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CURSO DE MEDICINA Trabalho de Conclusão de Curso Resumos Turma 4ª B - 2007.2 / 2008.1 COORDENADORA DO CURSO: Profª. Martha Silva Menezes SALVADOR

CURSO DE MEDICINA Trabalho de Conclusão de Curso … · dependendo da população estudada e do método utilizado para rastreamento e ... no controle metabólico ... utilizado foi

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CURSO DE MEDICINA

Trabalho de Conclusão de Curso Resumos

Turma 4ª B - 2007.2 / 2008.1

COORDENADORA DO CURSO: Profª. Martha Silva Menezes

SALVADOR

TÍTULO: Utilização dos hipoglicemiantes orais no controle glicêmico do diabetes gestacional ALUNO(A): Adriano José Fontes Isabella ORIENTADOR(A): Omar Darzé RESUMO Introdução: O diabetes melito é um distúrbio crônico, caracterizado pelo comprometimento do metabolismo da glicose e de outras substâncias produtoras de energia, bem como pelo desenvolvimento tardio de complicações vasculares e neuropáticas. No mundo inteiro, o diabetes afeta mais de 135 milhões de pessoas, e a previsão é de que este número alcance 300 milhões em 2025. O diabetes melito gestacional é definido como a intolerância a glicose diagnosticada pela primeira vez durante a gravidez. A incidência do diabetes melito gestacional é cerca de 14%, dependendo da população estudada e do método utilizado para rastreamento e diagnóstico. A gestação é um estado hipersulinêmico caracterizado por uma diminuição da sensibilidade à insulina, parcialmente explicada pela presença de hormônios diabetogênicos, tais como a progesterona, o cortisol, a prolactina e o hormônio lactogênico placentário. Macrossomia, polidrâmnio, ganho de peso exagerado, síndrome do desconforto respiratório, óbito fetal intra-uterino, hipoglicemia neonatal e maior incidência de parto operatório são complicações do diabetes gestacional. O diagnóstico precoce e o bom controle glicêmico durante a gravidez são primordiais para a melhoria dos resultados obstétricos neste grupo populacional. Objetivo: Avaliar a eficácia e segurança dos hipoglicemiantes orais no controle glicêmico no tratamento do diabetes gestacional, comparado ao controle com a utilização da insulina.Forma de Estudo: Revisão bibliográfica. Material e Métodos: Foi realizada uma busca bibliográfica nas Base de Dados BIREME, MEDLINE e LILACS, referente aos anos de 1993 a 2007. Os artigos teriam que estar necessariamente nos idiomas inglês, português ou espanhol. Foram selecionados artigos originais a partir de uma busca estratégica utilizando as palavras-chave: “tratamento diabetes gestacional”; “diabetes gestacional”; “hipoglicemiantes orais diabetes gestacional” bem como seus equivalentes em inglês. Outra estratégia utilizada foi a busca manual em lista de referências dos artigos identificados e selecionados. Resultados: Os diversos autores avaliaram dados maternos como idade, paridade, idade gestacional, e Índice de Massa Corpórea (IMC).Todos autores verificaram que os hipoglicemiantes orais controlaram efetivamente a glicemia na maioria das gestantes, quando comparado ao controle feito com insulina.Discussão e Conclusão: O controle glicêmico é de especial importância para a redução das complicações perinatais e maternas. Os resultados demonstraram claramente que os hipoglicemiantes orais, como a glibenclamida tiveram o mesmo efeito no controle glicêmico, quando comparado ao controle com insulina. As médias glicêmicas maternas, durante os períodos dos estudos traduzem a eficácia dos hipoglicemiantes orais. Foi demonstrado também que tais drogas não tiveram efeito teratogênico nos estudos em questão, podendo ser utilizadas com segurança. Entretanto, os resultados clínicos preliminares obtidos com a utilização dos hipoglicemiantes orais em gestantes diabéticas devem ser avaliados em estudos com maior tamanho amostral, de modo a corroborar os achados da literatura atual, que ainda está limitada a ensaios com casuísticas reduzidas.

Palavras-chave: Tratamento diabetes gestacional; diabetes gestacional; hipoglicemiantes orais diabetes gestacional.

TÍTULO: Imunização contra febre tifóide: eficácia e indicações. ALUNO(A): Alandra Ferraz Maturino ORIENTADOR(A): Marilia M. Franco RESUMO A febre tifóide é uma das principais causas de morbidade, constituíndo um problema de saúde pública, principalmente, nos países em desenvolvimento. Nos países mais desenvolvidos com um bom saneamento básico, a febre tifóide é uma doença esporádica, que ocorre principalmente em viajantes que retornam de áreas endêmicas. A redução do impacto da febre tifóide e de suas complicações pode ser realizado através de estratégias de prevenção, como saneamento básico adequado, higiene e o uso de vacinas. Entre os instrumentos de política de saúde pública, a vacina ocupa lugar de destaque no processo de promoção de saúde. O uso de vacinas de forma mais ampla foi introduzido a partir do início do século passado e contribuiu de forma inequívoca para a redução da incidência das doenças infecciosas. O conceito original de uma vacina para proteger contra a febre tifóide foi introduzida simultaneamente na Inglaterra e na Alemanha em 1896 e resultou na produção da primeira vacina parenteral de célula inteiras. A primeira vacina contra a febre tifóide foi obtida através da inativação dos bacilos utilizando o calor ou produtos químicos. Atualmente, existem duas vacinas disponíveis contra a febre tifóide: a Ty21a (uma versão atenuada da S.entérica sorovar typhi, administrada via oral) e a Vi (baseada no polissacarídeo capsular purificado S.entérica sorovar typhi antígeno Vi, administrada via parenteral). Entretanto, nenhuma delas foi adotada como instrumento de rotina em saúde pública, nos países em que a febre tifóide é endêmica. A única indicação já estabelecida para a administração das vacinas contra a febre tifóide é para viajantes com maiores riscos de contaminação. Esta revisão tem como principal objetivo comparar a eficácia das vacinas Ty21a (oral) e Vi polissacarídica (parenteral) na prevenção da febre tifóide. Palavras-chave: Salmonella; febre tifóide; vacinas; Vi polissacarídica; Ty 21a; viajantes.

TÍTULO: Efeito do Magnésio na resistência à insulina. ALUNO(A): Alexandre Vianna Cedro ORIENTADOR(A): Maria de Lourdes Lima RESUMO

Introdução: O magnésio é o segundo cátion intracelular, e co-fator de diversas enzimas que participam da sinalização da insulina. Dessa forma, estudos têm sugerido que a deficiência de magnésio poderia inviabilizar essa sinalização, predispondo o desenvolvimento de patologias ligadas à resistência à insulina. Objetivo: Revisar na literatura a deficiência de magnésio na resistência à insulina, diabetes melito tipo 2 e síndrome metabólica, bem como, verificar a eficácia da reposição desse íon, como terapia adjuvante, no controle metabólico dessas patologias. Método: Os artigos originais foram identificados a partir da busca em base de dados do Lilacs e MedLine, entre os anos de 1978 e 2008, sem existir restrição quanto ao idioma das publicações. Resultados: Foram analisados, separadamente, os 17 artigos selecionados. Todos mostraram relação direta entre deficiência de magnésio e resistência à insulina, diabetes melito tipo 2 e síndrome metabólica. Observou-se, também, um melhor controle metabólico nos pacientes com resistência à insulina que foram submetidos à reposição oral de magnésio. Não foram observadas, entretanto, padronizações em relação às doses ou tempo de administração de magnésio. Conclusão: A redução dos níveis sérios e intracelulares de magnésio é uma anormalidade freqüente em pacientes com resistência à insulina e seus fatores de risco associados; e a reposição oral de magnésio se mostrou eficaz, como terapia adjuvante. Palavras-chave: “magnesium AND insulin resistance”; “magnesium AND diabetes

mellitus”; “magnesium AND metabolic syndrome”.

TÍTULO: Avaliação da função endotelial através da reatividade vascular arterial em pacientes hiv - positivos dislipidêmicos em uso de haart. ALUNO(A): Amanda Andrade Mascarenhas ORIENTADOR(A): Roberto Badaró RESUMO Introdução: Apesar de promover um aumento importante na sobrevida dos pacientes HIV - positivos, a Terapia Antiretroviral Altamente Ativa (HAART) está sendo associada a efeitos adversos metabólicos, tais como dislipidemia, lipodistrofia, entre outros. O estudo da função endotelial utiliza uma técnica não-invasiva que detecta acometimentos precoces no processo aterogênico do vaso. Já foi documentada a presença de disfunção endotelial em pacientes HIV – positivos, inclusive naqueles em uso da HAART. Objetivo: Determinar a freqüência de disfunção endotelial através da vasodilatação mediada pelo fluxo (VMF) em indivíduos HIV positivos dislipidêmicos. Materias e Métodos: Estudo observacional de corte transversal utilizando pacientes HIV - positivos portadores de dislipidemia. Foi realizado o estudo de ultra-som vascular através da análise da vasodilatação mediada por fluxo (VMF), expressa por mudança no diâmetro vascular pós-estímulo. A medida do percentual de dilatação da artéria braquial foi comparada com indivíduos HIV - negativos pareados por idade e sexo. Resultados: Foram selecionados 42 indivíduos, 21 HIV - positivos dislipidêmicos e 21 controles. O percentual de dilatação de ambos os grupos foi respectivamente 3,3% ±2,68 X 7,9% ±4,2; p<0,001. Dentre os indivíduos HIV - positivos dislipidêmicos 15 estavam em uso de Inibidores da Protease (IP) e 6 utilizavam Inibidores da Transcriptase Reversa Não-Nucleosídeos (ITRNN). Observou-se que o grupo de 6 pacientes em uso de ITRNN revelou menor função endotelial que o grupo em uso de IP (p=0,02). Conclusão:

Pacientes HIV - positivos dislipidêmicos têm significativa disfunção endotelial associada ao tratamento antiretroviral (ARV) independente do esquema conter IP ou NNRTI. Palavras-chave: função endotelial; HIV; HAART; dislipidemia.

TÍTULO: Consumo de substâncias Psicoativas por estudantes de Medicina na cidade de Salvador (BA). ALUNO(A): Ana Carolina Rocha Garcia ORIENTADOR(A): Adelmo de Souza Machado Neto RESUMO Introdução: O consumo de substâncias psicoativas entre estudantes de medicina tem sido analisado em diversos estudos no mundo, com destaque importante para o consumo de álcool e tabaco. População referência: estudantes de medicina do 1º ao 4º ano da cidade do Salvador (BA). Objetivo: Estimar a prevalência de consumo de álcool, tabaco, SPAs ilícitas e drogas médicas entre estudantes de medicina matriculados em universidades públicas e particulares da cidade do Salvador-BA (Universidade Federal da Bahia - UFBA e Faculdade de Tecnologia e Ciências de Salvador - FTC). Método: Realizou-se um estudo de corte transversal descritivo entre os alunos de medicina matriculados no ano de 2008 na FTC e UFBA do primeiro ao quarto ano. O instrumento utilizado foi um questionário auto-aplicável e anônimo. N previsto: 547 alunos. Análise estatística: Utilizamos as medidas de prevalência, estatística descritiva (média, desvio padrão, valores máximos e mínimos), a razão de prevalência (RP) e os testes do Qui-Quadrado (χ2). O nível de significância foi de 0,05 e Intervalo de Confiança de 95 %. Resultados: A prevalência de experimentação de álcool e tabaco foi de 92,7% e 36,7%, respectivamente. O gênero masculino consumiu mais tabaco e substancias psicoativas que o feminino e não houve diferença estatisticamente significante da prevalência do consumo do álcool, anorexígeno e tranquilizantes entre os gêneros. Foi observado um aumento do consumo de tabaco ao longo do curso médico, não sendo observado esta mesma tendência quanto ao consumo de álcool e das outras drogas. As substâncias ilícitas mais consumida foram os inalantes (28,5%), seguida pela maconha (15,1%) , os tranqüilizantes (14,3%),os anorexígenos (10,2%), o êxtase (3,9%), o haxixe (3,9%), o LSD (3,1%), os anabolizantes (2,9%), a cocaína (2,3%), os fármacos para potência sexual (2,0%), o crack (0,5%) e a heroína (0,2%).Conclusão: Os estudantes de medicina consumiram mais substâncias psicoativas e drogas médicas que a população geral, e os homens tendem a consumir mais drogas que as mulheres. Os inalantes e a maconha foram as drogas mais consumidas nesta amostra. Os resultados deste estudo permitem ter melhor conhecimento do consumo de substâncias psicoativas entre os alunos das faculdades de medicina de Salvador e possibilita a implementação de medidas preventivas e de redução de danos nas instituições de ensino. Palavras-chave: prevalência; substâncias psicoativas; drogas; álcool; tabaco; maconha estudantes de medicina.

TÍTULO: Doença do Refluxo Gastroesofágico e Tosse Crônica: dados clínicos epidemiológicos. ALUNO(A): Ana Luiza Cardoso Pinheiro ORIENTADOR(A): Maria Conceição Galvão RESUMO Introdução: A Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) é a afecção crônica decorrente do fluxo retrógrado de parte do conteúdo gastroduodenal para o esôfago e/ou órgãos adjacentes, acarretando variável espectro de sintomas (esofágicos ou extra-esofágicos), associados ou não a lesões teciduais. Entre as manifestações extra-esofágicas, está a tosse crônica. A fisiopatologia da tosse crônica associada ao refluxo gastroesofágico é ainda incerta. Entretanto, dois mecanismos são propostos: 1- o refluxo contendo ácido gástrico pode chegar à laringe e através da microaspiração ou macroaspiração atingir vias aéreas inferiores e superiores causando a tosse ; 2- refluxo esôfago-brônquio-vagal. A prevalência da associação tosse crônica e DRGE, não está bem estabelecida. A literatura vigente dá valores bastante amplos como de 5-56%, para esta associação,e, de acordo com nosso conhecimento, não há estudos deste tipo no estado da Bahia. Objetivo: Avaliar a prevalência de DRGE em pacientes portadores de tosse crônica, assim como a prevalência de sintomas típicos, de graus de obesidade, dados de endoscopia, pHmetria e manometria nesta amostra. Metodologia: Estudo de corte transversal a partir da análise retrospectiva de 203 prontuários de pacientes com tosse crônica, tendo sido previamente excluídas outras causas para essa manifestação, encaminhados para clínica referência em motilidade digestiva. Foram pesquisadas as manifestações típicas da DRGE, calculado o IMC, realizadas endoscopia digestiva, pHmetria e manometria. Os pacientes foram separados em dois grupos de acordo com a presença ou não de refluxo gastroesofágico à pHmetria (grupo com RGE, e grupo sem RGE, respectivamente) sendo avaliados em ambos os grupos todas as variáveis previamente descritas para a amostra geral. Os dados encontrados foram analisados estatisticamente no software SPSS 12.0. Resultados: Houve prevalência maior de tosse crônica em mulheres (74,9%) e casados (54,5%), com média de idade de 48,72 + 14,4. O IMC na maioria dos pacientes (49%) foi normal. Sintomas típicos (pirose e regurgitação) estiveram presentes em 66,5% e 61,6% dos pacientes, respectivamente. Esofagite não foi muito prevalente na amostra (39,4%), quando presente, o grau mais prevalente foi o A (75%). Esôfago de Barret e hérnia hiatal foram manifestações raras. À pHmetria, a maioria dos pacientes (57,1%) apresentou pHmetria anormal, com maior prevalência do refluxo supra-esofágico(14,3%) e à manometria, 55,7% dos pacientes apresentaram alguma alteração, com maior prevalência do EIE hipotônico (15,3%). A idade, o IMC, a prevalência de gênero e de sintomas típicos entre os grupos com RGE e sem RGE foram semelhantes. Alterações em EDA foram mais comuns no grupo com RGE (61,2%) que no grupo sem RGE (40,2%). À pHmetria, o número e tempo em minutos de refluxos prolongados, e a classificação deMeester foram maiores no grupo com RGE. Dados manométricos não apresentaram diferenças significativas entre os grupos. Conclusões: Pacientes com tosse crônica devem ser investigados para DRGE, com pHmetria de 24h com duplo sensor, e manometria, já que há uma alta prevalência de alterações da motilidade e pHmétricas nesses pacientes. A endoscopia digestiva alta deve ser também realizada para investigação das complicações de DRGE, que têm uma significante prevalência e com maior gravidade nos pacientes com tosse crônica e que apresentaram refluxo.

Palavras-chave: doença do refluxo gastroesofágic; tosse crônica; IMC; pHmetria;

manometria; endoscopia digestiva alta.

TÍTULO: Dificuldade de aprendizagem em crianças com transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade. ALUNO(A): André Almeida Silveira ORIENTADOR(A): Milena Pereira Pondè

RESUMO Introdução: O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é a síndrome neuro-psiquiátrica mais comum na infância¹. A característica essencial do TDAH é um padrão persistente de desatenção e/ou hiperatividade, mais freqüente e severo do que aquele tipicamente observado em indivíduos em nível equivalente de desenvolvimento2. A prevalência do TDAH no mundo varia entre 8% e 12%4. Um estudo feito em Salvador mostrou que um total de 6,7% dos estudantes apresentam grande probabilidade de apresentar o distúrbio6. Uma parcela significante das crianças encaminhadas a tratamento com suspeita de TDAH possui comorbidades associadas como: transtornos de conduta, transtornos de humor, transtornos de ansiedade, transtornos de comunicação e transtornos de aprendizagem2. Objetivo: Levando em conta a grande importância do conhecimento dessas doenças, o presente estudo tem como objetivo avaliar a prevalência de transtorno de aprendizado em crianças com comportamento anti-social ou transtorno do déficit de atenção e hiperatividade numa amostra de crianças escolares na cidade de Salvador. Métodos: Foi realizado um estudo baseado no total de 237057 alunos do ensino fundamental, devidamente matriculados para o ano letivo de 2004, na cidade de Salvador, Bahia, Brasil. Nas escolas selecionadas, todos os alunos matriculados da primeira à quarta série do ensino fundamental foram incluídos neste estudo, totalizando 774 crianças. Para a identificação de crianças suspeitas foi utilizado como instrumento diagnóstico a Escala de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade versão para professores9. As informações foram armazenadas em um banco de dados, utilizando o programa estatístico epi info 2002. A análise das variáveis demográficas e variáveis referentes ao TDAH foram realizadas através do programa estatístico STATA Statistical Software 2001. Resultados: Foram feitas duas análises. Primeiro considerando as crianças que apresentavam percentis acima de 75%, que são consideradas, conforme a classificação da escala utilizada, como crianças acima da expectativa de terem algum dos transtornos. Segundo, considerando as crianças que apresentavam percentis acima de 95%, ou seja, com alta probabilidade de apresentar algum dos transtornos. As prevalências gerais encontradas foram de 4,9% e 21,7% para déficit de atenção, 1,6% e 18,7% para hiperatividade, 3,7% e 27,3% para transtorno de aprendizado e 3,2% e 23,1% para comportamento anti-social, considerando os indivíduos acima da expectativa e com alta probabilidade, respectivamente. . Ainda foi analisada a associação de déficit de aprendizado, hiperatividade e comportamento anti-social com transtorno de aprendizado, obtendo-se valores diferentes e significativos dessa associação para os dois percentis avaliados. Discussão: Os valores encontrados tiveram variações quando se analisava os indivíduos acima da expectativa e os com alta probabilidade de terem algum dos transtornos. Os valores encontrados para as associações de desatenção, hiperatividade e comportamento anti-social com transtorno de aprendizado foram significativos. Como também foi visto em outros estudos, a forte associação dos sintomas de TDAH e comportamento anti-social com transtorno de aprendizado merece uma atenção especial para se obter o

diagnóstico precoce a fim de tratar o mais rápido possível esses problemas e evitar queda na qualidade de vida desses indivíduos. Palavras-chave: TDAH, déficit de atenção, hiperatividade, comportamento anti-social, transtorno de aprendizado.

TÍTULO: Tuberculose Latente em Estudantes de Medicina da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública. ALUNO(A): Antonio Edson Souza Meira Jùnior ORIENTADOR(A): Jamocyr Marinho RESUMO Tuberculose Latente em Estudantes de Medicina da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP). Introdução: Em nosso meio, visto a grande incidência de tuberculose pulmonar com baciloscopia positiva, existe uma alta prevalência de indivíduos infectados pelo Mycobacterium tuberculosis. Os infectados, sem doença, são considerados como casos de tuberculose latente com potencial de evoluírem para a tuberculose doença. Sendo, portanto, importante conhecer a prevalência da tuberculose latente entre alunos que estão iniciando curso de medicina. Objetivo: Avaliar a prevalência da tuberculose latente entre estudantes do primeiro ano de Medicina da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP). Métodos: Estudo transversal em alunos voluntários, universitários, matriculados no primeiro ano de medicina da EBMSP em Salvador (Bahia, Brasil). O Teste Tuberculínico (TT) foi utilizado para identificação dos casos. O TT foi realizado por profissional treinado e seguindo as orientações do Ministério de Saúde do Brasil, usando-se PPD Rt23 através da técnica de Mantoux. Os alunos inicialmente não reatores (0 a 4 mm), foram convidados para realização de um segundo teste, entre 7 a 15 dias, com objetivo de complementar a avaliação. Os voluntários que apresentaram resultados positivos ao TT, definidos como enduração ≥ 10 mm, foram considerados com tuberculose latente. Resultados: Dos 401 alunos voluntários que responderam ao questionário e assinaram o Consentimento Livre e Esclarecido, 367 alunos (91,52%) realizaram o primeiro teste e retornaram para leitura. Destes, 223 eram não reatores e 59 foram forte-reatores. Dos 223 não reatores, 153 realizaram o 2º teste e retornaram para a leitura, com 8 deles apresentando forte reação. O total de alunos que completou a avaliação foi de 262 com 67 apresentando uma enduração ≥ 10 mm. Conclusão: A prevalência de tuberculose latente em estudantes do primeiro ano de medicina da EBMSP foi de 25,57%. Palavras-chave: Teste tuberculínico; tuberculose lantente; Mycobacterium

tuberculosis; Reação de Mantoux.

TÍTULO: Análise da eficácia da Hidroxiuréia no tratamento profilático da anemia falciforme em pacientes atendidos na Escola Bahiana de Medicina. ALUNO(A): Antonio Henrique A.da Cunha ORIENTADOR(A): Ronald Pallota RESUMO A anemia falciforme (AF) ou drepanocitose é uma hemoglobinopatia hereditária autossômica recessiva, representada pelo estado de homozigose da hemoglobina S, sendo a forma mais grave dentre as doenças falciformes. A maior prevalência dessas doenças ocorre na áfrica, como também em paises mediterrâneos e negros americano. No Brasil cerca de 0,1% a 0,3% dos negros são afetados pela doença. A causa da AF é uma mutação no gene da globina beta que origina uma molécula anormal de hemoglobina denominada hemoglobina S (Hb S). esta, em certas situações de hipoxemia, sofre polimerização resultando na deformação dos eritrócitos em forma de foice, caracterizando uma anemia hemolítica crônica. Como resultado, a doença apresenta diversas manifestações clinicas e complicações quem aumentam a quantidade de internações e transfusões sanguíneas. Há pouco tempo, o tratamento da AF era limitado ao manejo das complicações ou ao uso de transfusões. Atualmente, entretanto, apesar de ser considerada uma doença incurável, as opções terapêuticas disponíveis mais eficazes desta hemoglobinopatia são: transplante de medula óssea (TMO) e o uso de hidroxiuréia (HU). Esta medicação é um quimioterápico utilizado no tratamento de doenças mieloproliferativas que, recentemente, observou-se uma atuação na elevação da hemoglobina fetal (Hb F). Este tipo de hemoglobina reduz a falcização das hemácias em pacientes portadores da AF com mau prognostico. Sendo assim, o objetivo deste trabalho é avaliar a eficácia da HU no tratamento preventivo de pacientes portadores de anemia falciforme, comparando a população estudada com outros resultados da literatura. Palavras-chave: Anemia falciforme, Hidroxiuréia.

TÍTULO: Freqüência de hospitalização por asma em três Municípios do Estado da Bahia no período de janeiro de 1998 a dezembro de 2007. ALUNO(A): Bárbara Araújo Soares da Cunha ORIENTADOR(A): Luiz Soares RESUMO OBJETIVO: Descrever e comparar freqüência de dados de hospitalização por asma nas regionais de saúde Salvador, Ilhéus e Juazeiro, num período de dez anos, 1998 a 2007. MÉTODOS: A fonte de dados utilizada foi o Sistema de Informações Hospitalares do SUS – SIH/SUS, gerido pelo Ministério da Saúde, sendo processado pelo DATASUS. Realizou-se análise descritiva dos dados de número de internações no período, valor médio de cada internação, custo total das internações, média de permanência dos pacientes nos hospitais, número de óbitos, taxas de mortalidade, faixa etária, ano e municípios selecionados. RESULTADOS: A asma corresponde a 23% (n = 58.879) do total das internações relacionadas a doenças do aparelho respiratório. No período analisado de dez anos (1998-2007), os dados obtidos das regionais de saúde Salvador e Ilhéus no DATASUS revelam um decréscimo no número de internações por asma, principalmente a partir do ano de 2005. Salvador que apresentava 4.653 a 3.470 internações por asma passou a apresentar 2.496 hospitalizações em 2005, caindo para 1.895 em 2006 e para 1.837 em 2007. A faixa etária mais acometida por internação relacionada à asma foi, nas três regionais, a de 1 a 4 anos, n = 25.258, seguida pela faixa entre 5 e 9 anos, n = 7.694, e pelos menores de 1 ano, n = 6.889. os óbitos ocorreram em maior numero na faixa etária acima de 75 anos (75 a 79 anos, n = 44, e acima de 80 anos, n = 53). CONCLUSÃO: estudo contribui de forma significativa no que se refere à descrição de dados sobre asma no estado da Bahia, tendo como recorte as regionais de saúde Salvador, Ilhéus e Juazeiro, utilizando dados do SUS. Além de demonstrar através dos dados fornecidos o impacto de uma política saúde voltada para o tratamento da asma como o ProAR. Palavras-chave: asma, hospitalização por asma, mortalidade por asma.

