CURSO DE TEOLOGIA - missasalette.com.brmissasalette.com.br/site/wp-content/uploads/2014/05/APOCALIPSE.pdf · entre apocalíptica e escatologia. CARACTERÍSTICAS DA APOCALÍPTICA 2

CURSO DE TEOLOGIA

ÁREA TEMÁTICA: SAGRADA ESCRITURA DISCIPLINA: APOCALIPSE

APOCALIPSE

APOCALIPSE

ESPERANÇA HUMANA

A esperança não é a convicção de que alguma coisa acabará bem, mas a certeza de que

alguma coisa tem sentido, independentemente do modo como acabar.

Vaclav Havel

ESPERANÇA CRISTÃ Precisamos das esperanças – menores ou maiores – que, dia após dia, nos mantêm a caminho. Mas sem a grande esperança que deve superar todo o resto,

aquelas não bastam. Esta grande esperança só pode ser Deus, que abraça o universo e nos pode propor e dar aquilo que, sozinhos, não podemos conseguir.

Precisamente o ser gratificado com um dom faz parte da esperança. Deus é o fundamento da

esperança – não um deus qualquer, mas aquele Deus que possui um rosto humano e que nos amou até ao fim: cada indivíduo e a humanidade no seu

conjunto.

ESPERANÇA CRISTÃ O seu reino não é um além imaginário, colocado num futuro que nunca mais chega; o seu reino está presente onde Ele é amado e onde o seu amor nos alcança. Somente o seu amor nos dá a possibilidade de perseverar com toda a sobriedade dia após dia, sem perder o ardor da esperança, num mundo que, por sua natureza, é imperfeito. E, ao mesmo tempo, o

seu amor é para nós a garantia de que existe aquilo que intuímos só vagamente e, contudo, no íntimo esperamos: a

vida que é “verdadeiramente” vida.

Bento XVI. Spe Salvi, n. 31

PARTES DA DISCIPLINA

APOCALÍPTICA

LIVRO DO APOCALIPSE

ANÁLISE DE ALGUNS TEXTOS

MENSAGEM CENTRAL DO APOCALIPSE


APOCALÍPTICA

LIVRO DO APOCALIPSE



PARTE I

APOCALÍPTICA

Gênero Literário

Apocalíptico

História da Apocalíptica

Exemplos de Apocalipses

Características da

Apocalíptica

Sistemas de Interpretação

Gênero literário

Apocalíptico



Características da

Apocalíptica


GÊNERO LITERÁRIO APOCALÍPTICO

Apocalipse: do grego apocalyptein

Descobrir, revelar, tirar o véu, revelar um segredo


Não se trata de revelar o fim do mundo, mas revelar um plano divino, um projeto de Deus.


Apocalíptica: gênero literário e, consequentemente, um movimento

de espiritualidade que fornece esperança; não se trata de um gênero

que afirma que Deus vai destruir a realidade presente, mas que Deus

cumprirá sua promessa.


APOCALÍPTICA

x

APOCALIPSE

Gênero literário

Apocalíptico



Características da

Apocalíptica


HISTÓRIA DA APOCALÍPTICA

As raízes da literatura apocalíptica estão no profetismo.


Por volta do século III a.C. desaparecem os profetas e o profetismo.

A apocalíptica, por conseguinte, encaixa-se como uma continuação da profecia.


A História Sagrada se tece a partir da promessa:

Terra

Descendência


Em 586 a.C. acontece a grande catástrofe:

Israel é invadido pelo Império Babilônico e exilado. Isso coloca em xeque toda a fé de Israel.


O eco do exílio está no Salmo 137.

NOS RIOS DA BABILONIA.wmv


A fé afirma que Deus não falha e que não nega sua Palavra, mesmo

que a realidade presente não condiga com a promessa.


Começa-se, dessa maneira, a se questionar quando se dará esta

promessa.

É justamente aqui que nasce a literatura apocalíptica.

Gênero literário

Apocalíptico



Características da

Apocalíptica


EXEMPLOS DE APOCALIPSES

• Século II a.C.: Livro de Henoc, Livro dos Jubileus (é também chamado de Apocalipse de Moisés), Testamento dos Doze Patriarcas.

• Século I a.C.: Livros Sibilinos; Salmos de Salomão.

• Século I d.C.: IV Livro de Esdras; Ascensão de Isaías; Apocalipse de Abraão; Vida de Adão e Eva.

• Século II d.C.: Testamento de Abraão; Apocalipse de Baruc e Apocalipse de Sofonias.

Gênero literário

Apocalíptico



Características da

Apocalíptica


CARACTERÍSTICAS DA APOCALÍPTICA

1. REVELAÇÃO

No gênero profético prevalece o oráculo; na apocalíptica prevalece a visão (audição X visão)


1. REVELAÇÃO

Os objetivos dos apocalipses não são as descrições do passado, mas o

entender o futuro, que tem sua raiz no passado.


1. REVELAÇÃO

Os apocalipses, ao abordarem o futuro, podem ser mal interpretados gerando uma confusão

entre apocalíptica e escatologia.


2. PSEUDONÍMIA

A palavra “pseudonímia” é referente a “pseudônimo”.


2. PSEUDONÍMIA

Qual o motivo dessa escolha literária?

A Apocalíptica surgiu numa época em que não existiam profetas e, para um judeu, os

segredos divinos são revelados a um profeta.


3. CARÁTER ESOTÉRICO

Todos os apocalipses têm um caráter esotérico (= secreto, fechado, reservado).


4. INDETERMINISMO DA LINGUAGEM

Os apocalipses têm sempre uma linguagem indeterminada e aproximativa.

Exemplo de Indeterminismo da Linguagem

FALOU E DISSE

Gavião da minha foice não pega pinto.

Também a mão de pilão não joga peteca. O cabo da minha enxada não tem divisa. As meninas dos meus olhos não têm boneca.

TIO CARREIRO E PARDINHO FALOU E DISSE.wmv

A bala do meu revólver não tem açúcar, no cano da carabina não vai torneira. A porca

do parafuso nunca deu cria, na casa do João de Barro não tem goteira.

O cravo da ferradura não vai no doce. A

Serra da Mantiqueira nunca serrou. A pata do meu cavalo não bota ovo. Eu não vou

comer o pão que o diabo amassou.

Os quatro reis do baralho não têm castelo, também o quatro de paus não é de

madeira. Por onde o navio passa não tem asfalto. Caminho que vai na lua não tem

poeira.

Cachaça não dá rasteira e derruba a gente. A língua da fechadura não faz fofoca. Prá fazer este pagode não foi brinquedo, eu

me virei no avesso e não sou pipoca.


5. SIMBOLISMO

É uma das principais características da literatura apocalíptica.

Gênero literário

Apocalíptico



Características da

Apocalíptica


SISTEMAS DE INTERPRETAÇÃO

Sistema Escatológico

Aqui se lê o Apocalipse vendo nele os últimos fatos, isto é, o fim do mundo.


Sistema Histórico-antigo

O Apocalipse é uma descrição simbólica da história da Igreja do século I, ou seja, tudo o que

está no Apocalipse já aconteceu e o autor demonstra a ação de Deus na história.


Sistema Histórico-universal

O Apocalipse não é um livro nem do futuro e nem do passado: é do presente, ou seja, o que o

autor descreve em suas páginas está acontecendo agora.


Sistema Teológico-histórico

É a interpretação teológica da história. Analisamos o Apocalipse como uma leitura da história.

Aqui também dizemos que estamos nos últimos tempos (os últimos tempos, teologicamente falando, se tecem

entre a Encarnação até a Parusia). Aqui o leitor é chamado a fazer a interpretação para o

nosso tempo.


APOCALÍPTICA

LIVRO DO APOCALIPSE



PARTE II

O LIVRO DO APOCALIPSE

ESTRUTURA LITERÁRIA DO APOCALIPSE


O Apocalipse possui duas grandes partes:

1. Profética

2. Apocalíptica


Parte Profética: 1,9 - 3,22

• Visão inaugural (1,9-20)

• Cartas às Igrejas (2,1 - 3,22)


Parte Apocalíptica: 4,1 - 22,5

O fio condutor é a revelação a partir dos selos que vão sendo abertos


4,1-11: Visão do Trono de Deus e a Liturgia Celeste

Deus recebe o louvor

da totalidade da criação


5,1-14: Visão do Cordeiro

• Deus está num trono com um livro. Ele é o Senhor da história

• O Cordeiro Imolado é o único que possui poder e dignidade para abrir o livro.

• Ele é o único que nos faz compreender os desígnios de Deus na história.


6,1 - 8,1: Os Sete Selos

• Os livros, escritos em rolos de pergaminho ou papiro, eram enrolados e fechados com

selos/lacres.

• A cada lacre rompido apresenta-se uma realidade da terra.

• O sete será sempre o jogo “4 + 3”, isto é, a união do divino (3) com o humano (4).


6,1 - 8,1: Os Sete Selos

• Antes do sétimo selo interrompe-se a ordem e temos uma visão intermediária: os 144 mil marcados com o sinal na fronte (Cf. 7,1-17)

• Depois do silêncio no céu (= expectativa), no sétimo selo aparecem sete anjos que irão

tocar as sete trombetas.


8,1 - 9,21: Sete Anjos tocam as Sete Trombetas

As trombetas indicam que Deus age na história


10,1 - 11,14: Visão Intermediária

Duas testemunhas da Palavra são mortas, jogadas na praça e ressuscitam.


11,15: Sétima Trombeta

Aparecem no céu três grandes sinais (12,1 - 16,21):

1. Uma mulher vestida de sol.

2. Um enorme dragão que se serve de duas bestas.

3. Sete anjos com sete taças.


17-18: Juízo e Queda da Babilônia


19: Canto de Vitória e as Núpcias do Cordeiro


20: Mil Anos


21-22: Nova Jerusalém


Toda estrutura literária é construída a partir de setenários:

• Selos: simbolizam a realidade.

• Trombetas: simbolizam os “castigos” de Deus.

• Sinais: batalha entre Deus e o demônio.

• Sete taças: vitória de Deus.


APOCALÍPTICA

LIVRO DO APOCALIPSE



PARTE III


TEXTO 01: Ap 1, 9-20

Eu, João, irmão e companheiro de vocês neste tempo de tribulação, na realeza e na

perseverança em Jesus, eu estava exilado na ilha de Patmos, por causa da Palavra de Deus

e do testemunho de Jesus. No dia do Senhor, o Espírito tomou conta de

mim. E atrás de mim ouvi uma voz forte como trombeta, que dizia:

"Escreva num livro tudo o que você está vendo. Depois mande para as sete igrejas: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes,

Filadélfia e Laodiceia”.

Virei-me para ver a voz que me falava. E vi sete candelabros de ouro. No meio dos

candelabros estava alguém: parecia um filho de Homem, vestido de longa túnica; no peito, um cinto de ouro; cabelos brancos como lã,

como neve; os olhos pareciam uma chama de fogo; os pés eram como bronze no forno, cor de brasa; a voz era como o estrondo de águas

torrenciais; na mão direita ele tinha sete estrelas; de sua boca saía uma espada afiada,

de dois cortes; seu rosto era como o sol brilhante do meio-dia

Quando o vi, caí como morto a seus pés. Ele colocou a mão direita sobre mim e me

encorajou: "Não tenha medo. Eu sou o Primeiro e o Último. Sou o Vivente. Estive morto, mas estou vivo para sempre. Tenho as chaves da

morte e da morada dos mortos. Escreva o que você viu: tanto as coisas presentes como as que

devem acontecer depois delas. Quer saber o mistério das sete estrelas que você viu na minha mão direita? E dos sete candelabros de ouro? As sete estrelas são os Anjos das sete igrejas; e os

sete candelabros são as sete igrejas”.

VERSÍCULOS 09-10: APRESENTAÇÃO DA OBRA

Eu, João, irmão e companheiro de vocês neste tempo de tribulação, na realeza e na perseverança em Jesus,

eu estava exilado na ilha de Patmos, por causa da Palavra de Deus e do testemunho de Jesus. No dia do Senhor, o Espírito tomou conta de mim. E atrás de mim

ouvi uma voz forte como trombeta, que dizia:


QUEM É O AUTOR?

• O autor se autodenomina João.

• Define-se irmão e companheiro em 03 dimensões:

1. Tribulação. 2. Realeza.

3. Perseverança.


ONDE ESCREVEU?

• O autor se encontrava exilado na ilha de Patmos.

• O que o levou ao exílio foi a Palavra de Deus e o testemunho.


QUANDO TEVE A REVELAÇÃO?

Dia do Senhor


COMO TEVE A REVELAÇÃO?

• O autor diz como se efetua a revelação: foi movido no Espírito Santo.

• O modo como ele terá a visão não será por sonho, mas por êxtase.

• Ele ouviu uma voz como de trombeta (significa que possui uma voz possante, forte e estridente; voz forte é sempre a voz de Deus).

