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2013.1 1 Profº: Diego Gomes LEGISLAÇÃO

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2013.1 1

Profº: Diego Gomes

LEGISLAÇÃO

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AULA III

"Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que

não a conhece".

Lei de Introdução ao Código Civil

1 – LEGISLAÇÃO INFRA E CONSTITUCIONAL TRABALHISTA

Como vimos nas aulas anteriores, a Constituição Federal é o alicerce de todo o ordenamento

jurídico. Partindo desse princípio destacamos que a Carta Magna brasileira de 1988 trata, em seu artigo 7º

inciso XXII, de direitos dos trabalhadores rurais e urbanos como a redução dos riscos inerentes ao trabalho.

ART. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem a melhoria de sua

condição social: (...)

XXII – redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança.

João Carlos Teixeira reafirma o nosso pensamento já exposto em sala de aula sobre a Constituição Federal

ser ampla e extensa, na medida em que versou sobre temas que poderiam ser legalizados por textos

infraconstitucionais, mas que o legislador constituinte preferiu garantir esses direitos na própria Carta

Magna. Diz ele:

“Hodiernamente, em nosso ordenamento jurídico, a segurança, higiene e medicina do trabalho, foi alçada a

matéria de direito constitucional, sendo direito social indisponível dos trabalhadores, ou melhor, direito

público subjetivo dos trabalhadores, exercerem suas funções em ambiente de trabalho seguro e sadio,

cabendo ao empregador tomar as medidas necessárias no sentido de reduzir os riscos inerentes ao

trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança (inciso XXII do art. 7º)”.

O próprio João Carlos Teixeira destaca que os artigos 6º, trata do direito à saúde, ao trabalho, à

segurança e previdência social e que entre o artigo 196 e artigo 200 da Constituição Federal dispõem .

“que a Saúde é direito de todos e dever do Estado, garantir e promover a efetividade desse direito,

mediante políticas, ações e serviços públicos de saúde, organizados em um sistema único, que podem ser

complementados por outros serviços de assistência à saúde prestados por instituições privadas. Tais ações e

serviços são de relevância pública, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua

regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de

terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado”.

Importante destacar, por fim, o pensamento de Teixeira que

“O art. 225 da Magna Carta assegura o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, essencial à

sadia qualidade de vida. O meio ambiente de trabalho também encontra proteção jurídica nesse dispositivo

constitucional, especificamente no inciso V do §1º”.

No que diz respeito ao meio ambiente de trabalho, positivado na própria Constituição Federal Celso

Antônio Pacheco Fiorillo afirma que

“o local onde as pessoas desempenham suas atividades laborais relacionadas à sua saúde, sejam

remuneradas ou não, cujo equilíbrio está baseado na salubridade do meio e na ausência de agentes que

comprometam a incolumidade físico-psíquica dos trabalhadores, independente da condição que ostentem

(homens ou mulheres, maiores ou menores de idade, celetistas, servidores públicos, autônomos etc.).”

Antonio Silveira R. dos Santos, por sua vez, conceitua o meio ambiente do trabalho como:

“o conjunto de condições existentes no local de trabalho relativos à qualidade de vida do trabalhador”.

Ressaltamos, todavia, que a Constituição Federal, em diversos casos recepciona leis existentes até a

sua vigência, desde que essas normas não se contraponham a própria Lei Maior além de ter vigência às leis

posteriores a CF, consideradas constitucionais, assim como também normas, regulamentos e decretos.

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Nosso pensamento coaduna com o de José Affonso Dallegrave Neto, pois o mesmo vem a dizer que

“não resta dúvidas de que a Carta Constitucional de 1988 recepcionou a Portaria nº 3.214/78 do MTE

(Ministério do Trabalho e Emprego) e suas inúmeras Normas Regulamentares (NRs). Ao julgador cabe

efetivar estas regras de prevenção, seja com vista a contribuir para a redução dos altos índices de acidentes

e doenças do trabalho, seja para prestigiar a interpretação sistêmica, conforme a Constituição Federal”.

No que diz respeito ao Brasil e as convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT),

Sebastião Geraldo de Oliveira afirma que

“O Brasil, como membro da OIT, já ratificou diversas convenções relacionadas com a segurança, a saúde e o

meio ambiente do trabalho. Na realidade, a OIT vem promovendo, na medida do possível, a uniformização

internacional do Direito do Trabalho, de modo a propiciar uma evolução harmônica das normas de proteção

ao trabalhador e alcançar a universalização da justiça social e do trabalho digno para todos”.

