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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 Versão Online ISBN 978-85-8015-054-4 Cadernos PDE VOLUME I

DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · o crescimento da atividade de pesquisa no País, sendo o Programa Estratégico de Desenvolvimento – PED (1968-70), que definiu, pela primeira

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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE

2009

Versão Online ISBN 978-85-8015-054-4Cadernos PDE

VOLU

ME I

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AS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO E A

PRÁTICA DOCENTE

Autora: Denise Maria Trappel Gonçalves da Silva1

Orientadora: Elenice Parise Foltran2

Resumo

Este artigo tem por objetivo mostrar o trabalho desenvolvido no Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, o qual aborda a importância das Tecnologias da Informação e Comunicação visando à formação pedagógica, levando aos professores alguns subsídios, informações e sugestões para o uso das tecnologias no processo educacional. Com um formulário de pesquisa e opiniões foi possível verificar as principais dificuldades e aspirações dos professores e funcionários em relação ao uso das tecnologias. A fundamentação teórica passa por um breve histórico da evolução da tecnologia, o uso das tecnologias em sala de aula, destacando as oferecidas pelo Governo Estadual do Paraná para as escolas, algumas dicas e cuidados com o uso das tecnologias e da Internet no espaço educativo, o reconhecimento dos direitos autorais e sugestões de softwares educativos. São abordados aspectos da relação entre as tecnologias, a educação e a formação docente enfocando a inclusão digital através da constante atualização e aperfeiçoamento do professor da educação básica, com a formação continuada, para vencer os novos e complexos desafios da realidade escolar frente as novas tecnologias. Os resultados foram muito satisfatórios despertando nos professores do Colégio Estadual Santa Maria, o interesse em participar de cursos on line, utilizar com mais segurança e alternativas a TV Multimídia e trazer inovações para a sua prática pedagógica. Alguns alunos também foram beneficiados com um mini-curso de informática, com informações básicas, utilizando o laboratório do Paraná Digital. Com o Grupo de Apoio à Implementação foi possível elaborar o Regulamento Interno do Laboratório de Informática, o qual foi anexado ao Projeto Político Pedagógico do Colégio Santa Maria.

Palavras-chave: Professor, inclusão digital, tecnologias.

1 Professora Pedagoga - PDE 2009 – Colégio Estadual Santa Maria – Ponta Grossa - PR

2 Professora do Departamento de Educação da Universidade Estadual de Ponta Grossa.

Mestre em Educação – UEPG. Orientadora PDE.

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1. Introdução

Atualmente vivemos, segundo Castells (1993), na Sociedade do

Conhecimento ou Sociedade da Informação, em constantes e aceleradas mudanças

provocadas pelos avanços científicos e tecnológicos e por transformações sociais e

econômicas. Isto exige que a educação acompanhe as mudanças do mundo

tecnológico apresentando uma abordagem diferente.

Com a difusão dos meios de comunicação de massa, o surgimento de

celulares e dos mais sofisticados aparelhos de informática, cada vez mais presentes

na sociedade contemporânea, entre os quais destacam-se urnas eletrônicas nas

eleições, caixas automáticos nos bancos, é visível a evolução das melhorias ou a

simplificação da vida pessoal, profissional ou social.

Dentre os requisitos para o uso das tecnologias da informação e da comunicação

por professores destacam-se: a seleção e apropriação da informação através da

leitura, a busca dos conhecimentos teóricos, o domínio tecnológico e o

discernimento do uso apropriado das tecnologias, para que a prática docente não

continue apenas transmitindo a informação, reforçando o processo de instrução com

as tecnologias, mas sim criem condições para o aluno construir o conhecimento

através da reflexão crítica. O professor é o grande articulador para garantir a

mobilização dos saberes e a reconstrução do conhecimento.

Para que estes objetivos sejam atendidos é imprescindível a constante

atualização e aperfeiçoamento do professor da educação básica através da

formação continuada para vencer os novos e complexos desafios que enfrentam

diante das tecnologias.

Propõe-se então alguns subsídios para o uso das tecnologias na escola, através

de constante contato com os professores do Colégio Estadual Santa Maria,

capacitações e sugestões de atividades em que possam ser utilizadas as diversas

tecnologias oferecidas pelo Governo Estadual do Paraná para as escolas.

Fundamenta este artigo um breve histórico da evolução das tecnologias, desde o

surgimento da escrita, do papel, a invenção da imprensa e tipografia, passando pela

Revolução Tecnológica até os dias atuais.

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Destaca-se o papel e a função da tecnologia na educação e ainda algumas

sugestões para o trabalho docente usando as tecnologias.

Dentre os resultados esperados constata-se a melhoria da qualidade do processo

ensino-aprendizagem, a diversidade na apresentação dos conteúdos e a interação

professor e alunos no uso das tecnologias que por si só não vão revolucionar ou

modificar o processo, mas dependem da ação-reflexão-ação por parte de todos os

envolvidos.

2. Breve histórico das Tecnologias da Educação no Brasil

As origens das tecnologias relacionadas com a informática foram

influenciadas pelas ideologias da Guerra Fria, entre os anos de 1930 até 1989.

No Brasil, os eventos associados à área da informática-microeletrônica

também estiveram, desde o início, condicionados às intenções e interesses dos

militares. Foi o projeto “Brasil Grande Potência” do Regime Militar após 1964 que

orientou a política de informática e a de informática na educação (Moraes, 2002).

Mesmo não tendo uma indústria local de computadores, no final dos anos 60,

formam-se, em algumas universidades brasileiras, engenheiros com treinamento em

eletrônica.

Em 1961 alguns estudantes do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA)

construíram um computador digital (o “Zezinho”) e, juntamente com a Escola

Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) e a Pontifícia Universidade Católica

do Rio de Janeiro (PUC - Rio), estas universidades foram se destacando na

capacitação dos engenheiros interessados no setor. (Moraes, 2002)

Segundo Moraes (2002), a partir dos anos de 1970 com o financiamento das

atividades de Ciência e Tecnologia (C&T) e com a criação da pós-graduação houve

o crescimento da atividade de pesquisa no País, sendo o Programa Estratégico de

Desenvolvimento – PED (1968-70), que definiu, pela primeira vez, o

desenvolvimento científico e tecnológico como objeto da política governamental,

caracterizado pelo binômio: “segurança e desenvolvimento”. As tecnologias foram

ajustadas à dotação de fatores de produção do País, visando absorver mão-de-obra

e garantir mercado em grande escala para gerar um crescimento auto-sustentável.

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Mello (2008) destaca que surge nessa época – 1970 – um novo e mais amplo

conceito de tecnologia com contribuições da Teoria dos Sistemas, de Administração

Geral, Teoria das Comunicações e da Cibernética e “desponta o período em que

estratégias de instrução significativa e gerativa, softwares educativos e a educação

programada são adotados no processo educativo. As tecnologias são incorporadas

aos cursos de formação de professores com a disciplina de audiovisuais”. (MELLO,

2008, p. 2).