TÍTULO: Comparação entre Injeção Percutânea de Etanol, Quimioembolização Transarterial e Ablação por Radiofreqüência no manejo do Carcinoma Hepatocelular. ALUNO(A): Brenno Maximiano Soares ORIENTADOR(A): Daniela Rosa Magalhães Gotardo RESUMO Introdução: O carcinoma hepatocelular é um tumor de grande prevalência mundial e com índice de mortalidade reconhecidamente elevado. Sabe-se que a ressecção e transplante são técnicas de escolha para tratamento, no entanto, muitos pacientes apresentam limitações para tais. Neste contexto, outras modalidades terapêuticas necessitam ser empregadas visando reduzir a morbi-mortalidade por este tipo de câncer. Objetivos: Fazer uma comparação entre a quimioembolização transarterial(TACE), ablação por radiofreqüência(RFA) e injeção percutânea de etanol(PEI) isoladamente e em conjunto, analisando principalmente a sobrevida dos pacientes e quando possível a recorrência da lesão maligna após a técnica. Material e Métodos: Foi realizada uma busca na literatura de artigos publicados nos últimos dez anos. Encontrou-se ao final 48 artigos, os quais foram utilizados como base para uma revisão. Resultados: A sobrevida no primeiro ano após a TACE variou de 61 a 80%. A sobrevida após o emprego da PEI variou de 83 a 94% e após RFA variou de 91 a 97%. Já a sobrevida em 3 anos após TACE, PEI e RFA obteve média de 32,3%, 65,3% e 71% respectivamente. Conclusão: Quando as técnicas são analisadas isoladamente a RFA mostrou-se superior às demais. Ademais, a combinação de mais de uma técnica no mesmo paciente trouxe benefícios, visto que estes tiveram sobrevida aumentada e a recorrência da lesão maligna nestes indivíduos foi notavelmente diminuída. Palavras-chave: Carcinoma hepatocelular; Tratamento; Técnicas Ablativas.

TÍTULO: Violência sexual: conseqüências psicológicas. ALUNO(A): Bruno Andrade Bahiense ORIENTADOR(A): José Barbosa de Oliveira RESUMO Introdução: não existe um consenso quanto à definição da violência sexual. Genericamente diz-se de qualquer relacionamento interpessoal no qual o ato sexual é veiculado sem o consentimento do outro, podendo ocorrer pelo uso da violência física e/ou psicológica. Todos os níveis sócio-econômicos são atingidos pela violência sexual, assim como todas as partes do mundo, acredita-se que acometa cerca de 12 milhões de pessoas, a cada ano, em todo mundo. Mudanças súbitas e extremas, tais como distúrbios alimentares e afetivos, comportamentos agressivos ou de autodestruição, e pesadelos, podem ser observados em crianças e adolescentes em situação de violência sexual. Em adultos prevalecem distúrbios como depressão, transtorno do estresse pós-traumático e transtorno de ansiedade. Objetivo: investigar as conseqüências psicológicas da violência sexual em crianças, adolescentes e adultos, sejam elas a longo ou curto prazo. Metodologia: Foi realizada uma revisão bibliográfica sistemática da literatura, utilizando-se como base de dados o Scielo, o LILACS e o Google Acadêmico, além de jornais médicos, como THE LANCET, JAMA, THE BRITISH JOURNAL OF MEDICINE e THE NEW ENGLAND JOURNAL OF MEDICINE. Foi dado enfoque na literatura dos últimos 10 anos. Os critérios de inclusão foram: artigos escritos em português, inglês ou espanhol, que tratassem diretamente do tema proposto pelo presente trabalho. Os critérios de exclusão foram: artigos escritos em línguas diferentes das citadas acima, ou com publicação anterior ao ano de 1998, ou que tratassem apenas de forma indireta do tema proposto, ou não tratassem do tema. As seguintes palavras-chaves foram utilizadas, ou combinações das mesmas, durante a busca on-line: abuso+sexual+trauma, abuso+sexual, violência+sexual+trauma, violência+sexual, estupro, estupro+trauma, rape, e rape+trauma. Resultados: foram encontrados 416 artigos, porém após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados apenas 36. As conseqüências psicológicas mais comumente encontradas nas pessoas que sofreram violência sexual foram: depressão, ideação suicída, transtorno do estresse pós-traumático, evitação de pensamentos a cerca do tema e fobia social. Além disso, foram descritos dispareunia, dismenorréia, anorgasmia, ausência de libido, aumento do período de vigília, diminuição do tempo total de sono, aumento do número de despertares noturnos, pesadelos, dificuldade de relacionamento com indivíduos do sexo oposto e desgosto pelo ato sexual. Conclusão: a violência sexual é algo muito presente no mundo atual, e a sociedade tem dado cada vez mais importância a mesma. As conseqüências desses atos grotescos são reais e perseguem suas vítimas por muitos anos. O objetivo proposto para o trabalho foi cumprido, porém houve limitações devido ao pequeno número de estudos controlados e prospectivos presentes na literatura. Palavras-chave: violência, violência sexual, abuso sexual, trauma, conseqüências psicológicas.

TÍTULO: Aquisição de conhecimento sobre Bioética e Ética Médica durante a formação Médica ALUNO(A): Caiaque Petronilo de Freitas Souza ORIENTADOR(A): Nedy Maria Branco de Cerqueira Neves RESUMO Introdução: Os médicos e estudantes de medicina, durante a formação médica, defrontam-se com dilemas éticos e dúvidas de como proceder diante de situações complexas no exercício da profissão. Assim, estes apresentam dificuldades na resolução de tais questões por desconhecerem os fundamentos do código de ética médica. Objetivo: Analisar o grau de conhecimento dos graduandos de medicina e profissionais médicos acerca das normas deontológicas e princípios da bioética. Material e método: Revisão de literatura envolvendo publicações dos últimos quatro anos, dos quais foram escolhidos seis artigos de acordo com sua relevância, sendo que os demais foram usados como referência. Resultado: Foi constatado na pesquisa que não existem diferenças significativas de aprendizado em bioética e ética médica utilizando-se dois diferentes métodos de ensino. Além disso, observou-se que o grau de conhecimento dos pesquisados aumentava em proporção ao tempo de formação médica. Conclusão: Este estudo demonstrou que o conhecimento bioético e ético médico é adquirido com maior tempo de exercício na profissão e exposição ao tema. Palavras-chave: Conhecimento; bioética; ética médica; dilemas.

TÍTULO: Consumo de tabaco entre adolescentes escolares de Salvador – Bahia. ALUNO(A): Carlos Alberto Napoli Sobrinho ORIENTADOR(A): Adelmo Machado RESUMO Introdução: O tabagismo mata 5,4 milhões de pessoas por ano, e 80 a 90% dos fumantes iniciaram este hábito com 18 anos ou menos. Objetivo: Estimar a prevalência e fatores associados do tabagismo entre estudantes escolares da cidade de Salvador – Ba. Método: Estudo seccional, randomizado, aleatório, contendo 568 estudantes, com idade de 12 a 19 anos, cursando da 6ª série do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio, em cinco escolas da região metropolitana da cidade de Salvador (BA), sendo 2 particular e 3 públicas.Análise estatística: medidas descritivas e de associação (Razão de Prevalência e qui-quadrado). Resultado: Houve uma freqüência de 13,9% para uso de tabaco na vida, 9,8% para uso no ano, 5,2% para uso no mês, com uma prevalência maior entre estudantes do ensino médio, com idade entre 16-19 anos, filhos de pai fumante. Não foi verificado associação entre o hábito de fumar com as variáveis: gênero, instituições (pública e privada) e filhos de mãe fumante. Motivo principal que levou ao consumo do tabaco foi à curiosidade. Conclusão: A freqüência de experimento de tabaco foi de 13,9%, tendo idade e tabagismo do pai como fatores associados ao tabagismo em adolescentes escolares. Palavras-chave: Tabagismo; Adolescente; Tabaco; Estudantes.

TÍTULO: Estudo comparativo entre antimoniais pentavalentes e outras drogas, no tratamento da leishmaniose tegumentar americana. ALUNO(A): Carlos Augusto de Carvalho Carrera ORIENTADOR(A): Edgar M. Carvalho RESUMO Introdução: A leishmaniose tegumentar americana (LTA) é uma doença infecto-parasitária de alta prevalência na região de Corte de Pedra, Bahia. O tratamento da LTA é feito com antimoniais pentavalentes, ou drogas de segunda linha, como a pentamidina. Objetivo: comparar a eficácia, toxicidade efeitos colaterais de drogas utilizadas no tratamento da LTA. Forma de estudo: Revisão de literatura. Matérias e métodos: Foram selecionados dez ensaios clínicos que abordaram tratamento da leishmaniose tegumentar americana, em Corte de Pedra, Bahia, e comparados analiticamente. Resultados: Os trabalhos onde foram utilizados os antimoniais pentavalentes apresentaram índices de cura entre 50% e 100%, em até 110 dias após o início do tratamento. Os antimoniais em associação com o GM-CSF apresentaram uma eficácia de 100% em até 120 dias após o início da terapia. A pentamidina e o aminosidine demonstraram resultados semelhantes aos dos antimoniais, ao contrário da mefloquina e do alopurinol, que não apresentaram eficácia no tratamento da LTA. Discussão e conclusão: Os antimoniais pentavalentes continuam apresentando eficácia e segurança suficientes para serem mantidos como drogas de primeira escolha no tratamento da LTA, embora o seu uso associado com o GM-CSF tenha apresentado boa resposta, podendo então ser utilizado como terapia de primeira linha.

Palavras-chave: “leishmaniose”, “tegumentar”, “tratamento”, “antimonial”, “Corte de Pedra”.

TÍTULO: Participação da micróglia e macrófagos periféricos na esclerose múltipla. ALUNO(A): Carolina Lima Moura ORIENTADOR(A): Luiz Erlon A. Rodrigues RESUMO Introdução: A esclerose múltipla é uma doença neurológica que acomete principalmente jovens, brancos e o sexo feminino, podendo torná-los "inválidos" precocemente. Esta patologia é caracterizada por placas de desmielinização localizadas sobretudo na substância branca cerebral, estando as células da micróglia, junto com os macrófagos periféricos, responsáveis por uma cascata de eventos que possibilitam o processo inflamatório característico desta patologia. Além disso, estes tipos celulares, em especial os macrófagos, parecem ter papel importante na remielinização espontânea. Métodos: Foi realizada uma pesquisa no banco de dados PUBMED/MEDLINE onde selecionou-se 8 artigos na língua inglesa. Resultados: A maioria dos artigos encontraram predomínio de células microgliais nas fases mais recentes da doença, enquanto que as fases mais tardias tinham maior relação com os macrófagos provenientes do sangue periférico. Quanto a remielinização, há controvérsias sobre o papel dos macrófagos neste processo. Conclusão: Os macrófagos e as células da micróglia têm papel fundamental no desenvolvimento da esclerose múltipla.

Palavras-chave: micróglia, macrófagos, doenças desmielinizantes, esclerose múltipla, encefalomielite auto-imune experimental e seus respectivos em inglês.

TÍTULO: Manifestações cutâneas em pacientes infectados pelo HTLV-I. ALUNO(A): Clara Passos de Almeida ORIENTADOR(A): Maria Aurélia F. Porto RESUMO Introdução: O vírus linfotrópico de células T do adulto do tipo I (HTLV-I) foi isolado em 1980 nos Estados Unidos por Poeiz em paciente portador de Linfoma/ Leucemia de células T do adulto (LLcTA). Muitas doenças já apresentam relação estabelecida com a infecção pelo HTLV-I como o Linfoma/ Leucemia de células T do adulto (LLcTA), a Mielopatia associada ao HTLV-I ou Paraparesia Espástica Tropical (HAM/TSP), a Uveíte associada ao HTLV-I (HAU) e a Dermatite Infectiva (DIH). A dermatite infectiva, um eczema recindivante da infância, foi a primeira lesão dermatológica associada ao HTLV-I. Porém, diversas manifestações dermatológicas já foram descritas em pacientes HTLV-I positivos, principalmente, em pacientes com LLcTA e HAM/TSP. Objetivo: descrever as principais lesões dermatológicas em pacientes infectados pelo HTLV-I, abordando tanto as lesões associadas com outras patologias decorrentes do HTLV-1 como as que ocorrem sem esta associação. Método: Foi realizada uma revisão na literatura em base de dados Medline e Lilacs, nos idiomas inglês e português, utilizando as seguintes palavras chaves: HTLV-I, dermatologic lesions, skin, dermatologic manifestations, cutaneous manifestations. Revisão de Literatura: As lesões dermatológicas aparecem em 40-50% dos pacientes com LLcTA e variam de pápulas a tumorações a depender do subtipo apresentado. A xerordemia é muito comum em pacientes com HAM/TSP, além de diversas outras lesões como eritema palmar e candidíase cutânea. A DIH é observada em maior freqüência em crianças e apresenta-se como erupção eritêmato-descamativa. Outras lesões como a Sarna Crostosa, as Dermatofitoses e a Dermatite Seborréica também são bastante comuns em pacientes infectados pelo HTLV-I. Conclusão: Sendo o HTLV-1 um vírus de alta prevalência em Salvador (1,76%) é importante que o examinador esteja sempre atento às manifestações dermatológicas apresentadas por esses pacientes já que estas podem sugerir doenças associadas graves como a LLcTA e a HAM/TSP, além de agravar lesões aparentemente comuns, como a Escabiose. Palavras-chave: HTLV-I, Manifestações Cutâneas, Linfoma/Leucemia de células T do adulto (LLcTA), Mielopatia associada ao HTLV-I ou Paraparesia Espástica Tropical (HAM/TSP), Dermatite Infectiva (DIH).

TÍTULO: Prevalência de síndrome metabólica em crianças e adolescentes obesos atendidos em centro de referência de Salvador. ALUNO(A): Daiane Gil Figueiredo ORIENTADOR(A): Ney Cristian Amaral Boa Sorte RESUMO Introdução: A obesidade infantil representa um problema global, complexo e crescente entre crianças e adolescentes. O excesso de gordura corporal, principalmente abdominal, está diretamente relacionado com alterações do perfil lipídico, com aumento da pressão arterial e hiperinsulimemia, considerados fatores de risco para doenças cardiovasculares. O conjunto dessas alterações determina a Síndrome Metabólica (SM),que apesar de ser largamente estudada entre adultos,ainda é pouco compreendida na faixa etária pediátrica. Isto pode ser comprovado pela existência de diversas propostas de definições pediátricas para tal entidade ainda não consensual. OBJETIVO: Este estudo teve como objetivo avaliar a prevalência da Síndrome Metabólica em crianças e adolescentes em centro de Referência de Salvador, o Ambulatório de Nutrologia da Unidade Metabólica Fima Lifshitz, segundo definição de Ferranti et al., 2004. MÉTODOS: Através de um estudo de corte transversal, com setenta e dois pacientes entre 6 e 18 anos, fez-se uma revisão de prontuários e coleta de dados dos mesmos. Foram registradas as variáveis de interesse para determinação da SM, tais como: medida de circunferência abdominal, tensão arterial, avaliações laboratoriais do triglicérides, HDL e glicemia desses pacientes. Além de buscar registros de outros dados relacionados a SM, como presença de esteatose hepática, valores de HOMA, insulina, índice de massa corpóreo(IMC) entre outros. RESULTADOS: A prevalência de SM entre a população estudada foi de 31,9%. A alteração laboratorial mais freqüente foi o aumento da circunferência abdominal, seguido dos baixos níveis de HDL-colesterol. Não foi detectada intolerância à glicose. Existiu associação estatisticamente significante entre o IMC e SM, o que não aconteceu ao se avaliar relação entre a circunferência abdominal e a síndrome. Todos os pacientes tinham registro de obesidade como antecedente familiar próximo, além de 58,4% de eles apresentarem acantose nigricans. CONCLUSÃO: Diante da alta prevalência encontrada no estudo, se faz necessário à padronização dos critérios diagnósticos para SM, favorecendo a população infanto-juvenil que tão precocemente já apresenta risco real de comorbidades cardiovasculares. Palavras-chave: Síndrome Metabólica, Obesidade infantil, Epidemiologia, Adolescentes.

TÍTULO: Revisão sistemática sobre a eficácia do uso do antimonial pentavalente no tratamento da leishmaniose cutânea. ALUNO(A): Daniel Luis Leite Mesquita ORIENTADOR(A): Edgar M.Carvalho RESUMO A leishmaniose cutânea tem como tratamento de primeira escolha os antimoniais pentavalentes. Entretanto, devido ao seu alto índice de efeitos colaterais e dificuldade de administração, é necessário procurar alternativas ao uso do antimonial. Esta revisão sistemática tem como objetivo analisar a eficácia do antimonial comparativamente a outras drogas que tem eficácia contra a Leishmania sp. Para isso, foi feita uma pesquisa por ensaios clínicos controlados no banco de dados da Pubmed, que comparassem o antimonial à pentamidina, anfotericina B, miltefosina e paromomicina. Dentro desses critérios, foram achados no total 8 artigos, dos quais 4 eram sobre a pentamidina, 2 sobre a miltefosina, 3 sobre a paromomicina e nenhum sobre a anfotericina B. Analisando os resultados, foi concluído que o antimonial ainda é eficaz, com efeitos colaterais que raramente levam ao paciente interromper o tratamento. Entretanto, devido a disponibilidade de outras drogas com eficácia semelhante ao antimonial, como a pentamidina e a miltefosina, que têm período de administração curto e facilidade de administração respectivamente, deve-se avaliar melhor o custo benefício de se usar o antimonial. Palavras-chave: leishmaniasis pentamidine amphotericin B paromomycin.

TÍTULO: Eficácia do Tratamento com inibidores da dipeptidil peptidase-IV (DPP-IV) no controle dos níveis glicêmicos de pacientes com diabetes tipo 2. ALUNO(A): Eduardo Barretto Maia ORIENTADOR(A): Rosalita Nolasco Gusmão RESUMO Introdução: o diabetes mellitus é uma doença crônico metabólica grave, cuja prevalência vem aumentando rapidamente em todo o mundo. A introdução de uma nova classe de medicamentos apresenta um papel importante junto às ferramentas existentes para o controle do diabetes mellitus tipo 2, em virtude da morbidade e mortalidade a ele associadas. As incretinas são hormônios produzidos pelas células entero-endócrinas do intestino e seus principais representantes são o GIP (glucose-dependent insulinotropic polypeptide) e o GLP-1 (glucagon-like peptide 1). Tais hormônios aumentam a secreção e biossíntese de insulina dependente de glicose, diminuem a liberação inadequada de glucagon, lentificam o esvaziamento gástrico e aumentam a saciedade. Estudos experimentais em animais e em células humanas cultivadas apontam ainda para um aumento do número de células β-pancreáticas funcionantes. As incretinas possuem uma meia-vida plasmática curta, porque são rapidamente degradadas pela enzima dipeptidil peptidase-IV (DPP-IV). Com o objetivo de potencializar as ações fisiológicas das incretinas, foram desenvolvidos fármacos que inibem a ação proteolítica da DPP-IV, cujos principais representantes são a sitagliptina e a vildagliptina. Objetivo: Revisar a eficácia e a segurança do tratamento com os inibidores da DPP-IV sitagliptina e vildagliptina, no controle dos níveis glicêmicos em pacientes com diabetes mellitus tipo 2. Métodos: foi realizada um revisão bibliográfica sistemática nas bases de dados BIREME, MEDLINE e LILACS, em busca de estudos em humanos do tipo ensaio clínico, que abordassem o uso dos inibidores da DPP-IV, sitagliptina ou vildagliptina, publicados a partir de 2004. Resultados: um total de oito artigos originais preencheram os critérios de inclusão estabelecidos e foram analisados na presente revisão. Os ensaios clínicos revisados demonstraram que a sitagliptina e a vildagliptina promoveram reduções estatisticamente significantes nos principais parâmetros glicêmicos analisados. Reduções importantes foram observadas nos níveis de HbA1c, glicemia de jejum e pós-prandial. Alguns parâmetros que analisaram a função das células beta-pancreáticas, como a taxa pró-insulina/insulina e o HOMA-ß, também apresentaram melhoras significativas. Os inibidores de DPP-IV apresentaram efeito neutro em relação ao peso corpóreo e, em geral, o tratamento mostrou-se seguro e bem tolerado. Conclusão: os inibidores da DPP-IV constituem uma alternativa terapêutica para pacientes diabéticos tipo 2, porém estudos com maior tempo de acompanhamentos ainda são necessários para melhor avaliar os seus perfis de eficácia e segurança a longo prazo e determinar o real papel dessa nova classe de fármacos entre as alternativas já disponíveis e bem estabelecidas para o tratamento de pacientes com diabetes mellitus tipo 2. Palavras-chave: incretinas, sitagliptina, vildagliptina, inibidores de DPP-IV, diabetes tipo 2.

TÍTULO: Determinação do valor preditivo dos parâmetros de síndrome metabólica para pacientes HIV positivos em uso de HAART. ALUNO(A): Érica Alessandra Magalhães Carvalho ORIENTADOR(A): Roberto Badaró RESUMO INTRODUÇÃO: Apesar dos indiscutíveis benefícios da HAART, complicações têm sido registradas. Sobretudo, alterações metabólicas e risco cardiovascular (RCV). Diante disso, diversos estudos têm avaliado a freqüência de síndrome metabólica e sua relação com a terapia. Consensos atuais recomendam que o RCV seja estimado baseado em modelos convencionais de risco tal qual o Score de Framingham. No entanto, não se sabe se tais modelos predizem corretamente o risco em pacientes HIV positivos, uma vez que esses pacientes são, em geral, mais jovens que a população para qual esses critérios foram desenvolvidos, além, é claro, dos efeitos independentes da terapia e da própria infecção.OBJETIVOS: Determinar o valor preditivo dos parâmetros utilizados nos critérios para definição de síndrome metabólica em pacientes HIV positivos em uso de terapia altamente ativa (HAART). MÉTODOS: Estudo de corte transversal em 100 pacientes HIV positivos em uso de HAART, no qual foi realizado exame físico direcionado, revisão de prontuários e aplicado um questionário para avaliação de distúrbios metabólicos. Foi calculada a freqüência de cada parâmetro da síndrome nos critérios do ATP III e da IDF. E em seguida, determinado o valor preditivo de cada um desses parâmetros. RESULTADOS: O parâmetro mais prevalente foi o HDL baixo e o menos prevalente foi o açúcar elevado ou DM2 previamente diagnosticada. O valor preditivo variou de 10-30% no IDF e 10-100% no ATPIII. DISCUSSÃO: A partir desses resultados, observamos que a chance de um paciente ser classificado utilizando-se apenas um parâmetro pode ser dependente do parâmetro utilizado, e que o critérios tradicionais para detecção de RCV não predizem o verdadeiro risco para indivíduos HIV positivos, visto que não foram validados para esta população específica. CONCLUSÃO: Parâmetros utilizados na definição de SM, necessitam ser validados para a população HIV positiva em diferentes regiões demográficas e diferentes grupos étnicos para poderem, então, ser definidores de Síndrome Metabólica. Palavras-chave: HIV, HAART, Síndrome Metabólica, valor preditivo.

TÍTULO: Como tratar hipertensão em idosos de forma segura e eficaz? ALUNO(A): Érica Sampaio Pereira ORIENTADOR(A): Meirelayne Borges Duarte

RESUMO Introdução: A hipertensão é um dos principais fatores de risco cardiovasculares e portanto, deve ser tratada adequadamente. É mais prevalente na população idosa, na qual o controle pressórico muitas vezes não é obtido. A hipertensão sistólica isolada também é comum nessa população, devendo ser tratada da mesma forma que a hipertensão arterial sistêmica. Objetivo: Avaliar quais as opções mais eficazes e seguras para o tratamento de HAS em idosos. Método: Foi realizada uma revisão de literatura nas bases de dados Pubmed, Cocrhane e Scielo, referente ao período entre 1997 e 2007. Foram incluídos ensaios clínicos e estudos de coorte, referentes ao tratamento anti-hipertensivo em idosos, e publicados nos idiomas inglês ou português. Foram excluídos relatos de caso, revisões de literatura e metanálises. Resultados: Sete artigos foram selecionados, sendo 4 ensaios clínicos e 3 estudos de coorte. Todos os trabalhos relataram média de idade da população de estudo superior a 60 anos. Nos dois estudos placebo-controlados o tratamento com medicação anti-hipertensiva foi melhor quanto à redução da Pressão Arterial (PA) e quanto à prevenção de eventos cardiovasculares. Dentre os 5 estudos que compararam diferentes anti-hipertensivos, dois não obtiveram resultados estatisticamente significantes quanto à redução da PA, mas em relação ao efeito protetor cardiovascular, os Inibidores da Enzima de Conversão da Angiotensina (IECA) e os Bloqueadores dos Canais de Cálcio (BCC) mostraram-se superiores ao tratamento com diuréticos ou beta-bloqueadores (BB). Os outros 3 estudos apresentaram resultados divergentes. Jackson e cols (2002) relataram maior redução da PA no grupo em uso de diuréticos, em comparação ao uso de BCC e IECA. Porém, os pacientes tratados com a clortalidona (diurético) apresentaram maior incidência de efeitos adversos. Dahlöf e cols (2002) obtiveram melhores resultados no tratamento com Bloqueadores do Receptor da Angiotensina (BRA), em comparação ao uso de BB, tanto em relação à redução da PA quanto aos eventos cardiovasculares. Takami e Shigemasa (2003) observaram redução da PA significantemente maior no grupo em uso de BCC, em comparação ao tratamento com BRA ou IECA. Conclusão: As principais classes de anti-hipertensivos estudadas mostraram-se eficazes e seguras no tratamento de HAS em idosos, sendo que o tratamento com diuréticos deve ser feito com baixas doses e acompanhamento rigoroso. Palavras-chave: Hipertensão; idosos; tratamento anti-hipertensivo.

