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NEGO A UNIÃO João Pessoa, domingo, 19 de abril de 2009 R$ 1 [ ANO CXIV - NÚMERO 055 ] JORNAL MAIS ANTIGO EM CIRCULAÇÃO NO BRASIL mais Poeta Augusto dos Anjos completaria hoje 125 anos. Coluna Cantinho de Cultura e P. 16 e 17 ( www.paraiba.pb.gov.br | [email protected] | redação 3218.6509/6511 | assinatura/circulação 3218.6518 | comercial 3218.6526 ) “Paraíba, terra amada” Geladeira, fogão, máquina de lavar roupa e tanquinho integram a chamada “linha branca” e terão preços mais atrativos em razão da medida anunciada pelo governo federal. Em João Pessoa, vendas devem crescer até 8% P. 24 Comércio prevê aquecimento das vendas com redução do IPI Governo do Estado agiliza instalação da Rede de Urgência e Emergência P. 4 e 5 " Órgão pretende atender todos os 80 paraibanos que aguardam transplante de córnea para voltar a enxergar P. 6 " Banco de Olhos quer zerar fila de espera Com uma média mensal de mil denúncias, entidades defendem os direitos da criança e do adolescente P. 7 " Conselhos Tutelares conquistam população Decisão da Anatel autoriza os assinantes de todo o país a contratar terceiros para instalação e manutenção do serviço P. 11 " TV por assinatura não pode cobrar ponto extra ARQUIVO

das vendas com redução do IPI · das vendas com redução do IPI "Governo do Estado agiliza instalação da Rede de Urgência e Emergência P. 4 e 5 Órgão pretende atender todos

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Page 1: das vendas com redução do IPI · das vendas com redução do IPI "Governo do Estado agiliza instalação da Rede de Urgência e Emergência P. 4 e 5 Órgão pretende atender todos

NEGOA UNIÃOJoão Pessoa, domingo, 19 de abril de 2009

R$ 1

[ ANO CXIV - NÚMERO 055 ]

3º JORNAL MAIS ANTIGO EM CIRCULAÇÃO NO BRASIL

mais Poeta Augusto dos Anjos completaria hoje 125 anos. Coluna Cantinho de Cultura e P. 16 e 17( www.paraiba.pb.gov.br | [email protected] | redação 3218.6509/6511 | assinatura/circulação 3218.6518 | comercial 3218.6526 )

“Paraíba, terra amada”

Geladeira, fogão, máquina de lavar roupa e tanquinho integram a chamada “linha branca” e terão preços maisatrativos em razão da medida anunciada pelo governo federal. Em João Pessoa, vendas devem crescer até 8% P. 24

Comércio prevê aquecimentodas vendas com redução do IPI

Governo do Estado agiliza instalação da Rede de Urgência e Emergência P. 4 e 5"

Órgão pretende atender todos os 80paraibanos que aguardam transplantede córnea para voltar a enxergar P. 6

"Banco de Olhos querzerar fila de espera

Com uma média mensal de mildenúncias, entidades defendem osdireitos da criança e do adolescente P. 7

"Conselhos Tutelaresconquistam população

Decisão da Anatel autoriza os assinantesde todo o país a contratar terceiros parainstalação e manutenção do serviço P. 11

"TV por assinatura nãopode cobrar ponto extra

A

RQUI

VO

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2 OPINIÃOJOÃO PESSOA, DOMINGO, 19 DE ABRIL DE 2009 A UNIÃO

“Paraíba, terra amada”

EDITORIAL #

ffUNinforme

SUPERINTENDÊNCIA DE IMPRENSA E EDITORAFundado em 2 de fevereiro de 1893 no governo de Álvaro Machado

BR-101 - Km 3 - CEP 58.082-010 - Distrito Industrial - João Pessoa - ParaíbaPABX: (0xx83) 3218-6500 - FAX: 3218-6510 - Redação: 3218-6511/3218-6512www.para iba .pb .gov .b rwww.para iba .pb .gov .b rwww.para iba .pb .gov .b rwww.para iba .pb .gov .b rwww.para iba .pb .gov .b r

SuperintendenteNELSON COELHO DA SILVA

Diretor de OperaçõesMILTON FERREIRA DA NÓBREGA

Diretor TécnicoWELLINGTON H. VASCONCELOS DE AGUIAR

Diretor AdministrativoCRISTIANO XAVIER DE LIRA MACHADO

Editor GeralJOÃO EVANGELISTA

CONSELHO EDITORIAL

Lena Guimarães, Genésio de Sousa, Nelson Coelho,Wellington Aguiar, Cristiano Machado, Milton Nóbrega,

João Evangelista, Linaldo Guedes, João Pinto (API), LandSeixas (Sind. Jornalistas), Juares Farias (APL), Luiz Hugo

Guimarães (IHGP), Rômulo Polari (UFPB) e ThompsomMariz (UFCG)

A UNIÃO

Escolas Conectadasstamos na Era da Internet e a juventudede hoje faz parte dela quase como umanecessidade. Para a geração de jovensque estuda na rede pública de ensino,

navegar na web ainda é uma barreira e tanto. NaParaíba, este quadro de dificuldades vai mudar.O Estado abre as portas para que a inclusão digi-tal se apresse e alcance o maior número de estu-dantes que estejam cursando o ensino gratuito.

A assinatura do convênio chamado de “Esco-las Conectadas”, entre o Estado da Paraíba e aoperadora de telefonia Oi Brasil, permitirá queos alunos das escolas públicas estaduais e muni-cipais tenham acesso à Internet. É uma boa notí-cia. O aprendizado de hoje em dia é enriquecidoem conhecimento por intermédio da rede mun-dial de computadores. E se este acesso é facili-tado na área educacional, melhor ainda.

A parceria entre uma empresa privada e um entefederativo conduz a um futuro promissor, por-que vai oferecer oportunidade a estudantes ca-rentes e porque traduz um relacionamento dife-renciado e exemplo para outros compromissosem favor do bem comum.

É importante registrar a opinião das partesassinantes do convênio para realçar a validadeque ele transmite. O governador José Mara-nhão destacou que a parceria com a Oi vai per-mitir a completa informatização nas escolaspúblicas. “Nós temos que modernizar o ensi-no público e a Internet é uma ferramenta que

Etraz mais qualidade ao ensino, com o bomaproveitamento do aluno”.

O presidente da operadora de telefonia Oi Bra-sil, Luiz Eduardo Falco, revelou que o momentoera de felicidade ao firmar o convênio com aParaíba, promovendo a inclusão digital para mi-lhares de crianças e jovens. “O compromissodessa empresa é forte com as comunidades”.

Cada uma das partes tem sua responsabilidade,como se atesta nas palavras de seus gestores. Oque é uma garantia de o convênio dar certo e avan-çar para se desdobrar em outras parcerias de cu-nho social.

Para se ter uma ideia da proporção que vaialcançar, serão contempladas com o convê-nio 2.037 unidades das duas redes nos 223municípios do Estado. Na rede estadual deensino, 762 escolas que funcionam na zonaurbana serão beneficiadas. Uma pedra no ca-minho, porém, pode atrapalhar. Municípioscomo Barra de Santana, por exemplo, nãodispõem de sinal da Oi. Um caso que podeser observado e reparado.

A Secretaria de Educação e Cultura do Esta-do já mobilizou sua equipe para pôr em exe-cução o convênio. A meta é ambiciosa. Com acobertura de mais de duas mil unidades de en-sino público. E tem que ser ambiciosa mes-mo. Quando se trata de educação, todo o es-forço é válido e corajoso. A atual gestão doEstado paraibano segue esse caminho.

FMI prevê crescimentode 1,8% no BrasilO FMI divulgará suas previsões oficiaisde crescimento em nível mundial napróxima semana. Em janeiro, o fundopreviu que a economia brasileira seexpandiria 1,8% neste ano, mas, desdeentão, reduziu suas previsões decrescimento de forma generalizada. Háum mês, o Instituto de PesquisaEconômica Aplicada estimou, que oProduto Interno Bruto (PIB) do Brasilcresceria 2% neste ano, apesar da crise.

Forró Fest inscreve emGuarabira até o dia 25Os compositores ou autores, quedesejarem concorrer ao Forró Fest 2009,tem até o dia 25 deste mês para realizarsua inscrição na Secretaria de Cultura eTurismo do município de Guarabira. Deacordo com o secretário de Cultura eTurismo, Paulo Costa, as inscrições estãosendo realizadas na Secretaria localizadano prédio do Centro de Documentação

na Rua Getúlio Vargas, Centro, nohorário da manhã e tarde.

Sancionada lei que tipificasequestro-relâmpago

O presidente LuizInácio Lula da Silvasancionou nestasexta-feira (17) a leique tipifica o crimede sequestro-relâmpago. A sanção

será publicada numa edição extra doDiário Oficial dessa sexta-feira(17).Agora, os juízes poderão punir oscriminosos que praticam sequestro-relâmpago com penas que variam de seisa 12 anos de prisão. Contudo, se a vítimasofrer lesão corporal grave a pena sobepara 16 até 24 anos de reclusão.

Instituto lança o PrêmioRodrigo Melo FrancoO Instituto do Patrimônio Histórico eArtístico Nacional (Iphan), vinculado ao

Ministério da Cultura, lança a 22ª ediçãodo Prêmio Rodrigo Melo Franco deAndrade. A participação do evento estáaberta a empresas, instituições epessoas de todo o país e as inscriçõesno Estado da Paraíba podem ser feitasaté o dia 11 de maio na Superintendên-cia Regional do Iphan, sediada na PraçaAntenor Navarro nº 23, Varadouro,Centro Histórico de João Pessoa.

Ponto facultativo nasrepartições públicasOs servidores públicos estaduais terãoponto facultativo nesta segunda-feira eferiado na terça-feira, dia dedicado aTiradentes, o herói da InconfidênciaMineira. Nos dois dias, os serviçosessenciais funcionarão normalmente. Jána Prefeitura de João Pessoa, amanhã, oexpediente será normal em todas assecretarias e órgão do Poder municipal.O feriado será na terça-feira quandotambém os serviços essencias serãodevidamente preservados.

Qualquer pessoa quese atrever a escrever so-bre os misteriosos acon-tecimentos dos sítios "Pe-dregulho e Baixio do Pa-dre", no município deSousa, Estado da Paraí-ba, tem que falar, prefe-rencialmente, sobre a "to-cha", que até hoje aindaamedronta os habitantesdaquela região.

Por que a "tocha"? Essaé uma pergunta formu-lada sempre pelos mora-dores circunvizinhos do"Baixio do Padre". Sem aconstante aparição da "tocha", certamente os macabrosacontecimentos de 1849 não teriam tido tanta reper-cussão naquela região. Uma segunda pergunta conti-nua na memória dos habitantes da área, certamenteexigindo a explicação de onde quer que seja: o que é a"tocha"? De onde ela vem?

Pelas pesquisas realizadas entre os moradores dascomunidades que circundam o "Baixio do Padre", aaparição da "tocha" teria começado depois dos bárba-ros crimes acontecidos no "Pedregulho", no dia 21 deagosto de 1849, quando foram mortos o Padre Igná-cio Ribeiro de Mello, o irmão Sebastião Ribeiro de Me-llo e o vaqueiro José Passarinho.

O aparecimento da "tocha", naquela região, trans-formou-se em fatos misteriosos, mal-assombrados que,verdadeiramente, ainda mexem com a vida de muitagente e o povo ligou esse "fantasma" às mortes aconte-cidas naquele sítio. Seria a alma do padre que estava"purgando" seus pecados para depois ganhar o reinocelestial? A farta imaginação popular tomou conta dossertões paraibanos e quase todos passaram a acreditarque os atos de mal-assombros tinham tudo a ver coma morte do padre. O sítio onde o sacerdote foi barbara-mente assassinado recebeu logo o nome de "Baixio doPadre". Uma terra muito fértil, coberta de matagal, eno meio da mata foi colocada uma cruz que lá foi man-tida por muitos anos.

Remanescentes da triste história ainda hoje mantêmsegredo absoluto sobre os crimes de 1849, com medode que ainda possam ser perseguidos. A verdade é quetudo foi mesclado por grandes mistérios, segredos eódio levando a pesquisas profundas, buscando a ver-dadeira descoberta: mito, lenda ou realidade.

A "tocha" ainda hoje aparece naquela região, colo-cando medo naquela gente. Não temos razões paradiscordar da opinião popular. Todas as pesquisas pas-sam, necessariamente, pelos moradores da área.

Esse é apenas o primeiro capítulo dessa história tris-te. Os crimes aconteceram como veremos a partir do 2ºcapítulo. Toda essa narrativa está transcrita no livroMISTER+ÓDIO, lançado em 2006, prefaciado pelo Pro-fessor Francisco de Sales Gaudêncio, atual Secretáriode Educação e Cultura da Paraíba, com Prolusão doJuiz de Direito da Comarca de São João do Rio doPeixe, Rossini Amorim Bastos.

“Tocha”:Mito ou realidade?

Chico [email protected]

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3ESTADUAL JOÃO PESSOA, DOMINGO, 19 DE ABRIL DE 2009 A UNIÃO“Paraíba, terra amada”

Municípios precisaminformar sobre perdas

As prefeituras paraibanas têm até o dia 1° de maio para comunicar ao Ministériodo Desenvolvimento Agrário sobre a ocorrência de perda de lavouras acima de 50%

CHARGE DO DIA

Diz Ambrósio FernandesBrandão no célebre livro“Diálogos das Grandezasdo Brasil”, que após umano de fundação da cidadea mata ainda cobria o lu-gar destinado a sua cons-trução. Ambrósio Fernan-des Brandão - esclareça-se- foi senhor de engenho naParaíba dos primeiros tempos e participante de entre-veros guerreiros sob o comando de Martim Leitão.

De fato, o nascimento da atual João Pessoa deu-selentamente. O ouvidor-geral Martim Leitão, que jáaqui estava há dias, trouxe homens e materiais neces-sários para erguer as primeiras construções. Assim, adata de 4 de novembro de 1585 é considerada a defundação da Capital paraibana. O incansável Mar-tim Leitão é seu fundador. Ocupou-se ele também emacometer os índios potiguaras nos seus redutos, já queestes se constituiam forte obstáculo à concretização daConquista. Levou a cabo, portanto, incursão militar àBaía da Traição, acompanhado por dezenas de ho-mens. Era ali que costumavam aportar as naus fran-cesas para entendimento com os potiguaras, que vivi-am no local. Essa e outras investidas eram necessári-as, pois significava a “limpeza do terreno para desen-volvimento da Conquista.”

O levantamento do primeiro forte começou logo.Garantem os historiadores que o baluarte era de tai-pa, feito sob a orientação de Cristóvão Lins, que vieracom Martim Leitão. Situava-se à Praça Álvaro Ma-chado dos nossos dias. Escreve Horácio de Almeidana “História da Paraíba”: “Acima do forte, principia-va a ladeira de São Francisco, que foi a primeira ruada cidade, ligando o forte à capela, no alto da colina.Em meio dessa ladeira edificou-se depois a Casa daPólvora.” ( Há poucos anos, dois sacripantas de Per-nambuco, que trabalhavam na obra de restauraçãoda Igreja de São Frei Pedro Gonçalves, inventaramque “a cidade havia começado no local do referidotemplo.” Quando da inauguração dos trabalhos, nomomento que um deles discursava, interpelei-o mos-trando o grave erro que ele e seu colega estavam co-metendo. O sacripanta nada disse. Ouviu-me calado.Pensavam tais adventícios que, nesta Capital, ninguémconhecia a sua História. Ainda escrevi um artigo con-tra eles.)

A certidão de batismo da Paraíba é o “Sumário dasarmadas que se fizeram, e guerras que se deram naconquista do rio Paraíba”. Foi escrito por um jesuitaque a tudo assistiu.

Paraíba, 1585: A Conquista (2)

Wellington Aguiar

Apelo ao prefeito de CabedeloNeste período de chuvas, enormes poças d’água se

acumulam na Rua Otávio Novais, na Praia do Poço,que faz esquina com a Vitorino Cardoso. Os morado-res solicitam-lhe urgentes providências.