Com a instalação da Nova República (Governo Sarney, 1985-89), foi criado

Ministério de Ciência e Tecnologia e o I PND-NR, que visava contribuir com a

continuidade do desenvolvimento científico e tecnológico abalado pela escassez de

recursos no início da década de 80. A Informática teve grande desenvolvimento,

sendo criado então o I Plano Nacional de Informática e Automação – I PLANIN

(1986-89), um órgão normativo – Conselho Nacional de Informática e Automação –

CONIN e um órgão executivo – Secretaria Especial de Informática – SEI. (MORAES,

2002, p.24-26)

Com as leis 5692/71 e 5540/69 desenvolve-se no Brasil os métodos

tecnicistas e instrumentais. Em 1988 começou o ensino a distância no Paraná, com

a implantação de videotecas, disponíveis aos professores nos Núcleos Regionais de

Educação e o MEC lança o Programa Nacional de Informática Educativa –

PRONINFE com a implantação de 31 Centros de Informática Educativa – CIED em

todo país. (MELLO, 2008, p.2).

O Paraná sempre investiu em capacitações aos profissionais da educação. O

programa “Salto para o Futuro” do Governo Federal foi difundido no estado através

de tele postos e da educação à distância, que mais uma vez evidencia o avanço da

tecnologia.

Desde a década de 1920, o Brasil vem construindo sua história de educação

à distância ampliando o acesso à tecnologia, como forma de valorizar os

profissionais da educação, de democratizar recursos e também de promover a

eqüidade.

Conforme Marsicano (2011), “a TV Escola foi lançada experimentalmente em

1995, passando operar em caráter definitivo em março de 1996”. As escolas de

ensino fundamental com mais de cem alunos receberam um “kit tecnológico”,

composto por televisor, vídeo cassete e antena parabólica. O principal objetivo desta

iniciativa foi de ser mais uma estratégia para reduzir as taxas de repetência e

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evasão; motivar os professores, alunos e comunidade escolar; incentivar atitudes

autônomas como bases para a aprendizagem; propiciar o desenvolvimento humano

permanente. As equipes que trabalham por trás das câmeras e dos impressos são

compostas por profissionais que trabalham com as várias linguagens aplicadas à

educação: comunicólogos e especialistas em educação. De acordo com as

informações disponíveis no site do Governo do Paraná, “Dia-a-dia educação”, a

sistemática da TV Escola acontece da seguinte forma: A programação da TV Escola,

direcionada às escolas públicas, sendo para o Ensino Fundamental, programas de

duas horas, reprisada quatro vezes ao dia e para o Ensino Médio, programas com

duração de uma hora, reprisada três vezes ao dia. Como complemento as escolas

recebem: revistas, cadernos, guias para orientar os usuários quanto aos programas,

cartazes e grade de programação. Foi proposto às escolas que formassem uma

videoteca, gravando o que lhes interessasse, para posteriormente ser utilizado em

capacitação de professores e/ou como instrumento didático da prática pedagógica.

Segundo a Assessoria de Comunicação da Seed/MEC, (2011), a TV Escola

“pode ser sintonizada via antena parabólica (digital ou analógica), em todo o país,

ou nas tevês por assinatura, DirecTV (canal 237) e SKY (canal 27)” ou no Portal do

MEC.

Com a Lei nº 9394/96, destaca-se a necessidade da educação tecnológica e a

distância, com um prazo de 10 anos para adequação às novas normas.

Em 9 de abril de 1997, foi criado pelo Ministério da Educação o PROINFO –

Programa Nacional de Informática na Educação – com o principal objetivo de

introduzir as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) nas escolas públicas

de Ensino Fundamental e Médio. Em 2007, o MEC criou 446 Núcleos de Tecnologia

Educacional (NTE) no Brasil, sendo 101, na região sul. No Paraná foram

implantados 13 NTEs nas cidades de Curitiba (2), Campo Mourão, Cascavel,

Cornélio Procópio, Foz de Iguaçu, Guarapuava, Londrina, Maringá, Pato Branco,

Ponta Grossa, Telêmaco Borba e Umuarama. Foram repassados 2.843

computadores através do PROINFO, sendo 2601 para escolas públicas estaduais e

152 para escolas municipais. (MELLO, 2008, p.4).

No período de 1998 até dezembro e 2002, o PROINFO promoveu em média

dois encontros nacionais por ano para os Multiplicadores dos NTE de todos os

estados brasileiros e encontros por região.

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Com o Programa de Extensão, Melhoria e Inovação do Ensino Médio do

Paraná – PROEM foram estabelecidas reformulações no Ensino Técnico

Profissionalizante e reformas nos colégios públicos estaduais, com a construção de

bibliotecas e laboratórios de informática, assim como a compra de computadores e

periféricos para 912 colégios do Estado. Os colégios puderam comprar de 3 a 22

computadores, de acordo com o número de alunos no Ensino Médio, em 1997.

(TONO, 2006)

Para facilitar a difusão tecnológica, o Governo Federal disponibiliza o Portal

do MEC, o Portal do Professor e o Banco Internacional de Objetos Educacionais

com recursos para todas as modalidades de ensino. Com a implementação do

Programa Paraná Digital e a criação dos laboratórios de informática nas escolas

com 21 computadores e periféricos, houve a ampliação de 12 NTE para 32

Coordenações Regionais de Tecnologia na Educação – CRTE, nos 32 Núcleos

Regionais de Educação – NRE.

Com base em Software Livre e na Construção Colaborativa do Conhecimento,

em 2003, o Governo do Estado do Paraná lança o Programa Paraná Digital e o

Portal Dia-a-Dia-Educação para o desenvolvimento da cultura de uso pedagógico da

tecnologia de informação e comunicação.

O Projeto Paraná Digital foi idealizado pela Secretaria da Educação com o

apoio da Companhia de Energia Elétrica (COPEL) e desenvolvido pelo Centro de

Computação Científica e Software Livre da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

A Copel disponibiliza as redes de fibra ótica para a conexão dos computadores à

internet, a CELEPAR dá manutenção e desenvolve sistemas de software livre dos

portais e a UFPR dos multiterminais. O Programa das Nações Unidas para o

Desenvolvimento (PNUD) é responsável pelos editais e pela transparência de todo o

processo licitatório. O laboratórios são equipados com multiterminais “four-head”7 ,

rodando Debian (distribuição Linux). (MELLO, 2008, 5-7)

Foi criada em 2004 a Coordenação Estadual de Educação – CETE (resolução

1636/04) que tem por objetivo o gerenciamento das CRTE. A partir daí a formação

continuada para uso das tecnologias passa a ser descentralizada nas Escolas, por

meio de Assessoria das CRTE - Coordenações Regionais de Tecnologia na

Educação, dos 32 Núcleos Regionais do Estado.

O Governo Roberto Requião lançou em 2006 a TV Paulo Freire, um canal

exclusivamente educacional para o Paraná, com o objetivo de aprimorar a formação

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de professores, com informativos, conteúdos complementares ao currículo,

campanhas de mobilização e enfoque regional. Os programas são transmitidos via

satélite para 2.100 escolas, atingindo diretamente um público alvo em torno de

1.500.000 pessoas (comunidade escolar) e, indiretamente, o público em geral, visto

que o sinal transmitido pode ser captado por qualquer antena parabólica, com

receptor de sinal digital, direcionada para o satélite Brasil Sat.

Destacamos também outros programas “on line” importantes como o

EUREKA (conteúdos disciplinares focando o vestibular), Vídeos especiais., Hora

atividade (destinado a organização do trabalho docente e temas afins), Nós da

Educação (programa de entrevistas).

3. A inclusão digital no ambiente pedagógico

A relação entre educação e comunicação é bastante complexa e segundo

(Gadotti apud OROFINO 2005, p. 22-23)

A cultura primeira do aluno é, uma cultura midiática, por força da sociedade em que vive. O papel da escola, nesse contexto seria fazer com que tanto as crianças, quanto os jovens e os adultos, pudessem passar dessa cultura à cultura elaborada. Esse seria um processo dialético no qual uma não eliminaria a outra, mas lhe acrescentaria uma explicação mais completa. A cultura primeira é a que adquirimos antes ou fora da escola, pela auto-formação não metódica e não sistemática. Hoje em dia, as mídias, os meios de comunicação social, sobretudo a televisão, têm uma influência marcante na primeira cultura, principalmente na infância. [...] Essa cultura é uma cultura popular, que hoje está profundamente impregnada pela cultura de massa. Sob muitos aspectos a cultura popular se identifica hoje com a cultura de massa. Nesse contexto, a cultura midiática aparece como um verdadeiro caldo das culturas, inclusive porque também pode conter elementos da cultura elaborada.

A cultura midiática é uma cultura envolvente. A televisão, o rádio, o CD,

trazem satisfação e também muita aprendizagem à criança. A escola precisa

explorar essa cultura. E quando se fala em inclusão digital não significa apenas ter

acesso, democratizar o acesso; precisa-se discutir para quê, a favor de quem, o quê.

(OROFINO, 2005, p. 24)

Quando a pessoa não possui o domínio, ainda que mínimo, dos

conhecimentos que são necessários para que possa interagir em sociedade a partir

do emprego das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), torna-se, em

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algumas situações, um fator de exclusão. Surge o excluído digital. A nossa

atualidade exige que, além do domínio do ler e escrever, sejamos também letrados

digitais. (ARAÚJO; GLOTZ, 2009)

Muito se fala da evolução das mídias, mas poucos pensam nas pessoas que

lideram este movimento. Estamos falando dos “Nativos digitais”, jovens nascidos a

partir de 1994, já imersos na era tecnológica e que possuem uma vida fortemente

influenciada pela Internet e pelos aparatos tecnológicos.

A denominação ”Nativos digitais” criada pelo educador americano Marc

Prensky, define muito bem esta nova geração, que também caracteriza, aqueles

nascidos antes desta época como “Imigrantes digitais”, pois por mais que

estejamos conectados às novas tendências tecnológicas, nunca conseguiremos

adquirir as peculiaridades deles. (MACEDO, LIMOEIRO, 2006).

Podemos fazer a analogia do termo imigrante, com o seu próprio significado:

“aquele que vem residir num país que não é o seu” (Dic. Aurélio online). Migramos

para esse novo mundo e ainda temos algumas raízes fincadas no passado.

Nós educadores, na condição de imigrantes digitais, devemos pensar no

comportamento e nas particularidades desta geração para compreender de forma

mais clara as concepções que nossos alunos têm sobre as tecnologias,

incorporando-as aos conteúdos pedagógicos para que haja a vinculação entre os

contextos de ensino e as culturas que se desenvolvem, para que o indivíduo não

apenas compreenda, mas interaja no meio em que vive, construindo conhecimentos

a partir das Tecnologias da Informação e da Comunicação (TICs). A inclusão digital

é, portanto, a garantia de acesso à informação, o domínio das linguagens básicas e

de programas para, com autonomia, criar conhecimentos, elaborar conteúdos,

comunicar-se e expressar idéias, utilizá-los como ferramenta de desenvolvimento,

inovação, participação ativa na sociedade e emancipação. A inclusão digital pode

também ser considerada como a apropriação de um conhecimento específico,

referente à tecnologia da informação e comunicação.

Para a promoção da inclusão digital, Bastos (2008), destaca a educação

digital como uma oportunidade para utilizar os meios digitais com autonomia e

participação, individual e cooperativa desenvolvendo o letramento digital na prática

social, desenvolvendo técnicas específicas de interação e formação de saberes.

(BASTOS, 2008, p.19).

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Segundo (Juan de Pablos apud SANCHO, 2006, p.66), diferentes autores

como Jack Goody, Pierre Lévy e Eric Havelock identificaram a oralidade e a escrita

como sistemas ou ferramentas culturais fundamentais na evolução do conhecimento

humano. A possibilidade de compartilhar o conhecimento por meio da palavra indica

um avanço fundamental para o ser humano. A escrita3 tornou possível a criação do

conhecimento científico. Hoje temos o terceiro avanço para o desenvolvimento e a

difusão do conhecimento: as novas tecnologias da informação e comunicação. A

oralidade evidencia uma comunicação do tipo narrativo, baseado na tradição; a

escrita, um saber teórico, que se apóia na descrição e na interpretação; as

tecnologias da informação possibilitam um saber operacional baseado na velocidade

de processamento da informação e simulação (por intermédio de modelos ou

previsões).

A chegada das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) na escola

traz desafios e problemas, cujas soluções vão depender das potencialidades de

cada escola, do trabalho pedagógico que nela se realiza, de seu corpo docente e

discente, de sua comunidade interna e externa, dos propósitos educacionais e das

estratégias que propiciam aprendizagem. (BASTOS, 2008, p.19)

Tecnologia é um termo que envolve o conhecimento técnico e científico e as

ferramentas, processos e materiais criados e/ou utilizados a partir do conhecimento.

Dependendo do contexto, a tecnologia pode ser:

ferramentas e máquinas que ajudam a resolver problemas;

técnicas, conhecimentos, métodos, materiais, ferramentas, e processos

usados para resolver problemas ou ao menos facilitar a solução dos mesmos;

método ou processo de construção e trabalho (tal como a tecnologia de

manufatura, a tecnologia de infra-estrutura ou a tecnologia espacial).

(BASTOS, 2008, p. 20)

As tecnologias flexibilizam os processos de aprendizagem e podem

desempenhar um papel fundamental na inovação das funções docentes. Mas para

isso, torna-se fundamental a capacitação contínua dos professores, principalmente

no que se relaciona as TICs. Os limites de tempo e espaço são minimizados com os

3 Vale destacar aqui o documentário em vídeo do canal The History Channel, a Prensa Inglesa do século XVI -

“História do Jornal Impresso”, disponível em http://www.youtube.com/watch?v=FIVOOmI_wWo

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recursos da internet e os cursos à distância. A videoconferência possibilita a várias

pessoas, em lugares bem diferentes, ver-se, comunicar-se, trabalhar juntas , trocar

informações, aprender e ensinar.

Moran (1995, p.6) apresenta as etapas em que o professor vai levar o

conhecimento através das tecnologias da comunicação:

1º - O professor estimula a curiosidade do aluno, levando-o a querer conhecer,

pesquisar, buscar a informação mais relevante;

2º - O professor coordena o processo de apresentação dos resultados pelos alunos;

3º - O professor questiona alguns dados apresentados, contextualiza os resultados;

4º - O professor traz para a realidade dos alunos os dados contextualizados;

5º - O professor, enfim, transforma informação em conhecimento e conhecimento em

saber, em vida, em sabedoria.

Ainda segundo Moran, as tecnologias permitem um novo “encantamento” na

escola, possibilitando aos alunos e professores que conversem e pesquisem com

outros alunos e/ou professores de outra cidade, estado ou país, no seu próprio ritmo.

Professores e alunos podem usufruir de bibliotecas eletrônicas, revistas on line,

textos, imagens, sons, trazendo para o processo de ensino-aprendizagem,

dinamismo, inovação e grande poder de comunicação.

“As tecnologias são pontes que abrem a sala de aula para o mundo” (Moran,

2007, p.4). Isto não quer dizer que as velhas tecnologias, entre elas, o quadro de

giz, os materiais impressos, livros e os cursos presenciais devem ou vão ser

totalmente deixados de lado. Deve existir um consenso e uma análise criteriosa das

reais “condições” e “necessidades” de cada instituição escolar, principalmente por

parte das Políticas Públicas e Sociais. Os educadores, que em sua grande maioria,

já tem o seu mérito de não apenas transmitir conhecimento, mas construí-lo, junto

com seus alunos, e que sempre estiveram em busca de inovações para que isto

realmente acontecesse, vão ter mais facilidade de adaptarem-se as novas

realidades e serão os difusores delas, levando aos seus colegas, até mesmo aos

mais resistentes, o grande apoio que as novas tecnologias trarão no processo

ensino-aprendizagem.

É necessário entender que os recursos tecnológicos são criados pelo homem

e devem ser gerenciados por ele e não idolatrados e tomados com poder decisório

sobre a vida do homem. “É preciso construir atitudes que reconheçam nas

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tecnologias, recursos que colaboram com o processo de desenvolvimento humano

do qual o homem é o próprio construtor” (PANIZZOLO, 2009, p.7)

“A era das novas tecnologias solicita aos professores um maior domínio, não

só de seus conteúdos disciplinares, mas também dos processos de construção do

conhecimento e formação do ser social, além de conhecimentos de informática”

(PANIZZOLO, p.9).

A informática educativa vai requerer um planejamento mais elaborado por

parte do professor, trazendo a interatividade com o aluno, desenvolvendo a

curiosidade, despertando percepções e desenvolvendo a atenção, a concentração e

a memória.

O computador pode ser utilizado como ferramenta educacional desde que o

professor ou a instituição escolar, disponibilize de programas educativos em que o

aluno desenvolva algo, chegando ao aprendizado. Neste caso o aluno é quem

comandará o computador e não será comandado, apenas consumindo o que o

computador está programado para produzir, desenvolvendo então a sua criatividade.

3.1 A Formação Docente e a Era Tecnológica

Para realizar um bom trabalho e ressaltar a qualidade da educação, os

profissionais da escola precisam constantemente estar inovando suas práticas

pedagógicas.

Segundo Rabello e Passos (2008), os seres humanos nascem “mergulhados

em cultura”, sendo esta uma das principais influências do desenvolvimento humano.

Alguns teóricos explicam o desenvolvimento humano:

Ambientalistas - Skinner e Watson (behavioristas) – as crianças nascem como tábulas rasas, que aprendem por processos de imitação ou reforço.

Inatistas – Chomsky – as crianças já nascem com tudo que precisam na sua estrutura biológica para se desenvolver. Nada é aprendido no ambiente, e sim apenas disparado por este.

Construcionistas – Piaget – o desenvolvimento é construído a partir de uma interação entre o desenvolvimento biológico e as aquisições da criança com o meio.

Sociointeracionista – Vygotsky – o desenvolvimento humano se dá em relação às trocas entre parceiros sociais, através de processos de interação e mediação.

Evolucionista – Fodor – interação de mecanismos genéticos e ecológicos. Psicanalística – Freud, Klein, Winnicott e Erikson – Foca o desenvolvimento humano

a partir de motivações conscientes e inconscientes da criança. (RABELLO; PASSOS, 2008)

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“A relação do homem com o mundo não é uma relação direta, mas uma relação

mediada por instrumentos e signos”. (Vygotsky, in ZACHARIAS, 1999)

Vygotsky, assim como Piaget, defendem a idéia de que a criança não é um

adulto em miniatura e que o desenvolvimento do indivíduo implica não somente em

mudanças quantitativas, mas sim, em transformações qualitativas do pensamento.

Vygotsky, porém, destaca o papel do contexto histórico e cultural nos processos de

desenvolvimento e aprendizagem, sendo chamado de sóciointeracionista, e não

apenas de interacionista como Piaget. (ZACHARIAS,1999)

Vygotsky enfatizava o processo histórico-social e o papel da linguagem no

desenvolvimento do indivíduo. Em sua teoria a linguagem é entendida como social:

Portanto, sua função inicial é a comunicação, expressão e compreensão. Essa função comunicativa está estreitamente combinada com o pensamento. A comunicação é uma espécie de função básica porque permite a interação social e, ao mesmo tempo, organiza o pensamento. ... a questão central é a aquisição de conhecimentos pela interação do sujeito com o meio. Para o teórico, o sujeito é interativo, pois adquire conhecimentos a partir de relações intra e interpessoais e de troca com o meio, a partir de um processo denominado mediação. (RABELLO; PASSOS, 2008, p.3; 8)

Vygotsky, segundo Rabello e Passos (2008, p.4), pretendia uma abordagem

que buscasse a síntese do homem como ser biológico, histórico e social. Ele sempre

considerou o homem inserido na sociedade e, sendo assim, sua abordagem sempre

foi orientada para os processos de desenvolvimento do ser humano com ênfase da

Os instrumentos são elementos externos aos indivíduos e sua função é

provocar mudanças nos objetos, controlar a natureza. Para Vygotsky, a

linguagem é o sistema simbólico básico; existe uma relação indissociável

entre pensamento e linguagem e este é um movimento contínuo de vai-e-

vem do pensamento para a palavra e vice-versa, logo o pensamento passa

por várias transformações até chegar a fala, pois nela encontra-se a sua

realidade e a sua forma. O significado da palavra é um ato de pensamento,

pois toda palavra é generalizada de um conceito que por vezes é construído e

reconstruído pelo sujeito. (PPP, Colégio Santa Maria, 2006)

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dimensão sócio-histórica e na interação do homem com o outro no espaço social.

Sua abordagem sócio-interacionista buscava caracterizar os aspectos tipicamente

humanos do comportamento e elaborar hipóteses de como as características

humanas se formam ao longo da história do indivíduo.

A criança, dentro desta perspectiva,

é reconhecida como ser pensante, capaz de vincular sua ação à representação de mundo que constitui sua cultura, sendo a escola um espaço e um tempo onde este processo é vivenciado, onde o processo ensino-aprendizagem envolve diretamente a interação entre sujeitos. [...] A função de um educador escolar... seria, então, a de favorecer esta aprendizagem, servindo de mediador entre a criança e o mundo. (RABELLO; PASSOS,2008, p.5)

Zacharias (1999) reforça esta idéia quando afirma que Vygotsky nos fornece

uma pista sobre o papel da ação docente: o professor é o mediador da

aprendizagem do aluno, facilitando-lhe o domínio e a apropriação dos diferentes

instrumentos culturais. Portanto, o professor constitui-se na pessoa mais

competente, que precisa ajudar o aluno na resolução de problemas que estão fora

do seu alcance, desenvolvendo estratégias para que pouco a pouco possa resolvê-

las de modo independente. (ZACHARIAS, 1999, p. 4)

Tendo por base a teoria sócio-interacionista de Vygotsky, o conhecimento

destaca-se como um bem social, patrimônio cultural coletivo da humanidade, sendo

a linguagem um instrumento mediador em um processo histórico cultural que tem

como função a organização do pensamento e a formação da consciência quando se

destaca então a afirmação de Vygotsky que a “palavra é o microcosmos da

consciência”.

A tecnologia entendida como uma das linguagens a que o homem se utiliza

enquanto comunicação é também uma construção social a qual se realiza e se

amplia historicamente, servindo para a transformação das relações sócio-

econômicas e culturais. (BEPPLER, et al, 2010)

Segundo Almeida (2004), para se redefinir o sentido da escola é preciso

assegurar que ela tenha qualidade que todos desejam, é preciso investir na melhoria

da formação dos professores e das condições em que eles exercem sua profissão. É

preciso colocar o professor e o seu trabalho no centro das atenções. A escola

precisa responder às mudanças, transformações e inovações científicas e

tecnológicas da sociedade de hoje, portanto, o papel dos professores não pode

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continuar a ser o mesmo. Ele deve “tornar-se um produtor de conhecimentos numa

perspectiva interdisciplinar”. E ainda, citando NÓVOA (1999), Almeida (2004),

reforça a idéia da “refundação da escola”, que tem muitos caminhos, mas que todos

eles passam pelos professores. (ALMEIDA, 2004, p.170-171).

Os professores em geral estão cientes da necessidade de sua constante

capacitação e renovação diante das novas e modernas tecnologias. A eles, portanto,

cabe a nobre missão de despertar a curiosidade intelectual e transmitir o

conhecimento, interagindo com seus alunos pois ensinar é ajudar a voar mais alto,

enxergar mais longe, ir além.

Para uma “educação pública” de qualidade, deve haver então, uma “política

pública” voltada para o investimento tanto em infra-estrutura das escolas quanto em

capacitação e formação dos profissionais que atuam nos estabelecimentos de

ensino. (ALMEIDA, 2004)

São vários os fatores que limitam a atuação docente, citados por ALMEIDA

(2004), mas a própria autora enfatiza que estes fatores não minimizam a

responsabilidade do professor no processo da sua qualificação docente, mas

identificam outros agentes que têm interferência na realização de uma educação de

qualidade social.

No processo de seu desenvolvimento profissional o professor deve ter

apropriação de conhecimentos específicos, estabelecer relações com seus colegas

e com o espaço escolar como um todo e assumir com responsabilidade os

compromissos éticos da profissão. O professor deve estar em processo contínuo de

formação, o que consequentemente levará à melhoria da instituição em que

desenvolve a sua prática.

Mesmo na era das tecnologias, o professor continua sendo indispensável

para o processo de ensino-aprendizagem, exigindo dele um maior domínio, não só

de seus conteúdos disciplinares, mas também dos processos de construção do

conhecimento e de formação do ser social, além de conhecimentos dos novos

recursos tecnológicos em especial da informática (PANIZZOLO, 2009, p.9). O

professor deve se tornar um profissional da educação em busca de autonomia, de

forma ética, responsável, buscando sempre sua formação integral e dos seus

alunos.

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Segundo Moran (2008, p.6), as tecnologias na educação, por si só, não vão

mudar a atitude pedagógica do professor, mas provocam certas mudanças que se

tornam um tanto mais atrativas para os alunos do que as convencionais. O professor

torna-se um “estimulador” da curiosidade do aluno, que terá que pesquisar, buscar a

informação. O aluno apresentará os resultados obtidos que devem ser questionados,

contextualizados e adaptados à sua realidade.

A escola pode e deve intensificar o diálogo entre cultura escolar e cultura

midiática, propondo a educação tecnológica como um meio coadjuvante para a

ressignificação da pedagogia escolar. (OROFINO, 2005, p.29-30)

Segundo Belloni (2005), a escola deve incorporar as Tecnologias da

Informação e Comunicação (TICs) em seus processos educacionais, pois elas já

estão presentes e influentes em todas as esferas da vida social, cabendo à escola,

especialmente à escola pública, atuar no sentido de promover a inclusão digital.

Para vencer este desafio, a escola deve integrar as TICs ao cotidiano da escola, na

sala de aula, de modo criativo, crítico e competente. Tudo isto exige investimentos

significativos e transformações profundas e radicais em: formação de professores,

pesquisa voltada para as metodologias de ensino; nos modos de seleção, aquisição

e acessibilidade de equipamentos, materiais didáticos e pedagógicos, além de

muita, muita criatividade. (BELLONI, 2005, p.10).

“Precisamos repensar todo o processo, reaprender a ensinar, a estar com os

alunos, a orientar atividades, a definir o que vale a pena, fazer aprender, juntos ou

separados”. (MORAN, in COMANASKI et al, 2004, p. 246).

As inovações – como a Informática – fazem parte de um processo de

mudança que está levando a alterações, mas isoladamente não será

transformadora.

As tecnologias são utilizadas de acordo com os propósitos educacionais e as estratégias mais adequadas para propiciar ao aluno a aprendizagem, não se tratando da informatização do ensino, que reduz as tecnologias a meros instrumentos para instruir o aluno. (ALMEIDA, MORAN, 2005, p. 61).

Ainda segundo os autores citados, no processo de incorporação das

tecnologias na escola, vai se aprender a lidar com a diversidade, a abrangência e a

rapidez de acesso as informações, bem como com novas possibilidades de

comunicação e produzir conhecimento, pois é cada vez maior o número de

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atividades e de pessoas que dependem da informação on-line para trabalhar e para

viver com perspectivas de flexibilidade e de interatividade.

Quando o professor propõe atividades on line para seus alunos ele está

levando-os a mergulhar neste novo mundo da cibercultura4, potencializando a

aprendizagem dos conteúdos curriculares.

De acordo com Marco Silva, 2009 para a inclusão do aluno na cibercultura o

professor deve estar atento a alguns aspectos como a transição da mídia clássica

para a mídia on-line, na mídia on-line o interagente-operador-participante tem a

experiência da participação na elaboração do conteúdo da comunicação e na

criação de conhecimento. Com o hipertexto – próprio da tecnologia digital, o

professor constrói uma rede (não uma rota) e define um conjunto de territórios a

explorar através de múltiplas informações (imagens, textos, etc.), que potencializam

o conhecimento. O professor estimula o aluno a contribuir com novas informações e

criar mais e melhores percursos, participando como co-autor do processo de

comunicação e de aprendizagem. É muito importante também a interatividade, o

professor deixa de ser um transmissor de saberes para converter-se em formulador

de problemas, provocador de interrogações, coordenador de equipes de trabalho,

sistematizador de experiências e memória viva de uma educação que, em lugar de

prender-se à transmissão, valoriza e possibilita o diálogo e a colaboração. Um dos

fundamentos da interatividade é a participação com intervenção em que o indivíduo

modifica a mensagem, interage com ela, desativando a simples participação

mecânica.

Na informática e na cibercultura, o professor estará fazendo uso da interface,

o dispositivo virtual, on-line, para o encontro de duas ou mais faces em atitude

comunicacional, dialógica ou polifônica. (ALMEIDA; MORAN, 2005)

Conforme Almeida e Moran (2005), algumas das interfaces on-line mais

conhecidas são chat, fórum, lista, blog, site e LMS ou AVA.

- Chat – espaço on-line de bate-papo com hora marcada, com envio e

recepção simultâneos de mensagens textuais e imagens. Professor e

aprendizes podem propor o tema e debatê-lo. Podem convidar outros

participantes do curso e colaboradores externos, agendando dia e hora. Pode

4 Cibercultura: Novo ambiente comunicacional-cultural que surge com a interconexão mundial de

computadores em forte expansão no início do século XXI. Considerado novo espaço de sociabilidade, de organização, de informação, de conhecimento e de educação, através da Internet.

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ser tomado como documento produzido pelo grupo e enviado para o cursista

que não pôde estar presente.

- Fórum – espaço on-line de discussão em grupo. Diferencia-se do chat pelo

fato do grupo disponibilizar suas contribuições sobre o tema, sem hora

marcada, e aguardar os comentários dos colegas. O professor abre

provocações em texto, provocando elos de discussão. O aluno vai postar sua

opinião, vai argumentar, contra-argumentar e tirar dúvidas.

