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PLANO . ·o A . REFORMA . . D "A S O C· IEDA D E DO THEATRO NACIONAL DA RUA DOS CONDES. Para ser additado ás Instrucções 1 ou Regulamento Ptovi• sorio da mesma Sociedade, que fora Approvado pela Portaria. Régia de 3 de Fevereiro de i 8 1 2. ' I t I S B O A. 1 8 1 9. --·-"''''iililiiiiiiiiiHIIJHIIIIIHIIIlllllltlllln .. ,"" "" ......... .. ,_.. . r NA TYPOGRAF .IA DE . I , . ( ' I• .·, ,· . .'i . I . 'I

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PLANO. ·o A . REFORMA . .

D " A S O C· IEDA D E

DO

THEATRO NACIONAL DA

RUA DOS CONDES. Para ser additado ás Instrucções 1 ou Regulamento Ptovi•

sorio da mesma Sociedade, que fora Approvado pela Portaria. Régia de 3 de Fevereiro

de i 8 1 2.

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A Vista do que propõe na sua Inforn1açaõ de trinta e hum de Niarço proximo passado ácerca do arranjo de Re­forma da Sociedade do Theatro da Rua dos Condes; tenho a dizer a Vossa. Mercê, que fica Approvada a deliberaçaõ que tomou a este respeito, para assiin proseguir, dando to­das, as providencias que forem necessarias ,. a fim de se ob­servar pela dita Sociedade, no estado em que fica, . o de­terminado nas Instrucções Approvadas pela Portaria 'Régia de tres de Fevereiro de mil oitocentos e doze; e bem assim o que se contém rio Plano de llefol'ma·, ultimamente propos­to pelo Director, que achará incluso, e junta mente a Re­laçaô dos Socios no estado actual da Sociedade, seus ven­cimentos ou orden::dos, e gratificações. J)eos guarde a Vos­sa iVlereê. Lisboa cinco de Abril de 1nil oitoceH tos e dezeno­ve. = Joaõ de lVIattos e Vasconcellos Barbozá de Maga­lhães. = Senhor Desembargador Correg:edor do Cri1ne do Bairro de Alfama, Inspecto,r do Theatro da Rua dos Con­des. = Cumpra-se., e para ficar constando como regra o Escrivaõ tire Cópia authen tica deste A viso, para se dar con1 os mais papeis que vem juntos, e Plano de Reforma ao Di­rector, e Caixa da Sociedade. Lisboa dez de Abril de mil oitocentos e dezenove. = lVlaciel Monteiro. =

E copiado ·fielmente o conferi com o proprio a q'\.1~ 1ne reporto , e por verdade 1ne assigno ..

José Joaquim Galvaõ.

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_ Çhando.;.se sobejamente . demonstràda a necessida• fie que ha de hum a refórma na Sociedade dos Actores, e 4!tifices qo Theatro Nacional,, naô só respectivairi~nte aos p~d·e~ado11, de alguns que constituem o. dito Corpo Sodal ., ~as tambem a diversos outros respeitos; a fim de qu~ esta possa progredi1' com vantagem, e continuar a merecer o ll~al · Amparo, e Protecçaõ, coll1 que atégota tem sido hon­{ada: o Director ., ouvindo os Soei os Representantes, tem \raçado o Plano . de Refónna seguinte, que offerece a V. S. a, para que achando-o justo, o le\·e á Real Presença de SUA MAGESTADE, entrepondo ao mesmo tempo o seu pare­qer, a fint de que possa Deliberar com pleno conhecimento de causa; e Oio'nando-se SUA . MAGESTADE de Approva­lo, V. S. a dep

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ois mandar intima-lo pelo respectivo Inspe­~tor á Sociedade, com a liberdade porém de cada Soei o po­de.r sahir, como sempre teve, naõ lhe convindo 6.car da ma­neÍra, estabelecida, e lavrando-se de tudo Tenno, para ficar ~vi11do de Norma á Sociedade :que existir. : .· . Como o Capital de cada Socio, na razaõ do qual se gaüha; ~u perde, l~e o seu ordenado 1 estimado este pelo seu pres\i.mo, e fa.d1g~, · ou estas sejaõ desempenhadas so-· h.re .~ Seena, ou ~fór~ della, segue•se por: h uma. necessaria eo:n$·equénda', que segundo. as vicissitudes d~ vida humana, no.J~U~<> de .anlio!i~ alg~ns destes Socios deveráõ ·augmen~ar de· ordenado., at~}n~ntando d~ mérit~, e emprega~do TQaio·

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res fadigas na Socied~de ,; o que por vezes já se tem reali­zado; e outros deveráõ diminuir, naõ podendo, ou por suas idades , ou por suas Inolestias, empregar as mesmas · fadi­gas, como outr'ota empregátaõ, chegando até mesmo a i_nu­tilizar-se de todo, o que tendo-se verificado em varios, ain­da atógora naõ foi providenciado, em grave prej uizo dos Socios Activos. Admittido pois o princípio, que sempre ser­vio de base a esta Sociedade, desde o seu começo, que o

