

Sépticos

Sem FMO

Com

corticoides

n=7

LOS (dias) � ������ � �� ����� � � ����� � � ���� �

Posição de

sentado29,5% 35,7% 20% 14,2%

Tempo médio a

atingir posição

sentado (dias)

� ����� � �� ����� � � ����� � 17

1º Levante 76,5% 21,4% 10% 42,8%

Tempo médio a

atingir 1º levante

(dias)

� ��� � �� ��� � � ��� � �� ��� �

Escala de força

muscular� ���� �� � ��� � ��� � � ��� �

"USPmB�NVTDVMBS 11,8% 42,8% 25% 28,6%

17h00m

,PSDFW�2I�&RPSOLDQFH�:LWK���+RXU�6HSVLV�%XQGOHV�In The Emergency Department: A Retrospective, Observational StudyJoão Carvas PhD1 , Gustavo Montanha MD2, Francisco Esteves MD3

1Final Year Medical Student, Escola de Ciências da Saúde,

Universidade do Minho, Braga, Portugal;

2Hospital Assistent Anestesiologist, Department of Intensive

Care and Intermediate Care, Centro Hospitalar de Trás-os-

Montes e Alto Douro, Vila Real, Portugal;

3Head of the Department of Intensive Care and Intermediate

Care, Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila

Real, Portugal;

Introduction: Severe sepsis (SS) and septic shock

(SC) are common conditions with high levels of

morbi-mortality, surpassing those of acute coronary

syndrome (ACS) or stroke. Time is of the essence when

it comes to obtaining the best outcomes for septic

patients. The Surviving Sepsis Campaign (SSC) has

EFmOFE�USFBUNFOU�HVJEFMJOFT�XJUI�TFQTJT�DBSF�CVOEMFT�UP�CF�BDDPNQMJTIFE�JO�TQFDJmD�UJNJOHT�TJODF�UIF�BSSJWBM�to the emergency department (ED). In Portugal, the

reality of hospital treated sepsis is largely unknown

outside of the intensive care unit (ICU). In this study

we want to evaluate the level of compliance with the

SSC 6-hour bundles in the CAI related SS/SC patients

admitted to the Department of Intensive Care and

Intermediate Care of the Centro Hospitalar de Trás-os-

Montes e Alto Douro (CHTMAD), and to relate it with

the patient survival outcomes.

Methods: We conducted a retrospective, observational

cohort study in 178 ICU cases of SS or SC originating

from CAI admitted since January 1st 2012, to

December 31st 2012.

Results and discussion: Of the 178 records studied, SS

was diagnosed in 78 (43.8%) and SC was diagnosed in

100 (56.2%) patients. When compared with the global

ICU patients, SS/SC patients were older, had longer

length of stay both in the ICU and in the hospital, and

IBE�TJHOJmDBOUMZ�IJHIFS�"1"$)�** �4"14�**�BOE�40'"�disease severity scores. Compliance with the sepsis

6-hour bundle individual measure was: (1) 62.9% for

lactate measurement; (2) 62.9% for blood cultures

CFGPSF�BOUJCJPUJDT����������GPS�BOUJCJPUJDT� JO� UIF�mSTU���IPVST����������GPS�nVJE�BENJOJTUSBUJPO��������GPS�vasopressor administration; (6) 37% for central venous

pressure measurement and (7) 39% for central venous

oxygen saturation measurement. Only 40 (22%) SS/SC

patients were fully compliant with the 6-hour core (1-6)

bundle, and the sepsis “green-line” system was only

activated for 9 (5.1%) patients. This group of patients

IBE�TJHOJmDBOUMZ�NPSF�DBTFT�PG�SFTQJSatory CAI that the

non-compliant groups. Increase in bundle compliance

Page 79: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 76 | 89

COMUNICAÇÕES ORAIS

was inversely associated with ICU and 28 days hospital mortality but also with global severity of the disease when admitted and leaving the ICU. Conclusions: In this study we show a low level of compliance with the SSC 6-hour sepsis bundle outside of the ICU environment. Nonetheless our results add to the current knowledge that the simultaneous use of a group of evidence-based interventions conduces to better patient care with lower mortality.

Key words: Sepsis; Septic shock; Bundle; Surviving Sepsis Campaign.

17h15m8WLOLGDGH�GD�,QWHUOHXFLQD���HP�GRHQWHV�FRP�VHSVLVE. Lafuente; JG Silva; MJ Fernandes; F Santos6$*1���$)54���1FOBmFM

Introdução: A Interleucina-6 (IL-6) é uma citoquina QSPJOnBNBUØSJB� RVF� TF� FMFWB� QSFDPDFNFOUF� FN�doentes com sépsis grave e choque séptico. A elevação sérica desta é proporcional à severidade da sépsis e pode ser correlacionada com a mortalidade.Objectivo: Pretendemos testar se havia alguma relação entre a IL6 e a gravidade e mortalidade encontrada nos nossos doentes sépticos graves/choque séptico. Material e Métodos: Estudo quantitativo, descritivo e retrospectivo, incluindo os doentes com diagnóstico de sépsis e choque séptico admitidos na unidade polivalente entre 2009 a 2012. Analisamos os seguintes dados: sexo, idade, tempo de internamento, mortalidade na unidade intensiva e no hospital. Consideramos o SAPS II às 24h como o padrão preditivo de gravidade e de mortalidade. Avaliamos a IL-6 até às 72 horas, mas só correlacionamos os valores da admissão com o risco de mortalidade descriminada pelo SAPS II. Os dados descritivos são apresentados como médias e desvios padrão. Utilizamos a análise de regressão logística e a curva de sobrevida de Kaplan- Meier.

Resultados: n= 201 MD±DP

IDADE ���������

TEMPO INTERNAMENTO �������

SAPSII (24h) ���������

SOFA admissão �������

SOFA 72h �����

CHOQUE SEPTICO (%) 65.7

MORTALIDADE UCI(%) 26.7

MORTALIDADE HOSPITAL (%) 37.5

ROC Odds (min - max)

IL 6>1000 0.859 2.53 (1.40 - 4.55)

IL6 >200 0.869 2.51 (1.29 - 4.90)

SAPS II 0.753 1.04 (1.02 - 1.06)

PCR 0.555 0.9 (0.9 - 1.0)

Choque Séptico 0.865 2.26 (1.18 - 4.32)

Conclusões: Encontramos um aumento da incidência da mortalidade em doentes que apresentaram na admissão valores da IL6>200pg/ml (ROC 0.86), mas não em todos. Apesar dos trabalhos publicados apontarem para uma relação entre IL6 e mortalidade, o nosso estudo reforça o papel da IL6 como um indicador de intensidade da resposta séptica e necessitamos de mais estudos para saber qual a sua relação com a mortalidade.

Referencias:1. .�� 0TVDIPXTLJ� FU� BM�� $JSDVMBUJOH� $ZUPLJOF�*OIJCJUPS� 1SPmMFT�

Reshape the Understanding of the SIRS/CARS Continuum in Sepsis and Predict Mortality; The Journal of Immunology, 2006, 177: 1967–1974.

2. A. Oberholzer, et. Al.; Plasma Cytokine Measurements Augment Prognostic Scores as Indicators of Outcome in Patients With Severe Sepsis; SHOCK, Vol. 23, No. 6, pp. 488–493, 2005

17h30m([SUHVVmR� $QDOtWLFD� GRV� %LRPDUFDGRUHV� GH�,QÁDPDomR� QR� &KRTXH� 6pSWLFR� $EGRPLQDO� H�Pulmonar em Doentes CríticosE. Lafuente; M J. Fernandes; J G Silva; R Lopes; F Santos6$*1���$)54���1FOBmFM�

Introdução: O choque séptico apresenta uma incidência idêntica de 25% quando o foco inicial está no pulmão ou o no abdómen e uma mortalidade variável entre os 30 e 70%. O diagnóstico de sépsis e a avaliação da sua gravidade é prejudicada pela FMFWBEB� WBSJBCJMJEBEF� F� OBUVSF[B� JOFTQFDÓmDB� EPT�seus sinais e sintomas, sendo difícil algumas vezes encontrar o seu verdadeiro foco. Biomarcadores podem ter um papel importante neste processo, mas P�TFV�FYBUP�TJHOJmDBEP�DPOUJOVB�BJOEB�QPS�FTDMBSFDFS�Objectivo: Avaliar se existem diferenças nos padrões analíticos nos doentes com choque séptico de origem pulmonar e abdominal.

Page 80: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 77 | 89

C I P

Métodos: Analisamos retrospectivamente os processos dos doentes internados com diagnóstico de sépsis grave e ou choque séptico admitidos na unidade intensiva durante os anos de 2008 e 2009. Consideramos para a análise os seguintes biomarcadores: lactato, proteína C reativa (RPC), QSPUFÓOB�$� 1$ �QMBRVFUBT �mCSJOPHÏOJP�F�%�EJNFSPT�no momento da admissão. Utilizamos o Student’s t test e o teste de Mann-Whitney para comparar os biomarcadores entre os dois grupos: pulmonar e abdominal. Sempre que p<0.05 era atribuído TJHOJmDBEP�FTUBUÓTUJDP��"� SFHSFTTÍP� MPHÓTUJDB�QFSNJUJV�avaliar o peso de cada um dos biomarcadores para cada um dos grupos estudados.Resultados: De um total de 92 doentes sépticos, foram incluídos 40 com choque séptico. A idade média FODPOUSBEB� GPJ�EF��� ������ ��BOPT �����EP�HÏOFSP�masculino e permaneceram internados em média �������� EJBT�� &ODPOUSBNPT� TJHOJmDBEP� FTUBUÓTUJDP�para a RPC (p 0.0001), a PC (p 0.009) e o Fibrinogénio (p<0.0001).

