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Intensivo II – Direito Processual Penal – LFG – 06.07.2012 Anotado por: Karina Yagi INTENSIVO II Disciplina: Direito Processual Penal Profº. LFG Data: 06.07.2012 MATERIAL DE APOIO – MONITORIA Índice 1. Conteúdo digitado durante a aula 2. Simulados 3. Lousa eletrônica 1. CONTEÚDO DIGITADO DURANTE A AULA Sentenças: Despachos: ato de mera movimentação do processo. Quem pratica? O juiz ou servidor da justiça. Recurso? em regra não cabe; Exceções: despachos tumultuários ou abusivos. Qual? Correição Parcial. Ex: o juiz no despacho inverte a ordem processual Embargos de Declaração? Não cabe, é possível peticionar ao juiz para que ele reformule o despacho. Coisa Julgada? Não faz coisa julgada. Sentença : Ato pelo qual o juiz encerra o processo/termina/termo ao processo decidindo ou não o mérito da causa. 2. Decisões interlocutórias: São decisões que não encerram o processo. Enquanto que a sentença termina o processo (extingue). Espécies de decisões interlocutórias: 1. Decisão interlocutória simples: Não encerra o processo; não conclui nenhuma fase do procedimento; não decide pedido incidental. Ex: recebimento de denúncia. Normalmente são irrecorríveis. Excepcionalmente cabe HC, quando há coação patente. 2. Decisão interlocutória mista não terminativa: Ocorre quando não extingue o processo, mas encerra uma fase do procedimento. Ex: pronúncia. Recurso? Cabe RESE. 3. Decisão interlocutória mista terminativa ou com força de definitiva ou terminativa inciden- tal: É a decisão que julga o mérito de um pedido incidental. Ex: restituição de coisas apreendidas; prisão preventiva(pedido incidental); exceção de incompetência. Na decisão interlocutória não encerra o processo, já na sentença termina o processo. Espécies de Sentença no processo penal: 1 - Sentença terminativa/sentença formal: é a que extingue o processo sem julgamento do mérito. Ex: quando o juiz acolhe a exceção de coisa julgada ou de litispendência. Ex: impronúncia.

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    INTENSIVO II Disciplina: Direito Processual Penal Prof. LFG Data: 06.07.2012

    MATERIAL DE APOIO MONITORIA ndice 1. Contedo digitado durante a aula 2. Simulados 3. Lousa eletrnica 1. CONTEDO DIGITADO DURANTE A AULA Sentenas: Despachos: ato de mera movimentao do processo. Quem pratica? O juiz ou servidor da justia. Recurso? em regra no cabe; Excees: despachos tumulturios ou abusivos. Qual? Correio Parcial. Ex: o juiz no despacho inverte a ordem processual Embargos de Declarao? No cabe, possvel peticionar ao juiz para que ele reformule o despacho. Coisa Julgada? No faz coisa julgada. Sentena : Ato pelo qual o juiz encerra o processo/termina/termo ao processo decidindo ou no o mrito da causa. 2. Decises interlocutrias: So decises que no encerram o processo. Enquanto que a sentena termina o processo (extingue). Espcies de decises interlocutrias: 1. Deciso interlocutria simples: No encerra o processo; no conclui nenhuma fase do procedimento; no decide pedido incidental. Ex: recebimento de denncia. Normalmente so irrecorrveis. Excepcionalmente cabe HC, quando h coao patente. 2. Deciso interlocutria mista no terminativa: Ocorre quando no extingue o processo, mas encerra uma fase do procedimento. Ex: pronncia. Recurso? Cabe RESE. 3. Deciso interlocutria mista terminativa ou com fora de definitiva ou terminativa inciden-tal: a deciso que julga o mrito de um pedido incidental. Ex: restituio de coisas apreendidas; priso preventiva(pedido incidental); exceo de incompetncia. Na deciso interlocutria no encerra o processo, j na sentena termina o processo. Espcies de Sentena no processo penal: 1 - Sentena terminativa/sentena formal: a que extingue o processo sem julgamento do mrito. Ex: quando o juiz acolhe a exceo de coisa julgada ou de litispendncia. Ex: impronncia.