De fato, onascimentoda atual JoãoPessoa deu-selentamente ...s prefeituras dos mu-

nicípios paraibanoscom período de plan-

tio entre os meses de janeiro emarço, que aderiram ao Ga-rantia Safra 2008/2009, têmaté o dia 1° de maio para envi-arem ao Ministério do Desen-volvimento Agrário (MDA) acomunicação sobre as ocor-rências no campo, em caso deperda da lavoura acima de50% da safra agrícola referen-te a este período.

Ao contrário dos anos ante-riores, não será mais necessá-rio à assinatura do decreto deestado de emergência por par-te dos prefeitos e o reconheci-mento pelo Ministério da Inte-gração Nacional para obter osbenefícios.

Para os municípios com perío-do de plantio de março a maio, oprazo final para o envio da co-municação de ocorrência deperdas é no dia 1° de junho. Oformulário para a comunicaçãose encontra à disposição no sitewww.mda.gov.br.

O presidente da Fetag, Libe-

GARANTIA SAFRA

ralino Ferreira de Lucena, ex-plica que essa é uma das prin-cipais mudanças do progra-ma, que visa diminuir a buro-cracia e sobretudo os erros queaconteceram na safra 2007/2008, deixando milhares deagricultores e agricultorasprejudicados.

“Grande parte das prefeitu-ras não decretaram o estado deemergência no tempo hábil exi-gido pelo programa; outras, de-cretaram estado de emergênciapor seca, quando o laudo da

Emater dizia que as perdas noperíodo vigente foram ocasio-nadas pelo excesso de água ouo inverso”.

Para obter o benefício, a pre-feitura deve estar adimplentecom o programa e apresentaro reconhecimento da perdaacima de 50% da safra, causa-da pela estiagem prolongadaou devido aos efeitos das chu-vas.

O Garantia Safra é um pro-grama de transferência de ren-da do governo federal que pre-vê a liberação de benefício deR$ 550, divididos em cinco par-celas mensais de R$ 110, para oprodutor que perdeu mais de50% da lavoura de arroz, mi-lho, feijão, mandioca ou algo-dão com a estiagem.

Para sacar o Garantia Safra,o agricultor tem que ter feito aadesão ao programa e possuirdireito ao seguro. A data para osaque deve ser consultada apartir do Número de Identifi-cação Social (NIS) do CartãoCidadão do agricultor.EDITORAÇÃO: ROBERTO DOS SANTOS

#Para obter o benefício, aprefeitura deve estaradimplente com oprograma e apresentaro reconhecimento daperda acima de 50% dasafra

A

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4 ESTADUALJOÃO PESSOA, DOMINGO, 19 DE ABRIL DE 2009 A UNIÃO

“Paraíba, terra amada”

Osecretário de Estado daSaúde, José Maria deFrança, reuniu no final

da manhã desta sexta-feira di-retores de vários hospitais doEstado com objetivo de discu-tir a instalação da Rede de Ur-gência e Emergência. Participa-ram da reunião os diretores doshospitais de Sousa, Monteiro,Guarabira, Picuí, CampinaGrande e Patos.

Durante a reunião, José Ma-ria de França falou sobre a im-portância da rede para os dire-tores dos hospitais e como elairá funcionar a partir de de-zembro, data prevista para afinalização do projeto. Na reu-nião os diretores tiraram dú-vidas sobre a rede e apresenta-ram sugestões ao secretário.

De acordo com o secretário daSaúde, um dos objetivos darede, que vai funcionar nos mol-des do Hospital de Trauma deJoão Pessoa, é oferecer à popu-lação paraibana um tratamen-to de excelência na área de ur-gência e emergência com desta-que para ampliação dos proce-dimentos de alta complexidade.

“Com a implantação da Redede Urgência e Emergência oGoverno do Estado pretendeainda descentralizar os atendi-mentos que são realizados emJoão Pessoa e Campina Grandepara as cidades do interior doEstado, onde já existem hos-pitais que serão equipadospara fazer esses procedimen-tos de alta complexidade”, ex-

Trauma de Campina será um dos melhores complexos do país

Urgência e Emergência do Trauma da Capital será adotado como modelo para a implantação da rede no Estado

plicou José Maria de França.José Maria de França enfatizou

que o compromisso do Governodo Estado é restaurar e reestrutu-rar o sistema de saúde na Paraíbacom uma nova política de saúdeque possibilite corrigir os atuaisproblemas e distorções, com vis-tas à promoção de um reordena-mento no Sistema Único de Saúde(SUS) da Paraíba e com um proje-to arrojado de humanização quevai ser implantado nos hospitaisda Paraíba. “O que queremos éque o cidadão paraibano, na horaem que precisar dos serviços desaúde do Estado, seja atendidocom dignidade e respeito” , des-

tacou o secretário da Saúde.A Rede de Urgência e Emer-

gência será hierarquizada, do-tada de infra-estrutura neces-sária para prestar uma assis-tência de qualidade à popula-ção usuária do Sistema Únicode Saúde (SUS) na Paraíba. Arede operará de forma integra-da com o Samu, Corpo de Bom-beiros e todos os segmentosenvolvidos com atendimentoemergencial.

A reestruturação da redehospitalar da Paraíba seguiráa tendência voltada para aatenção às urgências e emer-gências, atendendo a Política

Nacional de Atenção às Ur-gências e Emergências estabe-lecidas por portaria ministe-rial. O enfoque será levado emconsideração ao Plano Diretorde Regionalização, transfor-mando os hospitais regionaisde Campina Grande, Patos,Sousa e Cajazeiras em unida-des de referência estadual emurgência e emergência, inter-ligando toda Rede Estadual deUrgência e Emergência comuma central de regulação es-tadual e os demais componen-tes integrantes da nova políti-ca de saúde adotada pelo Go-verno do Estado.

Um investimento superior aR$ 80 milhões e mais de ummilhão de paraibanos contem-plados com atendimento espe-cializado em saúde. Isso é o querepresenta a obra e os serviçosdo Hospital de Emergência eTrauma de Campina Grande,que deverá ser inaugurado pelogovernador José Maranhão nomês de dezembro. O hospitalse insere dentro da proposta dereestruturação do sistema pú-blico de saúde da Paraíba.

Em audiência com o ministroda Saúde, José Gomes Tempo-rão, o governador José Mara-nhão recebeu a garantia do go-verno federal para a concluir eequipar o hospital, que se cons-tituirá em um dos mais impor-tantes complexos hospitalaresde urgência e emergência dopaís.

O secretário de Estado daSaúde, José Maria de França,disse que o Hospital de Emer-gência e Trauma de CampinaGrande vai dotar a cidade deuma unidade hospitalar plane-jada e bem estruturada, emconformidade com o desenhoproposto pela Rede Estadual deAtenção Integral às Urgênciase Emergências, a ser criada pelaatual administração.

O Hospital de Emergência eTrauma vai contemplar maisde um milhão de paraibanosdas regiões do Brejo, Curima-taú, Cariri e Sertão, que serãobeneficiados com atendimentoespecializado e direcionado apacientes com risco de vida.

O hospital está sendo edifi-cado num terreno de 90 mil me-tros quadrados e terá área deconstrução de 17 mil metros

quadrados, além de estaciona-mento com 654 vagas e um He-liporto (espaço para pouso dehelicóptero). No projeto arqui-tetônico estão previstas 601dependências e 186 leitos.

Para prestar o melhor aten-dimento de emergência e trau-ma, o hospital será dotado deClínica Médica, Clínica Cirúr-gica, Clínica Ortopédica e Trau-matológica, Clínica Pediátricae Traumatológica e Clínica Es-pecializada (Oftalmologia,Otorrinolaringologia, Neuro-logia e Buco-facial).

Na área de internação hospi-talar serão disponibilizadasseis salas de cirurgia (sendoduas para ortopedia, duas paratransplante em vivo e in vitroe as demais para cirurgias demédio porte); uma sala para re-cuperação pós-anestésico com

sete leitos; uma sala para pe-quenas intervenções cirúrgicasde emergência. E, ainda, umCentro de Diagnóstico (tomo-grafia computadorizada, doisraios-X com sistema digital deimagem, ultrassonografia comDoppler colorido, endoscopia,broncoscopia, arco cirúrgico euma unidade de hemodinâmi-ca para instalações futuras).

Também oferecerá uma Uni-dade de Tratamento Intensivo(UTI) com dez leitos para adul-tos e dez leitos para o públicoinfantil; uma Unidade de Tra-tamento para Queimados(UTQ) – balneoterapia, trata-mento hiperbárico (2 leitos) ehemodiálise (2 leitos), e labora-tórios especializados em hema-tologia, bioquímica, microbio-logia, líquor e parasitologia/análise.

Centralmelhora osserviços quesão prestadosaos pacientesComo forma de organizar ofluxo de atendimento nos hos-pitais e na perspectiva de me-lhorar a assistência de saúdeprestada à população usuáriado SUS, a Paraíba deverá im-plantar sua Central Estadual deRegulação.

Coordenar a atuação dos di-versos estabelecimentos de saú-de, garantindo a cada pacienteem particular o atendimentoadequado, segundo suas neces-sidades específicas, é missãoprecípua desse novo serviço queo Governo do Estado quer ofer-tar à população. “Ao mesmotempo em que estaremos per-mitindo um maior controle dofluxo de pacientes de determi-nadas localizações para outrasde maior estrutura, como JoãoPessoa e Campina Grande, tam-bém faremos com que o atendi-mento seja mais otimizado,melhorando a assistência pres-tada”, justifica o secretário daSaúde, José Maria de França.

OBSERVATÓRIOCentral Estadual de Regula-

ção vem fazer parte do chama-do Complexo Regulador, espé-cie de “observatório privilegia-do” dos serviços de saúde, ar-mazenando e tratando dadosde demanda real do paciente,bem como o efetivo atendimen-to prestado. Também constitui-se em poderosa ferramenta degestão e subsídio ao gestor dasaúde. Os dados que o Comple-xo Regulador produz estão re-lacionados com a resolubilida-de real do SUS, informações vi-tais para o planejamento e paraa transformação da assistência.

Na Paraíba o Plano DiretorRegionalizado (PDR) foi orga-nizado em 4 macro e 12 micror-regiões de saúde, com a identi-ficação de um município polode micro e 44 módulos assis-tencial com a identificação deum município sede de módulo.A central estará ligada direta-mente às sedes de macrorregiões.A central funcionará na orga-nização do fluxo da demandados municípios menores oucom menor estrutura de saúdejunto aos de maior porte.EDITORAÇÃO: JOSÉ INACIO (ZEZINHO)

Excelência no atendimento à populaçãoSecretário diz que Rede de Urgência e Emergência vai dotar as unidades com assistência de qualidade para usuários do SUS em toda a Paraíba

FOTO: ORTILO ANTÔNIO

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5ESTADUAL JOÃO PESSOA, DOMINGO, 19 DE ABRIL DE 2009 A UNIÃO“Paraíba, terra amada”

Mudando de jornal, volto aosmeus escritos domingueiros, ago-ra n'A UNIÃO pelas mãos de Nel-son Coelho, bem secundado porJoão Evangelista, amigos que cul-tivei ao longo dos anos. Passo afazer parte do jornal cuja histó-ria se confunde com a própriahistória da Paraíba, para escre-vinhar sobre a cidade dos tem-pos de antigamente, sobretudo do meu querido bairro deJaguaribe. Dito isto, vamos lá.

Se, naquela época, os "dias de branco" eram preenchi-dos com aulas no Grupo Escolar e as tarefas caseiras naajuda aos pais, nos fins de semana tinha a pelada sema-nal no campo das carrapateiras, o passeio na Bica ou aida à praia de Tambaú nos velhos bondes da E.T.L e F.Além da missa das 7 da manhã dos domingos na Igreja doRosário, ao que se seguia o futebol no campo da Cruzada,do saudoso Frei Albino.

Nessa caminhada em busca dos resquícios de uma in-fância já quase perdida no tempo, é bom lembrar a delí-cia que era tomar banho na cacimba da Rua do Meio, nocentro de gravidade de Jaguaribe, bairro das mais lídi-mas recordações de tantos que, como eu, ali nasceram ecresceram.

O banho fazia parte do programa das tardes dos sába-dos, que começava com a pelada jogada num campinhoacomodado no meio de um grande sítio em que predomi-navam as carrapateiras, com traves feitas de troncos finosde árvores, retirados às escondidas da mata da Chesf. Oespaço permitia que sete jogadores atuassem de cada ladoe o joguinho era tão bom que até quando faltava a bola deborracha (de couro, nem pensar), a gente jogava com bolade meia que, preparada em casa com todos os cuidadosrequeridos, ficava bem pesada em dias de chuva.

Após o jogo, cansados e suados, íamos retemperar asenergias e recuperar o fôlego num dos melhores banhos deque se tinha notícia na cidade. Corríamos ao famoso banhona cacimba de "Seu" Cirilo, localizada nos fundos de suacasa, na Rua do Meio, hoje Maximiano Machado, no trechoentre a Vasco da Gama e a Vera Cruz. Já tinha bomba elé-trica e a água, de boa qualidade, descia nos chuveirões di-retamente da grande caixa de tijolos e cimento que ele cons-truíra acima do telhado da casa.

O banho de meia hora custava dez centavos - se nãofalha a memória. A coisa era bem organizada: não se admi-tia tumulto, algazarra nem nomes feios e o banho era sepa-rado - tinha hora para meninos e hora para as meninas,porque o ambiente era familiar e exigia profundo respeito.

Os meninos se banhavam de calção e as meninas de cal-cinha e sutiã e, apesar da severa fiscalização de "Seu" Ciri-lo, de vez em quando, um mais afoito espiava por um bu-raco feito na parede as meninas tomando banho e, glóriamaior, trocando de roupa.

Depois do banho tomado, devidamente pago ou a conta"pendurada" no caderno do famoso "fiado", era a hora devoltar para casa, na boca da noite, quando a mãe já nosesperava com o prato de sopa de feijão e o café quente eforte - como hoje não há mais.

E o dia terminava com a antevisão de uma noite de sonotranquilo e reparador - como dizia na Rádio Tabajara apropaganda das camas patentes "faixa azul"...

A cacimba da Rua do Meio

JORNALISTA, ESCRITOR, ENGENHEIRO E PROFESSOR UNIVERSITÁRIO

Os "dias debranco" eram

preenchidos comaulas no Grupo

Escolar e astarefas caseiras

...

...

Carlos [email protected]

Reestruturação dasaúde na Frei Damião

Maternidade é pioneira no projeto do Governo do Estado com a abertura do setor demedicina materno-fetal, construção de uma UTI materna e um berçário intermediário

entro de 45 dias a Mater-nidade Frei Damião ga-nhará três importantes

setores para a saúde das mulhe-res gestantes e os futuros bebêsda Paraíba. O projeto de rees-truturação e adequação da uni-dade inclui a abertura do setorde medicina materno-fetal, cons-trução de uma UTI materna eum berçário intermediário (paracuidados semi-intensivos). Ofuncionamento dos novos seto-res faz parte da iniciativa do Go-verno do Estado de melhorar arede de hospitais públicos daParaíba.

O secretário estadual de Saú-de, José Maria de França, já de-terminou a compra dos equipa-mentos para que a maternidadeganhe esse incremento em suainfraestrutura, a fim de atendernão só as pessoas da GrandeJoão Pessoa, mas também àque-las que residem em outros mu-nicípios da Paraíba, tão logo sejacomprovada a necessidade pe-los serviços.

O diretor técnico da unidade,Eduardo Borges da Fonseca, in-formou que o setor de medicinamaterno-fetal prevê a adequa-ção de duas salas onde funcio-narão dois ambulatórios, respec-tivamente. O funcionamentoserá realizado nos três turnospara atendimento de mulherescom o pré-natal de baixo risco eo outro àquelas de alto risco, aco-metidas de anemia falciforme,hipertensão arterial e gestaçãogemela.