Sobre as Convenções da OIT podemos dizer que a mesma adotou rígida política de proteção do

operário, aprovou a Convenção nº. 155/81, ratificada pelo Brasil, que determinou no art. 4º a definição e

execução de uma política nacional que visa

“prevenir os acidentes e os danos para a saúde que sejam consequência do trabalho, guardem relação com

a atividade profissional ou sobrevenham durante o trabalho, reduzindo ao mínimo, na medida do possível,

as causas dos riscos inerentes ao meio ambiente do trabalho”.

Sobre a legislação infraconstitucional, podemos dizer que são leis que não inseridas dentro da

própria Constituição, a exemplo a Consolidação das Leis do Trabalho, Código Civil, Código Tributário dentre

outras. No que tange a legislação trabalhista e a segurança do trabalho destacamos o Capítulo V, Título II da

08/06/1978 do Ministério do Trabalho aprovou as Normas Regulamentadoras (NR) do Capítulo V da CLT, as

quais são constantemente atualizadas.

No que tange ao dinamismo social assim como também tecnológico, a regulamentação em normas

diversas possibilita ao Ministério do Trabalho promover as atualizações que entender de maneira mais

rápida, conforme preceitua Edwar Abreu Gonçalves ao falar que:

“em decorrência da acelerada revolução tecnológica que tem desencadeado profundas mudanças na

relação trabalho-capital, as normas regulamentadoras da proteção jurídica à segurança e saúde no

trabalho encontram-se em contínuo processo de atualização e modernização, objetivando a melhoria das

condições ambientais do trabalho, afinal de contas, é missão institucional do Estado velar pela saúde e

integridade física de sua força produtiva”.

Temos ainda a Lei 7369/1985 e o Decreto 93412 de 14/10/86 que instituiu e regulamentou o

salário adicional para os empregados do setor de energia elétrica em condições de periculosidade e, por

fim, a Portaria 3067 de 12/4/88 do Ministério do Trabalho que aprovou as Normas Regulamentadoras

Rurais (NRR).

2 – CLT: SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO

A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) trata no Capítulo V, – “Da Segurança e Medicina do

Trabalho”, falando em doze seções sobre o assunto. O artigo 154 da referida Lei faz o esboço de todo o

texto ao afirmar que:

Art. 154. A observância, em todos os locais de trabalho, do dispositivo neste Capítulo, não desobriga as

empresas do cumprimento de outras disposições que, com relação à matéria, sejam incluídas em códigos de

obras ou regulamentos sanitários dos Estados ou Municípios em que se situem os respectivos

estabelecimentos, bem como daquelas oriundas de convenções coletivas de trabalho.

Sergio Pinto Martins destaca que:

“a segurança e medicina do trabalho são o segmento do direito do trabalho incumbido de oferecer

condições de são o segmento do direito do trabalho incumbido de oferecer condições de proteção à saúde

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do trabalhador no local de trabalho e de sua recuperação quando não se encontrar em condições de prestar

serviços ao empregador.”

Nesse direcionamento, José Affonso Dallegrave Neto referenda Sergio Pinto Martins sobre o artigo

154 da CLT ao destacar que

“como se vê, a sua abrangência é ampla e atinge qualquer tipo de norma cujo conteúdo verse sobre

segurança e saúde. Logo, cabe ao empregador obedecer toda e qualquer norma a respeito, seja ela prevista

em lei, tratados internacionais, instrumento normativo da categoria ou portarias ministeriais”.

Podemos então, observar as seções do capítulo V, que estabelece dispositivos gerais devendo ser

observados em todos os locais de trabalho, subdividindo-as, de acordo com a própria CLT, da seguinte

maneira:

Seção I – Define as competências dos Órgãos Governamentais, das empresas e dos empregados relativas a

segurança e medicinado trabalho;

Seção II – Relaciona aspectos relativos ao funcionamento, embargo e interdição de estabelecimentos;

Seção III – Torna obrigatória às empresas manter serviços especializados em segurança e medicina do

trabalho;

Seção IV – Estabelece a obrigatoriedade do fornecimento pelas empresas de equipamentos de proteção

individual (EPI) aos operários;

Seção V – Define as medidas preventivas de medicina do trabalho a serem observadas pelo empregador;

Seção VI a XII – Estabelecem as condições a serem observadas nos ambientes de trabalho, com relação às

edificações, iluminação, conforto térmico, instalações elétricas, movimentação, armazenagem e manuseio

de materiais, caldeiras, fornos e recipientes sob pressão;

Seção XIII – Define as atividades insalubres e (ou) perigosas, como é feita sua caracterização, eliminação,

ou neutralização, assim como os valores dos adicionais a serem pagos aos trabalhadores;

Seção XIV e XV – Estabelecem medidas de prevenção da fadiga e outras medidas especiais de proteção ao

trabalhador;

Seção XVI – Define as penalidades decorrentes do não cumprimento do disposto no Capítulo V da CLT.