TÍTULO: Valor da espectroscopia 3D associada à imagem de ressonância magnética no diagnóstico e acompanhamento do carcinoma prostático: panorama atual e perspectivas futuras. ALUNO(A): Erich Frank Vater Santos ORIENTADOR(A): Mônica Alexandra Sampaio Torres Nascimento Co-Oreitn. Willy Frederick V. Santos RESUMO Introdução. O câncer de próstata é uma das neoplasias malignas mais comuns do sexo masculino, sendo o segundo em incidência e óbitos no Brasil. O advento da espectroscopia de ressonância magnética aparece como técnica promissora, visto que a ultrassonografia trans-retal, atual padrão ouro para o diagnóstico da doença, permanece com baixa acurácia para a detecção do tumor. Objetivo. Esta revisão visa fornece um atualização sumarizada sobre o papel e importância da ERM 3D associada à IRM no diagnóstico e acompanhamento de pacientes com câncer de próstata. Adicionalmente este trabalho pretende definir as aplicações clinicas e presumir as perspectivas futuras destes exames. Métodos. Para esta revisão, foram pesquisados artigos presentes nos bancos de dados dos sítios LILACS, MEDLINE e SCIELO e das revistas RADIOLOGY, EUROPEAN RADIOLOGY e ABDOMINAL IMAGING, publicados entre janeiro de 1998 e abril de 2008, nos idiomas português e inglês. Ao todo sete artigos foram utilizados para a confrontação realizada entre os exames de ressonância magnética, espectroscopia de ressonância magnética e biópsia guiada por ultrassonografia transretal. Os temas utilizados foram: detecção e localização do câncer de próstata, uso da ressonância magnética após biópsia negativas, agressividade do tumor, extensão extracapsular e recidiva tumoral após hormônioterapia. Resultados. Um total de 387 pacientes foi obtido. Os estudos utilizados demonstram boa sensibilidade e especificidade das ERM e IRM quando comparados à US transretal. Conclusão. Atualmente, muitos centros ao redor do mundo estão incorporando a espectroscopia de ressonância magnética em suas rotinas devido aos bons resultados obtidos. Com o advento de novas técnicas para a realização do exame, como o uso de campos de maior intensidade e de novos marcadores, essa técnica tem um potencial promissor e para um futuro bem próxima. Palavras-chave: Câncer de prostata, ressonancia magnética, espectroscopia de ressonancia magnética, terapia hormonal.

TÍTULO: Prevalência e principais fatores associados à ideação suicida entre os estudantes de medicina. ALUNO(A): Érico Ramon Alves Batista ORIENTADOR(A): José Barbosa Oliveira RESUMO Introdução: A ideação suicida entre os estudantes de medicina é um fenômeno ainda pouco estudado em nosso meio. Aparentemente, os estudantes de medicina têm um papel relevante nos índices de suicídio entre adultos jovens, constituindo um grupo de risco. Dessa forma, é necessário o estudo da ideação suicida, a fim de fornecer informações acerca dos fatores associados ao comportamento suicida nessa população. Objetivo: Realizar uma revisão de literatura visando avaliar a prevalência e os principais fatores associados à ideação suicida entre os estudantes de medicina. Material e método: Foi realizada uma revisão de literatura acerca dos trabalhos que estudaram a prevalência de ideação suicida entre os estudantes de medicina, bem como os principais fatores que podem estar relacionados a esse problema. Foram selecionados oito artigos em português ou inglês, publicados nos últimos 25 anos, que abordaram a prevalência e os principais fatores associados ao suicídio nessa população. Resultados: O coeficiente de suicídio na população de estudantes de medicina foi aproximadamente quatro vezes maior que o da população geral. A prevalência de ideação/risco de suicídio variou de 7,5 a 43% entre os artigos avaliados. A prevalência de transtornos depressivos entre os estudantes de medicina foi de 40,7%. As maiores taxas de ideação suicida foram observadas em estudantes de medicina da raça amarela, de melhor desempenho acadêmico, com histórico de atendimento psicológico/psiquiátrico prévio, estado civil solteiro, com eventos de vida negativos e transtornos mentais como ansiedade e depressão. Conclusão: Considerando a alta prevalência de ideação suicida entre os estudantes de medicina, pode-se considerar essa população como grupo de risco para suicídio. Os fatores que mostraram maior associação com ideação suicida entre os estudantes de medicina foram a presença de transtornos mentais como ansiedade e depressão, assim como histórico de atendimento psicológico/psiquiátrico prévio A implantação dentro da própria escola médica de serviços de atendimento psicológico ao aluno, além do incentivo a discussões e palestras acerca do suicídio são importantes para ajudar na prevenção e conscientização desse problema na população de estudantes de medicina.

Palavras-chave: ideação suicida; estudantes de medicina; prevalência; fatores associados.

TÍTULO: Morte Súbita em Atletas Jovens. ALUNO(A): Felipe Ladeia Muiños de Andrade ORIENTADOR(A): Eloína Nunes RESUMO O esporte é um veículo para o bem-estar, prevenção e tratamento de diversas doenças embora possa algumas vezes representar um risco para a saúde em casos de patologias não reconhecidas e assintomáticas. Essa situação pode ter como resultado mais dramático a morte súbita relacionada ao exercício e ao esporte (MSEE) que ocasionalmente atinge atletas aparentemente saudáveis. Abaixo dos 35 anos de idade, as causas mais freqüentes de morte súbita são as cardiopatias congênitas, sendo a cardiomiopatia hipertrófica a mais prevalente. Durante o cenário de morte súbita cardíaca, a preocupação da equipe medica é voltada para a ressuscitação e estabilização do paciente, estando alerta para os fatores de riscos, etiologias e estratégias de prevenção relacionadas a essa patologia. O objetivo deste trabalho é elaborar uma revisão sistemática sobre as medidas de prevenção da morte súbita cardíaca em atletas jovens, estratégias de atendimento de emergência capazes de prestar socorro em tempo hábil em uma situação de parada cardíaca e quais os recursos terapêuticos deveriam ser disponibilizados para a população de risco. Para isso, foi realizada uma revisão da literatura através de buscas no banco de dados eletrônico PUBMED, LILACS e SCIELO, referente aos últimos 8 anos. Foram incluídos artigos escritos em inglês, espanhol e português e excluídas as revisões. Foram selecionados 7 artigos. Dois artigos analisaram o risco de morte súbita em atletas jovens, identificando as patologias de base causadoras dessa condição. Três deles abordaram o programa nacional de rastreamento pré-participação em atletas jovens (implantado na Itália), através de uma análise da sua eficácia na prevenção de morte súbita em atletas. Um estudo avaliou os efeitos da ressuscitação cardiopulmonar (RCP) em pacientes com fibrilação ventricular extra-hospitalar, enquanto que outro artigo abordou eficácia do Cardioversor Desfibrilador Implantável (CDI), comparado com amiodarona, no prolongamento da sobrevida de pacientes com arritmias ventriculares malignas. Os estudos revelaram a eficiência do rastreamento pré-participação sistemático e periódico na prevenção da MSEE, mostraram a importância de atendimento emergencial básico (ressuscitação cardiopulmonar e uso de desfibrilador) diante de evento de parada cardíaca e apontaram o uso do Cardioversor Desfibrilador Implantável (CDI) como principal elemento para a redução das taxas de mortalidade em pacientes com arritmias graves, comparado com as drogas antiarrítmicas convencionais. Palavras-chave: Morte súbita. Atletas jovens. Prevenção. Ressuscitação. Desfibrilação.

TÍTULO: Embolia de Liquido Amniótico. ALUNO(A): Fernanda Gabrielle Almeida Castro ORIENTADOR(A): Elias Darzé RESUMO INTRODUÇÃO: A embolia de líquido amniótico (ELA) é uma catastrófica síndrome que ocorre durante a gestação ou imediatamente no período pós-parto. Tem sido descrita uma ocorrência entre 1 em 8.000 e 1 em 80.000 gestações. Atualmente se configura como a quinta causa de mortalidade materna no mundo. Devido a ELA ser uma complicação rara, rapidamente progressiva e imprevisível, torna-se difícil estudá-la, havendo ainda muitas controvérsias a respeito, principalmente quanto à incidência e mortalidade. OBJETIVO: Revisar a literatura desde 1995 para determinar o quadro clínico, diagnóstico, fisiopatologia e conduta da síndrome. MATERIAIS E MÉTODOS: Artigos escritos em inglês sobre a embolia de líquido amniótico identificados a partir de pesquisa sistemática nas fontes de dados eletrônicas PUBMED, LILACS e PERIÓDICO CAPES, publicados no período entre 1995 e 2006, com exceção de 2 artigos clássicos. REVISÃO DE LITERATURA: A apresentação clínica da síndrome é bastante variada, caracterizada por um súbito colapso cardiorespiratório, falência aguda de ventrículo esquerdo com edema pulmonar, coagulação intravascular disseminada e disfunção neurológica. O diagnóstico continua sendo clínico e de exclusão, porém várias pesquisas estão sendo realizadas com possíveis métodos diagnósticos. A fisiopatologia é bastante controversa, envolvendo mecanismos obstrutivos, ativação da inflamação e da coagulação. O tratamento é inespecífico e modalidades terapêuticas de suporte são a base dos cuidados. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A embolia de líquido amniótico continua sendo uma grave condição ameaçadora à vida, apesar de todos os avanços no tratamento de pacientes com alto risco. Ainda não existe nenhum método diagnóstico padrão ou protocolo que confirme a síndrome na suspeita de casos. É importante que novas pesquisas sejam feitas para que se encontre um consenso quanto à fisiopatologia, a fim de direcionar a conduta terapêutica e criação de métodos precisos de diagnóstico. Palavras-chave: embolia de líquido Amniótico; ELA; emergências obstétricas; Síndrome Anafilactóide da gestação; coagulação intravascular disseminada.

TÍTULO: Avaliação da eficácia da vareniclina na redução do consumo de nicotina. ALUNO(A): Filipe Baracho Silva ORIENTADOR(A): Adelmir Machado RESUMO Introdução: O tabagismo é um importante fator no desenvolvimento de inúmeras enfermidades cárdio-vasculares e respiratória. Os tratamentos disponíveis para a cessação do tabagismo têm a finalidade de promover a abstinência contínua do indivíduo, reduzindo esses riscos. Porém, interromper o hábito ainda é muito difícil, exigindo a associação entre fármacos anti-tabágicos e medidas educacionais de mudança comportamental para a cessação do tabagismo. Apesar do arsenal terapêutico farmacológico disponível, com terapias de reposição nicotínica, bupropiona, entre outros, os índices de cessação do tabagismo ainda são pequenos, mostrando reduzida eficácia. A vareniclina, agonista parcial do receptor α4β2 acetilcolina nicotínico, foi o fármaco mais recente desenvolvido para tratamento do tabagismo. Objetivo: Revisar a eficácia da vareniclina na redução do consumo de nicotina em indivíduos tabagistas adultos. Materiais e Métodos: Foi realizada uma revisão sistemática da literatura utilizando-se as bases de dados MEDLINE, guidelines e livros-texto. Foram utilizadas as estratégias de busca: (smoking cessation AND varenicline) OR (smoking treatment AND varenicline) OR (tobacco AND varenicline) OR (nicotine AND varenicline). Os artigos foram em inglês e publicados nos últimos 10 anos. Resultados: Foram encontrados 136 artigos, dos quais 8 foram selecionados; todos ensaios clínicos. A vareniclina, na dose de 1,0 mg duas vezes ao dia, mostrou-se mais eficaz na cessação do tabagismo, em relação ao placebo e à bupropiona, a curto e longo-prazos. Apresentou-se eficaz para a manutenção da abstinência ao fumo quando utilizada por 12 semanas adicionais, bem como, foi bem tolerada e segura em sua utilização por até 52 semanas. Teve a náusea como principal efeito adverso em 7 estudos, porém de intensidade leve a moderada. Mostrou evidente propriedade em reduzir a fissura, os sintomas de abstinência e a intensidade de prazer ao fumar. Conclusão: A vareniclina mostrou superior eficácia, tolerabilidade e segurança no tratamento auxiliar para a cessação do tabagismo quando comparada ao placebo e à bupropiona. Palavras-chave: cessação do tabagismo; tratamento do tabagismo; nicotina; vareniclina; tabaco.

TÍTULO: Avaliação da eficácia da vareniclina na redução do consumo de nicotina. ALUNO(A): Fillipe de Almeida Carvalho e Silva ORIENTADOR(A): Adelmir Machado RESUMO Introdução: A esclerose múltipla (EM) é uma doença crônica, de caráter inflamatório e degenerativo, que acomete preferencialmente adultos jovens (entre 20 a 40 anos), sendo a principal causa de incapacidade nessa faixa etária em países desenvolvidos. O uso de imunomoduladores e imunossupressores no tratamento dessa enfermidade têm modificado o curso natural da doença reduzindo a morbidade dos pacientes, porém, uma dessas drogas, o interferon (IFN), tem sido associada com a ocorrência quadros depressivos. Essa associação já foi amplamente estabelecida com o IFN alfa (IFNα), porém, a relação com o IFN beta (IFNβ) ainda é motivo de controvérsias. Objetivo: Fazer uma revisão bibliográfica sobre a associação do uso de interferon beta com a ocorrência de depressão durante tratamento da esclerose múltipla. Metodologia: Foi realizada uma pesquisa bibliográfica nos sítios de busca Pubmed e Scielo, com as seguintes palavras-chave: “esclerose múltipla”, “interferon beta”, “depressão”, “efeito colateral” e seus equivalentes em inglês. Também foi feita busca manual em listas de referências dos próprios artigos, sendo selecionados um total de quinze artigos no idioma inglês. Resultados: A maioria dos estudos não demonstrou associação significante entre o uso de IFNβ e a ocorrencia de depressão durante a terapia, mas não afastaram totalmente essa possibilidade. Conclusão: A relação entre interferon beta e ocorrência de depressão durante o tratamento da esclerose múltipla ainda não está concretamente estabelecida, pricipalmente por conta da metodologia inadequada para avaliar essa questão. Palavras-chave: esclerose múltipla, interferon beta, depressão.

TÍTULO: Associação entre o uso de interferon beta e o desenvolvimento da depressão no tratamento de pacientes com escleroses múltipla. ALUNO(A): Fillipe de Almeida Carvalho e Silva ORIENTADOR(A): Frederico Luis da Silva Figueirôa RESUMO Introdução: A esclerose múltipla (EM) é uma doença crônica, de caráter inflamatório e degenerativo, que acomete preferencialmente adultos jovens (entre 20 a 40 anos), sendo a principal causa de incapacidade nessa faixa etária em países desenvolvidos. O uso de imunomoduladores e imunossupressores no tratamento dessa enfermidade têm modificado o curso natural da doença reduzindo a morbidade dos pacientes, porém, uma dessas drogas, o interferon (IFN), tem sido associada com a ocorrência quadros depressivos. Essa associação já foi amplamente estabelecida com o IFN alfa (IFNα), porém, a relação com o IFN beta (IFNβ) ainda é motivo de controvérsias. Objetivo: Fazer uma revisão bibliográfica sobre a associação do uso de interferon beta com a ocorrência de depressão durante tratamento da esclerose múltipla. Metodologia: Foi realizada uma pesquisa bibliográfica nos sítios de busca Pubmed e Scielo, com as seguintes palavras-chave: “esclerose múltipla”, “interferon beta”, “depressão”, “efeito colateral” e seus equivalentes em inglês. Também foi feita busca manual em listas de referências dos próprios artigos, sendo selecionados um total de quinze artigos no idioma inglês. Resultados: A maioria dos estudos não demonstrou associação significante entre o uso de IFNβ e a ocorrencia de depressão durante a terapia, mas não afastaram totalmente essa possibilidade. Conclusão: A relação entre interferon beta e ocorrência de depressão durante o tratamento da esclerose múltipla ainda não está concretamente estabelecida, pricipalmente por conta da metodologia inadequada para avaliar essa questão. Palavras-chave: esclerose múltipla, interferon beta, depressão.

TÍTULO: Alterações Materno-fetais Causadas pelo Tabagismo na Gravidez. ALUNO(A): Francisco dos Santos La Torre ORIENTADOR(A): Elias Darzé RESUMO Objetivo: Discutir as alterações causadas pelo hábito de fumar durante a gestação no binômio materno-fetal. Métodos: Este estudo consiste numa revisão bibliográfica de artigos sobre o tema tabagismo na gravidez, e foram selecionados 15 artigos incluindo ensaios clínicos randomizados e revisões bibliográficas. Resultados: Podemos verificar que o tabagismo durante a gravidez é extremamente prejudicial para o binômio materno-fetal. Alterações como: aborto espontâneo, baixo peso ao nascer, peso inadequado para a idade gestacional, crescimento intrauterino restrito, prematuridade, pré-eclâmpsia, ruptura prematura de membranas, placenta prévia, placenta acreta, DPP, além de alterações na adolescência como distúrbio da atenção e hiperatividade, dificuldade de concentração, déficit de cognição, distúrbios respiratórios e outras foram observadas nos estudos revisados. Conclusão: É de fundamental importância que haja um acompanhamento mais frequente das mulheres grávidas fumantes, com o objetivo de prevenir o maior número das complicações fetais, como também educá-las no sentido de convencê-las a parar de fumar. Palavras-chave: Tabagismo; gravidez.

TÍTULO: Manifestações acneiformes iatrogênicas: psicotrópicos e antineoplásicos promotores destas afecções. ALUNO(A): Gabriela Barreto Pena ORIENTADOR(A): Enio Ribeiro Maynard Barreto RESUMO Introdução: Manifestações acneiformes configuram afecções cutâneas semelhantes à acne usualmente ligadas a iatrogenia medicamentosa. Psicotrópicos, estabilizadores de humor e antidepressivos tricíclicos, como o lítio e amineptina respectivamente, estão intimamente relacionados com a promoção destas lesões de pele. Uma outra classe de drogas, os Inibidores do Receptor de Fator de Crescimento Epidérmico (EGF-RI), representam antineoplásicos utilizados em estágios avançados de vários tipos de câncer cujos efeitos colaterais estão ligados à origem de erupções acneiformes. Objetivo: Revisão bibliográfica de estudos que avaliaram os psicotrópicos e antineoplásicos mais comuns utilizados na atualidade com associação ao desenvolvimento de manifestações acneiformes eruptivas. Metodologia: Revisão de literatura nos bancos de dados da PubMed, MEDLINE, LILACS, SpringerLink – Journal Article, revistas e periódicos especializados, além de referencias de livros específicos da área. Resultados: Sete artigos foram selecionados e distribuídos em dois subgrupos, de acordo com a droga avaliada pelos autores. Dois abordaram os efeitos colaterais promovidos por psicotrópicos e cinco os efeitos adversos promovidos pelos EGF-RI. As condições encontradas não devem ser consideradas resultantes de hipersensibilidade à droga ou possível alergia, sendo indicado que os pacientes continuem a terapia, tentando reduzir a dosagem das mesmas o quanto possível. Conclusão: A suspensão do uso ou a redução das dosagens da droga são as maiores indicações nos casos de manifestações acneiformes iatrogênicas. A principal meta a ser alcançada é a redução dos danos causados aos pacientes, que já se encontram em situações insalubres. Palavras-chave: manifestações acneiformes, psicotrópicos, antineoplásicos.

TÍTULO: Obesidade como fator de risco para nefrolitíase. ALUNO(A): Guilherme Lucena Moura ORIENTADOR(A): Edson Luiz Paschoalin RESUMO Introdução: A obesidade representou um progressivo aumento nas últimas décadas e está bastante relacionada à hipertensão arterial, dislipidemia, resistência insulínica e maior risco cardiovascular, sua associação à nefrolitíase recebe, porém, pouca atenção, apesar de pacientes obesos apresentarem excreção aumentada de solutos na urina. A urolitíase vem apresentando, também, um implacável aumento a mais de 50 anos em paralelo a mudanças dos hábitos alimentares. A coincidência temporal e as alterações urinárias decorrente do peso corporal elevado são de suma importância para a realização de trabalhos que associem a nefrolitíase como comorbidade da obesidade. Objetivo: desenvolver uma revisão de literatura relacionando a obesidade com fatores de risco para nefrolitíase. Metodologia: Foi realizada uma revisão de literatura de livro-texto e trabalhos científicos que estudaram a obesidade como fator de risco para nefrolitíase. Feita uma busca bibliográfica na base de dados PUBMED, SCIELO e BIREME e uma pesquisa manual em listas de referência dos artigos dos últimos 10 anos e publicados em periódicos em português, inglês e espanhol. Foram excluídos todos os artigos com data ou idioma não condizentes com o pré-estabelecido ou trabalhos não relacionados à urolitíase ou obesidade. Resultados: Pacientes obesos e com resistência insulínica apresentaram maior prevalência de nefrolitíase, principalmente de cálculos de urato. O índice de massa corporal elevado revelou-se associado a: maior excreção de ácido úrico, sódio, amônia, e fosfato e uma notável diminuição do pH da urina com o aumento das categorias de peso corporal. A obesidade se correlacionou, também, a hiperosmolaridade urinária, uma vez que o volume urinário é diminuído. Conclusão: O sobrepeso e obesidade possuem, realmente, associação com o aumento dos casos de cálculos renais de ácido úrico e uma discreta relação como fator de risco para a formação de cristais de oxalato e fosfato de cálcio. A redução do peso corporal e uma maior ingesta hídrica são, então, os tratamentos de primeira escolha para pacientes obesos com nefrolitíase. Palavras-chave: obesidade; nefrolitíase; urolitíase; cálculo renal.

TÍTULO: Associação entre Carcinoma hepatocelular e pacientes portadores de hemocromatose hereditária: uma revisão sistemática de literatura ALUNO(A): Guy Pellegrino Borges ORIENTADOR(A): Ronald Pallota RESUMO Introdução: A hemocromatose hereditária (HH) é uma doença genética autossômica recessiva cuja principal característica é a desordem no metabolismo do ferro. É umas das doenças genéticas mais comuns em indivíduos de etnia branca e, quando não tratada, pode provocar dano tecidual progressivo em diversos órgãos. Uma das manifestações mais comuns desse dano tecidual é a cirrose, potencialmente seguida pelo carcinoma hepatocelular (CHC). O CHC é uma conseqüência dramática e fatal da doença crônica do fígado, constituindo causa importante de morte dentre esses indivíduos. Objetivo: determinar a associação entre carcinoma hepatocelular e indivíduos portadores de hemocromatose hereditária. Metodologia: foi realizada uma revisão de literatura de trabalhos científicos que mostraram a associação entre a hemocromatose hereditária e o risco de desenvolver carcinoma hepatocelular. A busca bibliográfica foi feita na base eletrônica de dados PUBMED/MEDLINE, selecionando artigos publicados nos últimos 10 anos, em português, inglês e espanhol, com estudos exclusivamente em humanos e desenhos de estudo do tipo ensaios clínicos e estudos comparativos. Além disso, foi realizada uma busca manual de trabalhos científicos na lista de referência dos artigos previamente selecionados. Foram excluídos artigos com data ou idioma não condizentes com o pré-estabelecido, trabalhos não diretamente correlacionados com o tema específico e alguns artigos que por inviabilidade de serem obtidos gratuitamente, não puderam fazer parte da revisão. Resultados: na maioria dos casos, o CHC desenvolveu-se em pacientes cirróticos com HH, apresentando uma predominância de homozigotos C282Y. A prevalência de homozigotos C282Y para câncer de fígado é significantemente maior do que a prevalência na população normal. A heterozigosidade para a mutação C282Y também pode estar envolvida na patogênese do CHC ou pode aumentar o risco de desenvolver CHC, especialmente em pacientes com hepatite C ou cirrose alcoólica. Observou-se também a ocorrência do CHC em pacientes não-cirróticos com sobrecarga de ferro hepático; estes pacientes tinham mais mutação C282Y do que pacientes sem sobrecarga de ferro. Conclusão: Esta revisão bibliográfica demonstra que a hemocromatose hereditária constitui fator de risco importante para o desenvolvimento de carcinoma hepatocelular. Dessa forma, o diagnóstico precoce e o tratamento da HH por meio da terapia de depleção do ferro são de grande importância para prevenir o desenvolvimento do carcinoma hepatocelular no futuro. Palavras-chave: hemocromatose; doença hepática; carcinoma hepatocelular.

TÍTULO: Bacteriúria Assintomática em Mulheres Diabéticas: Tratar ou não tratar? ALUNO(A): Igor Santos Schonhofen ORIENTADOR(A): Ubirajara Barroso Jr. RESUMO Introdução: A infecção do trato urinário (ITU) é uma patologia extremamente freqüente, sendo que, na ausência de sintomas, recebe a denominação de Bacteriúria Assintomática (BA). Pessoas com Diabetes Mellitus (DM) apresentam risco elevado para o desenvolvimento de infecções, sendo o trato urinário, o local mais acometido. A prevalência de BA é três vezes maior em mulheres diabéticas do que em não diabéticas, porém homens diabéticos apresentam a mesma prevalência de não diabéticos. Vários fatores de risco para bacteriúria assintomática em mulheres com diabetes têm sido sugeridos, incluindo idade, intercurso sexual e duração da doença. A bactéria mais frequentemente encontrada na bacteriúria assintomática é a Escherichia coli. O manejo da BA em pacientes com diabetes é controverso. A maioria dos médicos americanos preconiza o tratamento, ao passo que os europeus o fazem excepcionalmente. Objetivo: Revisão bibliográfica dos estudos que analisaram a associação entre bacteriúria assintomática e mulheres diabéticas; e o manejo desta condição clínica nestas pacientes. Metodologia: Revisão da literatura na base de dados MEDLINE, LILACS, e SCIELO referente aos anos de 1997 a 2007, utilizando-se como descritores: “asymptomatic bacteriuria AND diabetes”. Resultados: A busca bibliográfica, segundo estratégia definida, resultou em 69 artigos e, de acordo com o objetivo do estudo e critérios de inclusão, 45 artigos considerados relevantes foram selecionados. Após a leitura completa do total de artigos obtidos, estes foram divididos em duas áreas clínicas de conhecimento propostas: (1) Importância/Conseqüência da bacteriúria assintomática em diabéticos; e (2) Tratamento antimicrobiano da bacteriúria assintomática em mulheres com diabetes mellitus. Conclusão: Em vista do tratamento da bacteriúria assintomática, a longo prazo, não diminuir a quantidade de episódios de ITU sintomáticas, pielonefrites agudas e hospitalizações em mulheres diabéticas, o screening e o tratamento da bacteriúria assintomática em mulheres diabéticas não devem ser recomendados. Palavras-chave: Bacteriúria assintomática, Diabetes mellitus, Antibioticoterapia.

