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    CULTIVO PROTEGIDO DE HORTALIAS COM NFASE NA HIDROPONIA 1

    PEDRO ROBERTO FURLANI2

    ([email protected]), LUIS CLAUDIO PATERNOSILVEIRA ([email protected]), DENIZART BOLONHEZI ([email protected]),

    VALDEMAR FAQUIN ([email protected])

    1. INTRODUO

    A hidroponia, termo derivado de duas palavras de origem grega hidro, que significa

    gua e ponia que significa trabalho est se desenvolvendo rapidamente como meio de

    produo vegetal, principalmente de hortalias sob cultivo protegido. A hidroponia uma

    tcnica alternativa de cultivo protegido, na qual o solo substitudo por uma soluo aquosa

    contendo apenas os elementos minerais essenciais aos vegetais (Graves, 1983; Jensen &

    Collins, 1985; Resh, 1996).

    Desde a criao do termo "hidropnico" pelo pesquisador da Universidade da Califrnia,

    Dr. W. F. Gericke na dcada de 30, a tcnica de produo de plantas sem solo vem sendopopularizada. Segundo Benoit & Ceustermans (1995), a despeito do maior custo inicial para

    instalao, vrias so as vantagens do cultivo comercial de plantas em hidroponia, as quais

    podem ser resumidas como a seguir: padronizao da cultura e do ambiente radicular;

    drstica reduo no uso de gua ; eficincia do uso de fertilizantes; melhor controle do

    crescimento vegetativo; maior produo, qualidade e precocidade; maior ergonomia no

    trabalho; maiores possibilidades de mecanizao e automatizao da cultura.

    No Brasil, tem crescido nos ltimos anos o interesse pelo cultivo em hidroponia,

    predominado o sistema NFT (Nutriente Film Technique). Muitos dos cultivos hidropnicos no

    obtm sucesso, principalmente devido ao desconhecimento dos aspectos nutricionais deste

    sistema de produo, isto , formulao e manejo mais adequado das solues nutritivas.

    Outros aspectos que tambm interferem, esto relacionados com o tipo de sistema de cultivohidropnico. Para a instalao de um sistema de cultivo hidropnico necessrio tambm, que

    se conhea detalhadamente as estruturas bsicas necessrias que o compe (Castellane &

    Araujo, 1994; Cooper, 1996; Faquin et al., 1996; Martinez & Silva Filho, 1997; Furlani, 1998).

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    diversas envolvendo diferentes componentes inorgnicos e orgnicos. A principal funo do

    substrato a sustentao da planta, reteno de umidade e espao poroso para aerao;

    B) Fechado onde a soluo com os nutrientes reaproveitada aps passar pelas

    razes das plantas. Neste sistema tambm podero ser usados substratos.

    No sistema de cultivo em gua, existem trs principais tipos:

    a) NFT tcnica do fluxo laminar de nutrientes Este sistema composto

    basicamente de um tanque de soluo nutritiva, de um sistema de bombeamento, dos canais

    de cultivo e de um sistema de retorno ao tanque. A soluo nutritiva bombeada aos canais eescoa por gravidade formando uma fina lmina de soluo que irriga as razes;

    b) Raiz flutuante ou floating ou soluo nutritiva aerada. Neste sistema a soluo

    nutritiva forma uma lmina profunda (5 a 20 cm) onde as razes ficam submersas. No existem

    canais e sim uma mesa plana onde fica circulando a soluo, atravs de um sistema de

    entrada e drenagem caractersticos;

    c) Aeroponia as razes ficam num ambiente fechado onde recebem a gua e os

    nutrientes atravs de uma nebulizao com soluo nutritiva.

    No Brasil, tem crescido nos ltimos anos o interesse pelo cultivo em hidroponia,

    predominando o sistema NFT(Nutriente Film Technique), ou seja, a tcnica do fluxo laminar de

    nutrientes, e em substratos. Muitos dos cultivos hidropnicos no obtm sucesso, devido ao

    desconhecimento dos aspectos de manejo nutricional desse sistema de produo.Em cultivos hidropnicos, a absoro geralmente proporcional concentrao de

    nutrientes na soluo prxima s razes sendo muito influenciada pelos fatores do ambiente,

    tais como; salinidade, oxigenao, temperatura e pH da soluo nutritiva, intensidade de luz,

    fotoperodo, temperatura e umidade do ar (Adams, 1992; Adams, 1994).

    Neste contexto, o presente artigo enfoca aspectos importantes pertinentes construo

    e montagem de sistemas hidropnicos, as alternativas para a produo de mudas e aos

    critrios para o preparo de solues nutritivas e de reposio de nutrientes durante o

    crescimento das plantas. Nos prximos tpicos, so fornecidos os detalhes estruturais de cada

    sistema, bem como os pormenores de montagem e manuteno destas estruturas.

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    2.1 RESERVATRIO

    Os reservatrios ou tanques de soluo podem ser construdos de diversos materiais,

    como plstico PVC, fibra de vidro ou de acrlico, fibrocimento e alvenaria. Os tanques de

    plstico PVC e de fibra tem sido os preferidos devido ao menor custo, facilidade de manuseio

    e, por serem inertes, no necessitam de qualquer tratamento de revestimento interno. J os

    tanques construdos em alvenaria bem como as caixas de fibrocimento necessitam do

    revestimento interno com impermeabilizantes destinados a este fim. O mais comumenteutilizado e com bons resultados a tinta betuminosa (Neutrol), mas pode-se optar pela

    impermeabilizao com lenol plstico preto. Sem estes cuidados a soluo nutritiva, por ser

    corrosiva, poder ser contaminada por componentes qumicos presentes na constituio

    desses materiais.

    O depsito deve ser colocado em local sombreado e enterrado, para evitar a ao dos

    raios solares, alm de ser vedado para evitar a formao de algas e a entrada de animais de

    pequeno porte. Sua instalao deve ser preferencialmente abaixo do nvel da tubulao de

    drenagem, facilitando o retorno da soluo por gravidade.

    O tamanho do reservatrio vai depender do nmero de plantas e das espcies que

    sero cultivadas. Deve-se obedecer um limite mnimo de 0,1-0,25 Lplanta-1para mudas, de

    0,25-0,5 Lplanta-1para plantas de pequeno porte (rcula, almeiro), de 0,5-1,0 Lplanta -1paraplantas de porte mdio (alface, salsa, cebolinha, agrio, manjerico, morango, cravo,

    crisntemo), de 1,0-5,0 L/planta para plantas de maior porte (tomate, pepino, melo, pimento,

    berinjela, couve, salso, etc.). Quanto maior a relao entre o volume do tanque e o nmero

    de plantas nas bancadas, menores sero as variaes na concentrao e temperatura da

    soluo nutritiva. Entretanto, no se recomenda a instalao de depsitos com capacidade

    maior que 5.000 L, devido maior dificuldade para o manejo qumico (correo do pH e da

    condutividade eltrica CE) e oxigenao da soluo nutritiva. Em caso de contaminao por

    patgenos, um grande nmero de plantas ser perdido, pois um s tanque estar em contato

    com muitas bancadas de cultivo. Recomenda-se a utilizao de um maior nmero de

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    e inferior) tem propiciado dificuldades no manejo qumico da soluo nutritiva, aumentos na sua

    temperatura e no custo de implantao.

    2.2 MOTO-BOMBA e ENCANAMENTOS

    Este conjunto tem a funo de levar a soluo nutritiva s bancadas em quantidade

    suficiente para a irrigao das razes, bem como conduzir a soluo de volta ao tanque aps a

    passagem pelas bancadas. Recomenda-se instalar a moto-bomba afogada ou seja abaixo da

    metade da altura do reservatrio, para impedir a entrada de ar no sistema e conseqente falhano bombeamento, causando danos s plantas. E recomendvel a escolha de bombas cujos

    elementos internos sejam resistentes corroso pela soluo nutritiva.

    Para qualquer sistema NFT a capacidade de vazo do conjunto moto-bomba deve ser

    dimensionada de acordo com o nmero de canais que sero irrigados, considerando-se a

    altura manomtrica e o retorno de soluo ao tanque. Para fins prticos, recomenda-se uma

    vazo de soluo nutritiva nos canais de cultivo de 0,5 a 1,0, 1,5 a 2,0 e 2,0 a 4,0 Lmin -1por

    canal, respectivamente, para mudas, plantas de ciclo curto e plantas de ciclo longo. O resultado

    da multiplicao da vazo necessria pelo nmero de canais a serem irrigados fornece a

    quantidade mnima de litros por minuto para a irrigao das plantas. Considerando-se as

    perdas de carga nas tubulaes, a altura manomtrica de recalque e principalmente a

    necessidade do retorno de parte da soluo ao tanque de armazenamento, aconselha-seaumentar em 50% a vazo calculada. A equao (1) define de forma prtica o clculo da

    vazo necessria de uma bomba dgua para a irrigao das plantas em funo do nmero de

    canais de cultivo e fluxo de soluo por canal de cultivo.

    Vazo da Bomba dgua (m3h-1) = 0,09 x Nmero de canais x Fluxo (Lmin-1canal-1) (1)

    Para sistemas de floating obedecem-se as mesmas regras de dimensionamento do

    sistema hidrulico para NFT, porm neste caso no h canais de cultivo e sim mesas de

    soluo. Deste modo, o clculo feito de acordo com o fluxo de gua que deve circular pela

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    tanque deve-se efetuar o retorno de parte da soluo succionada de volta ao tanque (Figura 1).

    Neste retorno instala-se um dispositivo tipo venturi para a introduo de ar na soluo

    nutritiva armazenada no depsito. A construo do venturi bastante simples: primeiro

    restringe-se o dimetro do cotovelo de retorno colocando-se um tubo interno de menor

    dimetro; externamente reveste-se o cotovelo com um outro tubo de dimetro maior, fazendo-

    se um furo pequeno na lateral para a entrada do ar, que ser succionado automaticamemnte

    pela passagem de soluo pelo tubo interno (Figura 2). Para qualquer sistema hidropnico a

    aerao da soluo obrigatria, mas nas bancadas de floating esta necessidade aindamaior, como ser enfatizado mais adiante.

    (Inserir figuras 1 e 2)

    3. BANCADAS OU MESAS DE CULTIVO

    As bancadas para hidroponia so compostas de suportes de madeira ou outro material

    formando uma base de sustentao para os canais de cultivo, que podem ser de diversos tipos.

    Tambm fazem parte da bancada os materiais para sustentao das plantas que so

    colocados sobre os canais. As dimenses das bancadas normalmente obedecem a certos

    padres, que podem variar de acordo com a espcie vegetal e com o tipo de canal utilizado. A

    altura e largura da bancada variam de acordo com a espcie vegetal: at 1,0 m de altura e 2,0

    m de largura para mudas e plantas de ciclo curto (hortalias de folhas) e at 0,2 m de altura e1,0 m de largura para plantas de ciclo longo (hortalias de frutos), suficientes para uma pessoa

    trabalhar de maneira confortvel nos dois lados da mesa facilitando as operaes de

    transplante, os tratamentos fitossanitrios quando necessrios, os tratos culturais, a colheita e

    a limpeza da mesa. O comprimento da mesa de cultivo no deve exceder os 30 m, para evitar

    variaes na temperatura e nos nveis de oxignio e de sais da soluo nutritiva ao longo do

    canal de cultivo. Alm disso, como normalmente h um desnvel da mesa entre 2 e 4%,

    bancadas muito extensas instaladas em terreno plano ficam com sua parte final muito prxima

    ao solo, prejudicando o manejo e o escoamento da soluo para o tanque de armazenamento

    e aumentando os riscos de contaminaes via solo.

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    por gravidade. Para as bancadas de floating deve-se instalar a base perfeitamente nivelada.

    A altura da base vai depender da espcie vegetal conforme j discutido anteriormente.