Podemos entender assim que a legislação da CLT se desdobra a partir das Normas

Regulamentadoras que são desdobramentos do artigo 155 assim como do artigo 200 que cabe ao

Ministério do Trabalho estabelecer as disposições complementares a este capítulo da CLT.

Sobre o artigo 200 da CLT, Cândida Estefânia Vieira de Melo Oliveira destaca que o mesmo

“edita as Normas Regulamentadoras (NR) a fim de complementar as demais regras de proteção à saúde e

segurança do trabalhador, observadas as peculiaridades das diversas atividades e setores de trabalho”.

2.1 NORMAS REGULAMENTADORAS

As normas regulamentadoras são utilizadas para estabelecer requisitos técnicos e legais sobre os

aspectos de Segurança e Saúde ocupacional. O Ministério do Trabalho, através da Portaria nº 3.214, de

8/06/1978, aprovou as Normas Regulamentadoras - NR - previstas no Capítulo V da CLT. Esta mesma

Portaria estabeleceu que as alterações posteriores das NR seriam determinadas pela Secretaria de

Segurança e Saúde do Trabalho, órgão do atual Ministério do Trabalho e Emprego.

Por sua vez, a segurança do trabalho rural tem regulamentação específica através da Lei nº 5.889,

de 5/06/1973, cujas Normas Regulamentadoras Rurais - NRR - foram aprovadas pela Portaria nº 3.067, de

12/04/1988. Essa portaria foi revogada e a regulamentação do trabalho rural está concentrada em uma

norma regulamentadora específica, que é a NR-31. Existe ainda uma legislação acidentária, pertinente à

área da Previdência Social. Aqui se estabelecem os critérios das aposentadorias especiais, do seguro de

acidente do trabalho, indenizações e reparações. Elas, ainda, regulamentam e fornecem orientações sobre

procedimentos e se estabelecem como base para avaliação ou mesmo realização de algo, sobre o que é ou

mesmo como deve agir conforme o que é regulamentado por lei.

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No que tange as Normas Regulamentadoras - NR, relativas à segurança e medicina do trabalho, elas

são de observância obrigatória pelas empresas privadas e públicas e pelos órgãos públicos da

administração direta e indireta, bem como pelos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, que possuam

empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT.

Sobre as Normas Regulamentadoras, Cândida Estefânia Vieira de Melo Oliveira vem a afirmar que

“dependendo do tipo de atividade desenvolvida pelo empregador, estará o mesmo obrigado a zelar pela

observância e cumprimento dessas normas de segurança e medicina do trabalho (por exemplo:

obrigatoriedade de fornecimento de equipamentos de proteção individual ou coletivo) para prevenção dos

infortúnios do trabalho (acidentes e doenças profissionais) sob pena de arcar com sua responsabilidade por

algum dano suportado por seu empregado no decorrer da vigência do contrato de trabalho”.

Atualmente o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) possui 35 normas regulamentadoras,

todavia a de número 27 que trata sobre o Técnico de Segurança do Trabalho foi revogada em 2008 pela

portaria GM nº 262/2008. Sobre as atuais 35 Normas Regulamentadoras, Ricardo Karpat afirma que:

“têm como finalidade estabelecer os requisitos técnicos e legais para os aspectos mínimos de Segurança e

Saúde Ocupacional dos trabalhadores e são obrigações trabalhistas a serem cumpridas por todo

empregador que contrate empregados pelo regime CLT”.

Dessa maneira, o poder público que tem funcionários em regime celetista, ou seja, em regime

próprio de contratação, principalmente através de concurso público, não estão inseridos dentro dessas

normas. Porém as empresas privadas e públicas, órgãos públicos da administração direta e indireta, bem

como pelos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário estão inseridas na amplitude dessas normas. O

próprio Ricardo Karpat destaca ainda que algumas Normas Regulamentadoras são genéricas, ou seja, valem

para os mais diversos segmentos, “tais como higienização de instalações sanitárias, condições de conforto e

segurança para alimentação e trabalho e cores para serem utilizadas como sinalização de segurança nos

ambientes de trabalho” .

Como vamos observar adiante algumas Normas Regulamentadores são para segmentos específicos,

todavia outras foram inseridas para atuar de maneira genérica e em todas as áreas. Nesse sentido, José

Affonso Dallegrave Neto vem a dizer que as Normas Regulamentadoras (NRs) do Ministério do Trabalho e

Emprego (MET):

“que dispõem sobre medidas complementares no campo da prevenção de doenças e acidentes do trabalho

cumprem expressa delegação normativa estampada em lei federal (art. 200, I, da CLT), além de efetivarem

direito fundamental previsto no art. 7º, XXII, da Constituição Federal. Logo, as NRs contêm densidade legal

e vinculante para todas “as empresas privadas e públicas e pelos órgãos públicos de administração direta e

indireta, bem como pelos órgãos dos poderes legislativo e judiciário, que possuam empregados regidos pela

Consolidação das Leis do Trabalho – CLT.”

Importante destacar ainda os estudos de José Affonso Dallegrave Neto sobre a decisão do Supremo

Tribunal Federal (STF) em relação a NR-7 e NR-9.

“Registre-se que o STF já examinou este tema quando da Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 1.347-5,

interposta pela Confederação Nacional de Transportes – CNT, incidente sobre os Atos que reformularam a

NR-7 (PCMSO) e a NR-9 (PPRA), previstas na Portaria 3.214/78. Além de não conhecer da aludida ADI-MC nº

1.347-5, o excelso STF, em sua composição plena, fez questão de registrar que “a preservação da saúde da

classe trabalhadora constitui um dos graves encargos de que as empresas privadas são depositárias”, nos

termos do art. 1º, IV, da Constituição Federal.”

Artigo 1º, inciso IV, da Constituiçaõ federal, diz :

Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do

Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: (...)

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IV – os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;

Sobre o referido dispositivo aludido acima, José Afonso da Silva vem a dizer que a Constituição

consagra o país como economia de mercado, que possui natureza capitalista, porém:

“a ordem econômica dá prioridade aos valores do trabalho humano sobre todos os demais valores da

economia de mercado. Conquanto se trate de declaração de princípio, essa prioridade tem o sentido de

orientar a intervenção do Estado na economia, a fim de fazer valer os valores sociais do trabalho que, ao

lado da iniciativa privada, constituem o fundamento não da ordem econômica, mas da própria República

Federativa do Brasil(art. 1º, IV)”

Sobre a elaboração e modificação, o MTE destaca que uma comissão tripartite composta por

representantes do governo, empregadores e empregados são responsáveis para realizar esses atos, além

do mais as Normas Regulamentadoras são elaboradas e modificadas por meio de Portarias expedidas pelo

próprio ministério. Nenhuma das Normas “cai em desuso” sem que exista uma Portaria identificando a

modificação pretendida, ou seja, em caso de modificação a atual passa a valer e a anterior é excluída.

No que diz respeito a sua aplicação o próprio José Affonso Dallegrave Neto exemplifica a legalidade

da mesma destacando duas NRs assim como uma Súmula do STF sobre o assunto. Diz ele:

“Exemplo de sua plena aplicabilidade ocorre nos enquadramentos dos pedidos de insalubridade e de

periculosidade nos termos da NR-15 e NR-16, respectivamente. Ora, durante décadas a Justiça do Trabalho

vem aplicando com acerto as Normas Regulamentadoras e nunca ninguém obteve êxito na alegação de

“ilegalidade” ou “ausência de força normativa”. O próprio STF já pacificou este entendimento ao editar a

Súmula nº 194: “é competente o MTE para especificações das atividades insalubres”.

Por fim, as normas regulamentadoras não são as únicas a serem observadas pelo empregador,

sendo que Leis, Decretos, Decretos-Lei, Medidas Provisórias, Portarias, Instruções Normativas

(Fundacentro), Resoluções (Cnen e Agencias do Governo), Ordens de Serviço (INSS), Regulamentos Técnicos

(Inmetro) devem ser observadas e cumpridas, sob pena de multas, entre outras penalidades.