TÍTULO: Alterações neuropsiquiátricas no hipotireoidismo subclínico: uma revisão sistemática ALUNO(A): Ilana Gurgel Bezerra ORIENTADOR(A): Ana Cristina Carneiro dos Reis RESUMO Introdução: o hipotireoidismo subclínico (HS) é uma endocrinopatia caracterizada por aumento de TSH com níveis hormonais tireoidianos dentro da normalidade. Tem sido mostrado que pacientes com (HS), antigamente considerados completamente livres de sintomas, podem ter queixas subjetivas. Depressão e ansiedade são freqüentes no (HS). O objetivo dessa revisão foi avaliar através de escalas a intensidade dos sintomas de depressão e ansiedade no (HS) quando comparado aos pacientes eutireoidianos, pois o significado clínico dessa disfunção ainda é controverso, assim como seu tratamento. Metodologia: foi realizada uma pesquisa eletrônica na PubMed, MEDLINE e Scielo. As palavras-chave utilizadas foram hipotireoidismo subclínico, ansiedade e depressão, sendo limitada aos artigos em português e inglês. Quatorze estudos foram selecionados para esta revisão bibliográfica. Conclusão: o (HS) deve ser considerado uma entidade clínica com repercussões neuropsiquiátricas importantes, tais como ansiedade e depressão. Palavras-chave: Hipotireoidismo subclínico; Ansiedade; Depressão.

TÍTULO: Fatores Relacionados à Associação entre a Doença Isquêmica Arterial Periférica e O Comprometimento Simultâneo da Doença Arterial Coronariana. ALUNO(A): Indira Lima Serra ORIENTADOR(A): Ana Cristina Andrade RESUMO Introdução: A insuficiência arterial periférica (IVP) ocorre comumente em idade mais avançada e corresponde a uma das complicações da aterosclerose. Além das manifestações no membro acometido, como claudicação intermitente ou isquemia, a IVP encontra-se fortemente associada ao desenvolvimento de eventos coronarianos, podendo corresponder ao primeiro sintoma. Objetivo: Revisão bibliográfica dos estudos que verificaram a associação de prevalência entre vasculopatia periférica e doença arterial coronariana (DAC), e as formas de manejo instituídas para esta condição. Metodologia: A pesquisa bibliográfica utilizou o banco de dados do PUBMED, usando-se como descritores primários “peripheral arterial disease”, “stroke”, “coronary artery disease”, e seus respectivos em português, com o objetivo de identificar os artigos compreendidos no período de janeiro de 1997 até dezembro 2007. Resultados: A busca bibliográfica, seguindo a estratégia metodológica definida, resultou de 27 artigos, dos quais 6 são de revisão e 21 são originais. Dentre eles, 15 abordavam diretamente o tema proposto, enquanto os outros tratavam de aspectos relacionados à patologia vascular periférica. Quinze artigos selecionados foram distribuídos em 8 subgrupos. Um estudo verificou as formas de manejo instituídas aos portadores de vasculopatias e procurou estimar os riscos de amputação entre os grupos, dois abordaram as doenças extra-cardíacas como preditoras de Síndrome Coronariana Aguda, um o tratamento instituído aos portadores de IVP, 4 avaliaram a melhor técnica não-invasiva na detecção da Doença Vascular Periférica, um comparou as técnicas do Índice Tornozelo-braquial e Stress Ecocardiográfico por Dobutamina, dois a prevalência de patologias coronarianas e cerebrovasculares em portadores de IVP, um a ocorrência de IVP e doenças de carótida em portadores de lesão da coronária esquerda, dois o papel de diferentes modalidades terapêuticas na evolução do IVP. Conclusão: As vasculopatias periférica e coronariana decorrem de uma mesma patogênese, e a ocorrência simultânea das patologias é expressiva na população, embora muitas vezes seja subestimada. É relevante o encaminhamento destes pacientes para terapia secundária de prevenção de eventos ateroscleróticos. Palavras-chave: Insuficiência Vascular Periférica, Acidente Vascular Encefálico, Doença Arterial Coronariana.

TÍTULO: Avaliação do estilo de vida da sociedade moderna e sua propensão a desenvolver câncer de estômago. ALUNO(A): João Flavio Martins de Brito ORIENTADOR(A): Robson Freitas Moura RESUMO Introdução: O câncer de estômago ainda é a 2ª causa de morte por câncer nos paises em desenvolvimento. Este câncer como alguns outros está relacionado com hábitos do dia-a-dia, como prática de atividade física, hábitos alimentares, tabagismo e elitismo. O perfil dessa neoplasia tem sido alterado, mudando o sítio de localização, passando a ter destaque para a cárdia, e mudando também o perfil da população, tendo um destaque para o aumento da incidência em pacientes de classes econômicas superiores. A prática de hábitos saudáveis favorecem a prevenção e a depender de sua combinação pode até interferir de maneira positiva nos fatores intrínsecos como herança genética.

Objetivo: Avaliar o estilo de vida da sociedade moderna e a sua propensão a desenvolver câncer de estômago.

Métodos: A revisão foi feita a partir de artigos originais identificados em base de dados do Pubmed e Scielo. Foram selecionados apenas artigos publicados nos últimos 10 anos.

Resultados: O presente estudo analisou a prática de hábitos saudáveis e a sua relação com o surgimento de câncer de estômago. Os 7 estudos incluídos nesta revisão avaliaram a presença desses hábitos ou a associação entre eles para avaliar o quanto podem ser benéficos na prevenção do câncer de estômago. Todos os estudos demonstraram que hábitos saudáveis não têm efeito colateral, sendo a melhor alternativa na prevenção de doenças.

Conclusão: Hábitos saudáveis previnem o câncer de estômago, assim como outras patologias e não têm efeitos colaterais, sendo a melhor alternativa na prevenção de doenças. Palavras-chave: Estilo de vida, câncer de estômago, hábitos de vida.

TÍTULO: Vitiligo e Fototerapia. ALUNO(A): João Vitor Martins Laranjeira ORIENTADOR(A): Paulo Roberto L. Machado RESUMO Introdução: O vitiligo atinge de 0,5 a 2% da população mundial, e 25% dos casos se iniciam antes dos 10 anos, observando-se casos desde a antiguidade. A doença caracteriza-se por despigmentação da pele, com perda de melanócitos ao exame histológico. Objetivo: avaliar de maneira geral o vitiligo, dando ênfase à Fototerapia como forma mais eficaz de tratamento. Material e Método: Foi realizada uma revisão bibliográfica sistematizada a partir da base de dados da Medline (National Library of Medicine), Lilacs e Scielo, com o uso dos descritores “Vitiligo”, “fototerapia”, “fototerapia x vitiligo”, “Phototherapy”, “esquemas terapêuticos+ vitiligo”, “patogênese+vitiligo” sendo incluídos no total 45 estudos em todo o trabalho.Resultados/Discussão: Alguns fatores podem precipitar o início da doença, entre eles estão: estresse físico e emocional, trauma mecânico e substâncias químicas, como os derivados do fenol. A causa do vitiligo ainda é desconhecida e a etiologia mais provável parece ser autoimune. Várias modalidades terapêuticas têm sido propostas, como por exemplo o uso de esteróides, imunomoduladores tópicos,luz monocromática de excimer, tratamento cirúrgico, despigmentação e principalmente a fototerapia, sendo esta a mais eficaz forma de tratamento. Conclusão: O sucesso terapêutico está estritamente relacionado com a relação médico/paciente, aumentando dessa forma as chances de se obter um melhor resultado na terapia. Palavras-chave: Vitiligo, Fototerapia, Esquema terapêutico.

TÍTULO: Stents farmacológicos e trombose tardia: análise de fatores associados e suas implicações clínicas . ALUNO(A): Joyce Lopes Cardoso ORIENTADOR(A): Eloina Nunes RESUMO Introdução: Stents farmacológicos são comumente usados na intervenção coronária percutânea. Apesar de eficácia em reduzir as taxas de reestenose se comparado aos stents convencionais, a trombose tardia representa uma séria complicação. Objetivo: Descrever fatores associados à ocorrência de trombose tardia em pacientes que receberam stents farmacológicos. Material e Método: Foi realizada uma revisão bibliográfica sistematizada a partir da base de dados da Medline (National Library of Medicine), Lilacs e Scielo, com o uso dos descritores drug-eluting stent and late stent

thrombosis sendo incluídos no total 15 estudos na análise primária. Resultados: houve uma confirmação de maior incidência de trombose tardia com stent farmacológico - Drug eluting stent (DES) se comparado ao stent convencional - Bare metal stent (BMS), sendo tal incremento reforçado à medida que o tempo passado do procedimento index aumenta. A interrupção prematura da terapia antiplaquetária (TAP), insuficiência renal, diabetes, diminuição da fração de ejeção, síndrome coronariana aguda e IAM com elevação do segmento ST à apresentação, lesões complexas e comprimento do stent estiveram diretamente associadas especificamente à ocorrência de trombose tardia. DES diminui a ocorrência de eventos cardíacos adversos, especialmente, a necessidade de repetição da revascularização do miocárdio. Conclusão: a maior ocorrência de trombose tardia relacionada ao uso do DES, apesar de resultar em eventos cardiovasculares fatais e não fatais, não ultrapassa o benefício destes stents, demonstrado por uma redução marcante do risco de reestenose e eventos cardíacos adversos, desde que realizada uma análise individualizada de fatores de risco em cada situação clínica. Palavras-chave: Stents farmacológicos. Trombose tardia. Fatores de risco.

TÍTULO: Descrição dos valores prognóstico e preditivo de timidilato sintetase no câncer colorretal. ALUNO(A): Juliana Lima Almeida ORIENTADOR(A): Ronald Sérgio P. Filho RESUMO Introdução: O câncer colorretal é o segundo tipo de câncer mais diagnosticado e a segunda causa de morte relacionada às neoplasias no mundo ocidental. Apesar dos avanços, o 5-Fluorouracil permanece como a droga quimioterápica mais efetiva contra o câncer colorretal. Seu principal mecanismo de ação se dá através da inibição da enzima Timidilato Sintetase. Estudos observaram que o nível intratumoral desta enzima estaria relacionado com a resposta terapêutica a fluoropirimidinas e ao prognóstico de pacientes com câncer colorretal. Objetivo: descrever a correlação da taxa de expressão de Timidilato Sintetase com o nível de resposta ao tratamento quimioterápico a base de 5-Fluorouracil e com a sobrevida global de pacientes com câncer colorretal. Metodologia: foi realizada uma revisão sistemática da literatura dos últimos 10 ano,s sendo selecionados 21 artigos para a análise comparativa. Resultados: o total de pacientes estudados foi de 5.134, com idade média de 61,5 anos e 56% do sexo masculino. Dos 21 estudos selecionados, 13 eram retrospectivos e 8 progressivos. Dez trabalhos obtiveram amostras apenas do tumor primário, 3 apenas de sítio metastático, 5 colheram amostras de ambos e 2 de tumor primário e linfonodos com metástase. Dezessete estudos usaram imunohistoquímica como método para a determinação da expressão de Timidilato Sintetase e 4 utilizaram a reação em cadeia da polimerase. Dos 12 estudos que avaliaram o valor preditivo da enzima, 6 estudos concluíram que altos níveis da mesma no tumor determinaram menor resposta ao tratamento, 3 obtiveram resultado contrário e 4 estudos concluíram que os níveis enzimáticos na amostra falharam em predizer resposta. Treze estudos associaram níveis de Timidilato Sintetase e sobrevida global. Destes, 10 observaram que altos níveis determinaram uma menor sobrevida. 3 estudos não constataram qualquer diferença. Discussão: Os resultados foram divergentes quanto a avaliação do valor preditivo de Timidilato sintetase o que pode ser explicado por um mecanismo de ação secundário do 5-Fluorouracil, que independe do grau de inibição da enzima alvo. Isto explicaria a efetividade deste medicamento em tumores com alta expressão de Timidilato Sintetase. A maioria dos estudos que avaliaram o valor prognóstico desta enzima concluiu que este pode ser um importante parâmetro na determinação do prognóstico da doença.Conclusão: estudos metodologicamente adequados devem ser realizados para a determinação do real valor prognóstico e preditivo de TS. Palavras-chave: câncer colorretal, timidilato sintetase, 5-flourouracil.

TÍTULO: Impacto da inflamação enfatizando o TNF-a na Fisiopatologia da DPOC. ALUNO(A): Kim Hartmann Benzaquen Costa ORIENTADOR(A): Maria de Lourdes Bastos RESUMO Introdução: A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma doença universal, considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) uma epidemia. Caracterizada por deterioração progressiva e irreversível da função pulmonar ocorre devido à permanente exposição das pessoas aos fatores de risco, principalmente ao tabagismo. A doença é avaliada de modo multidimensional pelo índice de BODE, sendo na atualidade considerada uma doença sistêmica. Estudos demonstraram a importância da inflamação na fisiopatologia da doença e como esta está relacionada com seus efeitos extra-pulmonares. A citocina TNF- α está presente em excesso no sputum destes pacientes e em condições patológicas, seus níveis elevados levam ao desenvolvimento de respostas inflamatórias locais e sistêmicas. O estudo da utilização terapêutica de moléculas que de forma seletiva antagonizem os processos inflamatórios poderão constituir abordagens eficazes na reversão da doença. Objetivo: Revisão bibliográfica sobre o impacto da inflamação enfatizando a citocina pró-inflamatória TNF-α na fisiopatologia da DPOC. Metodologia: A pesquisa bibliográfica utilizou o banco de dados do PubMed, LILACS e SciELO, utilizando-se como descritores primários: “TNF-alfa”, “inflammation” e “COPD”, e seus respectivos em português, com o objetivo de identificar os artigos compreendidos no período de 2002 até o ano de 2007. Resultados: A busca bibliográfica, seguindo a estratégia metodológica definida, resultou na seleção de 32 artigos considerados relevantes, dos quais 18 são de revisão sobre o tema e 14 são originais. Destes, 03 artigos possuem desenho experimental, 04 desenhos de corte-transversal, 03 são coorte prospectivos e 04 são caso-controle. Os resultados foram divididos em três grupos da seguinte forma: 04 artigos no grupo de epidemiologia, 18 artigos no grupo de inflamação, 06 artigos no grupo de abordagens terapêuticas antiinflamatórias e mais 04 artigos que contemplavam a discussão em dois ou mais grupos. Conclusão: Fica provada a importância dos marcadores inflamatórios não só no estadiamento da DPOC já estabelecida, mas também como preditores de uma doença que ainda não se estabeleceu. A identificação de mediadores inflamatórios e o melhor entendimento de suas interações é a melhor maneira para o desenvolvimento da terapia antiinflamatória na DPOC. Apesar dos resultados desfavoráveis com a terapia anti-TNF-α, outros estudos são necessários para avaliar sua real importância. Palavras-chave: Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), inflamação, fator de necrose tumoral alfa (TNF-α).

TÍTULO: Evolução e fatores determinantes da mortalidade infantil em Salvador: 1994-2005. ALUNO(A): Laís Sousa Gomes ORIENTADOR(A): Isabel Carmen Freitas RESUMO O presente trabalho objetiva analisar o perfil da mortalidade infantil na cidade do Salvador entre o período de 1994 e 2005, bem como avaliar a influência de alguns fatores determinantes deste indicador de saúde. Foram selecionados dados sobre nascimentos e óbitos infantis do Ministério da Saúde, entre os anos de 1994 e 2005, bem como informações acerca mortalidade proporcional por grupos de causas; proporção de nascidos vivos de baixo peso ao nascer, idade da mãe e cobertura de consultas pré-natal. Um modelo de análise estatística foi construído para determinar o poder de explicação das variáveis escolhidas e os índices do coeficiente de mortalidade infantil. Observou-se tendência de declínio da mortalidade infantil, com predomínio da mortalidade por afecções do período neonatal e redução da mortalidade infantil por doenças infecto-parasitárias. Em relação à análise estatística, o peso ao nascer menor que 1500g, a idade materna menor de 19 anos e partos de gravidez múltipla apresentaram relação positiva com a mortalidade. Apesar da manutenção de níveis ainda elevados de mortalidade infantil, conclui-se que a cidade do Salvador apresenta perfil de redução progressiva, desde que se modifiquem os determinantes das afecções neonatais, principal causa de morte. Palavras-chave: Mortalidade Infantil, Coeficiente de Mortalidade Infantil, Evolução temporal, Indicadores de Saúde.

TÍTULO: Efeito de antioxidantes sobre as atividades antineoplásica e miocardiotóxica das antraciclinas. ALUNO(A): Laura Lemos de Mendonça e Fontes ORIENTADOR(A): Lain Carlos Pontes de Carvalho RESUMO A cada ano, pelo menos nove milhões de pessoas adoecem de câncer, sendo a quimioterapia a modalidade de tratamento mais utilizada. As antraciclinas (ANT) são antibióticos amplamente usados no tratamento de neoplasias. Têm como efeitos adversos mais preocupantes a capacidade de causar danos à medula óssea, podendo levar até à leucemia, e, particularmente, ao tecido cardíaco, limitando sua dose e seu uso clínico. A hipótese mais comum para o mecanismo de cardiotoxicidade exercido pelas ANT é através da formação de radicais livres e superóxidos. A susceptibilidade do tecido cardíaco ao dano causado por esse estresse oxidativo provavelmente deve-se a concentrações relativamente baixas nesse tecido de enzimas antioxidantes. Conhecendo a natureza do mecanismo de dano ao tecido cardíaco causado pelas ANT, pode-se desenvolver estratégias para preveni-lo ou modificá-lo, utilizando antioxidantes. Sendo assim, foi realizado um estudo de revisão sistemática de 16 trabalhos, avaliando o efeito de antioxidantes sobre as atividades antineoplásica e miocardiotóxica das ANT, e foram propostos uma estratégia para direcionar o efeito da proteção para as células normais, não neoplásicas, e um método que possibilitaria testá-la, premilinarmente, in vitro. A revisão indicou que há uma redução da cardiotoxicidade exercida pelas ANT quando os antioxidantes também são administrados, sem interferir em sua atividade antineoplásica. Contudo, fazem-se necessários estudos mais amplos e detalhados sobre essa hipótese, com determinação da dose ideal das ANT e analisando diferentes doses de antioxidantes e o efeito sobre o grau de proteção, para tecido normal, da administração dos antioxidantes e da ANT em tempos distintos, como proposto no método descrito nesta monografia. Palavras-chave: Antioxidantes; Antraciclinas; Cardiotoxicidade; Câncer.

TÍTULO: Rinopatia alérgica e qualidade de vida dos estudantes de uma faculdade de Medicina da Bahia. ALUNO(A): Leonardo Marques Gomes ORIENTADOR(A): Otávio Marambaia dos Santos RESUMO Introdução: Atualmente, a prevalência de rinite alérgica na população mundial vem crescendo vertiginosamente. Ultimamente, o estudo da rinite alérgica e seu tratamento têm sido focados no bem-estar e na qualidade de vida da pessoa. Diante disso, o estudante de medicina, exposto constantemente ao estresse da sua formação acadêmica, pode ter sua qualidade de vida comprometida pela doença. Objetivo: avaliar o impacto da rinite alérgica sobre a qualidade de vida dos estudantes de medicina. Forma de estudo: descritivo de corte transversal. Material e método: 2 (dois) questionários foram aplicados aos estudantes: O primeiro questionário continha uma lista de 14 questões referentes à rinite alérgica. O segundo questionário utilizado foi o Mini-RQLQ formado por 14 questões com escala de 7 pontos (0-não incomodado a 7-extremamente incomodado) Resultados: Participaram do presente estudo 116 estudantes de medicina com idade média de 22,6 anos dos quais 48,3% afirmaram ter rinite alérgica. Em torno de 70% fazem uso de medicamentos, 23% indicaram uso regular, e 64% fazem uso de anti-histamínicos. Os aeroalérgenos foram citados como os principais fatores desencadeantes em 92,9%. Cerca de 70% afirmaram ter algum familiar com rinite alérgica. História de asma foi relatada por 24,1% dos entrevistados. 44,8% responderam que a presença de carpetes na sala “O Social” predisporia a manifestação da rinite alérgica. Todos os indivíduos com a doença responderam o Mini-RQLQ. A média geral foi de 2.85 pontos (DP ± 1.94). Os sintomas nasais (3.75 DP: ± 1.86) e os problemas práticos (3.81 DP ± 1.92) foram relatados como os que mais incomodavam o estudante. Considerações Finais: A alta prevalência da RA demonstra a sua importância e o seu impacto na qualidade de vida do estudante de medicina. Por se apresentar em formas e graus variáveis, de não incomodativa até extremamente incomodativa, o curso dessa patologia na vida do indivíduo pode acarretar em uma série de problemas. Estudos complementares devem ser realizados, em nossa população de estudo, a fim de verificar o grau de sensibilização a diferentes tipos de aeroalérgenos e com isso orientar na melhoria das condições do ambiente acadêmico e do domicílio. Palavras-chave: rinite alérgica; qualidade de vida; estudante de medicina e educação médica.

TÍTULO: Análise das vantagens e desvantagens em relação a gastretomia vertical. ALUNO(A): Leonardo Pires Novais Dias ORIENTADOR(A): João Ettinger RESUMO A massa corpórea de um individuo é determinada, basicamente, pela interação entre a predisposição genética do mesmo e o ambiente em que ele vive. O crescente aumento na incidência de pessoas apresentando sobrepeso e obesidade na população mundial, remete a uma situação atual de endemia quanto a estes fatores. Isto ocorre, principalmente, devido a um desequilíbrio entre a ingesta de alimentos, que por vezes tem aumentado gradualmente nas últimas décadas, associada a uma redução da prática de exercícios físicos. O sobrepeso e obesidade estão associados com diversas doenças, tais como: resistência a insulina, diabetes tipo 2, dislipidemia, hipertensão, colelitíase, algumas formas de câncer, esteatose hepática, refluxo gastroesofágico (RGE), apneia obstrutiva do sono, doença articular degenerativa, gota, lombalgia e síndrome do ovário policístico1. Estar em sobrepeso ou obeso na idade dos 40 anos, reduz a expectativa de vida de 3 a 6 anos. Em contrapartida, a perda de peso a curto prazo, de 1 a 3 anos, direciona a uma redução da resistência a insulina, a uma melhor regulação metabólica dos pacientes com diabetes mellitus, a uma redução da pressão sanguínea e a um perfil lipídico menos heterogêneo1. A cirurgia bariatrica é atualmente o melhor recurso que a medicina moderna disponibiliza para o paciente que precisa ou quer perder peso de uma forma substancial e durável, com a manutenção dos resultados a longo prazo1,4,5,6,7,8. A gastrectomia em manga (SG) é um termo utilizado para definir um tipo de gastrectromia parcial que resulta na remoção da maioria do estômago, restando apenas uma peça que lembra uma “banana” ou “meia-lua”. Os bons resultados apresentados pela SG em pacientes de alto risco, como o excesso de perda de peso de 51-83% em 1 ano e melhoria das comorbidades4, incentivaram outros não apenas a utilizar este procedimento como primeira parte de um tratamento bariatrico mais complexo2, mas também como uma operação definitiva para a reduçao de peso permanente em pacientes com critérios específicos2,4,7,12,23,27 A SG é um novo procedimento de redução do peso com menor risco peri-operatório, que é particularmente adequado para os doentes em maior risco cirúrgico8. O objetivo deste estudo é determinar as vantagens e desvantagens da SG como procedimento bariátrico viável e avaliar as suas formas de abordagem em uma ou duas etapas. Palavras-chave: obesidade, cirurgia bariátrica, gastrectomia em manga. gastretomia vertical.

TÍTULO: Meta-análise sobre eficácia e segurança do uso crônico da insulina inalatória em portadores de diabetes mellitus tipo 1. ALUNO(A): Lílian Carine Souza de Lima ORIENTADOR(A): Ana Cristina Reis RESUMO Introdução: O teste ergométrico caracteriza-se por ser um exame diagnóstico bastante utilizado e indicado para a investigação de doença arterial coronariana. É um instrumento importante para o diagnóstico precoce, além de nortear a terapia preventiva de eventos cardiovasculares. Objetivo: Descrever o perfil dos pacientes encaminhados ao teste ergométrico em um serviço de saúde na cidade de Salvador. Métodos: Estudo descritivo de 352 laudos de exame ergométrico. Foi estimado o perfil antropométrico e clínico por meio de médias, desvios-padrão e freqüências. Resultados: Prevaleceu o sexo feminino com 62,2%. A média de idade foi de 50,23 ± 12,93 anos. As seguintes prevalências foram encontradas: sedentarismo: 80,11%; tabagismo: 12,22%; hipertensão arterial sistêmica: 52,56%; diabetes: 10,80%; dislipidemia: 35,23%; e obesidade: 21,3%. Verificou-se que 59,1% usavam algum tipo de medicamento, 36,08% apresentavam algum sintoma e a avaliação cardiológica foi o motivo de solicitação mais freqüente com 89,49%. E 53,98% apresentavam alteração do eletrocardiograma no pré-esforço. Conclusão: Os exames analisados demonstraram altas prevalências de co-morbidades, como a hipertensão, e fatores de risco (sedentarismo e obesidade), o que aumenta os riscos de eventos cardiovasculares dessa população, já que estes são os principais predisponentes da doença arterial coronariana. Palavras-chave: teste ergométrico, fatores de risco, doença arterial coronariana, hipertensão, diabetes melito, obesidade, dislipidemia.

