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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 Produção Didático-Pedagógica Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7 Cadernos PDE VOLUME I I

DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · uma visão ética, compreendendo-a não como uma disciplina isolada, mas como um tema que deve se inserir em todas as disciplinas, e ainda ser

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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE

2009

Produção Didático-Pedagógica

Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE

VOLU

ME I

I

Ficha para Catálogo de Produção Didático- Pedagógica

Professor PDE/2009

Título Gestão Democrática: uma reflexão coletiva sobre a indisciplina no ambiente escolar.

Autor Claudete Dziubate Nascimento

Escola de Atuação Colégio Estadual Antonio Dorigon – EFMP

Município da escola Pitanga

Núcleo Regional de Educação Pitanga

Orientador Nilsa de Oliveira Pawlas

Instituição de Ensino Superior UNICENTRO – Guarapuava

Área do Conhecimento Gestão Escolar

Produção Didático-Pedagógica Unidade Didática

Relação Interdisciplinar Pedagogia, Filosofia.

Público alvo

Equipe pedagógica e administrativa, representante de professores, representante de alunos, representante de pais.

Localização

Colégio Estadual Antonio Dorigon – Ensino Fundamental Médio e Profissional. Avenida Brasil, 330 – Centro – Pitanga – Paraná CEP 85200-000

Apresentação:

JUSTIFICATIVA: A indisciplina no ambiente escolar é um dos desafios enfrentados por toda a comunidade escolar e principalmente professores e professoras. Por isso a necessidade de um trabalho visando a reflexão e a busca de estratégias para o enfrentamento do problema.

OBJETIVO GERAL: Refletir sobre a indisciplina dentro da escola a partir de uma visão ética, ampliando a abordagem sobre o tema, contemplando a função do gestor pedagógico que articula as vozes de todos os segmentos da comunidade escolar. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Repensar o papel da escola no processo ensino aprendizagem sob uma visão ética numa perspectiva de gestão democrática; Buscar a co-responsabilidade dos educadores no processo ensino aprendizagem; Compreender e enfrentar o problema da indisciplina prevenindo a violência no ambiente escolar; Desenvolver estudos relacionados aos direitos e deveres no âmbito educacional, visando a internalização do valor sobre a construção intelectual e o exercício cognitivo de respeito à vida, liberdade, fraternidade, honestidade, solidariedade e justiça que pode ser garantido pelos conteúdos trabalhados interdisciplinarmente na escola. METODOLOGIA DA PESQUISA: Considera-se esse tipo de pesquisa-ação participante, com base no que escreve Barbier, 2006, por envolver os membros da comunidade estudada e a participação efetiva desde o início até o término dos trabalhos.

Palavras-chave

Gestão democrática, ética, indisciplina.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

MATERIAL DIDÁTICO – UNIDADE DIDÁTICA

GESTÃO DEMOCRÁTICA: UMA REFLEXÃO COLETIVA SOBRE INDISCIPLINA

NO AMBIENTE ESCOLAR

GUARAPUAVA – UNICENTRO

2009/2010

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO OESTE – UNICENTRO

CLAUDETE DZIUBATE NASCIMENTO

GESTÃO DEMOCRÁTICA: UMA REFLEXÃO COLETIVA SOBRE INDISCIPLINA

NO AMBIENTE ESCOLAR

Material Didático – Unidade Didática apresentado à Secretaria Estadual da Educação, como requisito parcial à obtenção do título de Professor PDE, sob a responsabilidade da Universidade Estadual do Centro Oeste – UNICENTRO. Orientadora: Professora Mestre Nilsa de Oliveira Pawlas

PITANGA - PARANÁ

2009/2010

SUMÁRIO

1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO .........................................................................................4

2. TEMA DE ESTUDO DO PROFESSOR PDE ....................................................................4

3. TÍTULO ...............................................................................................................................4

4. APRESENTAÇÃO...............................................................................................................5

5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA........................................................................................7

5.1 - Gestão Democrática.........................................................................................................7

5.2 – A escola é um espaço público..........................................................................................9

5.3 - Ética.................................................................................................................................9

5.4 - Indisciplina.............................. ......................................................................................11

6 . ESTRATÉGIAS DE AÇÃO.......... ....................................................................................13

7 . AVALIAÇÃO.....................................................................................................................14

8 . REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................................16

9 . ANEXOS.............................................................................................................................17

9.1 - ANEXO A.......................................................................................................................17

9.2 - ANEXO B.......................................................................................................................18

1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Professor PDE: Claudete Dziubate Nascimento

Área PDE: Gestão Escolar

NRE: Pitanga

Orientadora: Professora Mestre Nilsa de Oliveira Pawlas

IES vinculada: UNICENTRO

Escola de implementação: Colégio Estadual Antonio Dorigon – EFMP

Público objeto da intervenção: Comunidade Escolar – Equipe pedagógica e administrativa,

representante de professores, representante de alunos-Grêmio Estudantil, representante de pais

que fazem parte da APMF e Conselho Escolar do Colégio Estadual Antonio Dorigon –

Ensino Fundamental Médio e Profissional

2. TEMA DE ESTUDO

A Indisciplina no Ambiente escolar.