O ambulatório de baixo riscoterá a capacidade operacional deatender 86 mulheres por sema-na. Já o de alto risco atenderáentre 16 a 32 grávidas. O novosetor materno-fetal ainda ga-nhará uma sala para ultrasso-nografia e vitalidade fetal a fimde avaliar o bem-estar do bebêa partir de exames de ultrasso-nografia, dopplervelocimetria(estudos da circulação fetal), per-fil biofísico fetal e cardiotocogra-fia com capacidade para 1.225exames/mês. A nova ala tam-bém contará com um ambula-tório para prestar assistência àsmulheres vítimas de violênciasexual e doméstica que antes nãotinham um setor adequado parao atendimento.QUALIDADE DE VIDA

Eduardo Fonseca declarou quea unidade cresceu em serviçonos últimos anos, mas não con-seguiu melhorar a sua infraes-trutura. "Se conseguirmos me-lhorar o atendimento, com aoferta de novos serviços, conse-quentemente colaboraremos nonível de qualidade de vida dopúblico alvo da maternidade",lembrou.

Caso tivessem necessidades,as mulheres internadas faziamexames de ultrassonografia forado hospital, onerando o serviço.Em média eram feitos 100 pormês, e o desembolso oscilavaentre 3 a 5 mil reais. Já para oatendimento de pré-natal, a FreiDamião dividia um espaço físi-co com o Banco de Leite Huma-no Anita Cabral.

O berçário para cuidadossemi-intensivos da Frei Damiãocontará com 5 leitos e dará paraatender de 15 a 20 bebês pré-ma-turos por mês. Já a UTI materna,primeira do Estado, terá seis lei-tos, sendo um desses para isola-mento. Ali o atendimento estáestimado em 15 a 30 mulherespor mês, considerando umataxa de ocupação de 75 a 80%.

A Maternidade Frei Damião

atualmente se destaca na medi-cina de média complexidade, eum dos principais quesitos estáno suporte do atendimento aosbebês pré-maturos, cuja taxa deincidência local varia, aproxi-madamente, entre 3 a 5%, cor-respondendo a 12 bebês/mês.

PIONEIRISMOPara comprovar isso, o exem-

plo vem da própria unidade, querecentemente foi pioneira na Pa-raíba em utilizar um tipo de ca-téter chamado de PICC (sigla in-glesa que significa Central de In-serção Periférica) no bebê deWanderléia Andrelino, que aonascer com 26 semanas e umpeso de apenas 560 gramas pre-cisou utilizar o dispositivo paraque pudesse receber medica-mentos e alimentação através deuma das veias da mão, sem pre-cisar de um método cirúrgico.

Segundo a pediatra da UTIneonatal Patrícia Lofiego, a van-tagem desse tipo de catéter éque o paciente não precisa sesubmeter a uma cirurgia, e suapermanência no corpo do bebêé de apenas 2 meses, evitandodessa forma o risco de contrairinfecções. O catéter foi introdu-zido no bebê com apenas 15dias de vida. Graças a ele, atu-almente o bebê está com 1.165kg e quando atingir 1.500 kg jápoderá receber alta da UTI. Se-gundo dados do Ministério daSaúde, a prematuridade é umdos mais importantes fatoresque contribuem para a alta in-cidência da mortalidade infan-til no Nordeste, que chega aatingir 27,2 óbitos por mil nas-cidos vivos.EDITORAÇÃO: ULISSES DEMÉTRIO

D

A Frei Damião atenderá pacientes de João Pessoa e de outros municípios

ORTILO ANTÔNIO

#O funcionamento dosnovos setores faz parteda iniciativa do governode melhorar a redede hospitais públicosda Paraíba

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6 SAÚDEJOÃO PESSOA, DOMINGO, 19 DE ABRIL DE 2009 A UNIÃO

“Paraíba, terra amada”

Nathielle Ferreirae Ângelo MedeirosREPÓRTERES

té outubro deste ano,os 80 paraibanos queaguardam na fila pela

doação de córnea receberão otransplante e voltarão a enxer-gar. Está é a meta do diretor doBanco de Olhos da Paraíba,Haroldo Lucena Bezerra. Onovo serviço foi inaugurado naúltima segunda-feira (13) epromete agilizar o processo dedoação, captação e implante dascórneas. Outras partes do glo-bo ocular também serão apro-veitadas. Um doador poderábeneficiar até seis pessoas.

Segundo a coordenadora doBanco de Olhos da Paraíba,Mirian Carneiro, antes do ser-viço ser criado, quem fazia otrabalho de captação das cór-neas era a Central de Trans-plantes. No entanto, o materialnão ficava na Paraíba. Seguiapara Pernambuco e Rio Gran-de do Norte. Lá, era examinadoe aproveitado. O problema éque devido à viagem, boa partedas córneas se perdia.

Entretanto, isso mudou. OBanco de Olhos da Paraíba foifundado e recebeu dez profis-sionais, entre médicos, enfer-meiros e assistentes sociais. Aequipe também recebeu estru-tura e equipamentos para fa-zer os exames em sede própria,e terá mais condição de devol-ver a visão a paraibanos queaguardam o transplante. Os

Agilidade no atendimento aos pacientes

funcionários também recebe-ram capacitação para realizaro trabalho. Eles viajaram atéSão Paulo para receber treina-mento da Associação Paname-ricana de Banco de Olhos, enti-dade que coordena a qualidadedo serviço no Brasil.

O trabalho do banco será fei-to em parceria com a Centralde Transplantes, como explicao diretor médico Haroldo Lu-cena. "A Central de Transplan-tes é informada da existênciade um possível doador e nosaciona. Ao verificarmos o óbi-to do doador, nossa equipe faza abordagem aos familiaresdele. Só quando a família auto-riza é que realizamos a capta-ção", explica.

Segundo ele, o procedimentode retirada das córneas é sim-ples e pode ser feito no local ondeestiver o doador. "Retiramos oglobo ocular e reconstituímoso rosto do doador. Não há de-formação nenhuma. Recebe-mos 20 doações por mês, masnossa previsão é que esse nu-mero dobre agora", comenta.

O material coletado é levadopara o Banco de Olhos e lá é ana-lisado por uma equipe de médi-cos. Eles fazem vários examespara detectar se as córneas sãode boa qualidade e se poderãodevolver a visão ao paciente.Outro cuidado se relaciona àanálise se o doador não portavanenhuma doença infectoconta-giosa. "Córneas contaminadascom Hepatite B e vírus da AIDSsão desprezadas", frisa.

A

Procedimento para a doação é rigorosoQuando se constata que a

córnea está em perfeita condi-ção, o Banco de Olhos avisa àCentral de Transplantes, e esta,por sua vez, entra em contatocom os pacientes que aguar-dam a doação. Haroldo afirmaque o procedimento é rigorosoe não há possibilidade algumade alguém cometer fraude.

"A fila é controlada pelo Mi-nistério da Saúde. Não hácomo alguém passar na vez dooutro. O paciente pode até nãofazer o transplante, se estiverdoente, mas é informado pelaCentral que há uma córneapara ele", destaca.

Qualquer pessoa, mesmoO diretor do Banco, Haroldo Bezerra, disse que meta é agilizar transplantes

BRANCO LUCENA

O órgão dispõe de equipamentos modernos para o atendimento dentro das necessidades dos pacientes

80 paraibanos que estão na filapara transplante de córnea serãobeneficiados pelo Banco de Olhos

aquelas que usam óculos, podeser doadora de córnea. Harol-do ressalta que o globo ocularpode beneficiar até seis pessoas.É que além da córnea, os médi-cos podem aproveitar outraspartes dos olhos e fazer enxer-tos e reconstituições em paci-entes acometidos por doençasdegenerativas da vista.

Apesar dos muitos benefícios,ainda há muita recusa das pes-soas em se tornarem doadorasde órgãos. Para Haroldo, entreos principais motivos está a de-sinformação. "Ainda há aquelemedo entre as pessoas de queos órgãos possam ser retiradosde pacientes vivos. Isso não

existe. A doação de órgão podeser feita até seis horas depoisdo óbito, e antes da captação osmédicos realizam todos os exa-mes para comprovar a mortedo paciente", informa.

Para ser um doador, é neces-sário apenas que a pessoa avi-se a sua família. "Só quem podeautorizar é a família. Se al-guém pretende salvar vidas eajudar outras pessoas comesse gesto nobre, deve avisar aseus parentes. Caso ocorra al-guma eventualidade e essapessoa venha a morrer, elesrespeitarão a vontade dela",observa Haroldo.EDITORAÇÃO: ROBERTO DOS SANTOS

MARCOS RUSSO

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7GERAL JOÃO PESSOA, DOMINGO, 19 DE ABRIL DE 2009 A UNIÃO“Paraíba, terra amada”

Conselhos Tutelares registram umamédia de mil denúncias por mês em JP

A violência física é conside-rada um caso de maus tratos.Esse tipo de agressão caracte-riza-se pelo uso da força físicade forma intencional, poden-do ou não deixar marcas. Osindicadores físicos são a pre-sença de lesões que não com-binam com a alegação; oculta-ção de lesões antigas e não ex-plicadas; uso de roupas queencobrem o corpo.

A pele é o local mais acometi-do pelas agressões, que resul-tam em vermelhidão, equimo-ses ou hematomas e até quei-maduras de 3º grau. Agressõesassim causam alterações decomportamento na vítima,como problemas de aprendiza-do ou faltas frequentes na esco-la, medo excessivo dos pais,mudança repentina de humor,tendência autodestrutiva e aoisolamento, etc.

OMISSÃOQuanto à negligência, trata-

se da violência caracterizadapela omissão em prover as ne-cessidades básicas da criança

ou adolescente, como alimen-tação, higiene, saúde e apoiopsicológico. Os indicadores são:padrão de crescimento defici-ente, fadiga constante e poucaatenção, vestimenta inadequa-da ao clima e necessidades bá-sicas não atendidas (alimenta-ção, saúde, etc). Isso resulta emalterações no comportamento,como comportamentos infan-tis ou depressivos, amadureci-mento precoce, contínuas fal-tas ou atrasos à escola ou aomédico.

No ato da denúncia, a pessoanão precisa se identificar. Re-gistrada essa queixa, os conse-lheiros tutelares vão averiguara veracidade, ou não, do caso.Na região de Mangabeira - queabrange seis áreas, como Ban-cários e Valentina de Figueire-do -, o presidente do ConselhoTutelar, Waldson Sousa, infor-mou que cerca de 90 denúnciassão registradas no órgão, con-firmando que 70% desses casosreferem-se a maus tratos e ne-gligência. O número para con-tato é o 3238-5468.

Guilherme CabralREPÓRTER

s cinco Conselhos Tu-telares existentes nacidade de João Pessoa

e outros órgãos que trabalhamem apoio nessa área registramuma média de mil denúnciaspor mês de violação de direi-tos da criança e do adolescen-te. A maior parte dessas ocor-rências - estimada em 60% -refere-se a casos de maus tra-tos e negligência. Na regiãoSul, que abrange o Centro, éonde se verifica a maioria dasqueixas. Mas casos sobre abu-so sexual também apresentamsinais de crescimento. Paraauxiliar a população a fazerdenúncias, esses órgãos - queestão sendo mais acionadospela sociedade e têm contribu-ído para agilizar a tramitaçãodos processos na Justiça -mantêm plantões 24 horas.

No Conselho Tutelar da Crian-ça e do Adolescente da regiãoNorte, que abrange 18 áreas -dentre as quais o Bairro dosEstados, onde se situa a sede(Av. Sergipe, 48), Mandacaru,Torre e Expedicionários - sãocerca de 230 denúncias men-sais, 50% das quais relativas amaus tratos e negligência. Nes-se órgão, a denúncia pode ser

feita por telefone, através donúmero 3214-7931, pelo Disque100, ou, ainda, por carta ou pre-sencialmente. Esse mesmo pro-cedimento é adotado pelos ou-tros quatro Conselhos Tutela-res - Sul (o que mais recebe de-núncias), Mangabeira, Sudestee Praia - que possuem seus res-pectivos telefones para conta-to com a população.

De acordo com o presidentedo Conselho Tutelar Norte,Luiz Antônio Brilhante da Sil-va, um dos conselheiros tute-lares mais antigos em atuaçãona cidade - pois está há seisanos em atividade nessa área -esses órgãos estão sendo maisprocurados, atualmente, pelapopulação, porque se conscien-tizaram da importância dessasentidades, através de maior di-vulgação de suas ações em de-fesa de crianças e adolescentes.

"O Conselho Tutelar é o ór-gão mais próximo da comuni-dade, pois consegue dar agili-dade no atendimento às pessoas,já que, muitas vezes, quandoelas procuram outros órgãos,pode haver maior demora noatendimento. Os ConselhosTutelares estão desempenhan-do seu papel de dar encaminha-mento às denúncias recebidas,contribuindo para agilizar asolução dos casos. Parte deles é

Já o Conselho Tutelar Sul, queatende 25 áreas da cidade - comoJaguaribe, Cruz das Armas, Altodo Mateus e Varadouro - recebe,em média, a cada mês, 300 de-núncias de casos de violação dosdireitos de crianças e adolescen-tes, dos quais 200 dos tipos maustratos e negligência.

"Nós recebemos as queixas dapopulação e procuramos apu-rar e resolver as questões den-tro das nossas possibilidades",disse a conselheira desse órgão,Luzinete dos Santos Silva.

Ela orientou que as denúnciaspodem ser feitas pessoalmente,na sede da entidade, localizadana rua Frei Martinho, 324, nobairro de Jaguaribe, ou pelo nú-mero 3218-9836. Além de maustratos e negligência, outros ti-pos de agressões, como abusosexual - incluindo pedofilia - vio-lência física, abandono, etc., co-metidos contra crianças de zeroaos 18 anos incompletos, podemser comunicados junto ao Con-selho Tutelar.

resolvida em reunião nos pró-prios Conselhos e, se outros ca-sos são encaminhados para aJustiça, o juiz logo aprecia, poisrecebe o relatório detalhadoelaborado pelos conselheirostutelares, que são os que man-têm contato estreito com aspessoas envolvidas em cadacaso, pois fazem visitas e reu-niões, o que facilita a decisão aser tomada pelo juiz", disseLuiz Brilhante.

Segundo ele, mais de 80% daspessoas que procuram os cinco

Conselhos Tutelares instaladosem João Pessoa são oriundas defamílias carentes, sendo umadas razões, conforme justificou,da região Sul registrar maiornúmero de ocorrências, aliadoao fato de ser a unidade maisantiga de todas, na Capital,funcionando há 13 anos.

Esse conselheiro tutelar comen-tou que a maior ocorrência de ca-sos envolve maus tratos e negli-gência porque a família passa porproblemas, pois, conforme exem-plificou, os pais não cuidam bem

dos filhos, ou então não dão a aten-ção necessária, por estarem pre-ocupados com a luta pela sobre-vivência, daí resultando o estres-se. Não é à toa, informou Brilhan-te, que 85% dos agressores - pais,irmãos ou parentes próximos -de crianças e adolescentes estãodentro da própria casa. Mas res-saltou que as mães agridem maisseus filhos, por estarem a maiorparte do dia em contato com eles,tendo, também, de dar conta deoutros afazeres domésticos.

Registrada a denúncia, oConselho Tutelar passa a agirimediatamente, de acordo com asituação. Se, por exemplo, forcaso de abuso sexual, LuzineteSantos disse que uma equipe doórgão se encaminha para o en-dereço fornecido, para averiguar.Se o delito ocorreu, a criança élevada para exame no Departa-mento de Medicina Legal e à De-legacia da Infância e Juventude,enquanto o agressor é denuncia-do às autoridades competentes.

Se for de maus tratos, a crian-ça é retirada da casa dos paisou responsáveis e entregue aoutros parentes, sendo o últi-mo caso deixada em abrigo. Jáse o caso se tratar de negligên-cia, o agressor é advertido e, sepersistir nas agressões, podeperder o pátrio poder, por de-terminação da Justiça.

ELEIÇÃOSegundo Luzinete Santos,

para se elegerem, os conselhei-ros, além de se submeterem à

prova escrita, recebem o votodireto da população sob a qualestá jurisdicionado cada umdaqueles órgãos, sendo escolhi-do os mais votados. O próximopleito eleitoral será em dezem-bro deste ano, para os conse-lhos Sul, Norte e Sudeste.