Conclusões: Neste estudo e para os marcadores BWBMJBEPT �FODPOUSÈNPT�EJGFSFOÎBT�TJHOJmDBUJWBT�DPN�maior poder discriminativo comparativo no momento da admissão para os lactatos e plaquetas no grupo abdominal e para a proteína C reactiva no pulmonar. A proteína C mostrou idêntico poder em ambos os grupos e os restantes marcadores não parecem ser relevantes quer para os diferenciar quer no diagnóstico de choque.

Referências: 1. Russel JA. The current management of septic shock. Minerva Med

2008 Oct; 99(5):431-58.2. Pierrakos C, Vincent JL. Sepsis biomarkers: a review. Critical Care

2010; 14:R15.

17h45mMortalidad en el traumatismo torácico grave en UCIA. I Suárez1; A. Ceniceros1; L. Cordero1; T. Tabuyo1; A. López González1; B. López Calviño2; M. Matachana1; I. Astola (1); J.M. López Pérez1; S. Pita2; A. Valderruten3.1Servicio de Medicina Intensiva; 2CAIBER - Unidad de Epidemiología; Complejo Hospitalario Universitario de A Coruña. España; 3Facultad de Informática. Universidad de A Coruña

Características del traumatismo torácico en UCI.Material y métodos: Servicio de UCI. Estudio: Observacional retrospectivo en pacientes con USBVNBUJTNP� UPSÈDJDP� HSBWF�� 5BNB×P�� O������� ��QSFDJTJØO����TFHVSJEBE�� 7BSJBCMFT�� EFNPHSÈmDBT �clínicas, indicadores de gravedad al ingreso y características del traumatismo torácico. Mortalidad. ESTADÍSTICA: descriptivo, análisis univariado y regresión logística (IC 95%). ASPECTOS ÉTICO: CEIC Galicia (2012/023).Resultados: Hombres:mujeres 4:1; edad media �� ���� �� B×PT�� &OGFSNFEBE� BTPDJBEB� �� ����cardiovascular (9,7%); EPOC (4,9%), inmunodepresión � ���Z�PCFTJEBE�� ����&TDBMBT��(MBTHPX��� �����"QBDIF� �� ��� � � *44� �� ����� Z� 1B'J0�� ������� ��y 23,7% fracaso orgánico. El 96,5% cerrados y 89% asociados a otros traumatismos: cráneo-encefálico (TCE) (68,7%), facial (16,7%) y otros. Óseas: fracturas costales (71,2%,), clavicular (17,9%); escapular (11%) y esternal (4,2%). Lesiones: contusión pulmonar (44%), hemotórax (41,7%), neumotórax (31,6%), atelectasia (14,2%), neumomediastino (8%) y otras. Mortalidad: 231 pacientes (19,6%), 75,3% hombres vs. 24,7% mujeres Q�� ����Z�EF�NBZPS�FEBE��� ���� ��WT��� ���� ���p=0,004). Más en atropello (26,8% vs. 14,3%, p<0,001) y moto (13,9% vs.10,3%, p<0,001). Análisis univariado: Enfermedades que predicen mortalidad: EPOC (10,9% vs 3,5%, p<0,001;OR 3,3), obesidad (2,6% vs 0,8%; p=0,028;OR 3,1) e inmunodepresión (4,8% vs 1,9%, p=0,012;OR 2,5). En fallecidos más traumatismos asociados (94,8% vs 87,6%; p=0,002;OR 2,5): TCE (87,8% vs 64,1%; p<0,001;OR 4,0), pélvico (23,0% vs 15,7%; p=0,008;OR 1,6) y medular (15,2% vs 10,2%; p=0,045;OR 1,5). Mortalidad mayor con contusión pulmonar (44,6% vs 41%; p=0,033; OR 1,3), rotura diafragmática (3,03% vs 1,06%, p=0,025; OR 2,9) e JOTVmDJFODJB� SFTQJSBUPSJB� �� ��� WT��� �� � Q�� �����OR 1,9), más en Síndrome de Distres Respiratorio (SDRA) (60,9% vs.12,3%, p<0,001; OR 11,0). Mayor en politransfudidos (57,8% vs 27,7%, p<0,001; OR 3,5) y sepsis (27,1% vs. 6,9%, p<0,001; OR 5,0). Regresión logística: La edad elevada (OR 1,02, IC 1,01-1,03), SDRA (OR 6,74, IC 4,48-10,15), sepsis (OR 2,82, IC 1,58-5,02), ventilación mecánica (OR 30,94, IC 11,0-87,01) y TCE asociado (OR 4,87; IC 2,91-8,17) incrementan la mortalidad (p<0,001). Este modelo explica un 48,2% de variabilidad (R2=0,482).Conclusiones: El traumatismo torácico grave tiene una elevada mortalidad. Mayor edad, sepsis, TCE asociado, SDRA y la ventilación mecánica se asocian a mayor mortalidad.

Choque Abdominal

OR 95% IC AUC

Lactato 1.462 0.925 - 2.312 0.802

RPC 0.997 0.987 - 1.007 0.589

PC 1.050 0.984 - 1.121 0.740

Plaquetas 0.991 0.980 - 1.001 0.719

Fibrinogénio 1.000 0.995 - 1.004 0.563

D-dimeros 1.000 1.000 - 1.000 0.659

Choque Pulmonar

OR 95% IC AUC

1.380 0.781 - 2.441 0.625

0.993 0.983 - 1.002 0.733

0.940 0.868 - 1.018 0.771

1.003 0.988 - 1.019 0.550

1.000 0.995 - 1.005 0.460

1.000 0.949 - 1.000 0.383

Page 81: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 78 | 89

COMUNICAÇÕES ORAIS

16h30mA neuroimagem no doente críticoRicardo Almendra1; Andreia Veiga1; Ana Graça Velon1; Pedro Guimarães1; Mário Rui Silva1; Francisco Esteves2

1Serviço de Neurologia e 2Unidade de Cuidados Intensivos e Intermédios do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, EPE

Introdução. A neuroimagem cerebral tem valor indiscutível no diagnóstico diferencial das lesões intracerebrais. A RMN-CE é normalmente o único exame necessário para sugerir uma lesão tumoral, podendo mesmo dar indicações sobre a tipo FTQFDÓmDP� EF� OFPQMBTJB�� /P� FOUBOUP � OVN� OÞNFSP�reduzido de casos, o seu valor diagnóstico é limitado. Apresentamos dois casos de estado de mal em lesões sintomáticas cujo diagnóstico imagiológico não foi linear.Caso 1. Homem de 63 anos de idade com antecedentes de hipertensão arterial, dislipidemia, síndrome de apneia obstrutiva do sono, admitido por crises focais com generalização secundária e sem recuperação integral do nível de consciência. Na admissão estava febril. Efectuou TC-CE que evidenciou uma hiperdensidade cortical occipito-parietal direita, possivelmente artefactual. Foi efectuada punção lombar (PL) que revelou uma pleocitose mononuclear. Iniciou cobertura antibiótica de largo espectro e anti-epiléptico. Evolução neurológica favorável com desmame ventilatório ao 2.º dia, mas evidência de citólise hepática e rabdomiólise auto-limitadas. O estudo foi complementado com EEG que mostrou atividade paroxística focal centro-temporal direita e RMN-CE que não esclareceu as hipóteses levantadas de lesão JOGFDJPTB�WFSTVT�OFPQMÈTJDB��0�EJBHOØTUJDP�EFmOJUJWP �linfoma, foi obtido com biópsia estereotáxica. Caso 2. Homem de 55 anos de idade com antecedentes de dislipidemia e etilismo crónico. Admitido no contexto de acidente de viação após cluster de crises, tendo sido analgesiado e entubado. A TC-CE revelou lesão hipodensa frontal direita, diagnóstico diferencial entre lesão isquémica versus lesão neoplásica. O estudo citoquímico do líquor foi inocente. Efectuou RMN encefálica que manteve as hipóteses equacionadas. Desmame ventilatório possível com a introdução de corticoterapia e evolução favorável apontando para tumor da série glial de baixo grau a aguardar parecer neurocirúrgico.Discussão. Apesar do seu grande valor diagnóstico a RMN-CE apresenta limitações que devem ser tidas em conta na discussão do doente crítico

sala 7 | dia 4 de fevereiro

16h45m'RDomR�GH�ÐUJmRV���([SHULrQFLD�GH���DQRV���������������GH�XP�&HQWUR�+RVSLWDODUJoana Vaz Cunha, Isabel Militão, Hélder Leite, Nélson Barros, Anabela Santos, Ana Paula Dias, Lurdes Gonçalves, Francisco Esteves Serviço de Cuidados Intensivos e Cuidados Intermédios, Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro

Introdução: A doação de órgãos permite solucionar EF� GPSNB� EFmOJUJWB� TJUVBÎÜFT� EF� GBMÐODJB� PSHÉOJDB�incompatíveis com a vida ou com repercussão importante na qualidade de vida dos doentes. A avaliação e manuseio de potenciais dadores é um pré-requisito fundamental na qualidade dos cuidados prestados numa Unidade de Cuidados Intensivos.0CKFDUJWP�� EFTDSJÎÍP� F� BOÈMJTF� EP� QFSmM� DMÓOJDP� EF�todos os doentes que evoluíram para morte cerebral com consequente doação de órgãos, num período de 6 anos num Centro Hospitalar.Métodos: estudo retrospectivo de todos os doentes dadores de órgãos entre 2008 e 2013, com recolha de dados epidemiológicos, diagnóstico etiológico e comorbilidades, demora média, índices de gravidade/NPSCJMJEBEF� F� EF� EJTGVOÎÍP� PSHÉOJDB � UÏDOJDBT� EF�manutenção de dador e órgãos colhidos. Os dados foram analisados com o programa Microsoft Excel®3FTVMUBEPT�� *EFOUJmDBSBN�TF� ��� EBEPSFT� DPN� JEBEF�média de 55,9 anos [17;77], sendo 27 do sexo masculino (71,1%) e 11 do sexo feminino (28,9%). O diagnóstico mais frequente foi o acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico e a comorbilidade predominante foi a hipertensão arterial seguida da dislipidemia. A maioria dos doentes foi referenciada pelo Serviço de Urgência (86,8%). Os índices de gravidade médios calculados foram: SAPS II de 63,5 e "1"$)&�**�EF��� ���"�BWBMJBÎÍP�EB�EJTGVOÎÍP�PSHÉOJDB�pelo score SOFA foi de 10,5 à admissão e 11,3 à saída. A demora média de internamento cifou-se em 2,4 dias. Houve necessidade de suporte vasopressor em 32 doentes (84,2%) e de desmopressina em 35 (92,1%). Foram colhidos na totalidade 178 órgãos/tecidos com uma média de 5 por dador.Conclusão: Apesar da doação de órgãos não estar ainda completamente maximizada, esta experiência documenta a capacidade e possibilidade de um hospital em rentabilizar esta mesma doação, aumentando a qualidade dos cuidados prestados Ë� QPQVMBÎÍP�� 0� QFSmM� DMÓOJDP� EPT� EBEPSFT� SFWFMB�predomínio de causas médicas como o AVC e critérios de doação expandida/marginal.