VERSÍCULO 11

Escreva num livro tudo o que você está vendo.

Depois mande para as sete igrejas:

Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes,

Filadélfia e Laodiceia.

VERSÍCULO 11

• O versículo 11 apresenta a ordem que o autor recebe: escrever as visões às sete Igrejas.

• O número sete indica perfeição e isso significa que o livro é destinado também à Igreja

Universal.

VERSÍCULO 12

Virei-me para ver a voz que me falava.

E vi sete candelabros de ouro.

VERSÍCULO 12

Esse versículo é explicado pelo versículo 20:

Quer saber o mistério das sete estrelas que

você viu na minha mão direita?

E dos sete candelabros de ouro?

As sete estrelas são os Anjos das sete igrejas;

e os sete candelabros são as sete igrejas.

VERSÍCULO 12

Vemos no simbolismo dos candelabros uma realidade eclesial.

VERSÍCULO 13

No meio dos candelabros estava alguém:

parecia um filho de Homem, vestido de longa túnica; no peito, um cinto de ouro.

VERSÍCULO 13

O autor do Apocalipse, ao ver, entre os candelabros, alguém como um filho de Homem,

está fazendo referência a Dn 7,13-14.

VERSÍCULO 13

Dn 7,13-14:

Em imagens noturnas, tive esta visão: entre as nuvens do céu vinha alguém como um filho de

homem. Chegou até perto do Ancião e foi levado à sua presença. Foi-lhe dado poder, glória e reino, e todos os povos, nações e

línguas o serviram. O seu poder é um poder eterno, que nunca lhe será tirado. E o seu reino

é tal que jamais será destruído.

VERSÍCULO 13

• Segundo Daniel, este homem desce do céu e vem como juiz.

• O autor do Apocalipse quer nos dizer que no âmbito eclesial há alguém que tem as

características de juiz.

• Este alguém está com uma túnica longa, símbolo do sacerdócio.

• Ele possui, à altura do peito, um cinto de ouro: ouro é nobreza, é realeza.

VERSÍCULO 13

O Ser que está no interior da Igreja é juiz, sacerdote e rei.

VERSÍCULO 14

Cabelos brancos como lã, como neve; os olhos pareciam uma chama de fogo.

VERSÍCULO 14

Cabelo branco, na literatura apocalíptica, significa sinal de eternidade.

VERSÍCULO 14

Seus olhos parecem chamas de fogo.

• Isso demonstra algo que penetra, que queima.

• Também pode ser entendido como conhecimento.

• Tal aspecto visualiza sua onisciência.

VERSÍCULO 15

Os pés eram como bronze no forno, cor de

brasa; a voz era como o estrondo de águas

torrenciais.

VERSÍCULO 15

Pés com aspecto de bronze incandescente demonstram um ser firme, estável.

VERSÍCULO 15

A voz é como o estrondo das águas: é a própria voz de Deus.

VERSÍCULO 16

Na mão direita ele tinha sete estrelas; de sua

boca saía uma espada afiada, de dois cortes;

seu rosto era como o sol brilhante do meio-dia.

VERSÍCULO 16

Sete estrelas são os anjos das sete Igrejas.

VERSÍCULO 16

Anjo significa o responsável, o líder da Igreja.

VERSÍCULO 16

Dizer que esse Ser tem as estrelas na mão direita significa dizer que esse Ser tem

autoridade sobre os líderes.

VERSÍCULO 16

De sua boca sai uma espada afiada de dois gumes: o que o Ser pronuncia atinge a todos.

VERSÍCULO 16

Seu rosto brilha: o brilho do sol é próprio de Deus, ou seja, este Ser é Deus.

VERSÍCULO 17

Quando o vi, caí como morto a seus pés.

Ele colocou a mão direita sobre mim e me encorajou:

“Não tenha medo. Eu sou o Primeiro e o Último”.

VERSÍCULO 17

"Não temas!" é a saudação do Ressuscitado.

VERSÍCULO 17

O Ser se define como o Primeiro e o Último, o que remete a Is 44,6:

Assim diz o Senhor, o Rei de Israel, seu redentor, Senhor dos exércitos: Eu sou o

primeiro, eu sou o último; fora de mim não existe outro Deus.

VERSÍCULO 18

O versículo 18 define o Ser como o Vivente.

VERSÍCULO 18

Há uma alusão clara, aqui, à morte-ressurreição. Ele tem poder sobre a morte e sobre o Hades

(mansão dos mortos).

VERSÍCULO 18

Dizer que o Ser tem a chave do Hades significa dizer que ele tem poder sobre os que já estão

sobre o poder da morte.

VERSÍCULO 19

Escreva o que você viu:

tanto as coisas presentes como as que devem acontecer depois delas.

VERSÍCULO 19

Nesse versículo temos a missão do vidente: consolar os fiéis mediante a escrita.

VERSÍCULO 20

Quer saber o mistério das sete estrelas que você viu na minha mão direita? E dos sete candelabros de

ouro? As sete estrelas são os Anjos das sete igrejas; e os sete candelabros são as sete igrejas.

VERSÍCULO 20

É um versículo explicativo.

O próprio Ser explica alguns símbolos.

RESUMINDO

O Ser que João vê é Deus, que se revela no interior de sua Igreja.

VISÃO INICIAL DO APOCALIPSE.wmv

TEXTO 02: QUATRO CAVALEIROS DO APOCALIPSE (Ap 6,1-8)

QUATRO CAVALEIROS DO APOCALIPSE

• A visão dos quatro cavaleiros está inserida dentro do processo de rompimento dos sete selos (6,1- 8,1)

• Os selos estão organizados em dois blocos: os 4 primeiros acontecem na terra e os outros 3 no céu

• 4 +3 = as coisas abrangem tanto a terra como o céu


Vi quando o Cordeiro abriu o primeiro

dos sete selos. E ouvi o primeiro dos

quatro Seres vivos falar como estrondo

de trovão: "Venha!". Vi então quando

apareceu um cavalo branco. O

cavaleiro tinha um arco, e deram para

ele uma coroa. Ele partiu vitorioso e

para vencer ainda mais.


Vi quando o Cordeiro abriu o segundo

selo. E ouvi o segundo Ser vivo dizer:

"Venha!". Apareceu então outro cavalo,

era vermelho. Seu cavaleiro recebeu

poder para tirar da terra a paz, a fim de

os homens se matarem uns aos outros.

E entregaram para ele uma grande

espada.