    (Inserir figura 3)

    3.2 CANAIS DE CULTIVO

    Os canais de cultivo, por onde escoa a soluo nutritiva so determinantes para o

    sucesso do sistema NFT. A conformao do canal, sua profundidade e largura influem na

    qualidade do produto final colhido e diversos so os tipos de canais que podem ser utilizados.

    a) Filme de pol ietileno/arameA figura 4 ilustra a montagem deste tipo de canal de cultivo para plantas de ciclo curto.

    As bancadas de filme plstico so de construo barata porm trabalhosa, de difcil manuseio e

    manuteno e no permitem variaes no espaamento dos canais e, apesar dos bons

    resultados que promovem, so cada vez menos utilizadas. Para plantas de porte maior, os

    canais dispensam a base de arame para sustentao do filme plstico, pois so apoiados

    diretamente em pequenas valetas abertas no terreno, como ser discutido mais adiante.

    (Inserir figura 4)

    b) Telhas de amianto

    As telhas de amianto com ondas rasas (2,5 cm de altura e espaadas a 7,5 cm) so

    indicadas para a produo de mudas. Para algumas culturas de pequeno porte, como a rcula,

    o almeiro e o agrio, este tipo de canal serve para a conduo das plantas at a fase decolheita. A bancada construda colocando-se as telhas de maneira a ficarem com as

    extremidadades encostadas umas nas outras ou sobrepostas (Figura 5). Normalmente

    possuem 0,5 m de largura por 2,44 m de comprimento. So relativamente baratas mas

    necessitam de ateno na montagem. Primeiramente, necessrio revestir as telhas com filme

    plstico para evitar o contato da soluo nutritiva com o cimento amianto e tambm

    vazamentos. Recomenda-se usar o mesmo tipo de filme plstico usado para a cobertura da

    estufa, porm com no mximo 100 de espessura para facilitar a sua colocao sobre a telha.

    Uma desvantagem que apresentam a limitao no espaamento das linhas da cultura, que

    vo sempre obedecer a mltiplos de 7,5 cm.

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    fenlica.

    c) Tubos de PVC

    Os canos de PVC utilizados para esgoto (tubos brancos ou pretos) ou irrigao (azuis)

    so ainda os mais encontrados em sistemas de hidroponia NFT. Serrando-se os canos ao meio

    obtm-se dois canais de cultivo com profundidade igual metade do dimetro do tubo (Figura

    6). Pode-se unir quantos canais forem necessrios, para o que se utiliza de cola para

    encanamentos, silicone e, se necessrio, arrebites.

    (Inserir figura 6)Os canais de PVC servem para todas as fases de desenvolvimento das hortalias mais

    cultivadas. Normalmente para mudas utilizam-se os tubos de 40-50 mm, para fase

    intermediria os de 75-100 mm, e para a fase definitiva ou produo os de 100-200 mm,

    dependendo da espcie cultivada. Para facilitar a limpeza e evitar contato da soluo com o

    PVC, pode-se revestir internamente o canal de cultivo com filme plstico (o mesmo tipo usado

    para revestimento das telhas de fibrocimento) para evitar qualquer contaminao da soluo

    nutritiva pelo contato com o PVC. Tambm aconselhvel a pintura externa dos canos brancos

    com tinta de colorao alumnio para evitar entrada de luz e evitar o aquecimento. Bancadas

    construdas com estes canais so muito versteis pois o usurio pode variar o espaamento

    das linhas de cultivo e escolher as profundidades de acordo com a cultura e sua fase de

    desenvolvimento. Alm disso so leves, de fcil limpeza, no exigindo estruturas muitorobustas para a sua sustentao.

    d) Tubos ou perfis de polipropileno

    Estes tm o formato semicircular e so comercializados nos tamanhos definidos pelo

    dimetro em: pequeno (50 mm), mdio (100 mm) e grande (150 mm) e j contendo furos para a

    colocao das mudas no espaamento escolhido (Figura 7). Embora o seu uso seja muito

    recente tem apresentado bons resultados prticos tanto para mudas, plantas maiores ou

    mesmo para culturas de maior porte, tendo comportamento semelhante ao obtido com tubos de

    PVC, com exceo da limpeza que mais difcil. Para alface e rcula tem sido instalados na

    posio normal, ou seja, com a parte chata para cima o que d maior apoio para as folhas.

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    arame esticado nas pontas com moures e esticadores de modo que fique a uma distncia de

    aproximadamente 20 cm do solo ou da base. Sobre o fundo estende-se o plstico de dupla

    face (preto e branco) (Duplalon) com a face branca para fora ou duas camadas de filme

    plstico, o transparente primeiro e depois o preto, que so dobrados para cima e presos ao

    varal de arame, formando um canal de fundo chato e formato triangular (Fig. 8). A entrada de

    soluo se d por uma linha de canos que percorre a cabeceira dos canais e o escoamento

    ocorre por gravidade at a canaleta de drenagem que leva ao depsito de soluo em nvel

    inferior, enterrado ou no, de acordo com o terreno. Estes canais tambm podem ser utilizadoscom substrato slido. Este tipo de estrutura tem sido usado para as culturas de tomate, pepino,

    pimento e outras de maior porte pois fica mais fcil a sustentao e conduo da parte area,

    uma vez que as plantas esto no nvel do solo, adaptando-se aos sistemas de tutoramento

    apropriados para essas culturas. Alm disso, as extremidades das plantas ficam mais

    afastadas do teto da estufa, onde se acumula o ar quente que pode prejudicar o

    desenvolvimento vegetal, notadamente o florescimento.

    (Inserir figura 8)

    f) Floating ou Piscina

    No sistema DFT no existem canais, mas sim uma mesa ou caixa rasa nivelada onde

    permanece uma lmina de soluo nutritiva. Os materiais utilizados para sua construo

    podem ser madeira, plstico e fibras sintticas (em moldes pr-fabricados).A altura da lateral da caixa de cultivo deve ser de 10 a 15 cm, dependendo da lmina

    desejada, que normalmente varia de 5 a 10 cm. O suporte da mesa tambm pode ser de

    madeira ou de outros materiais, como descrito para as bancadas do sistema NFT. Para a

    manuteno da lmina de soluo deve-se instalar um sistema de alimentao e drenagem

    compatveis, ou seja, a drenagem sempre maior ou igual entrada de soluo, para se manter

    constante o nvel da lmina. Pode-se efetuar os drenos atravs de furos nas laterais da caixa,

    conectados ao sistema de retorno ao tanque. Outra opo fazer apenas as sadas de fundo,

    instalando-se uma ou mais flanges de acordo com a vazo de entrada. Nestas flanges adapta-

    se um pedao de cano de PVC na altura desejada para a lmina. Adicionalmente deve-se

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    Para as mesas pr-fabricadas em material plstico ou fibra de vidro e com revestimento

    interno no necessria a impermeabilizao, mas naquelas feitas de madeira deve-se cobrir

    o fundo e as laterais com dois filmes plsticos, sempre o preto por baixo e o de polietileno

    tratado contra radiao UV por cima, para conferir resistncia aos raios solares.

    Este sistema muito usado para a produo de mudas em bandejas de isopor contendo

    substratos de algodo ou vermiculita, pode apresentar as seguintes vantagens sobre o sistema

    NFT quando utilizado para a produo de plantas adultas: a) promover menor variao da

    temperatura da soluo havendo exemplos de uso no exterior (Flrida, Ilhas do Caribe) sendopouco comum no Brasil; b) possibilitar automao na reposio de gua atravs de bia

    automtica que mantm a altura da lmina constante; c) promover menor variao nas

    concentraes dos nutrientes devido maior relao Lplanta-1que no sistema NFT e facilitando

    o manejo qumico da soluo nutritiva. As desvantagens esto relacionadas com o maior

    volume inicial necessrio de soluo nutritiva por planta, maior risco de aparecimento de algas

    se o sistema no for devidamente protegido da luz solar, e risco de desequilbrio nutricional

    ocasionado pelo uso prolongado da mesma soluo devido componentes qumicos que a

    prpria gua pode conter. Alm disso, neste tipo de cultivo tambm ocorrem os riscos com a

    disseminao de doenas radiculares, com perdas totais das plantas.

    g) Com subst rato

    Dependendo do tipo de substrato para a sustentao das plantas pode-se utilizar asbancadas de canais. Normalmente as telhas so usadas quando o substrato cascalho, areia,

    seixos, pedra britada, argila expandida, cacos de cermica, casca de arroz carbonizada e

    outros. O uso dessa tcnica tem sido restrito devido ao aquecimento do substrato e da soluo

    e pelo desenvolvimento de algas estimulado pela incidncia direta dos raios solares. A

    permanncia de resduos de plantas (folhas e razes) aps a colheita tambm indesejvel

    pois acelera o desenvolvimento de microorganismos indesejveis. Alm disso, na colheita de

    plantas de hortalias de folhas com as razes intactas colhe-se tambm um pouco do substrato

    o que promove a depreciao visual do produto.

    Quando se usa l-de-rocha ou espuma fenlica pode-se utilizar como suporte do

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    de coco, casca de pinus compostada, ou perlita como substrato de enraizamento necessrio

    o cultivo das plantas em sacos ou vasos de plstico. Para hortalias de frutos os vasos de areia

    so bastante utilizados, e o sistema simples: os recipientes so colocados sobre uma base

    baixa, para evitar o contato com o solo e permitir que se instale o sistema se drenagem. Uma

    linha de alimentao de soluo percorre a seqncia de vasos injetando um determinado

    volume durante um certo tempo. A soluo percolar pelo substrato irrigando as razes e o

    excesso ser drenado pelo fundo ou pela lateral do vaso. Pode haver retorno de partculas

    slidas pela linha de drenagem, recomendando-se o uso de um filtro (Figura 10). A freqnciade irrigao ser determinada pela capacidade de reteno de umidade do substrato ou pela

    demanda da evapotranspirao.

    (Inserir figura 10

    3.3. COBERTURA DOS CANAIS E FIXAO DAS PLANTAS

    Para a fixao das plantas e bloqueio dos raios solares nos canais de cultivo ou no

    floating, podem ser usados isopor, filmes plsticos e de embalagens tipo longa vida

    (Tetrapack) e outros materiais sintticos, furados no espaamento desejado.

    Nas bancadas de arame, nas de telhas e no floating o isopor utilizado na forma de

    placas de 1,5 ou 2,0 cm de espessura, cobrindo toda superfcie da bancada, sendo furado

    apenas nos locais das plantas. necessria a fixao destas placas com fios de nylon, fitilhosou ripas para evitar danos pela ao dos ventos. Nos tubos de PVC cortados ao meio pode-se

    usar fitas de isopor encaixadas no interior dos canais, conferindo uma economia no consumo

    desse material de cobertura. Estas fitas podem ser cortadas no centro de cada furo, de modo a

    facilitar a colheita (Figura 11). Quando as plantas so retiradas estas partes se separam

    deixando que as razes saiam facilmente do interior do canal. Tem sido estudadas alternativas

    ao isopor, pois este se quebra com relativa facilidade (principalmente na colheita) e tambm

    por liberar durante sua degradao um resduo que contem CFC (cloro-fluor-carbono), nocivo

    camada de oznio.

    (Inserir figura 11)

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    empregada com sucesso na cobertura de mesas de cultivo e sustentao das plantas. um

    produto relativamente barato e de excelente durabilidade. de fcil limpeza, durvel, tem boa

    capacidade de isolamento trmico e resistente aos raios solares.

    Os tubos de PVC inteiros e os perfis hidropnicos dispensam qualquer tipo de

    sustentao para as plantas pois so fechados, fornecendo o apoio suficiente para a maioria

    das hortalias folhosas. Para plantas de grande porte necessrio o tutoramento, no

    importando o tipo de canal utilizado.

