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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
2009
Produção Didático-Pedagógica
Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE
VOLU
ME I
I
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO – SUED
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ – UEM
CADERNO PEDAGÓGICO
EXPECTATIVA E POSSIBILIDADES DO ENSINO DE HISTÓRIA NAS QUINTAS SÉRIES DO ENSINO FUNDAMENTAL: HISTÓRIA VIVA ,
ENCANTADORA, PRAZEROSA E REAL
Ana Lucia Almeida Pereira
MARINGÁ – PR
2010
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL- PDE
CADERNO PEDAGÓGICO DE HISTÓRIA
EXPECTATIVA E POSSIBILIDADES DO ENSINO DE HISTÓRIA NAS QUINTAS SÉRIES DO ENSINO FUNDAMENTAL: HISTÓRIA VIVA ,
ENCANTADORA, PRAZEROSA E REAL
TEMA : A importância do Ensino de História no Ensino Fundamental
TEMPO ESTIMADO PARA APLICAÇÃO : 32 horas/aulas
PROFESSORA: Ana Lucia Almeida Pereira
ORIENTADORA : Prof.ª Dra. Sandra Aparecida Pires Franco
APRESENTAÇÃO
O material didático referente ao Projeto de Intervenção Pedagógica na Escola
EXPECTATIVA E POSSIBILIDADES DO ENSINO DE HISTÓRIA NAS
QUINTAS SÉRIES DO ENSINO FUNDAMENTAL: HISTÓRIA VIVA ,
ENCANTADORA, PRAZEROSA E REAL consiste em um Caderno Pedagógico
organizado em duas unidades, que será executado no Colégio Estadual Governador
Adolpho de Oliveira Franco – Ensino Fundamental, Médio e Profissional, com alunos
de quintas séries.
A primeira unidade do Caderno Pedagógico consiste na introdução e no
desenvolvimento teórico; a segunda unidade apresenta seis momentos. O primeiro
momento consiste na apresentação e boas vindas; o segundo momento, as diferentes
visões sobre a História; o terceiro, Fontes Históricas; o quarto, Fontes Orais; o quinto,
Fontes Visuais – Fotografias; e o último trata-se da concretização dos estudos.
SUMÁRIO
PRIMEIRA UNIDADE
1-Introdução ....................................................................................................................04
2- Desenvolvimento Teórico ..........................................................................................05
SEGUNDA UNIDADE
1-Apresentação e boas vindas .........................................................................................07
2-As diferentes visões sobre a História ..........................................................................09
3- Fontes Históricas ........................................................................................................12
4- Fontes orais em sala de aula .......................................................................................14
5- Fontes Históricas- Fotografia .....................................................................................16
6- Concretização dos Estudos .........................................................................................20
7- Referências .................................................................................................................21
Para estudar o passado de um povo, de uma instituição, de uma classe, não basta aceitar ao
pé da letra tudo quanto nos deixou a simples imensa dos figurantes mudos que enchem o
panorama da História e são muitas vezes mais interessantes e mais importantes do que os outros, os que apenas escrevem a História.
Sérgio Buarque de Holanda
PRIMEIRA UNIDADE
1-INTRODUÇÃO
Esse Caderno Pedagógico Didática foi elaborado a partir de um cronograma de
trabalho organizado pelo Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE), turma
2009. O referido programa – PDE - proporcionou reflexões e nos deu a oportunidade
para que todos nós professores, inseridos no programa, pudéssemos por meio de cursos
gerais e cursos específicos, buscarmos muitas sugestões de leitura e pudéssemos
construir o presente material, uma vez que a pergunta que se faz constantemente na
escola pelos professores é: como romper o mito da passagem da educação básica (1ª à 4ª
série) para a 5ªsérie? Como desenvolver o gosto pela disciplina de História?
É, nesse sentido, que propusemos esse Caderno Pedagógico, em que buscaremos
um primeiro contato com o aluno, promovendo uma prática que nos remeta ao ensino de
História voltado à pesquisa, à narrativa histórica e à produção do conhecimento.
5
Na maioria das vezes, nossas aulas tornam-se uma obrigatoriedade para os
alunos, gerando desinteresse e uma grande apatia. Precisamos repensar um
planejamento que junto com a apropriação do conhecimento gere também o prazer.
Dessa forma, espera-se contribuir para a melhoria das aulas de história tornando-
as vivas, encantadoras, prazerosas e reais.
Sendo assim, o presente Caderno Pedagógico visa o reconhecimento da
importância da disciplina de História, atraindo os alunos por intermédio de um trabalho
de valorização das fontes históricas. Vale salientar que não se pretende construir uma
história local, mas sim demonstrar a importância das fontes documentais para a
ampliação do conhecimento histórico de uma região, permitindo estabelecer relações
com a macro história.
2-DESENVOLVIMENTO TEÓRICO
Vivendo num processo de globalização, a sociedade vive o imediatismo, aquilo
que está presente; assim, como referendado por Hobsbawn em seu livro A Era dos
Extremos, cabe ao professor de história elucidar, resgatar o passado para que não
aconteça a perda de referências históricas por parte dos nossos alunos:
A destruição do passado, ou melhor, dos mecanismos sociais que vinculam nossa experiência pessoal a das gerações passadas é um dos fenômenos mais característicos e lúgubres do final do século XX. Quase todos os jovens de hoje crescem numa espécie de presente contínuo, sem qualquer relação orgânica com o passado público da época em que vivem. Por isso, os historiadores, cujo ofício é lembrar o que os outros esquecem, tornam-se mais importantes que nunca no final do segundo milênio (ORIÁ apud BITTENCOURT, 2005, p. 145).
Para que isso aconteça, a alternativa proposta é a de iniciar um trabalho com
alunos de 5ª séries sobre fontes históricas.
Para Schmidt e Cainelli (2004, p.94):
[...] o contato com as fontes históricas facilita a familiarização do aluno com as formas de representação das realidades do passado e do presente, habituando-o a associar o conceito histórico a análise que o origina e fortalecendo sua capacidade de raciocinar baseado em uma situação dada.
6
Nesse aspecto, o presente Caderno Pedagógico da disciplina de História
possibilita aos professores uma nova maneira de introduzir o conhecimento das fontes
históricas com alunos de 5ª séries.
7
Seja como for, a aula [de História} pode tornar-se um pensamento em formação que continua a
se criar diante dos alunos, ou antes, com os alunos. Atividade adequação - é então o frescor e
não o mofo, o amarelecido-o cheiro bom do frescor.
Georges Snyders
SEGUNDA UNIDADE
1º MOMENTO
1.APRESENTAÇÃO E BOAS VINDAS
Será feito um primeiro contato com o aluno através de uma paródia cantada pela
professora e depois por todos os alunos.
Todos os alunos receberão uma cópia com a letra original tendo ao lado a
paródia criada pela professora. A professora deverá explicar o que é uma paródia e dar
exemplos ou pedir para que os alunos deem outros exemplos. Um ambiente de
descontração deverá ser criado para que os alunos participem da atividade com alegria e
entusiasmo, sempre não esquecendo que são alunos de 5ª série. A música original será
mostrada na TV Pendrive com um vídeo gravado do youtube
http://www.youtube.com/watch?v=qrc4uQ9z63Q&feature=related A paródia será
cantada pela professora, acompanhada de aluno no teclado, que será convidado
antecipadamente. Após, todos cantarão.
Música Banho de lua Fui a praia me bronzear
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Me queimei, escureci Mamãe bronqueou, nada de sol Hoje só quero, a luz do luar Tomo um banho de lua Fico branca como a neve...
VAMOS À PARÓDIA: Paródia Aulas de História Fui pra escola estudar Brinquei não aprendi Professor brigou mamãe chorou Hoje só quero saber de estudar Vou estudar história Os egípcios os romanos Até o índio vai estar nessa Eu também vou fazer parte É tão bom saber de tudo Ah! Tem que ter aula Nas aulas de história Vou aprender a refletir Quando isso acontecer Tudo vai ficar mais claro É tão bom estudar história Oh! Que maravilha Plim plim plim a história antiga plim plim plim Vou aprender de tudo Oh! A aula! Tudo de bom vai ser
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[...] construir não implica necessariamente fazer;
progresso não pressupõe sempre mudar, mas, muitas vezes, apenas conscientizar e conservar.