Vi quando o Cordeiro abriu o terceiro selo. E ouvi o terceiro Ser vivo dizer: "Venha!". Apareceu então um cavalo negro. O cavaleiro tinha na mão uma

balança.

Ouvi uma voz que vinha do meio dos quatro Seres vivos e dizia: "Um quilo de trigo por um dia de trabalho! Três quilos de cevada por um dia de trabalho! Não

danifiquem o óleo e o vinho".


Vi quando o Cordeiro abriu o quarto selo. E ouvi o quarto Ser vivo dizer:

"Venha!". Vi aparecer um cavalo esverdeado. Seu cavaleiro era a Morte.

E vinha acompanhado com o mundo dos mortos. Deram para ele poder sobre

a quarta parte da terra, para que matasse pela espada, pela fome, pela

peste e pelas feras da terra

(Ap 6,1-8)

O CAVALO BRANCO

Vi quando o Cordeiro abriu o primeiro dos sete selos. E ouvi o primeiro dos quatro Seres vivos falar como

estrondo de trovão: "Venha!". Vi então quando apareceu um cavalo branco. O cavaleiro tinha um

arco, e deram para ele uma coroa. Ele partiu vitorioso e para vencer ainda mais.

(Ap 6,1-2)

O CAVALO BRANCO

Quem abre o selo é o Cordeiro, o único que tem poder e dignidade.

O CAVALO BRANCO

É Cristo quem revela os desígnios de Deus.

O CAVALO BRANCO

Quando o selo é aberto, aparece um cavalo branco.

O CAVALO BRANCO

Branco indica a vitória de Cristo

O branco é a cor de Deus e Ele é vencedor.

Cf. Ap 19,11-13

O CAVALO BRANCO

Vi, então, o céu aberto: apareceu um cavalo branco e o seu cavaleiro se chama Fiel e Verdadeiro. Ele julga e combate com justiça. Seus olhos são chama de fogo.

Sobre sua cabeça há muitos diademas. E ele traz escrito um nome que ninguém conhece, a não ser ele mesmo. Está vestido de um manto embebido em sangue, e é

chamado pelo nome de Palavra de Deus.

(Ap 19,11-13)

O CAVALO BRANCO

• O fato de o cavaleiro ter na mão um arco significa que a vitória de Cristo não é para

agora, mas para o futuro, pois o arco atinge uma longa distância.

• O arco era a arma de guerra dos partos, único povo que os romanos não conseguiram

vencer. Isso indica que Cristo é invencível.

O CAVALO BRANCO

Imperialismo

O cavalo branco é o imperialismo, que provoca a guerra, a morte e a fome

(outros três cavalos).

O CAVALO BRANCO

Inocência

Humanidade antes do pecado original.

O CAVALO VERMELHO

Vi quando o Cordeiro abriu o segundo selo. E ouvi o

segundo Ser vivo dizer: "Venha!". Apareceu então outro

cavalo, era vermelho. Seu cavaleiro recebeu poder para

tirar da terra a paz, a fim de os homens se matarem uns

aos outros. E entregaram para ele uma grande espada.

(Ap 6, 3-4)

O CAVALO VERMELHO

O vermelho é a cor do sangue, do martírio.

O CAVALO VERMELHO

A espada é a arma de guerra.

O CAVALO VERMELHO

Esse cavalo indica as guerras.

O CAVALO NEGRO

Vi quando o Cordeiro abriu o terceiro selo. E ouvi o terceiro

Ser vivo dizer: "Venha!" Apareceu então um cavalo negro.

O cavaleiro tinha na mão uma balança. Ouvi uma voz que

vinha do meio dos quatro Seres vivos, e dizia: "Um quilo de

trigo por um dia de trabalho! três quilos de cevada por um

dia de trabalho! Não danifiquem o óleo e o vinho”.

(Ap 6,5-6)

O CAVALO NEGRO

O cavalo negro indica a fome, a carestia.

O CAVALO NEGRO

A balança indica o comércio.

O CAVALO NEGRO

Um quilo de trigo por um dia de trabalho! três quilos de cevada por um dia de trabalho! Não

danifiquem o óleo e o vinho!

Essa ordem dada indica uma extrema pobreza.

O CAVALO NEGRO

Por que o óleo e o vinho não são prejudicados?

• Óleo e o vinho eram os elementos do culto do Templo de Jerusalém.

• Vinho e óleo são as coisas supérfluas, ou seja, a carestia atinge o que é essencial à vida.

• Antes do Apocalipse ser escrito houve uma grande fome nesta região e, quanto mais seca se faz, melhor se faz o vinho e o azeite.

O CAVALO ESVERDEADO

Vi quando o Cordeiro abriu o quarto selo. E ouvi o quarto

Ser vivo dizer: "Venha!". Vi aparecer um cavalo

esverdeado. Seu cavaleiro era a Morte. E vinha

acompanhado com o mundo dos mortos. Deram para ele

poder sobre a quarta parte da terra, para que matasse pela

espada, pela fome, pela peste e pelas feras da terra.

(Ap 6,7-8)

O CAVALO ESVERDEADO

Temos um cavalo verde. O seu montador é a morte e atrás dela vem o Hades.

O CAVALO ESVERDEADO

Esse cavalo tem poder sobre uma quarta parte da terra.

Números quebrados indicam a não totalidade.

A morte não tem domínio total.

O CAVALO ESVERDEADO

A morte pode atingir a humanidade pela espada, pela fome, pelas pestes e pelas feras.

O CAVALO ESVERDEADO

Esses cavalos não são estanques, eles coexistem a agem ao mesmo tempo.

RESUMINDO

O Cordeiro abre os selos e revela a nossa realidade:

Nossa realidade é uma mescla simultânea de dores e lutas, mas Deus sempre está conosco.

TEXTO 03: AS DUAS TESTEMUNHAS (Ap 11,1-13)

AS DUAS TESTEMUNHAS

Depois disso, deram-me um bastão parecido com vara e

me disseram:

"Levante-se e tire as medidas do templo de Deus, do altar

e dos que estão lá em adoração. Deixe de lado o pátio

externo do Templo; não precisa medi-lo; pois o pátio foi

entregue ao poder das nações; elas vão pisar a Cidade

Santa durante quarenta e dois meses. Mas eu vou permitir

que minhas duas testemunhas possam profetizar, vestidas

de pano de saco, durante mil duzentos e sessenta dias”.

