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CURSO DE GESTÃO DE CONTRATOS

ADMINISTRATIVOS

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CONTRATO ADMINISTRATIVOCONCEITO E CARACTERÍSTICAS

Contratos Administrativos são, segundo de José AnacletoAbduch Santos (2015), “como sendo o ajuste formalprecedido de licitação ou de processo de contrataçãodireta, destinado à criação, modificação ou extinção dedireitos, celebrados pelo Estado (União, Estados, DistritoFederal ou Municípios), por intermédio de qualquer dospoderes, ou entidades da administração indireta, noexercício da função administrativa, que objetiva asatisfação de uma necessidade pública ou de interessepúblico, predominantemente submetido ao regime jurídicoadministrativo, em razão do qual se atribuem ao PoderPúblico certas prerrogativas públicas exorbitantes”.

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CONCEITO E CARACTERÍSTICASPrerrogativas da Administração com relação aos contratos

I - modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de interesse público, respeitados os direitos do contratado;

II - rescindi-los, unilateralmente, nos casos especificados no inciso I do, art. 79, da Lei n.º 8.666/93;

III - fiscalizar-lhes a execução;

IV - aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do ajuste;

V - nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoriamente bens móveis, imóveis, pessoal e serviços vinculados ao objeto do contrato, na hipótese da necessidade de acautelar apuração administrativa de faltas contratuais pelocontratado, bem como na hipótese de rescisão.

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CONTRATO ADMINISTRATIVOFORMALIZAÇÃO DOS

CONTRATOS ADMINISTRATIVOS

Os contratos e seus aditamentos serão lavradosnas repartições interessadas e é permitida acelebração de contratos verbais somente parapequenas compras de pronto pagamento, cujovalor não seja superior a 5% (cinco por cento)do limite estabelecido para convite no caso deexecução de compras (R$ 4 mil), feitas emregime de adiantamento. Em outras situações,é nulo e de nenhum efeito o contrato verbalcom a Administração.

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CLÁUSULAS ESSENCIAIS

I – o objeto e seus elementos característicos;

II – o regime de execução ou a forma de fornecimento;

III – o preço e as condições de pagamento, os critérios, data-base e periodicidade do reajustamento de preços, os critérios de atualização monetária entre a data do adimplemento das obrigações e a do efetivo pagamento;

IV – os prazos de início de etapas de execução, de conclusão, de entrega, de observação e de recebimento definitivo, conforme o caso;

V – o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da classificação funcional programática e da categoria econômica;

VI – as garantias oferecidas para assegurar sua plena execução, quando exigidas;

VII – os direitos e as responsabilidades das partes, as penalidades cabíveis e os valores das multas;

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CLÁUSULAS ESSENCIAIS IX – o reconhecimento dos direitos da Administração, em caso de rescisão administrativa motivada por inexecução total ou parcial do contrato;

X – as condições de importação, a data e a taxa de câmbio para conversão, quando for o caso;

XI – a vinculação ao edital de licitação ou ao termo que a dispensou ou a inexigiu, ao convite e à proposta do licitante vencedor;

XII – a legislação aplicável à execução do contrato e especialmente aos casos omissos;

XIII – a obrigação do contratado de manter, durante toda a execução do contrato, em compatibilidade com as obrigações por ele assumidas, todas as condições de habilitação e qualificação exigidas na licitação.

XIX – o foro da sede da Administração como competente para dirimir qualquer questão contratual, nos contratos celebrados pela Administração Pública com pessoas físicas ou jurídicas, inclusive aquelas domiciliadas no estrangeiro.

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PLANEJAMENTO DA CONTRATAÇÃO

Planejamento da Contratação Pública

É o conjunto de atos preparatórios, praticados sob regimeprincipiológico de direito público e orientado de direitopúbico e orientados para configurar a avença mais satisfatóriapara atender uma necessidade pública por meio dacolaboração de particulares.Destina-se à definição dos requisitos subjetivos que deveráapresentar a pessoa física ou jurídica para ser contratada, osrequisitos de qualidade do objeto a ser contratado e todas asregras que balizarão a disputa pública, a contratação direta e aexecução contratual.