    Os vasos com substrato tambm dispensam a sustentao para as plantas depequeno porte, mas o tutoramento para as hortalias de frutos igualmente

    necessrio.

    3.4 EMPRESAS FABRICANTES DE TUBOS E PERFIS PARA CULTIVO

    HIDROPNICO.

    Encontram-se no mercado brasileiro, tubos e perfis especiais de PVC

    fabricados por LUMAPLASTIC DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS ESPECIAIS

    (www.lumaplastic.com.br) e DYNACS ESTUFAS AGRCOLAS LTDA

    (www.dynacs.com.br) e perfis de polipropileno fabricado por HIDROGOOD

    HIDROPONIA MODERNA (www.hidrogood.com.br).

    4. REGULADOR DE TEMPO OU TEMPORIZADOR

    A circulao da soluo nutritiva comandada por um sistema regulador de tempo, ou

    temporizador. Este equipamento permite que os tempos de irrigao e drenagem ocorram de

    acordo com a programao que se deseja. Existem no mercado desde temporizadores

    mecnicos com intervalos de 10 por 10 ou 15 por 15 ou 20 por 20 min, at temporizadores

    eletrnicos com intervalos variados de segundos a minutos. O tempo de irrigao varia muito

    entre os sistemas, bancadas, regies, tipos de cobertura, variedade cultivada, poca do ano e

    outros fatores, no havendo regra geral. Em locais quentes, durante o vero, o sistema dever

    permanecer ligado ininterruptamente durante as horas mais quentes do dia, ao passo que no

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    colheita , na eficincia operacional , nos custos e qualidade do produto final. Para hortalias de

    maneira geral, pode-se dividir a produo de mudas em duas fases; a 1a, compreendida entre

    a semeadura ou estaquia at o primeiro par de folhas e a 2a, a partir desta at o quinto par de

    folhas. O tempo de durao destas fases depender, dentre outros fatores, da espcie, da

    cultivar, do substrato, das condies microclimticas, do tipo de propagao (vegetativa ou

    semente), do condicionamento da semente (nua ou peletizada), das condies fitossanitrias

    do ambiente de produo.

    5.1 Escolha da sementeUm aspecto fundamental para reduzir o tempo para formao das mudas a escolha da

    semente. Alm de verificar a qualidade fisiolgica, sanitria e gentica, deve-se escolher na

    hora da compra, sementes peletizadas. Sementes peletizadas so misturadas com um p

    inerte e aglutinantes configurando uma formao uniforme, facilitando a semeadura e

    dispensando o desbaste. Este procedimento aumenta em cerca de 1.000% o tamanho da

    semente, sendo a quantidade de semente em 1 kg reduzida em cerca de 250.000 para

    27.500 unidades. Normalmente, as sementes peletizadas recebem tratamento denominado

    priming, que reduz o problema da maioria dos cultivares como a fotodormncia (luz para

    poder germinar) e a termodormncia (no germina em temperaturas acima de 23o C). Vale

    ressaltar, que embora este tratamento seja muito eficiente para acelerar o processo de

    germinao, reduz a longevidade das sementes. Portanto, aps a abertura de uma lata desementes, mesmo com armazenamento adequado, deve ser consumida rapidamente.

    5.2 Substratos

    A escolha do substrato determinar o tipo de estrutura requerida para produo das

    mudas. Algumas caractersticas devem ser consideradas para a escolha do substrato mais

    adequado, ou sejam, ser inerte quanto ao fornecimento de nutrientes, ter pH neutro e

    apresentar reteno de gua e porosidade adequadas para a oxigenao das razes; de

    oferecer sustentao para a muda e proteo s razes aos danos fsicos.

    Quatro principais tipos de mudas para hortalias folhosas tm sido usadas no cultivo

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    o cultivo hidropnico, o substrato organo-mineral apresenta as seguintes desvantagens: a) no

    inerte, podendo interferir na composio da soluo; b) pode ser veculo de transmisso de

    microorganismos patognicos; c) requer uso de suporte tipo bandeja de isopor ou de plstico;

    d) requer, antes do transplantio para o sistema hidropnico, da retirada do substrato aderido ao

    sistema radicular; e) requer o tutoramento das mudas aps o transplantio para o canal de

    cultivo; f) elevada incidncia de danos fsicos s razes durante o processo de limpeza no

    transplante; g) promove maior risco de entupimento do sistema de irrigao devido a detritos de

    substrato; h) consome maior tempo na operao de transplantio; i) aumenta a porcentagem dedescartes de mudas e portanto, aumenta os custos.

    5.2.2 Vermiculita

    Este material resulta do aquecimento a 1.090o C do mineral mica, que apresenta aps

    este tratamento a densidade de 90-150 kgm-3, podendo absorver entre 40-50 Lm-3 de gua,

    alm de apresentar alta capacidade de troca de ctions. comercializada em diferentes

    granulometrias, sendo a no 4 (0,75-1,0 mm) a mais indicada para germinao, todavia

    recomenda-se para produo em sistema hidropnico a de maior granulometria. Para um bom

    desenvolvimento das mudas necessrio o fornecimento de soluo nutritiva, dessa maneira

    requer uma bancada. Nesta bancada denominada de "floating" ou piscina, as bandejas de

    isopor so colocadas para flutuar sobre um filme de soluo nutritiva (4-8 cm), de preferencia

    que esteja em circulao. Convm salientar, que a soluo nutritiva nesta fase deve ser maisdiluda, cerca de 50% da concentrao da fase de produo. Apresenta as mesma

    desvantagens do substrato organo-mineral, com as excees de no servir de fonte de

    patgenos e no interferir na soluo nutritiva, entretanto proporciona relativo desenvolvimento

    de algas na superfcie das bandejas.

    5.2.3 Espuma Fenlica

    um substrato estril, de fcil manuseio e que oferece tima sustentao para as

    plntulas, reduzindo sensvelmente os danos durante a operao de transplantio. Dispensa o

    uso de bandejas de isopor, portanto no requer a construo do "floating", pois aps a

    emergncia as mudas so transplantadas diretamente para os canais de crescimento.

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    perfuraes . Por exemplo, a parte dorsal (base) de uma bandeja de isopor ou chapa de

    madeira ou de plstico ou de PVC ou de acrlico com perfuraes de 0,5-1,0 cm de dimetro e

    alocadas de forma aleatria no suporte. Estas perfuraes auxiliam a drenagem do excesso de

    gua da espuma fenlica.

    c) Caso as clulas no estejam perfuradas para a semeadura, efetuar as perfuraes

    usando-se qualquer tipo de marcador com dimetro mximo de 1,0 cm, tomando-se o cuidado

    de que os orifcios fiquem com no mximo 1cm de profundidade. O orifcio de forma cnica

    possibilita melhor acomodamento da semente e evita compactao da base favorecendo apenetrao da raiz na espuma fenlica.

    d) Efetuar a semeadura conforme determinado para cada espcie de hortalia. No

    caso de alface, usar apenas uma semente quando a mesma for peletizada, ou no mximo trs

    no caso de semente nua (neste caso h necessidade de efetuar o desbaste aps a

    emergncia, deixando-se apenas uma plntula por clula). Para as outras hortalias de folhas,

    caso de rcula, agrio dgua, almeiro, salsa e cebolinha, usar quatro a seis sementes por

    orifcio.

    e) Aps a semeadura, caso haja necessidade, irrigar levemente a placa com gua

    usando um pulverizador ou regador com crivo fino.

    f) Colocar a bandeja com a placa j semeada, em local apropriado para a germinao

    de sementes (temperatura amena porm com pouca variao de 20 a 25o

    C). Normalmente,no h necessidade de irrigao da espuma durante o perodo de 48 h aps a semeadura.

    Entretanto, caso haja necessidade, umedecer a placa de espuma fenlica por subirrigao,

    usando-se apenas gua.

    g) No perodo de 48 a 72 horas a setenta e duas horas aps a semeadura , transferir as

    placas para a estufa e acomodar num local com luminosidade plena. Iniciar a subirrigao com

    a soluo nutritiva diluda a 50%. A espuma deve ser mantida mida porm no encharcada.

    Quando a semente iniciar a emisso da primeira folha verdadeira (cerca de 7 a 10 dias aps a

    semeadura), efetuar o transplante das clulas contendo as plantas para a mesa de

    desenvolvimento das mudas, mantendo um espaamento entre clulas de 5cm x 5cm, caso

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    Cada m de canteiro intermedirio fornece mudas para 4 m de canteiro definitivo. Para

    a cultura de alface, a mais plantada na hidroponia, tem-se conseguido, com o uso desse

    sistema intermedirio, aumentos de 50% na produo mensal usando-se uma mesma rea de

    mesa. recomendado que toda etapa de produo de mudas seja realizada em uma unidade

    separada das unidades de produo, para que qualquer problema fitossanitrio (ataque de

    pragas e ocorrncia de doenas) possa ser controlado de maneira segura seguindo-se o

    atendimento aos perodos de carncia, sem comprometimento s plantas que sero

    comercializadas em breve.

    6. NUTRIO MINERAL DE PLANTAS, PREPARO E MANEJO DE SOLUES

    NUTRITIVAS

    Ao contrrio dos animais e microorganismos, os elementos qumicos essenciais

    requeridos pelas plantas superiores so exclusivamente de natureza inorgnica. A identificao

    desses nutrientes atendeu aos critrios de essencialidade propostos por Arnon e Stout (1939),

    conforme citao de Resh (1996), ou seja: a) a deficincia ou a falta de um elemento

    impossibilita a planta completar o seu ciclo biolgico; b) a deficincia especfica para o

    elemento em questo; c) o elemento deve estar envolvido diretamente na nutrio da planta

    quer seja constituindo um metablito essencial, quer seja, requerido para a ao de um sistemaenzimtico. Dessa forma, com os elementos qumicos carbono (C), hidrognio (H), oxignio

    (O), nitrognio (N), fsforo (P), potssio (K), clcio (Ca), magnsio (Mg), enxofre (S), boro (B),

    cloro (Cl), cobre (Cu), ferro (Fe), mangans (Mn), molibdnio (Mo) e zinco (Zn), uma planta

    capaz de se desenvolver e completar seu ciclo biolgico se as condies ambientais forem

    favorveis. Com exceo dos nutrientes no minerais C, H e O, que so incorporados ao

    metabolismo vegetal, atravs da gua e ar atmosfrico, os demais nutrientes minerais so

    absorvidos via razes. Recentemente, o nquel (Ni) entrou para o rol dos elementos essenciais

    por fazer parte da estrutura molecular da enzima urease, necessria para a transformao de

    nitrognio amdico em mineral. Todavia a quantidade exigida pelas plantas deve ser inferior

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    deficincia de um determinado nutriente. Por exemplo, os sintomas de falta de N e de B,

    ocorrem em partes mais velhas (folhas velhas) e mais jovens da planta (pontos de

    crescimento), respectivamente.

    Em cultivos hidropnicos, a absoro geralmente proporcional concentrao de

    nutrientes na soluo prxima s razes sendo muito influenciada pelos fatores do ambiente,

    tais como: salinidade, oxigenao, temperatura, pH da soluo nutritiva, intensidade de luz,

    fotoperodo, temperatura e umidade do ar (Adams, 1992 e 1994).