NR 1 – DISPOSIÇÕES GERAIS

Estabelece as competências relativas às NR no âmbito dos Órgãos governamentais, define os

principais termos usados nas normas e estabelece as obrigações gerais do empregador e do empregado

assim como de empresas públicas e pelos órgãos públicos da administração direta e indireta.

NR 2 – INSPEÇÃO PRÉVIA

Estabelece os procedimentos a serem seguidos para o início das atividades de qualquer

estabelecimento novo visando obter junto ao Órgão Regional do MTB a aprovação de suas instalações e do

“Certificado de Aprovação de Instalações”.

NR 3 – EMBARGO OU INTERDIÇÃO

Estabelece as condições em que pode ocorrer interdição de um

estabelecimento, setor de serviço, máquina ou equipamento ou embargo de uma obras em função da

existência de risco grave e iminente para o trabalhador.

NR 4 – SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA E EM MEDICINA DO TRABALHO

(SESMT)

Define as empresas que deverão manter SESMT, e estabelece que o dimensionamento deste serviço

vincula-se a finalidade de promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho.

1- Apresenta o quadro de “Classificação Nacional de Atividades

Econômicas” e seu correspondente “grau de risco”;

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2 - Estabelece os requisitos a serem observados pelos profissionais que venham a ocupar os cargos de

médico do trabalho, engenheiro de segurança do trabalho, enfermeiro do trabalho, auxiliar de enfermagem

do trabalho e técnico de segurança do trabalho;

3 - relaciona as competências dos profissionais integrantes do SESMT;

4 - define o número de profissionais que irá constituir o SESMT e a jornada mínima de trabalho dos

mesmos, através do relacionamento entre o grau de risco do estabelecimento e o número de operários.

NR 5 – COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES (CIPA)

Estabelece a obrigatoriedade da constituição da CIPA nas empresas, seus objetivos, como deve ser

constituída, suas obrigações junto ao MTB, as atribuições, deveres e direitos de seus componentes e as

obrigações dos empregados e do empregador relativas a seu funcionamento para tornar o local de trabalho

compatível permanentemente com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador.

NR 6 – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)

1 - Define o que são EPI, como todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo

trabalhador, destinado a proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.

2 - Estabelece as obrigações do empregador quanto aos fornecimentos gratuitos dos EPI,

treinamento dos funcionários para o uso dos mesmos, a responsabilidade de tornar obrigatório seu uso e

dá outras disposições;

3 - estabelece as obrigações dos empregados relativas ao uso dos EPI;

4 - define as obrigações do fabricante e do importador de EPI;

5 - estabelece que todo EPI deve possuir “Certificado de Aprovação”(CA) fornecido pelo MTb e dá

outras disposições relativas ao assunto.

NR 7 – PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL (PCMSO)

1 - Estabelece a obrigatoriedade por parte dos empregadores em elaborar e implementar PCMSO,

assim como o acompanhamento do programa, com o objetivo de promoção e preservação da saúde do

conjunto de seus trabalhadores;

2 - define as diretrizes e responsabilidades do empregador e do médico coordenador relativas ao

PCMSO;

3 - estabelece a realização obrigatória de exames médicos nos operários, sua frequência, a

necessidade da realização de exames complementares e dá outras disposições;

4 – torna obrigatória a emissão de “Atestado de saúde Ocupacional” (ASO), seu conteúdo mínimo e

o direito do trabalhador em receber uma via do mesmo;

5 - estabelece a obrigação dos estabelecimentos em possuírem materiais para prestação de

primeiros socorros.

NR 8 – EDIFICAÇÕES

Estabelece os requisitos técnicos mínimos que devem ser observados nas edificações para garantir

o conforto aos que nelas trabalham.

NR 9 - PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS (PPRA)

1 - Estabelece a obrigatoriedade do empregador de elaborar e implementar o PPRA visando a

preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores através da antecipação, reconhecimento,

avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no

ambiente de trabalho, tendo em consideração o meio ambiente e os recursos naturais;

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2 - define os responsáveis pela elaboração do PPRA a forma como devem ser levadas a efeito as

ações, os parâmetros mínimos a serem observados em sua elaboração, sua estrutura e forma de

acompanhamento e registro de dados e dá outras disposições.

NR 10 – INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE

1 - Fixa as condições mínimas exigíveis para garantir a segurança dos empregados que tenham em

instalações elétricas em suas diversas etapas, incluindo o projeto, execução, operação, manutenção,

reforma e ampliação e ainda a segurança de usuários e terceiros;

2 - estabelece as condições mínimas que qualificam os trabalhadores que atuam direta ou

indiretamente em redes elétrica e serviços com eletricidades.

NR 11 – TRANSPORTE, MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAMENTO E MANUSEIO DE MATERIAIS

1 - Define as normas de segurança para operação de elevadores, guindastes, transportadores

industriais assim como também em máquinas transportadoras;

2 - estabelece as normas de segurança para as atividades de movimentação, armazenagem

manuseio e transporte de sacas e de armazenamento de materiais.

NR 12 – MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

1 – definem referências técnicas, princípios fundamentais e medidas de proteção para garantir a

saúde e a integridade física dos trabalhadores e estabelece requisitos mínimos para a prevenção de

acidentes e doenças do trabalho nas fases de projeto e utilização de máquinas e equipamentos de todos os

tipos, e ainda à sua fabricação, importação, comercialização, exposição e cessão a qualquer título, em todas

as atividades econômicas, sem prejuízo da observância do disposto nas NRs.

NR 13 – CALDEIRAS E VASOS DE PRESSÃO

Considera-se “profissional habilitado” aquele que tem competência legal para o exercício da

profissão de engenheiro nas atividades referentes a projeto de construção, acompanhamento e

manutenção, inspeção e habilitação de pessoal para operação de caldeiras e vasos sob pressão em

conformidade com a regulamentação profissional vigente no País.

NR 14 – FORNOS

Os fornos, para qualquer utilização, devem ser construídos solidamente, revestidos com material

refratário, de forma que o calor radiante não ultrapasse os limites de tolerância estabelecidos pela NR 15.

NR 15 – ATIVIDADES E OPRAÇÕES INSALUBRES

1 - Define “Limites de Tolerância” e as atividades e operações consideradas insalubres e sua

graduação (“graus de insalubridade”), a concentração ou intensidade máxima ou mínima relacionada com a

natureza e o tempo de exposição ao agente, que não causará dano à saúde do trabalhador durante a vida

laboral, que são relacionadas em 14 (quatorze) anexos à referida norma que são os seguintes:

Anexo 1 - Limites de tolerância para ruído contínuo ou intermitente;

Anexo 2 - Limites de tolerância para ruídos de impacto;

Anexo 3 - Limites de tolerância para exposição ao calor;

Anexo 4 - Foi revogado (referia-se a iluminação dos locais de trabalho);

Anexo 5 - Limite de tolerância para radiações ionizantes;

Anexo 6 - Trabalhos sob condições hiperbáricas;

Anexo 7 - Radiações não ionizantes;

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Anexo 8 - Vibrações

Anexo 9 - Frio;

Anexo 10 - Umidade;

Anexo 11 - Agentes químicos cuja insalubridade é caracterizada por limite de tolerância e inspeção

no local de trabalho;

Anexo 12 - Limites de tolerância para poeiras minerais (arbestos, manganês e seus compostos e

sílica livre cristalizada);

Anexo 13 - Agentes químicos;

Anexo 14 - Agentes biológicos.

NR 16 – ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS

Estabelece as atividades e operações perigosas assim como as áreas de risco para fins de

pagamento do adicional de periculosidade aos trabalhadores, as quais estão relacionadas nos anexos à

referida norma que são:

Anexo 1 - Atividades e operações perigosas com explosivos;

Anexo 2 - Atividades e operações perigosas com inflamáveis;

Anexo acrescentando pela Port. 3393 de 17/12/87 - atividades e

operações perigosas com radiações ionizantes ou substâncias radioativas.

Observação: Além das situações previstas na NR-16 terão também direito ao adicional de periculosidade os

operários do setor de energia elétrica nas situações previstas no Decreto 93412 de 14/10/86 que

regulamentou a Lei 7369 de 20/9/85.

NR 17 – ERGONOMIA

Estabelece os parâmetros que permitem a adaptação das condições de trabalho às características

psicofisiológicas dos trabalhadores, para proporcionar o máximo de conforto, segurança e desempenho

eficiente, incluindo:

1 - O levantamento, transporte e descarga individual de materiais;

2 - Mobiliário dos postos de trabalho;

3 - Equipamentos dos postos de trabalho;

4 - Condições ambientais de trabalho;

5 - Organização do trabalho.

Anexo 1 – visa estabelecer parâmetros e diretrizes mínimas para adequação das condições de

trabalho dos operadores de checkout, visando a prevenção dos problemas de saúde e segurança

relacionados ao trabalho;

Anexo 2 – aplica-se a todas as empresas que mantêm serviço de teleatendimento/telemarketing

nas modalidades ativo ou receptivo em centrais de atendimento telefônico e/ou centrais de

relacionamento com clientes (call centers), para prestação de serviços, informações e comercialização de

produtos.

NR 18 – CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO

Estabelece as diretrizes de ordem administrativa e de planejamento de organização que objetivam

a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas

condições, e no meio ambiente de trabalho na indústria de construção.

NR 19 – EXPLOSIVOS

1 – Define-os com material ou substancia que, quando iniciada, sofre decomposição muito rápida

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em produtos mais estáveis, com grande liberação de calor e desenvolvimento subido de pressão e classifica

os explosivos assim como as normas de segurança para o manuseio e transporte destes produtos;

2 - Estabelece os requisitos para a construção de depósitos de explosivos;

3 - Define os períodos para inspeção dos explosivos de forma a verificar sua condição de uso.

NR 20 – LÍQUIDOS COMBUSTÍVEIS E INFLAMÁVEIS

1 – Define e classifica líquidos combustíveis e inflamáveis;

2 – Estabelece normas de segurança para a armazenagem, transferência, manuseio e manipulação

destes produtos inclusive para os gases liquefeitos.

NR 21 – TRABALHO A CÉU ABERTO

1 - Estabelece as medidas de proteção para trabalhos realizados a céu aberto, incluindo as

condições de moradia do trabalhador e de sua família que residirem no local de trabalho, capazes de

proteger os trabalhadores contra intempéries;

2 - define as normas de segurança do trabalho no serviço de exploração de pedreiras.

NR 22 – MINERAÇÃO

Tem por objetivo disciplinar os preceitos a serem observados na organização e no ambiente de

trabalho, de forma a tornar compatível com o planejamento e o desenvolvimento da atividade mineira com

a busca permanente da segurança e a saúde do trabalhador. Estabelece as normas gerais de segurança

para o trabalho em minas.

NR 23 – PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS

1 - Define as necessidades básicas que as empresas devem possuir para proteção contra incêndios

e as atitudes a serem tomadas no combate a incêndios;

2 - define as classes de fogo;

3 - estabelece normas relativas a extinção de incêndios por meio de água;

4 - normatiza o uso de extintores de incêndio e estabelece critérios relativos aos extintores

portáteis;

5 - indica os extintores recomendados ás diversas classes de fogo, como deve ser feita a inspeção

destes equipamentos, o número de extintores e sua distribuição nos ambientes de trabalho, a localização e

sinalização dos extintores e as situações em que há necessidade de serem instalados sistemas de alarmes

para incêndios.

NR 24 – CONDIÇÕES SANITÁRIAS E DE CONFORTO NOS LOCAIS DE TRABALHO

Estabelece os critérios a serem observados nos locais de trabalho relativos às instalações sanitárias,

com equipamento ou as peças destinadas ao uso da água para fins higiênicos ou a receber água servida,

vestiários, refeitórios (incluindo condições de higiene e conforto por ocasião das refeições), cozinhas,

alojamento e dá outros dispositivos pertinentes à matéria.

NR 25 – RESÍDUOS INDUSTRIAIS

São provenientes de processos industriais, na forma sólida, líquida ou gasosa ou combinação

dessas, e que por suas características físicas, químicas ou microbiológicas não se assemelham aos resíduos

domésticos, como cinzas, lodos, óleos, materiais alcalinos ou ácidos, escórias, poeiras, borras etc.

Estabelece critérios para a eliminação de resíduos industriais sólidos, líquidos e gasosos no ambiente.

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NR 26 – SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA

Fixa as cores que devem ser usadas nos locais de trabalho para prevenção de acidentes,

identificando os equipamentos de segurança, delimitando áreas, identificando as canalizações empregadas

nas indústrias para a condução de fluídos (líquidos e gases), e advertindo contra riscos.

NR 27 – REGISTRO PROFISSIONAL DO TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO NO MINISTÉRIO DO

TRABALHO E PREVIDÊNCIA SOCIAL

Fixa os critérios para o exercício da profissão de "Técnico de Segurança do Trabalho" e dá outras

disposições relativas ao registro destes profissionais na secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho.

Revogada pela Portaria GM n.º 262, 29/05/2008

NR 28 – FISCALIZAÇÃO E PENALIDADES

1 - Define os critérios relativos à fiscalização do cumprimento das disposições legais e(ou)

regulamentares sobre segurança e saúde do trabalhador, incluindo os processos resultantes da ação

fiscalizadora, o embargo ou interdição de locais de trabalho, máquinas ou equipamentos obedecendo ao

dispositivo nos Decretos nº 55.841 de 15/03/1965 e nº 97.995 de 26/07/1989;

2 - Estabelece a graduação das multas, em UFIR, referentes aos preceitos legais e (ou)

regulamentares sobre segurança e saúde do trabalhador.

NR 29 – TRABALHO PORTUÁRIO

Regula a proteção obrigatória contra acidentes e doenças profissionais, facilitar os primeiros

socorros a acidentes e doenças profissionais, facilitar os primeiros socorros a acidentados e alcançar as

melhores condições possíveis de segurança e saúde aos trabalhadores portuários.

NR 30 – TRABALHO AQUAVIÁRIO

Regulamenta a proteção e as condições de segurança e saúde dos trabalhadores aquaviários.

Anexo I – Estabelece condições mínimas de segurança e saúde no trabalho a bordo de embarcações

de pesca comercial e industrial inscritas em órgãos da autoridade marítima e licenciadas pelo órgão de

pesca competente.

Anexo II – Estabelece requisitos mínimos de segurança e saúde no trabalho a bordo de plataformas

e instalações de apoio empregado com a finalidade de exploração e produção de petróleo e gás subsolo

marinho.

NR 31 – TRABALHO NA AGRICULTURA, PECUÁRIA SILVICULTURA, EXPLORAÇÃO FLORESTAL E

AQUICULTURA

Tem por objetivo estabelecer preceitos a serem observados na organização e no ambiente de

trabalho, de forma a tornar compatível o planejamento e o desenvolvimento das atividades de agricultura,

pecuária, silvicultura, exploração florestal e aquicultura com a segurança e saúde e meio ambiente do

trabalho.

NR 32 – EM ESTABELECIMENTO DE SAÚDE

Tem por finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção

à segurança e á saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde, bem como aqueles que exercem atividades

de promoção e assistência a saúde em geral.

NR 33 – EM ESPAÇOS CONFINADOS

Tem por objetivo estabelecer os requisitos mínimos para identificação de espaços confinados e o

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reconhecimento, avaliação, monitoramento e controle dos riscos existentes, de forma a garantir

permanentemente a segurança e saúde dos trabalhadores que interagem direta ou indiretamente nestes

espaços.

NR 34 – NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO E REPARAÇÃO NAVAL

Estabelece requisitos mínimos e as medidas de proteção à segurança, saúde e ao meio ambiente de

trabalho nas atividades da indústria de construção e reparação naval.

NR 35 – NO TRABALHO EM ALTURA

Estabelece requisitos mínimos e as medidas de proteção para o trabalho em altura, envolvendo o

planejamento, a organização e a execução, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores

envolvidos direta ou indiretamente com esta atividade. Importante o estudo do SESI, que trata sobre a

saúde e a segurança no Trabalho para Micro e Pequenas Empresas onde faz um esboço sobre o número do

artigo da CLT, unido ao tema ou assunto assim como o número da Norma Regulamentadora e que pode ser

acessado pelo http://www3.sesi.org.br/sstmicroepequena/default.asp?CONT=2_2. Esse trabalho une a

legislação tendo em vista que podemos associar de antemão a Consolidação das Leis do Trabalho e as

Normas Regulamentadoras que foram inseridas no ordenamento ao final da década de 1970.

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REFERÊNCIAS

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Prevenção de Acidentes: Responsabilidade Civil dos empregadores. Disponível em:

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OLIVEIRA, Sebastião Geraldo de. Estrutura normativa da Segurança do Trabalho e Saúde do Trabalhador no

Brasil. Disponível em http://www.trt3.jus.br/escola/download/revista/rev_75/Sebastiao_Oliveira.pdf

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SANTOS, Antônio Silveira R. dos. Meio ambiente do trabalho: considerações. Jus Navigandi, Teresina, ano

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SILVA, José Afonso da, Curso de Direito Constitucional Positivo, 9ª edição, Malheiros Editores.

TEIXEIRA, João Carlos. Legislação de saúde do trabalhador aplicável e vigente no Brasil. Disponível em

http://www.pgt.mpt.gov.br/publicacoes/pub48.html Acessado entre os dias 27 de março a 01 de abril.