Fonte bibiográfica: Santos, José Anacleto Abduch. Contratos administrativos: (formação e controle interno da execução: comparticularidades dos contratos de prestação de serviços terceirizados e contratos de obras e serviços de engenharia. Belo

Horizonte: Forum, 2015.

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PLANEJAMENTO DA CONTRATAÇÃOPlanejamento da Contratação Pública

Temos como principais definições da fase de planejamento dacontratação pública:

a) Identificação da necessidade a ser suprida pela via docontrato;

b) Descrição do objeto da contratação com a elaboração dosprojetos básico e executivo ou termo de referência;

c) Orçamento estimativo;d) Previsão de recursos orçamentários;e) Escolha da modalidade de licitação ou contratação direta;f) Regime de execução;g) Requisitos de habilitação;h) Definição dos encargos contratuais – direitos e deveres;i) Elaboração do instrumento convocatório e minuta do CTR.

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OBRIGATORIEDADE DOS CONTRATOSContrato facultativo

A celebração do termo de contrato é dispensávelnas compras com entrega imediata e integral dosbens adquiridos, das quais não resultem obrigaçõesfuturas (inclusive assistência técnica),independentemente do valor pactuado, bem comonos casos em que a Administração puder substituí-lo por outros instrumentos hábeis, tais como carta-contrato, nota de empenho de despesa, autorizaçãode compra ou ordem de execução de serviço.Nesses casos, aplicam-se, no que couber, ascláusulas necessárias para os contratos.

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OBRIGATORIEDADE DOS CONTRATOSContrato obrigatório

Caso não se trate de compras com entrega imediata e integral, das quais não resultem obrigações futuras (inclusive assistência técnica), a celebração do termo de contrato é obrigatória nas contratações efetivadas por meio da realização dos seguintes procedimentos:

a) Licitações da modalidade concorrência e tomadas de preços;

b) Dispensas e inexigibilidades cujos preços estejam compreendidos nos limites das duas modalidades de licitação citadas.

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PRESTAÇÃO DE GARANTIAA Administração pode exigir prestação de garantia nascontratações de obras, serviços e compras, desde que existaprevisão para tanto no instrumento convocatório, a qualdeverá ser liberada ou restituída após a execução do contrato(atualizada monetariamente, se for o caso). Essa garantia estálimitada a 5% valor do contrato, podendo ser elevada para10%, em casos de obras, serviços e fornecimentos de grandevulto envolvendo alta complexidade técnica e riscosfinanceiros consideráveis.Havendo a exigência de garantia, o contratado pode escolheruma das seguintesmodalidades:I – caução em dinheiro ou títulos da dívida pública;II – seguro-garantia;III – fiança bancária.

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SUBCONTRATAÇÃO

Subcontratação ocorre quando o contratadocontrata com outrem parte da execuçãocontratual a que se obrigou originalmente.Se parcial, dentro do percentual previsto noedital, não acarretará rescisão do contrato.Se total ou parcial acima do percentualprevisto no edital, acarretará a rescisão docontrato.

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DURAÇÃO DOS CONTRATOSÉ vedada a celebração de contratos com prazo indefinido e a suaduração deve respeitar a vigência dos respectivos créditosorçamentários. Há, no entanto, situações que se configuram comoexceção a essa regra, quais sejam:

Objeto contratual Duração dos contratos L. 8.666/93

Produtos estejam contemplados no Plano Plurianual

Podem ser prorrogados Art. 57, I

Prest. de serv. executados de forma contínua

Podem ter a sua duração prorrogada, limitada a 60 meses,

Art. 57, II c/c o § 4.º

Aluguel de equipamentos e à utilização de programas de informática

Podem ter a duração estendida pelo prazo de até 48 meses após o início da vigência do contrato.