Page 82: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 79 | 89

C I P

17h00m

+HPRUUDJLD� 'LJHVWLYD�$OWD� H� 7UDQVIXVmR� �� 4XDO� R�Prognostico?Oliveira A1, Campos S.1, Correia T.1, Almeida N.2, Souto P.3, Portela F.3��6RÀD�&4. 1Interno complementar, Serviço de Gastrenterologia do

Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC)

2Assistente, Serviço de Gastrenterologia, CHUC

3Assistente graduado, Serviço de Gastrenterologia, CHUC

4Chefe de Serviço, Serviço de Gastrenterologia, CHUC

Introdução: A hemorragia digestiva alta (HDA) acarreta elevada morbi-mortalidade e constitui uma indicação frequente para transfusão com concentrado de eritrócitos (CE). As guidelines para a sua utilização são, no entanto, controversas e o seu impacto nas taxas de recidiva hemorrágica e mortalidade é desconhecido. O objectivo deste trabalho é avaliar os efeitos da transfusão de CE em doentes com HDA.

Metodologia: Estudo retrospectivo dos doentes internados por HDA não varicosa, no período de um ano. Foram avaliadas as características clínicas, analíticas, endoscópicas e terapêuticas, frequência EF�SFDJEJWB�IFNPSSÈHJDB� EFmOJEB�QPS��OPWBT�QFSEBT�IFNÈUJDBT�WJTÓWFJT �EFTDJEB�EB�IFNPHMPCJOB�ö��H�E-�BQØT�UFSBQÐVUJDB�JOJDJBM�PV�JOTUBCJMJEBEF�IFNPEJOÉNJDB�de novo), complicações, necessidade de cirurgia e mortalidade durante o internamento. Os doentes foram divididos em 2 grupos: Grupo A-Submetidos a transfusão; Grupo B-Não submetidos a transfusão.

Resultados: Incluiram-se 188 doentes (A-98; B-90), maioritariamente do sexo masculino (A-70,4%; B-73,3%) com média etária de 70,6 anos no grupo A e 68,6 no grupo B. Não há diferença estatisticamente TJHOJmDBUJWB� FOUSF� PT� EPJT� HSVQPT� OB� QSFTFOÎB� EF�comorbilidades (38,8% vs 31,1%), medicação com anti-agregantes/anti-coagulantes (50,0% vs 48,9%), estigmas de alto risco hemorrágico na endoscopia (61,1% vs 52,8%), realização de tratamento hemostático (54,1% vs 61,1%), recidiva hemorrágica (18,4% vs 16,7%), complicações (21,4% vs 13,3%) e necessidade de cirurgia (8,2% vs 2,2%). Há diferença (p<0,05) no valor médio de hemoglobina (7,2g/dL vs �� �H�E- � QSFTFOÎB� EF� JOTUBCJMJEBEF� IFNPEJOÉNJDB�(40,6% vs 24,1%) e mortalidade (11,2% vs 2,2% 03� � ��� � ���� � � TFN� RVF� OP� FOUBOUP� TF� WFSJmRVF�EJTDSFQÉODJB�OP�WBMPS�JOJDJBM�EF�IFNPHMPCJOB�FOUSF�PT�doentes falecidos e não falecidos (8,0g/dL vs 8,7g/dL).

Conclusão: Neste estudo, os doentes submetidos a transfusão de CE não apresentaram maior frequência de recidiva hemorrágica mas a sua mortalidade foi superior, embora este acréscimo não seja explicado por diferenças no valor inicial de hemoglobina.

17h15m

)LEULQyOLVH� HQGRYHQRVD� QR� WUDWDPHQWR� GD� IDVH�aguda do acidente vascular cerebral: casuística de uma unidade de cuidados intensivos e intermédios Andreia Veiga1, Pedro Guimarães1, Alexandre Costa1, Ana Velon1, Ana Paula Dias2, Lurdes Gonçalves2, Nelson Barros2, Hélder Leite2, Igor Milet2, João Paulo Gabriel1, Fernando Afonso3, Mário Rui Silva1, Francisco Esteves1

1 Serviço de Neurologia do CHTMAD2 S. Cuidados Intensivos e Cuidados Intermédios do CHTMAD3 Unidade de AVC do CHTMAD

Introdução: O acidente vascular cerebral (AVC) é a principal causa de morte e incapacidade permanente FN�1PSUVHBM �WFSJmDBOEP�TF�VNB�FOPSNF�NVEBOÎB�EF�QBSBEJHNB�DPN�B�JOUSPEVÎÍP�EP�USBUBNFOUP�mCSJOPMÓUJDP�na fase aguda do evento.

Objetivos e Métodos: Revisão da casuística de doentes submetidos a trombólise endovenosa na fase aguda do AVC na Unidade de Cuidados Intensivos e Intermédios (SCICI) do CHTMAD no período compreendido entre março de 2007 e junho de 2013 em termos de JEBEF �UJQP�EF�"7$�TFHVOEP�DMBTTJmDBÎÍP�0YGPSTIJSF �funcionalidade prévia, NIH pré e pós trombólise, NIH à alta, complicações objectivadas e outcome.

3FTVMUBEPT�� *EFOUJmDBSBN�TF� ���� EPFOUFT � ���� EP�sexo masculino, idade média 73 anos (mínima – 34; máxima – 87), maioria (n=158) em mRS=0 prévio BP� FWFOUP�� 4FHVOEP� DMBTTJmDBÎÍP� EF� 0TGPSETIJSF �50.3% TACI, 41.1% PACI, 4% LACI e 4.5% POCI, sendo a circulação anterior esquerda a mais frequentemente afectada. Em relação aos factores de risco cardiovasculares 68.5% apresentavam história prévia de HTA; 27.9% FA não hipocoagulada; 18.3% diabetes e 77% com dislipidemia; 22.3% com AVC e 10.7 com AIT prévios. NIH médio pré trombólise – 15 e após – 11; 78.4% melhorados, 30% com descida do valor de NIH entre 6-16; 10% sem melhoria clínica e em 11.6% constatado agravamento clínico após rTPA, com 4 óbitos nas primeiras 48h ainda na SCICI. 167 admitidos na Unidade de AVC do CHTMAD com NIH médio à alta de 7. Demora média na UCICI de 1.3 dias e hospitalar de 8.7 dias. Em 10.1% dos casos diagnosticada infecção respiratória nas primeiras 24h, não complicada por sépsis e sem necessidade de WFOUJMBÎÍP�NFDÉOJDB��%FTEF� PVUVCSP�EF� �����RVF� B�trombólise é realizada na UCIM, tendo apenas 1 caso necessidade de transferência para a UCI. Mortalidade hospitalar de 15% (2.5% enfarte maligno, 2.5% transformação hemorrágica).

Conclusão: Os dados apresentados demonstram que o tratamento trombolítico na fase aguda do AVC melhora o outcome dos doentes. As complicações decorrentes do tratamento e internamento hospitalar são sobreponíveis às descritas na literatura.

Page 83: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 80 | 89

COMUNICAÇÕES ORAIS

17h30m(VWDGR�GH�PDO� HSLOpWLFR� VXSHU�UHIUDFWiULR�� GHVDÀR�GLDJQyVWLFR�H�WHUDSrXWLFRAndreia Veiga1, Pedro Guimarães1, Alexandre Costa1, Hélder Leite2, Igor Milet2, João Paulo Gabriel1, Francisco Esteves1

1 Serviço de Neurologia do CHTMAD2 S. Cuidados Intensivos e Cuidados Intermédios do CHTMAD

Introdução: O estado de mal super-refractário desenvolve-se em cerca de 10-15% dos doentes que TF� BQSFTFOUBN�FN�FTUBEP�EF�NBM� FQJMÏUJDP � EFmOJEP�pela manutenção do ictus 24 horas após terapêutica anestésica. Casos clínicos: Apresentamos 3 casos de estado de mal epilético super-refractário admitidos na UCIP entre novembro de 2012 e novembro de 2013, sendo 2 doentes do sexo masculino (31 e 85 anos; e 1 doente do sexo feminino (56 anos). Apenas no primeiro não havia história conhecida de epilepsia. Apresentam-se no SU com quadro de crises focais secundariamente generalizadas, sendo que no doente mais idoso referência ainda a mioclonias palpebrais. Somente na doente do sexo feminino se JEFOUJmDB� IJTUØSJB� JOGFDJPTB� SFDFOUF� DPN� EJBHOØTUJDP�de amigdalite e terapêutica antibiótica nas 48 horas prévias. Sem anormalidades de relevo no estudo analítico nem imagiológico. Constatado estado de mal epiléptico com necessidade de escalada terapêutica BUÏ�DPNB�CBSCJUÞSJDP�F�FWJEÐODJB�FMFUSPFODFGBMPHSÈmDB�de “burst supression”. LCR sem evidência de neuroinfecção. Excluídas causas imunológicas e paraneoplásicas. Tentativas infrutíferas de supressão da terapêutica anestésica com manutenção de actividade eletroclínica. Efectuada corticoterapia em altas doses nos 3 doentes e imunoglobulina humana nos 2 mais jovens. No doente mais jovem, embora com investigação exaustiva não se concluiu por diagnóstico etiológico. Surpreendentemente a doente do sexo feminino apresentou achados imagiológicos sugestivos de encefalite límbica com PCR de vírus herpes 1 positivo no LCR (embora com 2 estudos citoquímicos normais). No doente mais idoso não se encontrou melhor causa do que a estrutural já conhecida (lesões clásticas frontais sequelares de trauma prévio). Evolução desfavorável com óbito dos doentes masculinos, permanecendo a última doente em estado vegetativo. Conclusão: O estado de mal super-refractário condiciona elevada morbimortalidade não sendo ainda consensual a sua melhor abordagem. Sabe-se contudo que a terapêutica dirigida à causa é vital, sendo os casos que apresentamos paradigmáticos da EJmDVMEBEF� EJBHOØTUJDB � TFHVSBNFOUF� GBUPS� EFDJTJWP�no outcome.