- Lista de discussão – é um espaço on-line que reúne uma comunidade virtual

por e-mail. Cada integrante da comunidade envia e-mail para todos de modo

que todos podem interagir entre si.

- Blog – é um diário on-line, no qual seu responsável publica histórias,

notícias, idéias e imagens. Como diário virtual, o professor ou estudante pode

disponibilizar conteúdos de aprendizagem e postar sua produção pontual.

- Site ou sítio da Internet – é um espaço, ambiente ou lugar na WWW (World

Wide Web) que oferece informações sobre determinada pessoa, empresa,

instituição ou evento. É acessado por meio de um endereço. O professor

pode ter o seu site e nele incluir diversas interfaces que permitam seu

encontro com os aprendizes. O site como interface deve reunir pelo menos

chat e fórum.

- LMS (Learning Management System) ou AVA (Ambiente Virtual de

Aprendizagem) – é um ambiente de gestão e construção integradas de

informação, comunicação e aprendizagem on-line. É uma sala de aula on-line

não restrita à temporalidade do espaço físico. O professor ou responsável

pode disponibilizar conteúdos e proposições de aprendizagem, materiais

complementares, podendo acompanhar o aproveitamento de cada estudante

e da turma. Os aprendizes têm a oportunidade de estudar, de se encontrar a

qualquer hora, interagindo com os conteúdos propostos, com monitores e

com o professor.

Segundo Salvador Silva, 2009, a dinâmica e as potencialidades da interface

on-line permitem ao professor superar a prevalência da pedagogia da transmissão.

Em lugar de guardião da aprendizagem transmitida, o professor propõe a construção

do conhecimento disponibilizando um campo de possibilidades, de caminhos que se

abrem quando elementos são acionados pelos aprendizes. Sem perder de vista a

coerência com sua opção crítica embutida na proposição, o professor coloca-se

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aberto a ampliações, a modificações vindas da parte dos aprendizes. Assim, ele

educa na cibercultura. Assim, ele constrói cidadania em nosso tempo. (ALMEIDA,

MORAN, 2005, p.61-67)

O computador, principal objeto ou hardware da informática, oferece um

conjunto extremamente diversificado de uso, tornando-se um aliado no processo de

ensino e aprendizagem, realizando e mediando ações humanas (calcular, ensinar,

resolver problemas, organizar tarefas, etc.) melhorando, portanto, a motivação, o

rendimento e as capacidades cognitivas dos alunos e também dos professores.

(SANCHO, 2006, p.21)

3.2 As Tecnologias na Escolas Públicas do Paraná

As escolas públicas paranaenses, desde 2003 foram equipadas com os

laboratórios de informática que utilizam a tecnologia multiterminal, desenvolvida por

pesquisadores da Universidade Federal do Paraná, que possibilita que um

computador transforme-se em quatro estações de trabalho simultâneo no qual as

outras máquinas conectadas passam a funcionar na mesma velocidade, utilizando a

mesma capacidade de memória.

Os professores e alunos têm seu login de usuário e senha e cada vez que

logar na escola estará usando dentro do disco uma área do servidor pertencente

somente à ele, o que for gravado, nenhum usuário terá acesso. Os professores e

funcionários terão 100 mega para colocar dentro do disco e os alunos 20 mega.

Cada laboratório tem um gravador de CD ou DVD para que seus dados fiquem

gravados, uma impressora a laser para cada 20 computadores. O sistema PRD

Estatística é um sistema que permite aos profissionais envolvidos com a gestão do

uso da tecnologia na educação, acompanhar o uso do laboratório nas escolas.

Permite monitorar todos os que utilizam o laboratório de informática, através do

arquivo de relatório, por exemplo, o número de professores e alunos que estão

utilizando o laboratório naquele momento, disponibilizando dados sobre a frequência

do uso e de que forma os laboratórios de todas as escolas estão sendo utilizados, se

tem problemas internos, permitindo detectar alguma falha que possivelmente ocorra.

Como complemento do laboratório de informática, foi instalada em cada sala

de aula a TV Multimídia, um que possui entradas para DVD, VHS, pen drive, cartão

de memória (usados em câmeras ou filmadoras digitais) e saídas para caixas de

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som. Através dela o professor pode levar para sala de aula imagens, vídeos,

animações e áudios. Esses recursos dão apoio à aprendizagem e favorecem a

interação entre professor e alunos sobre os conteúdos curriculares. Os professores

da rede pública do Paraná receberam da SEED, um “manual”, o livro “TV Multimídia:

Pesquisando e gravando Conteúdos no Pen Drive” (imagem ao lado) que propõe

auxiliar o professor na pesquisa e na produção de conteúdos digitais, além de

apresentar aspectos técnicos dos arquivos de imagem, vídeo e áudio, explicações

sobre o uso do controle remoto e painéis da TV Multimídia. Este manual traz

também a Lei n.9.610 sobre Direitos Autorais.

3.3 Dicas e cuidados com o uso das Tecnologias

Entre as mudanças e facilidades que a tecnologia nos proporciona, Moran

(2008) destaca a miniaturização, a maleabilidade e facilidade de mobilidade das

tecnologias de comunicação (celular, notebook...), valorizando a liberdade individual.

Ressalta também que

a nossa mente é a melhor tecnologia, infinitamente superior em complexidade ao melhor computador, porque pensa, sente, intui e pode surpreender. Por isso o grande re-encantamento temos que fazê-lo conosco, com a nossa mente e corpo, integrando nossos sentidos, emoção e razão. Valorizando o sensorial, o emocional e o lógico. Desenvolvendo atitudes positivas (...) potencializará ainda mais nossa vida pessoal, comunitária, ao fazer uso libertador dessas tecnologias maravilhosas e não um uso consumista, de fuga (MORAN,2008, p.5)

Valorizando nosso potencial humano, as máquinas nunca substituirão a nossa

intuição, emoção, sensibilidade e o “jeitinho” de resolver as mais diversas situações.

Nos países desenvolvidos ou em desenvolvimento, crianças, adolescentes e

jovens, consagram aos meios de comunicação de massa, especialmente a televisão,

muito mais tempo do que à escola. É preocupante pensar que a maioria deles não

está preparada para resistir aos apelos persuasivos da televisão fazendo um

consumo passivo, sem fazer uma leitura crítica ou analítica de suas mensagens.

Cabe a escola e aos professores fornecer momentos de interação, atividade e

intersubjetividade aos seus alunos entre eles próprios e com seus grupos de

convivência, discutindo os programas televisivos, fazendo-os perceber as

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mensagens ocultas, e a persuasão para o consumismo, a violência e a sexualidade

que lhes são apresentados de maneira lúdica e até como verdadeiros e absolutos.