TÍTULO: Meta-análise sobre eficácia e segurança do uso crônico da insulina inalatória em portadores de diabetes mellitus tipo 1. ALUNO(A): Lílian Teles Alves Costa ORIENTADOR(A): Ana Cristina Reis RESUMO INTRODUÇÃO: O Diabetes mellitus (DM) é um grupo de distúrbios metabólicos de caráter hiperglicêmico que provoca alterações no metabolismo de carboidratos, lipídios e proteínas, desencadeando complicações microvasculares e macrovasculares. Os pacientes portadores de DM tipo 1 apresentam déficit na síntese de insulina, necessitando de múltiplas injeções de insulina subcutâneas diárias para o controle glicêmico ideal. Insulinas alternativas não invasivas, como a inalatória, surgem diante da necessidade de estimular a adesão do paciente ao tratamento. Esta insulina apresenta como vantagens ampla superfície absortiva e ação rápida por tempo prolongado. OBJETIVO: A presente metanálise tem como objetivo avaliar a eficácia e segurança do uso crônico da insulina inalatória em pacientes portadores de DM tipo 1. MÉTODOS: Foi realizada uma pesquisa sistemática no MEDLINE buscando ensaios clínicos, randomizados, escritos em inglês e português sobre a eficácia e segurança da insulina inalatória em pacientes portadores de DM tipo 1. Os dados extraídos dos estudos como função pulmonar, tosse, hipoglicemia e hemoglobina glicada (HBA1c) foram analisados estatisticamente pelos testes I2 e Chi2 para quantificar o grau de heterogeneidade. O peso e os anticorpos não puderam ser avaliados estatisticamente. RESULTADOS: Foram analisados dados sobre eficácia e segurança de 11 ensaios clínicos abertos, abrangendo 2869 pacientes portadores de DM tipo 1, com idade entre 18 e 65 anos. Os estudos comparavam as insulinas inalatória com as subcutâneas regular e ultra-rápidas. A eficácia foi mensurada através da redução da HBA1c e ganho de peso. Não foram observadas diferenças estatisticamente significantes entre as reduções nas taxas de HBA1c, 0,05% [IC: -0,05 a 0,16], no entanto a insulina inalatória mostrou-se levemente superior à subcutânea com relação à redução da HBA1c para taxas < 7%, 0,85 [IC: 0,61 a 1,20]. O ganho de peso foi comparável entre as duas medicações. A segurança foi analisada através de episódios hipoglicêmicos moderados 0,94 [IC, 0,64 a 1,37], e severos 1,01 [IC, 0,6 a 1,72] sendo que a insulina inalatória exibiu discreto aumento no risco de hipoglicemia, estes dados não exibiram diferenças estatísticas entre as insulinas; de tosse, 3,82 [IC: 2,37 a 6,18] freqüentemente relatada pelos pacientes do grupo teste; e da função pulmonar, avaliada através de valores como FEV1, -0,52L [IC, -1,47 a -0,42L] e DLco. Os pacientes usuários de insulina inalatória apresentaram maior decréscimo na função pulmonar, no entanto, apenas a redução do DLco, -0,15 mL/min por mmHg [IC, -0,16 a -0,14 mL/min por mmHg] foi estatisticamente significante. Observou-se também aumento nas taxas de anticorpos anti-insulina no grupo teste. CONCLUSÃO: Este estudo não encontrou diferenças significativas entre a insulina inalatória e subcutânea com relação à eficácia e hipoglicemia. As alterações relevantes quanto à função pulmonar e presença de anticorpos não estiveram associadas a manifestações clínicas. Motivos econômicos provocaram a retirada deste medicamento do mercado, no entanto diante da não inferioridade quanto à eficácia e segurança desta droga, existe a possibilidade de que, após estudos de longo prazo, esta volte a ser uma solução para pacientes dependentes de insulina exógena.

Palavras-chave: Insulina Inalatória. Diabetes mellitus tipo 1. Controle Glicêmico. Hipoglicemia. Função pulmonar. Anticorpos anti-insulina.

TÍTULO: A relevância da circuncisão na proteção contra a infecção pelo HIV-1 ALUNO(A): Luanda Maria Sakaguchi Pinto ORIENTADOR(A): Luiz Alcântara RESUMO O objetivo deste trabalho é, através de uma abordagem dos aspectos epidemiológicos do HIV-1, destacar informações sobre o prepúcio e a prática da circuncisão, identificar trabalhos que comprovem a diminuição do risco de aquisição de doenças sexualmente transmissíveis e HIV-1 em pacientes circuncidados, e informar possíveis mecanismos relacionados com a proteção pela circuncisão. Além de fazer discussão pertinente sobre a circuncisão como medida preventiva para aquisição da AIDS. Foi realizada uma revisão bibliográfica retrospectiva de trabalhos na base de dados MEDLINE, PUBMED, SCIELO e LILACS, do período de setembro de 2007 a março de 2008, e as publicações consideradas foram escolhidas através da inclusão de artigos que se enquadravam nos objetivos deste trabalho, a partir da leitura dos respectivos resumos e abrangiam o período de 1994 ao início de 2008. A AIDS é um dos mais graves problemas de saúde no mundo, tendo também grande impacto no Brasil. O prepúcio masculino é dotado de sistema imunológico ativo e de células (langerhans, dendríticas, macrófagos e linfócitos T-CD4) que possuem co-receptores importantes do HIV-1 (CD4, CCR5, CXCR4) e que, por isso, participam da sua transmissão. Ele proporciona ambiente úmido e quente adequados para a proliferação de bactérias, vírus e germes, esconde úlceras genitais e é propenso a traumas durante o intercurso sexual. A circuncisão é considerada como ritual em algumas religiões e regiões africanas, e já tem efeito comprovadamente protetor contra algumas DST’s (cancróide, sífilis, uretrite não gonocócica, gonorréia, HPV). Estudos ecológicos foram os primeiros a apontar risco reduzido de infecção pelo HIV-1 em circuncidados e, atualmente, estudos randomizados na África confirmaram essa diminuição em até 51-60%. Há ainda uma intensa relação entre DST’s e aumento da infecção pelo HIV. A circuncisão oferece proteção através da retirada das células-alvo e do aumento da queratinização, fator protetor contra o HIV-1. As células dendríticas presentes na mucosa do prepúcio expressam DC-SIGN (que internaliza o vírus e protege contra a degradação) e syndecan-3 (capta o vírus através da interação com gp-120, estabiliza-o e aumenta a resistência do mesmo) que auxiliam na transmissão do HIV. Macrófagos também expressam DC-SIGN. Enquanto as células de Langerhans possuem uma lecitina langerina que parece proteger contra a aquisição do vírus (captura-o, internaliza nos grânulos de Birbeck que o degradam), porém elevada carga viral, polimorfismos da langerina e amadurecimento destas células podem aumentar a suscetibilidade a doença. A circuncisão oferece proteção parcial contra a aquisição da AIDS e, por isso, a instituição da mesma como medida preventiva deve ser ponderada. Fatores como a falta de inibição sexual após o procedimento, complicações da cirurgia, custo, barreiras por parte da população, grau de confiança das pesquisas, efeito protetor apenas contra a transmissão heterossexual, são importantes e devem ser analisados. O presente estudo sugere, ainda, investigação mais profunda dos mecanismos e das células envolvidas no processo de proteção pela circuncisão, como meio no futuro de encontrar novas formas terapêuticas e preventivas para o tratamento da AIDS. A investigação dos polimorfismos da langerina pode ser um desses caminhos, através da avaliação da suscetibilidade ao HIV-1.

Palavras-chave: HIV; circuncisão; prepúcio; doenças sexualmente transmissíveis.

TÍTULO: Avaliação da ressonância magnética no diagnóstico do tromboembolismo pulmonar. ALUNO (A): Lucas Fraga Cunha da Silva ORIENTADOR (A): Mario Seixas Rocha RESUMO O tromboembolismo pulmonar é oclusão súbita na circulação arterial pulmonar, determinada pelo êmbolo proveniente de veia sistêmica com conseqüências respiratórias e hemodinâmicas. Uma doença freqüente estima-se de 60 a 70 novos casos por 100.000 mil habitante, porém pouco diagnosticada, fato justificado, em primeiro lugar, por ser doença que apresenta sinais e sintomas pouco específicos, causando demora na suspeita clínica, além disso, apesar de haver vários exames complementares, que podem auxiliar no seu diagnóstico,eles em sua maioria eles são inespecíficos. Sendo assim, o diagnóstico do Tromboembolismo Pulmonar (TEP) é confiado às tecnologias de imagem, que podem identificar trombos na circulação pulmonar e interrupção no fluxo sanguíneo pulmonar. Dentro deste padrão, a ressonância magnética surge como um método de imagem não invasivo que possibilita capaz de diminuir a morbidade e mortalidade dos exames de imagem já consagrados na dinâmica do diagnóstico do TEP. Esta revisão indicou que a ARM apresenta sensibilidade e especificidade similar a ATC, sendo assim podendo ser incluída no protocolo da diagnostico do TEP, principalmente para aqueles pacientes que tenham alguma privação aos outros métodos de imagem (AP e ATC). Palavras-chave: Tromboembolismo pulmonar, diagnóstico, ressonância magnética.

TÍTULO: Eficácia do Rimonabant no tratamento do Diabetes Mellitus Tipo 2. ALUNO (A): Lucas Gama Mascarenhas ORIENTADOR (A): Sergio Cruz RESUMO Objetivo: Revisar a eficácia do rimonabant no tratamento do Diabetes Mellitus tipo 2. Métodos: A revisão foi feita a partir de artigos originais selecionados das fontes eletrônicas de dados Pubmed e Scielo. Os artigos foram publicados no período de 2005 a 2007. Resultados: O presente estudo analisou os diversos efeitos do uso de rimonabant em pacientes obesos. Os cinco ensaios clínicos incluídos nesta revisão analisaram a redução do peso, da circunferência abdominal e dos fatores de risco cardiovasculares e metabólicos em pacientes obesos em terapia com rimonabant associada à dieta hipocalórica e/ou ao exercício físico. Todos os estudos demonstraram a ação positiva deste agente farmacológico sobre os critérios clínicos (peso, circunferência abdominal, prevalência de síndrome metabólica e pressão arterial) e laboratoriais (HDL, triglicérides, insulina, glicemia em jejum, hemoglobina glicosilada, proteína C reativa, leptina, adponectina). Conclusão: O rimonabant na dose diária de 20mg, associado à reeducação alimentar e prática de exercícios físicos, mostrou-se eficaz na melhora do perfil clínico e laboratorial de pacientes obesos com ou sem comorbidades. Revela-se como uma importante estratégia adjuvante no controle do Diabetes Mellitus tipo 2. Palavras-chave: rimonabant, Diabetes Mellitus tipo 2, endoanabinóide.

TÍTULO: Efeitos do uso dos bisfosfosnatos em pacientes com câncer de próstata sob terapia de deprivação androgênica ALUNO(A): Ludimila Santos Pereira ORIENTADOR (A): Eduardo Café RESUMO Introdução: O câncer de próstata é um dos cânceres que mais acometem os homens em todo o mundo, sendo as metástases ósseas a causa mais comum de morbidade nesses pacientes. Objetivo: a presente revisão de literatura visa abordar a ação dos bisfosfonatos nas prevenções da redução da densidade óssea e das complicações ósseas em pacientes com câncer de próstata sob terapia de deprivação androgênica. Método: Foram consultados os seguintes bancos de dados: Scielo, PUB MED, The Lancet e Sociedade Brasileira de Urologia, sendo incluídos artigos que se adequassem ao tema abordado, escritos em português ou inglês e publicados entre 1997 e 2008; e excluídos os relatos e séries de casos. Resultados: foram selecionados16 artigos, sendo 6 abordados nos resultados e os demais para embasamento teórico. Os resultados foram subdivididos de acordo com a finalidade dos bisfosfonatos: para prevenção da redução densidade mineral óssea ou para prevenção de complicações ósseas. Conclusão: O ácido zoledrônico é eficaz tanto na prevenção da osteoporose em pacientes não metastáticos, como diminui o risco de complicações ósseas em pacientes com câncer de próstata sob deprivação androgênica e com metástases ósseas. Palavras-chave: câncer de próstata, terapia hormonal, redução da densidade mineral óssea, bisfosfonatos, osteoporose.

TÍTULO: A imunofetitagem como ferramenta prognostica da leucemia melóide aguda. ALUNO (A): Manoel Carlos Gonçalves Ribeiro Filho ORIENTADOR (A): José Henrique Barreto RESUMO Background: A leucemia mielóide aguda (LMA) é uma neoplasia monoclonal do tecido hematopoiético com potencial de diferenciação que pode expressar fenótipos de progenitores mielóides, eritróides e plaquetários. A LMA representa cerca de 15 a 20% das leucemias agudas da infância e 80% das leucemias agudas entre os adultos. A classificação das LMAs é baseada na análise de esfregaços de medula óssea e sangue periférico proposta por um comitê francês americano e britânico (FAB) em 1976.Contudo, os avanços nas pesquisas principalmente no que se diz respeito a imunofenotipagem, citogenética e biologia molecular proporcionou uma nova perspectiva para classificação das LMAs promovendo uma melhor estratificação dos pacientes e portanto uma melhor abordagem clínica. O objetivo deste estudo foi realizar uma revisão sistemática da literatura acerca da caracterização dos subtipos das LMA produzidos por avanços nas técnicas diagnósticas no que diz respeito a imunofenotipagem, e portanto seus avanços no diagnóstico e prognóstico dos grupos para a instituição do tratamento diferenciado. Materiais e Métodos: A pesquisa bibliográfica utilizou o banco de dados do MEDLINE, FREE MEDICAL JOURNALS, BIREME e a revista eletrônica CURE4KIDS publicação do SAINT JUDE HOSPITAL, utilizando-se como descritores primários: “Leukemia”, “Myeloid”, “acute”, “Immunophenotyping “ e “Prognostic”, e seus respectivos em português, com o objetivo de identificar os artigos compreendidos no período de janeiro de 1997 até dezembro de 2007. Resultados: A busca bibliográfica, seguindo a estratégia metodológica definida, resultou na seleção de 49 artigos considerados relevantes, dos quais 16 são de revisão sobre o tema e 33 são originais. Destes, 25 são estudos longitudinais, sendo onze estudos com análise multivariada. Foram selecionados dezessete artigos anteriores a 1997 e apenas dois após 2007, todos com grande importância no embasamento teórico sobre o tema. Os resultados foram divididos em três áreas clínicas propostas, resultando em seis artigos no grupo do diagnóstico, doze no grupo de classificação, 29 explanavam acerca da imunofenotipagem. Nestas sub-sessões foram feitas as comparações e considerações sobre os fatores relacionados a doença. Conclusão: A imunofenotipagem já é sabidamente importante no diagnóstico das leucemias mielóides agudas, principalmente na identificação de subtipos da classificação FAB que não podem ser descritos apenas por critérios morfológicos e citoquímicos. Porém, o valor prognóstico desta técnica não está totalmente comprovado. Apenas o antígeno CD11b e o CD15 e a expressão panmielóide demonstraram resultados consensuais entre os estudos analisados. Isso demonstra que grupos de estratificação de riscos podem ser elaborados e partir de então terapias especificas podem ser aplicadas de acordo com o risco do paciente. Palavras-chave: Leucemia, Mielóide, Aguda, Imunofenotipagem, Prognóstico.

TÍTULO: Necrose avascular da cabeça femoral após tratamento cirúrgico da epifisiólise proximal femoral com osteotomia subcapital ou fixação in situ: uma revisão sistemática. ALUNO (A): Manuela de Britto Assis Izelli ORIENTADOR (A): Marcos Antonio Almeida Matos RESUMO

Objetivo: O objetivo deste estudo foi pela realização de revisão sistemática, buscar a incidência de necrose avascular da cabeça femoral após osteotomia subcapital comparada com a fixação in situ.Métodos: Por meio de mecanismos de busca, foram selecionados trabalhos que visassem a relação entre o tratamento cirúrgico da epifisiólise proximal femoral com fixação in situ (parafuso ou pinagem) e/ou osteotomia subcapital e o surgimento de necrose avascular no fêmur (NAV). Resultados: Foram selecionadas 75 referências bibliográficas, sendo considerados relevantes 9 trabalhos para a revisão e 3 como base teórica. Nos estudos de fixação in situ o índice total de necrose avascular da cabeça femoral foi de 4,8% e nos estudos com osteotomia, 9,67%.

Palavras-chave: Concluiu-se que a falta de padronização das amostras foi um viés, uma vez que diferentes graus da patologia foram analisados em conjunto quanto ao desenvolvimento de NAV. Mais estudos multicêntricos serão necessários para que se tenha um consenso a cerca das técnicas adequadas para cada caso.

TÍTULO: Homicídios cometidos com uso de arma branca, no ano de 2007, na cidade de Salvador, Bahia - Brasil . ALUNO(A): Marcelo Midlej Reis ORIENTADOR(A): Raul Coelho Barreto Filho RESUMO Objetivo: A elevação observada nos índices de homicídio requer uma atenção maior para a compreensão do problema. O objetivo do presente trabalho foi de analisar os aspectos epidemiológicos nos casos de homicídio por arma branca ocorridos na cidade dae Salvador, Brasil. Métodos: Foram analisados os dados de homicídio por arma branca com base nos arquivos digitais do IML Nina Rodrigues para o ano de 2007. As variáveis estudadas foram: sexo, idade, raça e estado civil das vitimas. Resultados: Os maiores índices de homicídio por arma branca, encontrados no presente estudo, envolvem homens pardos, representados principalmente por adultos jovens e adolescentes, sendo na maioria solteiros. Conclusão: Os achados sugerem uma possível relação entre homicídio e pobreza, marginalidade e exclusão social. Isso remete a importância de discussões e iniciativas mais concretas com a finalidade de redução dessas mortes. Palavras-chave: Arma branca, homicídio, violência.

TÍTULO: Complicações metabólicas e nutricionais pós-cirurgia bariátrica. ALUNO(A): Maria Laiza Fernandes Neves Abreu ORIENTADOR(A): Ana Cristina C. dos Reis RESUMO A obesidade mórbida está relacionada com um alto risco para doenças degenerativas e maior morbidade. A cirurgia bariátrica surgiu como a ferramenta mais eficaz no controle e tratamento desse tipo de obesidade. Nesse contexto, vem surgindo uma variedade de complicações metabólicas e nutricionais como resultado desse processo. Essas complicações são principalmente pelas alterações anatômicas do trato gastrointestinal que a cirurgia provoca. Este artigo tem como objetivo revisar as principais complicações metabólicas e nutricionais que ocorrem após a cirurgia bariátrica. A metodologia utilizada foi o levantamento bibliográfico nas bases de dados Medline e Scielo utilizando tanto artigos originais como revisões. Dentre os principais benefícios dessa cirurgia salienta-se a perda e manutenção do peso a longo prazo e o controle de doenças associadas, como conseqüente melhora da qualidade de vida. Em relação a carências nutricionais, destacam-se nas cirurgias malabsortivas ou mistas, a deficiência de ferro, cálcio, ácido fólico e tiamina, que podem levar a complicações como anemia, osteoporose e até mesmo sintomas neurológicos. Os resultados apontam a necessidade de um acompanhamento clínico-nutricional detalhado, observando a ocorrência de carências nutricionais específicas. Sugere-se a elaboração de protocolos de recomendações nutricionais para atender as necessidades de macro e micronutrientes, além de estudos com amostragem maiores e á longo prazo para que se possa conhecer melhor os impactos desse tipo de cirurgia para a saúde. Palavras-chave: deficiência nutricional, obesidade e cirurgia bariátrica

TÍTULO: Complicações metabólicas e nutricionais pós-cirurgia bariátrica ALUNO(A): Mariana Drummond Sousa ORIENTADOR(A): Ana Cristina C. dos Reis RESUMO As Epilepsias Generalizadas Idiopáticas são um grupo de subsíndromes caracterizado por apresentar etiologia genética. Contudo, a causa genética explica o aparecimento de apenas pequena parcela dos casos de EGI. A definição fenotípica tem importância crucial no agrupamento de indivíduos e famílias não relacionados em categorias com maior probabilidade de compartilhar mutações em genes de suscetibilidade para estudos que pesquisam mutações para epilepsia. OBJETIVO: revisar estudos que pesquisam sobre a genética clínica, as manifestações clínicas e as evoluções das EGI, a fim de verificar quais fenótipos têm maior probabilidade de compartilhar os mesmos genótipos de suscetibilidade para as principais síndromes das EGI. MÉTODOS: busca por estudos, utilizando como palavras-chave “genetics epilepsy”, “genetics IGE” e “idiopathic generalized epilepsies” e, como bancos de artigos, Pubmed e os arquivos da revista Epilepsia como bancos de dados. RESULTADOS: dez artigos foram incluídos – dois abordavam a comparação entre epilepsias idiopáticas generalizadas e focais, seis comparavam as características clínicas e a história familiar dos indivíduos e famílias com as principais crises e síndromes das EGI e dois abordavam as diferenças entre os casos familiais e esporádicos das EGI. Há evidências de influências genéticas compartilhadas e tipo-específicas entre as EGI, sendo as síndromes de ausência, EAI e EAJ (epilepsia ausência da infância e epilepsia ausência juvenil, respectivamente), são mais próximas, segregando-se da EMJ (epilepsia mioclônica juvenil). CONSIDERAÇÕES FINAIS: a divisão das síndromes epilépticas em grupos mais homogêneos fenotipicamente pode contribuir para os estudos de análises genéticas que procuram por mutações em genes de suscetibilidade. A descoberta de mutações genéticas e, talvez, de outras etiologias que não as genéticas, pode contribuir para uma classificação de síndromes mais racional que a atual, levando em conta as etiologias como critério, não apenas o tipo de crise predominante e a idade de estabelecimento da doença. Palavras-chave: epilepsia; genética; epilepsias generalizadas idiopáticas; EGI.

TÍTULO: Avaliação do estresse psicológico como fator de risco para o desenvolvimento do câncer de mama. ALUNO(A): Mariana Rodrigues Santos ORIENTADOR(A): Maria Betânia Souza da Silva RESUMO Introdução: o câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais freqüente no mundo e o primeiro entre as mulheres. Além do conhecido efeito dos estrogênios na sua carcinogênese, estima-se que o estresse psicológico possa ser um fator de risco para essa neoplasia. Objetivo: realizar uma revisão de literatura acerca da associação entre estresse psicológico e o risco de desenvolvimento do câncer de mama. Métodos: foi feita uma revisão nos bancos de dados MEDLINE e SciELO utilizando como descritores primários: “stress”, “psychosocial factors” e “breast cancer risk”, incluindo artigos publicados entre 1996 e 2008. Resultados: dos dez artigos selecionados, cinco encontraram uma associação positiva entre estresse e risco de câncer de mama e cinco não confirmaram essa relação. Conclusão: evidências apontam que o estresse interfere no equilíbrio entre os sistemas imune, nervoso e endócrino, tornando o organismo vulnerável à instalação de diversas neoplasias, inclusive o câncer de mama. Nessa revisão, os estudos que confirmaram essa associação apresentaram maior homogeneidade das variáveis analisadas, reforçando a idéia de que eventos estressantes acumulados ao longo da vida da mulher possam aumentar o risco de câncer de mama. No entanto, essa questão permanece controversa na literatura, devido provavelmente a falhas metodológicas e ao fato de alguns pesquisadores atribuírem ao estresse psicológico uma importância mínima ou insignificante na carcinogênese da mama. Palavras-chave: estresse; fatores psicossociais; risco de câncer de mama.

TÍTULO: Exenatida como uma nova perspectiva para o tratamento do diabetes mellitus tipo 2. ALUNO(A): Marília Maniçoba Amorim ORIENTADOR(A): Ana Cristina C. dos Reis RESUMO O Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) é patologia de prevalência elevada e difícil controle. A despeito das medicações utilizadas, a maioria dos pacientes não atinge o controle glicêmico adequado. Além da insulina, outros hormônios estão envolvidos na fisiopatologia dessa doença, como o glucagon e as incretinas, hormônios intestinais que agem em resposta a ingestão calórica. As duas principais incretinas são o glucose-dependent insulinotropic polypeptide (GIP) e o glucagon-like peptide-1 (GLP-1). Ambas agem nas células β das Ilhotas pancreáticas, estimulando a secreção de insulina no pós-prandial, além de contribuir com a preservação da massa e função dessas células. O GLP-1 ainda inibe a secreção de glucagon pelas células α, também em resposta à absorção de nutrientes, e reduz o esvaziamento gástrico. A exenatida é uma droga da classe dos incretinomiméticos, que age como agonista do GLP-1, cuja produção está diminuída nos pacientes com DM2, contudo, a resposta está preservada. O objetivo do presente trabalho é realizar uma revisão bibliográfica a respeito da eficácia e segurança da exenatida em indivíduos com DM2 que não obtêm o controle ótimo da doença, apesar de controlarem a dieta e usarem medicações regularmente. Para a realização do estudo, a principal fonte de busca foi banco de dados MEDLINE, onde pesquisou-se por publicações na língua inglesa, com seleção de aproximadamente 30 artigos acerca da droga ou hormônios incretina. Foram analisados ensaios clínicos randomizados, em geral, placebo-controlados, realizados com pacientes em uso de metformina e/ou sulfoniuréia. A maioria dos estudos demonstrou que a associação da exenatida reduziu hemoglobina glicada e a glicemia pós-prandial, os mais longos ainda demonstraram perda ponderal com o uso da droga. Os efeitos adversos mais comuns foram de natureza gastrintestinal, sendo a náusea o mais freqüente deles, presente em todos os estudos, em geral leve à moderada. Hipoglicemia também ocorreu em muitos estudos, na grande maioria das vezes também leve à moderada. Esse sintoma foi mais freqüente nos pacientes em uso de sulfoniuréia, e praticamente todos os casos graves ocorreram nos pacientes em uso de sulfoniuréia e metformina. A exenatida mostrou eficácia, com melhora no controle glicêmico e redução de peso, e boa tolerabilidade. Outros efeitos da droga, como alteração na concentração dos lipídios plasmáticos ou pressão arterial, observados em menor proporção, tornam a droga ainda mais atraente para esse grupo de pacientes. Contudo, é necessária uma maior quantidade de estudos longitudinais para que sua eficácia seja comprovada, e a droga possa ser amplamente utilizada, sobretudo, devido ao seu alto custo. Palavras-chave: diabetes tipo 2, sistema incretina, GLP-1, incretinomiméticos, exenatida.

TÍTULO: Imunização contra o HPV em homens: eficácia e indicações. ALUNO(A): Marina Borba Moreira ORIENTADOR(A): Marília M. Franco RESUMO INTRODUÇÃO: A infecção pelo HPV é a enfermidade de transmissão sexual mais prevalente no mundo. Estudos e pesquisas iniciaram quando autores observaram a correlação da infecção pelo HPV com a carcinogênese genital. No Brasil, 3 a 6 milhões de homens estão infectados e, aproximadamente, 3 a 5% da população sexualmente ativa tem a doença HPV induzida. A infecção é mais comum em indivíduos jovens e sexualmente ativos. A maioria das pesquisas realizadas foca apenas a infecção pelo HPV em mulheres. Contudo, estudos da infecção em homens são necessários para a evolução das pesquisas sobre o vírus e para a profilaxia que atualmente vem sendo realizada através da vacina profilática quadrivalente contra o HPV. Estudos científicos comprovaram a eficácia da vacina quadrivalente contra o HPV em mulheres. Esta eficácia ainda é questionável em homens. Apesar de raramente desenvolverem câncer genital induzido pelo HPV, os homens têm relevante papel epidemiológico como vetores da infecção para as mulheres. OBJETIVO: Difundir o conhecimento da importância sobre a imunização contra o HPV e avaliar a efetividade da imunização contra o HPV em homens. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura onde foi realizado levantamento bibliográfico nas bases de dados PubMed, MEDLINE, LILACS e SCIELO. 36 artigos foram inclusos para a composição do trabalho. DISCUSSÃO: A vacina profilática quadrivalente contra o HPV teve 98% a 100% de eficácia comprovada em mulheres segundo artigos científicos publicados. O grande interesse agora é saber se a vacina também deverá ser indicada para os homens, e se será eficaz no gênero masculino. Caso a eficácia da vacina quadrivalente contra o HPV seja de fato comprovada para os homens, a indicação da vacinação será a mesma que para as mulheres, o indivíduo deverá ser vacinado antes de ter iniciado a vida sexual. Palavras-chave: Infecção pelo HPV; Vacina profilática quadrivalente; Eficácia; Câncer genital; Epidemiologia do HPV; Homens como vetores do HPV.

TÍTULO: Eficácia da Vareniclina no tratamento anti-tabagismo. ALUNO(A): Marta Regina Passos Machado ORIENTADOR(A): Marcelo Chaloub RESUMO Introdução: O tabagismo consiste no consumo de cigarros ou outros produtos que contenham tabaco, cuja droga principal é a nicotina. O ato de fumar assim como o ato de inalar as substâncias tóxicas presentes na fumaça predispõe a uma série de patologias. Estima-se que o hábito de fumar cause mais de 90% dos cânceres de pulmão nos homens e que seja responsável por mais de 30% das mortes relacionadas a doenças cardiovasculares. Métodos: Revisão bibliográfica feita a partir de artigos originais selecionados das fontes eletrônicas de dados Medline, Pubmed e Scielo. Todos os artigos foram publicados no ano de 2006. Resultados: O presente estudo analisou os efeitos do uso da vareniclina em comparação ao uso da bupropiona e do placebo em fumantes saudáveis que expressassem o desejo de parar de fumar. Os cinco ensaios clínicos incluídos nesta revisão analisaram taxas de abstinência, desejo, ânsia e satisfação em fumar, variação do peso, segurança e tolerabilidade ao medicamento e tempo para a primeira recaída. Em todos os artigos, os participantes tratados com vareniclina apresentaram mais resultados favoráveis à cessação de fumar do que aqueles tratados com bupropiona e com placebo. Discussão e conclusão: A vareniclina na dose de 1 mg duas vezes por dia mostrou-se eficaz na terapêutica anti-tabagismo em pacientes que expressem vontade de parar de fumar. Palavras-chave: terapia anti-tabagismo, vareniclina, tabagismo.

TÍTULO: Osteopenia em crianças e adolescentes com paralisia cerebral: uma revisão sistemática. ALUNO(A): Mateus da Silva Magalhães ORIENTADOR(A): Marcus Almeida RESUMO Introdução: A osteopenia é um distúrbio no qual há perda de massa óssea com aumento linear do risco de fraturas. Em algumas patologias, devido a fatores nutricionais, mecânicos, entre outros, existe risco elevado de prevalência de osteopenia. A paralisia cerebral (PC), por inúmeros aspectos, favorece essa patologia. Objetivo: Revisar a literatura médica com o objetivo de avaliar a presença de osteopenia em crianças e adolescentes com paralisia cerebral, abordando também os fatores preditores mais associados a osteopenia nesses indivíduos. Resultados: a osteopenia está presente em crianças e adolescentes com paralisa cerebral; sendo a má nutrição, uso de anticonvulsivantes, aumento da idade, inatividade física, os fatores mais associados a uma baixa densidade mineral óssea. Conclusão: O acompanhamento precoce , nutrição bem balanceada, atividade física regular, fisioterapia e orientação da família pode ajudar a prevenir as fraturas ósseas. Essa intercorrência, tanto única quanto repetitiva, diminui a qualidade de vida desses indivíduos, já bastante comprometida, além de gerar alto custo ao Estado e à família. A criança com paralisia cerebral necessita de acompanhamento multidisciplinar. A prevenção é o melhor meio para mudar a morbidade intrínseca à paralisia cerebral. Devido ao carácter multifatorial da gênese da osteopenia, faz-se necessário estudo de prevalência e seus fatores preditores em crianças e adolescentes com paralisia cerebral no Brasil. Tratando-se de país em desenvolvimento, com níveis elevados de pobreza e falta de informação e acesso à saúde, a probabilidade de crianças e adolescentes com PC terem valores mais baixos de DMO é elevada, principalmente em indivíduos carentes. Palavras-chave: Osteopenia, Paralisia Cerebral, Densidade Mineral Óssea, Densitometria Óssea.

TÍTULO: A eficácia da cirurgia bariátrica na resolução da síndrome metabólica. ALUNO(A): Matheus de Araújo Silva Barretto ORIENTADOR(A): João Eduardo Ettinger RESUMO Introdução: A síndrome metabólica (SM) pode ser definida como uma desordem metabólica cujos resultados advêm do aumento da prevalência da obesidade. Há pouco mais de duas décadas, houve um aumento significativo do número de pessoas com predisposição para complicações cardiovasculares como infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca, doença arterial coronariana, e acidente vascular cerebral. A OMS, então, organizou critérios (obesidade central, hipertrigliceridemia, HDL-c baixo, hipertensão e hiperglicemia) que, em conjunto, determinam a SM. A obesidade é um fator desencadeante em diversas patologias metabólicas. Ela, além de ser um dos critérios da SM, é também fator de risco para outros critérios desta síndrome, como a hipertensão arterial sistêmica, a dislipidemia e a diabetes mellitus tipo 2. Sendo, então, fator causal de co-morbidades da SM, é evidente ressaltar a importância do seu tratamento no intuito de prevenir esses distúrbios metabólicos. Objetivo: O presente estudo tem como objetivo avaliar a eficácia da cirurgia bariátrica na resolução da síndrome metabólica. Materiais e métodos: Realizada revisão bibliográfica através da literatura eletrônica. Resultados: A porcentagem média da resolução da SM ficou em aproximadamente 75%. Conclusão: A cirurgia bariátrica é um método eficaz de se obter a cura da SM em pacientes obesos mórbidos, porém, mais estudos são necessários para que se possa indicar a cirurgia bariátrica como tratamento específico do DM tipo 2. Palavras-chave: Síndrome metabólica, obesidade mórbida, cirurgia bariátrica.

TÍTULO: A eficácia da cirurgia bariátrica na resolução da síndrome metabólica. ALUNO(A): Mauricio Rodrigues Freitas ORIENTADOR(A): João Eduardo Ettinger RESUMO A doença falciforme é uma hemoglobinopatia que se caracteriza pela presença da hemoglobina S (HbS) em homozigose (anemia falciforme) ou em heterozigose. A HbS em condições de hipóxia provoca uma mudança na forma do eritrócito, que adquire um formato falciforme, e provoca a oclusão dos vasos sanguíneos. A vaso-oclusão é o mecanismo patológico fundamental na doença falciforme e sua repercussão clínica inclui complicações agudas, como crises álgicas. Estima-se a existência de mais de 2 milhões de portadores do gene HbS e mais de 8.000 afetados com a forma homozigótica no Brasil; apesar disso, há poucos estudos a respeito dos desfechos clínicos da doença falciforme em pacientes brasileiros. Este trabalho objetiva descrever o perfil do hemograma em crianças com doença falciforme até a ocorrência da primeira crise álgica e avaliar se dados do hemograma associam-se à este evento. Trata-se de uma coorte retrospectiva baseada nos eventos de interesse em pacientes identificados pela Triagem Neonatal e acompanhados em consultas hematológicas periódicas na APAE/Salvador. Foram utilizadas as médias de todas as medidas de hemoglobina (Hb), hematócrito (Ht) e contagem global de leucócitos (CGL) e plaquetas aferidas em cada consulta do paciente antes da primeira crise álgica para descrição do perfil do hemograma e sua associação com a crise vaso-oclusiva e a dactilite. A idade média, em meses, na primeira crise álgica foi menor entre os pacientes com HbSS (p<0,001). Observouse diferença para os valores médios de Hb (p<0,001), Ht (p<0,001) e CGL (p=0,018) entre os fenótipos HbSS e HbSC antes da primeira crise álgica. Os pacientes com HbSC apresentavam maiores níveis médios de Hb e Ht e menores médias de CGL. Independentemente do fenótipo, os indivíduos que cursaram com crise álgica tiveram médias de Hb e Ht menores (p=0,002) e da CGL maior (p=0,039), mas entre os pacientes HbSS, a CGL não difere para os que cursaram ou não com eventos dolorosos. Apesar das diferenças estísticas encontradas, o valor mediano da Hb e CGL não se associou à primeira crise álgica da população analisada. Palavras-chave: hemoglobinopatia, hemograma, crise vaso-oclusiva, dactilite.

TÍTULO: Tratamento clínico versus cirúrgico da doença do refluxo gastro-esofágico (DRGE) em pacientes com sintomas típicos. Revisão de literatura. ALUNO(A): Nara Pacheco Pereira ORIENTADOR(A): Paulo César Amaral Dantas RESUMO Introdução: A doença do refluxo gastro-esofágico (DRGE) é uma das condições crônicas mais prevalentes do trato gastrointestinal. Ela se caracteriza pelo fluxo retrógrado do conteúdo gástrico, sem vômito, para a superfície mucosa do esôfago e trato aerodigestivo superior. Os sintomas mais típicos são: pirose e regurgitação ácida, epigastralgia, plenitude pós-prandial e náuseas. Os sintomas atípicos são: faringite crônica, globus faringeus, rouquidão, pigarro, halitose, tosse crônica, pneumonite aspirativa, boncoespasmo, asma secundária e dor torácica não cardíaca. As complicações associadas incluem úlceras, metaplasia de Barret, displasia, adenocarcinoma de esôfago e estenose esofágica. A DRGE pode ser tratada clinicamente ou cirurgicamente. O tratamento clínico envolve administração de medicamentos antisecretórios e antiácidos, assim como mudanças nos hábitos de vida e uso de procinéticos. Os inibidores de bomba de prótons (IBP) são os medicamentos padrão-ouro no tratamento clínico. A cirurgia antirefluxo mais realizada é a fundoplicatura laparoscópica. Diversos estudos prospectivos foram feitos com o objetivo de determinar qual dos dois tratamentos é mais eficaz para o tratamento e controle da doeça. Objetivo: Comparar o tratamento clínico e o cirúrgico da DRGE. Metodologia: Foi realizada uma revisão na literatura no site de busca Pubmed, nos idiomas inglês, português e espanhol, no período de 1998 a 2008, disponíveis para avaliação através do portal da CAPES, do acervo de periódicos do Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz – Fiocruz/BA, utilizando as seguintes palavras chaves: “próton pump inhibitors”, “gastroesophageal reflux disease” ou “GERD”, “fundoplication” ou “surgery”. Foram incluídos apenas ensaios clínicos prospectivos. Resultados: A maioria dos estudos apontou a cirurgia como sendo a terapia mais eficaz para controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes com DRGE, no médio e longo prazo. Conclusão: Apesar de a maioria dos estudos feitos relatarem superioridade do tratamento cirúrgico sobre o clínico, é necessário realizar e padronizar mais estudos prospectivos e randomizados, no longo prazo, para determinar com mais exatidão qual dos dois tratamentos é mais eficaz no controle dos sintomas da DRGE. Palavras-chave: doença do refluxo gastro-esofágico; fundoplicatura; inibidores de bomba de prótons.

TÍTULO: Acretismo placentário: aspectos clínicos e conduta ALUNO(A): Natalie Tavares Fernandes ORIENTADOR(A): Elias Darzé RESUMO Introdução: acretismo placentário refere-se a uma implantação anormal das vilosidades placentárias na parede uterina em decorrência de um defeito na decídua basal. É uma patologia rara em emergências obstétricas, entretanto a hemorragia massiva complicando com choque hemorrágico e coagulação intravascular disseminada é uma condição grave. Objetivo: fazer uma revisão dos aspectos clínicos e tratamento em acretismo placentário. Métodos: revisão feita a partir de artigos originais selecionados das fontes eletrônicas de dados MEDLINE, Pubmed e Scielo. As palavras-chave utilizadas foram acretismo placentário e tratamento, sendo limitada aos artigos em espanhol, inglês e francês. Vinte e dois estudos foram selecionados para esta revisão bibliográfica. Revisão de literatura: a incidência de acretismo vem se elevando progressivamente nos últimos tempos, entretanto é uma entidade rara. O antecedente de operação cesariana foi o fator de risco mais prevalente. A melhor modalidade diagnóstica é a ultrassonografia, com sensibilidade e especificidade chegando a 85%. A conduta aceita universalmente é a não conservadora, entretanto a conduta conservadora tem sido realizada com sucesso em alguns casos. Conclusão: apesar do acretismo placentário ser uma entidade pouco freqüente, é importante conhecer os seus fatores de risco e realizar o diagnostico pré-netal, permitindo o planejamento do tratamento e conseqüente diminuição da morbimortalidade fetal. Palavras-chave: acretismo placentário, aspectos clínicos e tratamento.

TÍTULO: Suicídios na cidade de Salvador entre os anos de 2005 a 2007. ALUNO(A): Nercy dos Santos de Barros ORIENTADOR(A): Raul Barreto Coelho Filho RESUMO O presente estudo descritivo retrospectivo visa tecer conhecimentos à respeito do suicídio na capital baiana, Salvador, entre os anos de 2.005 à 2.007. Foram analisados 825 laudos, dentre os quais 259 caracterizados com o suicídio como a causa da morte. As razões que levam uma pessoa para tal comportamento são inúmeras, porém, geralmente há uma enfermidade mental presente no momento do ato. Os dados foram cedidos pelo do Instituto Medico Legal da Bahia e pelo sistema DATASUS. Foi possível se constatar maior número de suicídios entre os homens que entre as mulheres, através do método de enforcamento e na faixa etária entre 21 e 40 anos. No entanto, as mulheres realizam mais tentativas, não logrando êxito. Os indicadores de taxas mostram uma tendência a um crescimento no mundo inteiro. As pesquisas e estudos sobre o assunto são, por muitas vezes, divergentes e não condizentes com a realidade. A realização de intervenções em busca da diminuição das taxas existentes é essencial, pois estas corresponderam ao quarto lugar em relação a todas as mortes de causas violentas ocorridas no município. Palavras-chave: Suicídio; Estatísticas; Dados.

TÍTULO: Síndrome urofacial: uma serie de 07 casos. ALUNO(A): Nilo Jorge Carvalho Leão Barretto ORIENTADOR(A): Nilo César Leão Barretto RESUMO Introdução: A síndrome urofacial é uma desordem autossômica recessiva, rara, conhecida como síndrome de Ochôa, cuja evolução pode ser grave e parece ter maior incidência em filhos de pais que possuem algum grau de consangüinidade. Essa doença é marcada pela associação entre bexiga neurogênica e um paradoxo da expressão facial do indivíduo, que quando chora parece sorrir e quando sorri parece chorar, tornando-a uma situação clínica bem definida. Caso o diagnóstico não seja realizado de forma precoce e a conduta terapêutica bem estabelecida, os indivíduos portadores dessa síndrome podem evoluir de maneira gradual para uma deterioração do trato urinário superior. Após revisão da literatura, observou-se a escassez de trabalhos abordando o tema, ressaltando-se que no Brasil, nenhuma publicação foi encontrada em periódicos indexados documentando a existência de pacientes com essa síndrome, o que justifica o interesse na análise dessa série de 07 casos. Objetivos: Alertar para a possibilidade da associação urofacial, que pode ter repercussões importantes para a vida do paciente e que pode estar passando desapercebida em muitos ambulatórios. Material e Métodos: Foi realizada uma revisão de 07 prontuários de pacientes com diagnóstico firmado da síndrome de Ochôa, que se apresentaram a um serviço especializado de uropediatria entre o Janeiro de 1988 e Fevereiro de 2008, onde o perfil e evolução clínica desses pacientes foram traçados através da análise da anamnese, exames laboratoriais e de imagem, e da terapêutica instituída. Relato dos Casos: São relatados sete casos, sendo quatro pacientes do sexo masculino e três pacientes do sexo feminino. Todos os pacientes apresentaram infecção urinária de repetição e seis pacientes apresentaram jato urinário intermitente associado a perdas urinárias, com importante impacto na qualidade de vida dos mesmos. Conclusão: A avaliação desses sete casos da Síndrome de Ochôa em diferentes fases do seu tratamento nos permite concluir tratar-se de uma doença grave, com manifestações precoces de disfunção miccional, tendo a infecção urinária severa como uma constante. Entendemos que esses pacientes devem ser acompanhados em serviço especializado haja vista a gravidade que essa patogenia pode atingir.

Palavras-chave: Síndrome urofacial, síndrome de Ochôa, bexiga neurogênica, perdas urinárias, infecção urinária de repetição.

TÍTULO: Avaliação das residências terapêuticas do Município de Salvador. ALUNO(A): Paula Lorena Correia dos Anjos ORIENTADOR(A): Rosa Garcia RESUMO Introdução: Desde a segunda metade do século XX, a assistência psiquiátrica passou por profundas mudanças nos países ocidentais, inclusive no Brasil. Progressivamente, mudanças no modelo de assistência à saúde mental foram implantadas no Brasil a partir de 90. O modelo hospitalocêntrico foi sendo substituído pela constituição, consolidação e expansão de serviços comunitários. Como estratégia, a II Conferência de Saúde Mental/92 propôs a implantação de Serviços Residenciais Terapêuticos - SRT’s, que teriam como finalidade absorver este perfil de pacientes. Observa-se a necessidade de conhecer os aspectos gerais destas moradias e de seus moradores para uma futura avaliação da efetividade destas casas como instrumento da reforma psiquiátrica em Salvador. Metodologia: revisão bibliográfica, visita às seis Residências do município, coleta de dados sociodemográfico, análise descritiva do ambiente, vizinhança, serviços, e moradores. Para a análise dos dados foi utilizado o software Epiinfo versão 3.4.1, de 2007. Utilizaram-se gráficos e tabelas como forma de sistematização dos dados. Resultados: A mediana da idade foi de 48 anos. 48 residentes eram desocupados e 1 era aposentado, beneficiado pela bolsa do Estado para reabilitação social. A mediana de internação hospitalar foi de 12 anos. O diagnóstico mais freqüente foi de esquizofrenia em ambos os sexos. As residências são situadas em áreas urbanas, e têm uma boa estrutura física. As casas têm como serviços de referencia o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), Centros de Saúde, hospitais psiquiátricos, delegacias. Conclusões: Infere-se que é um importante instrumento para a reabilitação psicossocial para os indivíduos institucionalizados de longa permanência. Porém pela sua recente implantação em Salvador, ainda está em fase de consolidação, com um número aquém do necessário. Palavras-chave: Reforma psiquiátrica, residências terapêuticas, desinstitucionalização, serviços de saúde mental.

TÍTULO: Incidência de eventos clínicos em crianças com doença falciforme triadas e acompanhadas pelo serviço de referência em triagem neonatal da Bahia ALUNO(A): Paula Nogueira Caldas ORIENTADOR(A): Ney Critian Amaral Boa Sorte RESUMO INTRODUÇÃO: A doença falciforme é a patologia hematológica mais freqüente em todo o mundo. Dos estados brasileiros, a Bahia possui a maior prevalência da doença no país. As manifestações clínicas ocorrem a partir do primeiro ano de vida e a mortalidade é bastante elevada entre crianças e adolescentes. OBJETIVO: Descrever a incidência de eventos clínicos de interesse em um grupo de pacientes triados pelo “teste do pezinho” e comparar a incidência desses eventos entre pacientes SS e SC. Forma de estudo: retrospectivo. METODOLOGIA: Foram analisados 188 prontuários e resgatados os eventos clínicos (crises álgicas, dactilite, infecções, priapismo, crises hemolíticas, crises de seqüestração esplênica, crises aplásicas, episódios de acidente vascular cerebral e síndrome torácica aguda) de crianças com idade entre dois e seis anos com diagnóstico de doença falciforme (SS e SC). RESULTADOS: Dentre a população, 55,4% tinham o diagnostico de HbSC (SC) e 44,6% tinham o diagnóstico de HbSS (SS). Pouco mais da metade era do sexo feminino (51,6%), com uma média de idade de 3,6 ± 1,0 anos. Os pacientes SS (72,5%) apresentaram mais eventos que os SC. Crises álgicas e internamentos por infecção foram os mais freqüentes, afetando 42,5% e 32,9%, respectivamente. Os eventos anêmicos agudos tiveram uma freqüência de 9,2% (seqüestro esplênico 7,8%; crise hemolítica 1,4%). Síndrome torácica aguda e dactilite obtiveram uma freqüência de 1,2% e 7,8%, respectivamente. DISCUSSÃO E CONCLUSÃO: O resultado do estudo constatou diversas peculiaridades em comparação com trabalhos anteriores, demonstrando o amplo espectro clinico da doença. Estudos posteriores são necessários a fim de obter um aperfeiçoamento no tratamento da doença falciforme. Palavras-chave: doença falciforme; anemia falciforme; eventos clínicos; triagem neonatal; crianças.

TÍTULO: Impacto da política de transplantes na sobrevida de pacientes renais crônicos no Brasil. ALUNO(A): Paula Santos Casanova ORIENTADOR(A): Constança Cruz RESUMO Introdução: A grande burocracia para diagnóstico das mortes encefálicas, falhas nas suas notificações, o desperdício de órgãos, a falta de incentivo e esclarecimento para doações de órgãos, e a corrupção, já são há muito tempo apontados como responsáveis pela deficiência no funcionamento da política de transplantes do Brasil. Isso submete os pacientes a enormes períodos em listas de espera, sendo os pacientes renais crônicos os mais afetados, uma vez que, o rim é, entre todos os órgãos sólidos, o que submete os pacientes a um maior tempo de espera. Dessa forma, o presente estudo objetivou investigar a presença e a magnitude das implicações que essa realidade poderia exercer na qualidade de vida e na sobrevida de pacientes renais crônicos. Metodologia: Revisão bibliográfica de artigos originais, desenhos de estudo coorte prospectivos, com data de publicação entre os anos de 2000 e 2007, nas línguas português, inglês e espanhol, que abordassem realidade da política de transplantes no Brasil, e seu possível impacto na sobrevida de pacientes renais crônicos em fila de espera por um transplante. Resultados: Foram encontradas diferenças estatisticamente significativas, entre pacientes transplantados de antemão e aqueles que permaneceram em lista de espera por períodos prolongados, sobretudo relacionadas à sobrevida, mortalidade, probabilidade de serem transplantados e de perderem o enxerto. Conclusões: Os pacientes renais crônicos são severamente prejudicados com a realidade da política de transplantes brasileira, evidenciando dessa forma, tanto a necessidade de medidas para melhoria do seu funcionamento, como também para reduzir a demanda de transplantes renais, garantindo melhor atendimento a toda a população. Palavras-chave: Transplante renal, insuficiência renal crônica, lista de espera, sobrevida.

TÍTULO: Análise dos Níveis Séricos da Gonadotrofina Coriônica Humana (Β-Hcg) na evolução do Tratamento Conservador de Gravidez Ectópica com Metotrexato ALUNO(A): Pedro Alcântara Lucena Moura ORIENTADOR(A): Elias Darzé RESUMO Introdução: A gestação ectópica (GE) tem aumentado a sua freqüência em todo o mundo nos últimos anos. Ela continua comprometendo a saúde reprodutiva da mulher e constitui uma das afecções gineco-obstétricas com significativa morbidade e mortalidade. O tratamento medicamentoso para GE vem sendo empregado como uma alternativa terapêutica. Objetivo: Analisar a eficácia e segurança do uso de metotrexato, através das concentrações séricas de β-hCG, no tratamento de gravidez ectópica. Metodologia: Foi realizada uma revisão de literatura de trabalhos científicos que analisaram a evolução dos níveis de β-hCG após tratamento de gravidez ectópica com metotrexato. Resultados: Oito estudos observacionais, incluindo um total de 659 mulheres, foram observados os quais relataram sucesso no tratamento com dose única de metotrexato baseado nos níveis séricos iniciais de β-hCG e após o começo da terapêutica (no 4° e 7° dia). Todos os estudos verificaram que o fator mais importante na determinação do sucesso do tratamento, ou quando é necessário ser administrado múltiplas doses em vez de dose única é a concentração sérica de β-hCG no momento do diagnóstico. Além disso, em mulheres com gravidez ectópica tubária, uma alta concentração sérica de β-hCG é o fator mais importante associado com falência do tratamento medicamentoso com dose única de MTX. Um dos estudos demonstrou que o nível sérico de β-hCG do dia 4 não tem valor prognóstico significativo para determinar sucesso em tratamento de GE com MTX, além de que as concentrações de β-hCG, neste período, não são capazes de determinar quais pacientes irão necessitar de dose única ou múltiplas doses de MTX na terapia medicamentosa. Já outro estudo constatou que a espessura endometrial reflete a ação hormonal do β-hCG sendo que quanto maior for o título do β-hCG no momento da internação, maior será a espessura endometrial e como conseqüência pior será o prognóstico para o tratamento da GE com MTX. Conclusão: O tratamento sistêmico com dose única de MTX pode ser uma opção terapêutica aceitável para algumas pacientes com GE não rota. Pode-se concluir que a concentração sérica do β-hCG inicial é o melhor indicador prognóstico de sucesso do tratamento. O valor prognóstico de outros fatores propostos parece está relacionado diretamente a sua associação com a concentração de β-hCG. Palavras-chave: gravidez ectópica; metotrexato; β-hCG; gonadotrofina coriônica; tratamento.