Além das regiões Norte, Sul eMangabeira, a cidade de JoãoPessoa ainda possui os Conse-lhos Tutelares Sudeste, no Gei-sel, cujo fone é 3218-9123, e oda Praia, que pode ser aciona-do pelo número 3214-7081. OConselho Tutelar surgiu em1990, através da Lei Federal8.069, para fazer cumprir o Es-tatuto da Criança e do Adoles-cente, instituído naquele ano.

Apesar de vinculado às prefei-turas municipais, que fornecemas condições administrativas eoperacionais, o funcionamentodesses conselhos é autônomo,sendo um espaço destinado àproteção e garantia dos direitosda criança e do adolescente.EDITORAÇÃO: ROBERTO DOS SANTOS

O

As denúncias contra maus tratos e outros delitos estão se avolumando nos órgãos instalados na Capital

Violência física lidera casos demaus tratos entre as vítimas

ORTILO ANTÔNIO

Crianças têm os seus direitos violados

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8 ESPECIALJOÃO PESSOA, DOMINGO, 19 DE ABRIL DE 2009 A UNIÃO

“Paraíba, terra amada”

Hilton GouvêaREPÒTER

FotosREPRODUÇÃO

ratembé, traduzido do tupi, significa "Lábi-os Doces". Iniguaçu, nome da mesma origem,em português é "Rede Grande". Os índios

chamavam de "mameluco" aos filhos de índiose brancos. Pois, foram três personagens comestes nomes, que deram origem ao que a Histó-ria chama de "Chacina de Tracunhahém". E oque foi isso? Por incrível que pareça, este títuloencerra uma tragédia mega-homicida, na qual612 pessoas foram assassinadas, por causa dorapto de uma índia, que morava no aldeamentoda Cupaóba, na Paraíba, onde hoje se localizamos municípios de Serra da Raiz, Duas Estradas,Sertãozinho e Caiçara.

Tudo começou em abril de 1574, quando ummameluco procedente de Olinda penetrou ossertões da Paraíba, rumo à Cupaóba e, depoisde se familiarizar com o cacique Iniguaçu, apai-xonou-se - e foi correspondido - pela bela Ira-tembé, uma cunhã de aproximadamente 15anos. Ela era a filha predileta de Rede Grande, omanda-chuva dos Potiguaras, que, a este tem-po, viviam em paz com os portugueses. Inigua-çu consentiu em casar sua filha com o mestiço,mas fez uma exigência: ele viveria na aldeia,onde o casal poderia ter filhos e, estes, seremabençoados pelo ameríndio avô.

O mameluco, por ter sangue de índio e bran-co, foi bem aceito entre os cunhados. O sogroaté gostava dele. Um dia, quando Iniguaçu e osprincipais guerreiros da Cupaóba saíram paracaçar, o mameluco aproveitou a oportunidadee fugiu com Iratembé para Olinda. Foi o caos.Iniguaçu, ferido em seu orgulho, caiu em de-pressão. Corsários franceses que negociavamcom ele peles e pau-brasil o aconselharam avingar a ofensa. Iniguaçu aceitou.

Passaram-se seis meses. Nesse ínterim, Ini-guaçu manda dois filhos atrás da irmã. Elesconseguem falar com Antônio Salema, gover-nador geral do Brasil, que se encontrava emPernambuco, fazendo uma correição. Além denotificar o pai do mameluco, para providenci-

ar a entrega da índia, Salema ainda concedeuprovisões e um salvo-conduto aos irmãos dela,para que ninguém os molestasse no caminho. Amenina foi entregue aos irmãos.

Quando o trio chegou ao Engenho de DiogoDias, em Tracunhahém (PE), o nobre portuguêstomou-se de amores pela moça selvagem e a es-condeu. No dia seguinte, despediu os irmãos deIratembé com rispidez e aconselhou-os a nãoprocurá-la mais. Os moços relataram tudo a Ini-guaçu, que foi se aconselhar com seus amigosfranceses - corsários de Dieppe, que contraban-deavam pau-brasil, pássaros, peles e óleos exó-ticos com os índios.

Um dos franceses disse que prestaria apoiologístico a Iniguaçu, se ele tentasse resgatar amoça à força. Dois meses depois, cerca de doismil índios marcharam da Cupaóba para Tracu-nhahém. Evitaram a via litorânea, para evitarencontros desagradáveis com exércitos portu-gueses, que poderiam desconfiar da escaramu-ça e atirar sobre eles. Tudo correu bem.

Quarenta e três franceses formavam junto

TTTTTrrrrracunhahém,acunhahém,acunhahém,acunhahém,acunhahém,paixão e morte

Iratembé, uma bela cunhã deaproximadamente 15 anos, esteve noolho do furacão de um dramalhão,protagonizado por um mameluco e umportuguês, que começou no ano de1574 e terminou com uma tragédia naqual foram mortas 612 pessoas nascercanias de Tracunhahém, emPernambuco

com os índios. Os europeus levavam machadi-nhas de assalto e armas de pólvora.

Alguns índios também transportavam ar-mas de fogo, inclusive duas canhonetas. Facões,lanças e flechas eram levados aos milhares. Nasimediações de Tracunhahém, um pequeno exér-cito de aproximadamente 100 índios surgiu di-ante da paliçada do engenho. Eles gritavam esoltavam pequena quantidade de flechas incen-diárias. Diogo Dias, confiando no exército bemtreinado de colonos que moravam no engenho,abriu os portões e mandou escorraçar os poti-guaras.

Era uma armadilha. Índios e franceses escon-didos nas matas irromperam repentinamentee cercaram o troço de Diogo Dias. Atrás, outronúmero de índios e franceses atacava o enge-nho. Morreram todos. Nem os animais escapa-ram da chacina. Iratembé não foi encontrada. Eaté hoje seu paradeiro é uma incógnita. Dos fi-lhos de Diogo Dias, só escaparam Boaventura,que se encontrava em Olinda e Pedro Dias, queestudava em Portugal.

I

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9ESPECIAL JOÃO PESSOA, DOMINGO, 19 DE ABRIL DE 2009 A UNIÃO“Paraíba, terra amada”

Helena de TróiaOs historiadores modernos veem ocaso de Iratembé como "o rapto deuma Helena de Tróia Tupiniquim".Diogo Dias perdeu toda a fortunaque possuía na destruição doengenho onde abrigou a índia, compropósitos lascivos. Tambémperdeu a vida, junto com membrosda família, a criadagem, o gado decorte e leite, escravos e índiosmansos empregados no corte dacana ou no manejo da almanjarra.Dois posteriores donos do engenhoTracunhahém tiveram igual sorte.Com um estigma tão forte, oengenho acabou em um monte deruínas. Hoje, no local está erguida acidade de Tracunhahém, na zona damata pernambucana, cuja maiorrenda ainda é a cana-de-açúcar.

SAIBA MAIS #

Horácio de Almeida, emHorácio de Almeida, emHorácio de Almeida, emHorácio de Almeida, emHorácio de Almeida, em História da Paraíba I, diz que essa vitóriadeixou o gentio orgulhoso. Daí por diante,qualquer coisa era pretexto para novos ata-ques. O massacre de Tracunhahém tevetanta repercussão, que o rei D. Sebastiãomandou desmembrar o território da Para-íba da Capitania de Itamaracá, com os cus-tos bancados pela Coroa. O rei acreditavaque, assim, venceria os obstáculos para aconquista da Paraíba, cuja capital já nasce-ria cidade, sem passar pelos estágios deArraial ou Vila.

Três anos após a chacina Boaventura pedelicença ao capitão-mor de Itamaracá paravender suas terras. Comprou-as João Ca-valcanti de Araripe, por escritura pública,em 19 de julho de 1577. Novamente os poti-guaras caíram em cima do engenho e o in-cendiaram.

Duas coisas ainda formam uma interro-gação, na chacina de Tracunhahém. A pri-meira: ninguém sabe o destino de Iratembé,após a hecatombe. A segunda: não se falamais no mameluco que provocou esta guer-ra, e ignora-se o seu nome e o respectivo pa-radeiro. Outra: Salema, como governadorgeral, não foi atendido por Diogo Dias. O ca-pitão-mor de Itamaracá, a quem cabia pren-der ou repreender o dono do engenho, porseu ato irresponsável, não se manifestou.Ninguém fala se Iratembé foi achada no meiodos mortos do Engenho de Tracunhahém.

Os historiadores registram que os poti-guaras se davam bem com os portugueses,até o ano do rapto de Iratembé, 1574. Nesteperíodo, a costa paraibana fervilhava de na-vios portugueses, franceses e espanhóis, quevinham transportar o pau-brasil para aEuropa. O comércio era grande com os ín-dios que, em troca da madeira e de algunstrabalhos, recebiam facas, espelhos, macha-dos e anzóis.

Uma das mercadorias nobre, muito pro-curada pelos europeus, era o óleo de copaí-ba, uma árvore de ocorrência comum entreo Brejo e o Litoral. Ao seu líquido atribuía-se propriedades medicinais cicatrizantes edesinfetantes. O rapto consentido da índiamudou tudo. Principalmente depois que osfranceses, interessados em dominar estacosta, passaram a insuflar Iniguaçu, no sen-tido da vingança. Os potiguaras só foramsubjugados em 1599. Para isso, muitos fo-ram mortos, escravizados, assimilados oucolocados em fuga.

O índios praticavamintenso comércio de

pau-brasil com osportugueses,

franceses e espanhóis

O arco e a flecha foramarmas usadas na

tragédia deTracunhahém

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10 GERALJOÃO PESSOA, DOMINGO, 19 DE ABRIL DE 2009 A UNIÃO

“Paraíba, terra amada”

A eleição que entronizou João Lopes Machado no Governodo Estado levou para a oposição o grupo de Augusto SantaCruz de Oliveira que, insatisfeito com o ostracismo, arquite-tou um plano para desestabilizar a nova administração. Ocaminho, no seu insubmisso pensar, para a intervenção fede-ral, seria pelo conduto da baderna.

Em Alagoa do Monteiro, Santa Cruz mantinha mais de 200"cabras" acusados de crimes bárbaros, armados e municia-dos para qualquer eventualidade.Na fazenda Areal, de propriedadedo bagunceiro, havia mais de seten-ta de prontidão e os demais distri-buídos por outros sítios, porém,prontos para agirem ao primeirochamado.

Muitos fazendeiros, sob o argu-mento de se resguardarem da açãode cangaceiros que infestavam a re-gião, mantinham sob sua guarda eproteção sentenciados de Justiça que a Lei não os alcançava.

Em face da impunidade que aumentava a incidência dodelito, João Machado fortalecera a Magistratura, para quecolocasse na cadeia quem merecesse castigo.

O facínora "Peba", lugar-tenente de Santa Cruz, fora presonuma armadilha arquitetada pelo próprio chefe, para iniciaruma confusão, desde que o mandara à cidade, sem nenhumasegurança. Para retirá-lo do xadrez, o bacharel à frente doque havia de pior na criminalidade, de madrugada, invadiua Cadeia Pública, libertou o encarcerado e mais sete que esta-vam trancafiados. Tomou as armas dos soldados e com suasúcia partiu para aprisionar o prefeito, o promotor, o juiz(fugiu), comerciantes e ruralistas.

Quando Augusto pensava em levar os prisioneiros parasua fazenda Areal, onde os exterminaria, com certeza, o pa-dre João Onofre "subiu nas tamancas" e disse: "Eles vão paraa Casa Paroquial". Santa Cruz tentou reagir, mas padre Joãoretrucou: "Agora é de homem para homem. Mande seus ca-pangas baixarem as armas e vamos decidir nós dois."

Esse imbróglio era narrado, commais detalhes, por Frutuoso Dantas,e padre João só fazia rir, discretamen-te...

Tal incidente teve muitos desdo-bramentos. Padre João comunicou aopresidente o que acontecia em Ala-goa do Monteiro e as Forças Policiaisda Paraíba e de Pernambuco sitia-ram a cidade e prenderem o autor dainsurreição. Posteriormente levado

a júri, na comarca onde nascera foi absolvido, por unanimi-dade. Mais adiante fora nomeado juiz de Direito de uma co-marca de Pernambuco!... O que nos leva a crer que o medo émais forte que a justiça.

Em 1930 Augusto Santa Cruz aliara-se a Zepereira contrao presidente João Pessoa.

No livro Guerreiro Togado do seu biógrafo Pedro Nunes,que o procurador de Justiça Edvaldo Sá Leite me deu para ler,conta o episódio, tentando santificar Augusto Santa Cruz.Há uma tendência de se endeusar ou romancear a vida dosque fizeram história pelo avesso.

Com sua autoridade e destemor, padre João Onofre evitoua intervenção federal tão sonhada por Augusto Santa Cruz.Alagoa do Monteiro, no entanto, não se livrou da ação nefas-ta de seu filho, que mostraria sua garra, novamente, em 1912.

Padre João Onofre - II

Lourdinha [email protected]

Com suaautoridade edestemor, padreJoão Onofreevitou aintervençãofederal...

Santa Cruzmantinha mais de200 "cabras"acusados decrimes bárbaros,armados emuniciados...

Hospital da FAP ganhaCâmara Termográfica

O equipamento é responsável pelo monitoramento de imagens, baseado na detecçãoda radiação infravermelha que é emitida por um corpo e custa cerca de 90 mil dólares

ma parceria entre a Uni-versidade Estadual daParaíba (UEPB) e o Hos-

pital Escola da FAP (FundaçãoAssistencial da Paraíba), obte-ve uma importante conquistapara a casa de saúde, que ga-nhou uma Câmara Termográ-fica, equipamento para moni-toramento de imagens, basea-do na detecção da radiação in-fravermelha emitida por umcorpo. A máquina custa cercade 90 mil dólares.A aquisiçãodo equipamento pela FAP só foipossível devido ao trabalho daprofessora Railda Shelsea Ta-veira Costa do Nascimento, lo-tada no departamento de Fisio-terapia do Centro de CiênciasBiológicas e da Saúde da UEPB.

A Câmara Termográfica foicriada no Inami (Instituto deNanotecnologia de MarcadoresIntegrados), que é coordenadopelo professor Oscar Malta, daUniversidade Federal de Per-nambuco. O equipamento, queconta com versão mais cara noexterior, foi montado e paten-teado no Brasil pelo professorLuiz Nunes, do Instituto de Fí-sica da Universidade Federal deSão Carlos, junto com o profes-sor Antonio Camargo, da San-ta Casa de Jaú.

Como eles faziam parte daRede de Nanotecnologia Mole-cular e Interfaces (Renami),projeto inicial que deu origemao Inami, do qual a professoraRailda também integrava, hou-ve um envolvimento maior en-tre os pesquisadores e o desejode trazê-lo para a Paraíba. As-sim, desenvolveram juntos oprojeto do equipamento demaior destaque e eficiência nadetecção não invasiva de tumo-res e inflamações no corpo hu-mano.

Hoje, esta é a primeira câma-ra deste tipo instalada fora doEstado de São Paulo. O equipa-mento já está em funcionamen-to e para habilitar os profissio-nais a manuseá-lo, foi promo-vido nos dias 3 e 4 de abril umminicurso, na intenção de tam-bém atender a necessidade doaluno da UEPB envolvido noprojeto de pesquisa.

FUNCIONAMENTOA princípio, a Câmara foi tra-

U

zida na intenção de se fazer odiagnóstico das complicaçõesepidemiológicas do câncer demama tratáveis pela fisiotera-pia, mas percebeu-se que é ca-paz de detectar inúmeras rea-ções patológicas. "Temos umnúcleo de pesquisa com certifi-cação pelo CNPQ e desenvol-vemos uma linha de pesquisaque é Tecnologia das Compli-cações do Câncer de Mama.Como essa é a minha área deatuação, resolvemos trazer acâmara termográfica para aFAP com este fim, pois ela per-mite a captação de imagens apartir do calor do corpo, exi-bindo a radiação infraverme-lha no indivíduo e permitindoum diagnóstico. No entanto,mesmo com pouco uso já de-tectamos diversas reações", in-forma Railda.