Aloísio Magalhães
2º MOMENTO
2.AS DIFERENTES VISÕES SOBRE A HISTÓRIA
Nesse segundo momento, sabendo da existência das diferentes visões sobre a
história, trabalharemos com uma lenda da Índia que mostra como existem diferentes
formas de olhar e compreender a realidade. Cada aluno receberá o texto e após a leitura
o professor fará questionamentos.
Lenda Indiana
Numa antiga cidade da Índia viviam seis cegos. Eles sempre ouviam falar no
majestoso elefante de rajá (príncipe). Até que, um dia, resolveram examinar diretamente
o grande animal.
Chegando perto do elefante, o primeiro cego conseguiu colocar a mão na sua
barriga. Então, gritando, disse:
-O elefante é como um muro!
Porém, o segundo cego segurou numa das presas e, ouvindo o amigo, protestou:
-Não, o elefante é pontiagudo e duro como uma lança.
O terceiro cego agarrando a tromba, discordou:
-O elefante é como uma serpente.
O quarto cego, pegando a enorme perna do animal, disse:
-Vocês estão loucos: o elefante é como um tronco de árvore!
O quinto cego, ouvindo a confusão dos amigos, decidiu saltar para cima do
animal. Segurou, então, uma das grandes orelhas do elefante e disse:
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-Todos vocês são idiotas, se não percebem que o elefante é um grande leque de
abano.
Por fim, o sexto cego, cuidadosamente, segurou a cauda e disse:
-Calem-se todos. O elefante é uma corda resistente.
VAMOS AO TRABALHO ORAL COM O TEXTO
LENDA: Narrativa transmitida pela tradição, de eventos geralmente considerados históricos, mas cuja autenticidade não se pode provar.
a) Qual lenda vocês já conhecem? Relate oralmente.
b) Na lenda indiana todos chegaram a mesma descrição? Por quê?
c) Você consegue fazer uma relação do que ocorreu na lenda com algum fato do
cotidiano?
d) O que seria necessário para que todos os cegos fizessem a mesma descrição?
e) Há como obter uma única visão de determinados fatos históricos?
ATIVIDADE CONCRETA Reunir os alunos em equipes, no máximo quatro amigos, e fazer o que se pede:
- O professor irá colocar um objeto dentro de um pacote, a equipe deverá tocar no
objeto e tentar descobrir o que é, e se tem alguma utilidade;
- Cada equipe deverá fazer uma breve descrição, por escrito, do objeto; e,
- Ao final as equipes deverão ler a descrição e assim fazer uma comparação com a
lenda.
EMCAMINHAMENTO PEDAGÓGICO
Vale destacar que para a conclusão é importante especificar o objeto quanto a
sua caracterização, como: espessura, tamanho, forma e função.
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Com essas atividades, o professor terá condições de explicar que no estudo de
História não podemos nos comportar como os cegos da lenda, ou seja, não podemos
observar e compreender uma parte e concluir. O historiador seleciona o tema que deseja
estudar, o que mais lhe interessa. Sua pesquisa por mais ampla que seja, atinge apenas
parte de um todo. Assim, pretende-se que os alunos entendam que a produção do
conhecimento histórico é uma atividade contínua, e que vários aspectos devem ser
analisados, como o cultural, o ideológico, o econômico, o político, o religioso e outros.
Nesse sentido, os alunos perceberão que sempre novas descobertas são feitas e
uma importante forma de se contar a história é por meio das fontes históricas.
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O passado não é o antecedente do presente, é a sua fonte.
Ecléa Bosi
3º MOMENTO
3. FONTES HISTÓRICAS
As fontes históricas devem ser significativas para os homens. Elas devem servir
de questionamentos para que haja a análise histórica. Nesse sentido, o professor deve,
por meio de questionamentos, induzir os alunos a darem exemplos de “coisas” que
retratem a história de sua família, como:
a) Onde nasceu?
b) Onde nasceram seus pais?
c) Como seus avós se vestiam?
d) Como era a alimentação?
e) Com quais brinquedos seus pais brincavam?
f) O que eles costumavam fazer em finais de semana?
g) Que música ouviam?
h) O que cantavam?
ENCAMINHAMENTO PEDAGÓGICO
Com essa atividade, os alunos construirão um conceito coletivo de fontes
históricas em que todos deverão anotar no caderno.