AS DUAS TESTEMUNHAS

Essas duas testemunhas são as duas oliveiras e os dois candelabros que estão diante do

Senhor da terra. Se alguém quiser prejudicá-las, um fogo sairá de sua boca e devorará seus inimigos. Sim, se alguém quiser prejudicá-las, é assim que vai morrer. Elas têm o poder de

fechar o céu para que não caia nenhuma chuva enquanto durar sua missão profética. Elas têm também o poder de transformar as

águas em sangue. E quantas vezes elas quiserem, podem ferir a terra com todo tipo de

praga.

AS DUAS TESTEMUNHAS

Quando elas terminarem o seu testemunho, a Besta que

sobe do Abismo vai combater contra elas, vai vencê-las

e matá-las. E os cadáveres das duas testemunhas vão

ficar expostos na praça da Grande Cidade. Esta cidade

se chama simbolicamente Sodoma e Egito, onde foi

crucificado também o Senhor delas. Gente de todos os

povos, raças, línguas e nações veem seus cadáveres

durante três dias e meio. E não deixam que os corpos

sejam sepultados. Os habitantes da terra fazem festa

pela morte das testemunhas, ficam alegres, e trocam

presentes, porque estes dois profetas haviam

incomodado os habitantes da terra.

AS DUAS TESTEMUNHAS

Depois dos três dias e meio, um sopro de vida veio de Deus e penetrou nos dois profetas. E eles

ficaram de pé. Todos aqueles que os contemplavam ficaram com muito medo. Ouvi então uma voz forte vinda do céu e chamando os dois: "Subam para cá!"

Eles subiram ao céu na nuvem, enquanto os inimigos ficaram aí olhando. Na mesma hora

aconteceu um grande terremoto. A décima parte da cidade desmoronou, e sete mil pessoas morreram

no desastre. Os sobreviventes ficaram apavorados e deram glória ao Deus do céu.

(Ap 11,1-13)

REFERÊNCIA BÍBLICA

A descrição das duas testemunhas inspira-se em Zc 4,1-14:


Zc 4,1-14:

O anjo que estava conversando comigo voltou e me fez acordar, como se estivesse despertando alguém do sono. Ele perguntou: "O

que você está vendo?" Respondi: "Vejo um candelabro todo de ouro, tendo na ponta um reservatório de azeite e sete lâmpadas nos sete bicos que há na extremidade. E junto dele vejo também

duas oliveiras, uma à direita e outra à esquerda”. Então perguntei ao anjo que falava comigo: "O que significam essas coisas, meu

senhor?". O anjo que falava comigo respondeu: "Você não sabe o que significam essas coisas?" Respondi: "Não, meu senhor".


Então ele me explicou: "As sete lâmpadas são os olhos do

Senhor, que percorrem toda a terra". Esta é a mensagem do

Senhor para Zorobabel: Não será com o poder nem com a força,

será com o meu espírito, diz o Senhor dos exércitos. Quem é

você, grande montanha? Diante de Zorobabel você se tornou

apenas uma planície, de onde ele tira a primeira pedra aos

gritos: "Graças a ela! Graças a ela!". A palavra do Senhor foi

dirigida a mim para explicar: "As mãos de Zorobabel lançaram

os fundamentos deste Templo; suas mãos irão terminá-lo. Assim

vocês ficarão sabendo que foi o Senhor dos exércitos quem me

mandou a vocês. Pois quem desprezou o dia de pequenos

acontecimentos? Que eles se alegrem vendo a pedra escolhida

na mão de Zorobabel".


Eu lhe perguntei: "O que significam as duas oliveiras, uma à direita e outra à esquerda do

candelabro?". E tornei a perguntar: "O que significam esses dois ramos de oliveira que

vertem azeite dourado por dois bicos de ouro?". Ele me respondeu: "Você não sabe o que significam essas coisas?" Eu respondi:

"Não, meu senhor". Ele me explicou: "São os dois homens ungidos que estão de pé diante

do Senhor de toda a terra“.


A descrição das duas testemunhas inspira-se em Zc 4,1-14, um texto que o judaísmo aplicava a

grandes personagens da era messiânica.

MEDIR O TEMPLO

Depois disso, deram-me um bastão

parecido com vara e me disseram:

“Levante-se e tire as medidas do templo de

Deus, do altar e dos que estão lá em

adoração”. (Ap 11,1)

MEDIR O TEMPLO

Medir alguma coisa significa preservar ou destruir.

O TEMPO DA PERSEGUIÇÃO

Deixe de lado o pátio externo do Templo; não precisa medi-lo, pois o pátio foi

entregue ao poder das nações; elas vão pisar a Cidade Santa durante quarenta e

dois meses.

(Ap 11,2)


O número 42 meses sempre indica perseguição.


Essa numeração foi tirada de Dn 7,25:

Blasfemará contra o Altíssimo e perseguirá seus santos; pretenderá modificar o

calendário e a lei de Deus. Os fiéis serão entregues em suas mãos por três anos e

meio.


Na Bíblia o número 42 determinará sempre período de perseguição, assim como 1260 dias.


Haverá uma parte da Igreja (átrio externo) que sucumbirá à perseguição.

TESTEMUNHO NA PERSEGUIÇÃO

Mas eu vou permitir que minhas duas

testemunhas possam profetizar, vestidas de

pano de saco, durante mil duzentos e

sessenta dias.

(Ap 11,3)


1260 dias

Durante o tempo de perseguição temos duas testemunhas que irão profetizar, ou seja, mesmo sendo perseguida, há gente de dentro da Igreja

que continuará profetizando

(= duas testemunhas).


Elas estão vestidas de saco (= veste de penitência).

AS OLIVEIRAS DA IGREJA

Essas duas testemunhas são as duas

oliveiras e os dois candelabros que estão

diante do Senhor da terra.

(Ap 11,4)


Aqui se faz referência a Zc 4,3.14.


Para Zacarias, as duas oliveiras eram os príncipes Zorobabel e o sumo-sacerdote Josué, que lideraram

a volta do exílio e lutaram pela reconstrução de Jerusalém.


Estas duas testemunhas têm a característica de Josué e Zorobabel e possuem o objetivo de

reconstruir a Igreja

(= oliveiras da Igreja).

REFERÊNCIA A ELIAS

Se alguém quiser prejudicá-las, um fogo

sairá de sua boca e devorará seus inimigos.

Sim, se alguém quiser prejudicá-las, é

assim que vai morrer.

(Ap 11,5)

REFERÊNCIA A ELIAS

Há referência ao profeta Elias que mata rebeldes com fogo:

REFERÊNCIA A ELIAS

2Rs 1,9-10

Então mandou um oficial com cinquenta soldados buscar Elias. O oficial subiu à procura de Elias, o encontrou sentado no alto do monte e lhe disse:

"Homem de Deus, o rei manda você descer". Elias respondeu: "Se eu sou homem de Deus que um raio

caia e queime você e seus cinquenta soldados". Então um raio caiu e queimou o oficial e os seus

cinquenta soldados.