Em breve, o equipamento co-meçará a funcionar com umacoleta especial, iniciando porpacientes diabéticos, os quepossuem indicativos de tumo-res nas regiões da cabeça e pes-coço e ainda os pacientes queestão em tratamento no servi-ço de fisioterapia.

Depois de submetidos à bai-xa temperatura ambiente, ospacientes são "avaliados" pelacâmara, que é capaz de captarqualquer reação inflamatóriaem qualquer parte do corpo.Para se ter uma ideia, nos onzealunos que participaram dominicurso e que foram exami-nados em caráter experimen-

tal, foram identificados tumo-res de tireóide, alterações vas-culares em membro inferior,tumor de medula e reação in-flamatória da amídala. Só issojá indica o poder de diagnósti-co da câmara.

A previsão é de que, daquipara frente, cerca de 15 pacien-tes possam ser avaliados pordia. O procedimento é rápido e,fora o processo de climatização,que dura cerca de 20 minutos,o exame é feito em no máximo10 minutos.

De acordo com Railda Tavei-ra, a câmara não descarta osdemais exames de laboratório,tampouco os de radiodiagnós-tico. "São necessários todos osaparatos clínicos para se fun-damentar um diagnóstico, por-que cada um tem um propósi-to e se complementam. O que oprojeto veio a contemplar foi anecessidade de um diagnósti-co cada vez mais preciso, tantodo ponto de vista médico quan-to do cinético funcional, hajavista que com a fisioterapia nósatenderemos as necessidadesdas complicações epidemioló-gicas do câncer".

Para a professora Railda, aaquisição da Câmara Termo-gráfica para o Hospital da FAPfoi muito além de um projetosocial, figurando igualmentecomo a realização de um so-nho. "Esta é uma grande con-quista, alcançada a partir doesforço conjunto de muita gen-te”, disse.

BRANCO LUCENA

A UEPB (foto) fez parceria com a FAP para aquisição da Câmara

*Lourdinha Luna É ESCRITORA

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EDITORAÇÃO: GERALDO FLÔR

11ECONOMIA JOÃO PESSOA, DOMINGO, 19 DE ABRIL DE 2009 A UNIÃO“Paraíba, terra amada”

Ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que um dos segmentos a serem beneficiados é o setor de carnes

Setor agropecuário do País terá R$ 12,6 bilhõesO Conselho Monetário Naci-

onal (CMN) aprovou em reu-nião extraordinária três deci-sões que devem injetar R$ 12,6bilhões no setor agropecuário.

O maior montante, de R$ 10bilhões, já tinha sido antecipa-do pelo ministro da Agricultu-ra, Reinhold Stephanes, em en-trevista à Agência Brasil, e serápara uma linha de crédito parafinanciamento de capital degiro a agroindústrias, indús-trias de máquinas e equipa-mentos agrícolas e a cooperati-vas agropecuárias.

O ministro da Fazenda, Gui-do Mantega, afirmou que umdos segmentos a serem benefi-ciados é o setor de carnes (bo-vinas, aves e suínos). Serão co-bradas, nessa linha de créditoespecial, taxas de juros fixas de11,25% ao ano. Os empréstimostêm prazo de até dois anospara o pagamento, incluindoaté um ano de carência.

Segundo o secretário adjun-to de Política Econômica do Mi-nistério da Fazenda, Gilson Bit-tencourt, considerando os pro-blemas causados pela crisemundial no setor, “o melhorlugar para irrigar e fazer a rodagirar é a agroindústria”.

Bittencourt disse que a faltade capital de giro nessas empre-sas acaba gerando um “efeitocascata” no restante da econo-mia. “Essas indústrias anteci-pam recursos aos produtores eajudam a financiar a produção.Sem capital de giro, elas não tem

ARQUIVO

Anatel proíbe cobrançade ponto extra de TV paga

Assinantes de todo o Brasil não terão mais de pagar pelo serviço, segundo determinação da Agência Nacional de Telecomunicações

Conselho Diretor daAnatel (Agência Naci-onal de Telecomunica-

ções) aprovou o fim da cobran-ça do ponto-extra de TV por as-sinatura.

Dessa forma, assim que a de-cisão for publicada no DiárioOficial, os assinantes de todo oBrasil não terão mais de pagarpelo serviço, segundo publica-do na Agência Brasil.

ARTIGOSDe acordo com os artigos 29 e

30 do regulamento que rege asempresas de TV por assinatu-ra, o qual entrou em vigor des-de 2 de junho do ano passado, autilização do ponto-extra nãodeve gerar ônus para o consu-midor e as empresas só podemcobrar pela instalação, ativa-ção e manutenção da rede in-terna.

Ainda segundo estes artigos,a extensão só pode ser feita paraoutro ponto no mesmo endere-ço e o assinante pode contrataro serviço de terceiros para fa-zer a instalação e manutençãodo ponto-extra.

PELA SÉTIMA VEZNo último dia 30 de março, a

agência havia prorrogado pelasétima vez a decisão sobre a co-brança ou não do ponto-extrade TV por assinatura.

O intuito da prorrogação erafazer uma análise mais deta-lhada do Regulamento de Pro-teção e Defesa dos Direitos dosAssinantes dos Serviços de Te-levisão.

ABUSOAnteriormente, o excesso de

prorrogamentos fez com que oMinistério Público Federal seposicionasse contrariamente einserisse, na ação judicial mo-vida pela ABTA (AssociaçãoBrasileira de Televisão por As-sinatura), uma exigência de quea decisão fosse tomada em até30 dias.

O MP afirmou que a indefini-ção pode causar prejuízo aosconsumidores e mesmo aos for-necedores, “na medida em quenão se sabe quais investimentosou aquisições deverão ser pro-movidos para o futuro”.

O

como acessar crédito e não temdinheiro para antecipar aosprodutores, que não tem comopagar os fornecedores de insu-mos.”

A segunda linha de crédito,de R$ 2,3 bilhões, será destina-da a um programa de financia-mento para estocagem de álco-ol. O Banco Nacional de Desen-volvimento Econômico e Soci-al (BNDES) fornecerá R$ 1,3 bi-

lhão, e o Banco do Brasil maisR$ 1 bilhão, com recursos dapoupança rural. As taxas dejuros também serão de 11,25%ao ano.

A última medida eleva em R$300 milhões o volume de recur-sos do Programa de Desenvol-vimento Cooperativo paraAgregação de Valor à ProduçãoAgropecuária (Prodecoop). Alinha passa de R$ 1,7 bilhão

para R$ 2 bilhões. Metade sedestina a investimentos e a ou-tra parte vai para empréstimosde capital de giro. Também foiautorizado, pelos próximosdois anos, o acesso de empre-sas integradoras ao benefício.Dessa forma, frigoríficos deaves e suínos serão beneficia-dos.

Governo federal pode capitalizar a PetrobrasAtualmente nas mãos da mi-

nistra da Casa Civil, DilmaRousseff, e a menos de doismeses de ser finalmente con-cluído e apresentado ao presi-dente Luiz Inácio Lula da Sil-va, o documento com as pro-postas para o novo marco re-gulatório do petróleo deverámesmo ser híbrido, contem-

plando uma série de ideias dis-cutidas nos últimos nove me-ses.

Entre essas ideias está a capi-talização da Petrobras, pormeio da troca de reservas sobcontrole da União por ações daestatal. A proposta de troca dereservas por ações contemplaapenas as áreas contíguas às des-

cobertas da Petrobras no pré-sal.São reservatórios que se estendempara além das concessões atuaise, portanto, pertencem à União. Aideia é repassar esses reservató-rios à estatal. Em troca, a Uniãoreceberia novas ações da compa-nhia - hoje, tem 32% do capitaltotal.

As demais áreas considera-

das de elevado potencial petro-lífero seriam administradaspor uma autarquia federal, nosmoldes do modelo norueguês.Sobrariam outras áreas de no-vas fronteiras e em terra, quecontinuariam a ser licitadaspela Agência Nacional do Pe-tróleo (ANP).

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12 JOÃO PESSOA, DOMINGO, 19 DE ABRIL DE 2009

A UNIÃO

“Paraíba, terra amada”

"Treze volta ajogar com aQueimadense

Treze e Queimadense voltam ase enfrentar neste domingo pelassemifinais do segundo turno doCampeonato Paraibano 2009.Trata-se na partida de volta. Opalco da disputa será o estádioAmigão, em Campina Grande, a

No fundo do poço

Marcos LimaREPÓRTER

omando como exemploos últimos cinco anos,João Pessoa ficará sem

futebol profissional da Primei-ra Divisão por um período, nomínimo este ano, de seis meses.Isto porque os times da Capitalque disputaram a Série A em2009 (diga-se Botafogo e Inter-nacional) não corresponderame sequer chegaram às semifinaisdo returno, não alcançando as-sim o que pleiteavam, umavaga na Série D do Campeona-to Brasileiro, ainda este ano.Ainda existe a Copa Paraíbaque dá uma vaga na Copa doBrasil de 2010, o que seria a úl-tima chance na temporada.

O Botafogo encerrou sua par-ticipação no Estadual em quin-to lugar. O Internacional rema-nescente da Segunda Divisão de2008 acabou na lanterna e foirebaixado. Outros clubes pro-fissionais de João Pessoa (AutoEsporte Clube e Centro Sporti-vo Paraibano-CSP) vão dispu-tar ainda, a partir do dia 10 demaio, a Segunda Divisão.

Numa rápida retrospectivaem relação ao futebol profissio-nal de João Pessoa, pode-se dizerque trata-se de futebol medíocree lamentável que está no fundodo poço. O torcedor pessoense,que em 2003 e 2004, pela Copado Brasil e em 2003 e 2006, pelaSérie C do Campeonato Brasilei-ro lotou o estádio Almeidão para

acompanhar o desempenho doBotafogo, único representanteda Paraíba nestas duas compe-tições, já não mais acredita emascensão do futebol pessoense.Um grande exemplo foi à evasãoda torcida nas partidas finais do“Belo” e do “Inter” no campeo-nato estadual de 2009. O fracodesempenho dos clubes resultounuma queda brusca da presen-ça dos torcedores ao estádio.

A última vez que João Pessoateve um campeão estadual daPrimeira Divisão foi em 2003,quando o Botafogo levantou ataça ao derrotar, duas vezes se-guidas o Atlético de Cajazeiras(2x1 e 1x0). De lá para cá, o do-mínio foi totalmente de clubesde Campina Grande e do Ser-tão. Em 2004, a Capital ficou emterceiro lugar com o Botafogo;em 2005, o pessoense teve quese contentar de novo com a ter-ceira colocação; 2006 segundocolocado; em 2007, sexto lugar;2008, quarto colocado e, em2009, quinto colocado.

“Isto é muito pouco para ofutebol da Capital que, juntan-do todos os títulos das equipespessoenses representam 54conquistas desde que se iniciouo Campeonato Paraibano, noano de 1917”, afirmou na últi-ma quarta-feira, (15), o radia-lista Albemar Santos, da RádioSanhauá, de João Pessoa, em seuprograma diário intitulado“Repórter Cidadão”, levado aoar das 17h às 18h, após o mes-mo fazer uma enquete sobre a

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ÃO

Futebol da Capital

Botafogo e Auto Esporteatravessam momentosdifíceis e continuam bemdistantes da vitrine nacional

Haran TavaresVENDEDOR EEX-JOGADORDE FUTEBOL

O QUE PENSA O TORCEDOR#

“AdemirChacon TAXISTA“

Alisson Meloda SilvaVENDEDOR

“João BatistaCarvalhoSantana TAXISTA“

Investir mais em estrutura e emsegurança nos estádios. O governoajuda, mas ainda é pouco. Por isso, ofutebol está cada dia pior. Botafogo,por exemplo, não tem dinheiro. Isso émais grave em João Pessoa.

Acho que os interesses do futeboldeviam prevalecer sobre outrosinteresses. O futebol deve ser vistocomo esporte e não como fonte derenda. As pessoas pensam muito emdinheiro e esquecem do resto.

Esse futebol está uma bomba. Precisamudar tudo. E deve começar pelopresidente do Botafogo. Quandobotarem gente comprometida paradirigir esse time, as coisas vãomelhorar na Capital”.

Tem que mudar o Botafogo todo. Adiretoria dele só pensa em dinheiro.Tem que trocar o presidente e osjogadores. E fazer um time comjogadores do interior do Estado e debairros de João Pessoa”.

situação do futebol da Capital.Ressalta-se que, desses 54 títu-los levantados por clubes daCapital, 25 deles são somente doBotafogo, equipe esta que detémo maior número de adeptos eseis torcidas organizadas (Bo-tachopp, Jovem, Independente,Velha Guarda, 100% Botafogo eFogomania). “Em se tratando deBotafogo, é preciso uma refor-mulação drástica. O time não éde um grupo e sim de uma cole-tividade”, afirmou Fabiano Pe-reira, presidente da Torcida Fo-gomania e também presidentedo Conselho de Torcidas Orga-nizadas do Botafogo.

T

#Dos 54 títulos estaduaisconquistados por clubesde João Pessoa, oBotafogo tem a maiorparcela de conquistascom 25 deles

Com esta equipe, o Botafogo voltou a fracassar na temporada e mais uma vez fica de fora do Campeonato Brasileiro

BRANCO LUCENA

FOTOS: ORTILO ANTÔNIO

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partir das 16h. No primeiro jogo,realizado na última quinta-feira, oTreze venceu com facilidade oadversário por 2x0 e deu umsalto muito grande para aconquista da vaga na final doreturno. O técnico trezeanoMarcelo Villar promete forçamáxima diante da Queimadense.No primeiro turno, o Trezetambém chegou às finais,perdendo o título para o Sousa.

Auto Esporte e CSP serão osrepresentantes de João Pessoa naSegunda Divisão do CampeonatoParaibano que começa no dia 10de maio. A Capital, com orebaixamendo do Inter, só temum clube na elite: Botafogo

"Auto e CSP sãoos representantesna Segundona

6.083é a média de públicopor jogo do Treze noCampeonatoParaibano destatemporada, a melhorda competição

O Itaú será o patrocinador oficialda Copa do Mundo de 2014 noBrasil, conforme contrato fechadocom a Fifa. O termo foi assinado noRio de Janeiro durante encontroentre representantes da Fifa, opresidente da CBF, Ricardo Teixeira,e executivos do Itaú.

"Banco patrocinaa Copa de 2014 “

Fred,ATACANTE DO FLUMINENSE

Infelizmente não dá praexplicar essa derrotapara o Águia, mas nemtudo está perdido”

Muitas são as propostas parasalvar o futebol de João Pessoa,porém, poucas são as atitudestomadas principalmente poraqueles que ao longo dos anosteem de forma direta ou indi-reta contribuído para com esteesporte.

Dirigentes, treinadores, opi-nião pública, crônica esporti-va e até mesmo ex-presidentesque um dia foram vitrines decríticas feitas por fanáticos es-pectadores, todos são unâni-mes em afirmar que a situaçãodo futebol da Capital merecemais do que reflexão e sim umamaior atenção, principalmen-te da classe empresarial insta-lada no Estado.

“Não apenas em João Pessoa,mas na Paraíba o futebol é mui-to caro. Taxas altas, materialesportivo também caro e mui-tos dirigentes modestos. É ne-cessário se ter empresários dealto gabarito para investir nofutebol da Capital. Pessoa pú-blica com grande influência nocenário esportivo estadual e na-cional. Dirigentes com nível pe-queno, com certeza, suas influ-ências também serão pequenas.É preciso sair desta modéstia”.

A afirmação é de HaroldoNavarro, atualmente um dostrês diretores de patrimônio doAuto Esporte Clube e que pre-sidiu ao alvirrubro pessoensepor cinco gestões. “Houve umaépoca em que o Auto Esportefechou definitivamente suasportas porque não conseguiamais se erguer no futebol pro-fissional. Foi necessária a inter-venção da Federação Paraiba-na de Futebol”, acrescentou.