Art. 57, III

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PRORROGAÇÃO DOS CONTRATOSSegundo o §1.º, do art. 57, da Lei n.º 8.666/93, os prazos de início de etapas de execução, de conclusão e de entrega podem ser prorrogados, em função dos seguintes motivos:I – alteração do projeto ou especificações, pela Administração;II – superveniência de fato excepcional ou imprevisível, estranho à vontade das partes, que altere fundamentalmente as condições de execução do contrato;III – interrupção da execução do contrato ou diminuição do ritmo de trabalho por ordem e no interesse da Administração;IV – aumento das quantidades inicialmente previstas no contrato, nos limites permitidos por esta Lei;V – impedimento de execução do contrato por fato ou ato de terceiro reconhecido pela Administração em documento contemporâneo à sua ocorrência;VI – omissão ou atraso de providências a cargo da Administração, inclusive quanto aos pagamentos previstos de que resulte, diretamente, impedimento ou retardamento na execução do contrato, sem prejuízo das sanções legais aplicáveis aos responsáveis.

PUBLICAÇÃO DOS CONTRATOS

Art. 61, parágrafo único, da Lei n.º 8.666/93,:

“a publicação resumida do instrumento de contrato ou de seus aditivos na Imprensa Oficial, condição indispensável para sua eficácia, será providenciada pela Administração até o quinto dia útil do mês subseqüente ao de sua assinatura, para ocorrer no prazo de vinte dias daquela data”.

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ALTERAÇÃO DOS CONTRATOSAlterações promovidas unilateralmente pela Administração:

a) Quando houver modificação do projeto ou das especificações, para melhor adequação técnica aos seus objetivos;

b) Quando necessária a modificação do valor contratual em decorrência de alteração quantitativa de seu objeto, nos seguintes limites em relação ao valor inicial atualizado do contrato:

25% nos casos de acréscimos ou supressão de quantitativos em obras, serviços ou compras;

50% nos casos de acréscimos dos quantitativos em reforma de edifício ou de equipamento.

ALTERAÇÃO DOS CONTRATOS

Alterações por acordo das partes:

a) Quando conveniente a substituição da garantia de execução;b) Quando necessária a modificação do regime de execução da obra

ou serviço, bem como do modo de fornecimento, em face de verificação técnica da inaplicabilidade dos termos contratuais originários;

c) Quando necessária a modificação da forma de pagamento, por imposição de circunstâncias supervenientes, mantido o valor inicial atualizado, vedada a antecipação do pagamento, com relação ao cronograma financeiro fixado, sem a correspondente contraprestação de fornecimento de bens ou execução de obra ou serviço;

ALTERAÇÃO DOS CONTRATOS

Alterações por acordo das partes:

a) Para restabelecer a relação que as partes pactuaram inicialmente entre os encargos do contratado e a retribuição da Administração para a justa remuneração da obra, serviço ou fornecimento, objetivando a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato, na hipótese de sobrevirem fatos imprevisíveis, ou previsíveis porém de conseqüências incalculáveis, retardadores ou impeditivos da execução do ajustado, ou ainda, em caso de força maior, caso fortuito ou fato do príncipe, configurando álea econômica extraordinária e extracontratual.

Reajustamento, Recomposição e Repactuação

Reajustamento

O reajustamento decorre da necessidade de alteração dosvalores pactuados, em virtude da previsível perda de valorda moeda devido a variações da taxa inflacionária ocorridasem um determinado período. Tais alterações devem serefetivadas, portanto, por meio da utilização de índicesespecíficos aplicáveis ao objeto contratado, que, se previstosno termo de contrato, eliminam a necessidade de celebraçãode termos aditivos, podendo se realizar por simplesapostilamento.

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Reajustamento, Recomposição e Repactuação

Recomposição

A recomposição de preços deriva da ocorrência de eventosextraordinários que oneram os encargos do contrato. Asalterações dessa natureza, em função da suaimprevisibilidade, devem ser formalizadas por meio dacelebração de termo aditivo ao contrato, respaldado pelacomprovação dos fatos que provocaram tais anomalias.Devido ao seu caráter extraordinário e, por conseguinte,imprevisível, a recomposição de preços pode ser invocada, nodecorrer da execução do contrato, a qualquer tempo.