FONTES HISTÓRICASFONTES HISTÓRICASFONTES HISTÓRICASFONTES HISTÓRICAS
VESTÍGIOS DA ATIVIDADE HUMANA
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Em seguida, para ilustrar o assunto, o professor mostrará na TV Pendrive
imagens de diferentes fontes históricas, fazendo comentários sobre as mesmas, como no
vídeo a seguir:
http://www.youtube.com/watch?v=CzUeNbsF63E
Após assistir ao vídeo, o professor deve classificar as fontes históricas no quadro
de giz e os alunos copiarão em seu caderno.
CLASSIFICAÇÃO DE FONTES HISTÓRICAS
Fontes materiais: utensílios, roupas, móveis, instrumentos de trabalho, construções,
moedas, restos de pessoas ou animais mortos, entre outros.
Fontes escritas: documentos, livros, cartas, diários, jornais, mapas, gráficos, entre
outros.
Fontes visuais: pinturas, fotografias, gravuras, filmes, programas de televisão, entre
outros.
Fontes orais: entrevistas, gravações, depoimentos orais, entre outros.
Como atividade extraclasse, o professor poderá pedir para que os alunos
selecionem entre seus pertences e/ou de familiares próximos uma fonte histórica para
ser realizado um trabalho em sala de aula com as mesmas.
Na aula seguinte, o professor pedirá para que os alunos apresentem suas fontes
históricas, permitindo que falem sobre elas. Assim, individualmente, pedirá para que
façam a seguinte atividade no caderno:
Nome da
fonte
Classificação O que se pode saber através
dela
Outras fontes que você
tem em sua casa
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A invocação do passado constitui uma das estratégias mais comuns nas interpretações do
presente. O que inspira tais apelos não é apenas a divergência quanto ao que ocorreu no passado
e o que teria sido esse passado, mas também a incerteza se o passado é de fato passado, morto e
enterrado, ou se persiste, mesmo que talvez sob outras formas.
Edward Said
4º MOMENTO
4. FONTES ORAIS EM SALA DE AULA
Sabendo que ao voltar ao passado, podemos interpretar o presente, neste
momento, o professor deverá organizar junto com os alunos um trabalho com a história
oral, motivando-os sobre a importância da utilização das fontes orais, sendo a entrevista,
a estratégia mais comum na coleta de dados. A oralidade está bastante relacionada com
o estudo da história local. No caso dessa unidade didática, não se pretende fazer um
estudo local, mas sim, mostrar as diversas formas de se estudar os acontecimentos do
passado, como mencionado anteriormente. Segundo Schmidt e Cainelli (2004, p.129)
alguns cuidados devemos ter com o uso da história oral no ensino da História:
Planejar o trabalho a ser desenvolvido: definir os objetivos, verificar os recursos disponíveis e selecionar as estratégias a serem adotadas. Definir a metodologia a ser empregada: as regras para os trabalhos individuais ou em grupo devem ser estabelecidas com antecedência. A pesquisa bibliográfica sobre o tema deve anteceder o recolhimento oral de informações. Selecionar o público alvo ou escolher os entrevistados. Elaborar roteiro de entrevista. As fichas de entrevistas podem conter informações Genéricas, como nome do entrevistado, data de nascimento, lugar onde mora, profissão, autorização para publicação das informações, data da entrevista, registro do texto, nome do entrevistador e local da entrevista.
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Com base na citação acima, o professor deve selecionar os entrevistados que, no
presente Caderno Pedagógico e referente à localidade determinada, serão:
1) Uma pessoa idosa da localidade, para falar sobre mudanças e permanências na
localidade.
2) Uma pessoa que através de sua profissão criou uma situação peculiar na localidade.
3) Uma pessoa para falar sobre sua infância, quando praticamente ainda não havia
popularizado os meios de transportes rodoviários.
ENCAMINHAMENTO PEDAGÓGICO
Para executar as entrevistas, o professor iniciará com os alunos, que deverão
estar reunidos em equipes, um roteiro de entrevista, para posteriormente, o professor
fazer uma seleção das perguntas, tendo como referência, os encaminhamentos já citados
anteriormente.
Cada entrevista deverá ser realizada em uma aula, em que será captada por uma
gravação para arquivo de memória.