Uma gestão profissional, ocumprimento ao que determi-na o Estatuto Social do clube,bem como transparência emtodas as suas ações são os fato-res apontados pelo empresárioNelson Lira, ex-presidente do

Botafogo para salvar o futebolde João Pessoa. “Estas metasdeveriam se iniciadas, a prin-cípio, pelo Botafogo, pois este éo carro chefe do futebol profis-sional da Capital.

Sem esta transparência, a ten-dência é acabar com o futebolprofissional de nossa cidade”,justificou Nelson, lembrando que“se o Botafogo estiver com umaequipe bem montada, com cer-teza demais clubes, a exemplo doAuto Esporte também investirãoalto, dando assim mais ritmo aonosso futebol”.

Investir nas categorias de base,dando mais oportunidade á pra-ta da casa é a solução apontadapor Ricardo Prado, atual secre-tário-adjunto de esporte de JoãoPessoa para elevar o nível do fu-tebol profissional da Capital.“Temos vistos clubes contratan-do vários veteranos que, em ti-mes do Sul do país já estariamaposentados. Em contrapartida,os valores dos times, formadosao longo dos anos são totalmen-te esquecidos.

“Confesso que sou botafoguen-se de carteirinha, mas é precisovoltarmos ao passado”, alegou.EDITORAÇÃO: ROBERTO DOS SANTOS

Na visão de Raimundo Nó-brega, um dos mais antigos di-rigentes do Botafogo/JP, o fute-bol da Capital não está no fun-do do poço e nem vive crise de-masiada como aponta algunssegmentos do desporto estadu-al. “Não acredito que vivemosnesta situação. Não estamos nofundo do poço. O que falta é re-ver o critério do ranking nacio-nal, onde o Botafogo, que é ocarro-chefe do futebol profissi-onal em João Pessoa e está en-tre os 60 melhores times dopaís, nada é feito pelos que co-mandam este esporte para queo clube não permaneça sem ati-vidade no segundo semestre”,afirmou.

O dirigente botafoguense in-formou que qualquer competi-ção no Brasil se tem como base

PHOTOCAMERA

! NO CAMPEONATO PARAIBANO2003 Botafogo 1º lugar

Auto Esporte 8º lugar2004 Botafogo 3º lugar

Auto Esporte 9 º lugar(rebaixado)

2005 Botafogo 3º lugar2006 Botafogo 2º lugar

2007 Botafogo 6º lugarAuto Esporte 9º lugar(rebaixado)

2008 Botafogo 4º lugar2009 Botafogo 5º lugar

Internacional 8º lugar(rebaixado)

NA COPA DO BRASIL2003 Botafogo – 57º colocado 2004 Botafogo – 54º colocado

2003 - Botafogo – 3º colocado NA SÉRIE C

2006 - Botafogo – 53º colocado

o Ranking de clubes da CBF. “Nomomento não temos um calen-dário nacional para o segundosemestre, isto faz com que osclubes paraibanos permaneçamem crise”, completou Raimun-do, apontando apenas a CopaParaíba Sub-21 como sendouma competição paliativa e depouca importância para as equi-pes melhores ranqueadas.

Já Fernando Mendes, que pre-sidiu o Botafogo na década de80, apontou a união de todas asforças como sendo a alternati-va para salvar não apenas oBotafogo, como também de-mais times de João Pessoa queconvivem a um bom tempocom o ostracismo.

“É preciso usar a sinergia,desde o torcedor ao empresá-rio. É necessário também se fa-

Atual situação merece mais reflexão

Dirigente discorda de crise em clubezer um projeto financeiro decada clube, pois não se podegastar mais do que se arreca-da. Uma consulta popular tam-bém deverá ser feita para sesaber o destino do futebol pes-soense”, comentou.

Geraldo Carvalho, proprietá-rio de uma das mais conceitua-das empresas de veículos im-portados da Paraíba e que tam-bém presidiu o Botafogo deJoão Pessoa não quis falar so-bre a situação do futebol daCapital na atualidade. Se resu-miu apenas a dizer que sua po-sição daria em outra oportuni-dade. Carvalho, por uma boatemporada, contribuiu muitopara o desenvolvimento do fu-tebol pessoense, principalmen-te no Botafogo. Hoje não maispretende comandar equipes.

#Estima-se que em JoãoPessoa 75% dosdesportistas torcempelo Botafogo e osdemais por AutoEsporte, Inter e CSP

No estádio Mangabeirão, o Auto Esporte segue disputando a Segundona

ORTILO ANTÔNIO

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14 JOÃO PESSOA, DOMINGO, 19 DE ABRIL DE 2009 A UNIÃO

“Paraíba, terra amada”

Fla tenta adiar a decisãoSe o Botafogo vencer conquista o Campeonato Carioca, caso contrário o campeão será definido em mais dois jogos entre as duas equipes

Botafogo já superou otrauma da perda dos tí-tulos de 2007 e 2008

para o Flamengo? A resposta otorcedor botafoguense só vai terneste domingo quando aconte-ce a decisão da Taça Rio entre asequipes. Se o alvinegro vencerserá campeão estadual, uma vezque venceu também a Taça Gua-nabara, caso contrário haverámais duas partidas para se co-nhecer o campeão. O jogo come-ça às 16h no Maracanã.

De um lado Cuca, técnico doFlamengo, com o estigma deperdedor diante das derrotaspara o seu novo clube nas deci-sões acima citadas quando co-mandava o Botafogo; e do ou-tro Ney Franco que ganhouprojeção nacional depois de co-mandar o Flamengo onde ga-nhou título estadual e a Copado Brasil.

No confronto deste domingonão existe vantagem, apesar doFlamengo ter feito a melhorcampanha na fase classificató-ria. Se houver empate, a deci-são será nas penalidades. Esteano, as duas equipes se enfren-taram apenas uma vez, aindana Taça Guanabara e o empatede 1 a 1 foi o resultado.

Todos os 68.709 ingressos fo-ram vendidos desde quarta-fei-ra que não existe mais bilhetespara os torcedores, salvo aque-les nas mãos dos cambistas.

Ouvir a torcida gritar seunome no Maracanã é uma emo-ção diferente, ainda mais paraum jovem em sua primeira fi-nal vestindo a camisa do Fla-mengo. Contando com o apoioda torcida rubro-negra, Ever-ton está animado para a parti-da do próximo domingo, às 16h,contra o Botafogo, na decisãodo título da Taça Rio, segundoturno do Campeonato Carioca.

“Estou muito ansioso paraeste jogo. É diferente jogar no Fla-mengo, ainda mais em uma fi-nal, e quero sentir essa emoçãopela primeira vez. Estou anima-do e confiante de que poderemosconquistar esse título”, contouEverton de apenas 20 anos.

Um dos principais destaquesdo Botafogo no CampeonatoCarioca e esperança de gols nafinal de hoje, Maicossuel é tam-bém o artilheiro do time nacompetição com 12 gols. O jo-gador tem sido muito elogiado

pelo técnico Ney Franco, quedisse que, se a competição ter-minasse neste momento, o tro-féu de melhor da competiçãoseria do apoiador alvinegro.

"Ele está em tão boa fase nacarreira que, sem dúvida algu-ma, poderia ser eleito o craquedo campeonato” falou o co-mandante alvinegro.

No primeiro jogo, disputadono Pacaembu, deu Corinthians,vitória de 2 a 1 e agora o Timãojoga pelo empate diante do SãoPaulo para decidir o título pau-lista com o vencedor do con-fronto Santos x Palmeiras. Otécnico Mano Menezes já con-firmou a escalação do atacanteRonaldo que não participou dojogo em campo Grande pelaCopa do Brasil quando o alvi-negro se exibiu pela Copa doBrasil e derrotou o Misto por 2a 0, eliminando o jogo de volta.

A ausência de Rogério Ceni -cirurgiado na última segunda-feira - não diminui a força doSão Paulo segundo o treinadorcorintiano.

“Ele realmente tem lideran-ça, mas a força ofensiva do SãoPaulo é motivo de preocupaçãoe tenho certeza que o substitu-to de Rogério Ceni, o goleiroBosco, vai fazer o seu papel nojogo, aliás com uma motivaçãoainda maior”, disse Mano.

O técnico Muricy Ramalhosabe que a ausência de Rogériofaz a equipe perder um poucode liderança, mas anda confian-te no goleiro Bosco e no poderde recuperação da equipe quevem de duas derrotas, umapelo Paulista e outro pela Li-bertadores.

“Estamos em desvantagem ecom obrigação de atacar aindamais. O Ceni faz falta, porém o

O

elenco do São Paulo é de muitaqualidade e vai mostrar istonesse jogo decisivo”, disse.

São Paulo e Corinthians vãojogar a partir das 16h, no está-dio do Morumbi, e a expectati-va é de um público superior a60 mil pagantes.EDITORAÇÃO: ROBERTO DOS SANTOS

AS DECISÕES RECENTESCARIOCA DE 2007

CARIOCA DE 2008

1º jogo

Botafogo 2 x 2 Flamengo

2º jogo

Flamengo 2 x 2 Botafogo

Decisão nos pênaltis

4 a 2 para o Flamengo

1º jogo

Flamengo 1 x 0 Botafogo

2º jogo

Botafogo 1 x 3 Flamengo

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Corinthians joga pelo empatepara eliminar o São Paulo

Nos dois últimos anos, o Flamengo, do meia Ibson, venceu as duas decisões do Campeonato Carioca que disputou com o Botafogo no Maracanã

Rogério Ceni desfalca o São Paulo

CAMPEONATO CARIOCA

PHOTOCAMERA

VIPCOMM

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15JOÃO PESSOA, DOMINGO, 19 DE ABRIL DE 2009 A UNIÃO“Paraíba, terra amada”

GrygenaTargino

[email protected]

Cantinho de Cultura

Vês?! Ninguém assistiu ao formidávelEnterro de tua última quimeraSomente a Ingratidão - esta pantera -Foi tua companheira inseparável!

Acostuma-te à lama que te espera!O Homeme, que, nesta terra miserável,Mora, entre feras, sente inevitávelNecessidade de também ser fera.

Versos íntimos - Augusto dos Anjos

Sua poesia chocou a muitos, principalmente aos poetas parnasianos, mas hoje é um dospoetas brasileiros que mais foram reeditados. Sua popularidade se deveu principalmente ao

sucesso entre as camadas populares brasileiras e à divulgação feita pelos modernistas.

ANJOS, AUGUSTO DOS. OBRAS COMPLETAS. RIO DE JANEIRO,NOVA AGUILAR, 1994. P.280.

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Hoje a coluna "Cantinho de Cultu-ra" homenageia o poeta paraibanoAugusto dos Anjos, que estaria com-pletando, neste domingo, 125 anos deidade. O seu livro "Eu e outras poesias",publicado em 1919, foi a sugestão deleitura indicada pelo jornalista Linal-do Guedes.

Augusto Rodrigues Carvalho dosAnjos nasceu no Engenho Pau D'Arco(PB), onde viveu até os 24 anos, tendoacompanhado a ruína financeira dafamília. Formado em Direito no Reci-fe, nunca chegou a exercer a profis-são. Lecionou Literatura na Paraíbae no Rio de Janeiro, até tornar-se di-retor do Grupo Escolar de Leopoldi-na, em Minas Gerais. Morreu de tu-berculose.

É patrono da cadeira número 1 daAcademia Paraibana de Letras, queteve como fundador o jurista e ensaís-ta José Flósculo da Nóbrega e comoprimeiro ocupante o seu biógrafoHumberto Nóbrega, sendo ocupada,atualmente, por José Neumanne Pin-to.

Augusto dos Anjos era identifica-do muitas vezes como simbolista ouparnasiano, mas muitos críticos,como o poeta Ferreira Gullar, concor-dam em situá-lo como pré-moderno.É conhecido como um dos poetasmais críticos do seu tempo, e até hojesua obra é admirada tanto por leigoscomo por críticos literários.

Na época de Augusto, a poesiabrasileira estava dominada pelosimbolismo e parnasianismo, dosquais o poeta paraibano herdou al-gumas características formais, masnão de conteúdo. A incapacidade dohomem de expressar sua essênciaatravés da "língua paralítica" (An-jos, p. 204) e a tentativa de usar overso para expressar da forma maiscrua a realidade seriam sua apropri-ação do trabalho exaustivo com overso feito pelo poeta parnasiano. Aerudição usada apenas para repetiro modelo formal clássico é rompidapor Augusto dos Anjos, que se preo-

cupa em utilizar a forma clássica comum conteúdo que a subverte, atra-vés de uma tensão que repudia e éatraída pela ciência.

OBRA EM TRÊS FASESA obra de Augusto dos Anjos pode

ser dividida, não com rigor, em trêsfases, a primeira sendo muito influen-ciada pelo simbolismo e sem a origi-nalidade que marcaria as posteriores.A essa fase pertencem Saudade e Ver-sos Íntimos. A segunda possui o cará-ter de sua visão de mundo peculiar.Um exemplo dessa fase é o soneto Psi-cologia de um Vencido. A última cor-responde à sua produção mais com-plexa e madura, que inclui Ao Luar.

Sua linguagem orgânica, muitasvezes cientificista e agressivamentecrua, mas sempre com ritmados jo-gos de palavras, ideias, e rimas geniais,causava repulsa na crítica e no grandepúblico da época. "Eu" somente apre-sentou grande vendagem anos apósa sua morte.

Muitas divergências há entre os crí-ticos de Augusto dos Anjos quanto àapreciação de sua obra e suas posi-ções são geralmente extremas. Dequalquer forma, seja por ácidas críti-cas destrutivas, seja através de entu-siasmos exaltados de sua obra poéti-ca, Augusto dos Anjos está longe dese passar despercebido na literaturabrasileira.

Sua poesia chocou a muitos, princi-palmente aos poetas parnasianos,mas hoje é um dos poetas brasileirosque mais foram reeditados. Sua po-pularidade se deveu principalmenteao sucesso entre as camadas popula-res brasileiras e à divulgação feitapelos modernistas.

Hoje em dia diversas editoras bra-sileiras publicam edições de Eu e Ou-tros Poemas.

Na seção “Café Pequeno” desta Co-luna, podemos observar as principaiscaracterísticas do trabalho do poetaparaibano.

Toma um fósforo. Acende teu cigarro!O beijo, amigo, é a véspera do escarro,A mão que afaga é a mesma que apedreja.

Se a alguém causa inda pena a tua chaga,Apedreja esta mão vil que te afaga,Escarra nessa boca que te beija!

O que li

Referências à decomposição da matéria

Já o verme - este operário das ruínas -Que o sangue podre das carnificinasCome, e à vida em geral declara guerra,

Anda a espreitar meus olhos pêra roê-los,E há-de deixar-me apenas os cabelosNa frialdade inorgânica da terra!

Incorporação devocabulário científico

Eu, filho do carbono e do amoníaco,Monstro de escuridão e rutilância,Sofro, desde a epigênesis da infância,A influência má dos signos do zoodíaco.

Café pequeno

Pessimismodiante da vida

Dedos denunciadores escreviamNa lúgubre extensão da rua pretaTodo o destino negro do planeta,Onde minhas moléculas sofriam.

Amor reduzido a instinto

E aprofundando o raciocínio obscuro,Eu vi, então, à luz dos áureos reflexos,O trabalho genésico dos sexos,Fazendo à noite os homens do Futuro.

(AS CISMAS DO DESTINO)

(NOITE DE UM VISIONÁRIO)

(PSICOLOGIA DE UM VENCIDO)

(PSICOLOGIA DE UM VENCIDO)

GRYGENA TARGINO É FORMADA EM PEDAGOGIA PELA UFPB,ALUNA DO CURSO DE DIREITO DA UEPB E ALUNA DO CURSO

DE LETRAS DA UFPB

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Green Day lança singlede álbum esta semanaPreparando o lançamento de seu novo álbum, chamado‘21st Century Breakdown’, os californianos do Green Daydão uma prévia do novo trabalho lançando o primeirosingle, ‘Know Your Enemy’. A faixa, que será divulgadaesta semana, faz parte do novo disco, que, assim comoseu antecessor, segue uma linha mais politizada e quetrabalha com um só conceito ao longo do álbum.