Se já era grande a preocupação de pais e professores com o tempo dedicado a

televisão o que dizer então, atualmente, do uso do computador e em especial da

internet, por crianças cada vez menores. É o que nos apresenta Gianolla:

Os pais e mães gostam quando vêem seus filhos e filhas quebrando barreiras e comunicando-se com outras pessoas, descobrindo coisas. Ficam desconcertados com as habilidades das crianças, investigadoras, curiosas, frente ao computador, aproximando-se de informações acerca de mundos distantes e, por vezes, afastando-se do contexto próximo. Ao mesmo tempo, ficam preocupados quando percebem que este ambiente virtual carrega consigo também informações duvidosas, perigosas e preconceituosas e perdem um pouco do controle de saber o que o seu filho está acessando na rede. (GIANOLLA, 2006, p. 25)

Em nossas pesquisas encontramos “super dicas” na Cartilha SaferDic@s,

elaborada pela equipe SaferNet Brasil, com o propósito de contribuir com a

utilização da Internet de forma mais segura e ética, principalmente por crianças e

adolescentes. “Com uma linguagem simples, ilustrações inéditas, e diagramação

lúdica, a Cartilha pretende atingir públicos de diferentes faixas etárias, classes

sociais e níveis educacionais.” (OLIVEIRA; NEJM, 2005, p.4).

A cartilha está disponibilizada em versão on line, com possibilidade de

download ou para imprimir e distribuir no site www.safernet.org.br ou no portal

www.denunciar.org.br. Na carta de apresentação da cartilha, o Diretor Presidente da

SaferNet Brasil, Thiago Tavares Nunes de Oliveira e o Diretor de Prevenção e

Atendimento, Rodrigo Nejm, recomendam a Cartilha:

Desejamos que professores, educadores, estudantes, pesquisadores, pais e toda a sociedade brasileira tenham acesso e divulguem o conteúdo da Cartilha, especialmente elaborada para potencializar o uso saudável da Internet.(OLIVEIRA; NEJM, 2005 p.4)

A Cartilha SaferDic@s, apresenta de forma agradável e lúdica, vários

assuntos referentes à Internet, como software livre, navegadores, sites de busca,

lan-house, e-mail, chat, redes de relacionamento, blogs e fotologs, jogos online,

crime digital, aliciamento e chantagem online, roubo de dados, vírus, invasão, entre

outros. Em cada assunto oferece uma breve descrição, como aproveitar, cuidados e

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dicas de segurança. Vale à pena consultar e repassar para alunos, filhos ou para

quem possa interessar.

3.4 O uso da Internet no espaço educativo

O espaço antes dedicado apenas a transmissão de conhecimentos é hoje um

espaço de interação, de transformações e adaptações. A escola, diante de um

mundo dinâmico, com as novas tecnologias e mudanças constantes, não pode estar

ligada apenas aos livros didáticos e informações da mente do professor. Como já

aconteceu com a televisão em tempos atrás, hoje a internet é que invade nosso

espaço como um fato significativo, histórico, mundial. Por meio de um modem5,

podemos de qualquer computador nos comunicar com o mundo e dele receber

informações.

No espaço educativo destacam-se alguns benefícios da Internet aos

professores como:

a facilidade de realizar cursos de capacitação à distância, em que o professor

pode organizar seu tempo e local de estudo;

a troca de experiências com colegas através da comunicação eletrônica;

a aquisição de novas atividades pedagógicas;

a facilidade de pesquisas e atualizações;

a comunicação instantânea, com pessoas que podem estar próximas ou do

outro lado do mundo;

os softwares educativos que apresentam uma grande diversidade de planos

de aulas, atividades para serem usadas diretamente em sala de aula, seja

nas aulas com uso do computador, seja na TV Multimídia ou seja apenas no

preparo de uma aula diferenciada.

55 A palavra Modem vem da junção das palavras modulador e demodulador. Ele é um dispositivo eletrônico que modula um sinal digital em uma onda analógica, pronta a ser transmitida pela linha telefônica, e que demodula o sinal analógico e o reconverte para o formato digital original. Utilizado para conexão à Internet, BBS, ou a outro computador. (Wikipédia-modem)

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Para os alunos destacam-se também alguns benefícios como:

o desenvolvimento da capacidade de comunicação escrita, através de

mensagens eletrônicas, participação em fóruns, chats, blogs,...

o desenvolvimento da capacidade de atenção e concentração;

a aprendizagem torna-se mais atrativa e desperta o interesse por outros

assuntos durante as pesquisas;

o uso de um instrumento tecnológico (computador) que facilitará o ingresso no

mercado de trabalho;

o desenvolvimento de senso crítico para selecionar entre os milhares de

assuntos relacionados à sua pesquisa e aquilo que realmente interessa.

Com o uso deste riquíssimo instrumento na escola podemos explorar o mundo,

mas é necessário que alguns cuidados sejam tomados como principalmente evitar o

excesso de tempo diante do computador. Pais e professores precisam estar atentos

a isso e orientar e incentivar filhos e alunos para que façam um bom uso da Internet.

No processo de incorporação das tecnologias na escola, vai se aprender a lidar

com a diversidade, a abrangência e a rapidez de acesso as informações, bem como

com novas possibilidades de comunicação e produzir conhecimento, pois é cada vez

maior o número de atividades e de pessoas que dependem da informação on-line

para trabalhar e para viver com perspectivas de flexibilidade e de interatividade.

3.5 Direitos autorais

É importante ressaltar os cuidados que devemos ter com os direitos autorais

ao usar textos ou imagens disponíveis na Internet.

De acordo com a Lei nº 9610/98, disponível na página da Diretoria de

Tecnologias Educacionais (DITEC), no site www.diaadia.pr.gov.br/ceditec as obras

protegidas com direitos de autores são: os textos de obras literárias, artísticas ou

científicas; as conferências, alocuções, sermões; as obras dramáticas e dramático-

musicais; as obras coreográficas e pantomímicas; as composições musicais, com ou

sem letra; as obras audiovisuais, sonorizadas ou não, inclusive as cinematográficas;

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as obras fotográficas; as obras de desenho, pintura, gravura, escultura, litografia e

arte cinética; as ilustrações, cartas geográficas; os projetos, esboços e obras

plásticas concernentes à geografia, engenharia, topografia, arquitetura, paisagismo,

cenografia e ciência; as adaptações, traduções e outras transformações de obras

originais; os programas de computador; as coletâneas ou compilações, antologias,

enciclopédias, dicionários, bases de dados e outras obras.

Temos o direito da liberdade de expressão assegurado pela Constituição

Federal do Brasil, mas devemos considerar aspectos legais, como os direitos

autorais, a ética e invasão da privacidade humana. Antigamente, os direitos

individuais, a privacidade pessoal eram mais preservados. Com a difusão dos meios

de comunicação de massa, o rádio, a TV e agora a Internet esta privacidade, estes

direitos parecem mais fragilizados.

Ao solicitar uma pesquisa ou trabalho aos alunos, o professor deve fornecer

dados importantes para que este trabalho seja realizado, a começar pelas

referências, sejam bibliográficas ou sugestões de sites da internet. Isto não quer

dizer que o aluno deve se limitar a estas fontes, mas elas devem ser sugeridas.

Juntamente com as sugestões das fontes, o professor deve esclarecer sobre os

direitos autorais e o plágio, para que os alunos citem todas as fontes pesquisadas e

utilizadas e saibam trabalhar com as informações ou imagens que serão coletadas,

procurando, após realizar várias leituras, fazer discursos próprios sobre o assunto ,

usando senso crítico e formulando conclusões pessoais.

4. Percepção dos professores e funcionários do Colégio Estadual Santa Maria

A grande disseminação de computadores, Internet, celulares, câmeras

digitais, e-mails, mensagens instantâneas, banda larga e uma infinidade de

engenhocas da modernidade provoca reações variadas e a constatação da

necessidade da constante atualização por parte dos professores e funcionários das

escolas, pois a grande maioria anda é um “imigrante digital” que está envolto por

“nativos digitais”, nossos alunos, que esperam inovações no ambiente pedagógico e

na forma de ensinar.