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    6.1 EXIGNCIAS NUTRICIONAIS DE HORTALIAS VISANDO O CULTIVO HIDROPNICO

    Quando se procede uma anlise das exigncias nutricionais de plantas visando o cultivo

    em soluo nutritiva deve-se enfocar as relaes existentes entre os nutrientes, pois essa

    uma indicao da relao de extrao do meio de crescimento. As quantidades totais

    absorvidas apresentam importncia secundria uma vez que no cultivo hidropnico procura-se

    manter relativamente constante as concentraes dos nutrientes no meio de crescimento,

    diferente do que ocorre em solo, onde procura-se fornecer as quantidades exigidas pelas

    plantas atravs do conhecimento prvio das quantidades disponveis existentes no prprio solo.No quadro 1 so apresentadas as relaes existentes entre os teores foliares

    considerados adequados de N, P, Ca, Mg e S com os de K para diferentes culturas passveis

    de serem cultivadas no sistema hidropnico-NFT. Embora haja diferenas nos teores de

    nutrientes em folhas em funo de cultivares, pocas de amostragem e posio das folhas, os

    valores apresentados indicam que existem diferenas entre essas relaes para as diversas

    espcies considerando o desenvolvimento vegetativo adequado e que isto deve ser levado em

    considerao quando se utiliza uma nica composio de soluo nutritiva para o crescimento

    de variadas espcies vegetais. Quando isso ocorre com espcies que possuem relao de

    extrao diferente, h uma grande possibilidade de desequilbrio nutricional com o acmulo

    e,ou, a falta de nutrientes ao longo do perodo de desenvolvimento das plantas, principalmente

    para plantas de ciclo mais longo, quando a soluo nutritiva no renovada integralmente. Osvalores apresentados tambm indicam que para a reposio de nutrientes durante o

    desenvolvimento das plantas, essas relaes devem ser consideradas.

    Inserir Quadro 1

    Por exemplo, quando se usa uma nica soluo nutritiva para o crescimento de

    diferentes hortalias de folhas, pode-se antever que as plantas de espinafre e rcula iro

    absorver maiores quantidades de clcio que as plantas de agrio, alface e almeiro, para cada

    unidade de potssio absorvido. Se isso no foi considerado na reposio de nutrientes,

    ocorrer deficincia de Ca para essas culturas com maior capacidade de extrao.

    Por outro lado, para as culturas que possuem fase reprodutiva com interesse comercial

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    A figura 12, apresentada por Resh (1996), mostra as origens dos nutrientes no cultivo

    em solo e hidroponia. Comparando-se as composies qumicas de extratos de solo e de

    solues nutritivas, Martinez (1997) comentou que as maiores diferenas existentes entre

    esses dois meios de crescimento de plantas (solo e hidroponia) referem-se concentrao de

    P. Enquanto que na soluo de um solo frtil ela de 0,004 mmolL-1 (0,12 mgL-1), nas

    solues nutritivas essa concentrao mostra-se 125 a 675 vezes maior, isto , entre 0,5 e 2,7

    mmolL-1(15 e 84 mgL-1). Segundo a autora, tambm o K e o N apresentam concentraes na

    soluo do solo muito superiores s na soluo nutritiva, sendo, respectivamente, de 49 a 126vezes e de 16 a 56 vezes mais elevadas nessa soluo. Para os demais nutrientes, as

    diferenas so de menor magnitude. A composio da soluo de um solo apresenta muito

    pouca alterao em funo da extrao de nutrientes pelas plantas, uma vez que no solo, alm

    da relao de volume de soluo por volume de razes ser muito elevada, tambm ocorre uma

    capacidade contnua de reposio de nutrientes a partir dos processos de decomposio e,ou,

    liberao dos componentes inorgnico e orgnico. Isso no ocorre com solues nutritivas,

    onde normalmente, a relao de volume soluo/razes alm de ser muito menor em relao s

    condies de solo, a reposio de nutrientes no existe de maneira natural.

    Inserir Figura 12

    Diversas solues nutritivas j foram propostas na literatura havendo, em alguns casos,

    diferenas marcantes entre elas com relao s concentraes dos macronutrientes, enquantoque para os micronutrientes, as diferenas so bem menores. Hewitt citado por Benton Jones

    (1982), apresenta uma lista de 160 diferentes frmulas, baseadas nos vrios tipos de sais e

    combinaes de fontes de N.

    No entanto, comum encontrar nos artigos a frase soluo nutritiva modificada de

    Hoagland, isto , frmulas derivadas da proposta em 1938, por Hoagland & Arnon, conforme

    citao de Resh (1996), onde os valores expressos em (mgL -1) so : N-N03 (210), P(31), K

    (234), Ca (160), Mg (48), S (64), B (0,5), Cu (0,02), Fe (1,0), Mn (0,5), Mo (0,01) e Zn (0,05).

    Existe outra verso dessa soluo com a adio de N-NH4 (14), mantendo-se o N total

    constante. Essa soluo tem sido a mais usada em pesquisa com nutrio mineral de plantas e

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    nica e melhor que todas as outras. Como mencionado anteriormente, so pequenas as

    diferenas entre as concentraes de um mesmo micronutriente nas diferentes solues

    nutritivas. Por exemplo, nas solues propostas por Yamazaki, conforme citao de Sazaki

    (1992), as concentraes dos micronutrientes so as mesmas, independente da cultura.

    Inserir Quadros 2, 3 e 4

    6.3 PREPARO E MANEJO QUMICO DA SOLUO NUTRITIVA

    Os produtores que optarem pelo preparo de sua prpria soluo nutritiva, podem utilizarqualquer sal solvel, desde que fornea o nutriente requerido e no contenha elemento

    qumico que possa prejudicar o desenvolvimento das plantas. Nos quadros 5, 6 e 7 encontram-

    se listados os sais/fertilizantes comumente usados para o preparo de solues nutritivas.

    Alguns cuidados devem ser observados no preparo das solues nutritivas destinadas

    produo comercial: a) conhecer a qualidade da gua, quanto ao suas caractersticas qumicas

    (quantidades de nutrientes e concentrao salina) e microbiolgicas (coliformes fecais e

    patgenos). Se os teores de macro e micronutrientes forem respectivamente maiores que 25%

    e 50% dos valores da frmula, as quantidades devem ser recalculadas; b) observar a relao

    custo/benefcio e solubilidade na escolha dos sais fertilizantes; c) o nitrognio na forma

    amoniacal (NH4+) no deve ultrapassar mais do que 20% da quantidade total de N da

    formulao; d) evitar a mistura de soluo concentrada de nitrato de clcio com sulfatos efosfatos, pois podem ocorrer a formao de compostos insolveis (precipitados) como sulfato

    de clcio e fosfato de clcio; e) dar preferncia ao uso de molibdato de amnio ou cido

    molbdico em vez do molibdato de sdio, pois este muito alcalino e quando adicionado ao

    coquetel dos demais sais de micronutrientes pode ocasionar precipitaes de alguns deles.

    Inserir Quadros 5, 6 e 7

    Uma grande parte das solues nutritivas no tem capacidade tampo, dessa forma o

    pH varia continuamente, no se mantendo dentro de uma faixa ideal. Variaes na faixa de 4,5

    a 7,5 so toleradas, sem problemas ao crescimento das plantas. No entanto, valores abaixo de

    4,0 afetam a integridade das membranas celulares e valores superiores a 6,5 deve-se ter

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    de crescimento, respectivamente. Convm salientar que o uso desses produtos deve ser feito

    com cautela, pois podem causar srias queimaduras quando em contato com a pele e olhos do

    operador.

    Considerando que a absoro de nutrientes pelas plantas seletiva em funo da

    espcie e do cultivar, a reposio dos nutrientes durante o desenvolvimento das plantas sem

    afetar o balano entre as suas concentraes na soluo nutritiva, passa a ser o maior desafio

    dos produtores hidropnicos.

    Diferentes formas de reposio de nutrientes so mencionadas na literatura, de acordocom Berry (1996). Durante o desenvolvimento do cultivo hidropnico comercial, os sistemas de

    manejo foram tambm evoluindo. Inicialmente, procurava-se renovar peridicamente a soluo

    nutritiva. Entretanto, essa prtica ocasionava desperdcios com o consequente efeito poluente

    e, passou a ser substituda pela adio de sais proporcional ao volume de gua consumido

    pelas plantas, usando como critrio os valores da evapotranspirao. Este critrio provocava

    aumentos nas concentraes de nutrientes extrados em menores quantidades e deficincia

    dos nutrientes extrados em maiores quantidades, se a soluo nutritiva no fosse balanceada

    para a cultura. Embora sejam fceis de usar na prtica, estes critrios foram substitudos pelo

    controle da concentrao salina da soluo nutritiva mediante monitoramento com

    condutivmetro porttil. No entanto, a leitura fornecida pelo condutivmetro no discrimina os

    nutrientes, podendo tambm ocasionar desequilbrios nutricionais. Para contornar essesproblemas, a anlise qumica peridica da soluo nutritiva a nica maneira de repor

    soluo nutritiva, as quantidades de nutrientes que foram absorvidos pelas plantas. Do ponto

    de vista prtico, exige-se que a anlise seja feita de forma rpida e com custo baixo, o que

    nem sempre conseguido por produtores residentes distantes de laboratrios de anlises.

    Mais recentemente, esforos tem sido direcionados para o desenvolvimento de sensores que

    estimam a concentrao dos nutrientes individualmente. Entretanto, nada definitivo e confivel

    existe no mercado brasileiro.

    Para calcular as quantidades de sais ou de fertilizantes necessrios para o preparo de

    qualquer uma das solues nutritivas listadas nos quadros 2 a 4, pode-se multiplicar a

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    a) Carrasco & Izquierdo (1996) - Hortalias diversas (alface, manjerico, melo, tomate

    e pepino): Soluo estoqueA (g.100L-1): nitrato de clcio (4.330); Soluo estoque B

    (g100L-1): nitrato de potssio (8.295), nitrato de magnsio (3.270), fosfato monopotssio (MKP)

    (2.070), sulfato de potssio (3.665), quelato de ferro (FeEDTA-13% Fe) (400), Sequelene

    (Mistura de micros: 1,6% Mn, 0,88% B, 0,8% Cu, 0,24% Mo e 1,12% Zn) (1,25).

    Para preparar 1.000 L de uma soluo nutritiva com CE ao redor de 2,5 mS acrescentar

    10 L de cada uma das solues estoques ao reservatrio e completar o volume com gua.

    Para as diferentes espcies, usar a seguinte faixa recomendada de CE: alface (1,5 a 2,5 mS),manjerico (1,5 a 2,0 mS), melo (3,0 a 3,5 mS), pepino (3,0 a 3,5 mS) e tomate (2,5 a 3,0

    mS).

    b) Resh (1993) Tomate Soluo estoque A1 (g100L-1): nitrato de clcio (4.600);

    Soluo estoque B1 (g100L-1): nitrato de potssio (2.300), fosfato monopotssico (1.800),

    sulfato de potssio (1.600) e sulfato de magnsio (2.000); Soluo estoque A2 (g.100L-1):

    nitrato de clcio (6.900); Soluo estoque B2(g.100L-1): nitrato de potssio (1.900), fosfato

    monopotssico (2.500), sulfato de potssio (3.900) e sulfato de magnsio (3.300); Soluo

    estoque A3 (g100L-1): nitrato de clcio (9.200); Soluo estoque B3 (g.100L

    -1): nitrato de

    potssio (3.100), fosfato monopotssico (2.900), sulfato de potssio (5.000) e sulfato de

    magnsio (4.500); Soluo estoque C(g100L-1): cido brico (17), sulfato de mangans (32),

    sulfato de cobre (2,8), sulfato de zinco (4,5), molibdato de sdio (1,3), quelato de ferro (10%Fe)(300). As solues estoques com ndices 1, 2 e 3 referem-se, respectivamente, aos estdios

    de crescimento 1- ps-emergncia at primeira folha verdadeira, 2 da primeira folha

    verdadeira at aparecimento dos primeiros frutos com 0,5 a 1,5cm de dimetro, e 3- desta fase

    em diante at o final do ciclo. A soluo estoque C (micronutrientes) a mesma para os trs

    estdios.