Nossa maiortragédia é nãosaber o quefazer com avida

José Saramago,ESCRITOR

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Biquini Cavadão faz showna Praia do JacaréBanda mostrará hoje à noite os sucessos dos anos 80,

quando emplacou hits como ‘Tédio’. 18

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JOÃO PESSOA, DOMINGO,19 DE ABRIL DE 2009

A UNIÃO 16

Fonte de inspiração para artistas em diversas áreas, autor de ‘Eu’faria aniversário amanhã e data terá ampla programação na Paraíba

O

AugustoArte indígena é tema deexposição na CapitalAcervo de 15 aldeias potiguara pode ser visto no Museu

Casa do Artista Popular, no Centro de João Pessoa. 19

Lilla FerreiraREPÓRTER

poeta Augusto de Carvalho Rodri-gues dos Anjos, um dos maiores no-mes da literatura nacional com

uma única obra publicada, o “Eu”, nasceuem 20 de abril de 1884, e 125 anos depois,está mais vivo do que nunca. Muitas vezesignorado e criticado pelos seus contempo-râneos, sua obra é hoje uma das mais im-portantes publicações da literatura brasi-leira.

A um só tempo difícil e popular, o poetaagrada aos mais variados públicos, que po-dem contar com uma série de estudos e bi-ografias publicadas a seu respeito. Os pre-ços das obras variam em função do cuida-do de cada edição. Segundo Eduardo Au-gusto, do Sebo Cultural de João Pessoa, asobras mais procuradas atualmente sobre

são “A Sombra e a Quimera”, de Chico Vi-ana; e “Augusto dos Anjos – Uma Biogra-fia”, de Fernando Melo”. Embora não cons-te de seu acervo atualmente, segundo le-vantamento do Sebo a primeira edição deAugusto dos Anjos, se encontrada, devecustar mais de mil reais.

O livro “Eu e Outras Poesias”, obra úni-ca de Augusto, lançado em 1912 pela Im-prensa Oficial do Estado da Paraíba, jáconta com 42 edições. Nas livrarias da ci-dade, a edição mais procurada é a da Uni-versidade Federal da Paraíba (UFPB), quepode ser encontrada por um preço médiode 10 reais. Ainda segundo Eduardo Au-gusto a obra “é indispensável, e a procu-ra é sempre grande, independente da épo-ca”. Ele informa que os mais jovens costu-mam procurar o livro “Eu”, enquanto osmais velhos procuram obras críticas e bi-ografias.

125 anosdos Anjos

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17

Escolhido como paraibano do sécu-lo, Augusto é sempre lembrado quan-do a intenção é valorizar a culturaparaibana. O poeta já se transformouem nome de escola, galeria de arte, erecebeu também homenagem do Go-verno do Estado da Paraíba, atravésda criação do Fundo de Incentivo àCultura, o FIC Augusto dos Anjos,com a intenção de estimular a produ-ção artística do Estado. Também como apoio do Governo, foi criado o Me-morial Augusto dos Anjos, em parce-ria com a Prefeitura de Sapé, na casade sua ama de leite, Guilhermina, noengenho Pau D’Arco onde o poetanasceu.

Jairo Cezar foi o idealizador do pro-jeto. Acompanhou sua instalação, emmaio de 2006, e esteve à frente da ad-ministração do museu por três anos.“O Memorial era um sonho há muitoacalentado pelos amantes da arte An-josiana e defensores da memória cul-

“II Celebrando os Anjos de Augusto” - Edição 2009

18 DE ABRIL (SÁBADO)MEMORIAL AUGUSTO DOS ANJOS – SAPÉMANHÃ9 horas - Abertura oficial9h30 - Entrega da premiação do “II Celebrando os Anjos de Augusto”9h40 - Performance Teatral - Sonetos10 horas - Apresentação musical com Cello, Clarinete, Sanfona e Pandeiro11 horas - Mesa-redonda “Augusto dos Anjos, O paraibano do século XX”, comLinaldo Guedes e Nadja Cristiane11h40 - Declamações à sombra do tamarindo

CÂMARA MUNICIPALTARDE14 horas- Sessão Especial da Câmara Municipal15 horas- Reunião Conjunta da Alane- PB, UBE e Academia Feminina com painelda Prof.ª Dra. Marinalva Freire

ATENA RECEPÇÕESNOITE19 horas - Mesa redonda com Aparecida Melo e Flávio Tavares20 horas - Apresentação Musical Chorando por Augusto - Choro Manhoso

19 DE ABRIL (DOMINGO)MEMORIAL AUGUSTO DOS ANJOS – SAPÉMANHÃ10 horas - Painel com Carlos Alberto Azevedo10h30 - Painel Augusto e o mercado cultural contemporâneo com João Marcos11 horas- Apresentação musical com Eliabe Gomes e Ivoneide Batista11h30 - Declamações à sombra do tamarindoNOITEIGREJA MATRIZ20 horas - Camerata Arte mulher20 de Abril (segunda)

MEMORIAL AUGUSTO DOS ANJOSMANHÃ8 horas - Exposições artísticasTARDE14 horas - Mesa redonda com Marisa Alverga e Terezinha Cabral15 horas- Apresentações artísticas - AASES

PROGRAMAÇÃO #

Memorial do ‘paraibano do século’realiza três dias de homenagens

tural da cidade. Além de manter viva amemória do poeta, desenvolvemos umasérie de atividades culturais com as cri-anças das comunidades vizinhas aoMemorial”, explica Jairo. O local é fre-quentado por estudantes e intelectuaisde todo o Estado, país e exterior, quefazem uma visita ao passado, à vida e aobra de Augusto.

“Para comemorar os 125 anos de nas-cimento do poeta está sendo organizadoo “II Celebrando os Anjos de Augusto”,que sob a coordenação de Jairo Cezar pre-tende transformar Sapé na “Capital daCultura” durante os três dias do evento,que começou ontem e termina terça-fei-ra (18 e 21 de abril). Na programação apresença de Flávio Tavares, sub-secretá-rio de cultura do Estado, e do jornalista,poeta e escritor Linaldo Guedes, que as-sina a plaquete publicada pelo jornal AUnião, Nomes do Século (2000), sobre Au-gusto.EDITORAÇÃO: JÚNIOR DAMASCENO

Augusto nas artesAugusto tem servido de inspiração às mais variadas manifestações artísticas da Paraíba. Ao mundo damúsica, cinema e teatro. Viola dos Anjos é o nome do CD que o cantor Chico Viola lançou em 2002,com 15 poemas de Augusto dos Anjos, que viraram melodias. Como “A árvore da serra”, ‘Psicologiade um vencido’ e ‘Alucinação a beira mar’. Os “Versos íntimos” do poeta também estão na quarta faixado segundo CD do músico Gustavo Magno, “Divina Virtude”, lançado em 2007.O cineasta Torquato Joel traduziu o universo existencial do poeta em ficção, através de fragmentos deseus poemas, no curta-metragem Transubstancial (2003). No teatro, os espetáculos paraibanos“Idealismo”, um monólogo com o ator Vicente D’Paula; “Transubstanciação”, direção de Luís CarlosCândido; e “Augusto, O Anjo Visionário”, direção de Jerônimo Vieira, são algumas das montagensapresentadas nos palcos de João Pessoa inspiradas nos versos do poeta.

SAIBA MAIS#

Cena do filme ‘Transubstancial’, de Torquato Joel, sobre Augusto dos Anjos

Memorial Augusto dos Anjos já iniciou uma programação com debates e mostras, em Sapé

FOTOS: DIVULGAÇÃO

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A UNIÃO“Paraíba, terra amada”

JOÃO PESSOA,DOMINGO, 19 DE ABRIL DE 200918

Mais burocracia

Vinho não é comodity, não podelevar na sua imagem o mesmo selousado em cigarros e destilados...

Mesmo tocando os velhos sucessos da década de 80 - quando abanda despontou no cenário nacional - o grupo liderado por BrunoGouveia ainda atrai uma multidão de fãs e fará show hoje no Jacaré

Quem esteve na Serra Gaúcha emfevereiro encontrou a região vivendouma verdadeira festa com o início dacolheita da safra das uvas mais pre-coces, que seguem até fins de marçoquando a maioria das tintas são vin-dimadas.

Bento Gonçalves, a capital da uva edo vinho regurgitava de turistas, dejornalistas especializados de todoBrasil e do exterior além de compra-dores das diversas wine-shops e re-des de grandes lojas brasileiras e mul-tinacionais. A cidade cheirava a vinhoque envolvia o ambiente a partir daFenavinho realizada no Parque de Ex-posições onde uma massa humana vi-sitava os stands das vinícolas vindode todos os estados, assistia apresen-tações em pockets shows culturaisnas praças dos diversos pavilhões queconstituíam um complexo expositor

contando com salas de reuniões, ga-binetes equipados para provas for-mando um conjunto de apoio, ondenão faltava auditórios para palestras.

Era possível papear com wine-makers, enólogos, agrônomos, consul-tores e técnicos em geral, onde o âni-mo de todos estava centrado na evo-lução da qualidade dos nossos vinhos,a fixação da imagem das nossas mar-cas no país e no exterior, numa irma-nação de uma “corrente para a fren-te” de todos os segmentos do setor,apoiados pelo Ibravin, Apex, Sebrae etodas as associações de produtores eenólogos, conscientizados no sentidode mostrar que o vinho brasileiro éalegre e autêntico, com uma tipicida-de própria que expressa seus varia-dos microclimas. Impossível deixarde mencionar as apresentações deconjuntos musicais típicos da cultu-ra gaúcha como o Galpão Criollo, apraça da alimentação com mais demeia centena de cantinas, pizzarias eosterias onde facilmente encontrava-se comidas típicas de todas as regiõesda velha “bota” estendendo-se a Sar-denha, a Sicília e as pequenas Pante-lerias todas regadas com o bom vinhodo Brasil.

Não se ouvia falar de “crise”, mashavia no ar uma preocupação autên-

tica, de ordem eminentemente buro-crática: a criação de um Selo Fiscalque, segundo alguns empresários,nada diminuiu a sonegação, o contra-bando e a fabricação, mas as peque-nas vinícolas não podem mais pagaro preço por um mecanismo criado semuma prévia avaliação dos seus impac-tos futuros nas pequenas organiza-ções da cadeia produtiva, onde ima-ginamos, esse novo custo será agre-gado ao preço e outra vez estará afas-tando os apreciadores para o consu-mo fácil de cervejas ou aguardentes.

Como diz o enólogo Luiz HenriqueZanini da Vallontano: Vinho não é co-modity, não pode levar na sua ima-gem o mesmo selo usado em cigarrose destilados. Apesar dos esforços detantos para a estratificação do vinhobrasileiro, ele reconhece e conclui queo Selo somente vai contribuir para queo Brasil se torne o país do vinho maisburocrático do mundo e perguntaquem vai subsistir a isto? Com os apre-ciadores para consumir vinhos, ten-

do de retirar um lacre que insinua es-tar o produto no rol dos possíveis cri-minosos fiscais?

Finalmente, por último e por issomesmo muito importante, temos queressaltar o espetáculo cênico a céuaberto denominado Opera Popular doVinho montada dentro do Parque daFenavinho, que custou mais de um mi-lhão de reais, onde trabalharam 300pessoas, apresentando três atos, todoscom monumentais cenários diferen-tes que retratam o vinho desde a pré-história, passando pelo Olimpo comseu deuses, para desaguar nos diasatuais, a partir da chegada dos imi-grantes italianos no fim do século XIX,encerrado numa apoteose de vibraçãoe interação com o público presente, naexaltação dos costumes e tradiçõesdas duas pátrias.

Não entendemos como inúmerosbrasileiros de todos os recantos dopaís conhecem e retornam a circuitosestrangeiros ao redor do mundo semconhecer esse Brasil diferente que seconsolida na Serra Gaúcha criandouma região singular onde a cultura vi-tivinicola proporciona empregos e boaeducação aos seus moradores, gentefeliz e receptiva com excepcional ní-vel de vida e com índices de analfabe-tismo próximos a zero.

iquini Cavadão é uma banda derock brasileira formada em 1983 noRio de Janeiro. Atualmente com-

posto por Bruno Gouveia, Carlos Coelho,Miguel Flores e Álvaro Lopes tendo comomúsicos convidados o baixista e produtorMarcelo Magal e o saxofonista Walmer Car-valho, a banda fez parte da segunda gera-ção de bandas dos anos 80. Um dos maioressucessos do grupo continua ecoando nosouvidos de jovens que ainda usavam fral-das quando do sucesso da biquinosa banda.“Tédio” foi o pontapé inicial para a fama.

De todas as edições do evento, a noitecom Biquini Cavadão e Asa de Águia foia mais cheia. Mais de trinta mil pessoaslotaram a arena do Fest Verão daParaíba, que acontece na cidade deCabedelo, a poucos quilômetros deJoão Pessoa. Como se não bastasse, orecorde aconteceu num dia dedomingo, quando o mais comum étermos estas marcas em sextas ousábado. O Biquini, lançando seu novoCD e DVD 80 volume 2 encerrou a festacom um desfile interminável desucessos da banda e de seus contem-porâneos. Um telão digital de oitometros por três de altura tornou a festa ainda mais colorida.“Começamos o ano com o pé direito”- comemorava Bruno Gouveia, vocalista da banda.“Todos os shows no Nordeste que fizemos até agora tiveram sempre mais de 10 mil pessoas,e agora, saber desta marca, em muito nos honra”. (Extraído do site oficial da banda)”.

FEST VERÃO#

ROCK QUEAINDA AGRADA

No show que os cariocas farão no Jaca-ré Pop, na Praia do Jacaré, em Cabedelo,hoje,às 19 horas, será possível ouvir re-gravações de hits dos anos 80 dos gran-des nomes do rock nacional, como Cazu-za (“Exagerado” e “Vida Louca Vida”),Engenheiros do Hawaii (“Infinita Hi-ghway”), Paralamas do Sucesso e Titãs,entre outros, que fazem parte do DVD “80Vol. 2”, gravado em 2008.

O show de abertura fica por conta dasbandas Nós 4 (PE) e Meio Free (PB).EDITORAÇÃO: JÚNIOR DAMASCENO

JoelFalconi

[email protected]

COORDENADOR DO CLUBE DOSAMIGOS DO VINHO

B

DIVULGAÇÃO

Biquini repete

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A UNIÃO“Paraíba, terra amada”

JOÃO PESSOA,DOMINGO, 19 DE ABRIL DE 2009 19

Povos da floresta

O que falta é respeito àancestralidade nativa e milenar.À sua espiritualidade....

Museu mostraCasa do Artista Popular reúneacervo de 15 aldeiaspotiguara da Paraíba,evidenciando os costumes denossas tribos através deindumentárias, instrumentosmusicais e peças decorativas ARTE INDÍGENA

O que mais me chama a atenção dos“Povos da Floresta”, - e aqui estou mereferindo aqueles que ainda vivem naforça de suas tradições -, são as suasutopias. Na realidade esse “gancho” édo jornalista Washington Novaes, omesmo da série “Xingu”, passada naTV em duas edições.

Muitos hão que falar do dia de hoje,consagrado ao índio. Acho que paraeles essa data pouco importa. Contu-do, só para efeito de registro e aindaaos que não sabem, o dia 19 de abril édedicado ao índio em virtude do de-creto-lei nº 5.540, assinado pelo presi-dente Getúlio Vargas em 1943, trêsanos após o I Congresso IndigenistaInteramericano, realizado na cidade do

México, quando representantes de vá-rias etnias e líderes governamentais alise juntaram para reflexões e encami-nhamentos sobre a situação dessesaborígines americanos, que já davamsinais de extinção por conta da ganân-cia do colonizador.

Segundo Washington Novaes, nós,os “cara-pálidas”, não temos o míni-mo alcance da cultura desses povos,os enxergando de forma limitada. Nósnão olhamos o que os povos da flores-ta têm de mais interessante: sua orga-nização social e política. Nessa cultu-ra, o chefe não manda em ninguém. Eleé a pessoa que conhece a história, oscostumes, as tradições e transmite issoa seu povo. É o grande mediador. E ain-da: o mundo espiritual dos índios é fa-tor decisivo no cotidiano das tribosporque tudo tem um “espírito” que édono. Se o culto aos espíritos da natu-reza não acontece, a vida social perdeo sentido, afirma o jornalista. É aí quereside uma das grandes utopias: umasociedade que não necessita de poder.