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    2 - Sentena condenatria: ocorre quando o juiz julga procedente o pedido condenatrio. Segue os ter-mos do art. 387 do CPP. O MP pode pedir absolvio nas alegaes finais? Sim, porque em suma um promotor de justia. Vincula o juiz? De acordo com o CPP no vincula (art. 385) - jurisprudncia pacfica. Concurso de Defensoria: sim, vincula o juiz. 3 - Sentena absolutria: ocorre quando o juiz julga improcedente o pedido condenatrio. H duas espcies: - Sentena prpria: o juiz absolve e no impe nenhuma conseqncia penal ao ru. - Sentena imprpria: absolve e impe medida de segurana. Isso s pode ao ru inimputvel (loucura ou por dependncia toxicolgica). EX: caso do manaco do parque. 4- Sentena declaratria extintiva da punibilidade: no condena e nem absolve apenas extingue a punibi-lidade. Ex: perdo judicial Smula 18 do STJ; Quando o juiz reconhece a prescrio, Ex: caso Edmundo ( O STF julgou apenas a prescrio). 5- Sentena que julga o mrito de uma ao autnoma. 6- Sentena constitutiva: ocorre quando o juiz constitui uma nova situao jurdica: EX: quando o juiz concede reabilitao criminal. * (peculiar) Sentena do juiz que homologa a transao penal (Juizados Especiais Criminais).

    CLASSIFICAO DAS SENTENAS: SENTENA SIMPLES: a sentena proferida por juiz monocrtico. SENTENA SUBJETIVAMENTE PLURIMA: a sentena emanada de rgo colegiado (Acrdo). SENTENA SUBJETIVAMENTE COMPLEXA: quando emana de vrios rgos (varias vontades), Ex: sen-tena do tribunal do jri. SENTENA MATERIAL: a que julga o mrito do pedido principal. SENTENA FORMAL/TERMINATIVA: a sentena que extingue o processo, porm sem julgar o mrito do pedido principal. Ex: quando reconhece coisa julgada. SENTENA AUTOFGICA OU DE EFEITO AUTOFGICO: a sentena que reconhece o crime, reconhece a culpabilidade do agente e julga extinta a punibilidade. Ex: perdo judicial (pai que mata filho em aciden-te de trnsito). Problema: prescrio retroativa no h sentena autofgica. Na prescrio retroativa o juiz primeiro condena, depois aguarda a manifestao do MP, no havendo recurso do MP o juiz profere outra sentena extintiva da punibilidade. SENTENA BRANCA: a sentena que remete a questo de direito internacional para instncia superi-or. Ela proibida no processo penal brasileiro Princpio da Inderrogabilidade da Jurisdio. SENTENA VAZIA: a que no tem nenhuma fundamentao. Claro que uma sentena nula. SENTENA SUICIDA OU INCOERENTE: a sentena em que o dispositivo no tem coerncia com a fun-damentao. SENTENA EXECUTAVEL : aquela que pode ser executada imediatamente. SENTENA NO EXECUTAVEL: no pode ser executada imediatamente. Ex: sentena condenatria, porque s se executa aps o trnsito em julgado. NATUREZA JURDICA DA SENTENA: A sentena declara o direito ou cria o direito? Premisssa: o juiz declara o direito. Excepcionalmente o juiz cria o direito. Declara o direito - EX:

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    Tempo: 30 dias para a existncia do crime continuado. (criada pela jurisprudncia) Quando o juiz cria - Ex: quando h lacuna na lei. Neste caso existe uma sentena aditiva/complementa a regra jurdica. Smula 438 do STJ. - SENTENA SUBSTITUTIVA OU MANIPULATIVA: a sentena que cria uma nova regra jurdica, totalmen-te nova. Ex: transao penal no cumprida. Cabe denncia (jurisprudncia pacfica). Sentena Error in procedendo deve ser anulada. Ex: o juiz no seguiu o sistema trifsico. Se o juiz julgou mal condenando, o Tribunal reforma e absolve. Aps publicao da a sentena torna-se imodificvel Princpio da Imodificabilidade da Sentena. Excees: - Inexatides materiais (nome, endereo), inclusive de ofcio; - Ajustar mero erro de clculo; - Embargos de Declarao; - Ajustar a pena quando surgir lei penal nova favorvel. COISA JULGADA: a imutabilidade sentena e dos seus efeitos. Espcies: Formal: a garantia da imutabilidade da sentena que se projeta para dentro do processo. Pressupe a precluso das vias recursais. Mesmo depois o juiz pode modificar a sentena para corrigir inexatides materiais ou erro de clculo. A-demais para corrigir a pena se vem lei nova favorvel ao ru. Ex: impronncia s faz coisa julgada formal, porque ela no impede novo processo, desde que surjam novas provas. Clusula rebus sic stantibus. Mesmo com a coisa julgada formal na execuo da pena algumas partes da sentena so modificadas. Ex: progresso de regime, remisso da pena pelo trabalho, remisso da pena pelo estudo, etc. MATERIAL: a garantia da imutabilidade da sentena para fora do processo, ou seja, no pode nascer outro processo para discutir a mesma causa. Cuidado com a impronuncia: no impede novo processo, desde que apaream novas provas. Fundamento: segurana jurdica, ou seja, os litgios no podem se eternizar. Funo negativa da coisa julgada: o processo j julgado no pode ser renovado. Regra: ne bis in idem processual no pode o mesmo processo tramitar pela segunda vez. Exceo: Reviso Criminal. Regra: ningum pode ser processado duas vezes pelo mesmo fato. Exceo: esta na extraterritorialidade da lei penal brasileira art. 7 do CP. Ex: atentado contra a vida da presidenta da repblica. COISA JULGADA E REVISO CRIMINAL: A coisa julgada no impede a reviso criminal. A reviso criminal uma garantia maior que a garantia da coisa julgada. COISA JULGADA ABSOLUTA E COISA JULGADA RELATIVA: Em princpio a coisa julgada no processo penal no absoluta ou seja, relativa, porque cabe Reviso Criminal quando se trata de condenao. Exceo: quando se trata de sentena absolutria a coisa julgada absoluta, porque no existe no Brasil reviso criminal pro societate, no Brasil exclusivamente pro ru. COISA JULGADA E RECURSO DE OFCIO/EX OFICIO:

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    Existe ainda o recurso Ex oficio no Brasil? De acordo com a jurisprudncia ainda existe. Ex: quando o juiz concede Habeas Corpus. Smula 423 do STF. LIMITES OBJETIVOS E SUBJETIVOS DA COISA JULGADA: Limites objetivos da coisa julgada: - O que transita em julgado? No a fundamentao. O que transita em julgado a parte decisria da sentena. - Faz coisa julgada o fato principal narrado e julgado, ele delimita o mbito da coisa julgada. - Se a denncia no narrou todo o fato mesmo assim ele esta amparado pela coisa julgada. No cabe no-vo processo, ainda que se descubram circunstncias novas daquele fato. Ex: ru condenado por furto, depois da coisa julgada descobre-se que houve violncia, no cabe novo processo. QUESTES CONTROVERTIDAS SOBRE COISA JULGADA - Concurso formal de crimes: ru condenado por uma nica morte descobre-se depois que ocorreram du-as mortes, cabe novo processo neste caso? sim cabe, porque a segunda morte no foi narrada e nem julgada, ou seja, um fato no julgado, logo cabe nova denncia, novo processo. No final o juiz far a adequao da pena. CONCURSO MATERIAL DE CRIMES Roubo + estupro: neste caso se o ru foi processado e condenado pelo roubo, cabe novo processo quanto ao estupro? Sim, cabe novo processo, porque este fato estupro no foi narrado e nem julgado anterior-mente. CRIME PERMANENTE Ex: Seqestro: ele se prolonga no tempo de acordo com a vontade do agente. Vtima sequestrada enquanto no libertada o crime nico, pode durar 1 ano, 2 ano, etc. Logo se o ru for condenado por esse processo, no pode ser condenado pela segunda vez, ainda que ele perdure, por-que fato nico. A vtima foi seqestrada e libertada, depois foi seqestrada outra vez, agora temos dois fatos, logo ru condenado pelo primeiro, no h impedimento para novo processo, porque agora se tem dois fatos distin-tos. Crime de quadrilha ou bando art. 288/CP: pois ru condenado por este crime, depois da coisa julgada descobre-se que a quadrilha continua reunida. Cabe novo processo? No cabe, porque o fato aqui nico, um crime que comeou l atrs e continua at hoje, fato nico que se prolonga no tempo, portanto no cabe novo processo. Crime Habitual Ex: exerccio ilegal da medicina, que exige habitualidade. Ru condenado por este crime, todos os fatos anteriores no permitem novo processo, porque fazem par-te da habitualidade, ou seja, gera um crime nico. Depois de condenado, por exemplo, muda de cidade e inaugura um novo crime de exerccio ilegal da me-dicina, neste caso cabe novo processo, pois um novo fato. Crime continuado Ex: quatro roubos em continuidade, trs roubos j julgados, descobre o quarto roubo, cabe novo proces-so? Sim cabe novo processo, porque fato novo, fato novo permite novo processo. O juiz das execues que far a unificao de penas dos quatro roubos. A sentena condenatria de um ru no pode ser transferida para terceiros.

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    2. SIMULADOS 2.1. (FCC - 2012 - TJ-GO Juiz); No tocante sentena, INCORRETO afirmar que a) qualquer das partes poder, no prazo de 2 (dois) dias, pedir ao juiz que esclarea a sentena, se houver obscuridade. b) na sentena absolutria, o juiz aplicar medida de segurana, se cabvel. c) o juiz, sem modificar a descrio do fato contida na denncia, poder atribuir-lhe definio jurdica diversa, ordenando, neste caso, que o Ministrio Pblico adite a denncia. d) na sentena condenatria, o juiz fixar o valor mnimo para reparao dos danos. e) a sentena conter a exposio sucinta da defesa. 2.2. (FCC - 2012 - TRE-PR - Analista Judicirio - rea Judiciria); A deciso que julga extinta a punibilidade do acusado classifica-se como sentena a) absolutria. b) condenatria. c) declaratria. d) constitutiva. e) mandamental. 2.3. (FCC - 2011 - TRE-AP - Analista Judicirio - rea Judiciria); Sobre a sentena correto afirmar que: a) O juiz, ao proferir a sentena condenatria, no poder fixar em favor do ofendido valor mnimo para reparao dos danos causados pela infrao, devendo a discusso ser dirimida no juzo cvel. b) Qualquer das partes poder, no prazo de cinco dias, pedir ao juiz que declare a sentena, sempre que nela houver obscuridade, ambiguidade, contradio ou omisso. c) O juiz, sem modificar a descrio do fato contida na denncia ou queixa, poder atribuir-lhe definio jurdica diversa, desde que, em consequncia, no tenha de aplicar pena mais grave. d) Nos crimes de ao pblica, o juiz poder proferir sentena condenatria, ainda que o Ministrio Pblico tenha opinado pela absolvio, bem como reconhecer agravantes, embora nenhuma tenha sido alegada. e) Havendo aditamento da denncia, cada parte poder arrolar at cinco testemunhas, no prazo de 5 (cinco) dias, ficando o juiz, na sentena, adstrito aos termos do aditamento. GABARITO: 2.1. C; 2.2. C; 2.3. D.

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    3. Lousa eletrnica: