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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
2009
Produção Didático-Pedagógica
Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE
VOLU
ME I
I
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS
COORDENAÇÃO ESTADUAL DO PDE
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
FECILCAM – FACULDADE DE CIÊNCIAS E LETRAS DE CAMPO MOURÃO
CADERNO PEDAGÓGICO SÉRIE:
EDUCAÇÃO ESPECIAL
GINÁSTICA ARTÍSTICA NA EDUCAÇÃO ESPECIAL PARA
DEFICIENTES INTELECTUAIS
PROFESSORA PDE – CREODETE FARIAS OGATA
ORIENTADORA: PROF.ª ME. Ceres Ribas Hubner
CAMPO MOURÃO
2010
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS
COORDENAÇÃO ESTADUAL DO PDE
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
FECILCAM – FACULDADE DE CIÊNCIAS E LETRAS DE CAMPO MOURÃO
GINÁSTICA ARTÍSTICA NA EDUCAÇÃO ESPECIAL PARA
DEFICIENTES INTELECTUAIS
Produção Didático-pedagógico apresentado
à Faculdade de Ciências e Letras de Campo
Mourão (FECILCAM) e à Secretaria de
Estado de Educação do Paraná (SEED) para
o programa de formação continuada
intitulado Programa de Desenvolvimento
Educacional (PDE), sob a orientação da
Profª. Me. Ceres Ribas Hubner.
CAMPO MOURÃO
2010
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS .............................................................................................................. iii
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 4
2 QUEM SÃO AS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA ........................................................ 5
3 DEFICIÊNCIA INTELECTUAL .................................................................................... 6
4 DIMENSÃO HISTÓRICA DA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA ................... 7
5 GINÁSTICA ...................................................................................................................... 9
6 GINÁSTICA ARTÍSTICA ............................................................................................. 12
7 1º ENCONTRO ................................................................................................................ 15
8 2º ENCONTRO ................................................................................................................ 16
9 3º ENCONTRO ................................................................................................................ 17
10 4º ENCONTRO ................................................................................................................ 20
11 5º ENCONTRO ................................................................................................................ 23
12 6º ENCONTRO ................................................................................................................ 26
13 7º ENCONTRO ................................................................................................................ 27
14 8º ENCONTRO ................................................................................................................ 29
CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................. 30
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 31
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Trampolim ................................................................................................................. 12
Figura 2 – Plinto ....................................................................................................................... 13
Figura 3 – Colchão ................................................................................................................... 13
Figura 4 – Tatame ..................................................................................................................... 14
Figura 5 – Rolamento para frente ............................................................................................. 17
Figura 6 – Rolamento para trás................................................................................................. 18
Figura 7 – Avião ....................................................................................................................... 20
Figura 8 - Parada de cabeça ...................................................................................................... 21
Figura 9 – Parada de mão ......................................................................................................... 21
Figura 10 - Vela ........................................................................................................................ 22
Figura 11 – Estrela ou roda....................................................................................................... 24
Figura 12 – Estrela ou roda....................................................................................................... 24
Figura 13 – Ponte ...................................................................................................................... 25
Figura 14 - Salto por sobre o plinto na transversal ................................................................... 28
1 INTRODUÇÃO
O presente Caderno Pedagógico, intitulado A Ginástica Artística na Educação
Especial para Deficientes Intelectuais, resulta de um trabalho de formação continuada
propiciada pela Secretaria de Estado da Educação do Paraná- SEED, por meio do
Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE, em conjunto com a Universidade
Estadual de Maringá-UEM e Faculdade Estadual de Ciências e Letras de Campo
Mourão - FECILCAM. Esse processo de formação envolve estudos teórico-
metodológicos de diferentes assuntos. Também, compreende estudos voltados à
Educação Especial, Educação Física com enfoque na Ginástica Artística.
O objetivo do presente material é veicular informações acerca do contexto
educacional especializado caracterizado na trajetória dos primórdios da Educação
Especial e sua aplicabilidade direta na Ginástica Artística.
Os apontamentos teórico-metodológicos aqui explanados dizem respeito à
teoria Histórico Cultural e estudos bibliográficos de textos que perpassam as DCE,
LDBen 9394/96 e documentos afins. Espera-se que este Caderno Pedagógico, expresse
a cristalização dos processos elaborados, contribuindo para a formação dos que, com ele
entrarem em contato.
Cientes de que o desenvolvimento psicomotor caracteriza-se por uma
maturação que integra o movimento, o ritmo, e a construção espaço-temporal, faz-se
necessário trabalhar a Ginástica Artística, direcionando-a a alunos com Deficiência
Intelectual, cujo intuito objetiva estimular práticas que possibilitem conhecer algumas
limitações corporais de forma a poder estabelecer algumas metas pessoais e aplicá-las
nas atividades de ginástica.
Estima-se que o aluno aprenda a situar-se no tempo e no espaço durante as
apresentações artísticas, desenvolvendo por meio da ginástica, questões psicomotoras
implicadas no desenvolvimento e interação com o meio social. É necessário conhecer
com mais exatidão os educandos, realizando um estudo de caso para averiguar suas
aptidões e/ou dificuldades e fazer as intervenções cabíveis para a realização da
ginástica.
Após toda essa investigação, realizar-se-ão atividades recreativas para
desenvolver os pré-requisitos indispensáveis para a execução da Ginástica Artística.
2 QUEM SÃO AS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
Parafraseando Freire (1998, p. 61), a deficiência é uma dentre todas as
possibilidades do ser humano. Dever-se-á ser considerado, mesmo se suas causas e/ou
conseqüências modificarem, com um fato natural que possa ocorrer em relação a todas
as outras potencialidades humanas. Não se deve permitir que as incapacidades das
pessoas venha impossibilitar o reconhecimento de suas habilidades.
Faz-se necessário explicitar que no Brasil, o decreto nº 3298 de 20 de
dezembro de 1999 considera Pessoas com Deficiência a que se enquadra em uma das
seguintes categorias:
Deficiência Física;
Deficiência Auditiva;
Deficiência Visual;
Deficiência Intelectual:1
Deficiência Múltipla.
Estes conceitos das OMS (Organização Mundial de Saúde) são seguidos por
praticamente todas as organizações internacionais que abordam a problemática da
Deficiência: Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a
Cultura), OIT (Organização Internacional do Trabalho), ONU (Organização das Nações
Unidas), e outros.
1 Entende-se por Deficiência Intelectual, o funcionamento intelectual geral significativamente abaixo da
média, considerada para o padrão de normalidade (Freire 1998).
3 DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
Segundo Carvalho (2002), não é consensual entre os profissionais uma
definição exata do termo deficiência intelectual, no entanto, a definição que reúne maior
número de adeptos é aquela proposta pela (AAMR) American Association on Mental
Retardation, 1992, que define assim este conceito:
A deficiência intelectual refere-se a um estado de funcionamento atípico no
seio da comunidade, manifestando-se logo na infância, em que as limitações
do funcionamento intelectual (inteligência) coexistem com as limitações no
comportamento adaptativo. Para qualquer pessoa com deficiência intelectual,
a descrição deste atraso de funcionamento exige o conhecimento das suas
capacidades e uma compreensão da estrutura e expectativas do meio social e
pessoal do individuo (LUCKASSEN, 1992, p. 54-55).
Mediante citação à priori, compreende-se que, a pessoa com deficiência
intelectual demonstra desde a infância, alguns indícios e/ou sinais atípicos denotado em
seu comportamento.
4 DIMENSÃO HISTÓRICA DA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA
As primeiras sistematizações que o conhecimento sobre as práticas corporais
recebe em solo nacional ocorrem a partir de teorias oriundas da Europa. Sob a égide de
conhecimentos médicos e da instrução física militar, a então denominada ginástica
surgiu, principalmente, a partir de uma preocupação com o desenvolvimento da saúde e
a formação moral dos cidadãos brasileiros. Esse modelo de prática corporal pautava-se
em prescrições de exercícios visando ao aprimoramento de capacidades e habilidades
físicas como a força, a destreza, a agilidade e a resistência, além de visar à formação do
caráter, da autodisciplina, de hábitos higiênicos, do respeito à hierarquia e do
sentimento patriótico.
O conhecimento da medicina configurou um outro modelo para a sociedade
brasileira, que contribuiu para a construção de uma nova ordem econômica, política e
social.
“Nesta nova ordem, na qual os médicos higienistas irão ocupar lugar
destacado, também se coloca a necessidade de construir, para o Brasil, um novo
homem, sem o qual a nova sociedade idealizada não se tornaria realidade” (SOARES,
2004, p. 70).
No contexto referido acima, a educação física ganha espaço na escola. Com o
passar do tempo, a perspectiva esportiva da Educação Física escolar recebeu uma forte
critica da corrente da psicomotricidade cujos fundamentos se contrapunham às
perspectivas teórico-metodológicas baseadas no modelo didático da esportivação. Tais
fundamentos valorizavam a formação integral da criança, acreditando que esta se dá no
desenvolvimento interdependente de aspectos cognitivos, afetivos e motores.
Entretanto, a psicomotricidade não estabeleceu um novo arcabouço de
conhecimento para o ensino da Educação Física, e as práticas corporais, entre elas, o
esporte, continuaram a ser tratados, tão-somente, como meios para a educação e
disciplina dos corpos, e não como conhecimentos a serem sistematizados e transmitidos
no ambiente escolar.
Faz-se necessário explicitar a importância da psicomotricidade, onde esta
integra mente e corpo de modo a permitir que o aluno perceba seu corpo, domine seus
movimentos e melhore sua expressão corporal. De acordo com Jakuboricz (2002), a
8
psicomotricidade integra várias atividades, valorizando a educação e a reeducação dos
movimentos, ao mesmo tempo em que põem em jogo as funções intelectuais.
Com relação à imagem e esquema corporal, nota-se que o corpo é a forma de
expressão da individualidade. A criança percebe-se e percebe o mundo a partir do seu
próprio corpo. O corpo é o ponto de referencia para que uma pessoa possa conhecer e
interagir com o mundo. A criança que conhece seu corpo é capaz de utilizá-lo com
precisão e destreza, pode, portanto, dispor deste corpo segundo seu desejo de controle.
5 GINÁSTICA
Nos dias atuais, a ginástica é concebida como uma prática quase extinta da
escola, e nas raras vezes em que é ofertada, predominam o caráter esportivo e
competitivo ou biológico relacionado ao desenvolvimento motor. Porém, o
conhecimento da ginástica deveria também considerar os aspectos históricos, sociais,
econômicos e políticos que se manifestam por meio dela, e ser trabalhada sob o ponto
de vista da cultura corporal, com o objetivo de promover a reflexão crítica para melhor
compreensão desta modalidade.
Ramos (1982, p. 15) caracteriza a ginástica como uma prática do exercício
físico “inicia-se na pré-história, afirma-se na Antiguidade, estaciona na Idade
Contemporânea”. No homem pré-histórico a atividade física tinha o papel relevante para
sua sobrevivência, exprimindo principalmente na necessidade vital de atacar e defender-
se.
Constata-se que na Antiguidade, principalmente no Oriente, os exercícios
físicos aparecem nas várias formas de luta, na natação, no remo, no hipismo, na arte de
atirar com o arco, como exercícios utilitários. Na Grécia, especificamente em Atenas, a
prática do exercício físico era altamente valorizada como educação corporal, como
preparação para a guerra em Esparta. Em Roma, o exercício físico tinha como objetivo
principal a preparação militar, e num segundo plano, a prática de atividades desportivas
como, as corridas de carros e os combates de gladiadores que estavam sempre ligados às
questões bélicas.
Na Idade Média os exercícios físicos foram a base da preparação militar dos
soldados, que durante os séculos XI, XII e XIII lutaram nas cruzadas das empreendidas
pela Igreja. Entre os nobres eram valorizadas a esgrima e a equitação como requisitos
para participação nas Justas e Torneios, jogos que tinham como objetivo “enobrecer o
homem e fazê-lo forte e apto” (RAMOS, 1982). Há ainda, registros de outras atividades
praticadas neste período como manejo do arco e flecha, a luta, a escalada, a marcha, a
corrida, o salto, a caça e a pesca e jogos simples de pelotas, um tipo de futebol e jogos
de raquete. Na idade Moderna, aproximadamente em 1453 o exercício físico era
considerado simbólico.
A denominação de Ginástica, inicialmente utilizada como referencia à todo
tipo de atividade física sistematizada, cujos conteúdos variavam desde atividades
necessárias a sobrevivência, aos jogos, ao atletismo, às lutas, à preparação de soldados,
10
adquiriu a partir de 1800 com o surgimento dos principais métodos ginásticos, que por
sua vez determinariam a partir de 1900 o inicio dos três grandes movimentos ginásticos
na Europa. São eles: o movimento do Oeste na França, o movimento do Centro na
Alemanha, Austrália e Suíça e o movimento no Norte englobando as raízes da
Escandinávia.
Em busca de um novo conceito de ginástica, segundo o Dicionário, Aurélio da
Língua Portuguesa, a palavra ginástica vem do grego Gymnsdtike e significa a “Arte ou
ato de exercitar o corpo para fortificá-lo e dar-lhe agilidade. O conjunto de exercícios
corporais sistematizados, para este fim, realizados no solo ou com auxílio de aparelhos e
aplicados com objetivo educativos, competitivos, terapêuticos, etc.”.
De acordo com a Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, a ginástica é
caracterizada como: “uma forma ou modalidade de educação física”, isto é, uma
maneira de formar fisicamente o corpo humano, sendo os restantes, além dele, os jogos
e os desportos. Segundo Souza (1992), a definição científica, diz-nos que a ginástica é a
exercitação metódica dos órgãos no seu conjunto (relacionado ao movimento e à
atitude), por intermédio de exercícios corporais, de “forma” precisamente determinada e
ordenada sistematicamente, de modo a solicitar não só todas as partes do corpo, como
as grandes funções orgânicas vitais e sistemas anatômicos, nomeadamente: o repertório,
o cardio-circulatório, o de nutrição (assimilação e desassimilação) o nervoso, os órgãos
de secreção interno.
Com base nas Diretrizes Curriculares da Educação Física, entende-se que a
ginástica deve dar suporte ao aluno, de reconhecer as possibilidades do próprio corpo, O
objeto de ensino desse conteúdo devem ser as diferentes formas de representação da
ginástica.
Constata-se que a ginástica compreende uma gama de possibilidades, desde a
ginástica imitativa de animais, as práticas corporais circenses, a ginástica geral, até as
desportivadas: artísticas e rítmica. Contudo, sem negar o aprendizado técnico, o
professor deve possibilitar a vivência e o aprendizado de outras formas de movimento.
Como exemplo, além de ensinar os alunos a técnica do rolamento para frente e
para trás, o professor pode construir com eles outras possibilidades de realizar o
rolamento, considerando as individualidades e limitações de cada aluno, fazendo
relações com alguns animais, relacionando com formas geométricas ou objetos, entre
outros. Deve-se, ainda, oportunizar a participação de todos, por meio da criação
11
espontânea de movimentos e coreografias, bem como a utilização de espaços para suas
práticas, que podem ocorrer em locais livres como pátios, campos, bosques entre outros.
Por meio da ginástica no programa se faz legitimar na medida em que permite
ao aluno a interpretação subjetiva das atividades de ginástica, através de um espaço
amplo de liberdade para vivenciar as próprias ações corporais.
No sentido da compreensão das relações sociais, a ginástica promove a prática
das ações em grupo onde nas exercitações como “balançar juntos” ou “saltar” com os
companheiros, concretiza-se a co-educação, entendida como a maneira de
elaborar/práticas, formas de ação comum.
Por meio da ginástica, o professor poderá organizar a aula de maneira que os
alunos se movimentem, descubram e reconheçam as possibilidades e limites do próprio
corpo. Com efeito, trata-se de um processo pedagógico que propicia à interação, o
conhecimento, a partilha de experiências e contribuir para ampliar as possibilidades de
significação e representação do movimento.
Segundo Vygotsk e Lúria (p. 64), verifica-se que a interação face a face entre
indivíduos particulares desempenha um papel fundamental na construção do ser
humano: é através da relação interpessoal concreta com outros homens que o indivíduo
vai chegar a interiorizar as formas culturalmente estabelecidas de funcionamento
psicológico, Portanto, a interação social, seja diretamente com outros membros da
cultura, seja através dos diversos elementos do ambiente culturalmente estruturado,
fornece a matéria-prima para o desenvolvimento psicológico do indivíduo. A ginástica
terá papel fundamental para a formação biopsicossocial do aluno, propiciando melhor
desenvoltura, autoestima e inclusão social.
6 GINÁSTICA ARTÍSTICA
A Ginástica Artística segundo Araújo (2003), também conhecida como
Ginástica Olímpica, é a principal modalidade de ginástica dentre as seis existentes:
ginástica geral, ginástica rítmica, trampolim, aeróbica e a ginástica acrobática. Na
ginástica artística, o conjunto de exercícios é realizado em aparelhos oficiais. Os
movimentos revelam força, agilidade, flexibilidade, coordenação, equilíbrio e controle
do corpo. A terminologia “ginástica” é originário do grego “gymnádzein”, que significa
treinar.
Os aparelhos de ginástica artística feminina diferem-se dos aparelhos de
ginástica masculina, procuram revelar a força e domínio do ginasta. Para os homens as
provas são: barra fixa, barras paralelas, cavalo com calças, cavalo de saltos, argolas e
solo. Para as mulheres as provas são: solo, salto, sobre cavalo, evoluções nas barras
assimétricas e na trave de equilíbrio.
A ginástica artística faz parte dos jogos Olímpicos desde a era moderna, sua
primeira edição ocorreu em Atenas no ano de 1.896.
A prática da atividade artística promove benefícios aos seus praticantes, tais
como: flexibilidade, crescimento, força, concentração e coordenação motora. Abaixo,
serão elencadas figuras dos aparelhos que serão utilizados na Ginástica Artística.
1. Trampolim: construído nas medidas oficiais da FIG (Federação Internacional
de Ginástica) para Ginástica Artística, possui tampo superior em fibra de vidro e a base
de madeira. O sistema de impulsão deverá ser por molas de aço e ter regulagem para
adulto e criança. Acolchoado em EVA (Etil Vinil Acetato) e a cobertura de acabamento
em carpete.
Figura 1: Trampolim
Fonte: <http://www.aesportiva.com.br/catalogo/imagens/1-cat-08-ginastica%5CGRA-14-trampolim-
ergotop-G.jpg>
13
2. Plinto: Tem formato retangular com 1,40 de comprimento e 06 gavetas de 20
cm de altura cada. Construído em madeira sem utilização de pregos. Tampa superior
acolchoada em espuma de alta densidade e revestida em tecido antiderrapante.
Figura 2 – Plinto
Fonte: <http://bdsport.com/images/41_110.jpg>
3- Colchão/ 4-Tatames-É onde será trabalhar a ginástica de solo. O colchão e o
Tatame é um aparelho que usamos em quase todas as modalidades. O solo possui uma
peculiaridade no universo gímnico. Este é um aparelho utilizado em quase todas as
modalidades, nele realizam-se movimentos acrobáticos, coreografados, artísticos e
ginásticos.
Figura 3 – Colchão
Fonte: <http://www.jmpsport.com/equipamentos-desporto/ginastica/ginastica-6/image_400x400>
14
Figura 4 – Tatame
Fonte: http://www.rpcsports.com.br/Fotos%20originais/Rpc%20Sports/Tatame%201%20X%201.jpg
Para desenvolvimento da prática na ginástica artística serão utilizados quatro
aparelhos adquiridos, sendo eles: trampolim, plinto, colchão e os tatames. Serão
trabalhados oito (8) encontros com duração de quatro (4) horas cada, somando um total
de trinta e duas (32) horas.
7 1º ENCONTRO
Conteúdo
Ginástica Artística e suas características.
Objetivos
Oportunizar o conhecimento do tema “Ginástica Artística”;
Através da exposição de vídeos e fotos, possibilitar contato inicial com
manifestações gímnicas;
Compreender as características da Ginástica Artística.
Materiais
Vídeo, fotos, slides.
Desenvolvimento
Neste primeiro momento fazer-se-á um diálogo claro frente ao tema Ginástica
Artística, instigando os educandos a falarem o que sabem sobre o tema, ou, se houve a
participação de alguns e/ou todos em algum tipo de modalidade de ginástica, quando
aconteceu e quais foram os resultados e se gostaram de realizá-la.
Após todo diálogo, expor slides, vídeos e fotos da Ginástica Artística, de
maneira que o alunado observe como se dá tal prática, a postura dos ginastas,
coreografia, adereços e outros.
A medida que entrarem em contato à princípio pela observação, com a prática
da Ginástica Artística, será estimulada a criatividade, percepção visual e a vontade de
realizá-la.
Após assistirem os vídeos, conversarem com mais exatidão e clareza sobre o
tema, enfocando suas características e algumas demonstrações ao vivo por pessoas
experientes para esclarecimento e estimulação da mesma, incentivando a participação
dos alunos.
8 2º ENCONTRO
Conteúdo
Manipulação e exploração de aparelhos.
Objetivos
Oportunizar a exploração de materiais;
Discernir o que é plinto, trampolim, colchão/tatame;
Compreender a função e aplicabilidade do plinto, trampolim, e
colchão/tatame.
Materiais
1. Plinto, trampolim, colchão/tatame.
Desenvolvimento
A priori, conversar com educandos sobre os materiais, sua utilidade e como
manuseá-los adequadamente.
Deixar claro aos educandos que o colchão/tatame é um material onde será
trabalhada a ginástica de solo, neste serão realizados movimentos acrobáticos,
coreografados, artísticos e ginásticos.
O plinto tem formato retangular, é construído em madeira e contém 6 (seis)
gavetas de 20 cm de altura cada, sua tampa é acolchoada em espuma e revestida de
tecido, Tem como finalidade a realização de acrobacias e outros feitos.
Faz-se necessário, propiciar um momento para que os educandos possam
explorá-los levemente, com o intuito de liberar a imaginação e criatividade,
possibilitando dessa forma, maior entrosamento entre o grupo e com o material
propriamente dito.
Após descontraí-los, propor algumas atividades com a finalidade de utilizar os
materiais e ao mesmo tempo iniciar paulatinamente a prática da ginástica. Para finalizar,
fazer alguns alongamentos (braços, pernas, pescoço, costas) e comentar sobre os
mesmos, focando a importância destes no término de cada prática realizada.
9 3º ENCONTRO
Conteúdo
2. Rolamentos/saltos/giros/elefantinho.
Objetivos
3. Desenvolver a coordenação específica para o salto e rolamento para frente e para
trás;
4. Discernir como executar o elefantinho;
5. Realizar com desenvoltura os giros e o elefantinho.
Materiais
Colchão/tatame, plinto, folha de papel.
Desenvolvimento
Antes de iniciar a prática, levar os educandos a compreenderem e discernirem
o que é salto, giro, elefantinho e rolamento para frente e para trás, e posteriormente
realizá-los.
Rolamento para frente
No início do rolamento para frente, o aluno deverá ficar na ponta do colchão,
(encostar o queixo no peito) e rolar para frente com a ajuda do professor.
Figura 5 – Rolamento para frente
Fonte: <http:// wikipedia.org>
Para unir o queixo junto ao peito, colocar uma folha de papel entre os dois. O
aluno deverá executar o rolamento sem deixar que o papel caia.
Em coluna, o primeiro agacha no início do colchão e rola para frente, sendo
levantado pelas mãos com a ajuda do professor.
Com uma série de colchões enfileirados, o aluno deve realizar diversos
rolamentos seguidos.
Em coluna, o aluno deverá rolar para frente e terminar em pé com os braços
estendidos para cima.
18
O aluno deverá ficar sobre o plinto e rolar. Em cima de uma gaveta de plinto
inclinada em um colchão sobre ela, o aluno deve rolar para frente (terminando agachado
e depois em pé).
O aluno, ajoelhado sobre o plinto, queixo junto ao peito, mãos espalmadas para
baixo, viradas para frente no momento de rolar, as mãos devem estar a frente da cabeça,
separados a largura dos ombros, com os cotovelos flexionados para baixo e nunca para
o lado (aberto).
Rolamento para trás
Desequilibrar o centro de gravidade para trás, rolando sobre as costas e a nuca.
Tocar com a ponta dos pés no solo e, com as mãos espalmadas, empurrar o tronco para
trás até atingir a posição inicial.
Figura 6 – Rolamento para trás
Fonte: <http:// wikipedia.org>
O aluno ficará sobre uma gaveta de plinto inclinada, e deverá rolar para trás
(terminando agachado e depois em pé) sempre com o auxílio do professor.
Agachados sobre meia ponta dos pés, de costas para o colchão, o aluno deverá
inclinar o tronco sobre os membros inferiores, tocando o queixo no peito. Em seguida,
flexiona os braços, mantendo os cotovelos para frente, as mãos próximas a orelha,
devendo estar com as palmas das mãos voltadas para cima e para trás.
Rolamento para trás afastado, em pé, pernas afastadas lateralmente, de costas
para o colchão ou tatame, braços na lateral, inclinar o tronco a frente aproximando o
queixo do peito. Apoiar as mãos espalmadas com os dedos voltados para frente, entre as
pernas (o mais atrás do corpo possível). Desequilibrar-se para trás transferindo o peso
para os braços flexionados, com os cotovelos apontados para frente e as mãos próximas
às orelhas com a palma voltada para cima e para trás. Rolar sobre as costas e a nuca,
mantendo as pernas afastadas, tocando o solo com a meia ponta dos pés, com as mãos
espumadas, empurrar o tronco para trás até a posição inicial.
19
Fazer rolamento para trás, finalizado a atividade em pé;
Realizar rolamento para trás, finalizado sentado com as pernas afastadas;
Finalizar o rolamento para trás agachado;
Fazer o rolamento para trás com uma folha entre o queixo e o peito.
Elefantinho
O Elefantinho é uma iniciação a parada de cabeça.
Alunos organizados em trios devem apoiar as mãos e a cabeça no tatame ou
colchão formando um triângulo. Lentamente, apoiar os joelhos nos cotovelos
correspondentes. Os colegas fazem a segurança lateral.
Parada de cabeça
Os alunos organizados em frente para o colchão agachados. Em seguida, apóia
as mãos no colchão, formando com elas e a cabeça um triângulo eqüilátero, tira uma
perna do colchão, impulsiona o corpo para cima e encosta as suas pernas na parede.
10 4º ENCONTRO
Conteúdo
Avião/Parada de cabeça/Parada de mão/Vela.
Objetivos
Desenvolver coordenação motora específica para o avião;
Discernir e utilizar adequadamente a parada de mão e parada de cabeça.
Materiais
Colchão/tatame.
Desenvolvimento
Explicar a princípio o que é parada de cabeça e parada de mão, e quando
aplicá-las corretamente na ginástica artística.
Posteriormente, realizá-las paulatinamente até atingir com precisão a
coreografia desejada.
Para realizar aviões
Deve-se de frente, apoiar em um dos pés e elevar a outra perna estendida para
trás abaixando o tronco simultaneamente até os ombros e a perna elevada chegarem,
gradativamente, à horizontal. Os braços deverão estar estendidos em situação
ligeiramente oblíqua para cima em relação ao tronco.
Figura 7 – Realizar aviões
Fonte: <http://www.wikipedia.org>
Parada de cabeça
Em duplas, com a ajuda do colega o aluno agachado apóia as mãos na cabeça
formando com elas e a cabeça um triângulo eqüilátero. Em seguida, apóia as pontas dos
pés no chão, estende os joelhos e ergue as pernas fletidas, alongando-as no final (sendo
apoiando por um colega).
21
Figura 8 - Parada de cabeça
Fonte: <http:// wikipedia.org>
Em duplas, com a ajuda do colega, o aluno, agachado, apóia as mãos no
colchão, formando com elas e a cabeça um triângulo eqüilátero. O peso do aluno fica
dividido da seguinte maneira: na parte superior do triângulo deve ser colocada a testa e
nas extremidades da parte inferior do triângulo, as mãos espalmadas, com os dedos
voltados para frente. Em seguida, apóia as pontas dos pés no colchão, estendem-se os
joelhos e ergue as pernas mantendo-as fletidas (dobradas).
Os alunos posicionados em quatro apoios, de costas para a parede, ele deverá ir
escalando a parede com os pés, até ficar na posição invertida (de cabeça para baixo).
Parada de mão
Os alunos organizados em frente ao colchão em dupla, em seguida com
impulsão do corpo e apoio das mãos no chão ou colchão, erguerão as pernas que serão
apoiadas pelo colega.
Figura 9 – Parada de mão
Fonte: <http:// wikipedia.org>
Os alunos dois a dois, um fica em quatro apoios, enquanto seu colega em pé,
flexiona uma de suas pernas entre as duas dele. Após flexionar a perna, o colega segura
os quadris do aluno abaixado e o ajuda na elevação. Parada de mão de dois apoios com
as pernas agrupadas.
Parada de mão invertida afastada. Em pé de frente para a parede, o aluno deve
apoiar as mãos no colchão e levar as pernas apoiando os pés na parede.
22
Os alunos em pé, de frente para a parede. Os mesmos devem fazer a (chamada
elevação da perna de impulsão e dos braços) com uma das pernas e apoiar os pés na
parede.
Vela
Em decúbito dorsal elevar as pernas e o quadril, mantendo o corpo numa
posição de equilíbrio invertido a princípio com os joelhos próximos ao peito e depois
com o corpo ereto, apoiado apenas na nuca e nos braços, com as mãos no solo ou
ajudando a manter o quadril elevado.
Figura 10 - Vela
Fonte: <http:// wikipedia.org>
11 5º ENCONTRO
Conteúdo
Parada de mão afastada/ponte/estrela ou rodante.
Objetivos
Possibilitar coordenação motora;
Compreender e saber utilizar a ponte, estrela e rodante;
Desenvolver equilíbrio;
Discernir o que é ponte, estrela, rodante e parada de mão afastada.
Materiais
Colchão/tatame, banco sueco, plinto, cordas.
Desenvolvimento
Explicitar aos alunos o que é parada de mão afastada, ponte e estrela ou
rodante, quando e porque utilizá-los após explanação, praticá-los.
Parada de mão afastada
Em pé de frente para a parede o aluno deve apoiar as mãos no colchão e levar
as pernas, apoiando os pés na parede.
Os alunos em pé, de frente para a parede. Os mesmos devem fazer a chamada
(elevação da perna de impulsão e dos braços) com uma das pernas e apoiar os pés na
parede.
Em pé com afastamento lateral das pernas, braços no prolongamento do corpo,
diante do colchão. O aluno deve inclinar o tronco para frente o mais próximo possível
dos pés e elevar o quadril, deslocando o centro da gravidade sobre a base. As pernas
permanecem afastadas e estendidas, contraindo os glúteos para encaixar corretamente a
cintura pélvica. Finalizar na posição inicial.
Estrela ou roda
Os alunos em pé, de frente para o banco sueco ou plinto. O aluno deve apoiar
as mãos sobre o banco (uma de cada vez) e elevar as pernas, encontrando sua perna de
impulsão.
Os alunos com braços estendidos acima da cabeça, no prolongamento dos
ombros. Pernas afastadas lateralmente, cabeça no prolongamento do pescoço, ele deverá
inclinar o tronco para a lateral, mantendo os braços estendidos. Apóia uma das mãos
espalmadas com os dedos apontados na direção inversa da posição dos pés.
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Em seguida apóia a segunda mão paralelamente a primeira, dividindo o peso
do corpo, apoiando uma das pernas estendidas longe da segunda mão terminando com
as pernas unidas.
Figura 11 – Estrela ou roda
Fonte: <http:// wikipedia.org>
Os alunos em pé devem fazer o movimento de roda passando por sobre as
cordas que estarão esticadas no chão lado a lado.
Os alunos no início do colchão, braços estendidos acima da cabeça, no
prolongamento dos ombros. Pernas afastadas lateralmente, cabeça no prolongamento do
pescoço, ele deverá inclinar o tronco para a lateral, mantendo os braços estendidos.
Apóia uma das mãos espalmadas com os dedos apontados na direção inversa da posição
dos pés.
Em seguida apóia a segunda mão paralelamente a primeira, dividindo o peso
do corpo, apoiando uma das pernas estendidas longe da segunda mão. Quando este pé
se apóia no solo, a segunda mão sob a ação da repulsão, é retirada, voltando o corpo a
posição inicial. A roda, portanto tem quatro apoios (mão-mão-pé-pé).
Figura 12 – Estrela ou roda
Fonte: <http:// wikipedia.org>
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Os alunos em pé, após serem chamados a fazer o movimento de roda.
O aluno em pé, de frente para o plinto, coloca o colchão a frente do plinto e
traça um risco unindo o plinto e o colchão. O aluno deve executar a roda, colocando as
mãos sobre o risco do plinto e caindo com os pés sobre o risco do colchão.
Ponte
O aluno deve ficar de costas para a parede, arcar para trás colocar as mãos na
parede e ir descendo até completar a ponte e depois voltar;
Deitado ir empurrando o quadril para frente e braços estendidos ao lado das
orelhas na Ponte para trás.
Em trio dois seguram um na mão do outro e o terceiro vai deitando nas mãos
dos colegas até atingir o chão, depois tem que voltar, sempre com ajuda.
Figura 13 – Ponte
Fonte: <http:// wikipedia.org>
12 6º ENCONTRO
Conteúdo
Rodante/Reversão para trás ou flic–flec.
Objetivos
Desenvolver coordenação motora;
Compreender o que é rodante e como empregá-lo na ginástica artística;
Entender o que é reversão/ou flic-flac e saber utilizá-los com precisão.
Materiais
Colchão, plinto.
Desenvolvimento
Durante todos os encontros, fazer-se-ão explanações acerca das atividades a
serem desenvolvidas, indagando-os frente as mesmas e explicando de maneira mais
detalhada para melhor compreensão. Em seguida, exemplificar cada conteúdo de forma
clara e concreta.
Rodante
O aluno inicia o desenvolvimento de cima do plinto e coloca uma das mãos em
cima da tampa e a outra no colchão, promovendo a diferença de altura, fazendo a roda
normalmente.
Fazer a roda sobre o colchão com uma das mãos fechadas, alternando as mãos.
Um aluno fica na lateral do colchão e dá a mão, a outra mão que fica solta do
aluno que executa a roda. Promove um apoio e retira-a do solo.
Reversão para trás ou flic-flac
Os alunos divididos em trios, com as mãos entrelaçadas, dois alunos fazem um
apoio para um terceiro, que deve inclinar o corpo para trás e apoiar as mãos no solo.
Com ajuda dos companheiros, ele deve impulsionar o corpo, fazendo a parada de mãos
e finalizando a atividade em pé.
Os alunos em pé, com uma pequena corrida treinar a parada de mão com uma
grande impulsão da perna de apoio.
13 7º ENCONTRO
Conteúdo
Reversão para frente/salto por sobre o plinto na transversal e elaboração de
coreografia de solo.
Objetivos
Desenvolver coordenação espacial;
Compreender o que é reversão para frente e como utilizá-la;
Realizar com destreza o salto sobre o plinto;
Desenvolver flexibilidade, equilíbrio e força para execução da coreografia.
Materiais
Plinto, colchão.
Desenvolvimento
Conversar com os educandos a respeito da ginástica e seus benefícios,
enfatizando exercícios novos como reversão para frente, salto e coreografia, instigando
os a expressar o que sabem sobre o assunto. Após exemplificar com exemplos para
melhor entendimento.
Reversão para frente
Os alunos em trios sobre a tampa do plinto, o aluno deve impulsionar o corpo
para fazer a parada de mão e seus dois colegas auxiliam-no na reversão.
Em trios sobre o colchão, o aluno deve impulsionar o corpo para fazer a parada
de mão, passando por sobre uma tampa do plinto com o auxílio dos colegas.
Salto por sobre o plinto na transversal
Em coluna o aluno deve subir no plinto (duas gavetas) com o apoio das mãos e
com os dois pés unidos. Terminar o movimento, saltando com os pés unidos para o
colchão.
Com o apoio das duas mãos, o aluno deve passar as pernas, estendidas e
unidas, lateralmente sobre o plinto (duas gavetas).
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Figura 14 - Salto por sobre o plinto na transversal
Fonte: <http:// wikipedia.org>
Coreografia de solo
Após, o entendimento, aperfeiçoamento dos exercícios básicos da ginástica
artística, (avião, vela, estrela...) deve-se fazer a união destes exercícios, montando assim
uma coreografia, no feminino a coreografia é acompanhada de música e no masculino
não.
14 8º ENCONTRO
Conteúdo
Salto por sobre o plinto na longitudinal e elaboração de coreografia de solo.
Objetivos
Desenvolver coordenação espacial, flexibilidade, equilíbrio e força;
Executar com segurança os saltos sobre o plinto;
Compreender e fixar a coreografia.
Materiais
Plinto, colchão.
Desenvolvimento
Explicar o que é salto sobre plinto, na longitudinal e o porquê da coreografia.
Ao passo que os alunos compreendem a explicação, exemplificá-lo e passar a realização
das atividades.
Salto por sobre o plinto na longitudinal
Com um impulso o aluno deve saltar por sobre o plinto, com entrada (com
o apoio das mãos no centro do plinto) e saída grupada.
O aluno deve saltar grupado por sobre o plinto.
Subir grupado no plinto, com queda em afastamento no colchão.
Saltar em afastamento lateral por sobre o plinto e encerrar o salto com as
pernas unidas. O professor deve auxiliar sempre.
Coreografia
Sempre trabalhar com os alunos a fixação das séries dos exercícios, ou seja, os
seguimentos do mesmo, para que juntos formem a coreografia.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O homem desde os primórdios da sociedade exercita seu corpo, como meio de
garantir uma boa forma física. Esta exercitação do corpo veio a se chamar ginástica,
onde o homem expressa-se por uma linguagem corporal através do movimento rítmico,
traduzindo emoções, fantasias, idéias e sentimentos. A ginástica exprime a “alma” do
sujeito, além de promover práticas sociais e maior desenvolvimento psicológico do
sujeito, contribuindo dessa forma para a formação biopsicossocial do mesmo.
À medida que dedicamo-nos a trabalhar na Educação Especial, mudamos
conceitos paradoxais de pensar e automaticamente a forma de agir. Esta se estende a
todas as dimensões e porque não dizer, a ginástica artística, pois ao passo que deixamos
o corpo expressar-se através de acrobacias e demais atividades corporais, estamos
exprimindo nossas idéias e anseios através do movimento corporal.
Em suma, além de praticar a ginástica propriamente dita, o aluno com
deficiência intelectual exerce seus direitos de cidadão, de ir e vir, incluindo-se
significativamente na sociedade.
REFERÊNCIAS
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ARAÚJO, C. Manual de ajudas em ginástica. Canoas: Ulha 2003.
BRANDÃO, C. R. Repensando a pesquisa participante. São Paulo, Brasiliense, 1984.
BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, Constituição Federal de
1988.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases nº 4024/69, 5692/78 e 9394/96
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases nº 5692/71;
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases nº 9394/96.
CARVALHO, E. N. S. de. MACIEL, D. M. M. de. A nova concepção de deficiência
mental segundo a American Association on Mental Retardation. AAMR:
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da educação física. São Paulo.
Cortez, 1992.
FREIRE, Lúcido Bianchete Ida Mara. Um olhar sobre a diferença. São Paulo: Papirus,
1998.
JOKUBOVICZ, R. Teoria e prática. São Paulo: Revinter, 2002.
LUCKASSEN, R. et al. Mental retardation: definition, classificacion and systems of
supportes. 10. ed. Washigton, OC América Association on Mental Retardation, 2002.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes Curriculares de
Educação Básica (Educação Física) 2008.
SISTEMA 2002. Termos em psicologia da SBP. Ribeirão Preto. V 11 nº 2 p. 187-193,
junho de 2005.
SOARES, C, L. Educação física escolar: conhecimento e especificide. Revista Paulista
de Educação Física, Supl. 2, São Paulo, 1996, p. 06-23.
SOARES, J. C. E.; ALBUQUERQUE FILHO, J. A. Manual de ginástica 1994
Olimpíada. Rio de Janeiro: Sprint, 1984.
SOUZA, J. C. E. Desenvolvimentos ginástica geral-elaboração de coreografia. Rio de
Janeiro, 1992.
VYGOTSKY, L.S. Aprendizado e desenvolvimento. Um processo sócio - histórico.
São Paulo: Scipione, 1981.