Após as entrevistas, os alunos em equipes deverão escrever os aspectos de maior
relevância relatados pelo entrevistado, em que o professor deverá deixar um espaço para
as leituras dos textos produzidos pelos alunos e comentários, com o objetivo de
incentivar a leitura e a escrita e despertar o gosto pelo estudo do passado.
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O grande valor da fotografia reside naquela qualidade única de preservar infinitamente uma
fração finita do tempo.
Martin Kroner
5º MOMENTO
5. FONTES HISTÓRICAS – FOTOGRAFIAS
Apreciar a fotografia é sempre um momento de prazer. Ela exerce uma atração
poderosa sobre aqueles que a olham. No entanto, a fotografia não esgota sua função
somente na contemplação, mas também na possibilidade de reconhecer e conhecer o
real. Assim, a fotografia possui uma grande capacidade de despertar o interesse do
aluno ao mesmo tempo de fazê-lo construir um conhecimento histórico. É indispensável
um trabalho mais aprofundado com a visualidade, aqui no caso, a fotografia, mas como
em todos os momentos citados, o que se pretende com essa unidade didática, não é
construir uma história, mas sim usar as fontes – fotografias - como incentivo ao estudo
da História.
ENCAMINHAMENTO PEDAGÓGICO
Para iniciar esse momento, o professor deverá organizar em horário de
contraturno painéis que retratem a História do Colégio. Nesse caso, as fotografias fazem
parte do acervo do próprio colégio, do Departamento de Educação e de particulares, que
por meio de autorização cederão as fotos para a exposição. Vale ressaltar que o
propósito é o de resgatar um pouco da história do Colégio Governador Adolpho de
Oliveira Franco – EFMP, a fim de que os alunos se apropriem do conhecimento e da
fonte histórica – fotografia.
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Os painéis serão organizados por décadas, para que o aluno observe as mudanças
ocorridas tanto no aspecto físico, como nas questões relacionadas à comunidade a que
ele pertence. Em seguida, os alunos serão levados à visitação pelo próprio professor,
cada turma em seu horário de aula, para que o aluno se sinta a vontade em olhar as
fotos, fazer comparações, trocar idéias com os colegas, ou simplesmente admirar.
Em sala de aula, o professor irá trabalhar um texto sobre a história do colégio,
com alguns dados cronológicos e algumas curiosidades, sempre fazendo relação com as
fotografias. Cada aluno receberá um texto impresso para leitura e consulta para a tarefa
posterior.
VAMOS À LEITURA:
HISTÓRICO DO COLÉGIO GOVERNADOR ADOLPHO DE OLIVEIRA FRANCO ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO
E PROFISSIONAL
Estudar história é construir um diálogo entre o presente e o passado, passado
este que deve ser interrogado. Partindo dessa idéia, estudaremos a História do nosso
Colégio.
Fundado em 17 de fevereiro de 1946 pela professora Maria Celestina Machado,
com o nome de “Casa Escolar” foi o primeiro estabelecimento de ensino do município,
que naquele ano, ainda pertencia a comarca de Arapongas.
Em 1951, com o constante aumento de alunos matriculados fez-se necessário a
ampliação das salas de aula. O então governador do Estado do Paraná Adolpho de
Oliveira Franco aprovou uma verba (dinheiro) a fim de que fosse construído o prédio de
alvenaria (tijolo) com seis salas de aula e dependência administrativa. Foi por esse
motivo escolhido como Patrono da Escola. Foi inaugurado com o nome de Escola
Governador Adolpho de Oliveira Franco em 20 de outubro de 1956.
Durante toda a sua existência o “Colégio Adolpho” teve uma história com várias
denominações e diversos cursos, de acordo com a política da época. Os cursos já
oferecidos pelo colégio foram: Secretariado, Magistério, Técnico em Contabilidade, e
Desenho Arquitetônico. Atualmente além do Ensino Fundamental e Médio oferece os
cursos de Técnico em Administração, Informática e Espanhol.
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Antes situado a Rua Bahia, nº263, centro de Astorga, próximo a Igreja Matriz,
em 1995 mudou-se para o prédio do antigo Seminário, situado na rua Nossa Senhora
Aparecida, nº337, Jardim Paraná. Para que essa mudança ocorresse houve uma troca de
prédios entre Prefeitura e Estado.
Com a transferência de prédios o colégio passou por uma série de reformas onde
no ano de 2009 foi realizado uma das últimas etapas com a construção de muros
cercando todo o estabelecimento.
Atualmente o Colégio conta com vinte e duas salas de aula e com todas as
dependências exigidas para o funcionamento de um estabelecimento com Ensino Médio
e Profissional.
Hoje com sessenta e quatro anos e com 1420 alunos matriculados vamos juntos
construindo um pouco mais a História desse Colégio.
CURIOSIDADES
� O Colégio Adolpho é mais antigo que o município de Astorga.
� Houve um período em que foi necessário que o Grêmio Estudantil
comprasse giz para que houvesse aulas.
� O curso de magistério realizava festivais de teatro que ficaram famosos
na região. Famosas eram também as Feiras de Ciências.
� Durante as reformas no prédio muitas aulas foram dadas com pedreiros
martelando paredes.
� É um colégio Pólo, servindo de referência para toda a região sendo um
dos maiores em área física.
ENCAMINHAMENTO PEDAGÓGICO
Importante salientar que esse texto também é uma fonte histórica para pesquisa e
como tarefa extraclasse, o professor pedirá para os alunos pesquisarem com os pais
curiosidades sobre o tempo em que estiveram estudando no colégio e anotarem no seu
caderno. Por ser um município pequeno, a grande maioria dos pais estudaram no mesmo
estabelecimento.
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Assim, em equipes, a professora pedirá para que escrevam a história do Colégio
e que incluam os fatos pesquisados com suas famílias, pesquisem no texto e nas
fotografias que foram expostas. Importante também mencionar que o ato de escrever e
ler devem ser constantes com alunos de 5ª série.
Para que haja a apropriação e a relação do conteúdo com a prática social do
aluno, o professor manterá as equipes, a fim de que os alunos escrevam paródias sobre a
história do colégio. Para essa atividade um número maior de aula deverá ser
disponibilizado, uma vez que por serem alunos de 5ª série precisam de tempo e espaço
para ensaio da paródia.
O professor deverá, então, orientar o aluno para como fazer uma paródia,
retomando a primeira aula da unidade, e solicitará para que em uma aula decidam qual a
música escolhida e que comecem a fazer a paródia a partir do refrão. Em muitos casos,
possivelmente, as paródias ficarão somente no refrão. Em uma outra aula, os alunos
deverão trazer a música inteira para assim terminarem a paródia. Assim, o professor
deverá marcar um dia para apresentação em sala, possibilitando uma maior segurança
para a próxima etapa do trabalho.
O professor marcará com a direção e orientação, uma manhã, para a finalização
do trabalho com as turmas envolvidas. Além da apresentação das paródias pretende-se
organizar uma apresentação com a música “Banho de lua” que deu início aos trabalhos.
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(...) Não há nada morto de maneira absoluto. Todo sentido festejará um dia seu
renascimento. O problema da grande temporalidade.
Mikhail Bakhtin
6º MOMENTO
6. CONCRETIZAÇÃO DOS ESTUDOS
Para o encerramento da unidade didática, o professor fará a apresentação das
paródias em forma de “festival”, em que será comemorado o aniversário do Colégio
com música, bolo, bexigas, alegria e muita HISTÓRIA.
21
7. REFERÊNCIAS
BITTENCOURT, Circe (org). O Saber Histórico na Sala de Aula. 10. ed. São Paulo:
Contexto, 2005.
KARNAL, Leandro (org.). História na sala de aula: conceitos, práticas e propostas.
4. ed. São Paulo: Contexto, 2005.
KOSSOY, Boris. Fotografia e História. SP: Editora Ática, Série Princípios, 1989.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de História
para os Anos Finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio. Curitiba, 2008.
SCHMIDT, Maria Auxiliadora e CAINELLI, Marlene. Ensinar História. SP: Editora
Scipione, 2004.
SITES UTILIZADOS:
http://www.atgadolphofranco.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo
=7 . Acesso: 05/05/2010.
http://www.youtube.com/watch?v=qrc4uQ9z63Q&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=CzUeNbsF63E