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Reajustamento, Recomposição e Repactuação

Repactuação

O termo repactuação de preços tem sido utilizado,principalmente, para os contratos de natureza continuada,em virtude de alterações nos custos do contratadoproporcionadas, em maior grau, por acordos, convenções edissídios coletivos de trabalho. Tais ocorrências têm a mesmanatureza dos reajustamentos, em função de suaprevisibilidade, haja vista que decorrem da necessidade dealteração dos valores pactuados, em virtude,majoritariamente, de mudanças anuais promovidas nas basessalariais utilizadas para compor os preços ofertadosreferentes à mão-de-obra contratada para esses serviços.

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Atribuições da Fiscalização Procedimentos

1. Aprovar a indicação pelo contratado do coordenadorresponsável pela condução dos trabalhos;

2. Verificar se estão sendo colocados à disposição dostrabalhos as instalações,equipamentos e equipe técnica previstos na proposta e nocontrato de execução dos serviços;

3. Esclarecer ou solucionar incoerências, falhas e omissõeseventualmente constatadas no projeto básico ou executivo,ou nas demais informações e instruções complementares docaderno de encargos, necessárias ao desenvolvimento dosserviços;

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Atribuições da Fiscalização Procedimentos4. Aprovar materiais similares propostos pelo contratado,avaliando o atendimento à composição, qualidade, garantia edesempenho requeridos pelas especificações técnicas;5. Exercer rigoroso controle sobre o cronograma de execuçãodos serviços;6. Analisar e aprovar partes, etapas ou a totalidade dosserviços executados, em obediência ao previsto no caderno deencargos;7. Verificar e aprovar eventuais acréscimos ou supressões deserviços ou materiais necessários ao perfeito cumprimento doobjeto do contrato;8. Verificar e atestar as medições de serviços, bem comoconferir e encaminhar para pagamento as faturas emitidaspelo contratado;9. Acompanhar a elaboração do “as built” da obra (comoconstruído), ao longo da execução dos serviços.

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RECEBIMENTO DO OBJETO

Executado o contrato, o seu objeto será recebido

I - em se tratando de obras e serviços:

a) provisoriamente, pelo responsável por seu acompanhamento e fiscalização, mediante termo circunstanciado, assinado pelas partes em até 15 dias da comunicação escrita do contratado;

b) definitivamente, por servidor ou comissão designada pela autoridade competente, mediante termo circunstanciado, assinado pelas partes, após o decurso do prazo de observação (nunca superior a 90 dias), ou vistoria que comprove a adequação do objeto aos termos contratuais.

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RECEBIMENTO DO OBJETO

Executado o contrato, o seu objeto será recebido

II - em se tratando de compras ou de locação de equipamentos:

a) provisoriamente, para efeito de posterior verificação da conformidade do material com a especificação;

b) definitivamente, após a verificação da qualidade e quantidade do material e conseqüente aceitação.

Segundo o art. 74, da Lei n.º 8.666/93, o recebimento provisóriopoderá ser dispensado nos seguintes casos:I – gêneros perecíveis e alimentação preparada;II – serviços profissionais;III – obras e serviços de valor até o limite de convite para obras eserviços (R$ 80 mil), desde que não se componham de aparelhos,equipamentos e instalações sujeitos à verificação de funcionamento eprodutividade.

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Princípios que regem as sanções ADM

Princípios que regem a aplicação de sanções por infração administrativo-

contratualA aplicação de uma sanção no plano das relações jurídicos-contratuais deve atender a todo o regime principiológico querege a Administração Pública, como os da legalidade,moralidade e probidade, e, em especial, os seguintesprincípios:

a) Princípio da isonomia – no plano da sanções demanda quetodos sejam submetidos a igual tratamento pelaAdministração Pública, sem discriminação de qualquernatureza.

