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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 Produção Didático-Pedagógica Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7 Cadernos PDE VOLUME I I

DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 - … · 5 ciclismo, ginástica aeróbica, natação ou mesmo remo, também os exercícios de flexibilidade. Passamos para atividades recreativas

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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE

2009

Produção Didático-Pedagógica

Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE

VOLU

ME I

I

1

Atividade física nas aulas

de educação física

como fonte motivadora

de hábitos saudáveis

GERALDO GROKOSKI

Trabalho apresentado ao Programa de Desenvolvimento Educacional ‐ 2009 em

cumprimento a segunda etapa do referido programa, em parceria com a

Universidade Estadual do Centro Oeste. Orientadora: Professor Luiz Carlos de

Almeida Lemos.

.

Pinhão

2010

2

SUMÁRIO

Apresentação.....................................................................3

1. Atividade Física..................................................................4

1.1. Pirâmide da Atividade Física......................................4

2. Aptidão Física....................................................................5

3. Atividades Aeróbicas.........................................................6

3.1. Exercícios Físicos Aeróbicos.....................................6

3.1.1. Caminhada........................................................7

3.1.2. Corrida..............................................................8

3.1.3. Ciclismo............................................................8

3.1.4. Dança................................................................9

3.1.5. Esportes............................................................9

3.1.6. Natação e Hidroginástica................................10

4. Fatores da Procura por Atividade Física...........................10

5. Testes Físicos..................................................................11

6. Atividade Física relacionada a Saúde.............................12

6.1. Cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC).............12

6.2. Sistema de energia...................................................14

6.3. Volume Máximo de Oxigênio (VO2Max).....................15

7. Benefícios da Atividade Física........................................16

7.1. Frequência................................................................17

7.2. Duração.....................................................................17

7.3. Intensidade...............................................................17

8. Atividades Práticas..........................................................18

9. Cronograma da implementação......................................19

Referências Bibliográficas...................................................20

Anexos..................................................................................21

3

APRESENTAÇÃO

A elaboração deste Material Didático tem como objetivo

principal aproximar o conteúdo específico atividades físicas

aeróbicas dos conteúdos estruturantes nas aulas de Educação

Física na escola. Como forma de buscar enfoques pedagógicos

que multipliquem estes aprendizados além escola em benefício da

saúde.

Nos Planos de Trabalho Docente de educação física, na

maioria das vezes, as atividades que mais frequentemente são

selecionadas pelos professores para as aulas, envolvem a prática

de esportes. Desta constatação surge a preocupação e a

tentativa, no Programa de Desenvolvimento Escolar – PDE - de

apresentar a “Atividade física nas aulas de educação física como

fonte motivadora de hábitos saudáveis”.

Para contextualizar este estudo buscou-se entre os

estudiosos contemporâneos definições, resultados de práticas

docentes, enfoques pedagógicos, respaldados nas DCE’s, para que

reverta em material de apoio para professores da rede que

queiram diferenciar e ampliar seu trabalho.

Este material servirá de base para a implementação desta

proposta nas turmas de 7ª série do ensino fundamental, do

Colégio Santo Antonio, no município de Pinhão, mas pode ser

aplicado, com poucas adaptações, a todas as séries do ensino

básico.

Não se pretende criar um modelo, mas estudar o tema em

questão, partindo do campo do saber teórico em busca do

conhecimento prático e propor novos caminhos para que se tenha

uma educação física de qualidade e com significância.

4

1. Atividade física

O termo atividade deriva do latim “activitate” que significa

ação, qualidade ou estado de ativo. A Atividade Física é definida

por Landry 2004, como qualquer movimento do corpo produzido

por músculos esqueléticos que resulte em gasto de energia.

Pitanga 2002, complementa dizendo que para isso acontecer

existem componentes e determinantes de ordem

biopsicosssocial, cultural e comportamental, podendo ser

exemplificada por jogos, lutas, danças, esportes, exercícios

físicos, atividades laborais e deslocamentos. Nota-se que dentre

estes itens surgem os conteúdos estruturantes previstos nas

DCE’s.

Para nos situarmos nestes conteúdos, surge a necessidade

de ampliarmos os conhecimentos a respeito das atividades físicas

aeróbicas, como será exposto mais a frente. No estudo de Long,

ele sugere que as atividades, conforme o estado de saúde da

pessoa, devem ser diárias, de intensidade moderada com

variações para o nível vigoroso em dias alternados e por um

tempo de 30 a 60 minutos sem a necessidade de ser executada de

uma só vez no dia.

1.1. Pirâmide da atividade física

Pesquisadores americanos criaram um esquema mostrando

a ordem ideal para a realização das atividades físicas. Os degraus

vão subindo conforme a quantidade de tempo recomendada para

cada atividade. Começa com atividades domésticas ou

executadas no dia a dia das pessoas. Lembre-se sempre de não se

acomodar em frente da televisão ou de um computador. Levante

para trocar de canais, faça reparos necessários em sua casa, ao

fazer compras carregue suas sacolas, caminhe a pé até seu

trabalho ou escola, passeie com sua bicicleta, etc. No degrau de

cima prevê-se atividades aeróbicas, caminhadas, corridas,

5

ciclismo, ginástica aeróbica, natação ou mesmo remo, também os

exercícios de flexibilidade. Passamos para atividades recreativas

e exercícios de força. No topo a preparação física para atletas de

alto nível. No exemplo abaixo no topo está a atividade que

devemos evitar ao máximo.

Geralmente, a prática de atividades físicas, está aliada a

outros benefícios que uma pessoa queira conquistar. Veremos

todos estes fatores mais a frente. Mas é importante destacar que

os músculos do coração e do pulmão são muito exigidos em todos

os momentos da nossa vida. Quanto mais atividades a pessoa

fizer para diminuir o trabalho destes músculos melhor será o

desempenho de suas funções, pois o melhor preparo dos

músculos facilitará a melhor circulação do sangue e do ar no

organismo.

Desenho de Janaina Duarte da Silva, julho de 2010.

2. Aptidão física

Para os autores Araújo e Araújo, 2000 aptidão física pode ser

definida como “a capacidade de realizar esforços físicos sem

6

fadiga excessiva, garantindo a sobrevivência de pessoas em boas

condições orgânicas no meio ambiente em que vivem” A aptidão

física é diferenciada de atividade física, pois esta se relaciona

com aspectos comportamentais, enquanto a aptidão se relaciona

com o trabalho muscular no físico da pessoa. Segundo Pitanga

2002, a aptidão física pode ser determinada por fatores genéticos,

mas pode ser melhorada através de atividades físicas regulares.

Sobre a aptidão física Devide (2007, p.80) propõe que os

alunos sejam testados, estabelecendo-se “objetivos individuais

para avaliarem os componentes da aptidão relacionada à saúde

de forma que o aluno seja mais autônomo e crítico com relação à

sua prática planejada, com prazer e consciente de seus benefícios

para a vida”.

3. Atividades aeróbicas

Para Glaner (2005, p.2) “a resistência aeróbica é a

capacidade de realizar esforços de média a alta intensidade e

longa duração, envolvendo grandes grupos musculares”. A

capacidade para atividades aeróbicas aumenta lentamente com o

passar dos anos em crianças e adolescentes. Quando se decide

por praticar qualquer atividade aeróbica tais como caminhar,

correr, pedalar, remar, nadar, dançar ou mesmo atividades lúdicas,

deve-se estar consciente da sua capacidade cardiorrespiratória.

As atividades cardiorrespiratórias devem receber maior

atenção quando se relaciona com a saúde. Estas atividades

quando executadas de forma organizada podem melhorar a

capacidade aeróbica. Portanto, não basta decidir por uma

atividade sem antes conhecer suas capacidades e seu atual

estado físico. Geralmente, as avaliações são realizadas com

testes de força, flexibilidade, coordenação e de

resistência/capacidade aeróbica.

3.1. Exercícios físicos aeróbicos

7

“De maneira geral, a eficiência dos exercícios aeróbicos está

diretamente relacionada à demanda energética total induzida pelo

trabalho muscular associada à adequada combinação de

frequência, intensidade e duração dos esforços físicos”. ( Guedes

e Guedes, 2003)

É importante frisar que antes de qualquer atividade física deve-se

alongar toda a musculatura (Com o passar do tempo acontece um

encurtamento natural das fibras musculares) e principalmente

com maior atenção para a musculatura específica ao exercício.

Além do alongamento o pré-aquecimento da musculatura exigida

faz-se necessário. Aconselha-se também o alongamento após o

término do exercício.

Outro fator importante para as pessoas que queiram praticar

atividades aeróbicas é o repouso entre as atividades físicas, bem

como uma alimentação de fácil digestão.

3.1.1. Caminhada

Atividade física que todos podem praticar. Indicada

principalmente às pessoas que não toleram esforços físicos de

elevada intensidade. Menor risco de lesões e de fácil

aplicabilidade em qualquer ambiente. Uma das desvantagens é

que se exige um tempo maior de duração em cada sessão.

Nas últimas décadas o culto ao corpo e a busca da saúde

tem motivado multidões a adotarem a caminhada como exercício

dos mais completos. “A caminhada é o exercício ideal, pois

provoca menos problemas cardíacos, musculares e vertebrais do

que correr”. (Santos, 2007) Ela concilia a atividade física e o

contato com a natureza (trekking) em três versões:

excursionismo, montanhismo e ecoturismo.

É também uma atividade natural que deu origem, com regras

específicas, a uma modalidade esportiva – a marcha atlética. É

utilizada com outros objetivos como: a peregrinação de Santiago

a Compostela (que inclui Portugal, Espanha e França); políticos

como as marchas e protestos com objetivos cívicos (caminhando

e cantando – Geraldo Vandré) e turismo ecológico com escaladas,

voo livre, descidas de corredeiras, etc. dentre as quais utilizam

8

em muitas delas a caminhada.

3.1.2. Corrida

Oferece maior liberdade de exercitação e ajuste de

intensidade, tanto em academias como no meio ambiente. Por ser

um exercício mais intenso demanda de menor tempo para

execução. Para pessoas obesas torna-se um exercício com sobre

carga nas articulações, podendo ocasionar graves lesões

ortopédicas.

Segundo Mathiesen, 2004 p.33, o que é mais difícil para uma

criança na realização de corridas mais longas, é a imposição de

um ritmo adequado e a permanência neste para conquistar o

objetivo final da distância almejada.

Sobre as corridas e em específico a de rua Salgado, 2006,

em seu artigo, observou que na última década pode-se observar

um crescimento na prática da corrida de rua, originado por

interesses diversos como: promoção a saúde, estética, integração

social, fuga do stress e busca por atividades físicas prazerosas ou

competitivas. As corridas de rua variam entre 5 e 100 km e a

premiação surge como um fator motivador para a participação

nessas provas, mas o fator participativo sobrepõe o competitivo.

3.1.3. Ciclismo

Pode ser praticado da forma convencional, bem como, em

bicicletas estacionárias. Apresenta vantagens por não produzir o

impacto e lesões graves em articulações, privacidade para

obesos no início da série de exercícios (ambiente fechado), prazer

e contacto com meio ambiente desfrutando de variados

itinerários. (ambientes externos). Possui também desvantagens

como gasto financeiro com aquisição de material, maior

incidência de lesões nas pernas e risco de acidentes de trânsito.

Nas estacionárias a desvantagem é o aborrecimento pelo

ambiente fechado.

“A arte de pedalar consiste numa das modalidades

desportivas mais emocionantes”. (Aragão, 2006, p.3) Pode ter um

caráter funcional, como meio de transporte para tarefas

cotidianas (trabalho, escola,...), pode ser utilizado como

recreação ou para passar o tempo livre, como pode gerar uma

9

modalidade desportiva de competição.

A interação entre o ciclista e dispositivo mecânico em que

se desloca – a bicicleta deve ser da forma mais harmoniosa e

econômica possível. (idem, p.11)

3.1.4. Dança

Nesta modalidade, principalmente a dança aeróbica, o

atrativo é a variedade de movimentos realizados com a música.

Em grandes grupos fica difícil de estabelecer um nível de

intensidade devido às diferenças de aptidão física. Também pode

haver sobrecarga articular uma vez que sobrepõem saltos,

corridas e elevação de pernas. Para pessoas com sobrepeso e

obesas fica difícil o acompanhamento e por consequência a

desmotivação e desistência.

No site da Confederação Brasileira de Ginástica descreve-se

que além de absorvida como atividade física em benefício para a

saúde, existe também a Ginástica Aeróbica Esportiva (GAE), onde

se executam padrões de movimentos aeróbicos complexos de

forma continuada e com alta intensidade.

Na escola, apesar da falta de materiais, o professor poderá

implementar a ginástica aeróbica (GA) de forma recreativa onde

pode desenvolver aliado a este conteúdo um trabalho de inclusão

social. (Franzem, 2007)

3.1.5. Esportes

Está aqui a modalidade mais preteridas pela maioria, pela

diversão e maior prazer que proporciona na execução. Contudo

como atividade aeróbica fica a desejar, pois envolve movimentos

de curta duração e grande intensidade com situações de breves

intervalos, executados numerosas vezes, tornando uma atividade

sem a característica principal da aeróbica que é a longa duração

e intensidade moderada. Em atividades escolares pode-se,

contudo, utilizá-las como meio para alcançar o objetivo principal:

de desenvolver o gosto pela atividade física como fonte

motivadora de hábito saudável.

O autor Landry (2004, p.4) cita que “A prática de esportes

não oferece os mesmos benefícios psicossociais para todos, mas

10

melhora seu amor-próprio e auto-estima”. Em tempos atuais, são

fatores que podem auxiliar no aprendizado da criança ou

adolescente, devido as mais diversas situações sociais em que se

encontram.

“Fenômeno social, que nos últimos tempos tem assumido

uma dimensão bastante significativa em todo o mundo,

despertando paixões, emoções e interesses diversos”. (Silva,

2004) Ele mesmo completa destacando que o racismo, o

individualismo, a ética, a passividade, a inércia, a violência, a

agressividade e tantos outros fatores que surgem na prática de

esportes, são pontos considerados relevantes para uma discussão

com os alunos no interior da escola, em contraponto ao que,

muitas vezes, é feito – a prática pela prática.

3.1.6 Natação e hidroginástica

São outras duas modalidades muito chamativas e

motivadoras para prática de atividades aeróbicas, com menor

nível de contusões ou sobrecarga nas articulações, em relação às

atividades terrestres. Sempre se pára no fator principal que é

estrutura física escolar. Mas para as pessoas que, mesmo fora do

ambiente escolar, puderem participar dessas atividades, não

deixe a chance escapar. Além de uma atividade prazerosa é de

grande contribuição para o sistema cardiorrespiratório.

“Sem via de dúvida, a natação infantil é o primeiro e mais

eficaz instrumento de aplicação da Educação Física no ser

humano, assim como excelente elemento para iniciar a criança na

aprendizagem organizada”. (Moreira, 2009) Fatores tais como

comportamento motor, percepção, construção da inteligência,

afetividade, aprendizagem são importantes para o processo de

crescimento e desenvolvimento da criança ou adolescente, tanto

na natação como na hidroginástica.

4. Fatores da procura por atividade física

Alguns fatores aos quais levam uma pessoa a procurar atividade

física:

ordem social;

11

modismo;

estético;

preparação física desportiva;

por lazer;

fatores clínicos:

vícios de postura;

recuperação de lesão;

profilaxia;

cardíacas;

diabetes;

sedentarismo e obesidade.

(GOMES E ARAÚJO, 1992, p. 7 – 16)

“O grande desafio é que os fatores que se relacionam com o

ambiente escolar contribuam de forma significativa para a

formação das crianças e adolescentes em benefício da sua

saúde”.

5. Testes físicos

Os testes físicos confiáveis podem ser feitos em academias,

clinicas, como também nas escolas pelo professor de educação

física. É muito importante para o professor conhecer seus alunos

e também para que o aluno conheça suas capacidades e assim

planeja as atividades para seu dia a dia fora do ambiente escolar.

Alguns fatores importantes para medidas e testes são: frequência

cardíaca de repouso e após esforço, estatura, massa corporal,

IMC, testes de velocidade, de resistência, flexibilidade, agilidade,

força explosiva de membros superiores, força explosiva de

membros inferiores e força e resistência abdominal.

6. Atividade física relacionada à saúde

12

Este tema está diretamente ligado ao ensino de educação

física nas escolas. É previsto nos PCN. Nas DCE's é previsto como

elemento articulador dos conteúdos estruturantes para a

educação básica. “Desenvolver ações educativas para levar os

jovens a adquirir hábitos de vida que favoreçam a prática de

atividades físicas de forma continuada”. (PCN, 1999, p. 84).

A revista PROESP-BR (2002, p.21) cita que a infância e

adolescência representam períodos ótimos para uma intervenção

pedagógica no sentido de estimular hábitos e comportamentos de

saúde. Enquanto que Guedes et al (2001,p 195) afirma que nas

aulas de educação física “os adolescentes têm oportunidade de

modificar e consolidar suas atitudes diante da prática de

atividade física habitual”

No ambiente escolar, por falta de organização em seus

planos de trabalho, não são contempladas atividades de longa

duração. Acaba-se executando atividades de pouca intensidade e

curta duração. Sobretudo atividades esportivas por promover a

socialização de um grupo maior. Mesmo assim não deixa de ser

um incentivo à prática de alguma atividade física, seja ela

individual ou mesmo coletiva como forma de evitar o

sedentarismo.

Os hábitos das pessoas mudaram, o próprio lazer é

sedentário. A crescente urbanização provavelmente tenha

estimulado tal fato, seja pela falta de espaço físico

adequado ou, o ascendente modismo por diferentes formas

de jogos eletrônicos. Desta forma, o advento tecnológico

estimula a inatividade física, possivelmente tornando o

homem do futuro um sujeito inoperante e obeso (GLANER,

2005, p.22).

6.1. Cálculo do índice de massa corporal (imc)

O Índice de Massa Corporal (IMC) é um índice calculado

através de uma fórmula entre a razão do peso da pessoa e a sua

estatura ao quadrado. O resultado indica se a pessoa está acima

13

do peso, se está obeso ou abaixo do peso ideal considerado

saudável.

PESO

IMC = PESO / (ESTATURA)² » IMC =

(ESTATURA)²

A Organização Mundial de Saúde usa um critério simples para a

análise deste índice:

Condição

IMC em adultos

abaixo do peso abaixo de 18,5

No peso normal entre 18,5 e 25

acima do peso entre 25 e 30

obeso acima de 30

Com relação ao estudo de um critério brasileiro para o IMC,

tem se mostrado, principalmente em grupos de adolescentes, com

diferentes níveis de atividade física habitual, que pode variar

estes índices. Guedes, 2001 em seu artigo: Níveis de prática de

atividade física habitual em adolescentes, relaciona os seguintes

números.

14

Tabela

_________________________________________________________________________

MOÇAS RAPAZES

IMC Menos Mais Menos Mais

Ativos Ativos Ativos Ativos

20,59 20,92 21,73 21,95

±2,56 ±3,31 ±4,03 ±2,88

_________________________________________________________________________

Fonte: Guedes, et all,2001 - Níveis de prática de atividade física habitual em adolescentes.

Qual é o método mais preciso para definir se uma pessoa está

gorda?

O Índice de Massa Corporal, apesar de conter alguns pontos

fracos, é um método fácil no qual qualquer um pode obter uma

indicação, com um bom grau de acuidade, se está abaixo do peso

normal, acima do peso ideal, ou obeso. Porém, o método com

maior precisão para determinar se a pessoa está gorda é a

medição do percentual de gordura corporal. Tal medição deve ser

feita por profissional qualificado utilizando um medidor de dobras

cutâneas. Você pode ter a medição de seu porcentual de gordura

corporal nas boas academias de ginástica. Há também medidores

de gordura portáteis.

6.2. Sistema de energia

Os sistemas de energia são Alático onde a fonte única e

imediata de energia é o ATP (adenosina trifosfato) responsável

pela contração muscular. Aliado a PC (fosfocreatina) é utilizada

em atividades com duração de até 18,2 segundos. O sistema

Lático é ativado em atividades com duração maior que 20

segundos. Trata-se de atividade com insuficiência de oxigênio,

que estimula a produção de lactato, o qual, inibe a formação de

novos ATP (energia). Quando se realiza esforços físicos de grande

intensidade, ocorre o acúmulo de lactato (ácido lático) no grupo

15

muscular ativo que é difundido pela corrente sanguinea, que por

sua vez interfere nas contrações musculares, geralmente

provocando câimbras, impossibilitando a sequência na atividade

física. No sistema Aeróbico que é “o sistema evidenciado nas

atividades de baixa intensidade e longa duração”, a fonte de

energia basicamente vem da capacidade de absorção de oxigênio.

Quando a atividade ultrapassar o tempo de 25 a 30 minutos, há

outro meio de propiciar energia, que advém dos ácidos graxos

(Gomes e Araújo Filho, 1992).

6.3. Volume máximo de oxigênio (VO2 máx)

O VO2 máximo é o Volume Máximo de Oxigênio que o corpo

consegue “pegar” do ar que está dentro dos pulmões, levar até os

tecidos através do sistema cardiovascular e usar na produção de

energia numa unidade do tempo. A forma direta de conhecer este

volume é pelo teste ergoespirométrico, ou indiretamente com

testes e fórmulas desenvolvidas em seus protocolos.

Geralmente o VO2 max. costuma ser o melhor índice

fisiológico para classificação e triagem de atletas. Mas ele

também serve para o dia a dia. Um indivíduo com bom VO2 max.

tende a render mais no trabalho e chegar em casa menos

cansado. Normalmente ele é genético e pode ser melhorado no

máximo de 20 a 30%. O índice dos melhores maratonistas gira em

torno de 70 ml/kg/min, dos grandes ciclistas entre 70 e 80

ml/kg/min.

O consumo máximo de oxigênio (VO2 max.) reflete, entre

outros fatores fisiológicos, aspectos associados à eficiência do

sistema aeróbico de produção de energia necessária à

manutenção do trabalho muscular por longo tempo. Logo, as

pessoas que conseguem uma capacidade maior do VO2max, tem

maior eficiência na produção de energia e consequentemente um

melhor desempenho em atividades físicas aeróbicas.

Faça umas contas e procure saber o seu VO2 max. O índice

de uma pessoa sedentária gira em torno de 35 ml/kg/min.

16

CÁLCULO DO Volume de Oxigênio máximo (VO2 max)

VO2 max (ml/kg/min) = 22,351 x Distância (km) – 11,288

O valor encontrado será o índice que deverá ser multiplicado

pelo peso e tempo que gastou para percorrer a distância.

Exemplo: um aluno de 60 kg de massa corporal, percorreu a

distância de 2 km em 9 minutos.

Exemplo de Calculo de VO2 max

_________________________________________________________________________

VO2 max (ml/kg/min) = 22,351 x Distância (km) – 11,288

VO2 max (ml/kg/min) = 22,351 x Distância (km) – 11,288

VO2 max (ml/kg/min) = 22,351 x 2 – 11,288

VO2 max (ml/kg/min) = 33,414 ml/kg/min

VO2 max = 33,414 x peso x tempo gasto

VO2 max = 33,414 x 60 x 9

VO2 max = 18043,56 ml OU 18,04 litros

_________________________________________________________________________

_______

7. Benefícios da atividade física

Para o desenvolvimento de uma atividade física que traga

benefício para o praticante, Long (2004, p.39) recomenda para

adolescentes o método FITT (frequência, intensidade e tempo)

7.1. Frequência

Ao iniciar as rotinas de exercícios procure exercitar no

mínimo três vezes por semana. Gradativamente aumente para

17

cinco a seis sessões semanais.

7.2. Duração

Pode-se classificar os exercícios em: curta duração até 30

minutos, média duração de 30 a 60 minutos e longa duração

acima de 60 minutos. Opte, no início, por exercícios de

intensidade leve a moderada para, num estágio superior, aumentar

a intensidade com diminuição do tempo de execução.

Para surtir efeito uma série de exercícios deve apresentar

três momentos: aquecimento, sessão propriamente e fase final. “O

objetivo do aquecimento é levar os diferentes sistemas e tecidos

a um estado que permita o funcionamento orgânico diante do

esforço físico com maior eficiência”. (Guedes e Guedes,2003)

7.3. Intensidade

A opção bastante utilizada para dosar a intensidade de

esforço físico tem base na proporção da frequência cardíaca

máxima e de repouso. Deve-se levar também em consideração a

idade da pessoa, pois com o passar dos anos (20 - 25) a

frequência diminui numa proporção de um batimento ao ano. A

FCMax. É calculada pelo índice 220 menos a idade.

Para conhecermos a zona-alvo de treinamento aeróbico

podemos tomar como base os percentuais de 60% aeróbico

adaptativo e 80% aeróbico condicionante. (Gomes e Zakharov,

1992). Para o cálculo da ZTA pode-se utilizar a seguinte fórmula:

ZTA = FCRep. + 60/100 . (FCMax. - FCRep.).

Exemplo: Um jovem de 25 anos com frequência Cardíaca de

Repouso (FCRep.) = 70 batidas por minuto (bpm).

Tabela – exemplo dos cálculos dos limites da freqüência cardíaca de esforço

_________________________________________________________________________

Índice 220

idade do indivíduo - 25

Frequência Cardíaca Máxima 195

ZTA 60% ZTA

80%

18

Frequência Cardíaca Máxima 195 195

Frequência Cardíaca Repouso -70 -70

125 125

60% / 100 x 0,60 80%/100 x 0,80

75 100

Frequência Cardíaca de repouso + 70 + 70

F.C. Preconizada para Treinamento 145 (bpm) 170

aeróbico

limite limite

inferior superior

_________________________________________________________________________

Gomes e Zakharov, 1992

8. Atividades práticas

As atividades aqui propostas deverão ser implementadas

durante o segundo semestre do ano letivo de 2010, durante o

projeto de intervenção pedagógica:

» testes físicos no início e ao final do projeto;

» jogos e brincadeiras com longa duração e baixa

intensidade;

» corridas de resistência;

» passeio ciclístico;

» passeio ou caminhada por algum parque;

» práticas desportivas com abordagem aeróbica;

» pista de orientação no parque ambiental ou

municipal;

» prática de ginástica aeróbica.

19

PERÍODOS

AÇÕES SEMANAS 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 1ª 2ª 3ª 1º 2º 3º 4º

RECONHECIM ENTO DAS TURM AS, ENVIO

DE FICHAS DE AUTORIZAÇÃO E

PREENCHIM ENTO DE FICHAS

X

AFERIÇÃO DA P.A. EM

REPOUSO, AFERIÇÃO DA

FREQ.CARD. EM REPOUSO

X

TESTES PROESP-BR EM

AMBIENTE FECHADO

X

TESTES PROESP-BR DE

CAMPO

X

ATIVIDADES EM SALA DE

AULA: CÁLCULO IMC,

CONTEÚDOS TEÓRICOS

X X

ATIVIDADES RECREATIVAS

ESPECÍFICAS

X

JOGOS E BRINCADEIRAS COM

ATIVIDADES AERÓBICAS

X X

CAM INHADA, CORRIDA RÚSTICA,

PASSEIO CICLISTICO, PISTA DE

ORIENTAÇÃO

X X X

ATIVIDADES ESPORTIVAS

COM APLICAÇÃO DE

ATIVIDADES AERÓBICAS X X

TESTES PROESP-BR EM

AMBIENTE FECHADO

X

TESTES PROESP-BR DE

CAMPO

X

ANÁLISE DOS DADOS

COLETADOS COM OS ALUNOS X X

ELABORAÇÃO DO ARTIGO

FINAL COM CONCLUSÃO DA

IMPLEMENTAÇÃO X X X X

IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO NA ESCOLA

CRONOGRAMA

AGOSTO

SETEMBRO

OUTUBRO

NOVEMBRO

DezembroFEVEREIRO A

M AIO / 2011

20

Referências bibliográficas

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<http://www.cdof.com.br/07.PDF>. Acesso em 27 ago.2009.

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• GLANER, M. F. Crescimento físico e aptidão física relacionada à saúde em

adolescentes rurais e urbanos. Rev Bras Educ Fís Esp, 2005 - usp.br. Disponível

em: <http://www.usp.br/eefe/rbefe/v19n12005/v19n1p13.pdf> Acesso em 20 ago

2009.

• GOMES, A.C.; ARAÚJO FILHO, N.P. Cross Training: uma abordagem

metodológica. Londrina. Ed. APEF. 1992.

• GUEDES,D.P.; et al. Níveis de prática de atividade física habitual em

adolescentes. Rev. Bras. Med. Esporte – Vol.7, Nº 6 – Nov/Dez. 2001 Disponível

em <http://www.scielo.br/pdf/%0D/rbme/v7n6/v7n6a02.pdf > Acesso em 14 set.

2009.

• GUEDES, D.P.; GUEDES, J.E.R.P. Controle do peso corporal: composição

corporal, atividade física e nutrição. 2003. 2ª. ed. Rio de Janeiro. Shape

Editora.

• LANDRY, G.L. Saúde e aptidão física. In SULLIVAN, J.A. et ANDERSON, S.J.

Cuidados com o jovem atleta: enfoque interdisciplinar na iniciação e no

treinamento esportivo. American Academy of Orthopaedic Surgeons-American

Academy of Pediatrics. (tradução: E. Carvalho Freire e Claudio Flausino de

Oliveira). 2004. Barueri, SP. Ed. Manole.

•LONG, B.J. Promoção da atividade física. In SULLIVAN, J.A. et ANDERSON, S.J.

Cuidados com o jovem atleta: enfoque interdisciplinar na iniciação e no

treinamento esportivo. American Academy of Orthopaedic Surgeons-American

Academy of Pediatrics. (tradução: E. Carvalho Freire e Claudio Flausino de

Oliveira). 2004. Barueri, SP. Ed. Manole.

• MATHIESEN, S.Q. Atletismo: se aprende na escola.Ed. Fontoura.1ª Ed. 2004.

Jundiaí, São Paulo.

• PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Paraná - Educação

Física. SEED. Curitiba. 2005.

• PITANGA, F.J.V. Epidemiologia, atividade física e saúde. Rev. Bras. Ciên. e Mov.

Brasília v.10 n. 3 p. julho 2002. Disponível em :

<http://www.editorauniversa.ucb.br/mestradoef/RBCM/10/10%20

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21

• PROESP-BR. Projeto Esporte Brasil . Secretaria Nacional de Esporte de Alto

Rendimento, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Disponível

em:<http://www2.ufrgs.br/proesp/ >.Acesso em 20 ago. 2009.

• SALGADO, J.V.V. Corrida de rua: análise do crescimento de número de provas

e de praticantes. Conexões, Ver. Da fac. de ed. Física da UNICAMP, v.4, n.1.

2006. Campinas.

• SANTOS, C.G. Educação ambiental e ecologismo nas trilhas das caminhadas

ecológicas. Niteroi, 2007. Disponível em:

<HTTP://www.diariodoprofessor.com/dissertação de mestrado > Acesso em

30/06/2010.

• SILVA, W.A. O esporte enquanto elemento educacional. Ver. Digital – Buenos

Aires, ano 10 – n. 79. 2004. Disponível em:

<HTTP://www.efdesportes.com/efd79/esporte.htm>

Acesso em: 06/07/2010.

ANEXOS

APLICAÇÃO DA BATERIA DE MEDIDAS E TESTES

SOMATOMOTORES DO PROESP-BR

Medidas corporais Estatura, Massa corporal e

IMC

Resistência geral Corrida de 6 ou 9 minutos

Força e resistência abdominal Sit Up em 1 minuto

Flexibilidade Sentar e alcançar

Força explosiva de membros

inferiores

Salto Horizontal

Força explosiva de membros

superiores

Arremesso de Medicineball

Agilidade Teste do quadrado

Velocidade Corrida de 20 m rasos

22

Col.Estadual Santo AntonioEducação Física

Atividade física nas aulas de educação física como fonte

motivadora de hábitos saudáveis

Aula elaborada pelo

Professor: Geraldo Grokoski

ATIVIDADE FÍSICA

O que é? “Qualquer movimento do

corpo produzido por músculos

esqueléticos que resulte em gasto

de energia”. (LANDRY,2004)

Para adolescentes aconselha-se:

atividades diárias;

intensidade moderada;

em dias alternados atividades vigorosas;

tempo de 30 a 60 minutos.

23

PIRÂMIDE DA ATIVIDADE

FÍSICA Desenho de Janaina Duarte da Silva

APTIDÃO FÍSICA

É: “A capacidade de realizar esforços físicos sem fadiga

excessiva, garantindo a sobrevivência de pessoas em

boas condições orgânicas no meio ambiente em que

vivem”. (Araújo e Araújo, 2000)

APTIDÃO FÍSICA ATIVIDADE FÍSICA

TRABALHO MUSCULAR ASPECTOS COMPORTAMENTAIS

FATORES GENÉTICOS HÁBITOS SAUDÁVEIS

PODE SER MELHORADA CONTINUIDADE PARA AVANÇAR

PODE SER TESTADA BENEFÍCIOS PARA A VIDA

PLANEJADA AUTONOMIA

24

ATIVIDADES AERÓBICAS

“A resistência aeróbica é

a capacidade de realizar

esforços de média a alta

intensidade e longa

duração, envolvendo

grandes grupos

musculares”.

(GLANER, 2005)

Aumenta com o passar

dos anos;

Se relaciona com a

saúde;

Conhecer antes seu

atual estado físico;

força, flexibilidade,

coordenação e de

resistência. (testes)

EXERCÍCIOS

FÍSICOS

AERÓBICOS

25

EXEMPLOS DE EXERCÍCIOS

AERÓBICOS

CAMINHADA

Todos podem praticar;

menor risco de lesões;

fácil aplicabilidade em qualquer ambiente;

exercício de baixa intensidade.

Desvantagem: exige tempo

maior de atividade em relação às

demais.

26

CORRIDA

maior liberdade de exercitação;

ajuste de intensidade;

exercício mais intenso, portanto, menor

tempo para execução.

Desvantagem:

sobrecarga nas articulações para

Pessoas obesas;

lesões em articulações.

CICLISMO

praticado da forma convencional e

bicicletas estacionárias;

não produz impacto, nem lesões graves

em articulações;

privacidade para obesos;

contacto com meio ambiente.

Desvantagens:

gasto financeiro com material;

risco de acidentes de trânsito;

Nas estacionárias, o aborrecimento pelo

ambiente fechado.

27

DANÇA

Na dança aeróbica, variedade de

movimentos;

a música, como atrativo.

Desvantagens:

grupos com diferenças de aptidão física;

sobrecarga articular.

ESPORTES

Preferência nacional;

diversão e maior prazer na execução;

várias modalidades.

Desvantagens:

o alia movimento de curta duração e grande

intensidade com situações de breves

intervalos;

o movimentos intensos repetitivos.

28

NATAÇÃO E

HIDROGINÁSTICA

Modalidades interessantes e motivadoras

para prática;

menor nível de contusões ou sobrecarga

nas articulações;

Muitos benefícios para o sistema

cardiorrespiratório;

Acesso restrito aos clubes e associações.

FATORES DA PROCURA

POR ATIVIDADE FÍSICA

Alguns fatores aos quais levam uma

pessoa a procurar atividade física:

ordem social;

modismo;

estético;

preparação física desportiva;

por lazer;

fatores clínicos: → vícios de postura;

→ recuperação de lesão;

→ profilaxia;

→ cardíacas;

→ diabetes;

→ sedentarismo e obesidade.

(GOMES E ARAÚJO, 1992, p. 7 – 16)

29

“O grande desafio é que

destes fatores, os que se

relacionam com o

ambiente escolar,

contribuam de forma

significativa para a

formação das crianças e

adolescentes em

benefício da sua saúde”.

TESTES FÍSICOSBATERIA DE MEDIDAS E TESTES

SOMATOMOTORES DO PROESP-BR

Medidas corporais Estatura, Massa corporal

envergadura e IMC

Resistência geral Corrida de 9 minutos

Força e resistência abdominal Sit Up em 1 minuto

Flexibilidade Sentar e alcançar

Força explosiva de membros

inferiores

Salto Horizontal

Força explosiva de membros

superiores

Arremesso de Medicineball

Agilidade Teste do quadrado

Velocidade Corrida de 20 metros

30

ATIVIDADE FÍSICA

RELACIONADA A

SAÚDE

SAÚDE

Segundo a OMS (1948), “Saúde é um completo estado de

bem-estar físico, mental, e social e não somente

ausência de doença, ou debilidade.”

31

Você sabe

o que é

IMC ?

O Índice de Massa Corporal

(IMC)

é um índice muito utilizado

hoje em dia para verificação

da condição física de uma

pessoa.

Pessoas com excesso de

peso e obesas devem tomar

cuidado, pois há maior risco

para a sua saúde

32

Vamos precisar um

pouquinho de matemática!

Como calcular o

IMC ?

CÁLCULO DO IMC

O Índice de Massa Corporal é

calculado dividindo-se o peso (P)

pela estatura (E) ao quadrado

2 PESO (KG)

IMC kg/m = 2 2

(ESTATURA) m

33

Que tal um desafio?Vamos calcular o IMC

Multiplique a sua estatura por ela mesma.

Pegue o seu peso e divida-o pelo resultado anterior. (duas casas após a vírgula)

- Não se desespere! Pode usar uma calculadora!

- Pronto já tem seu IMC!

Agora você poderá

conhecer a sua

classificação com

referência a sua idade

e índice encontrado no

cálculo.

Veja quadro seguinte:

34

TABELA DE REFERÊNCIA DO IMC EM ADOLESCENTES

Critérios de referência para definição de Baixo Peso (BP), Excesso de Peso (EP) e Obesidade (OB) para

masculino e feminino. (CONDE E MONTEIRO,2006)

IDADE MASCULINO

ANOS

BP NORMAL EP OB

12 <13,63 13,63 – 20,32 20,32 – 26,36 >26,36

13 <14,49 14,49 – 21,66 21,66 – 27,51 >27,51

14 <15,01 15,01 – 22,33 22,33 – 27,95 >27,95

15 <15,58 15,58 – 22,96 22,96 – 28,34 >28,34

IDADE FEMININO

ANOS

BP NORMAL EP OB

12 <14,37 14,37 – 20,55 20,55 – 24,89 >24,89

13 <15,72 15,72 – 22,79 22,79 – 27,50 >27,50

14 <16,35 16,35 – 23,73 23,73 – 28,51 >28,51

15 <16,87 16,87 – 24,41 24,41 – 29,20 >29,20

O que fazer ?

O controle de peso é para

todos os estágios de sua

vida.

Para tanto você deve tomar

muito cuidado com a

alimentação e manter-se

ativo fazendo atividades

físicas continuamente.

35

Benefícios da

atividade física

Controle do Peso corporal

Melhora aMobilidade articular

Melhora a resistência

física

Aumenta a densidade

óssea

Melhora a força

muscular

Melhora a resistência a insulina

Melhora aauto-estima e

a auto-imagem

Aumenta o bem estar

Diminui a depressão e

alivia o stress

Reduz o isolamento

social

Melhora a Relação social

Diminui a Pressão arterial

BENEFÍCIOS DA

ATIVIDADE FÍSICA

FREQUÊNCIA

Ao iniciar as rotinas de

exercícios procure exercitar

no mínimo três vezes por

semana, alternados.

Gradativamente aumente

para cinco a seis sessões

semanais.

36

DURAÇÃO

os exercícios são classificados em:

- curta duração até 30 minutos;

- média duração de 30 a 60 minutos;

- longa duração acima de 60 minutos.

Opte, no início, por exercícios de

intensidade leve a moderada para,

num estágio superior, aumentar a

intensidade com diminuição do

tempo de execução.

Para surtir efeito uma série

de exercícios deve

apresentar três momentos:

Aquecimento

sessão propriamente dita

fase final.

“O objetivo do aquecimento é levar os

diferentes sistemas e tecidos a um

estado que permita o funcionamento

orgânico diante do esforço físico com

maior eficiência”. (Guedes e Guedes,2003)

37

Você alguma vez se

preocupou em saber se a

atividade física que está

fazendo, está beneficiando

ou prejudicando a sua

saúde?

Que tal umas dicas!

INTENSIDADE

A opção bastante utilizada para dosar a

intensidade de esforço físico tem por

base:

- a frequência cardíaca máxima (FCMax.)

- a freq. cardíaca de repouso (FCRep.)

- idade da pessoa.

A FCMax. é calculada pelo índice 220

menos a idade da pessoa.

FCMax. = 220 - idade

38

Zona-alvo de Treinamento

Aeróbico

Você sabia que para fazermos atividades físicasaeróbicas é aconselhável trabalhar entre 60% e 80% danossa capacidade (lembre-se da Frequência Cardíaca).

Para o cálculo da ZTA pode-se utilizar a seguintefórmula:

ZTA = FCRep. + 60/100 . (FCMax. - FCRep.)

– Prof. agora é aula de matemática?

– Não se assustem, é simples!

Exemplo: Um jovem de 25 anos com frequência Cardíacade Repouso (FCRep.) = 70 batidas por minuto (bpm).

1º calculo da FCMax.

Índice de partida 220

Idade do indivíduo - 25_

FCMáx. 195 bpmOBS: Quando for calcular coloque o número

correspondente à sua idade.

39

2º calcular ZTA60% 80%

FCMax. 195 bpm 195 bpmFCRep. _- 70_ _- 70_

125 125 60% e 80% de esforço _x 0,60_ _x_0,80_

75 100FCRep. _+ 70_ _+ 70_FC preconizada para Esforço físico 145 bpm 170

bpmmínimo máximo

Obs: Aqui o que muda é sua FCMax. E sua FCRep. Portanto o

resultado será a sua ZTA.

Já conheçe a sua

Freq. Cardiaca Ideal!

Agora é só aplicar esta

frequência em todas as

Atividades Físicas

Aeróbicas diárias. Na

dúvida, pare e afira sua

Freq. Cardíaca.

40

ATIVIDADES PRÁTICAS

As atividades aqui propostas tem a finalidade de

melhorar a condição física, cardiorrespiratória e

em consequência a capacidade aeróbica dos

alunos, durante o projeto de intervenção

pedagógica:

→ jogos e brincadeiras com longa duração e baixa

intensidade;

→ corridas de resistência;

→ passeio ciclístico;

→ passeio ou caminhada por algum parque;

→ práticas de esportes com abordagem aeróbica;

→ pista de orientação no parque ambiental ou

municipal;

→ prática de ginástica aeróbica.

Referências bibliográficas: ARAÚJO, D.S.M.S.; ARAÚJO, C.G.S. Aptidão física, saúde e qualidade de vida

relacionada à saúde em adultos. 2000. Disponível em: <http://www.cdof.com.br/07.PDF>. Acesso em 27 ago.2009.

GLANER, M. F. Crescimento físico e aptidão física relacionada à saúde em adolescentes rurais e urbanos. Rev Bras Educ Fís Esp, 2005 - usp.br. Disponível em: <http://www.usp.br/eefe/rbefe/v19n12005/v19n1p13.pdf> Acesso em 20 ago 2009.

GOMES, A.C.; ARAÚJO FILHO, N.P. Cross Training: uma abordagem metodológica. Londrina. Ed. APEF. 1992.

LANDRY, G.L. Saúde e aptidão física. In SULLIVAN, J.A. et ANDERSON, S.J.Cuidados com o jovem atleta: enfoque interdisciplinar na iniciação e no treinamento esportivo. American Academy of Orthopaedic Surgeons-AmericanAcademy of Pediatrics. (tradução: E. Carvalho Freire e Claudio Flausino de Oliveira). 2004. Barueri, SP. Ed. Manole.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Paraná -Educação Física. SEED. Curitiba. 2005.

PROESP-BR. Projeto Esporte Brasil . Secretaria Nacional de Esporte de Alto Rendimento, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Disponível em:<http://www2.ufrgs.br/proesp/ >.Acesso em 20 ago. 2009..