REFERÊNCIA A ELIAS E MOISÉS

Elas têm o poder de fechar o céu para que não caia nenhuma chuva enquanto durar sua missão

profética. Elas têm também o poder de transformar as águas em sangue. E quantas vezes elas

quiserem, podem ferir a terra com todo tipo de praga.

(Ap 11,6)


Nova referência a Elias

Elias, o tesbita de Tesbi de Galaad, disse ao rei Acab: "Pela vida do Senhor, o Deus de Israel, a

quem sirvo: nestes anos não haverá orvalho nem chuva, a não ser quando eu mandar”.

(1Rs 17,1)


Essas duas testemunhas têm as características de Elias, que fechou o céu por três anos e meio

por causa da idolatria de Acab e Jezabel.


Referência a Moisés

Elas podem transformar a água em sangue.


Portanto, assim diz o Senhor:

Com isto, você ficará sabendo que eu sou o

Senhor: com esta vara que tenho na mão,

vou tocar as águas do rio e elas se

transformarão em sangue.

(Ex 7,17)


Essas testemunhas têm características dos dois grandes homens do Antigo Testamento.


As testemunhas possuem como fundamento a Lei e a Profecia.

TESTEMUNHO COMO MARTÍRIO

Quando elas terminarem o seu testemunho,

a Besta que sobe do Abismo vai combater

contra elas, vai vencê-las e matá-las.

(Ap 11,7)

TESTEMUNHO COMO MARTÍRIO

O testemunho exige a entrega da própria vida.

EXPOSTOS NA PRAÇA

E os cadáveres das duas testemunhas vão

ficar expostos na praça da Grande Cidade.

Esta cidade se chama simbolicamente

Sodoma e Egito, onde foi crucificado

também o Senhor delas.

(Ap 11,8)

EXPOSTOS NA PRAÇA

Várias vezes no Antigo Testamento Sodoma é evocada como protótipo de uma cidade

pecadora e o Egito como imagem das potências idólatras.

EXPOSTOS NA PRAÇA

Essa cidade é depravada e oprime a Igreja e é o lugar que o Senhor foi crucificado.

Trata-se de Jerusalém ou Roma.

EXPOSTOS NA PRAÇA

Jerusalém sempre foi considerada o símbolo da resistência e o Senhor foi morto lá.

EXPOSTOS NA PRAÇA

Pode ser também Roma. Como o Senhor foi crucificado em Roma?

Trata-se da morte dos cristãos.

TRÊS DIAS E MEIO

Gente de todos os povos, raças, línguas e

nações veem seus cadáveres durante três

dias e meio. E não deixam que os corpos

sejam sepultados.

(Ap 11,9)

TRÊS DIAS E MEIO

A humanidade toda verá os seus cadáveres durante três dias e meio:

Número imperfeito e, em comparação com os 42 meses, trata-se de um número muito pequeno.

TRÊS DIAS E MEIO

O tempo de testemunhar da Igreja é muito maior que o tempo de vitória dos inimigos da Igreja.

O SOPRO DO SENHOR

Depois dos três dias e meio, um sopro de vida veio de Deus e penetrou nos dois profetas. E

eles ficaram de pé. Todos aqueles que os contemplavam ficaram com muito medo.

(Ap 11,11)

O SOPRO DO SENHOR

Três dias e meio

Um curto tempo

O SOPRO DO SENHOR

Sopro de vida

Retoma-se aqui a profecia de Ezequiel:

O SOPRO DO SENHOR

Assim diz o Senhor a esses ossos:

Vou infundir um espírito e vocês reviverão. Profetizei conforme ele havia mandado. O

espírito penetrou neles, e reviveram, colocando-se de pé. Era um exército

imenso.

(Ez 37, 5.10)

ASCENSÃO DAS TESTEMUNHAS

Ouvi então uma voz forte vinda do céu e chamando os dois:

"Subam para cá!“.

Eles subiram ao céu na nuvem, enquanto os inimigos ficaram olhando.

(Ap 11,12)


Há uma ascensão das testemunhas aos olhos dos inimigos.


O fato de se falar de uma ressurreição e uma ascensão é um simbolismo:

A pregação dessas testemunhas continuará por meio de outras pessoas.


Subir ao céu é a recompensa de Deus.

RESUMINDO

Quem são essas duas pessoas?

Tudo nos leva a pensar que o autor tinha em mente Pedro e Paulo: morrem em Roma pela Besta (Nero) e o fato de reviverem significa que a Igreja revive.

RESUMINDO

• As duas testemunhas indicam qualquer cristão que dá testemunho.

• Pedro e Paulo são exemplo, mas não os únicos.

• As duas testemunhas são todas as testemunhas da Igreja.

RESUMINDO

Na imagem das testemunhas temos a própria Igreja

recapitulando o testemunho de Moisés e Elias e do próprio Cristo,

morto e ressuscitado em Jerusalém.

RESUMINDO

Nós somos as testemunhas de Deus.

TEXTO 04: A MULHER REVESTIDA DE SOL (Ap 12,1-2)

O SINAL NO CÉU

Apareceu no céu um grande sinal: uma Mulher

vestida com o sol, tendo a lua debaixo dos pés, e

sobre a cabeça uma coroa de doze estrelas.

Estava grávida e gritava, entre as dores do parto,

atormentada para dar à luz.

(Ap 12,1-2)

QUEM É ESTA MULHER?

A figura não é Maria.


A mulher aqui é a Igreja, que tem as características

de Maria.


Como Maria é a mãe da Cabeça, a Igreja se toma o protótipo para todos os membros.


A Igreja tem características marianas.


Essa Igreja tem dupla dimensão:

Celeste e Terrestre.


Dimensão Celeste da Igreja:

• Está vestida do sol

• Lua debaixo dos pés: transcendência

• Coroa: a Igreja já reina

• Doze estrelas: é uma Igreja universal


Dimensão Humana da Igreja:

• Está grávida e sente dores de parto

• Ainda gera os filhos de Deus (Igreja missionária)

TEXTO 05: AS DUAS BESTAS (Ap 13,1-13)

AS DUAS BESTAS

Vi, então, uma Besta que subia do mar. Tinha dez chifres e sete cabeças. Em cima dos chifres havia

dez diademas e nomes blasfemos sobre as cabeças. A Besta que eu vi parecia uma pantera. Os pés eram de urso, e a boca era de leão. O Dragão entregou para A Besta o seu poder, o seu trono e

uma grande autoridade. Uma das cabeças da Besta parecia ferida de morte, mas a ferida mortal foi

curada. A terra inteira se encheu de admiração e seguiu a Besta e adorou o Dragão por ter entregado a autoridade à Besta. E adoraram também a Besta, dizendo: "Quem é como a Besta? E quem pode lutar

contra ela?".

AS DUAS BESTAS

A Besta recebeu uma boca para dizer insolências e blasfêmias. Recebeu também poder para agir durante quarenta e dois meses. Então a Besta abriu a boca em blasfêmias contra Deus, blasfemando contra seu Nome e sua morada santa e contra os que moram no céu. Foi

permitido a ela guerrear contra os santos e vencer. Recebeu autoridade sobre toda tribo, povo, língua e

nação. Então todos os habitantes da terra adoraram a Besta. Mas, o nome deles não está escrito desde a

criação do mundo no livro da vida do Cordeiro imolado. Se alguém tem ouvidos, ouça: Se alguém está destinado à prisão, irá para a prisão. Se alguém deve morrer pela

espada, é pela espada que deve morrer. Aqui se fundamenta a perseverança e a fé dos santos.

AS DUAS BESTAS Depois disso, vi outra Besta sair da terra. Tinha dois chifres

como cordeiro, mas falava como dragão. Esta segunda Besta

exerce toda a autoridade na presença da primeira Besta. Ela faz

com que a terra e seus habitantes adorem a primeira Besta, cuja

ferida mortal tinha sido curada. A segunda Besta opera grandes

maravilhas: faz cair fogo do céu sobre a terra, à vista dos

homens. Por causa do poder de fazer essas maravilhas, sempre

na presença da primeira Besta, a segunda Besta acaba

seduzindo os habitantes da terra. Ela seduz a humanidade a

fazer uma imagem em honra da Besta que tinha sido ferida pela

espada, mas que voltou à vida. Foi-lhe permitido até mesmo

infundir espírito na imagem da primeira Besta, de modo que esta

pudesse falar e fazer com que morressem todos os que não

adorassem a imagem da primeira Besta.

AS DUAS BESTAS

A segunda Besta faz também com que todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e

escravos, recebam uma marca na mão direita ou na fronte. E ninguém pode comprar nem

vender se não tiver a marca, o nome da Besta ou o número do seu nome. Aqui é preciso

entender: quem é esperto, calcule o número da Besta; é um número de homem; o número é

seiscentos e sessenta e seis.

(Ap 13.1-13)

DUAS BESTAS

As bestas têm origens diferentes:

• uma do mar: Vi, então, uma Besta que subia do mar (Ap 13,1)

• outra da terra: Depois disso, vi outra Besta sair da terra. Tinha dois chifres como cordeiro,

mas falava como dragão. (Ap 13,11)

A BESTA QUE VEM DO MAR

A besta que vem do mar possui dez chifres, sete cabeças; sobre os chifres, dez diademas e sobre a

cabeça um nome blasfemo: são as mesmas características do dragão:


Apareceu, então, outro sinal no céu: um

grande Dragão, cor de fogo. Tinha sete

cabeças e dez chifres. sobre as cabeças

sete diademas.

(Ap 12,3)


A besta que vem do mar é a personificação do demônio.


Dez diademas são dez reis que fazem pacto com ela.


O nome blasfemo é uma referência aos títulos dos imperadores romanos.

DESCRIÇÃO DA BESTA

A Besta que eu vi parecia uma pantera. Os

pés eram de urso, e a boca era de leão. O

Dragão entregou para A Besta o seu poder,

o seu trono e uma grande autoridade.

(Ap 13.2)


A Besta se parece com alguns animais: pantera, pés de urso e boca de leão.

Esses animais são tirados de Dn 7,2-8:


Dn 7,2-8

Durante a noite, tive esta visão: os quatro ventos reviravam o mar

imenso. Quatro enormes feras surgiram do meio do mar, cada uma

diferente da outra. A primeira parecia um leão com asas de águia. Eu

estava olhando, quando lhe arrancaram as asas e as patas foram se

erguendo do chão: ela ficou de pé como um homem, e deram-lhe um

coração de gente. Depois apareceu uma segunda fera, que parecia um

urso. Estava de pé de um lado só e tinha na boca três costelas entre

os dentes. Disseram-lhe: "Vamos! Coma bastante carne". Depois vi

uma outra fera parecida com leopardo. Tinha no lombo quatro asas de

ave e quatro cabeças. E lhe deram o poder.


Em seguida, tive outra visão noturna: Vi uma quarta fera, que era medonha, terrível e muito forte. Tinha enormes dentes de ferro, com os quais comia e esmagava tudo, e macetava

com os pés o que sobrava. Era diferente das outras feras, porque tinha dez chifres Eu

observava esses chifres, quando no meio deles apontou um outro chifre pequeno. Os três

chifres que estavam mais perto deste foram arrancados para lhe ceder o lugar. Nesse chifre

havia olhos humanos e uma boca que falava com arrogância.


A Besta é o que os animais representavam para o profeta:

uma potência militar.


A Besta que vem do mar é o Império Romano.


O Império Romano é o demônio personificado.

CABEÇA FERIDA DA BESTA

Uma das cabeças da Besta parecia ferida

de morte, mas a ferida mortal foi curada. A

terra inteira se encheu de admiração e

seguiu a Besta.

(Ap 13,3)


A cabeça ferida pode aludir a dois elementos históricos:


Morte de Júlio César (cabeça ferida) e subida de Cesar Augusto (restabelecimento)


Morte de Nero:

o Império sofre com sua morte e ressurge com Vespasiano.

A BESTA QUE VEM DA TERRA

Depois disso, vi outra Besta sair da terra.

Tinha dois chifres como cordeiro, mas falava

como dragão.

(Ap 13,11)


A primeira besta vem do mar

Lugar dos demônios e, para quem está na Ásia, é o caminho da Itália.


A segunda besta vem da terra

Ela tem dois chifres de cordeiro (= pequeno), ou seja, esta besta possui um pequenino poder

político, mas ela fala como um dragão, isto é, seu poder não está nos chifres, mas na palavra.


A segunda besta está em função da primeira e ela faz com que os habitantes da terra adorem a

primeira besta.


Esta pequena besta é o culto do imperador.


A segunda Besta é o poder religioso do Império Romano.

A primeira besta é o poder político do Império.

A EXCLUSÃO MEDIANTE AS BESTAS

E ninguém pode comprar nem vender se

não tiver a marca, o nome da Besta ou o

número do seu nome.

(Ap 13,17)

A EXCLUSÃO MEDIANTE AS BESTAS

Os que não prestavam culto ao Imperador eram excluídos socialmente de toda relação, inclusive comercial; suas casas eram marcadas e viviam às

margens da sociedade.

O NÚMERO DA BESTA

Aqui é preciso entender: quem é esperto, calcule o número da Besta; é um número de homem; o número é seiscentos e sessenta e

seis.

(Ap 13,18)

O NÚMERO DA BESTA

A besta tem um número, que é seu nome, é um nome em código: 666.

O NÚMERO DA BESTA

Alguns manuscritos trazem o número 616.

O NÚMERO DA BESTA

Ao colocar um número, o autor do Apocalipse dá a possibilidade de várias interpretações.

O NÚMERO DA BESTA

O número da besta é uma gematria:

Correspondência entre as letras do alfabeto (tanto hebraicas como gregas) e os números.

O NÚMERO DA BESTA

O 666 corresponderia em hebraico a Neron Qesar:

N (50) R (200)

W (6) N (50)

Q (100) S (60)

R (200)

O NÚMERO DA BESTA

O 616 corresponderia em grego Kaiser Theós.

O NÚMERO DA BESTA

Alguns afirmam que o número 666 significaria a imperfeição radical, uma vez que o sete é a

perfeição.

RESUMINDO

A besta nos é apresentada com traços que sugerem seu parentesco com o Dragão de Ap 12 e evocam

também os quatro animais de Dn 7,2-8.

Na visão de Daniel, as bestas simbolizavam os impérios.

RESUMINDO

A besta simboliza o poder imperial romano, potência perseguidora que quer usurpar os

títulos e poderes divinos.

Daí a menção de nomes blasfemos que ela traz.

RESUMINDO

Deve-se fazer uma aproximação com a descrição da besta em Ap 17, 3.7-12:

RESUMINDO

Um dos Anjos das sete taças veio me convidar: "Venha! Vou lhe mostrar como será julgada a grande prostituta que está sentada

à beira de muitas águas. Os reis da terra se prostituíram com ela. Os habitantes da terra ficaram bêbados com o vinho da sua prostituição. E o Anjo me levou em espírito até o deserto. Aí eu vi uma mulher sentada sobre uma Besta de cor escarlate, cheia de títulos blasfemos. A Besta tinha sete cabeças e dez chifres. A

mulher usava vestido cor de púrpura e escarlate. Estava toda enfeitada de ouro, pedras preciosas e pérolas. Tinha na mão um cálice de ouro cheio de abominações, que são as impurezas de sua prostituição. Na fronte da mulher estava escrito um nome misterioso: "Babilônia, a Grande, a mãe das prostitutas e das

abominações na terra."

RESUMINDO

Reparei que a mulher estava embriagada com o sangue

dos santos e com o sangue das testemunhas de Jesus.

Vendo a mulher, fiquei profundamente admirado. O Anjo,

porém, me disse: "Por que você está admirado? Vou

explicar-lhe o mistério da mulher e da Besta com sete

cabeças e dez chifres que carrega a mulher. A Besta que

você viu, existia, mas não existe mais. Ela está para subir

do Abismo, porém caminha para a perdição. Os habitantes

da terra vão ficar admirados ao verem a Besta. São esses

que desde a fundação do mundo não têm seu nome

escrito no livro da vida. Ficarão admirados porque a Besta

existia, não existe mais, mas vai aparecer de novo.

RESUMINDO

Aqui é preciso ter inteligência para

entender: as sete cabeças são sete montes,

sobre os quais a mulher está assentada.

São também sete reis. Cinco já caíram, um

existe, e o outro ainda não veio; mas,

quando vier, ficará por pouco tempo. A

Besta que existia e não existe mais, ela

mesma é o oitavo rei, e é também um dos

sete, mas caminha para a perdição.

RESUMINDO

Os dez chifres que você viu são dez reis, que ainda não receberam um reino. Estes, porém, receberão autoridades como reis por uma hora apenas, juntamente com a Besta. Esses reis pensam a mesma coisa: entregar o poder e a autoridade para a Besta. Todos juntos farão guerra contra o Cordeiro. Mas o Cordeiro os

vencerá, porque o Cordeiro é Senhor dos Senhores e Rei dos reis. E com ele, vencerão

também os chamados, os escolhidos e os fiéis”.


APOCALÍPTICA

LIVRO DO APOCALIPSE



PARTE IV




Por meio do gênero apocalíptico, o autor nos mostra que o nosso mundo pode ser caótico, mas os cristãos são

chamados a perceber a ternura de Deus e orientar sua existência para a

Nova Jerusalém.


Vi, então, um novo céu e uma nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra desapareceram e o mar já não existia. Eu vi descer do céu, de junto de

Deus, a Cidade Santa, a nova Jerusalém, como uma esposa ornada para o esposo.

(Ap 21,1-2)

A NOVA JERUSALÉM

"Eu, João vi a Cidade Santa Nova Jerusalém, que de Deus

Descia do céu preparada, Como uma esposa adornada

Para seu marido."

Venha ver! Venha ver! Venha ver!

Vejo descendo.

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A NOVA JERUSALÉM

E uma grande voz do céu dizia: "Eis o tabernáculo de Deus com

os homens, pois com eles habitará, E eles serão seu povo."

E o mesmo Deus estará com eles

E será seu Deus.

Ruas de ouro. Ruas de ouro. Ruas de ouro, brilhando tanto.

Pérolas, Portas de pérolas Pérolas. Estão abertas.

A NOVA JERUSALÉM

E Deus limpará de seus olhos Toda lágrima,

E não haverá mais morte nem pranto, Nem clamor, nem dor.

Porque já as primeiras coisas São passadas.

Tudo novo, Tudo novo Eis que tudo, tudo é novo.

Estas palavras, Estas palavras

São fiéis e verdadeiras.

A NOVA JERUSALÉM

"Eu, João vi a Cidade Santa Nova Jerusalém, que de Deus

Descia do céu preparada, Como uma esposa adornada

Para seu marido."

Venha ver! Venha ver! Venha ver!

Vejo descendo,

Ruas de ouro, Ruas de ouro Ruas de ouro, brilhando tanto.

Pérolas, Portas de perolas

Pérolas. Estão abertas

Tudo é novo, Tudo é novo Eis que tudo, tudo é novo.

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