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Princípios que regem as sanções ADMb) Princípio da impessoalidade – A decisão sobre a aplicaçãode sanção não deve levar em conta opinião pessoal ouvontade pessoal do administrador. A decisão sancionatóriadeve ser fundada nos fatos efetivamente ocorridos e noregime jurídico aplicável à infração cometida.

c) Princípio da boa-fé – implica que as duas partes na relaçãoadministrativa, Administração e particulares, obrigam-se auma conduta reta e fundada na confiança recíproca de quenão haverá intenção de auferir vantagem indevida ou deprovocar prejuízo à outra parte, bem como de que todaconduta será adequada ao regime normativo vigente, demodo a evitar a edição ou a prática de atos que possam vir aser invalidados.

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Princípios que regem as sanções ADMd) Princípio da moralidade – Hans Kelsen já mencionava que, ao ladodas normas jurídicas fixadas para ordenar uma coletividade,convivem normas sociais que regulam a conduta dos homens entresi, que podem ser abrangidas sob designação de moral. Para Diogode Figueiredo Moreira Neto, haverá vício de moralidade quando oagente público “praticar ato administrativo fundando-se em motivo:a) inexistente. B) insuficiente; c) inadequado; d) incompatível; e e)desproporcional.”

e) Princípio da razoabilidade – A conduta administrativa, ao perseguiro interesse público, não é livre. O argumento de persecução dointeresse público não é, por si só, suficiente para endossar eautorizar qualquer atuação administrativa. A conduta deve serequilibrada e adotada após o devido sopesamento da realidadeempírica e da devida subsunção da situação de fato àsdeterminações legais e principiológicas que regem a situaçãoconcreta posta ao exame da autoridade pública.

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Princípios que regem as sanções ADMf) Princípio do devido processo legal – como salienta FábioMedina Osório, “a base dos princípios (e direitos)fundamentais do Direito Administrativo Sancionador, nosistema brasileiro, reside na cláusula do due process oj law,expressamente prevista na CF/88”, que tem como um dosvetores mais importantes a busca de interdição àarbitrariedade dos poderes públicos.

g) Princípio do juiz natural – este principio determina quesomente uma autoridade competente poderá aplicar a sançãoe que a aplicação da sanção somente será legítima se aautoridade que aplicar o fizer com absoluta imparcialidade.Imparcialidade e competência integram o conteúdo jurídicodo juiz natural.

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Princípios que regem as sanções ADMh) Princípio da proporcionalidade – este princípio determinaque a reação administrativa deve sempre ser equivalente eajustada à conduta praticada pelo contratado e que “ascompetências administrativas só podem ser validamenteexercidas na extensão e intensidade correspondente ao queseja realmente demandado para cumprimento da finalidadede interesse público a que estão atreladas.

i) Princípio da motivação – consiste no dever inafastável deapresentar expressa e explicitamente as razões de fato e dedireito que levaram à prática do ato ou da decisãoadministrativa. Implica demonstrar formalmente os motivospelos quais a Administração Pública reputa que o atopraticado é aquele que melhor atenderá o interesse público ea necessidade administrativa objetivamente considerada.

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INEXECUÇÃO DO CONTRATO

Art. 78. Constituemmotivo para rescisão do contrato:I - o não cumprimento de cláusulas contratuais,

especificações, projetos ou prazos;II - o cumprimento irregular de cláusulas contratuais,

especificações, projetos e prazos;III - a lentidão do seu cumprimento, levando a

Administração a comprovar a impossibilidade da conclusão daobra, do serviço ou do fornecimento, nos prazos estipulados;IV - o atraso injustificado no início da obra, serviço ou

fornecimento;V - a paralisação da obra, do serviço ou do fornecimento,

sem justa causa e prévia comunicação à Administração;

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INEXECUÇÃO DO CONTRATOVI - a subcontratação total ou parcial do seu objeto, a associação

do contratado com outrem, a cessão ou transferência, total ouparcial, bem como a fusão, cisão ou incorporação, não admitidas noedital e no contrato;

VII - o desatendimento das determinações regulares da autoridadedesignada para acompanhar e fiscalizar a sua execução, assim comoas de seus superiores;