· 1'rabalho de cada Socio., he o seu Capital em Sociedade, aquelle que já naõ póde trabalhar, carece inteirarnente de

· Capital~ á vis ta pois de taõ ponderosas razões, pareceo jus­.t.o excluir de Socios, aquelles que se achavaõ 1u~s referidas circunstancias ; assim como tambem 1nutilar os Ordenados de outros, que t endo dim1nu1do de prest1mo , e fª'~hgas, deven1 na mesma razaõ_ diminuir ele Capi~al; e po,{1isso ·se adopt ou, que: por .agora fiqne ·tegulada ':a nova Fériha-Soeial tia .maneira que vai ]·unta a'· ésta Rf:·pl!esentaeaõ' ,· .. :-e p-ata -- o

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futuro ·:taclos ·os anno~ se faça :n0va · re forrría, havendó -- moti .. yo pafa ella ·, augmentandó ,' di rn i ~\ ui ndo; btfdesp:e'dindo 'OS' . Socíos-·; ·-que se acharem em : cada h ~nna· das respeêtivas cií·:.. 5cunstan cias. . · · · · .. . .· · ·. Naõ seüdo porém da· intet)Çaõ da Sociedade-~ · que os cinco Socios·' que pGlas -razões .. expostas , ucaõ excluidos de psçrem ; . resteni inteiram·ente abaJidon:arlos a si mesmos, setn alg·um .soccorro, com que póssaõ remir as necessidades ·da'

. vida; a' dita · Sociedade existente se presta cordialmente, e . <~Otn a maior unanimidade ·; a dar a cada huru delles · húnt · J)onativo ,' proporcionado ao prestiüio, e fadigas·, que n'ou­

. tro tetnpo : e1npreg áraõ na Sociedade, de que sabem, ficaü­do inteira1nente .izentos de participarem de lucros, ou de ·perdas., ·:quê . possa ter ·a Sociedade, por· isso mesmo que naô . saõ ijfu:interes~ados 'lieHa •. . ·, · .. · ·

1 · ·: Ig~ahnente : tendo sido creada a Sociedade com hum ·. · ·Director, ;·:e ;:dois~ Socios Representantes, . e tendo•se depois

· ct:e~o. o.utros dois, pela accumnlaçaõ de Lugares Adminis­- tratÍ~.Q~I;1rpr~duziáa pela .anliexa-çaõ .. ·.:dp_; Thea tro : de · S. ·Car-

. k>.s: ~:~a~.a poréni qu~ a Sociedade seacha·reSllm.ida· ao'Thea~ ~ro-r~a.eibm:!l; Jial;e.éeo ta1nbein Justo, · ·cass~r dois do~· :ditos RepJ.:e:3e.~~tatites~ftft!Can:do · · e~istindd para <Pfnturo ~6'mente doi$:.L :. e ,· b~ Dicector. : ~: . ;: ... ~-'-- :;.~ .; ..... :., : r :;- ; ;o· ,. ~ .. ~ ' c.\; ;; í L:_. : . I

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1 gualrnente os pagamentos dos Assallariaçlos só se de­_yeráõ fazer nos. seus respectivos vencimentos; abolindo a prática '_da multiplicidade de quantias ;1diantadas por conta, que aug-menta prodig.iosarne.ute Q 1·_isco da Sociedade, cotno se verificou na . occasiaõ do luto proximo passado.

· Havendo até ao presente g-rande desproporçaõ Iü1 Dis­tribuiçaõ das R écitas, ern lugar de Beneficias, para osSo­cios, recebendo corn igualdade as Pri1neiras, Segundas, e ultimas Partes Socias, em. manifesto prej uizo das Primei­ras; concordou-se lambem que tlaqui em diante se façaõ tantas Récitas, como Socios, ·sendo estas distribuídas em cada Trimestre, na razaõ dos ordenados de cada Soei o.

Existindo do princípio da Sociedade, a reg-alia de cei'­to número de senhas de Camarotes, Platéas, e V m·auclas, em cada hum mez, a cada Socio, creada com o fim de ser applicada para suas Famílias, em dias que por menos con- · correncia Pública, naõ podesse reverter em prej uizo da Cai­xa da Sociedade; e tendo-se além disto sempre excedido em . hum gtaúde número de entradas extraordinarias, de que se tem seguido abusos muito prejudiciaes; para reg-ular decisi-­vatnente este objecto terá cada Socio, em cada mez á sua disposiçaõ, para ~uas Famílias, ou Pessoas, que por modo alg-um possaõ vir a prejudicar os interesses da Sociedade , 4 Senhas de Camarotes , .1 O de Platéa Superior ; e 4 de Varanda, as quaes naõ teraõ entrada ern Domingos, e Dias de Guarda; em dias d' Espectaculos novos, em Anniversa .. rios, em fim em todos aquelles que por maior concorrencia do Público, possaõ defraudar o interesse g·eral; e extinctas estas, nenhum Socio poderá pertender mais Camarote, ou entrada de Platéa, durante aquelle mez; e sómente o Di-

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