TÍTULO: Avaliação do Impacto do Programa de Saúde da Família na assistência pré-natal em um município da Bahia/Brasil. ALUNO(A): Rafael Amin Menezes Hassan ORIENTADOR(A): Mirian Pinillos Marambaia RESUMO Introdução: o Brasil está passando por um momento de reorganização da prática assistencial à saúde, através de um fortalecimento da atenção básica, com destaque para o Programa de Saúde da Família (PSF). A esfera municipal torna-se a principal responsável pela gestão da rede de serviços de saúde no país. O pré-natal, por sua vez, surge como fator determinante das condições de saúde da população; seus principais problemas são de caráter preventivo; sua boa assistência culmina em saúde para o binômio materno-fetal; e a própria organização dos seus serviços reflete diretamente na comunidade. Os quais fazem da assistência pré-natal, um ótimo indicador para avaliar o PSF. O objetivo deste estudo é avaliar quantitativamente o impacto do PSF, nos indicadores que expressam a assistência pré-natal, entre os anos de 2003 a 2007, no município de Jacobina, Bahia, Brasil. Metodologia: o estudo possui caráter predominantemente quantitativo e descritivo. Os dados para a avaliação provêm de fontes do Sistema de Informações da Atenção Básica (SIAB) e Sistema de Informações de Nascidos Vivos (SINASC). Resultados: foi evidenciado crescimento significativo da cobertura do PSF, chegando a ultrapassar as médias estaduais, atendendo, inclusive, mais de 50% da população. Os indicadores de assistência pré-natal apresentaram vigorosa evolução entre os anos em estudo. Discussão: o impacto do crescimento acelerado do PSF evidenciou forte relação com a melhoria de todos os indicadores de saúde materna. Conclusão: este trabalho concluiu que ampliação da cobertura do PSF trouxe enormes benefícios para a população, em relação à assistência pré-natal, tornando válidos, todos os tipos de esforços em aumentar sua cobertura. Palavras-chave: avaliação do PSF; impacto do PSF; assistência pré-natal; atenção básica; saúde da mulher.

TÍTULO: Perfil da mortalidade por causas externas em adolescentes na cidade de Salvador – 2006 e 2007. ALUNO(A): Ramon Públio Martins ORIENTADOR(A): Raul Coelho Barreto Filho RESUMO As mortes por causas externas correspondem a importante parcela de óbitos em Salvador e no Brasil, ocupando quase sempre a segunda ou terceira causa de morte. Os adolescentes se mostram como um importante grupo atingido por esse problema. Sua distribuição, entretanto, diverge conforme faixa etária, gênero, tipo de causa do óbito, distribuição espacial, entre outros fatores. Objetivo: analisar o perfil da mortalidade por causas externas em adolescentes na cidade de Salvador, nos anos de 2006 e 2007. Material e Método: um estudo ecológico realizado mediante o levantamento de dados pertinentes ao Instituto Médico Legal Nina Rodrigues de Salvador-Ba. Resultado: Nos dois anos em estudo a mortalidade por causas externas é superior no sexo masculino, em adolescentes maiores, ocorrem com ênfase em localidades mais pobres, sendo o principal tipo de causa o homicídio, destacando, neste, as armas de fogo. Conclusão: Os dados revelam a magnitude do problema e a necessidade de enfrentamento pelas autoridades de saúde pública e sociedade. Palavras-chave: mortalidade, “causas externas”, violência e adolescente.

TÍTULO: Prevalêcia de infecção por micobactéria não-tuberculosa em pacientes portadores de fibrose cística. ALUNO(A): Ramsés Matos Couvre ORIENTADOR(A): Almério Machado RESUMO Introdução: A fibrose cística é uma doença genética, que causa um defeito no gene responsável pela regulação da condução transmembrana provocando espessamento e acúmulo anormal das secreções das vias aéreas. Esse processo predispõe a intenso processo inflamatório, infecções bacterianas crônicas e morte precoce. O tratamento para infecções pulmonares crônicas tem avançado muito e com isso proporcionou um aumento impressionante na sobrevida dos portadores de fibrose cística. Concomitante ao aumento da sobrevida desses pacientes, emergiram novos patógenos em potencial como as micobactérias não-tuberculosas. Objetivo: Esta revisão sistemática teve como objetivo discutir a prevalência da infecção por micobactéria não-tuberculosa em pacientes portadores de fibrose cística. Metodologia: Realizou-se busca bibliográfica em bases de dados e em seguida foi feita revisão da literatura encontrada usando-se os estudos que tratavam da infecção por micobactérias não-tuberculosas associadas à fibrose cística. Resultados: A busca bibliográfica resultou em doze artigos, sendo seis estudos retrospectivos e seis estudos prospectivos. A maioria dos estudos foi realizada em países europeus. Discussão: A prevalência da associação entre micobactéria não-tuberculosa e portadores de fibrose cística variou entre 3,8% e 25% nos estudos publicados na literatura. Conclusão: A prevalência dessa associação vem aumentando devido à evolução do tratamento e o aumento da expectativa de vida dos portadores de fibrose cística. No Brasil, pouco se sabe sobre a prevalência dessa associação, sendo necessários maiores estudos na área. Palavras-chave: micobacteria não-tuberculosa, fibrose cística.

TÍTULO: Ocorrência de doenças oportunistas em indivíduos com AIDS em uso de anti-retrovirais. ALUNO(A): Raquel Gomes de Oliveira ORIENTADOR(A): Everaldo Costa RESUMO Introdução: a terapia anti-retroviral mudou o perfil da evolução da infecção pelo HIV, diminuindo significativamente a ocorrência de doenças oportunistas, principalmente as infecciosas. Estas medicações agem no ciclo do vírus, diminuindo a carga viral e restaurando a população de linfócitos TCD4

+. A despeito disso, as infecções continuam ocorrendo, causando morte e morbidade nos pacientes HIV+. Objetivo: Avaliar a ocorrência de doenças oportunistas em indivíduos com AIDS em uso de terapia anti-retroviral, traçando um perfil clínico e demográfico destes doentes. Metodologia: este estudo é uma série de 36 casos, realizada através de revisão de prontuários do Hospital Universitário Professor Edgar Santos (HUPES) – Salvador –BA. Foram incluídos pacientes entre 18 e 60 anos, em uso de TARV, com pelo menos um episódio de infecção oportunista durante o curso do tratamento. Resultados: os pacientes mais afetados são homens mulatos, com média de idade de 42,6 anos, residentes de bairros periféricos de Salvador, desempregados, com carga viral alta e contagem de células CD4

+ baixa. O tempo de infecção pelo HIV foi maior que cinco anos em aproximadamente 92% dos indivíduos e 86% destes já utilizaram mais de três esquemas anti-retrovirais. O número de doenças por paciente variou entre 1 e 14, sendo que 80,6% destes tiveram entre 1 e 5 infecções. As doenças mais presentes foram a candidíase oral (66,7%), infecções pelos vírus da família Herpesviridae (52,8%), diarréia (33,3%), tuberculose (30,6%) e infecções pelo CMV (25%). Outras doenças, como pneumonia por Pneumocystis jirovecii, toxoplasmose, meningite criptocócica e leucoplasia oral pilosa estiveram presentes em um menor número de pacientes. Discussão: As infecções oportunistas (IO) estão associadas com risco aumentado de progressão da AIDS, de mortalidade e de custos de saúde. São a maior causa de morbi-mortalidade em pessoas com HIV/AIDS e continuam ocorrendo a despeito da TARV e das profilaxias disponíveis. A ausência de tratamento para HIV e o diagnóstico tardio são os dois principais fatores responsáveis para que as IO continuem ocorrendo. Conclusão: é necessário que seja feito o diagnóstico precoce da infecção pelo HIV, possibilitando o acesso adequado ao tratamento e acompanhamento destes pacientes, com dosagens periódicas de carga viral e linfócitos TCD4

+ para seguimento do estado de progressão da doença. Não existem estudos brasileiros que determinem o perfil do paciente que apresenta falha terapêutica com manifestação clínica, sendo, portanto, necessários novos estudos neste campo, para que as ações sejam direcionadas à população mais afetada. Palavras-chave: infecções oportunistas, AIDS, terapia antiretroviral.

TÍTULO: Medicina de viagem na abordagem das doenças infecciosas. ALUNO(A): Rebeca Santos Lopes ORIENTADOR(A): Marília Miranda Franco RESUMO INTRODUÇÃO: Desde os antepassados, o homem viaja. A evolução dos meios de transporte, especialmente os aviões, permitiu que este deslocamento seja realizado em maior volume e rapidez. Esta conquista tornou os viajantes um grupo que merece atenção particular, desde que os mesmos tornam-se expostos aos riscos inerentes à área visitada, podendo contrair e introduzir patógenos de todas as regiões, o que gera impacto econômico, ambiental e social. Em resposta as necessidades da população viajante mundial, a medicina de viagem tem se desenvolvido rapidamente nos últimos anos. OBJETIVO: O objetivo desta monografia é realizar uma revisão bibliográfica da prática da Medicina de Viagem no mundo e no Brasil, com ênfase na prevenção de doenças infecciosas. METODOLOGIA: A pesquisa foi realizada, em sítios virtuais de pesquisa científica convencional e sítios especializados em medicina de viagem de referência mundial. Também foram consultados dados da Organização Mundial de Turismo, da Organização Mundial de Saúde, do Ministério do Turismo e do Ministério da Saúde brasileiros, entre outros. As informações foram complementadas por livros especializados em Infectologia. MEDICINA DE VIAGEM: Em 1991, foi criada a Sociedade Internacional de Medicina de Viagem com o objetivo inicial de proteger a saúde dos indivíduos que viajavam e, desde então, a atuação desta nova especialidade vem crescendo em todo o mundo. No Brasil, o primeiro centro de atenção à saúde do viajante foi criado em 1997 na cidade do Rio de Janeiro, associado à Universidade Federal do Rio de Janeiro. Posteriormente, foram criados mais quatro centros no país, também relacionados a universidades, no estado de São Paulo e Pernambuco. A medicina de viagem consiste, principalmente, em prevenção e promoção da saúde através da consulta pré-viagem quando são identificados riscos à saúde, pessoais e inerentes à viagem, e realizadas orientações, imunizações e quimioprofilaxia, quando necessária. Durante a consulta pós-viagem, ela possibilita o reconhecimento e o controle de doenças e agravos no retorno dos viajantes. Alguns países do mundo, inclusive o Brasil, realizaram campanhas de erradicação de alguns agentes infecciosos, como poliomielite, sarampo, febre amarela urbana e malária. Entretanto, apesar das conquistas, a existência de focos localizados em regiões onde estas doenças ainda são problemas de saúde pública, torna a reemergência destas doenças, entre outras, também importantes, uma preocupação mundial. CONCLUSÃO: Desta forma, percebe-se a necessidade da prática da Medicina de viagem no Brasil e no mundo como parte das políticas de atenção básica a saúde, vigilância epidemiológica e sanitária. Palavras-chave: medicina de viagem; saúde do viajante; doenças infecciosas.

TÍTULO: Estudo radiológico em uma coorte de portadores de deficiência de hormônio do crescimento na Bahia. ALUNO(A): Renata Vigolvino de Oliveira ORIENTADOR(A): Ana Cláudia Couto Silva Co-Orientadora: Cláudia Bomfim RESUMO Introdução: O crescimento normal de um indivíduo depende de fatores genéricos, nutricionais, hormonais e ambientais. A baixa estatura pode decorrer de diversas causas e, entre elas, destaca-se a deficiência do hormônio de crescimento (DGH). A DGH pode ser isolada (IDGH) ou combinada ・defici・cia de outros horm・ios hipofis・ios (CPHD). Com o advento da resson・cia nuclear magn・ica, foi poss・el caracterizar a s・drome de interrup・o da haste hipofis・ia (PSIS), que ・constitu・a por tr・ elementos: neuro-hip・ise (NH) ect・ica, haste hipofis・ia ausente e adeno-hip・ise hipopl・ica. A NH ect・ica ・considerada um marcador de DGH permanente. Objetivo: Descrever as caracter・ticas radiol・icas dos portadores de defici・cia do horm・io de crescimento e neuro-hip・ise ect・ica acompanhados no ambulat・io de endocrinologia pedi・rica do CEDEBA. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo de corte transversal, onde foram avaliados 64 pacientes com DGH e NH ect・ica. Avalia・o cl・ica foi composta de dados antropom・ricos (peso e altura) e est・io puberal. Na avalia・o laboratorial, foram realizadas dosagens de horm・io do crescimento ap・ est・ulo farmacol・ico, T4 livre, TSH, prolactina, cortisol basal e ap・ est・ulo, FSH, LH e ester・des sexuais. Resultados: Do total de 64 pacientes com DGH e neuro-hip・ise ect・ica, 47 eram do sexo masculino. As idades m・ias ・realiza・o da RNMH e ao in・io do tratamento foram, respectivamente, 13,8 ・ 6,3 (2,6- 26,6) e 13,2 ・ 6,1 (4,0- 27,1) anos. A freq・ncia de apresenta・o p・vica foi de 35%. O teste de est・ulo do GH foi realizado em 59 pacientes, estando o pico diminu・o em 56 casos (94,9%). Quarenta e quatro pacientes tinham CPHD. A adeno-hip・ise estava hipopl・ica em 57 pacientes. A haste hipofis・ia n・ foi visualizada em 45 pacientes e estava interrompida em 15 casos. Malforma・es do sistema nervoso central foram observadas em sete pacientes. Conclusão: Este estudo refor・ a necessidade e import・cia da realiza・o precoce de RNMH em pacientes com DGH, de modo a proporcionar diagn・tico e interven・o terap・tica mais precoces, com melhores resultados na estatura final dos portadores da patologia. Palavras-chave: Baixa estatura; Defici・cia de GH; Resson・cia Nuclear Magn・ica de Hip・ise (RNMH); Neuro-hip・ise ect・ica.

TÍTULO: Qualidade de vida dos Médicos Cirurgiões. ALUNO(A): Renata Weber Carneiro ORIENTADOR(A): Carlos Augusto Bastos Mello e Luiz Alberto C. P. de Queiroz RESUMO Objetivo: Avaliar a qualidade de vida dos médicos cirurgiões. Métodos: Um questionário foi elaborado, baseado em valores psicossociais e econômicos necessários para ter qualidade de vida e um quadro de avaliação do nível de stress. Foram selecionados trinta e oito médicos. Resultados: Os cirurgiões eram na maioria homens ortopedistas e cirurgiões gerais. A opção cirúrgica foi primeira escolha para trinta e quatro. A maioria dos médicos trabalha trinta e nove horas semanalmente com pacientes do SUS, conveniados e particulares em cinco hospitais diferentes. Oitenta e sete por cento dos médicos não estão satisfeitos com seu período de férias, tendo uma media de tempo de lazer semanal de treze horas. Cinquenta e cinco por cento dos médicos dedica até três horas semanais para cuidar de sua propria saúde, sessenta e três por cento dos médicos afirmam se consultar apenas uma vez ao ano. Sete afirmaram ter engordado acima de oito quilos desde formados; o mesmo numero de médicos afirma dedicar até tres horas semanais com atividades fisicas. A renda mensal media foi de nove mil reais. A média à qualidade de vida foi de seis. Os sintomas de stress mais presentes foi azia, fadiga, cansaço excessivo. Varios médicos têm boas perspectivas pro futuro e trina e quatro afirmou se considerar feliz. Discussão: Ser cirurgião é sonho de muitos estudantes de medicina. Esses devem ter consciência do que os aguardam nessa escolha. Machado 2 relata que 6% dos médicos querem se tornar cirurgiões gerais. Metade dos médicos tem entre três e quatro atividades, 50% exerce a função de plantonista e 80% dos médicos que trabalham em consultório particular tem convênios de saúde. O SUS, apesar da reconhecida baixa remuneração e condições precárias de atendimento, não saiu da rotina da maioria dos cirurgiões. Os médicos trabalham cerca de 15 horas semanais a mais que outros profissionais; tiram menos tempo de férias; trabalham mais anos que a população geral. Existe uma cobrança muito grande da sociedade de que o médico tem que colocar as necessidades e saúde do paciente acima de seus próprios interesses. Os cirurgiões que trabalham de mais acabam também tendo stress de mais. As doenças cardiovasculares (40%) estão entre as principais causas de morte 5. Mesmo com todas essas desventuras, os médicos cirurgiões afirmam ter boas perspectivas para seu futuro e não se arrependem da escolha de especializacao. Conclusão: A certeza de querer ser cirurgião não muda com todas as adversidades que vêm junto com essa escolha. Essas adversidades, que até agora eram tão subjetivas, não mensuradas trouxeram a necessidade de avaliar qual a qualidade de vida do médico cirurgião. Optar por viver nas salas cirúrgicas, com vários aspectos negativos não trouxe arrependimento da escolha profissional. Falta comprometimento dos cirurgiões para adquirir qualidade de vida. Eles têm que tomar mais cuidados com si mesmos e priorizar sua qualidade de vida. A própria saúde não pode ficar para segundo plano. Com modificações em sua rotina, poderão adquirir mais qualidade de vida. Palavras-chave: qualidade de vida, saúde, médico, cirurgião.

TÍTULO: Sepse em unidade de terapia intensiva: incidência e mortalidade. ALUNO(A): Ricardo Dantas Monteiro ORIENTADOR(A): Octavio Henrique C. Messeder RESUMO Introdução: A sepse é definida como uma síndrome de resposta inflamatória sistêmica (SRIS) secundária a uma infecção confirmada microbiologicamente ou fortemente suspeita. As altas taxas de incidência e mortalidade da síndrome, especialmente em unidades de terapia intensiva (UTI), constituem um importante problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Inúmeros são os fatores de risco para o desenvolvimento e o prognóstico da sepse, dentre eles idade, comorbidades e disfunção orgânica. Apesar dos avanços no conhecimento sobre fisiopatologia, cuidados e estratégias terapêuticas, futuras investigações são necessárias acerca de dados epidemiológicos consistentes, padronização de definições e mecanismos modificadores da síndrome. Objetivo: Analisar a incidência e a mortalidade da sepse em uma UTI da cidade do Salvador-BA, assim como traçar um perfil das características clínicas dos pacientes estudados, possibilitando a identificação de prováveis fatores de risco para a síndrome. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo-analítico, retrospectivo, que utilizou informações do banco de dados de pesquisa da UTI Geral do Hospital Português da Bahia. Os dados foram coletados de outubro de 2005 a julho de 2007, desde a admissão até a alta do paciente da unidade, e as variáveis selecionadas foram as seguintes: idade, sexo, motivo do internamento na UTI, comorbidades, doença crônica avançada, escore do APACHE II, uso de droga vasoativa, uso de antibiótico, infecção nosocomial, ventilação mecânica e presença de insuficiência renal aguda. Foram calculadas as taxas de incidência cumulativa e mortalidade de sepse, sepse severa e choque séptico e foi feita uma comparação entre pacientes sépticos e não-sépticos quanto a determinadas variáveis. Os dados foram avaliados pelo programa de análises estatísticas SPSS 12.0. Resultados: O número de pacientes envolvidos no estudo foi de 1298. A mediana de idade na UTI foi de 3 (2-10,75) e a incidência da sepse foi de 32,2% no período de estudo. As taxas de incidência de sepse severa e choque séptico foram de 27,8% e 22,2%, respectivamente. A mortalidade em sépticos alcançou 42,7%. Diversas variáveis demonstraram associação com sepse, a exemplo de idade, escore do APACHE II, algumas comorbidades e doenças crônicas, e falência orgânica. Conclusão: A sepse tem grande impacto em pacientes de UTI, com taxas de incidência e de mortalidade bastante elevadas, o que ratifica a importância de estudos mais detalhados e ampliação do conhecimento sobre a síndrome. Palavras-chave: Palavras-chave: sepse, unidade de terapia intensiva (UTI), incidência, mortalidade.

TÍTULO: Comparação entre a eficácia de desinfecção de estetoscópios utilizando álcool etílico e dispositivo impregnado com antimicrobiano. ALUNO(A): Rodrigo Fernandes Weyll Pimentel ORIENTADOR(A): Rita Elizabeth Mascarenhas RESUMO Introdução: Infecções hospitalares (IH) são responsáveis por elevada taxa de morbimortalidade e aumento de custos com atendimento hospitalar. Cerca de um terço destas infecções podem ser prevenidas com ações preventivas. Para isso torna-se fundamental a identificação dos microorganismos causadores de IH, seus reservatórios e meios de transmissão. O estetoscópio representa um desses meios de transmissão, porém sua desinfecção tem sido negligenciada. A limpeza do estetoscópio com álcool etílico a 70% tem se mostrado efetiva. Porém, a obrigação da limpeza constante é apontada como tediosa. Surgiram, então, os dispositivos descartáveis impregnados com antimicrobianos (DDIA). Objetivo: Este estudo teve como objetivo avaliar a ação benéfica dos DDIA, comparandoa com a ação do álcool etílico a 70%. Métodos: O estudo foi realizado a partir de amostras colhidas de trinta estetoscópios antes de qualquer método de desinfecção, após a desinfecção com álcool etílico a 70% e após o 7º, 14º e 21º dias de uso do DDIA. Todos os profissionais responderam a um questionário. Cada amostra foi encaminhada para quantificação do crescimento microbiano e identificação dos microorganismos isolados. Resultados: Vinte e dois médicos não realizavam desinfecção diária do estetoscópio e 27,6% realizavam a limpeza diária em média de 4,7 ± 3,6 vezes/dia. Vinte e seis profissionais utilizavam álcool etílico a 70% como desinfetante. Foi observado crescimento microbiano em 100% das amostras coletadas antes da desinfecção ou após utilização dos DDIA. Apenas 56,7% dos estetoscópios desinfetados com álcool etílico apresentaram crescimento bacteriano. A média de unidades formadoras de colônias (UFC) das amostras colhidas dos estetoscópios submetidos à desinfecção com álcool etílico (36,5 UFC/amostra) foi significativamente menor do que as encontradas nas outras amostras (de 1011,0 a 2337,3 UFC/amostra). Houve diferença estatística entre a contagem de UFC das amostras (p<0,0001). A desinfecção com álcool etílico revelou-se melhor do que o uso de DDIA. Além disso, foi observado um aumento de duas vezes a contagem de UFC nas amostras com o uso do dispositivo por 21 dias quando comparada às amostras obtidas de estetoscópios sem desinfecção. Foram identificados Staphylococcus aureus, Staphylococci coagulase negativos, Streptococcus, Enterobacteriaceae (cepas do gênero Proteus, Providencia e Citrobacter), bastonetes Gramnegativos não-fermentadores (como Pseudomonas aeruginosa), bastonetes Gram-positivos (BGP), Micrococcus e Candida albicans nas amostras estudadas. O álcool etílico reduziu significativamente o crescimento de Staphylococci coagulase negativos, BGP e Micrococcus em relação ao uso de DDIA. Em contrapartida, foi observado um aumento significativo do crescimento de Micrococcus em amostras com uso de DDIA por 14 e 21 dias comparadas àquelas sem desinfecção e com uso do dispositivo por 7 dias. CONCLUSÃO: Neste estudo, pudemos observar que o álcool etílico a 70% é mais eficaz do que o uso de DDIA como agente na desinfecção dos diafragmas de estetoscópios.

Palavras-chave: Infecção hospitalar; Estetoscópio; Desinfecção; Álcool etílico a 70%; Dispositivo descartável impregnado com antimicrobiano.

TÍTULO: Uso do preservativo como estratégia de prevenção à infecção pelo HIV por estudantes de Medicina. ALUNO(A): Rodrigo Oliveira Freaza Garcia ORIENTADOR(A): Alcina Andrade RESUMO Introdução: O comportamento de médicos e estudantes de medicina vem sendo descrito em inúmeros trabalhos científicos ao longo dos anos. Porém, a maioria sempre buscar focar comportamentos relacionados a abuso de álcool e drogas lícitas ou ilícitas. O uso do preservativo enquanto estratégia de prevenção e como traço dentro duma gama de comportamentos ditos sexuais já fora tratado dentro do universo de estudantes de área de saúde, mas nunca antes focado nos estudantes de medicina. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo descritivo conduzido no período de março a maio de 2008 nas instalações da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, em Salvador – Ba. A amostra estudada foi composta de 336 indivíduos, estudantes do curso médico da referida Escola e que voluntariamente responderam a um questionário que abordava questões relativas à vida sexual e uso do preservativo no contexto das relações sexuais. Os dados obtidos foram analisados utilizando-se a distribuição proporcional e o teste Ҳ2 sendo considerados estatisticamente significantes diferenças <0,05. Para as análises foi utilizado o Epiinfo 3.4.3. Resultados: A mediana de idade dos indivíduos da amostra foi de 21 anos. A prevalência de uso do preservativo referida encontrada na amostra estudada foi de 40,2%, 56,7% dos que referiram o não uso sistemático do condom foram mulheres, 59,3% informaram não se testar para DSTs ao abolir o uso do preservativo com parceria fixa, 61% referiram não fazer uso de bebidas alcoólicas antes das relações sexuais e 44,0% afirmaram ter baixa chance de adquirir DSTs nos próximos cinco anos. Discussão: A prevalência de uso do preservativo entre os estudantes de medicina foi abaixo do esperado para esse público. A população amostral encontrada na Escola Bahiana é composta por indivíduos jovens e que se expõem a um comportamento de risco no que se refere ao uso do concom. É necessário implementar pesquisas para aprofundar as circunstâncias nas quais essa exposição ocorre e buscar realizar trabalhos de conscientização especificamente voltados para esse público. Palavras-chave: HIV, comportamento de risco, estudantes de medicina, preservativo.