VIII - o cometimento reiterado de faltas na sua execução, anotadasna forma do § 1o do art. 67 desta Lei;

IX - a decretação de falência ou a instauração de insolvência civil;X - a dissolução da sociedade ou o falecimento do contratado;XI - a alteração social ou a modificação da finalidade ou da

estrutura da empresa, que prejudique a execução do contrato;XII - razões de interesse público, de alta relevância e amplo

conhecimento, justificadas e determinadas pela máxima autoridadeda esfera administrativa a que está subordinado o contratante eexaradas no processo administrativo a que se refere o contrato;

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INEXECUÇÃO DO CONTRATOXIII - a supressão, por parte da Administração, de obras,

serviços ou compras, acarretando modificação do valor inicial docontrato além do limite permitido no § 1o do art. 65 desta Lei;XIV - a suspensão de sua execução, por ordem escrita da

Administração, por prazo superior a 120 (cento e vinte) dias, salvoem caso de calamidade pública, grave perturbação da ordeminterna ou guerra, ou ainda por repetidas suspensões quetotalizem o mesmo prazo, independentemente do pagamentoobrigatório de indenizações pelas sucessivas e contratualmenteimprevistas desmobilizações e mobilizações e outras previstas,assegurado ao contratado, nesses casos, o direito de optar pelasuspensão do cumprimento das obrigações assumidas até queseja normalizada a situação;

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INEXECUÇÃO DO CONTRATOXV - o atraso superior a 90 (noventa) dias dos pagamentos devidos

pela Administração decorrentes de obras, serviços ou fornecimento, ouparcelas destes, já recebidos ou executados, salvo em caso decalamidade pública, grave perturbação da ordem interna ou guerra,assegurado ao contratado o direito de optar pela suspensão documprimento de suas obrigações até que seja normalizada a situação;

XVI - a não liberação, por parte da Administração, de área, local ouobjeto para execução de obra, serviço ou fornecimento, nos prazoscontratuais, bem como das fontes de materiais naturais especificadasno projeto;

XVII - a ocorrência de caso fortuito ou de força maior, regularmentecomprovada, impeditiva da execução do contrato.

Parágrafo único. Os casos de rescisão contratual serão formalmentemotivados nos autos do processo, assegurado o contraditório e a ampladefesa.

XVIII – descumprimento do disposto no inciso V do art. 27, semprejuízo das sanções penais cabíveis.

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SANÇÕES ADMINISTRATIVAS

Art. 87. Pela inexecução total ou parcial do contrato a Administraçãopoderá, garantida a prévia defesa, aplicar ao contratado as seguintessanções:I - advertência;II - multa, na forma prevista no instrumento convocatório ou no

contrato;III - suspensão temporária de participação em licitação e impedimento

de contratar com a Administração, por prazo não superior a 2(dois) anos;IV - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a

Administração Pública enquanto perdurarem os motivos determinantesda punição ou até que seja promovida a reabilitação perante a própriaautoridade que aplicou a penalidade, que será concedida sempre que ocontratado ressarcir a Administração pelos prejuízos resultantes e apósdecorrido o prazo da sanção aplicada com base no inciso anterior.

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Prazos recursais para sanções ADMArt. 109. Dos atos da Administração decorrentes da aplicação destaLei cabem:I - recurso, no prazo de 5 (cinco) dias úteis a contar da intimação doato ou da lavratura da ata, nos casos de:(...)e) rescisão do contrato, a que se refere o inciso I do art. 79 destaLei; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)f) aplicação das penas de advertência, suspensão temporária ou demulta;II - representação, no prazo de 5 (cinco) dias úteis da intimação dadecisão relacionada com o objeto da licitação ou do contrato, de quenão caiba recurso hierárquico;III - pedido de reconsideração, de decisão de Ministro de Estado, ouSecretário Estadual ou Municipal, conforme o caso, na hipótesedo § 4o do art. 87 desta Lei, no prazo de 10 (dez) dias úteis daintimação do ato.

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