17h45m(QGDUWHUHFWRPLD� FDURWtGHD� H� KLSHUWHQVmR� SyV�RSHUDWyULDLuís Loureiro, Rui Machado, Tiago Loureiro, Diogo Silveira, Sérgio Teixeira, Duarte Rego, Vítor Ferreira, João Gonçalves, Gabriela Teixeira, Rui de Almeida.Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Hospital de Santo António, Centro Hospitalar do Porto

Introdução: A doença cérebro vascular é a primeira causa de morte em Portugal. A doença carotídea obstrutiva sintomática manifesta-se por acidentes isquémicos transitórios (AIT) - sintomas duram menos de 24 horas - e acidentes vasculares cerebrais - sintomas mantêm-se por mais de 24 horas. Materiais e métodos: Revisão dos processos clínicos, SFHJTUPT� PQFSBUØSJPT� F� mDIBT� BOFTUÏTJDBT� EF� UPEPT�os doentes submetidos a endarterectomia carotídea durante um ano num hospital universitário. Revisão da literatura em inglês sobre hipertensão arterial após cirurgia de endarterectomia carotídea.Resultados: Durante o ano de 2012 foram operados 44 doentes. A idade média foi de 70 anos (51-86) e 84% eram homens. OS factores de risco cardiovasculares presentes foram hipertensão arterial (80%), história de tabagismo (52%), dislipidemia (48%), diabetes (39%) e doença cardíaca isquémica (11%). As complicações minor foram laríngo/faríngeas (7%), hematoma cervical (4%), lesões de nervos cranianos (4%) e lesão de nervos periféricos (2%). A complicação major foi hemorragia intracraniana (4% - 2 doentes). A mortalidade foi de 2% (um dos doentes com hemorragia intracerebral). A hipertensão pós-operatória esteve presente em todos os doentes que apresentaram complicações hemorrágicas. Discussão e Conclusão: A hipertensão arterial após cirurgia de endarterectomia carotídea está relacionada com eventos hemorrágicos, incluindo a hemorragia intracerebral, em várias publicações. Na nossa série houve 8% de complicações hemorrágicas, metade das quais intracerebrais. Todos estes casos estiveram associados a períodos prolongados de hipertensão no pós-operatório. A implementação de um protocolo de tratamento agressivo da hipertensão pós cirúrgica é fundamental para minimizar estas complicações.

Page 84: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 81 | 89

CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA

POSTERS

Posters | dia 3 e 4 de fevereiro

Page 85: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 82 | 89

POSTERS

Pneumonia Intersticial Aguda - Experiência de um Caso Clínico e Cuidados IntensivosD Coutinho1; S Neves2; P Fernandes3

1 Interno de Pneumologia do CHVNG/E2 Assistente hospitalar de Pneumologia do CHVNG/E3 Assistente hospitalar de Anestesia da UCIP do CHVNG/E

Introdução: A Pneumonia Intersticial Aguda (PIA) é uma doença pulmonar intersticial idiopática, sendo aquela com manifestações mais agudas e evolução clínica mais rapidamente progressiva. O diagnóstico baseia-se na presença de clínica de ARDS idiopático F�OB�DPOmSNBÎÍP�IJTUPMØHJDB�EF�EBOP�BMWFPMBS�EJGVTP�Caso Clínico: Mulher de 51 anos, auxiliar de acção educativa, com tosse produtiva, pieira e arrepios com 5 dias de evolução e agravamento progressivo. Dos antecedentes realça-se: Asma (diagnóstico na adolescência; sem terapêutica actual; 2 exacerbações nos últimos 10 anos); Ex-fumadora (<5 UMA); Obesidade mórbida (cirurgia bariátrica há 10 anos; anemia conhecida desde então); Exposição potencial B�QPNCPT�NBSJEP�DPMVNCØmMP�BUÏ�IÈ����BOPT��4FN�alergias conhecidas, nem medicação habitual.No dia 10/10/2012 foi observada no Serviço de Urgência (SU) e proposta para internamento. Do estudo realizado no SU destaca-se: Analítico: sem leucocitose; PCR 21,78 mg/dL; GSA (21%): pO2 52 mmHg; pCO2 42 mmHg; lactatos 1,0 mg/dL; SO2 89%; Rx tórax: opacidades arredondadas heterogéneas e de contornos irregulares dispersas bilateralmente; TC UØSBY�� FYUFOTBT� BMUFSBÎÜFT� EF� EFOTJmDBÎÍP� FN� WJESP�despolido, dispersas, com sinais de espessamento septal, esboçando padrão em mosaico; espessamento pleural basal esquerdo.Inicialmente medicada empiricamente com -FWPnPYBDJOB �RVF�TVTQFOEFV�BP�mN�EF�VNB�UPNB�QPS�rash cutâneo pruriginoso, tendo alterado antibioterapia para Ceftriaxone e Azitromicina (completou 6 dias). Do estudo realizado destaca-se: BFC, sem alterações relevantes; LBA: PPC negativo; Micobacteriológico OFHBUJWP�� 1FTRVJTB� *OnVFO[B� "�# � 1BSBJOnVFO[B� ��� �"EFOPWJSVT � .ZDPQMBTNB� F� $MBNJEPmMB� OFHBUJWB��Contagem celular diferencial com linfocitose, OFVUSPmMJB�F�FPTJOPmMJB �QSFEPNÓOJP�$%���F�$%��$%��moderadamente elevada; Pesquisa de hemosiderina OFHBUJWB��$JUPMPHJB�DPNQBUÓWFM�DPN�JOmMUSBEP�MJOGPDJUÈSJP�agudo (sem inclusões víricas ou células malignas). H1N1 negativo; HSV, EBV, VVZ, CMV imune com IgM negativo; Toxoplasmose não imune com IgM negativo. Estudo imunológico (incluindo ANA, FR e anti-Jo1) OFHBUJWP��4VNÈSJP�EF�VSJOB�TFN�FMFNFOUPT�mHVSBEPT�PV�QSPUFJOÞSJB�TJHOJmDBUJWB�No dia 15/10/2012, devido a agravamento das

trocas gasosas e provável necessidade de suporte ventilatório, a doente foi transferida para a Unidade de Cuidados Intensivos (UCI). Dada a má evolução clínica e radiológica, alterou antibioterapia para Imipenem, Vancomicina e Aciclovir (completou 10 dias) e iniciou esquema de corticoterapia sistémica em alta dose. Inicialmente manteve-se em VNI, no entanto ao 4º dia de internamento na UCI houve necessidade de EOT e VMI. Realizou biópsia cirúrgica (24/10/2012), após a qual, por agravamento progressivo da JOTVmDJÐODJB� SFTQJSBUØSJB � TF� EFDJEJV� JOJDJBS� &$.0� F�alterar antibioterapia para Piperacilina/Tazobactam, Linezolide, Oseltamivir e Fluconazol, mantendo o esquema de corticoterapia. Perante os resultados da biópsia cirúrgica (histologia de dano alveolar difuso em fase organizativa; pesquisa bacteriológica, micobacteriológica, virológica e micológica negativa), pelo que se decidiu iniciar ciclofosfamida e propor doente para transplante (tendo sido recusada). Apesar das medidas terapêuticas instituídas, o doente acabou por falecer no dia 02/11/2012.Conclusão: O diagnóstico e terapêutica precoces parecem melhorar a sobrevida destes doentes. No entanto, a necessidade de apoio da decisão clínica em diferentes ECD, pode levar a um atraso terapêutico, por vezes, irremediável.

&RPR�TXDQWLÀFDU�R�FRQFHLWR�GH�IUDLOW\�QRV�GRHQWHV�críticos?Andrade, R.1; Viana, R.1,2

1 Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Fernando Pessoa, Porto2 Serviço de Medicina Física e Reabilitação do HSJ,EPE

Introdução e objectivos: O conceito de frailty tem TJEP� EFmOJEP� DPNP� VNB� TÓOESPNF�NVMUJ�EJNFOTJPOBM�caracterizada pela perda das reservas físicas e cognitivas, aumentando a vulnerabilidade a eventos adversos. A frailty sobrepondo-se, para além da incapacidade e comorbilidade, reconhece que os pacientes podem estar desabilitados e/ou com comorbilidades sem que estejam frágeis, e vice-versa.O objectivo do estudo é explorar e discutir qual é a NFMIPS� FTDBMB� QBSB� RVBOUJmDBS� B� GSBJMUZ� OPT� EPFOUFT�críticos.Métodos e materiais: Pesquisa computorizada nas bases de dados Pubmed e B-On, usando as palavras-chave: frailty, critical ill, scale e índex, usando os PQFSBEPSFT� EF� MØHJDB� "/% � 03 � QBSB� JEFOUJmDBS�estudos que avaliassem a frailty em pacientes críticos.Resultados e discussão: Existem vários instrumentos

Page 86: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 83 | 89

C I P

QBSB� RVBOUJmDBS� B� GSBJMUZ � UBJT� DPNP� P� 'SJFE� BOE�colleagues, o Frailty Index, Rockwood and colleagues e Clinical Frailty Scale (CFS).Uma avaliação objectiva da frailty no paciente crítico pode complementar e/ou contribuir como informação de prognóstico nos cuidados clínicos dos pacientes. O crescente reconhecimento dos fracos resultados a médio e longo prazo dos pacientes críticos – incluindo não apenas a sobrevivência, mas como também o estado funcional, institucionalização e qualidade de vida – acoplado com o elevado custo da terapia TJHOJmDB�RVF�TÍP�OFDFTTÈSJPT�NFMIPSFT� JOTUSVNFOUPT�QBSB� QSFWJS� PT� QBDJFOUFT� RVF� CFOFmDJBSÍP� EP�tratamento.A CFS é a mais acessível de ser utilizada, sendo por isso um instrumento adequado na admissão dos doentes nas Unidades de Cuidados Intensivos (UCI). Enquanto a CFS é baseada numa avaliação subjectiva que recolhe informação transversal a várias dimensões do estado de saúde pré-mórbido do paciente. Reconhecer que a frailty não é um estado estático, BWBMJBS�P�QBDJFOUF�F�RVBOUJmDBS�B�TVB�FWPMVÎÍP�EVSBOUF�a hospitalização nas UCI pode também adicionar um poder predictivo à avaliação.Conclusão: Sugerimos estudos sobre a avaliação da frailty em doentes críticos correlacionada com outros resultados clínicos. Se as medidas de frailty provarem relevância clínica e de prognóstico, a sua medição objectiva pode fornecer suporte adicional e reforço nos cuidados clínicos no planeamento e decisões de mOBM� EF� WJEB�� /FTTF� TFOUJEP � FTUB� FWJEÐODJB� QPEFSÈ�TFS�VTBEB�OB�JEFOUJmDBÎÍP�EF�GBDUPSFT�EF�SJTDP�QBSB�B�intervenção e/ou decisão clínica.

Candidémia Complicada com Choque Séptico: Descrição de um Caso ClínicoNeves I.1; Tavares M.2; Martins A.3; Coelho F.3; Afonso A.3; Faria F.3

1 Serviço Anestesiologia IPO Porto2 Serviço Onco-Hematologia IPO Porto3 Serviço Cuidados Intensivos IPO Porto.

Introdução: A candidémia trata-se de uma infecção nosocomial emergente, especialmente na população de doentes oncológicos e imunocomprometidos. As Candida spp devem ser consideradas importantes agentes patogénicos, em doentes com factores de SJTDP�EFmOJEPT �EBEB�B�TVB�DSFTDFOUF�QSFWBMÐODJB�FN�ambientes hospitalares, nomeadamente em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI).

Material e Métodos: Apresentação e discussão de um caso de choque séptico a C. albicans com ponto de partida em mucosite grave pós-quimioterapia.Resultados e Discussão: Trata-se de uma mulher de 66 anos de idade com antecedentes de adenocarcinoma gástrico localmente avançado submetida a gastrectomia subtotal com reconstrução em Y-de-Roux 2 meses antes da admissão. Primeiro ciclo de RVJNJPUFSBQJB�DPN�DJTQMBUJOB�F���nVPSVSBDJMP����BOUFT�complicada por mucosite grau 4 com necessidade de alimentação parentérica por catéter venoso central (cvc), disfunção hepática e hipocaliémia e hiponatrémia graves que motivaram o internamento na nossa instituição. Evolução para choque sético com disfunção multiorgânica sendo admitida na Unidade de Cuidados Intensivos (SAPS II 69 e APACHE II 49). Substituiu CVC e iniciou caspofungina. TC abdominal mostrou lesões esplénicas compatíveis com candidíase invasiva. Excluído atingimento cardíaco e ocular. Mantém isolamento de C. albicans em hemoculturas de cvc colocado à admissão e veia periférica. Retirou cvc com posterior negativação de IFNPDVMUVSBT� F� EF�FTDBMBÎÍP� QBSB� nVDPOB[PM�� "QØT�44 dias de internamento tem alta hospitalar. Conclusões: À admissão, a doente apresentava múltiplos factores de risco para o desenvolvimento de candidémia, nomeadamente o uso de antibioterapia de largo espectro, a presença de cateter venoso central, a nutrição parentérica total, um elevado índice de gravidade à admissão e o internamento hospitalar prolongado.A candidémia complicada com choque séptico é fatal em muitos doentes. O controlo adequado do foco, que, neste caso, passou pela remoção do cateter venoso central, e a terapêutica antifúngica de início atempado com equinocandina são factores predictores independentes de bom prognóstico na DBOEJEÏNJB �DPNP�TF�WFSJmDPV�OFTUF�DBTP����O grau de suspeita clínica de candidémia/candidíase invasiva deve ser elevado para que o diagnóstico seja precoce e a terapêutica ajustada e atempada.

Page 87: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 84 | 89

POSTERS

A prática de cuidado à pessoa idosa numa unidade de cuidados intensivosFernandes J1

1 Serviço de Medicina Intensiva do Hospital Infante D. Pedro – Aveiro.

Introdução: Em decorrência do crescente envelhecimento populacional, saber cuidar e intervir junto da pessoa idosa constituí uma prioridade na actualidade. Quando o contexto do cuidado é uma Unidade de Cuidados Intensivos (UCI), esta evidência BTTVNF� VNB� DPNQMFYJEBEF� F� FTQFDJmDJEBEF�EJGFSFODJBEB �P�RVF�KVTUJmDB�VNB�SFnFYÍP�TPCSF�P�UFNB�Objectivo: Contribuir para o aprimoramento do cuidado desenvolvido à pessoa idosa no contexto de uma UCI a partir de novos olhares, pensamentos e formas de actuação..FUPEPMPHJB��&TUVEP�EF�BCPSEBHFN�SFnFYJWB�CBTFBEP�OVNB�SFWJTÍP�CJCMJPHSÈmDB�Resultados: O cuidado da pessoa idosa em UCI contínua a ser semelhante a qualquer pessoa adulta, sem consideração pelas suas peculiaridades, alterações orgânicas, psicológicas e sociais.[1] A SFMBÎÍP� FTUBCFMFDJEB� FOUSF� QSPmTTJPOBJT� EF� TBÞEF� F�pessoa idosa tende a ser verticalizada, fragmentada, centrada no conhecimento estruturado, nos procedimentos terapêuticos, nas normas e rotinas institucionais.[1,2] A prática quotidiana ainda é norteada pelo paradigma positivista, apresenta um enfoque mais técnico do fazer, voltado para a execução das tarefas.3 %F� VNB� GPSNB� JOnFYÓWFM� F� QPS� WF[FT� EFTDVJEBEB� B�pessoa idosa pode vivenciar a dependência física, impessoalidade, despersonalização do seu corpo, conformismo e desamparo.[2]

Discussão: O cuidado em UCI será humanizado se houver cumplicidade entre a pessoa idosa e os QSPmTTJPOBJT� FN� EFGFTB� EB� WJEB � VUJMJ[BOEP� P� RVF� B�tecnologia em saúde nos oferece de melhor: o nosso saber, o nosso conhecimento e a nossa relação com o outro.[1] Para um agir competente e responsável, os QSPmTTJPOBJT�JOTFSJEPT�OVN�BNCJFOUF�EF�UÍP�TPmTUJDBEB�tecnologia, precisam associar à competência técnico-DJFOUÓmDB�VNB�DPNQFUÐODJB�IVNBOB�F�ÏUJDB��1SFDJTBN�estar presentes por inteiro, darem o melhor de si, acolherem a pessoa idosa na sua integralidade compreendendo a forma como se constrói a sua identidade e sua história de vida. [4]

Conclusão: Ninguém pode contestar a importância e a valorização da dimensão técnica do cuidado no contexto intensivo, apenas a sua sobreposição à dimensão humana. Somente uma prática de cuidado que privilegia a sagrada dimensão do ser e da vida pode emergir em conjunto e harmonia com as tecnologias.5 Consequentemente são requeridas novas habilidades

e capacidades dos seres cuidadores, que extrapolam as capacidades intelectuais e racionais, como: amor, sabedoria, compaixão, solidariedade, intuição, criatividade, sensibilidade e imaginação. [5]

#JCMJPHSBmB�1. Martins JJ, Nascimento ERP. Repensando a tecnologia para o

cuidado do idoso em UTI. ACM arq catarin med. [Internet]. 2005 [cited 2012 Apr 28]; 34(2): 49-55. Available from: http://www.acm.org.br/revista/pdf/artigos/284.pdf

2. 'FSOBOEFT�.+$ �4JMWB�"-��4JHOJmDBEPT�EP�$VJEBEP�EF�&OGFSNBHFN�à Pessoa Idosa em Cuidados Intensivos. In: Silva AL, Gonçalves LHT, editoras. Cuidado à Pessoa Idosa: Estudos no Contexto Luso-Brasileiro. Porto Alegre: Editora Sulina; 2010. p. 49-109.

3. Bolela F. A humanização em terapia intensiva na perspectiva da equipe de saúde [Dissertação]. Ribeirão Preto: Programa de Pós-Graduação em Enfermagem Fundamental da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo; 2008.

4. Bettinelli LA, Waskievicz J, Erdmann AL. Humanização do cuidado no ambiente hospitalar. Mundo saúde. [Internet]. 2003 [cited 2012 Apr 30]; 27(2): 231-9. Available from: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/is_digital/is_0403/pdf/IS23(4)111.pdf

5. Silva AL. Cuidado transdimensional: um novo paradigma para a saúde. São Caetano do Sul (SP): Yendis; 2007.

2� (QYHOKLFLPHQWR� 3RSXODFLRQDO� 5HÁHFWLGR� GR�Internamento em Cuidados intensivosFernandes J1, Morgado M1

1 Serviço de Medicina Intensiva do Hospital Infante D. Pedro - Aveiro

Introdução: A longevidade humana e as alterações no padrão epidemiológico da sociedade portuguesa determinam novas necessidades em saúde que apelam a uma abordagem integradora e humanizada. A gravidade das patologias que afectam a população idosa fazem crescer o percentual de admissões em unidades de cuidados intensivos (UCI). Evidência RVF� JNQÜF� VNB� BUJUVEF� SFnFYJWB� SFMBUJWBNFOUF� Ë�efectividade da aplicação de recursos e à forma como o processo de cuidado vem sendo desenvolvido neste serviço. Objectivo: Compreender como a tendência do FOWFMIFDJNFOUP�TF�SFnFUF�OP�JOUFSOBNFOUP�EB�QFTTPB�idosa em UCI..FUPEPMPHJB��&TUVEP�EF�BCPSEBHFN�SFnFYJWB�CBTFBEP�OVNB�SFWJTÍP�CJCMJPHSÈmDB�Resultados: Com o envelhecimento da população, a idade média dos doentes internados em UCI aumentou nos últimos anos[1,2,3]. As pessoas idosas são responsáveis por 42% a 52% das admissões e consomem cerca de 60% das diárias disponíveis [4]. Estando o envelhecimento associado a perda da massa e força muscular, decréscimo das reservas

Page 88: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 85 | 89

C I P

mTJPMØHJDBT� DBSEJPWBTDVMBS � QVMNPOBS� F� SFOBM � FYJTUF�um aumento do risco de falência progressiva dos órgãos4. A taxa de mortalidade é elevada, oscilando entre 8,0 e 19%. [1,2]

Discussão: O tratamento intensivo das pessoas idosas parece estar associado à relação custo/benefício pouco compensadora.[3] Contudo, a idade por si só não determina um pior prognóstico. São elementos merecedores de ponderação no processo de decisão: gravidade da disfunção aguda, capacidade funcional e o grau de independência previamente ao internamento, presença de doenças terminais, número de disfunções orgânicas, sequelas preexistentes, proposta de tratamento, resultados prováveis e o risco de complicações inerentes ao internamento em UCI. [7,8]

Conclusão: Compreender a heterogeneidade da pessoa idosa, a relação entre as suas doenças e os factores promotores da descompensação clínica DPOTUJUVÓ�P�HSBOEF�EFTBmP�EB�6$*��"�JEBEF�DSPOPMØHJDB�OÍP�SFnFDUF�EF�GPSNB�IPNPHÏOFB �B�BNQMB�HBNB�EF�alterações funcionais nos diversos órgãos nobres. A capacidade de reacção da pessoa idosa frente às solicitações agudas pode variar amplamente, tornando inviável a generalização. Inevitavelmente, a decisão do internamento deve explorar com sensibilidade as necessidades médicas, emocionais, espirituais, sociais e psicológicas para avaliar se essa é a melhor resposta aos objectivos do cuidado [8]. A conduta terapêutica a ser empregue deve conciliar a informação objectiva e os melhores interesses da pessoa idosa doente.

#JCMJPHSBmB1. Nagappan R, Parkin G. Geriatric critical care. Crit Care Clin

2003;19:253-270.2. Lefering R, Zart M, Neugebauer EA. Retrospective evaluation of

UIF�TJNQMJmFE�5IFSBQFVUJD� *OUFSWFOUJPO�4DPSJOH�4ZTUFN� 5*44����in a surgical intensive care unit. Intensive Care Med. 2000; 26(12): 1794-802.

3. Orlando JMC. O Idoso na UTI: Idade Não é Documento. In: Orlando JMC, editor. UTI muito além da técnica... a humanização e a arte do intensivismo. São Paulo: Atheneu; 2001. p. 55-8.

4. Marik PE. Management of the critically ill geriatric patient. Crit Care Med. 2006 Sept; 34(9 Suppl):S176-82.

5. Silva TJA, Jerussalmy CS, Farfel JM, et al. Predictors of in-hospital mortality among older patients. Clinics 2009; 64:613-8.

6. Somme D, Maillet JM, Gisselbrecht M, Novara A, Ract C, Fagon JY. Critically ill old and the oldest-old patients in intensive care: short-and long-term outcomes. Intensive Care Med. 2003; 29(12):2137-43.

7. Fonseca AC, Fonseca MJM. Cuidados paliativos para idosos na unidade de terapia intensiva: realidade factível. Sci med [Internet]. 2010 [cited 2012 Mar 24];20(4):301-9. Available from: http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/scientiamedica/article/viewFile/7510/5829

8. Rocker G. Controversial issues in critical care for the elderly: a perspetive from Canada. Crit Care Clin. 2003; 19(4): 811-25.

Técnicas de substituição renal numa Unidade de Cuidados IntensivosCatarina Silva1, Aníbal Marinho2

1 Instituto de Ciências Biomédicas de Abel Salazar2 Serviço de Cuidados Intensivos - Hospital de Santo António / Centro Hospitalar do Porto

Introdução: A lesão renal aguda (LRA) em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) é uma situação frequente, fazendo, habitualmente, parte de uma falência multiorgânica, com elevadas taxas de morbimortalidade, sendo que 5% destes doentes necessitam de uma técnica de substituição renal (TSR).O método dialítico mais apropriado para o doente crítico é ainda motivo de bastante controvérsia, não sendo, na actualidade, possível estabelecer qual o método ideal. Objectivos: Quais as TSR utilizadas frequentemente em 6$*��7FSJmDBS�TF�FYJTUFN�EJGFSFOÎBT�SFMBUJWBNFOUF�BPT�EBEPT�EFNPHSÈmDPT�F�Ë�HSBWJEBEF�EP�FTUBEP�DMÓOJDP�dos doentes que motivem a selecção da técnica.Material e métodos: Estudo retrospectivo tendo-se procedido à avaliação das TSR utilizadas, numa UCI, por um período de 5 anos. Avaliados todos os doentes que apresentavam registos completos relativos à TSR. 1SPDFEFV�TF� Ë� SFDPMIB� EPT� EBEPT� EFNPHSÈmDPT �valores analíticos da função renal no início da técnica, índices de gravidade na admissão e início da técnica, aminas vasopressoras no início da técnica e taxa de NPSUBMJEBEF��*ODMVÓEPT�BQFOBT�EPFOUFT�DPN�ö����BOPT�Resultados: Foram avaliados 189 doentes: idade 59,6 ±16,1(63), 58,7% do sexo masculino, com predomínio do foro médico (66,7%) e cirúrgico urgente (13,6%), com SAPS II 51,3 ±19,9(51), SOFA na admissão 9,9 ±3,9(9), SOFA no início da técnica 11,7±4,1(12) e uma taxa de mortalidade global de 50,8%. Relativamente BP�UJQP�EF�UÏDOJDB�VUJMJ[BEB �WFSJmDPV�TF�RVF�132 doentes efectuaram TSR contínuas: idade 59,4 anos±16,2(63), 56,1% do sexo masculino, com predomínio do foro médico (72,7%) e cirúrgico urgente (13,6%), com SAPS II 51,4±21(52), SOFA na admissão 9,8±3,5(9), SOFA no início da técnica 12,3±3,8(12), uma taxa de mortalidade de 59%, creatinina no início da técnica 3,4±1,8 (3,1) e noradrenalina (NA) no início EB�UÏDOJDB�� ��çH�,H�NJO��� �� ��57 doentes efectuaram TSR intermitente: idade 60±15,9(62), 63,2% do sexo masculino, com predomínio do foro médico (54,4%) e transplante (15,8%), com SAPS II 46,6±16,8(45), SOFA na admissão 10,1±4,5%(10,5), SOFA no início da técnica 10,5±4,5(11), uma taxa de mortalidade de 31,6%, creatinina no início da técnica 4,6±2,8(4,1) e NA no JOÓDJP�EB�UÏDOJDB�� ��çH�,H�NJO��� ���

Page 89: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 86 | 89

POSTERS

Discussão/Conclusão: Tal como evidenciado em outros estudos, no Serviço de Cuidados Intensivos do Centro Hospitalar do Porto, a gravidade do estado clínico da admissão, bem como a necessidade de um maior suporte por aminas vasopressoras são factores preponderantes relativamente ao tipo de técnica a seleccionar.

Choque Séptico em doente Imunodeprimido – a propósito de um caso clínicoCláudia Moreira1,2, Ofélia Afonso2, Fernando Coelho2, Anabela Martins2 e Filomena Faria2

1. Serviço de Hematologia Clínica, Centro Hospitalar do Porto2. Serviço de Cuidados Intensivos, Instituto Português de Oncologia do Porto

Introdução: O tratamento de neoplasias hematológicas é frequentemente acompanhado de complicações infecciosas que podem comprometer o sucesso do tratamento independentemente do prognóstico inicial. Objectivo: Reportar caso de choque sético associado a aplasia medular pós quimioterapia (QMT) em adulto jovem com Leucemia Linfoblástica Aguda associada BP�DSPNPTTPNB�EF�'JMBEÏMmB�--"�1I��Caso ClínicoDoente de 38 anos, previamente saudável. Encaminhada a Centro Oncológico de referência em Dezembro de 2012 com diagnóstico de LLA 1I��� *OJDJPV� 2.5� B� ����������� DPN� FTRVFNB�intensivo (HyperCVAD) e inibidor da tirosina cinase 5,*�� %���� ��� DJDMP � nadir de QMT, dor abdominal intensa, assumida como secundária a vincristina, excluído abdómen agudo. Instalação de choque, necessidade de suporte vasopressor e ventilatório, admitida do Serviço de Cuidados Intensivos (SCI), SOFA 17, APACHEII 26, SAPSII 67. Isolada E. coli em hemoculturas, cumpriu terapêutica com antibioterapia de largo espectro. Monitorização hemodinâmica: choque séptico com depressão da função miocárdica. Suporte vasopressor e inotrópico durante vários dias: noradrenalina na dose máxima de 7.2 µg/kg/min (isquemia extremidades); dobutamina 20.0 µg/kg/NJO�� *OTVmDJÐODJB� SFOBM� BHVEB� DPN� OFDFTTJEBEF� EF�técnica de substituição renal contínua. Investigação JNBHJPMØHJDB� TFN� JEFOUJmDBÎÍP� EF� PVUSPT� GPDPT��Lavado broncoalveolar e brônquico sem isolamentos; virologia e serologias negativas..JFMPHSBNB� FN� %���� EP� ��� DJDMP� DPN� SFTQPTUB�citológica, fez em ambiente de SCI 2º ciclo de QMT. Apesar da melhoria clínica, desmame ventilatório difícil por tetraparésia do doente crítico, necessidade

de reintubação complicada com traqueobronquite nosocomial sem isolamento etiológico. Alta do SCI aos 43 dias, alta hospitalar aos 115 dias. Aspergilose pulmonar detectada em Agosto de 2013, cumpriu 12 semanas de Voriconazol, actualmente sem evidência de lesão pulmonar. Follow up ao ano com doença residual mínima sob terapêutica de manutenção, fez no total 7 ciclos de Hyper CVAD; aguarda alo-transplante de medula óssea (alo-TMO).$PODMVTÍP�� "EVMUPT� KPWFOT� DPN� --"� 1I� � UÐN� VNB�taxa de mortalidade global > a 70%, que é reduzida para cerca de 40% quando tratados com esquemas EF� 2.5� JOUFOTJWB� F� 5,* � TFHVJEP� EF� BMP�5.0�� "�JOUFOTJmDBÎÍP� UFSBQÐVUJDB� DPOEJDJPOB� BVNFOUP� EBT�complicações infeciosas; a admissão em ambiente de DVJEBEPT� JOUFOTJWPT� F� TVQPSUF� BSUJmDJBM� EF� ØSHÍP� FN�tempo útil é determinante para a melhoria do outcome.

A emergência médica que se esconde numa dor abdominal: um caso de púrpura trombocitopénica trombóticaCristiana Almeida1, Dilia Valente1, Márcia Leite1, Margarida Correia1, Nuno Pereira1, Janine Resende1, Luísa Magalhães1, Marta Sousa1, João Valente1, Vitor Paixão Dias1

1Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho. EPE (CHVNG/E.EPE), Unidade de Cuidados Intermédios de Medicina

Introdução e Objectivos: O diagnóstico da causa de uma dor abdominal pode ser difícil e muitas vezes crucial para garantir a sobrevida. A púrpura trombocitopénica trombótica (PTT) é o exemplo de uma causa rara, que se pode manifestar de diversas GPSNBT � EJmDVMUBOEP� P� TFV� EJBHOØTUJDP � NBT� RVF�quando reconhecida deve ser tratada de imediato.Material e Métodos: Descrição de caso clínico Resultados e Discussão: Mulher de 47 anos, corticeira, ex-fumadora, com antecedentes de trombose venosa profunda dos membros inferiores (MI) (6 anos antes), admitida com queixas de epigastralgia e náuseas com 1 mês de evolução, e alterações do discurso desde a noite anterior. À admissão com estabilidade hemodinâmica, febre, mucosas descoradas, petéquias e equimoses dispersas nos MI, sem outras alterações. Analiticamente, a destacar anemia hemolítica microangiopática, trombocitopenia grave e LDH aumentada, sem alterações do leucograma ou da função renal. Perante PTT suspeita, decidido internamento na unidade de cuidados intermédios de medicina e o início imediato de plasmaferése (PEX), corticosteróides e transfusão de glóbulos vermelhos. No internamento apresentou evolução

Page 90: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 87 | 89

C I P

lenta e progressiva com cedência das queixas iniciais e da febre nas primeiras 24h, mas necessidade de 10 sessões de PEX para atingir estabilidade clínica hematológica. No entretanto apresentou intercorrências decorrentes da PEX, como queixas de dispneia com hipoxemia imediatamente após as sessões e parestesias que se resolveram com baixa dose de diurético e suplementação de O2, e de cálcio, respectivamente. Do estudo inicial da PTT: ADAMTS13 com atividade reduzida e anticorpos anti-ADAMTS13 negativos; excluída medicação associada ou gravidez; e estudo virológico, serológico e imunológico e QSPUPQPSmSJOBT�OFHBUJWPT��"QØT�B�BMUB�EPFOUF�NBOUFWF�seguimento e completou estudo: TAC torácico com nódulo pulmonar no lobo médio (6 para 10mm em 3 meses), adenomegalias mediastínicas e abdominais JOFTQFDÓmDBT�� 1&5� TFN� BWJEF[�� CSPODPmCSPTDPQJB�sem lesões e citologia negativa. Após 7 meses, doente apresentou recidiva da PTT com necessidade de PEX e corticosteróides, com boa resposta.Conclusões: Este caso revela a importância do conhecimento das alterações típicas da PTT, dado não FYJTUJS�VN�UFTUF�FTQFDÓmDP�QBSB�P�TFV�EJBHOØTUJDP��"�155�DPOTUJUVJ�VN�EFTBmP�NÏEJDP �RVFS�QFMB�FNFSHÐODJB�EF�cuidados necessária, quer em termos de tratamento F�QSFWFOÎÍP�EF�GVUVSBT�SFDJEJWBT�QFMB�EJmDVMEBEF�EF�diagnóstico das condições associadas).

Implicações Clínicas do Síndrome de Isquémia-5HSHUIXVmR�GRV�0HPEURV�P. Fernandes1, J. Figueiredo1, J. Marques1, Pais Martins2, A. Ferreira3

1 Interna de Anestesiologia2 Chefe de Serviço / Coordenador da UCI3 Chefe de Serviço / Directora do Departamento de AnestesiologiaHospital S. Francisco Xavier - Centro Hospitalar Lisboa Ocidental

Introdução: Lesão de reperfusão é o termo utilizado para descrever as alterações, estruturais e funcionais, que PDPSSFN�EVSBOUF�P�SFTUBCFMFDJNFOUP�EP�nVYP�TBOHVÓOFP�após um período de isquémia. A revascularização acarreta efeitos deletérios associados à necrose das células lesadas, à lesão do endotélio vascular e à libertação de produtos resultantes da necrose celular e radicais livres de oxigénio para a circulação aquando EP�SFTUBCFMFDJNFOUP�EP�nVYP�TBOHVÓOFP�Existem vários relatos na literatura sobre o risco de revascularização arterial das extremidades

isquémicas, descritos inicialmente como síndrome metabólica mionefropática ou síndrome de reperfusão. A tolerância dos tecidos à isquémia varia com a natureza do tecido e directamente com a presença/ausência de circulação colateral. O músculo esquelético é o tecido preponderante nos membros e é aquele que é mais vulnerável à isquémia apresentando um tempo de isquémia crítica de 4-6h.Material e Métodos: Sexo masculino, 74 anos, ASA III, com antecedentes de osteoartrose secundária pós-traumática da anca direita, proposto para cirurgia electiva de remoção de placa e parafusos do colo do fémur e artroplastia total da anca. %VSBOUF� P� QSPDFEJNFOUP� DJSÞSHJDP� IPVWF� EJmDVMEBEF�de remoção da cabeça do fémur que complicou com fractura do grande trocanter e hemorragia vascular de médio calibre com necessidade de suporte transfusional. À saída do bloco operatório constatou-se arrefecimento do membro inferior direito e ausência de pulsos tendo sido documentada por angio-TAC BVTÐODJB�EF�nVYP�BSUFSJBM�B�KVTBOUF�EB�BSUÏSJB�GFNPSBM�direita. O doente retornou ao bloco operatório, em choque hipovolémico e oligo-anúria tendo sido submetido a cirurgia de revascularização do membro inferior com reparação da artéria ilíaca externa. Durante a permanência na UCI manteve-se em choque refractário com lesão renal aguda por rabdomiólise e necessidade de terapêutica de substituição renal que evoluiu para falência multiorgânica e óbito ao 4º dia de internamento.Discussão e Conclusões: A gravidade e a duração da isquémia determinam o grau de lesão muscular. No caso clínico exposto a revascularização ocorreu após um período de isquémia de 5h. A reperfusão do UFDJEP� JTRVÏNJDP� BTTPDJB�TF� B� SFTQPTUB� JOnBNBUØSJB�local e sistémica que condiciona aumento difuso da permeabilidade vascular, hipovolémia e hipoperfusão e libertação para a circulação de produtos de necrose muscular e radicais livres de oxigénio. Todos estes factores contribuem para a falência multiorgânica.A chave para antecipar as consequências da reperfusão relaciona-se com a necessidade de compreender as alterações progressivas que acontecem no tecido isquémico até à morte celular. A reperfusão de tecidos em que se atingiu o limiar crítico de isquémia pode acarretar consequências graves pelo que se deve ponderar o risco-benefício da revascularização vs. amputação do membro.

Page 91: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 88 | 89

POSTERS

)DWDO�DFXWH�SXOPRQDU\�HGHPD�LQGXFHG�E\�FRQWUDVW�- rare but realBlandina Gomes, Filipa LagartoDepartamento de Anestesia, Cuidados Intensivos e

Emergencia - CHP

Background: Although adverse reactions to radiographic contrast media (RCM) occurs in 1% to 4.7% of procedures, there are only a few reports of noncardiogenic pulmonary edema1. Pulmonary edema is reported to be seen in 10–20% of cases of fatal reactions to intravenous RCM2.

5IF� QVMNPOBSZ� DJSDVMBUJPO� JT� UIF� mSTU� JNQPSUBOU�vascular bed to receive RCM following intravenous injection.2 RCM induced pulmonary edema can be due to endothelial injury causing an increase in the permeability of the microcirculation but its exact mechanisms remains unclear.2

Case Report: 62 years-old man, ASA 2, with arterial hypertension but without history of cardio-pulmonary symptoms, went for a CT scan due to an hepatic mass suspected to be an angioma. After 30 ml of a non ionic RCM the patient complained about dyspnea and became polipneic and cyanotic. It rapidly progressed to loss of consciousness. Treatment to anaphilatic shock (500 ug IM adrenaline, 20 mg EV ranitidine, 200 mg EV hydrocortisone) was started and the emergency team was called. On our arrival the patient didn’t show any angioedema but was in cardiac arrest (asystole). We started advanced cardiovascular life support (ACLS) and the patient was intubated immediately. During intubation there wasn’t evidence of airway edema, IPXFWFS�BGUFSXBSET�B�QJOL�GSPUIZ�nVJE�DPQJPVTMZ�DBNF�out of the tube. We continued ACLS, for 40 min with GSFRVFOU�UVCF�BTQJSBUJPO�PG�UIF�QJOL�GSPUIZ�nVJE��5IFSF�was a period of return of circulation but only for 2 minutes followed by a new cardiac arrest.

The autopsy report was in accordance to the clinical mOEJOHT�PG�BDVUF�QVMNPOBSZ�FEFNB�BOE�UIF�FEFNBUPVT�nVJE�QSPUFJO�TFSVN�QSPUFJO�SBUJP�XBT���� �JOEJDBUJOH�UIBU�the edema was caused by increased permeability of the alveolar capillary membrane.

Discussion: Although some cases have been described in the literature this is a rare adverse event after administration of RCM. The misdiagnose and the delayed treatment had a part in this fatal outcome. As anesthesiologists, we should be familiar with this condition, as we are frequently part of a team, not only in the emergency setting but also in the setting of scheduled radiologic procedures.

1. J Allergy Clin1995(96):698-9; 2.Br J Radio2003(76):290–295

3URORQJHG� DSQHD� DIWHU� JHQHUDO� DQHVWKHVLD� LQ� D���� \HDU�ROG� ZRPDQ� ZLWK� DQ� XQNQRZQ� SODVPD�SVHXGRFKROLQHVWHUDVH·V�GHÀFLHQF\�²� WKH� ,QWHQVLYH�Care Unit approach and managementBlandina Gomes, Ágata Areias, Heloisa CastroDepartamento de Anestesia, Cuidados Intensivos e

Emergência - CHP

Background: Apnea after general anesthesia (GA) can be caused by mechanical, hemodynamic or pharmacologic factors. Pseudocholinesterase (PCE) EFmDJU� JT� BO� VOVTVBM� DBVTF� GPS� BQOFB� BGUFS� ("� CVU�should be considered when succinylcholine (Sch) is used.

PCE is a plasmatic enzyme that hydrolyzes SCh. *UT� EFmDJFODZ� DBO� CF� DBVTFE� CZ� HFOFUJD� JOIFSJUFE�condition: heterozygous 1:25 and homozygous 1:2000) and non genetic (advanced age, renal disease and in critical ill) factors and results in prolongation of SCh’s neuromuscular blockade (NMB).1,2

Case Report: A 83-year-old women (50kg/150cm), "4"�� XJUI�IJHI�CMPPE�QSFTTVSF�BOE�BUSJBM� mCSJMMBUJPO �undergoes GA for a laparotomy, in a small hospital. Initial creatinine level was 3,2 mg/dL.

ASA standard monitors were used and induction proceeded with midazolam, fentanyl (50ug) and Sch ��NH��.BJOUFOBODF�XBT�XJUI�NJEB[PMBN� BOE� �����20mg of rocuronium (20 min after Sch) but no NMB monitor was used. Surgery underwent uncomplicated and no more opioids were used. NMB was reversed XJUI���NH�,H�PG�TVHBNNBEFY�BCPVU�POF�IPVS�BGUFS�EF�last dose of rocuronium. The patient was extubated, but due to apnea/respiratory paralysis, reintubation XBT�OFFEFE��/BMPYPOF�BOE�nVNB[FOJM�XFSF�HJWFO�CVU�apnea persisted.

Due to lack of ICU beds, the patient was transferred to our hospital.

On arrival, suspecting of residual neuromuscular block, we monitored NMB with TOF ratio and there were no TOF or post-tetanic responses. PCE assay showed 828 U/L (normal:5320-12920 U/L) and dibucaine number suggested a common phenotype for this enzyme. CT Scan was normal. So, we assign the apnea to a PCE EFmDJU �XIJDI�FYQMBJOT�UIF�QSPMPOHFE�BDUJPO�PG�4DI��8F�kept monitoring the NMB until we obtained TOF>90% (±20h after Sch administration). Then, sedation was stopped and ventilatory withdrawing progressed successfully until extubation.

Discussion: Although this is a rare condition and an uncommon anesthetic complication, it is potentially fatal.

In this case, prolonged muscle paralysis may be due to: administration of SCh in a patient with PCE

Page 92: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 | pag | 89 | 89

C I P

EFmDJU� QPTTJCMZ� OPO� HFOFUJD � EFMBZFE� FMJNJOBUJPO�of rocuronium due to kidney injury and use of NMB agents without monitoring.Intensivists should be aware of this condition and consider it as a possible cause of apnea after GA when Sch is used. NMB monitoring could help the differential EJBHOPTJT�� "O� JEFOUJmDBUJPO� DBSE� GPS� 1$&� EFmDJFODZ�should be written and the patient should always carry it.

1. Anesthesia & Analgesia 1993;77:183-5; 2.International Journal of Pediatric Otorhinolaryngology 76(2012)149-151

Ventilação Não Invasiva no Serviço de Cuidados IntensivosSusana Ferreira, J Chaves Caminha, Pedro Vita, Sónia André, Fernando Guedes, Aníbal Marinho, Fernando RuaServiço de Cuidados Intensivos, Hospital de S. António – Centro Hospitalar do Porto

Introdução: A ventilação não invasiva (VNI) é uma alternativa para suporte ventilatório em doentes com JOTVmDJÐODJB� SFTQJSBUØSJB� RVF� UFN� BMBSHBEP� BT� TVBT�indicações ao longo das últimas décadas, sendo actualmente uma estratégia terapêutica bem aceite em diversas patologias. Objectivos e Metodologia: Avaliação retrospectiva dos resultados da utilização da VNI numa amostra BMFBUØSJB�EF�����EPFOUFT�DPN�JOTVmDJÐODJB�SFTQJSBUØSJB�aguda ou crónica agudizada, internados no Serviço de Cuidados Intensivos 1 (SCI) do Centro Hospitalar do Porto nos anos de 2012-2013. Resultados: Foram incluídos 134 doentes, 56% do sexo masculino, idade média de 73 anos. O motivo de

internamento mais frequente foi médico (70 doentes), seguido de cirurgia programada (18). Apenas 31,6% dos doentes apresentavam o diagnóstico de DPOC.A grande maioria (79,7%) foi submetida a VNI sem prévia entubação oro-traqueal (EOT), 16,4% realizou após extubação e 3,7% para extubação, sendo que 73,7% dos doentes realizaram VNI em Cuidados Intermédios.Na globalidade destes doentes, 75% não foram ventilados invasivamente. No subgrupo dos doentes DPN� VUJMJ[BÎÍP� DPOUÓOVB� ��� WFSJmDPV�TF� VNB� NBJPS�falência da VNI (26), com uma mortalidade hospitalar de 17,9%.A taxa de mortalidade no SCI foi 14,8%, e no Hospital 26,9%. Dos 36 doentes falecidos 15 não apresentavam indicação para EOT ou reintubação. Dos 17 doentes submetidos a VNI sem indicação para EOT ou reintubação 7 tiveram alta do SCI, mas apenas 2 tiveram alta do Hospital. Dos 29 doentes ventilados invasivamente, 13 faleceram no Hospital (44,8%).Nos 27 doentes submetidos a VNI para ou após extubação, apenas 9 apresentavam o diagnóstico de DPOC (33%), 70% (19 doentes) não tiveram necessidade de reintubação. A mortalidade no SCI foi 11% e no Hospital 37%. Nos 8 doentes em que não evitou a reintubação, 1 faleceu no SCI e 2 no Hospital.Nos 21 doentes com diagnóstico de pneumonia a VNI teve sucesso em 66,7% e a mortalidade no SCI foi 19% e no Hospital 28,6%. Conclusão: Observamos um elevado sucesso com a utilização de VNI, sem necessidade de avançar para EOT e VMI em cerca de ¾ dos doentes. Dois grupos merecem particular referência pela taxa de sucesso encontrada, embora tenha que ser validada numa amostra maior: os doentes com pneumonia e aqueles submetidos a VNI como técnica preventiva ou curativa EB�JOTVmDJÐODJB�SFTQJSBUØSJB�BQØT�B�FYUVCBÎÍP�

Page 93: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4

Associação de Cuidados Intermédios Médicos

w w w . a c i m e d . n e t

cursos ACIM 2014

• Intoxicações agudas17 de maio

• hepatites agudas21 de junho

• cirrose hepática: complicações agudas27 de setembro

• acessos vasculares15 de novembro

+ informações

Page 94: Cuidados Interm dios - ACIM · 2017-06-22 · Cuidados Intermédios em Perspectiva FEVEREIRO 2014 VOLUME 4 CUIDADOS INTERMÉDIOS EM PERSPECTIVA REVISTA CIENTÍFICA Os 50 anos do Serviço

ISSN: 2183 - 1599