TÍTULO: Ocorrência de Infarto Agudo do Miocárdio em Pacientes Submetidos à Terapia Anti-Retroviral de Alta Potência (Haart). ALUNO(A): Sarah Diana Frota de Albuquerque ORIENTADOR(A): Ana Cristina O. Andrade RESUMO Introdução: Com a introdução da terapêutica anti-retroviral de elevada potência (HAART), foram obtidos ganhos significativos no combate à infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), com aumento da sobrevida e melhora da qualidade de vida dos pacientes. Contudo, a ocorrência de eventos cardiovasculares como infarto agudo do miocárdio (IAM), relacionados aos efeitos adversos dos anti-retrovirais, aumentou nos últimos anos. Objetivo: Verificar a ocorrência de (IAM) em pacientes HIV positivos submetidos à terapia HAART. Metodologia: Foi realizada uma revisão sistemática com busca bibliográfica em bases de dados e feita revisão da literatura encontrada utilizando os estudos que tratavam da incidência de IAM em pacientes soropositivos para HIV em uso da terapia HAART. Resultados: A busca bibliográfica resultou em cinco artigos, sendo um estudo retrospectivo e quatro estudos prospectivos. A incidência de IAM nos estudos variou entre 0,7 por mil pessoas/ano e 3,65 por mil pessoas/ano, nos pacientes submetidos a HAART; oscilou entre 1,25 por mil pessoas/ano e 6,01 por mil pessoas/ano naqueles tratados com regimes contendo IP. Apenas em um estudo não demonstrou essa associação, uma vez que consideraram a incidência de IAM nos pacientes tratados com HAART, de 6,8 por mil pessoas/ano, similar àqueles não tratados, de 5,7 por mil pessoas/ano. Discussão: A maioria dos estudos mostraram aumento do risco de IAM relacionado à exposição acumulativa à HAART, principalmente em regimes contendo Inibidores de Protease. As interpretações desse aumento giram em torno dos efeitos da HAART no sistema metabólico e conseqüentemente sobre o sistema cardiovascular, além da ação direta do vírus associado à influência de fatores de risco clássicos. Conclusão: O aumento do risco de IAM em pacientes submetidos à HAART sugere a necessidade de estudos mais detalhados que avaliem os efeitos da HAART e do próprio vírus sobre os fatores de risco cardiovasculares associados, assim como as classes e subclasses das drogas mais envolvidas. Palavras-chave: HIV, HAART, Inibidores de Protease, Infarto Agudo do Miocárdio.

TÍTULO: Uso de Fibratos no Tratamento da Hipertrigliceridemia em Pacientes com Insuficiência Renal Crônica . ALUNO(A): Saulo Bastos Barreto ORIENTADOR(A): Elise Schaer RESUMO INTRODUÇÃO: A relevância do controle dos níveis de triglicérides tendo consciência de sua importância como fator de risco para doenças ateroscleróticas e pancreatite abre o debate para uma conduta mais agressiva dessa co-morbidade em pacientes com insuficiência renal crônica viabilizando uma qualidade e maior expectativa de vida dessa população. Complicações vasculares ateromatosas constituem o principal fator de risco para pacientes em hemodiálise, ameaçando mais de um terço de todos os pacientes, ocorrendo em menos de 5 anos após o início da purificação extra-renal. OBJETIVO: O presente trabalho tem a proposta de revisar dados da literatura abordando os diversos aspectos da hipertrigliceridemia no paciente com Insuficiência Renal e os riscos e benefícios do tratamento farmacológico com fibratos, incluindo potenciais efeitos colaterais dessa droga, pontuando o grau de segurança no seu uso. MATERIAL E MÉTODO: Trata-se de uma revisão bibliográfica de trabalhos científicos . A identificação dos artigos foi feita através de busca bibliográfica na Base de Dados MEDLINE, LILACS, SCHOLAR GOOGLE, SCIELO referente aos anos de 1994 a 2006. A estratégia de busca consistiu na pesquisa com as seguintes combinações de palavras: (Dyslipidemias and Fibrates in Chronic Kidney Disease) ou (Treatment of Hypertriglyceridemia and Chronic Kidney Disease) ou (Hypertriglyceridemia and Fibrates in Chronic Kidney Disease). Outra estratégia utilizada foi a busca eletrônica em listas de referência dos artigos identificados e selecionados. RESULTADO: A busca bibliográfica, segundo a estratégia definida, resultou em aproximadamente 47 artigos e, de acordo com os objetivos do estudo e critérios de inclusão, 17 artigos foram selecionados. Quinze estudos foram identificados nas referências bibliográficas de outros trabalhos. Apesar de detectada em 80% dos pacientes com insuficiência renal, nenhum dos trabalhos explorou apenas a hipertrigliceridemia como dislipidemia mais comum nesta população. A maioria dos trabalhos estabeleceu estudos comparativos entre dislipidemias e o melhor fármaco a ser utilizado no tratamento. CONCLUSÃO: Em pacientes com doença renal crônica há concomitância de fatores de risco cardiovascular principalmente, sendo a desordem lipídica um fator adicional potencialmente modificável. O tratamento da hipertrigliceridemia nos estágios iniciais da doença renal crônica é eficaz em retardar a evolução da insuficiência renal. Palavras-chave: Fibratos; Doença Renal Crônica; Hipertrigliceridemia.

TÍTULO: Doenças de acúmulo lisossômico. ALUNO(A): Sayonara Epifânio dos Santos Pereira e Pereira ORIENTADOR(A): Luiz Erlon A. Rodrigues RESUMO Introdução: As doenças de acúmulo lisossômico são causadas, primordialmente, por deficiências enzimáticas que engendram o acúmulo de substâncias dentro dos lisossomos e desordenando o funcionamento celular. Existem muitas variantes dessas doenças, dentre elas 10 anormalidades no metabolismo dos lipídios, 8 doenças provenientes de deficiências enzimáticas dos mucopolissacarídios e 3 desordens na degradação das glicoproteínas foram abordadas de forma sintética e objetiva neste presente estudo. Materiais e métodos: Foram identificados 6 artigos com prevalências, incidência e/ou freqüência de doenças de acúmulo lisossômico em 6 países, inclusive o Brasil. Resultados: Este grupo de doenças é bastante raro e com alta freqüência em etnias ou grupos fechados com um alto índice de consangüinidade. Discussão/Conclusão: Várias formas e variantes das doenças de acúmulo lisossômico foram identificadas clinicamente e genomicamente. Todas elas se devem às deficiências enzimáticas que corroboram o quadro clínico de afecção do sistema nervoso, anormalidades ósseas e visceromegalias importantes. Os pacientes mais graves são acometidos logo na primeira infância, desenvolvendo a forma mais grave da doença e possuem baixa expectativa de vida. A importância deste estudo se deve ao papel que o diagnóstico desempenha no aumento da expectativa de vida e conforto para os pacientes. Algumas medidas terapêuticas de reposição enzimática, transplante de medula e terapia genômica, com destaque para esta última, se constituem como promessas de controle e cura destas doenças. Palavras-chave: doenças de acúmulo lisossômico; lipidoses; mucopolissacaridoses; glicoproteinoses.

TÍTULO: Carcinoma basocelular em localizações incomuns ALUNO(A): Sérgio Parente Lira ORIENTADOR(A): Ênio Ribeiro Maynard. Barreto RESUMO Background:O carcinoma basocelular(CBC) é a mais freqüente das neoplasias epiteliais, localizando-se preferencialmente em áreas expostas ao sol. Contudo, o conceito de localização incomum para esse tumor precisa ser definido, porque existe muita confusão sobre o assunto. Carcinoma basocelular em áreas cobertas do corpo é muitas vezes considerada não usual unicamente por causa da localização. Nessa revisão, foram reunidos casos de CBC em algumas partes do corpo como tentativa de definir o que é um sítio não usual para CBC.Métodos: Uma extensa busca na literatura (PUBMED/MEDLINE) por CBC em localizações atípicas foi desempenhada. Foi encontrado um total de 1050 CBC histologicamente confirmados, 289 eram em áreas cobertas. Idade, sexo, raça, diagnóstico inicial, tempo para diagnóstico e curso clínico foram considerados.Resultados: Duzentos e quatro casos foram reunidos, localizados em crianças, lábio,unhas, axila, mamilo, dobra inguino-crural, região genital e perianal.Conclusão: Localização incomum tem sido arbitrariamente definida de acordo com a porcentagem de incidência, locais considerados incomuns na literatura ou conforme o índice relativo de densidade do tumor. Todos esses critérios sofrem mais ou menos influencias pessoais. Assim, nessa revisão percebemos que faz-se necessária uma definição mais clara de localização incomum, baseada não só nos critérios acima citados, mas também em variáveis mais profundas como a susceptibilidade genética. Palavras-chave: Carcinoma basocelular, localizações incomuns, áreas cobertas e câncer de pele.

TÍTULO: Impacto da violação do protocolo de terapia trombolítica no AVC isquêmico. ALUNO(A): Sula Palmeira Sant’Anna ORIENTADOR(A): Frederico Luiz da Silva Figueirôa RESUMO Objetivo: conduzir uma revisão de literatura esclarecendo e avaliando os riscos decorrentes da violação dos protocolos que antecedem a realização da terapia trombolítica, e analisando os seus motivos. Método: A busca em bancos de dados bibliográficos foi realizada através do Medline e SciELO, utilizando as palavras-chave: “stroke”, “ischemic”, “thrombolytic”, “acute”, “tPA”, “treatment”, “protocol”, “intravenous”. Foram incluídos os trabalhos que utilizavam humanos como modelos e que focavam a terapia trombolítica intravenosa para o tratamento da fase aguda do AVC isquêmico. Resultado: 15 estudos preencheram todos os critérios de inclusão. Observou-se que a violação do protocolo de terapia trombolítica está intimamente relacionada com o aumento de complicações do AVC isquêmico e com a elevação dos índices de mortalidade. Conclusão: A aderência dos médicos ao protocolo e o conhecimento da população a respeito dos fatores de rico para doenças cerebrovasculares e os sinais de alerta do AVC são de fundamental importância para o sucesso do tratamento de trombólise. Palavras-chave: AVC, isquêmico, trombólise, t-PA, e protocolo.

TÍTULO: Carga proviral no L,CR: marcador laboratorial no diagnóstico e prognóstico da HAM/TSP-revisão. ALUNO(A): Tasso Leite Primo Chagas Barreto ORIENTADOR(A): Janeusa Rita Leite P. Chagas RESUMO Introdução: A mielopatia associada ao HTLV-I/ paraparesia espástica tropical (HAM/TSP), representa mielopatia grave com moderado envolvimento sensorial, distúrbio vesical e paraparesia espástica progressiva que pode acometer crianças e adultos. Historicamente foi reconhecida pela OMS em 1988 durante reunião científica patrocinada pela OMS em Kagoshima (Japão), como entidade clínica única das patologias paraparesia espástica tropical (TSP) (Gessain et al., 1985) e mielopatia associada ao HTLV-I (HAM) (Osame et al., 1986). Apesar dos conhecimentos sobre a HAM/TSP terem evoluído muito nos últimos anos, alguns aspectos são complexos e ainda não estão bem esclarecidos a exemplo de sua imunopatogênese, o melhor marcador diagnóstico e principalmente, o fator chave no desenvolvimento desta doença. A carga proviral no LCR tem sido apontada como um importante marcador da doença. OBJETIVOS: Pretendemos avaliar o papel da carga proviral no LCR como marcador diagnóstico e prognóstico para HAM\TSP. DESENHO DO ESTUDO: Estudo de revisão sistemática. MATERIAL E MÉTODOS: Utilizando-se das bases de dados Medline, PubMed e EMBASE a revisão foi empreendida. RESULTADOS: Foram avaliados comparativamente cinco artigos com 236 pacientes. Os valores da carga proviral no líquor estiveram elevados nos pacientes com HAM\TSP, principalmente entre aqueles que apresentaram progressão rápida da doença. Porém os estudos foram discordantes quanto à forma de utilização da carga proviral. Dois estudos propuseram uma razão de cargas provirais no LCR e no soro, dois estudos propuseram uma associação inversa com o índice de anticorpos anti-HTLV-I no LCR e um estudo propôs um algorritimo como método de utilização da carga proviral no LCR como marcador diagnóstico e prognóstico da doença. CONCLUSÕES: É consensual o uso da carga proviral no LCR como importante marcador laboratorial, porém não existe padronização quanto ao método de utilização deste artifício diagnóstico e prognóstico. Palavras-chave: HAM/TSP, LCR, Carga proviral e infecção pelo HTLV-I.

TÍTULO: Resgate histórico da terapia antiretroviral. ALUNO(A): Thiara Lessa Silva ORIENTADOR(A): Marília França RESUMO A AIDS é uma epidemia mundial e desde 1981, quando foi primeiramente relatada, milhões de pessoas já morreram em decorrência da infecção. Atualmente existem mais de 40 milhões de infectados em todo o mundo. Nessas ultimas décadas grandes avanços foram realizados no sentido de controlar a replicação viral e aumentar a expectativa de vida dos pacientes com HIV. Em 1987, foi aprovada a primeira droga contra o HIV, o AZT, e nesses 20 anos surgiram cinco classes de medicamentos. Cada classe trouxe um diferente mecanismo de ação e eficácia sobre a redução da carga viral e restauração das células CD4. A monoterapia utilizada inicialmente foi substituída pela combinação de drogas, chamada de HAART. Houve uma redução significativa na mortalidade associada ao HIV, porém os efeitos do tratamento em longo prazo, como a dislipidemia, aumentaram a mortalidade por eventos cardiovasculares. Além da toxicidade, a ocorrência de mutações é responsável pelo aparecimento de resistência e conseqüente falha no tratamento. Os inibidores de entrada e os antagonistas de CCR5 apresentam menos efeitos adversos e surgiram como opção para pacientes com múltiplas falhas. Este trabalho é uma revisão com o objetivo de acessar o tratamento do HIV. São apresentados o ciclo replicativo do HIV, a história natural da infecção e a terapia antiretroviral, desde as primeiras drogas desenvolvidas até as recentemente aprovadas para tratamento clínico. Palavras-chave: terapia antiretroviral, HIV, AIDS, HAART.

TÍTULO: Utilização dos bloqueadores dos canais de cálcio na detenção do trabalho de parto prematuro. ALUNO(A): Tiago Monte Cajueiro ORIENTADOR(A): Omar Darzé RESUMO A cada ano um número estimado de 4 milhões de recém-nascidos morrem nas primeiras 4 semanas de vida (o período neonatal). Em todo o mundo a principal causa de morte neonatal é o parto prematuro O nascimento prematuro é também, excluindo as anomalias congênitas, a maior causa de morbidade neonatal. São inúmeros os fatores que podem levar ao nascimento prematuro e apesar do grande conhecimento acerca dos fatores de risco seu papel na prematuridade ainda é objeto de discussões já que em algumas mulheres o parto pré-termo acontece sem que se identifique qualquer fator de risco. A tocólise é a inibição das contrações uterinas durante o trabalho de parto e tem comprovado benefício clínico por curto período de tempo, ou seja, consegue adiar o parto, na maioria das vezes, por apenas 48-72 h, o que não deixa de ser importante na tentativa de se obter alguma ação da corticoterapia acelerando a maturação pulmonar fetal e reduzindo o risco da síndrome do desconforto respiratório do recém-nascido (SDRN). Os tocolíticos são as drogas utilizadas na tocólise com objetivo parar as contrações uterinas e por isso, também são conhecidos como drogas uterolíticas. Os bloqueadores do canal de cálcio (nifedipina, nicardipina) são indicados no tratamento de doenças coronárias, angina de peito crônica estável e hipertensão. Seus efeitos são vinculados aos canais-L de cálcio (L de longa ação da corrente elétrica produzida pela entrada de cálcio na célula), que são abundantes na musculatura lisa e cardíaca. A ampla manifestação dos canais- L de cálcio na musculatura uterina aponta para um efeito adicional dos bloqueadores do canal de cálcio na inibição das contrações uterinas, assim eles têm sido utilizados na tocólise com a finalidade de retardar o pato prematuro. O presente estudo avaliou a capacidade dos bloqueadores do canal de cálcio em retardar o trabalho de parto prematuro através de uma revisão na literatura nos bancos de dados Scielo, Lilacs e Medline no período compreendido entre novembro de 2007 e março de 2008. A análise dos estudos indicou que a nifedipina apresenta eficácia semelhante a outros tocolíticos na detenção no trabalho de parto prematuro e que, apesar da ocorrência de efeitos secundários a sua administração, a mesma foi considerada segura. Palavras-chave: trabalho de parto prematuro; tocólise; nifedipina.

TÍTULO: Um modelo de ficha de atendimento para pacientes vitima de trauma. ALUNO(A): Victor Rodamilans Sanjuan ORIENTADOR(A): Paulo Mattos Sanjuan RESUMO Introdução: Fichas de atendimento específica para pacientes vítimas de trauma têm sido apontada como uma maneira sistemática, mais simples, rápida e padronizada de registrar a abordagem destes pacientes admitidos nas unidades de emergência. Entretanto, não tem sidoutilizada pelas unidades de emergências traumatológicas de Salvador. Objetivo: Validar, a partir de pesquisa de campo, uma ficha de atendimento desenvolvida exclusivamente para pacientes vitima de trauma. Métodos: Foi desenvolvida uma ficha de atendimento utilizando como base protocolos e fichas de atendimento de nove instituições de referencia no tratamento e pesquisa do trauma. Depois de elaborada a ficha, utilizou-se uma amostra de 14 médicos, instrutores do curso ATLS, que após a análise da mesma responderam um questionário sobre a estrutura, linguagem, conteúdo, funcionalidade e viabilidade de implantação da mesma. Resultados: Todos os participantes consideraram a linguagem utilizada adequada e clara, assim como concordaram que a divisão da ficha em linhas e colunas e a preponderância de respostas objetivas permitem um rápido acesso as informações dos pacientes e diminui o tempo de preenchimento. Também, 100% dos participantes concordaram que a ficha auxiliaria na padronização do atendimento e, ainda possibilitaria a criação de um banco de dados a ser utilizado para o desenvolvimento de projetos de pesquisa na área de trauma. Sobre a viabilidade da implantação no HGE, nove participantes consideraram viável. Considerações finais: O modelo de ficha de atendimento apresentado, ainda na sua forma inicial, permitiu que alguns médicos o avaliassem, o que resultou em grande aceitação no que tange à linguagem, estrutura e conteúdo utilizado, bem como no que tange a funcionalidade e em caso de uma futura implantação pelas unidades de emergência de Salvador. Palavras-chave: trauma; ficha de atendimento; ATLS; registro de trauma.

TÍTULO: Insuficiência renal aguda após cirurgia cardíaca de revascularização miocárdica sem circulação extra-corpórea. ALUNO(A): Vinicius Coelho Dias ORIENTADOR(A): Juarez Dias RESUMO Introdução: No Brasil há poucos estudos relatando a incidência de IRA após cirurgia cardíaca, o comportamento de seus fatores de risco e dos seus resultados. O grande impacto da IRA nos resultados da cirurgia cardíaca leva a necessidade de determinar o seu comportamento em nossa população. O objetivo deste trabalho é identificar a incidência, fatores de risco e mortalidade da IRA após cirurgia de revascularização miocárdica sem circulação extracorpórea. Métodos: Estudo de corte transversal, revisandos os prontuários dos pacientes submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica e análise das variáveis clínicas e laboratoriais através de método univariado. Resultados: Insuficiência renal aguda ocorreu em 32% dos 75 pacientes estudados, sendo necessária diálise em 4% de todos os pacientes. Uréia sérica foi fator de risco pré-operatório intensamente associado ao desenvolvimento de insuficiência renal aguda, apontada como fator de risco significativo na análise univariada. Conclusão: A insuficiência renal aguda é uma complicação frequente e grave após cirurgia de revascularização miocárdica, associada a alta taxa de mortalidade, principalmente quando há necessidade de terapia dialítica. A uréia sérica pré-operatória é um fator de risco para o desenvolvimento de insuficiência renal aguda. O não uso da circulação extracorpórea não apresentou impacto na incidência de insuficiência renal aguda no período pós-operatório. Palavras-chave: insuficiência renal aguda, cirurgia de revascularização miocárdica, cirurgia cardíaca.

TÍTULO: Trabalho Médico e Sociedade de Classes: De sacerdócio da cura a instrumento de dominação. ALUNO(A): Waldemir de Albuquerque Costa ORIENTADOR(A): Luiz Alberto de Queiroz RESUMO INTRODUÇÃO: A evolução histórica da sociedade nos trás hoje uma conformação cada vez mais simplificada dos seus antagonismos de classe, dividindo-se cada vez mais em duas grandes classes que se defrontam – a burguesia e o proletariado. Neste sentido, o conjunto de artifícios sociais usados pela classe dominante para manter a dominação, bem como os procedimentos dos dominados para diminuir ou destruir a dominação, vêm sendo foco de análise de diversos estudos. O surgimento das diversas profissões perpassam as determinações históricas deste modelo de organização da sociedade levando-as a gerir, como corpo técnico, o processo produtivo e o seu excesso de produção, evitando os tensionamentos entre as classes sociais. Os médicos surgem de maneira semelhante para alimentar as condições de reprodução desta sociedade de classes, mas devem ser estudados com certa singularidade pois, ao concentrarem o monopólio do conhecimento e possuírem posição estratégica na prestação dos serviços de saúde, estes profissionais acabam não sendo mecanicamente determinados pela extrutura dominante, mas sim adaptando boa parte destas determinações aos seus interesses de categoria, classe, etc. Assim, o objetivo deste estudo é mostrar como o trabalho médico hegemônico, como prática social, participa da reprodução das condições econômicas e político-ideológicas do processo de acumulação capitalista. METODOLOGIA: Este é um estudo de revisão bibliográfica, em que foram utilizadas 3 teses, de fonte primária, a respeito do trabalho médico para a elaboração das três linhas argumentativas complementares sobre a relação entre a prática destes profissionais e a sociedade de classes. Para a construção do capítulo 1, “A Negação da Autonomia dos Indivíduos e a Desconsolidação Democrática”, foi realizada uma revisão da obra de Ivan Illich(1974), “Nêmesis da Medicina: a Expropriação da Saúde”; para o capítulo 2, “A Mercantilização das Relações Sociais”, foi feita uma releitura da obra de Emerson Merhy(2002), “Saúde: a Cartografia do Trabalho Vivo” e para o terceiro capítulo, “Os Médicos e o Projeto Neoliberal para a Saúde”, a obra de Gastão Wagner(1992), “Saúde

Pública e a Defesa da Vida”. DISCUSSÃO: No capítulo 1, realizou-se uma análise das práticas médicas tidas como hegemônicas relacionando-as com a negação do protagonismo dos indivíduos na geração de sua própria saúde e as suas consequências ao nível da participação política da população nos demais espaços da sociedade. No cap. 2, analisou-se o papel do médico na reprodução do capital industrial e financeiro investido no setor saúde e a consequente mercantilização desse bem. No cap. 3, estudou-se a importância da participação dos médicos na consolidação do projeto neoliberal de produzir e distribuir serviços de saúde no Brasil. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O estudo permite analisar de forma mais embasada as implicações que as práticas dominantes entre os médicos brasileiros possuem na reprodução das condições de acumulação capitalista e, portanto, na manutenção da sociedade de classes. É fundamental reconhecer a centralidade deste profissional para que se busquem mudanças em suas práticas a fim de se alterar o cenário da mercantilização da saúde e se tentar alcançar um novo patamar de organização da sociedade.

Palavras-chave: trabalho médico, sociedade, medicalização, neoliberalismo, medicina,

capitalismo, setor privado, autonomia, mercantilização, médicos, luta de classes.

TÍTULO: Prevalência de sorogrupos de N. meningitidis causador de doença meningocócica no estado da Bahia entre 1998 a 2007. ALUNO(A): Zenon Lopes Leal ORIENTADOR(A): Ceuci Nunes RESUMO Introdução: A Doença Meningocócica (DM) caracteriza-se por um conjunto de condições clínicas decorrentes da infecção pelo diplococo gram negativo N.

meningitidis. Nos casos mais graves, que correspondem a meningococcemia e meningite, pode ter evolução extremamente rápida para o óbito. Considerada problema de saúde pública, com um prevalência de cerca de 6 casos por 100.000 habitantes no país e com uma taxa de letalidade variando de 16 a 20%, vem sendo acompanhada pelos infectologista através de dados epidemiológicos no sentido de melhorar a qualidade dos serviços prestados aos doentes e principalmente na prevenção. Nos últimos anos, notou-se em alguns países europeus e em alguns estados brasileiros, como São Paulo, a ascensão do sorogrupo C da N. meningitidis em detrimento do sorogrupo B. Este fato vem causando preocupação devido ao maior potencial em causar epidemias deste grupo em crescimento e a um possível novo perfil epidemiológico da doença. Objetivo: Quantificar a prevalência dos principais sorogrupos de Neisseria meningitidis causador de doença meningocócica no estado da Bahia nos últimos 10 anos. Metodologia: Estudo retrospectivo onde foram avaliados o número de casos de doença meningocócica na Bahia de 1998 a 2007 e o total de casos por sorogrupo. Os dados foram coletados junto à Secretaria de Saúde do Estado da Bahia e ao Laboratório Central de Saúde Pública Prof. Gonçalo Muniz. Resultados: Foram notificados 1322 casos de doença meningocócica na Bahia nos últimos 10 anos. As taxas de incidência mantiveram-se em decréscimo até o ano de 2002, e encontram-se reativamente estáveis até o momento atual. Foram sorogrupados 34,42% dos casos. Foi confirmado uma inversão no principal sorogrupo causador de doença meninigocócica na Bahia no ano de 2006 e uma tendência de crescimento exponencial do sorogrupo C, que tem-se mantido com o maior número de casos. Conclusões: O sorogrupo C é responsável pelo maior número de casos de doença meningocócica na Bahia atualmente. Encontra-se em aumento progressivo de casos, em detrimento do sorogrupo B, o que vem mantendo a incidência total de doença meningocócica até ao momento estável. Palavras-chave: N. meningitidis; prevalência; sorogrupos; doença meningocócica