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Para a Implementação do nosso Projeto na escola fizemos a apresentação do

mesmo durante a reunião de Capacitação Pedagógica. Salientamos a intenção da

Formação do Grupo de Apoio à Implementação, sendo que muitos professores e

funcionários demonstraram interesse pelo projeto. Participaram da Implementação

vários professores e funcionários e até alunos da escola. O Grupo de Apoio, por ter

uma carga horária diferenciada, foi composto por duas funcionárias Agente

Educacional II (bibliotecária e secretária) e três professores (dois de Matemática e

uma professora de Língua Portuguesa). Ficaram definidos oito encontros de 4 horas,

totalizando 32 horas.

Durante a Implementação divulgamos alguns cursos on line estimulando a

participação de professores e funcionários. Apresentamos a Cartilha “SaferDicas”,

disponível no site www.safernet.org.br e outras dicas para o uso da Internet e das

Tecnologias de forma eficiente e segura assim como opções do Portal Dia-a-dia-

educação para pesquisas e atividades que podem ser utilizadas na escola. A

assessoria do CRTE de Ponta Grossa auxiliou na divulgação destas opções.

Juntamente com o Grupo de Apoio e sugestões da Direção e outros

profissionais da escola, elaboramos o Regulamento do Laboratório de Informática

que até então não existia. Com este grupo, também, procuramos mais alternativas

para o uso da TV Multimídia, trazendo novas oportunidades e facilidades para levar

para sala de aula atividades diferenciadas e atraentes aos nossos alunos. Estas

alternativas foram repassadas à toda comunidade escolar. Ressaltamos a

importância da comunicação mediada pelo computador, através do correio eletrônico

e apresentamos sugestões de softwares educativos.

Ainda durante a Implementação propusemos um mini-curso de Informática

para alguns alunos, em contra turno para apresentar noções básicas de informática

e para conhecimento do Laboratório de Informática, como é seu funcionamento, o

regulamento do laboratório e algumas noções do Sistema Linux, instalado nos

computadores do Laboratório Digital do Paraná. O mini curso foi bem aceito e teve

uma ótima participação dos alunos, ficando a proposta para um novo curso com

outros alunos para o ano seguinte.

Tivemos bons resultados durante a Implementação e fica a proposta de dar

continuidade ao projeto na escola, pois de acordo com alguns questionamentos e

formulário de opiniões, os professores e funcionários do Colégio Estadual Santa

Maria consideram-se “imigrantes digitais”, já que em sua infância, adolescência e

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juventude, os recursos tecnológicos eram muito mais restritos do que temos agora,

portanto, com o passar do tempo, foram se adaptando a esta nova era “tecnológica”

através de cursos de aperfeiçoamento e da busca constante de conhecimento das

inovações.

Para redefinir o sentido da escola e a atuação dos docentes, assegurando

condições necessárias para o desenvolvimento de uma educação com qualidade

para a participação dos educandos no âmbito social, os professores de nossa escola

percebem a necessidade de “diminuir a distância que existe entre a escola e a vida

real”, tendo bem definida qual é a função da escola. Os docentes precisam estar

cientes de sua tarefa de educadores, ter um bom embasamento teórico para atuar

como mediadores entre o conhecimento trazido pelos alunos e o “saber técnico-

científico-filosófico”, utilizando todas as ferramentas disponíveis, entre elas as

Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs).

Da teoria sociointeraconista de Vygotsky diante do processo ensino-

aprendizagem, os professores destacaram o entendimento do conhecimento como

um bem social, patrimônio cultural coletivo da humanidade e o importante papel da

linguagem na construção desse conhecimento, considerando esses dois aspectos

indissociáveis, uma vez que a linguagem é entendida como espaço de interação e

que o conhecimento vai se construindo, tanto o conhecimento de mundo, como o

autoconhecimento de cada indivíduo.

E quando questionados sobre a possibilidade da substituição do professor

pelas novas tecnologias, os professores foram unânimes em afirmar que isto não

ocorrerá tendo em vista que mesmo em cursos à distância o cursando vai necessitar

de um monitor para suas atividades e este monitor deverá ser muito bem capacitado

para dar as devidas instruções e fazer as interferências necessárias. Ressaltaram

também a importância da constante “renovação” de conhecimentos por parte do

professor em especial na área da Informática, para acompanhar a realidade de seus

alunos virtuais e presenciais.6

6 Contribuição dos Professores do Colégio Estadual Santa Maria, durante a implementação do Projeto PDE.

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5. Considerações finais

A evolução tecnológica que invade a sociedade atual atinge diretamente o

ambiente pedagógico. Não se trata mais de usar ou não usar, mas sim de qual a

melhor maneira de utilizar as tecnologias para fazer com que a escola se torne o

ambiente de interatividade da aprendizagem. Nossos alunos, crianças,

adolescentes, jovens e até mesmo adultos, já estão imersos neste mundo

tecnológico e precisam então receber um direcionamento de como utilizar estas

tecnologias, em especial a informática, o uso da Internet, entre outros, que os leve

ao crescimento pedagógico, pessoal e por que não profissional.

Educar para o futuro requer o desenvolvimento da criatividade, maior intuição,

agilidade de raciocínio e principalmente a interação e o conhecimento das

tecnologias.

A Internet, que inicialmente era de uso exclusivo militar está hoje mais acessível,

com mais opções, para mais pessoas e para todo tipo de negócios e formas de

comunicação. Diante disto a ação da escola deve priorizar a formação crítica,

participativa, autônoma, inovadora e pesquisadora de seus professores e alunos. Do

professor se espera uma inovação em sua prática, um professor dinâmico que

interaja com seus alunos, levando-os a construção do conhecimento. O aluno,

portanto, não será mais o ser passivo em sala de aula, fará uso de um novo tipo de

aprendizagem através de pesquisas, simulações da realidade e da interação com

professores, colegas e qualquer outro internauta, com seu próprio tempo e

organização.

A formação dos professores, seja inicial ou continuada, precisa ser repensada

de forma a contemplar o uso das novas tecnologias na educação para que aconteça

a melhoria da qualidade do processo ensino-aprendizagem, a diversidade na

apresentação dos conteúdos e principalmente o desenrolar do método ação-

reflexão-ação por parte de todos os envolvidos no processo.

É necessário entender que os recursos tecnológicos são criados pelo homem

e devem ser gerenciados por ele e não idolatrados e tomados com poder decisório

sobre a vida do homem. Disponibilizando programas educativos em que o aluno

chegue ao aprendizado, a escola estará proporcionando que o aluno desenvolva sua

criatividade, sendo que será ele quem comandará o computador e não será

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comandado, apenas consumindo o que o computador está programado para

produzir.

Com a oportunidade a nós proporcionada, através do Programa de

Desenvolvimento de Educação (PDE) de desenvolvermos este tema tão

interessante, intrigante e estimulante, sentimos uma realização profissional e

pessoal desde a escolha do tema até o fim da Implementação do Projeto e a

conclusão com este artigo. Realizamos muitas pesquisas, conhecemos e

interagimos com muitos autores, profissionais da área, professores, orientadores e

sentimos uma ótima recepção por parte dos envolvidos durante o desenvolvimento

do projeto. Esperamos ter contribuído com alguns esclarecimentos, sugestões e

práticas na área da Informática, pois a vida é um constante aprendizado e em

Informática, podemos não ser analfabetos digitais, mas sempre temos muito o que

aprender.

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