3. TÍTULO

Gestão democrática: uma reflexão coletiva sobre o problema da indisciplina no

ambiente escolar.

4. APRESENTAÇÃO

O Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, é uma política de formação

continuada e de valorização dos Professores da Rede Pública Estadual de Ensino do Estado

Paraná. Esse programa é uma oportunidade aos educadores, os quais se afastam de suas salas

de aulas, a fim de participarem do referido programa e aprofundarem seus conhecimentos

sobre um determinado tema.

Conforme Documento Síntese e Resolução 4.341/2007 que normatiza a

operacionalização do Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE na Rede Pública

Estadual de Ensino, o professor terá 100% de afastamento de sua carga horária no primeiro e

segundo períodos e 25% no terceiro e quarto períodos do PDE, para desenvolver as

atividades previstas no PLANO INTEGRADO DE FORMAÇÃO CONTINUADA – 2009.

O Plano Integrado de Formação Continuada – 2009 estrutura-se em três eixos, quais

sejam: Atividades teórico-práticas, atividades de aprofundamento teórico e atividades didático

pedagógicas com utilização de suporte tecnológico.

No eixo das atividades teórico-práticas está previsto como estratégia de ação a

elaboração de uma produção didática do professor PDE, devendo estar de acordo com o tema

de estudos preliminarmente escolhido e direcionada aos sujeitos da escola, os quais o

professor PDE tem a pretensão de alcançar com o seu material.

Dessa forma, o material aqui apresentado chamado de UNIDADE DIDÁTICA,

abordará o tema “Indisciplina escolar”, com enfoque sob uma visão ética, e intitulado “Gestão

Democrática: uma reflexão coletiva sobre o problema da indisciplina no ambiente escolar”.

Para tanto, dessa Unidade Didática constará uma breve fundamentação teórica sobre

alguns aspectos necessários ao desenvolvimento dos trabalhos, versando sobre a Gestão

Democrática, ética e indisciplina escolar, além de atividades a serem desenvolvidas no

decorrer do terceiro período, quando ocorrerá a implementação do Projeto no Colégio

Estadual Antonio Dorigon – Ensino Fundamental, Médio e Profissional - Município de

Pitanga – Estado do Paraná.

Cabe ressaltar que esse trabalho terá acompanhamento e orientação da Professora

Nilsa de Oliveira Pawlas da Instituição de Ensino Superior – UNICENTRO de Guarapuava –

Paraná. Ainda contará com o apoio e participação da Equipe Pedagógica, Administrativa,

professores, pais e alunos do colégio já nominado.

Diante da realidade em que vivemos, das mudanças vividas pela sociedade, da

quantidade de informações que nossas crianças e adolescentes recebem, e ressalte-se, todo

tipo de informação, cabe a nós sujeitos envolvidos no processo de ensino e aprendizagem,

refletir sobre as questões que obstacularizam as práticas pedagógicas.

Não buscamos nesse estudo justificar a indisciplina no ambiente escolar, mas

compreender e refletir sobre o problema que a escola vem enfrentando, como uma forma de

buscar ações que venham a contribuir para uma reorganização das práticas pedagógicas para

melhor enfrentar os conflitos existentes.

Sabemos que esses conflitos não resultam somente da convivência dentro da escola e

que eles também se originam da vivência social, cultural e familiar, fugindo do âmbito de

atuação do professor. No entanto, o professor pode atuar, oportunizando aos alunos a reflexão

sobre alguns comportamentos, proporcionando discussões sobre as condutas que podem ser

consideradas inadequadas ao ambiente escolar.

Assim, entende-se a necessidade de permear essa reflexão que aqui nos propomos, sob

uma visão ética, compreendendo-a não como uma disciplina isolada, mas como um tema que

deve se inserir em todas as disciplinas, e ainda ser trabalhada de maneira que haja a

participação dos alunos, ou seja, propondo regras, sim, pois o próprio regimento faz essa

proposição de regras, mas que sejam discutidas de forma a levar o aluno a compreender e ser

autônomo o suficiente para cumpri-las, não somente por obrigação ou por que alguém manda

e ele obedece, e sim por perceber que para o bom convívio social é necessário o

estabelecimento de alguns limites.

A responsabilidade de buscar possíveis soluções para o enfrentamento do problema da

indisciplina no ambiente escolar é de todos os envolvidos no processo de ensino e

aprendizagem, por isso a necessidade de envolvimento e comprometimento na reflexão e

discussão coletiva sobre o problema, visando levantar as causas, buscar aprofundamento

teórico e apontar possíveis soluções ou estratégias de enfrentamento.

É importante ressaltar que a discussão proposta nesse trabalho tem uma conotação

diferente da indisciplina causada pelo uso de drogas, formação de gangues, entre outros

fatores que influenciam a convivência no ambiente escolar. É um trabalho mais direcionado a

refletir sobre os comportamentos considerados inadequados ao ambiente escolar, regras

estabelecidas arbitrária e unilateralmente sem a possibilidade de ação autônoma

(contradizendo o objetivo da escola, que é formar um cidadão autônomo, crítico, ético), a

relação professor e aluno (essencial para o bom desempenho de ambos), e ainda tem a

pretensão de buscar a co-responsabilidade dos professores no processo educacional ( hoje a

responsabilidade é imputada somente aos professores).

Entendendo nesse contexto a co-responsabilidade não só com relação a continuação da

educação que se inicia na família, mas também a educação escolar relacionada ao

conhecimento intelectual, sendo por isso o auxílio dos pais de suma importância.

Por isso que procuramos desenvolver esse trabalho sob uma perspectiva da ética,

afinal, qual é o objetivo final de todo o ser humano? Não é a busca pela felicidade? Seremos

felizes se conseguirmos viver o mais pacificamente possível, e é aí que entra a necessidade do

estabelecimento dos limites. A partir do momento que todos usam o mesmo espaço, tendo

direito a voz e vez torna-se necessário que haja o respeito, que se assumam responsabilidades

mútuas dentro da escola, pois não é só o professor que tem de assumir a responsabilidade na

educação, e sim todos os envolvidos nesse processo. Juntos, com o comprometimento e

envolvimento os componentes da comunidade escolar desenharão uma gestão democrática.

5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A produção desse Material Didático – Unidade Didática, é uma exigência do PLANO

INTEGRADO DE FORMAÇÃO CONTINUADA – 2009 como uma das estratégias de ação

do Projeto de Intervenção Pedagógica. Aqui apresentaremos um breve recorte da

fundamentação teórica mais amplamente explicitada no Projeto de Intervenção Pedagógica.

5.1- Gestão Democrática

A organização da sociedade passou por várias mudanças, até chegar aos dias atuais.

Nos primórdios cada qual vivia como queria, inclusive mudando de lugar quando onde

moravam já não supria suas necessidades básicas.

Não se fará aqui a evolução histórica da organização da sociedade, no entanto, é

importante lembrar que conforme as mudanças ocorrem, é preciso que haja a adequação da

realidade às necessidades das pessoas que vivem atualmente. Assim, a sociedade foi se

organizando de forma que as pessoas pudessem viver pacificamente, sendo ao longo do tempo

elaboradas normas que regem essa convivência. A base legal da organização da sociedade é a

Constituição Federal de 1988.

A escola pública é uma instituição que faz parte da sociedade organizada e a

Constituição Federal em seu artigo 206, rege que o ensino deve ser ministrado com base no

princípio da gestão democrática do ensino público.

Assim como a Constituição Federal, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, também

prevê em seu artigo 3º, inciso VIII, a gestão democrática do ensino público.

Então, na escola, que também tem como princípio uma gestão democrática do ensino

público, aponta-se a necessidade de um maior envolvimento da comunidade escolar na

participação e decisões que concernem a uma educação de qualidade.

Quando se fala em gestão democrática da escola pública, entende-se que todos os

membros da comunidade escolar devem participar efetivamente de tudo o que ocorre nos

limites da escola.

Participar efetivamente, não se trata somente da participação na execução de alguns

serviços, que é o que se observa muitas vezes, e chama-se de gestão democrática. Entende-se

sim, como gestão democrática, a participação de todos os segmentos da sociedade, não só na

execução, mas sim na elaboração e tomada de decisões, bem como, exige-se o envolvimento e

comprometimento de todos nas ações que acontecem na escola.

Para que ocorra esse envolvimento e comprometimento dos membros da comunidade

escolar, o gestor escolar é de fundamental importância. Ao mesmo tempo em que o gestor

representa o Estado nas questões burocráticas, quer sejam administrativas ou pedagógicas,

deve representar os interesses dos membros da comunidade escolar, com as necessidades e

realidades desse grupo.

Por isso, a escola deve cumprir seu papel de formar um cidadão apto ao exercício da

cidadania, proporcionando uma gestão democrática de fato, respeitando a opinião de seus

componentes, conforme ensina La Taille (1996)

E para isto, somente resta à escola uma solução: lembrar e fazer lembrar em alto e bom tom, a seus alunos e à sociedade como um todo, que sua finalidade principal é a preparação para o exercício da cidadania. E, para ser cidadão, são necessários sólidos conhecimentos, memória, respeito pelo espaço público, um conjunto mínimo de normas de relações interpessoais, e diálogo franco entre olhares éticos. Não há democracia se houver completo desprezo pela opinião pública.” (LA TAILLE, 1996. p. 23)

Reafirma-se então, a necesssidade da participação efetiva de todos os membros da

comunidade escolar, e visando alcançar o sucesso no processo de ensino e aprendizagem,

ressalta-se a importância de agir com ética e compromisso.

5.2. A escola é um espaço público

O que norteará esse trabalho é a reflexão sobre os comportamentos dos indivíduos

envolvidos no processo educacional, visando traçar estratégias de enfrentamento ao problema

da indisciplina no ambiente escolar. Em vista disso, esse trabalho contará com a participação

de representante de pais, alunos, equipe pedagógica e administrativa, para refletir e buscar a

conscientização sobre o tema e assim também estará se efetivando o exercício da gestão

democrática na escola pública. Ainda, os sujeitos envolvidos no processo educacional estarão

repensando sobre a sua função principal que é a formação de um sujeito autônomo, conforme

escreve SILVA, 2006

A escola que objetiva formar sujeitos autônomos leva o aluno a buscar suas próprias respostas às suas perguntas por meio do pensamento crítico, faz com que eles confrontem diferentes pontos de vista de forma que tenham sentido. Do exposto depreende-se que a escola precisa ser um espaço ético, inspirador de valores éticos, operando por meios éticos. (SILVA, 2006. p.83).

A escola é um espaço público, e os agentes devem atuar com observância do princípio

da Gestão Democrática, ou seja, com a participação real dos interessados no processo,

entendendo como interessados os pais, alunos, equipe pedagógica e administrativa, além de

participar devem proporcionar um trabalho pedagógico pautado na ética, com

comportamentos inspiradores de valores éticos, mesmo diante das mudanças ocorridas no

contexto histórico da sociedade.

A instituição educacional faz parte de uma sociedade organizada a atender os

interesses comuns, buscando corrigir as desigualdades, pautando suas ações no princípio da

igualdade, portanto, mais uma vez reafirma-se a necessidade de que essa instituição tão

importante para a caminhada social, paute suas ações com observância dos princípios éticos

de solidariedade, liberdade, respeito mútuo, diálogo, igualdade, não esquecendo o respeito às

diferenças.

5.3. Ética

A ética muitas vezes é empregada como sinônimo de moral, e embora a origem

etimológica da palavra, indique um significado comum, os conceitos historicamente

construídos possuem diferentes significações.

Conforme os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs, dentro do tema transversal –

Ética, no âmbito filosófico, moral e ética são assim definidas: “moral como conjunto de

princípios, crença, regras que orientam o comportamento dos indivíduos, nas diversas

sociedades, e a ética como a reflexão crítica sobre a moral” (PCNs – Temas Transversais, pg.

49).

Assim, ao desenvolver um estudo sob a ótica da ética, ou seja, a reflexão sobre os

comportamentos ou condutas dos indivíduos, deve-se levar em consideração a sociedade ou o

ambiente onde se inserem tais indivíduos, para que não se reflita sobre comportamentos fora

da realidade da sociedade em discussão.

O âmbito da reflexão sobre a ética nesse caso é o ambiente escolar considerando-se

dois aspectos principais, quais sejam, a indisciplina como transgressão moral e como

transgressão convencional. A primeira entendida como aquela que acontece com base na

observância de princípios que visem ao bem comum, e a segunda referente às convenções e

acordos feitos pelos interessados.

Exemplos de transgressões morais e convencionais acontecem diariamente no

ambiente escolar, e é preciso entender claramente a diferença entre ambas.

a) Transgressão à regra moral

A transgressão à regra moral ocorre quando por exemplo um aluno chama o outro por

um apelido pejorativo, este ofendeu o princípio de respeito mútuo, e indo um pouco mais

fundo até mesmo o princípio da dignidade humana.

b) Transgressão de regra convencional

Como transgressão de regra convencional pode-se citar o acordo feito entre alunos e

professores de como será o comportamento adotado por ambos com relação ao uso do celular

dentro da sala de aula. A partir do momento em que haja o descumprimento desse acordo

ocorre a transgressão de uma regra convencional.

Há que se levar em consideração que as regras convencionais devem ser muito bem

refletidas e definidas pelos envolvidos, para que sirva ao propósito que se espera, caso

contrário não haverá razão de existir. Exemplificando: Convenciona-se entre alunos e

professores que aqueles devem manter silêncio em sala de aula. Pergunta-se: De que forma

esses alunos desenvolverão atividades em equipe, momento em que devem emitir suas

opiniões? Então, para o estabelecimento dessas regras não deve haver arbitrariedade e sim

estabelecê-las sob o prisma de reciprocidade, de acordo com a vontade e necessidade de todos

os envolvidos, para que efetivamente seja respeitado, caso contrário não produzirão o efeito

desejado.

5.4 – Indisciplina

É recorrente entre os professores a afirmação de que a indisciplina escolar vem

afetando de maneira grandiosa o processo de ensino e aprendizagem.

Evidentemente não é somente esse problema que impede a melhoria na qualidade de

ensino. Porém, é uma das situações enfrentadas pelos educadores e que no âmbito escolar

interfere negativamente nas ações pedagógicas, além de ser um tema possível de ser abordado

e refletido dentro da escola pelos sujeitos envolvidos no processo educacional.

Alguns questionamentos se fazem presentes e necessários para o aprofundamento

desse estudo, dentre os quais citamos por exemplo, que tipo de educação escolar nós sujeitos

envolvidos no processo educacional estamos buscando? A disciplina que queremos na sala de

aula é aquela que os alunos obedecem passivamente a todas as ordem arbitrárias ou não, ou

aquela que os alunos obedecem por entenderem conscientemente ser necessário que haja um

respeito mútuo entre todos aqueles que atuam no ambiente escolar?

Para tratar sobre a indisciplina carece analisar o tema mesmo que brevemente, sob

pelo menos dois aspectos, quais sejam: aspectos sócio-histórico e psicológico.

Do ponto de vista sócio-histórico é necessário que se admita as mudanças ocorridas na

sociedade. O aluno atualmente é questionador, crítico, não pode ser considerado como aquele

ser submisso, passivo que temia a autoridade ou autoritarismo do professor. Com relação a

esse aspecto A QUINO, 1996, escreve

Quais significados, então, poderíamos subtrair dos fenômenos que rondam esta nova escola, incluída aí a indisciplina? Ela pode estar indicando o impacto do ingresso de um novo sujeito histórico, com outras demandas e valores, numa ordem arcaica e despreparada para absorvê-lo plenamente. Nesse sentido, a gênese da indisciplina não residiria na figura do aluno, mas na rejeição operada por esta escola incapaz de administrar as novas formas de existência social concreta, personificadas nas transformações do perfil de sua clientela. (AQUINO in AQUINO(org.), 1996, p.45)

Ainda, é importante refletir sobre a questão da autoridade do professor, entendendo-a

como necessária no processo educativo, entretanto, não pode ser imposta, e sim, conquistada,

conforme escreve VASCONCELOS, 1995.

A educação, no seu verdadeiro sentido, não se faz sem autoridade, pois o educando precisa do referencial do educador a fim de ter base para a construção do seu. Muitas vezes, o professor não consegue disciplina porque não tem autoridade diante dos alunos. Normalmente, o professor fica esperando que o aluno traga “um reconhecimento natural” para com a sua pessoa; historicamente, esse tempo passou. Isto acontecia quando a escola representava um inquestionável caminho de ascensão social e, dessa forma, o professor era um de seus representantes mais qualificados e como tal era tratado (ainda que fosse um respeito meramente formal). Hoje tudo mudou. Esse tratamento de respeito tem que ser conquistado pelo professor. (VASCONCELOS, 1995, pg. 44 e 45).

Ressalte-se que a autoridade a ser exercida pelo professor é importante e necessária,

mas entenda-se, não se deve confundir com autoritarismo, aquele em que o professor manda

de forma arbitrária e o aluno obedece passivamente.

Quanto ao aspecto psicológico, é do conhecimento de todos que a indisciplina pode

estar associada à carência psíquica do aluno, e embora a escola não carregue a

responsabilidade de tal carência, ela tem a responsabilidade de evitar a exclusão desse

estudante, pois o aluno considerado indisciplinado, muitas vezes é excluído do processo

educacional.

Sob o ponto de vista psicológico, a indisciplina pode aparecer como resultado da

vivência familiar, social, cultural, econômica e política. Entretanto, é na escola que

desencadeia e se evidencia as atitudes que se tornarão obstáculos à aprendizagem.

Portanto, a escola sendo uma instituição responsável pela formação de um cidadão

autônomo, precisa estabelecer alguns limites que permitam aos membros da comunidade

escolar conviverem pacificamente.

Sobre a autonomia do sujeito, ARAUJO, 1996, esclarece

Se um dos objetivos da educação é o de auxiliar o sujeito a construir uma autonomia do pensamento que “obrigue sua consciência” a respeitar as regras do grupo depois de raciocinar com base em princípios de reciprocidade se aquela regra é justa ou não, isto deverá ser alcançado por meio de relações que não envolvam a coação e o respeito unilateral; caso contrário, poderá se obter um comportamento desejado pelo adulto, mas ao preço de reforçar a heteronomia e não um juízo autônomo.” (AQUINO in ARAÚJO(org.), 1996, p.114)

O sujeito autônomo não obedecerá à regra entendendo-a como uma forma de coação, e

sim como base que orienta a boa convivência dentro da escola, como situadora da posição

ocupada pelos integrantes da comunidade escolar, bem como apresenta os limites e

possibilidades de ações de cada um desses membros.

As regras orientadoras da relação pacífica no ambiente escolar devem ser estabelecidas

com base em princípios de solidariedade e respeito mútuo, buscando estabelecer uma relação

ética, com respeito às diferenças, mas que se efetive o princípio da liberdade, buscando a

felicidade que é a mola propulsora de todo ser humano.

Por isso, que propomos aqui a reflexão sobre aspectos legais e teóricos, com a

finalidade de melhor compreender o fator “(in)disciplina, traçar estratégias de enfrentamento

do problema da indisciplina, visando à melhoria do relacionamento dentro da escola, e

consequentemente o avanço no processo de ensino e aprendizagem.

6. ESTRATÉGIAS DE AÇÃO

Essa Unidade didática tem a pretensão de encaminhar a próxima etapa do Plano

Integrado de Formação Continuada – 2009 de forma a direcionar as ações no Projeto de

Implementação Pedagógica no Colégio Estadual Antonio Dorigon _ EFMP do Município de

Pitanga – Estado do Paraná

Será desenvolvido um estudo junto aos segmentos que fazem parte da comunidade

escolar chamando de grupo de estudos sobre o tema “indisciplina no ambiente escolar” que

terá a carga horária de 60 horas, assim divididas:

Encontros presenciais: 20 horas

Estudos e síntese de textos: 20 horas – não presenciais

Aplicação do questionário/pesquisa, e levantamento de dados: 20 horas.

O primeiro contato será a apresentação da proposta em reunião pedagógica que ocorre

no Colégio a cada bimestre para apreciação dos membros da comunidade escolar.

Em seguida, será lançado um questionário com questões abertas devendo ser

respondido pela equipe administrativa e pedagógica, 10 professores, 1 aluno representante de

cada 8ª série, totalizando 4 alunos, e seus respectivos pais.

O questionário se comporá de perguntas relacionadas a quais comportamentos são

considerados inadequados ou indisciplinados no ambiente escolar, e cujas respostas apontem

sugestões de possíveis “soluções” ou estratégias de trabalho a serem desenvolvidas pelos

sujeitos envolvidos, visando uma mudança de comportamento dos alunos, a fim de melhorar o

relacionamento na escola e consequentemente a melhoria na qualidade do ensino

aprendizagem.

Após a aplicação da pesquisa, os dados serão tabulados, e baseado nos resultados

obtidos, ocorrerão seis encontros presenciais, sendo 5 encontros com 03 horas de duração

cada, e 1 encontro com 4 horas de duração. Tais encontros que chamaremos de grupos de

estudos servirão para analisar e discutir as bases legais e teóricas e o levantamento de

alternativas e possíveis soluções para enfrentar o problema da indisciplina na escola. Cada

encontro será registrado por um redator o que possibilitará a utilização posterior de sugestões

importantes que venham a ser debatidas, podendo ser utilizadas na produção do artigo final.

1º encontro: Apresentação dos dados obtidos e as estratégias apontadas. Será proporcionado

um momento de discussão sobre o trabalho desenvolvido, sintetizando e registrando o

resultado das discussões. Apresentação do Projeto de Intervenção Pedagógica e do Material

Didático Pedagógico. Entrega de texto e questões para estudar em momento não presencial

cujo tema será debatido no próximo encontro.

2º encontros: discussão da síntese e questões entregues no encontro anterior, registro das

discussões.

3º, 4º e 5º encontro: Vídeos e Textos Legais que referem-se a Educação, constantes na

Constituição Federal e LDB, Projeto Político Pedagógico e Regimento Escolar. Uma

abordagem sobre os direitos e deveres baseados nos princípios da dignidade humana,

liberdade, solidariedade e justiça no âmbito educacional.

6º encontro: Apresentação sintetizada de todo o trabalho desenvolvido e resultados obtidos,

bem como as estratégias apresentadas a cada encontro e se aprovado pelo grupo, na

sequência, proceder a disseminação, visando alcançar todos os sujeitos, em vista de aqui ter

sido trabalhado somente com representantes da comunidade escolar.

7. AVALIAÇÃO

A avaliação ocorrerá ao final de cada um dos cinco primeiros encontros com

observância dos seguintes itens:

Relevância das questões apresentadas;

Sugestões apresentadas para o enfrentamento do problema da indisciplina no ambiente

escolar;

Participação dos envolvidos nos debates;

Interesse pelo assunto tratado.

No sexto encontro, será realizada a avaliação final com relação aos itens acima

citados, ainda a relevância do estudo sobre o tema e a possibilidade de estender para o ano

seguinte o debate a fim de alcançar um maior número de pessoas, em vista de esse estudo ter

abrangido apenas representantes dos segmentos que fazem parte da comunidade escolar.

Outro ponto a ser observado na avaliação é se foi cumprido o objetivo principal de

traçar as estratégias de ação visando à mudança de comportamentos e a desobstacularização

na aplicação das práticas pedagógicas.

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AQUINO, Julio Groppa. (org.). Indisciplina na escola: alternativas teóricas e práticas. São Paulo: Summus. 1996. BRASIL. Constituição Federal 1988. Constituição da República Federativa do Brasil. Vade Mecum. 6. ed. Atual. E ampl. – São Paulo: Saraiva, 2008. BRASIL. Estatuto da Criança e do adolescente. Lei nº 8069 de 13 de julho de 1990. BRASIL. Lei de Diretrizes e bases da Educação Nacional. LDB nº 9394 de 20 de dezembro de 1996. BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos: apresentação dos temas transversais / Secretaria de Educação Fundamental – Brasília: MEC/SEF, 1998. LA TAILLE, Yves. Autoridade e limite. Jornal da escola da vila. São Paulo: n. 2. PARO, Vitor Henrique. Gestão democrática da Escola Pública. São Paulo: Ática, 2005. Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Antonio Dorigon – Ensino Fundamental Médio e Profissional - Pitanga - Paraná. Regimento Escolar do Colégio Estadual Antonio Dorigon – Ensino Fundamental Médio e Profissional - Pitanga – Paraná. SILVA,Maria José Domingues da. Revista In(ve)stigar nº 2 - 2006

VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Disciplina: Construção da Disciplina Consciente e

Interativa em Sala de Aula e na Escola. São Paulo: Libertad; v. 4, 1995.

9. ANEXOS

9.1 – Anexo A

QUESTIONÁRIO/PESQUISA

Esse questionário tem como objetivo o levantamento dos comportamentos

considerados indisciplinados pelos membros da comunidade escolar, e a busca de estratégias

para o enfrentamento ou possíveis soluções para o problema da indisciplina no ambiente

escolar. Por isso é de suma importância que seja respondido com a maior fidelidade possível,

pois só assim poderemos levar adiante esse trabalho tão necessário dentro da escola. Escreva

exatamente como se sente a respeito desse tema “Indisciplina escolar”.

1- O que você entende por disciplina e indisciplina no ambiente escolar?

.......................................................................................................................................................

.......................................................................................................................................................

.......................................................................................................................................................

.......................................................................................................................................................

2- De quem é a responsabilidade pela disciplina na escola? Justifique.

.......................................................................................................................................................

.......................................................................................................................................................

.......................................................................................................................................................

.......................................................................................................................................................

3- Identifique alguns comportamentos que você considera como indisciplinado e que ocorrem

na escola.

.......................................................................................................................................................

.......................................................................................................................................................

.......................................................................................................................................................

.......................................................................................................................................................

4- Aponte sugestões para o enfrentamento do problema da indisciplina na escola.

.......................................................................................................................................................

.......................................................................................................................................................

.......................................................................................................................................................

.......................................................................................................................................................

5- Esse espaço pode ser utilizado para fazer considerações que julgue necessárias e que não

foram contempladas no questionário/pesquisa.

.......................................................................................................................................................

.......................................................................................................................................................

Anexo B

Atividades/Encontros

Julho/2010 - Levantamento de dados - Aplicação do questionário

Agosto/2010 - Apresentação em reunião pedagógica do Projeto de Intervenção Pedagógica à

comunidade escolar.

Agosto/2010 – Tabulação dos dados obtidos e confecção dos gráficos.

1º Encontro – grupo de estudos

1º passo - Boas vindas. Apresentar aos participantes as atividades que fazem parte do

Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, assim como o cronograma do grupo de

estudos, já com os conteúdos a serem trabalhados nos próximos encontros. 10 minutos

2º passo - Estudo do Projeto de Intervenção Pedagógica. 1 hora e 15 minutos

3º passo - Apresentação do Material Didático que será trabalhado nos grupos de estudos 15

minutos

4º passo - Para refletir. Texto: A águia que (quase) virou galinha de Rubem Alves.

Ler e solicitar que expressem suas interpretações a respeito do texto. Após os integrantes do

grupo expressarem suas opiniões, se necessário e não tendo sido abordado, propor mais

alguns aspectos a serem analisados, como:

a- O comportamento da águia no galinheiro é adequado a seu tipo natural de vida? E até

que ponto o ambiente em que se vive condiciona o ser humano?

b- O que ocorreu com ela quando questionada pelo homem sobre sua condição de vida?

c- E quando foi obrigada a encarar o abismo e tomar uma atitude, qual foi o resultado?

d- Agora, trazendo essa reflexão ao nosso cotidiano escolar, pensemos: Nossos alunos

estão mais para galinha ou para águia? Façamos uma comparação, considerando os

alunos seres humanos com capacidade de raciocinar, diferentemente dos galináceos.

e- Vamos um pouco mais longe e pensemos. O que temos feito contra o medo de

vivenciar novas situações e superar os obstáculos?

f- Mais longe ainda. Qual tem sido o papel da escola, o de uma galinha presa ao chão ,

ou de uma águia pronta a olhar o horizonte, buscando novas atividades e superando os

desafios? 1 hora

6º passo – Apresentação do texto “Escola, democracia e a construção de personalidades

morais” de Ulisses F. Araújo para leitura em casa. Entrega de questões a serem refletidas para

o debate no próximo encontro. 10 minutos

Questões sugeridas:

a- De acordo com o texto o que se deve visualizar ao se discutir o tema democracia na

escola?

b- O que significa educar para a cidadania e para a vida em uma sociedade democrática?

c- Com base na leitura do texto, como deve ser uma gestão escolar democrática e que

estratégias poderiam ser utilizadas para alcançar a democratização no ambiente

escolar?

d- A escola pública ou a escola em que trabalha apresenta uma gestão democrática?

Justifique.

e- Apresente outros pontos que considerou relevante durante a leitura do texto, e que

entenda necessário ser discutido no grupo de estudos.

7º passo – Encerramento: vídeo – LDB: Gestão Democrática e Autonomia – Fonte: Portal

Educacional do Estado do Paraná. 10 minutos

2º Encontro – grupo de estudos

1º passo - Abertura 15 minutos

2º passo - Apresentar o resultado e tabulação do questionário das questões abertas aplicado

em momento que antecedeu os encontros presenciais. Discussão dos resultados. Registro de

sugestões. 1 hora e 10 minutos

3º passo - Discussão e registro sobre as reflexões feitas com base no texto “Escola,

democracia e a construção de personalidades morais” de Ulisses F. Araújo. 50 minutos

3º passo - Leitura e discussão sobre o artigo 205 e 206 da Constituição Federal, e artigos 3º,

inciso VIII, 14 e 15 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação. 50minutos

4º passo – Apresentação do texto “A Questão Ética na Educação Escolar” de Júlio Groppa

Aquino” . Entrega de questões a serem refletidas para o debate em encontro posterior. 10

minutos

Questões sugeridas:

A – Após fazer a leitura do texto, sinalize as passagens (parágrafos, trechos), que mais

chamaram sua atenção para que seja debatido no grupo de estudos no 5º encontro.

4º passo – Encerramento – vídeo – A ética nos relacionamentos - Fonte: Portal Educacional

do Estado do Paraná. 15 minutos

3º Encontro – grupo de estudos

1º passo: Sessão Cinema – Filme: “A voz do Coração” 1 hora e 35 minutos

2º passo: Após o filme, trazer a discussão a impressão que o grupo teve do filme, refletir os

pontos apresentados e registrar.

3º passo: Se não for apresentado pelo grupo, provocar reflexões a respeito de gestão

democrática, prática pedagógica, e (in)disciplina. 25 minutos

Sugestão de questões:

- As atitudes adotadas pelo gestor no filme era democrática?

- Atualmente na escola os profissionais de educação agem democratimente?

- Quais são as dificuldades que nós professores encontramos e que efetivamente se tornam

obstáculos durante as nossas práticas pedagógicas?

- Está havendo a “transferência” de responsabilidades no papel de educar? Analisar e definir:

Qual a função do escola no contexto atual? E o nosso papel e responsabilidade.

4º passo – Leitura e discussão sobre o artigo 227 da Constituição Federal – sobre o Direito à

Educação . 20 minutos

5º passo – Início de leitura e análise do Regimento Escolar – Título I – Das disposições

preliminares - 30 minutos

6º passo – Encerramento – 10 minutos

4º Encontro – grupo de estudos

1º passo – Abertura - Vídeo: Escolas democráticas - Fonte: Portal Educacional do Estado do

Paraná. 15 minutos

2º passo: Leitura, análise e registro das discussões sobre o Regimento Escolar – Titulo III –

Dos direitos e deveres da comunidade escolar. 2 horas e 30 minutos

3º passo – Encerramento - 15 minutos

5º Encontro – grupo de estudos

1º passo – Abertura : Indisciplina: o professor e a ética - Fonte: Portal Educacional do Estado

do Paraná. 10 minutos

2º passo: Leitura, análise e registro das discussões sobre o Regimento Escolar – Titulo III –

Dos direitos e deveres da comunidade escolar. 1 hora e 30 minutos

3º passo – Discussão e registro sobre as reflexões do texto “A Questão Ética na Educação

Escolar” de Júlio Groppa Aquino” . 1 hora e 10 minutos

4º passo – Encerramento - 10 minutos

6º Encontro – grupo de estudos

1º passo - Abertura – 15 minutos

2º passo - Apresentação sintetizada de todo o trabalho desenvolvido e resultados obtidos.

3º passo Discussão das ações para enfrentamento da indisciplina escolar, sugeridas pelo grupo

durante a realização de cada encontro.

4º passo Avaliação geral do grupo de estudos.

5º passo - Encerramento

Em todos os encontros será escolhido um redator dentro do grupo, a fim de registrar os

pontos centrais das discussões, bem como as possíveis estratégias de enfrentamento para o

problema da indisciplina escolar, sugeridas pelo integrantes do grupo. Ao chegar ao final dos

encontros, todos os registros serão discutidos e sintetizados para a elaboração das ações a

serem desenvolvidas na escola. Toda a discussão apresenta como tema a indisciplina escolar,

os debates serão feitos sob a perspectiva de uma gestão democrática e uma visão ética.

Sugestão de leituras:

Artigos:

- “Ainda sobre a formação do cidadão: è possível ensinar a ética” – Lílian do Valle

- “O pão do direito à educação” – Agostinho dos Reis Monteiro

- “A escola entre a agonia moral e a renovação ética” – Anne Barrere e Danilo Martuccelli

Livros:

- “Disciplina: Construção da disciplina consciente e interativa em sala de aula e na escola” –

Celso dos S. Vasconcellos

- “Gestão democrática da escola pública” – Vitor Henrique Paro

- “Indisciplina na escola: alternativas teóricas e práticas” – Organização Júlio Groppa Aquino

- “Os Direitos Humanos na Sala de Aula: a ética como tema transversal” – Ulisses F. Araújo,

Júlio Groppa Aquino