    Para preparar 1.000 L de soluo nutritiva para uso nas trs distintas fases de

    desenvolvimento do tomateiro, acrescentar 10 L de cada uma das solues estoques A, B e C

    ao reservatrio e completar o volume com gua.

    c) Papadopoulos (1991) - Tomate - Soluo estoque A (g100L-1): nitrato de clcio

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    d) Papadopoulos (1994) - Pepino - Soluo estoque A: (g100L-1) nitrato de clcio

    (4.400), nitrato de potssio (6.270), nitrato de amnio (500); Soluo estoque B: (g100L-1)

    sulfato de magnsio (5.000), fosfato monopotssio (MKP) (220), Dissolvine (FeEDTA-13%

    Fe) (100), sulfato de mangans (25), cido brico (9), sulfato de cobre (3), sulfato de zinco

    (3,5), molibdato de amnio (1).

    Para preparar 1.000 L de soluo nutritiva com CE ao redor de 2,2 mS acrescentar 8

    litros de cada uma das solues estoques ao reservatrio e completar o volume com gua.

    Quando iniciar com uma cultura nova (transplante de mudas), preparar uma soluo com CEigual a 1,5 mS e aumentar gradualmente a CE para 2,2 mS durante a primeira semana de

    crescimento.

    e) Furlani (1998) Para diversas hortalias de folhas - O Instituto Agronmico de

    Campinas tem uma proposta de preparo e manejo de soluo nutritiva para cultivo hidropnico,

    destinada para diversas espcies de plantas e j utilizada por muitos produtores em escala

    comercial. O produtor pode preparar sua prpria soluo nutritiva utilizando sais ou

    fertilizantes simples, de maneira fcil e rpida. No seu preparo so usadas as quantidades de

    sais/fertilizantes, conforme consta do quadro 8 (Furlani, 1988). Com essas quantidades de

    sais, a soluo nutritiva resultante teoricamente deve ter a composio apresentada no quadro

    2 (Furlani, 1998). importante salientar que a quantidade fornecida de N e P pode variar,

    dependendo da qualidade do fertilizante MAP (fosfato monoamnio), podendo-se optar entre ocomum (22% de P) ou o purificado (26% de P). Devido s pequenas quantidades utilizadas, os

    micronutrientes podem ser fornecidos no preparo da soluo inicial, atravs da alquota de 100

    mL de uma soluo estoque contendo em um litro dez vezes as quantidades recomendadas de

    cada sal de micronutriente, com exceo do ferro que deve ser fornecido separadamente.

    Inserir quadro 8

    O manejo da soluo nutritiva sugerido pelo Instituto Agronmico baseado no trabalho

    de Nielsen (1984), que utiliza o critrio da manuteno da condutividade eltrica, mediante a

    adio de solues de ajuste com composies qumicas que apresentam uma relao entre

    os nutrientes semelhante extrada pela planta cultivada. A partir de dados da composio

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    preparo. No caso de se optar pelo uso de uma soluo nutritiva com condutividade de 1,0 ou

    1,5 mS ou 1.000 ou 1.500 S (recomendado para o vero e para locais de clima quente -

    regio Norte e Nordeste), basta multiplicar por 0,50 ou 0,75 os valores das quantidades

    indicadas dos macronutrientes, mantendo em 100% os micronutrientes.

    conveniente que o volume do depsito seja completado quantas vezes forem

    necessrias durante o dia para evitar elevao muito grande na concentrao salina da soluo

    nutritiva Para o manejo da soluo durante a fase de desenvolvimento das plantas seguir o

    seguinte procedimento: a) diariamente, logo pela manh, fechar o registro de irrigao, esperartoda a soluo voltar ao depsito e completar o volume do reservatrio com gua e

    homogeneizar a soluo nutritiva. b) proceder a leitura da condutividade eltrica, retirando uma

    amostra do reservatrio; c) para cada diferena na condutividade inicial de 0,25 mS ou 250 S

    ou 150 ppm, quantidades proporcionais de cada produto usado para o preparo da soluo

    inicial, ou seja, 12,5% do recomendado para obter soluo com 2,00 mS/cm d) aps a adio

    das solues e homogeneizao da soluo nutritiva efetuar nova leitura e caso esta esteja na

    faixa adotada, abrir o registro de irrigao das plantas. conveniente manter o reservatrio de

    soluo nutritiva sempre no nvel, acrescentando gua para repor o volume evapotranspirado.

    Caso seja conveniente, o volume poder ser completado tarde e a condutividade eltrica

    medida e corrigida na manh do dia seguinte.

    O ajuste qumico perfeito da soluo nutritiva depende da cultivar, do ambiente decrescimento, da poca do ano e principalmente da qualidade da gua usada no cultivo

    hidropnico. Quando se procede a adio de gua para repor as perdas por

    evapotranspirao, acrescentam-se tambm os nutrientes que esto presentes na gua.

    A gua usada no cultivo hidropnico no Instituto Agronomico (IAC) tem apresentado a

    seguinte composio: 19 mgL-1para Ca, 5 mgL-1para Mg e 5 mgL-1para K e 0,2S de CE. Isso

    indica que para cada 1.000 L de gua reposta ao tanque, acrescentam-se tambm 19 g de Ca,

    5 g de Mg e 5 g de K. Como consequncia dessas adies ao longo do tempo para repor as

    perdas por evapotranspirao (o consumo mdio de gua num cultivo de alface hidropnica

    situa-se entre 75 e 100 mLplanta-1dia-1), poder ocorrer desequilbrio entre os nutrientes na

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    cultivo e sua constante adio para repor as perdas evapotranspiradas, ocorrer uma

    diminuio gradativa da CE efetiva dos nutrientes devido ao acmulo de elementos

    indesejveis.

    Tambm j existem no mercado brasileiro, formulaes na forma slida e prontas para o

    uso, tais como: Kristalon Laranja 6-12-36), Plant Prod 7-11-27, Peters Professional

    Hydro-Sol5-11-26, Max-F21 Hidroponia 8-11-38. Esses fertilizantes tambm contm Mg, S e

    os micronutrientes em concentraes variadas em funo de cada fabricante. Todos esses

    produtos no contm Ca, o qual deve ser fornecido separadamente, sendo o nitrato de clcio omais usado para esse fim e tambm para complementar o N.

    Recentemente, foi introduzida no mercado brasileiro, soluo nutritiva lquida

    concentrada formuladas a la carte, isto , de acordo com a formulao desejada do produtor e

    da composio qumica da gua usada no cultivo hidropnico.

    Os produtores que optarem pelo preparo da prpria soluo nutritiva podem utilizar

    qualquer sal solvel, desde que fornea o nutriente requerido e no contenha elemento

    qumico que possa prejudicar o desenvolvimento das plantas. Nos Quadros 5, 6 e 7 encontram-

    se listados os sais/fertilizantes comumente usados para o preparo de solues nutritivas e,

    respectivos contedos em nutrientes.

    Tambm a condutividade eltrica (em mS/cm) de qualquer soluo nutritiva pode ser

    estimada priori, somando-se os resultados da multiplicao da quantidade de cada sal pelorespectivo coeficiente de condutividade eltrica, conforme mostrado na terceira coluna do

    Quadro 5, tomando-se o cuidado de transformar as quantidades em g.L -1 para kg por 1000

    litros.

    Os sais ou fertilizantes simples ou fertilizantes complexos usados no preparo de uma

    soluo nutritiva devem fornecer os elementos minerais essenciais em formas qumicas

    prontamente assimilveis e em propores que atendam a necessidade nutricional das plantas.

    Qual o pH adequado para solues nutritivas prontas para uso em cultivo hidropnico?

    As figuras 13 e 14 mostram as faixas de pH consideradas adequadas para cultivo em

    solo e em cultivo hidropnico. Observa-se que o intervalo ideal de valores de pH para cultivo

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    NH4 (MgHPO4). Da mesma forma, solues concentradas de sais inorgnicos de

    micronutrientes no podem ser misturadas com solues concentradas de fosfatos, podendo

    ocorrer fosfatos de Cu, de Mn e de Zn. Convm recordar que o fertilizante cloreto de potssio

    compatvel com os demais adubos usados no preparo de solues nutritivas.

    Entretanto, algumas das incompatibilidades podem ser contornadas por efeitos das

    concentraes e do pH das solues obtidas.

    De uma maneira geral, os sais e/ou fertilizantes usados no preparo de uma soluo

    nutritiva so os seguintes: nitrato de clcio, nitrato de potssio, fosfato monoamnio, fosfatomonopotssico, sulfato de magnsio, cido brico ou borax, sulfato de cobre, sulfato de zinco,

    sulfato de mangans, molibdato de sdio ou de amnio. O ferro deve ser fornecido na forma

    quelatizada e dentre os quelatos existentes destacam-se o FeDTPA (DietilenoTriamino Penta

    Acetato de ferro), FeEDTA (Etileno Diamino Tetra Acetato de ferro), FeEDDHA (Etileno

    Diamino Di-orto Hidroxi fenil Acetato de ferro) e FeEDDHMA (Etileno Diamino Di-orto Hidroxi

    para Metil fenil Acetato de ferro).

    Independente do fertilizante escolhido para o preparo de uma soluo nutritiva para uso

    em cultivo hidropnico deve possuir pureza suficiente para fornecer apenas os nutrientes

    pretendidos. Os nveis de qualquer contaminante e materiais insolveis devem ser os mnimos

    possveis e tolerados pelas plantas.

    A maioria das solues nutritivas no tem poder tampo e o pH varia continuamente e,na maioria das vezes no se mantm numa faixa ideal. Diferente do solo, a faixa ideal de pH

    deve-se se situar entre 5,0 e 6,0, com um timo de 5,5. Valores de pH diferentes destes

    ocasionam alterao nas formas livres e complexadas dos nutrientes, conforme mostram os

    dados dos Quadros 9 a 16, obtidos atravs do uso do programa de especiao qumica

    denominado GEOCHEM (PARKER et al , 1995) para diferentes solues nutritivas.

    Nos quadros 9 a 11, encontram-se resultados de especiao qumica feita em solues

    nutritivas prontas para uso em pH 6,0, 6,4 e 6,6. Observa-se que quando o pH da soluo de

    6,0, todos os nutrientes esto prontamente disponveis para as plantas (formas livres e

    complexadas) enquanto que em pH 6,4 e 6,6, ocorre formao de compostos insolveis de

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    superior ao DTPA em capacidade de quelatizao, porm tem importncia significativa apenas

    em pH superior a 7,0.

    Quando so usados volumes maiores de soluo nutritiva em sistemas hidropnicos,

    aconselhvel e mais prtico preparar solues concentradas, as quais aps diluies

    apropriadas preparam-se as solues de irrigao. Esta operao pode ser manual (pequenos

    volumes) ou automticas atravs de injetores, conforme j discutido na aula de adubos para

    fertirrigao.

    Como preparar solues nutritivas concentradas sem alterar as formas disponveis dosnutrientes e sem provocar reaes qumicas entre os componentes qumicos?

    Nos quadros 13 a 15, encontram-se as formas inicas dos nutrientes em soluo

    concentrada contendo Ca, P, N-NH4 e N-NO3 (Quadro 13) em funo de variaes no pH

    obtidas por cido fosfrico. Observa-se que at pH 4,5, os elementos Ca e P esto

    prontamente disponveis s plantas pois apresentam-se nas formas livres ou complexadas.

    Isso no ocorre em soluo concentrada com pH 5,0, na qual inicia-se a formao de

    compostos slidos de fosfato de clcio. Portanto, a incompatibilidade mostrada na figura 4 pode

    ser contornada por acidificao da soluo concentrada.

    A incompatibilidade entre Ca e SO4ocorre a partir de uma quantidade desse composto

    superior a solubilidade em gua do CaSO4(cerca de 2g/L) (Quadro 16).

    Outra incompatibilidade apontada na figura 15 refere-se a no mistura de fertilizantesfosfatados com sais de magnsio. Nos quadros 14 e 15, encontram-se os resultados da

    especiao qumicas de uma soluo concentrada contendo Mg, K, S, P e micronutrientes

    quelatados com EDTA. Observa-se que at pH 5,5, todos os nutrientes encontram-se nas

    formas prontamente assimilveis pelas plantas (formas livres e complexadas). Em solues

    concentradas com pH 6,0, inicia-se a formao de fosfato de Mg, comprovando a

    incompatibilidade existente entre P e Mg em solues com pH maiores que 5,5.

    As variaes de pH que ocorrem na soluo nutritiva durante o crescimento das plantas

    so reflexos da absoro diferenciada de ctions e nions. Por exemplo, quando o nitrognio

    fornecido na forma ntrica, a absoro de nions maior que ctions ocorrendo elevao do

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    6.5 CONSIDERAES FINAIS

    Nos cultivos comerciais comum ocorrer murchamento de plantas nas horas mais

    quentes do dia. Para contornar tal problema, importante manter o nvel do reservatrio

    prximo da capacidade adotada, principalmente para as culturas de ciclo rpido, pois em

    decorrncia da maior absoro de gua e aumento de temperatura, a condutividade eltrica

    real pode aumentar no decorrer do dia e atingir valores crticos para as plantas. Para regies

    de clima quente, este sintoma pode ser resultado de aumento na concentrao de sais na

    soluo nutritiva pois sabe-se que, proporcionalmente, as plantas absorvem mais gua quenutrientes. Vale ressaltar que nestes locais conveniente trabalhar com solues mais

    diludas. Outra causa do murchamento est relacionada com o apodrecimento do sistema

    radicular por patgenos e, ou, por falta de oxignio na soluo nutritiva, cujos sintomas iniciais

    causam escurecimento das razes. Portanto, antes de qualquer deciso sobre a causa

    provvel desse murchamento, o produtor deve procurar identific-la corretamente.

    7 RECOMENDAES DE CULTIVO DE ALGUMAS HORTALIAS DE FOLHAS E DE

    FRUTOS

    Os procedimentos e recomendaes tcnicas para o cultivo de algumas hortalias de

    folhas e de frutos, encontram-se nos quadros 17 e 18, respectivamente.

    As informaes dadas para a obteno das mudas referem-se ao uso da espumafenlica, com exceo da cultura do morango, cuja muda inicial (Muda I) poder ser originada

    de substrato organo-mineral, dada a ausncia no mercado de mudas em espuma fenlica.

    Para a obteno de mudas em espuma fenlica, o procedimento similar ao usado para as

    mudas em substrato organo-mineral, ou seja, destacar as mudas dos estoles e plant-las em

    cubos de espuma fenlica umedecida com soluo nutritiva para mudas.

    Inserir quadros 17e 18

    8. PROJETO PARA A PRODUO DE 1.250 PLANTAS DE ALFACE POR

    SEMANA NUMA ESTUFA COM DIMENSES DE 7m x 50m (350m2).

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    8.2. Plantas da fase intermediria - tempo para formao: duas semanas.

    Espaamento entre plantas: 0,125 m x 0,125 m. rea para esta fase: 1,5 m x 30 m,

    ou duas mesas sendo uma com 12m e outra com 18m de comprimento,

    respectivamente.

    8.3. Plantas da fase definitiva - tempo para formao: duas semanas.

    Espaamento entre plantas: 0,25 m x 0,25 m. rea para esta fase: 1,5 m x 108 m, ou

    trs mesas com 12 m de comprimento e quatro mesas com 18 m de comprimento.

    A figura 16 ilustra a disposio das diferentes mesas no interior de uma casade vegetao com dimenses de 7m x 50 m.

    Inserir figura 16

    8.4. Dimensionamento hidrulico

    8.4.1 Mesa de mudas fase II: Nmero de canais de cultivo por mesa: 1,5

    m/0,05 m = 30; Fluxo de soluo nutritiva/canal de cultivo/minuto = 1,0 L. Atravs da

    equao (1) calcula-se a vazo da bomba dgua em Lh-1, ou seja,

    Vazo da bomba dgua = 1,0 x 30 x 0,09 = 2,700 Lh -1= 2.700 L.min-1.

    8.4.2 Mesa de plantas fase intermediria: Nmero de canais de cultivo por

    mesa: 1,5 m/0,125 m = 12; Nmero de mesas: 2; Nmero total de canais de cultivo: 2

    mesas x 12 = 24; Fluxo de soluo nutritiva por canal de cultivo por minuto: 1,5 L

    Vazo da bomba dgua = 1,5 x 24 x 0,09 = 3,240 Lh

    -1

    = 3.240 L.min

    -1

    .8.4.3 Mesa de plantas fase definitiva: Nmero de canais de cultivo por mesa:

    1,5 m/0,25 = 6; Nmero de mesas: 7; Nmero total de canais de cultivo: 7 x 6 = 42;

    Fluxo de soluo nutritiva/canal de cultivo/minuto: 2,0 L

    Vazo da bomba dgua = 2,0 x 42 x 0,09 = 7,560 L.h -1 = 7.560 L.min-1.

    Portanto, deve-se usar bombas dgua com as seguintes capacidades de

    vazo: Mesa mudas II 2,700 L.h-1, Mesa plantas fase intermediria 3,240 Lh-1,

    Mesa plantas fase definitiva 7,560 L.h-1. Essas vazes garantiro o fluxo desejado

    em cada fase e tambm a aerao da soluo nutritiva.

    8.5. Depsitos para soluo nutritiva

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    Portanto, deve-se trabalhar com depsitos com as seguintes capacidades

    mnimas: Mudas Fase II - 500 L, Plantas Fase intermediria 1.000 L e Plantas Fase

    definitiva 2.000 L

    Para outras hortalias de folhas, o procedimento de clculo semelhante,

    devendo-se entretanto efetuar o ajuste para o nmero de plantas por mesa. Para as.

    Hortalias de frutos, deve-se adotar uma relao de volume de 4 a 5 L.planta-1, devido

    a maior evapotranspirao e o fluxo de soluo de acordo com os dados do quadro

    10.

    9. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    ADAMS, P. Crop nutrition in hydroponics. Acta Horticulturae, 323, p.289-305, 1992.

    ADAMS, P. Nutrition of greenhouse vegetable in NFT and hydroponic systems. Acta

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    Australia, Casper Publications Ltda., 1996, 55p.

    BENOIT, F & CEUSTERMANS, N. Horticultural aspects of ecological soillless growing

    methods. Acta Horticulturae, 396: 11-24, 1995.

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    FAQUIM, V.; FURTINI NETO, A.E. & VILELA, L.A.A. Produo de alface em hidroponia.

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    RESH, H.M. Hydroponic tomatoes for the home gardener, California, EUA, Woodbridge Press

  • 7/25/2019 cultivoprotegidoenfasehidroponia

    31/64

    Figura 1. Esquema do reservatrio, moto-bomba e encanamentos de recalque edrenagem de soluo.

    Tubulao deretorno das

    bancadasRetorno damoto-bomba

    Recalquepara asbancadas

    Registros

    Moto-bombaReservatrio

    Venturi(Fig 2)

    Soluonutritiva

    Suco

    C t l

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    Figura 2. Montagem de um dispositivo tipo venturi.

    Ar

    Retorno dabomba

    Cotovelo

    Tubointerno ao

    cotovelo

    Furo paraentradade ar

    Passagem da soluosuccionando o ar paradentro do tubo

    Tubo externoao cotovelo

    Espaovazio

    Soluooxigenada

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    Figura 3. Suporte de madeira construdo com caibros e travessa parafusados e

    enterrado no solo.

    1m

    1,8 a 2,0 m

    40 cm

    Caibro

    TravessaPorca

    Nvel dosolo

    Parafuso

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    Figura 4. Bancada de fios de arame galvanizado e filme de polietileno.

    Filme depolietileno

    Canal

    Travessa

    Suporte daplantas

    Furo

    Aramegalvanizado

    Base

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    Figura 5. Telhas de fibrocimento com as extremidades sobrepostas para formar os

    canais.

    furos

    Suporte dasplantas

    canal

    Sobreposio

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    Figura 6. Bancada de canos de PVC, mostrando tambm a canaleta de retorno de

    soluo e a fixao do suporte das plantas bancada. No detalhe, a unio dos

    Tubo dePVC

    Emenda comarrebites

    Camada desilicone

    Base

    Fixao ripa dabancada

    Tubo de PVCcortado

    Suportedas plantas

    Canaletade retorno

    Furos

    Canal

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    Figura 7. Perfis hidropnicos nas duas posies utilizadas.

    Base

    Furos

    Perfil

    hidropnicona posionormal

    Perfil

    hidropnicona posioinvertida

    Maior reade apoiosobre a base

    Maior rea

    para apoiodas folhas

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    Figura 8. Canal feito sobre o solo com filme plstico dobrado e fixado com presilhas.

    Escora

    Canaleta dedrenagem

    Tubo de

    alimentao

    Arameesticado

    Entrada desoluo

    Filme

    plstico

    Espaospara asplantas

    Escoamento

    Presilhas

    10-20cm

    15-20cm

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    Fundo

    Sada com

    adaptador denvel da soluo

    Drenagem lateral(nvel fixo)

    Entrada lateralde soluo

    Entrada superior desoluo

    Lateral da mesa

    (15 a 20 cm)

    Tubo dealimentaosubmerso

    Soluo injetada

    Tampa

    Dreno de fundo

    Venturi

    Base

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    Figura 10. Esquema simplificado de um sistema de vasos.

    Retorno

    Vaso

    Linha dedrenagem

    Dreno lateral(opcional)

    Dreno defundo

    Tubulao dealimentao

    Substrato

    RecalqueReservatrio

    Filtro

    Mangueiraindividual

    Parte area

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    Figura 11. Detalhes do uso da fita de isopor que se encaixa nos bordos dos canais de

    PVC.

    Retirada da plantacom disjunodas peas

    Razes

    Furoformado noencaixe

    Juno daspeas

    Pea deisopor

    Canal dePVC

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    SOLO

    FRAOES

    ORGNICA E INORGNICAS

    SAIS INORGNICOS

    LIBERAO DE MINERAIS

    DISSOLVIDOS EM GUA

    DISSOLVIDOS EM GUA

    SOLUO NUTRITIVASOLUO DO SOLO

    SUBSTRATO

    SOLUO DO SUBSTRATO

    GUA

    Figura 12. Analogia entre as origens dos nutrientes absorvidos por plantas cultivadas em

    solo e em hidroponia em gua e substratos (adaptado de Resh, 1996).

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    Figura 13. Disponibilidade de nutrientes em solo em funo do pH.

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    Figura 14. Disponibilidade de nutrientes em cultivo sem solo em funo do pH.

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    C C I I I I I I C C Nitrato de clcio

    C C C C I C I C C Nitrato de magnsio

    C C C C C C C C Nitrato de potssio

    C C C C C C C Sulfato de potssio

    C R C I C IFosfato monoamnio (MAP) ou

    monopotssico (MKP)

    C C C C I Sulfato de magnsio

    C R C I cido fosfrico

    C C C Sulfatos de ferro, cobre, mangans e zinco

    C C Molibdato de sdio ou de amnio

    C Quelatos de ferro , cobre, mangans e zinco

    cido br ico

    Figura 15. Compatibilidade entre diferentes fertilizantes (C compatvel; I

    incompatvel; R compatibilidade reduzida).

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    Quadro 1. Relaes entre os teores foliares (gkg-1) deN, P, Ca, Mg e S com os teoresde K considerados adequados para diferentes culturas. Adaptado de Raij et al.(1997).

    Culturas K N P Ca Mg S

    Hortalias de FolhasAgrio 1,00 0,83 0,17 0,25 0,07 0,05Alface 1,00 0,62 0,09 0,31 0,08 0,03Almeiro 1,00 0,65 0,11 0,12 0,03 -Cebolinha 1,00 0,75 0,08 0,50 0,10 0,16

    Chicria 1,00 0,82 0,11 0,36 0,07 -Couve 1,00 1,20 0,16 0,62 0,14 -Espinafre 1,00 1,00 0,11 0,78 0,18 0,20Repolho 1,00 1,00 0,15 0,63 0,15 0,13Rcula 1,00 0,78 0,09 0,84 0,07 -Salsa 1,00 1,14 0,17 0,43 0,11 -

    Hortalias de FrutosBerinjela 1,00 1,00 0,16 0,40 0,14 -Ervilha 1,00 1,67 0,20 0,67 0,17 -Feijo-vagem 1,00 1,43 0,14 0,71 0,17 0,11Jil 1,00 1,57 0,14 0,57 0,11 -Melo 1,00 1,14 0,14 1,14 0,29 0,08Morango 1,00 0,67 0,10 0,67 0,27 0,10Pepino 1,00 1,22 0,18 0,56 0,16 0,13Pimenta 1,00 1,00 0,13 0,63 0,20 -Pimento 1,00 0,90 0,10 0,50 0,16 -Quiabo 1,00 1,29 0,11 1,14 0,23 0,10

    Tomate 1,00 1,25 0,15 0,75 0,15 0,16Hortalias de Flores

    Brcolos 1,00 1,50 0,20 0,67 0,17 0,18Couve-flor 1,00 1,25 0,15 0,75 0,10 -

    OrnamentaisAntrio 1,00 1,00 0,20 0,80 0,32 0,20Azalia 1,00 2,00 0,40 1,00 0,70 0,35Begnia 1,00 1,11 0,11 0,44 0,11 0,12

    Crisntemo 1,00 1,00 0,14 0,30 0,14 0,10Gladolo 1,00 1,29 0,20 0,71 0,09 -Gloxnia 1,00 1,00 0,10 0,50 0,15 0,13Gypsophila 1,00 1,25 0,13 0,88 0,18 0,12Hibiscus 1,00 1,75 0,35 1,00 0,30 0,16Palmeira 1 00 1 00 0 17 0 67 0 20 0 18

  • 7/25/2019 cultivoprotegidoenfasehidroponia

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    Quadro 2. Concentraes de nutrientes recomendadas por diversos autores para o cultivo hidropnico de alface.

    N-NO3 N-NH4 P K Ca Mg S-SO4 B Cu Fe Mn Mo Zn Referncia*

    g1.000L-1

    86,5 8,7 12 145 45 12 16 0,2 0,01 2,0 0,2 0,005 0,02 1266 18 62 430 180 24 36 0,3 0,05 2,2 0,3 0,05 0,05 2156 - 28 252 93 26 34 0,5 0,05 3,0 0,5 0,05 0,1 3

    238 - 62 426 161 24 32 0,3 0,05 5,0 0,4 0,05 0,3 4166 - 30 279 149 46 90 0,5 0,02 2,5 2,0 0,05 0,1 5206 - 50 211 200 29 38 0,5 0,02 3,0 0,5 0,1 0,15 6165 - 35 339 78 23 49 0,1 0,1 5,0 0,2 0,03 0,14 7174 24 39 183 142 38 52 0,3 0,02 2,0 0,4 0,06 0,06 8

    1- Sazaki (1992); 2- Sonneveld & Straver (1994), acrescentar 14 g e 21 g de Si 1.000L-1, para alface e pepino, respectivamente;

    3- Muckle (1993); 4- Castellane & Araujo (1994); 5- Lim & Wan (1984); 6- Adams (1994); 7- Carrasco & Izquierdo (1996); 8-Furlani (1998)

  • 7/25/2019 cultivoprotegidoenfasehidroponia

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    QUADRO 3. Concentraes de nutrientes recomendadas por diversos autores para o cultivo hidropnico de algumas hortalias

    de frutos.

    Cultura N-NO3 N-NH4 P K Ca Mg S-SO4 B Cu Fe Mn Mo Zn Referncia*

    g /1.000LTomate 103,5 12 16 109 67,5 24 32 0,2 0,01 2,0 0,2 0,005 0,02 1

    151 14 39 254 110 24 48 0,3 0,05 0,8 0,6 0,05 0,05 2192 - 46 275 144 32 42 0,5 0,05 0,5 0,5 0,05 0,1 3

    169 - 62 311 153 43 50 0,3 0,05 4,3 1,1 0,05 0,3 4Pepino 198 21 24 217,5 157,5 48 64 0,2 0,01 2,0 0,2 0,005 0,02 1168 14 31 254 110 24 32 0,3 0,05 0,8 0,6 0,05 0,05 2185 - 46 229 170 32 42 0,5 0,05 1,0 0,5 0,05 0,1 3174 - 56 258 153 41 54 0,3 0,05 4,3 1,1 0,05 0,3 4

    Pimenta 175 14 31 244 120 27 32 0,3 0,05 0,8 0,6 0,05 0,05 2185 - 46 231 170 32 50 0,5 0,05 1,5 0,5 0,05 0,1 3

    Pimento 152 - 39 245 110 29 32 0,3 0,05 3,7 0,4 0,05 0,3 4Berinjela 165 14 31 254 90 37 36 0,3 0,05 0,8 0,6 0,05 0,05 2

    179 - 46 303 127 39 48 0,3 0,05 3,2 0,6 0,05 0,3 4Morango 73,4 8,7 12 109 45 12 16 0,2 0,01 2,0 0,2 0,005 0,02 1

    140 7 39 205 110 27 36 0,3 0,05 1,0 0,6 0,05 0,05 2101 3 44 208 123 51 134 0,5 0,05 3,0 0,5 0,05 0,1 3125 - 46 176 119 24 32 0,3 0,05 2,5 0,4 0,05 0,3 4138 35 36 292 95 30 - - 0,17 6,0 0,5 - 0,2 5

    Melo 198 25,2 32 217,5 157,5 36 48 0,2 0,01 2,0 0,2 0,005 0,02 1170 - 39 225 153 24 32 0,3 0,05 2,2 0,6 0,05 0,3 4

    200 - 50 680 180 30 - 0,5 0,2 6,0 0,5 0,2 0,2 6 primavera130 - 40 400 70 30 - 0,5 0,2 6,0 0,5 0,2 0,2 6 vero

    * 1, 2, 3 e 4 vide quadro 2; 5- Sarooshi & Cresswell (1994); 6- Pardossi et al. (1994).

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    Quadro 4. Concentraes de nutrientes recomendadas para o cultivo hidropnico de plantas ornamentais (Sonneveld & Straver, 1994).

    Cultura N-NO3N-NH4 P K Ca Mg S-SO4 B Cu Fe Mn Mo Zn

    g1.000L-1Alstroemeria 158 18 39 235 115 24 40 0,3 0,05 1,40 0,6 0,05 0,3

    105 11 31 186 80 18 40 0,2 0,05 1,4 0,3 0,05 0,3Anemona 182 14 47 254 150 24 40 0,3 0,05 2,0 0,3 0,05 0,3Cravo 182 14 39 244 150 24 40 0,6 0,05 1,4 0,6 0,05 0,3

    102 11 19 156 70 12 26 0,2 0,03 1,1 0,3 0,05 0,2

    Antrio 91 14 31 176 60 24 48 0,2 0,03 0,8 0,2 0,05 0,2Aster 182 14 39 244 150 24 40 0,3 0,05 1,4 0,6 0,05 0,3Bouvardia 182 18 54 235 170 24 48 0,2 0,05 1,4 0,3 0,05 0,2

    112 14 47 156 100 12 24 0,2 0,05 1,4 0,3 0,05 0,2Crisntemo 179 18 31 293 100 24 32 0,2 0,03 3,4 1,1 0,05 0,2Cymbidium 63 7 31 137 80 21 68 0,2 0,03 0,4 0,6 0,05 0,2

    56 17 31 127 65 21 72 0,2 0,03 0,4 0,6 0,05 0,3Euforbia 161 14 47 235 140 24 48 0,2 0,03 2,0 0,6 0,05 0,2

    Freesia 203 17 39 303 135 36 48 0,3 0,05 1,4 0,6 0,05 0,3Gerbera 158 21 38 215 120 24 40 0,3 0,05 2,0 0,3 0,05 0,3105 14 23 166 70 12 24 0,2 0,03 1,4 0,3 0,05 0,3

    Gypsophila 210 17 54 274 180 30 48 0,3 0,05 1,4 0,6 0,05 0,3Hippeastrum 182 14 39 293 125 24 40 0,3 0,03 0,6 0,6 0,05 0,3Rosa 60 7 16 90 44 10 16 0,2 0,05 1,4 0,3 0,05 0,2

    154 18 39 196 140 18 40 0,2 0,03 0,8 0,3 0,05 0,2Statice 168 14 31 235 120 24 32 0,03 0,05 0,8 0,6 0,05 0,3

    Q d 5 R l d i /f tili t d f t d t i t d

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    Quadro 5. Relao de sais/fertilizantes usados como fontes de macronutrientes para o preparo de

    solues nutritivas.

    Sal ou Fertilizante Nutriente Concentrao CE Quantidade paraFornecido (sol.0,1%) preparar 1 mgL-1

    de cada nutriente

    % mS g1.000L-1

    Nitrato de potssio K 36,5 1,28 2,74(13-0-44) N-NO3 13 7,69

    Nitrato de clcio Ca 19 1,18 5,26N-NO3 14,5 6,90

    N-NH4 1,0 100,00

    Nitrato de magnsio Mg 9 0,70 11,11

    N-NO3 11 9,09

    Fosfato monoamnio (MAP) N-NH4 11 0,95 9,09

    purificado (11-60-0) P 26 3,85

    Nitrato de amnio N-NH4 16,5 1,50 6,06

    N-NO3 16,5 6,06

    Fosfato monopotssico (MKP) K 29 0,70 3,45(0-52-34) P 23 4,35

    Cloreto de potssio (branco) K 52 1,70 1,92Cl 47 2,13

    Sulfato de potssio K 41 1,20 2,44

    S 17 5,88

    Sulfato de magnsio Mg 9 0,88 11,11S 13 7,69

    id f f i 85% D 1 7 P 27 1 00 3 70 (2 18 L)

    Q adro 6 Relao de sais/fertili antes sados como fontes de micron trientes para o preparo de

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    Quadro 6. Relao de sais/fertilizantes usados como fontes de micronutrientes para o preparo de

    solues nutritivas.

    Sal ou Fertilizante Nutriente fornecido Concentrao Quantidade parapreparar 0,1mgL-1de cada nutriente

    % g1.000L-1FeSO4.7H2O + Na2EDTA Fe vide abaixo

    1FeDTPA Fe 11 0,91

    FeEDTA Fe 13 0,76FeEDDHA Fe 6 1,67FeEDDHMA Fe 6 1,67

    cido brico B 17 0,59Brax B 11 0,91

    Sulfato de cobre Cu 24 0,41CuEDTA Cu 15 0,66

    Sulfato de mangans Mn 26 0,38Cloreto de mangans Mn 27 0,37MnEDTA Mn 14 0,71

    Sulfato de zinco Zn 22 0,45Cloreto de zinco Zn 45 0,22ZnEDTA Zn 15 0,66

    Molibdato de sdio Mo 39 0,26Molibdato de amnio Mo 54 0,19cido molbdico Mo 66 0,15

    1Para preparar uma soluo contendo 10 mgmL-1de Fe, dissolver, separadamente em cada 450

    mL de gua, 50 g de sulfato ferroso e 60 g de EDTA dissdico. Aps a dissoluo, misturar

    acrescentando a soluo de EDTA soluo de sulfato ferroso. Efetuar o borbulhamento de ar na

    soluo obtida at completa dissoluo de qualquer precipitado formado. Guardar em frasco

    escuro e protegido da luz.

    Quadro 7 Produtos comerciais usados como fontes de micronutrientes para o preparo de

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    Quadro 7. Produtos comerciais usados como fontes de micronutrientes para o preparo de

    solues nutritivas.

    Nutriente ConMicros ConMicros Librel Quelatec Micromix Rexolin

    Premium Standard BMX AZ CXK

    % mg/mL %

    Boro 1,2 2,0 0,9 0,7 0,5 1,5

    Cobre 0,5 0,8 1,7 2,3 1,5 0,5

    Ferro 4,6 8,0 3,4 7,5 4,0 3,4

    Mangans 1,2 2,0 1,7 3,5 4,0 3,2

    Molibdnio 0,2 0,4 0,0 0,4 0,1 0,05

    Zinco 0,5 0,8 0,6 0,7 1,5 4,2Nquel 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

    Potssio 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 12,0

    Magnsio 0,0 0,0 0,0 0,0 9,0 1,2

    Enxfre 0,0 0,0 0,0 7,0 0,0 1,5

    Quadro 8 Quantidades de sais para o preparo de 1 000 L de soluo nutritiva proposta

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    Quadro 8. Quantidades de sais para o preparo de 1.000 L de soluo nutritiva proposta

    do Instituto Agronmico (Furlani, 1998)

    No sal/fertilizante g1.000L-1

    1 Nitrato de clcio 750

    2 Nitrato de potssio 500

    3 Fosfato monoamnio 150

    4 Sulfato de magnsio 400

    5 Conmicros Standard 25

    Ou

    5 Conmicros Premium 40

    Ou

    5 Sulfato de cobre 0,15

    5 Sulfato de zinco 0,55 Sulfato de mangans 1,5

    5 cido brico ou 1,5

    Brax 2,3

    5 Molibdato de sdio ou 0,15

    Molibdato de amnio 0,12

    5 FeEDDHMA (6% Fe) ou 30,0

    FeEDTA (13% Fe) ou 13,8

    FeDTPA (11% Fe) ou 16,3

    FeEDDHA (6% Fe) ou 30,0

    Sol. FeEDTANa2(10mg.mL-1de Fe) 180 mL

    Quadro 9 Formao de compostos em soluo nutritiva diluda pronta para uso com

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    Quadro 9. Formao de compostos em soluo nutritiva diluda pronta para uso com

    pH 6,0. Resultados expressos em porcentagem.

    Ca SO496,24 % como metal livre 75,00 % como ligante livre2,79 % conplexado com SO4 18,05 % conplexado com Ca0,97 % conplexado com PO4 5,09 % conplexado com Mg

    Mg 1,50 % conplexado com K96,95 % como metal livre 0,15 % conplexado com Na2,23 % conplexado com SO4 0,12 % conplexado com Mn +2

    0,81 % conplexado com PO4 0,08 % conplexado com ZnK NH399,79 % como metal livre 0,09 % como ligante livre0,21 % conplexado com SO4 99,91 % conplexado com H+

    Na PO499,87 % como metal livre 10,19 % conplexado com Ca0,13 % conplexado com SO4 2,98 % conplexado com Mg

    Fe +3 0,13 % conplexado com Zn99,99 % conplexado com DTPA 86,71 % conplexado com H+

    Mn +2 B(OH)497,02 % como metal livre 0,07 % como ligante livre2,81 % conplexado com SO4 99,93 % conplexado com H+0,17 % conplexado com DTPA MoO4

    Cu +2 98,74 % como ligante livre0,04 % como metal livre 1,26 % conplexado com H+99,96 % conplexado com DTPA NO3

    Zn 100,00 % como ligante livre

    17,52 % como metal livre DTPA0,51 % conplexado com SO4 10,11 % conplexado com Fe +30,51 % conplexado com PO4 0,04 % conplexado com Mn +20,40 % conplexado com NO3 49,08 % conplexado com Cu +280,84 % conplexado com DTPA 40,77 % conplexado com Zn0,22 % conplexado com OH-

    Quadro 10. Formao de compostos em soluo nutritiva diluda pronta para uso com pH

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    Q p p p p

    6,4. Resultados expressos em porcentagem.

    Ca SO494,87 % como metal livre 75,24 % como ligante livre2,76 % conplexado com SO4 17,85 % conplexado com Ca1,27 % conplexado com PO4 5,07 % conplexado com Mg1,10 % em forma slida com PO4 1,51 % conplexado com K

    Mg 0,15 % conplexado com Na96,29 % como metal livre 0,12 % conplexado com Mn +22,22 % conplexado com SO4 0,06 % conplexado com Zn1,48 % conplexado com PO4 NH3

    K 0,22 % como ligante livre99,79 % como metal livre 99,78 % conplexado com H+0,21 % conplexado com SO4 PO4

    Na 13,23 % conplexado com Ca99,87 % como metal livre 7,68 % em forma slida com Ca0,13 % conplexado com SO4 5,46 % conplexado com Mg

    Fe +3 1,10 % em forma slida com Fe

    +332,94 % em forma slida com PO4 0,16 % conplexado com Zn67,05 % conplexado com DTPA 72,37 % conplexado com H+0,01 % conplexado com OH- B(OH)4

    Mn +2 0,18 % como ligante livre96,89 % como metal livre 99,82 % conplexado com H+2,82 % conplexado com SO4 MoO40,29 % conplexado com DTPA 99,50 % como ligante livre

    Cu +2 0,50 % conplexado com H+0,02 % como metal livre NO399,97 % conplexado com DTPA 100,00 % como ligante livre

    Zn DTPA13,83 % como metal livre 6,78 % conplexado com Fe +30,40 % conplexado com SO4 0,06 % conplexado com Mn +20,64 % conplexado com PO4 51,39 % conplexado com Cu +20,32 % conplexado com NO3 41,77 % conplexado com Zn

    84,36 % conplexado com DTPA0,44 % conplexado com OH-

    Quadro 11. Formao de compostos em soluo nutritiva diluda pronta para uso com pH

  • 7/25/2019 cultivoprotegidoenfasehidroponia

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    p p p p

    6,6. Resultados expressos em porcentagem.

    Ca SO488,99 % como metal livre 76,07 % como ligante livre2,62 % conplexado com SO4 16,93 % conplexado com Ca0,74 % conplexado com PO4 5,15 % conplexado com Mg7,65 % em forma slida com PO4 1,53 % conplexado com K

    Mg 0,15 % conplexado com Na96,70 % como metal livre 0,12 % conplexado com Mn +2

    2,26 % conplexado com SO4 0,05 % conplexado com Zn1,03 % conplexado com PO4 NH3K 0,34 % como ligante livre

    99,79 % como metal livre 99,66 % conplexado com H+0,21 % conplexado com SO4 PO4

    Na 7,78 % conplexado com Ca99,87 % como metal livre 53,25 % em forma slida com Ca0,13 % conplexado com SO4 3,80 % conplexado com Mg

    Fe +3 0,09 % conplexado com Zn40,89 % conplexado com DTPA 35,08 % conplexado com H+0,02 % conplexado com OH- B(OH)459,09 % em forma slida com OH- 0,29 % como ligante livre

    Mn +2 99,71 % conplexado com H+96,76 % como metal livre MoO42,84 % conplexado com SO4 99,68 % como ligante livre0,39 % conplexado com DTPA 0,32 % conplexado com H+

    Cu +2 NO30,02 % como metal livre 100,00 % como ligante livre99,97 % conplexado com DTPA DTPA

    Zn 4,14 % conplexado com Fe +311,86 % como metal livre 0,08 % conplexado com Mn +20,35 % conplexado com SO4 52,74 % conplexado com Cu +20,38 % conplexado com PO4 43,05 % conplexado com Zn0,27 % conplexado com NO386,53 % conplexado com DTPA

    0,60 % conplexado com OH-

    Quadro 12. Formao de compostos de ferro, cobre, mangans e zinco em funo de

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    quelatos de ferro e do pH da soluo nutritiva. Resultados expressos em

    porcentagem.

    pH da soluo nutritiva

    Quelatos Formas 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 7,5 8,0

    Composto formado, %FeEDTA

    FePO4 0,9 1,9 3,5 6,5 10,5 0,0 0,0 0,0FeEDTA 99,0 98,1 96,5 93,5 89,5 67,6 15,9 1,2Fe(OH) 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 32,4 84,1 98,8Cu2+ 6,3 0,7 0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0Mn2+ 92,7 92,5 91,3 82,1 67,0 18,5 4,3 3,4Zn2+ 83,1 54,5 13,1 1,8 0,6 0,1 0,0 0,0Cu EDTA 92,8 99,2 99,9 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0Mn EDTA 0,0 0,2 1,5 11,4 27,2 79,7 92,6 96,1

    Zn EDTA 6,2 38,1 84,9 97,9 99,2 99,9 100,0 100,0FeEDDHAFePO4 0,8 0,7 0,8 0,8 0,8 0,0 0,0 0,0FeEDDHA 99,2 99,3 99,2 99,2 99,2 99,1 98,9 96,4Fe(OH) 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,9 1,1 3,6Cu2+ 28,1 22,1 13,5 6,5 6,6 1,4 0,1 0,0Mn2+ 92,6 92,6 92,6 92,6 92,0 91,4 89,8 75,1Zn2+ 88,6 88,1 86,6 82,9 81,2 77,8 63,8 37,9Zn OH 0,0 0,1 0,4 1,1 3,4 10,4 27,3 53,6Cu EDDHA 67,7 74,4 84 91,3 88,8 95,9 98,3 98,8Mn EDDHA 0,1 0,1 0,1 0,1 0,0 0,1 1,1 13,6Zn EDDHA 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 0,8

    FeDTPAFePO4 1,1 1,6 2,5 3,3 3,7 0,0 0,0 0,0FeDTPA 98,9 98,4 97,5 96,7 96,3 91,5 77,6 56,2Fe(OH) 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 8,5 22,4 43,8Cu2+ 2,9 0,6 0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

    Mn2+ 92,7 92,7 92,6 92,0 89,9 68,3 9,1 0,4Zn2+ 79,5 62,0 33,9 11,1 5,7 0,5 0,0 0,0Cu DTPA 96,7 99,3 99,9 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0Mn DTPA 0,0 0,0 0,1 0,8 2,3 25,3 90,0 99,5Zn DTPA 10,4 29,6 60,9 86,6 93 99,4 100,0 100,0

    Quadro 13. Formao de compostos de clcio e de fsforo em funo do pH da soluoi i d R l d

  • 7/25/2019 cultivoprotegidoenfasehidroponia

    59/64

    nutritiva concentrada. Resultados expressos em porcentagem..pH = 2,5 pH = 4,5

    Ca Ca94,77 % como metal livre 93,74 % como metal livre5,23 % conplexado com PO4 6,26 % conplexado com PO4

    NH3 NH3100,00 % conplexado com H+ 100,00 % conplexado com H+

    PO4 PO429,34 % conplexado com Ca 35,13 % conplexado com Ca70,66 % conplexado com H+ 64,87 % conplexado com H+

    NO3 NO399,99 % como ligante livre 100,00 % como ligante livre

    pH = 3,0 pH = 5,0Ca Ca

    94,18 % como metal livre 87,27 % como metal livre5,82 % conplexado com PO4 2,76 % conplexado com PO4

    NH3 9,97 % em forma slida com PO4100,00 % conplexado com H+ NH3

    PO4 99,99 % conplexado com H+

    32,67 % conplexado com Ca PO467,33 % conplexado com H+ 15,50 % conplexado com Ca

    NO3 55,92 %