E assim torna-se difícil, para nós “ci-vilizados”, conceber alguém nascer emorrer sem receber uma ordem sequer.

É inimaginável. Mas a prova é incon-teste dessa possibilidade. Enquantonossa cultura tenta promover a demo-cracia da maioria, o que raramenteacontece, os índios, no seu dia-a-dia, arealizam de forma consensual. O nati-vo é um ser absolutamente autossufi-ciente. Nasce e morre sem depender deninguém. Tudo está na floresta.

Uma outra coisa que impressionouWashington Novaes nas suas inúme-ras incursões pelo universo autócto-ne, foi o carinho com que são tratadasas crianças. Elas não apanham pornada e vivem sempre felizes.

É claro que existem os conflitos deinteresse entre os nativos. Nada é tãopuro assim e tão ingênuo. É tanto quenumas das entrevistas a qual se sub-meteu o preservacionista aludido, umadas perguntas, talvez até capciosa, quelhe fizeram foi a de que “seria bem me-

lhor voltarmos a ser índios”, o que foirespondido de inteligente maneira, di-zendo que “nós não temos competên-cia para isso”.

Já para o indigenista, falecido, Orlan-do Villas Boas, porém no mesmo sen-tido, “ao ignorarmos e destruirmos oque resta da cultura indígena, talvezestejamos ignorando e destruindo aparte mais bela do mosaico que com-põe a nossa essência humana”.

O que falta é o respeito à ancestrali-dade nativa e milenar. À sua espiritu-alidade. “O índio não acredita no so-brenatural porque não conhece essadivisão entre natural e sobrenatural.É tudo uma coisa só, físico e espírito.”“A vida do índio é de certo modo umaininterrupta cerimônia espiritual”.

É diante de tudo isso, no entenderde Washington Novaes, e das pesso-as de bom senso, que o governo temque fazer a sua parte, montando es-tratégias que valorizem essas cultu-ras, desdobrando-as em educação,demarcação de terras, proteção desuas áreas e saúde desses povos, pois,afinal, são eles os verdadeiros donosda floresta.

exposição ‘Arte do Cotidiano Po-tiguara - Paraíba 2009’ está aber-ta à visitação no Museu Casa do

Artista Popular, em João Pessoa. É umagrande oportunidade para quem desejaconhecer mais sobre a cultura indígenaparaibana, hoje concentrada no Litoral,especificamente a região Norte.

“Os costumes indígenas, podemosafirmar, são os mais antigos hábitos daterra paraibana e muitas influências le-garam à nossa cultura. Arte do Cotidia-no Potiguara reúne um acervo de arte-fatos que representam parte da cultura

material de quinze aldeias do povo poti-guara do Estado da Paraíba”, disse San-dra Mori, curadora da exposição.

A exposição conta com peças da in-dumentária, utilitárias, decorativas,instrumentos musicais e de pesca, en-tre outros. Conforme a curadora San-dra Mori, elas são parte significativada diversidade do nosso patrimôniocultural. Sexta-feira passada, houveapreciação da culinária indígena eapresentação do Toré, no Museu Casado Artista Popular.EDITORAÇÃO: JÚNIOR DAMASCENO

A exposição Arte do Cotidiano Potiguara -Paraíba 2009’ pode ser vista até 10 demaio. O Museu Casa do Artista Popular ficaem frente à Praça da Independência, noCentro da Capital. O horário defuncionamento é das 9 horas às 17 horas(de terça-feira a sexta-feira). Já aossábados, domingos e feriados, o museuabre das 10 horas às 18 horas.Informações: 3221-2267

SAIBA MAIS #A

Exposição está na Casa do Artista Popular

[email protected]

JORNALISTA, ESCRITOR E ESCREVEAOS DOMINGOS NESTA COLUNA

DIVULGAÇÃO

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20JOÃO PESSOA,DOMINGO, 19 DE ABRIL DE 2009

A UNIÃO“Paraíba, terra amada”

LINHA DIRETA COM A COLUNA: [email protected] EDITORAÇÃO: GERALDO FLÔR

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O show de Roberto Carlos em Cachoeiro de Itapemirim, sua terranatal, terá queima de fogos de sete minutos. Serão 2700 bombasnas cores dourada, prateada, branca e azul, vindas da China.

Parece que o affair ainda não chegou ao fim. Madonna e Jesus Luzcontinuam sendo vistos juntos, mesmo depois do modelo ter pas-sado uns tempos no Brasil. Eles foram flagrados saindo do Centrode Cabala de Nova York e, em seguida, teriam seguido para o ba-dalado restaurante Morandi, onde jantaram sozinhos.

Como estão de folga na televisão, Paulo Goulart e Nicette Brunorumaram para Portugal onde apresentarão o espetáculo “O Ho-mem Inesperado”, uma comédia romântica com direção de Emíliode Melo e supervisão de Daniel Filho. A estreia será no Teatro Tivoliem Lisboa. Lógico que após a temporada, eles farão um “tour” peloVelho Mundo.

Vem aí a festa Illusion! Na próxima coluna a gente conta os detalhes.

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2 Néctar dos DeusesO sempre antenado empresário

Biu Domiciano, um dos no-mes mais respeitados na ci-dade no ramo de distribui-ção de bebidas através dasua empresa B&A Comerci-al, programou esta semanamais uma agradável degus-tação de vinhos representa-dos por ele. Dessa vez o en-contro aconteceu no restau-rante Terraço Brasil e reu-niu um seleto grupo de con-vidados, que puderam apre-ciar os vinhos chilenos Cos-ta Pacífico Cabernet Sauvig-non, da Miolo Wine Group eo Gato Negro, da vinícolaSan Pedro, nas versões Char-donay, Carmenere e Sauvig-non – todos aprovadíssimos!A apresentação foi feita peloconhecido sommelier parai-bano Perrony Lopes, atualconsultor de vinhos e bebi-das da B&A e que deu umaverdadeira aula sobre esseverdadeiro e irresistível néc-tar dos deuses. Quem quiserexperimentar os vinhos chi-nelos podem ser encontra-dos na loja De Passagem, noMAG Shopping.

Neste domingo, das 10 às 18 horas, o Solar do Conselheiro, no Centroda Capital, sedia mais uma edição da famosa Feira de Antiguidades. Oevento, que sempre acontece no terceiro domingo de cada mês, jávirou costume na agenda cultural da sociedade local. Boa pedidapara colecionadores de peças antigas.

O ritual religioso e cultural do Toré vai movimentar a Estação CaboBranco neste domingo, a partir das 15h30, com a apresentação doGrupo de Tradição Popular ‘Zé de Mila’, da cidade de Bayeux. O eventofaz parte das comemorações alusivas ao ‘Dia do Índio’, comemoradona mesma data.

O Projeto Seis e Meia prossegue na próxima quarta-feira (22), comduas grandes apresentações. Abre o evento o Caninga Trio, que temrepertório instrumental de ótima qualidade. A atração principal é ocantor, poeta e contador de causos nordestinos, Jessier Quirino, umdos maiores nomes das artes da Paraíba de todos os tempos.

Por DentroPor DentroPor DentroPor DentroPor Dentro

2 SeloO Centro de Tradições Gauchas - CTG, realiza hoje

mais um churrasco mensal e dessa vez comum gostinho especial. Será lançado pelos Cor-reios o selo comemorativo do Centenário doSport Club Internacional de Porto Alegre. Naocasião serão homenageados os sócios: Antô-nio Teixeira Rosa, Carlos Roberto Silveira, Ge-raldo Tadeu Rosa, Janete Weber Kaspary, Pau-lo Nunes Oliveira, Sidnay Fernandes Rosa eVanderley Jorge Schroeder.

2 AlegriaA colunista social Messina Palmeira está nas nu-

vens de felicidade. Sua filha, a fisioterapeuta pa-raibana Adriana Palmeira Rodrigues, conquis-tou o 1º lugar no concurso para a Fundação Fa-culdade de Medicina da Universidade de SãoPaulo (USP) e vai integrar o quadro de funcio-nários do Hospital das Clínicas, em São Paulo.

2 EntrevistaA defensora pública geral do Estado, Fátima

Lopes Correia Lima, em entrevista ao apre-sentador da TV Master Heraldo Nóbrega,confirmou para o dia 5 de maio a inaugu-ração da Escola Superior de Defensoria Pú-blica “Manoel Lopes de Carvalho”, uma dassuas grandes conquistas no Governo doEstado.

2 PresençaCom muita alegria ela informou também que

a ministra do Superior Tribunal de Justiça(STJ), Eliana Calmon, estará no grande diada inauguração. A Escola Superior de De-fensoria Pública vai funcionar no antigoprédio da faculdade de Direito através deparceria entre o Governo do Estado e UFPB.Bom demais.

Aniversariantes VipsAniversariantes VipsAniversariantes VipsAniversariantes VipsAniversariantes VipsMudam de idade hoje: Adelina Stela Vasconcelos Batista

Souto, Ana Cláudia Paraguay Martins, Ana Maria Gondim,Fabiano Dias de Sousa, Fábio Rocha, Hermano Costa Araújo,Joel Medeiros, Liana Rabay, Lilian Rocha Coelho, Luana Aze-redo Beltrão, Maria Constância Muniz, Michel Targino Ri-cardo Loureiro, Semirames Medeiros, Suelen Figueiredo, Su-ely Serafim e Valdívia Santiago.

Perrory Lopes (no centro) recebeu convidados vips na degustação dos vinhos chilenos

Perrony Lopes, da B&A, com Renato Macedo, da Miolo

Perrony Lopes ladeado por Humberto Arruda e Ricardo Castro

Casal Roberto e Valdívia Santiago, ela aniversariante de hoje. Nossos parabéns

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CampinaPOR HERMANO JOSÉ

21JOÃO PESSOA,

DOMINGO, 19 DE ABRIL DE 2009

A UNIÃO“Paraíba, terra amada”

LINHA DIRETA COM A COLUNA: [email protected]ÇÃO: GERALDO FLÔR

Jamais acontecem grandescoisas interiores aos que nadafizeram para isso; e no entanto,o menor acidente da vida trazem seu seio o germe de umgrande acontecimento”Maurice Maeterlinck

Tranquilamente, o agrôno-mo lusitano João Santos,principal dirigente doProjeto Vitivinícola Vini-brasil/Rio Sol localizadono Vale do São Franciscopoderia repetir a frase dogrande Júlio César aocompletar a conquistada Gália.

Possuidor de uma vastacultura agronômica es-pecializada em vitivini-cultura irrigada, aliada auma simpatia contagi-ante, o Dr. Santos tomoude assalto a plateia pre-sente à reunião ordiná-ria do Clube do Vinho-PB dia 14/4, que unida ecoesa, interagiu com opalestrante fazendo per-guntas, pedindo esclare-cimentos bem pertinen-tes, transformando o de-bate numa verdadeiraaula e exteriorizandomuita fé nos vinhos doNordeste e na irrigaçãodas suas terras.

A palestra-debate se es-tendeu por quase duashoras, seguida de umlauto Jantar by SonhoDoce, regado com espu-

2 FestividadesHoje é Dia do Índio (Em 19 de abril de 1940, o I Congresso Indigenista Interamericano reunido no

México, instituiu o Dia Panamericano do Índio. No Brasil, esse dia foi oficializado graças ao empe-nho do Marechal Rondon, em 1947).

2 Global FórumO evento Global Fórum Nordeste, que se realizou de 15 a 17 últimos, promovido pela Federação das

Indústrias do Estado da Paraíba, em João Pessoa foi um sucesso. De parabéns o realizador presiden-te da entidade, Francisco de Assis Benevides Gadelha, ou Buega, para os mais próximos.

Quem participou dele foram os funcionários do Centro de Tecnologia do Couro e do CalçadoAlbano Franco, Ângelo Rafael e David Santos. O primeiro é estilista com vários cursos naEuropa.

2 ImprópriosApesar de saber que nos tempos atuais é cada vez mais difícil

impedir a criançada de saber sobre as atividades sexuais,depois da necessidade das campanhas anti-Aids/DST, ain-da acho que os pais devem ter mais cuidado com o que seusfilhos veem na Internet e na TV. “Os Simpons” por exemplo,é uma animação mais apropriada para adultos, assim comoa Sessão da Tarde, da Globo, exibe, frequentemente, filmesque na minha época, eram impróprios até 18 anos.

2 PoluiçãoNão é a primeira vez que comento, mas é que a poluição provo-

cada pela panfletagem, no Centro da cidade, promovida, prin-cipalmente, por clínicas odontológicas, financeiras e super-mercados está deixando um aspecto permanente de sujeira.Isto sem falar em carros de propaganda e carrinhos de CDs eDVDs, que não obedecem as determinações do MinistérioPúblico que ao que parece, não tem fiscais.

2 PaisagemA reunião festiva da Associação Cristã Feminina, que sempre

se realiza na última quarta-feira do mês, já tem local esco-lhido: a Fazenda Santana, de Keyla Xavier e Carlos Alber-to, que tem um cenário deslumbrante, além de restaurantee estrutura para passeios, inclusive a cavalo.

2 SeguroA Energisa está oferecendo um novo serviço: seguro. Trata-se do

Proteção Fácil. São coberturas para incêndio; raio ou explosão;morte acidental; invalidez permanente total por acidente; de-semprego involuntário (CLT); e renda diária por incapacidadetemporária por acidente ou doença profissional liberal.

2 Seis e MeiaO fiel público da cantora Joanna compareceu ao Garden Hotel além

do show impecável da ótima intérprete, foi brindado pela vozmagistral de Kátia Virgínia, acompanhada pelo não menos ge-nial Gabmar Cavalcante, que foram as atrações locais nessavolta do muito bem-vindo Projeto Seis e Meia.

Rejane Sá, João Santos, José Paulo Pontes e Joel Falconi na recente reunião do Clube do Vinho-PB

mantes Rio Sol Brut-Rosé eDemi-Sec Branco, além dostintos Tops, da Linha Reser-va e Paralelo-8 e como no am-biente não prolifera o cha-mado pensamento único, oespecialista devidamente so-licitado, opinou favoravel-

mente à transposição doVelho Chico, afirmandonão subsistir qualquerdano ou prejuízo ao seucaudal, dado ao pequenovolume da água a sertransposta. Foi aplaudidode pé por várias vezes.

O casal Fernanda e Sávio Rolim no encontro do Sonho Doce Recepções

Carlos Alberto e Keila Xavier proprietários do movimentado Saloon Bar e daaprazível Fazenda Santana

O palestranteJoão Santos,no Clube doVinho-PB,revelou-sefavorável à

transposiçãodas águas do

São Francisco efoi aplaudido

de pé

2 Veio, Viu e Convenceu

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REVISTAS COQUETEL 2007 WWW.COQUETEL.COM.BR

Funesc 3211-6280 Mag Shopping 3246-9200 Shopping Tambiá 3214-4000 Shopping Iguatemi 3337-6000 Shopping Sul 3235-5585 Shopping Manaíra (Box) 3246-3188 Sesc - Campina Grande 3337-1942 Sesc - João Pessoa 3208-3158 Teatro Lima Penante 3221-5835 Teatro Ednaldo do

Egypto 3247-1449 Teatro Severino Cabral 3341-6538 Bar dos Artistas 3241-4148 Galeria ArchidyPicado 3211-6224 Casa do Cantador 3337-4646

endereço

A UNIÃO“Paraíba, terra amada”

JOÃO PESSOA, DOMINGO, 19 DE ABRIL DE 200922

pass

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2 CINEMAGRAN TORINO Cens. 14anos. Box 1- 13h45 (excetoterça-feira), 16h20/ 18h55 e21h30. Campina 2. 16h10 e20h30.

QUEM QUER SER UM MILIO-NÁRIO? Cens. 16 anos. Co-média Dramática. Direção:Danny Boyle. Box 2 - 13h10(exceto terça-feira)/15h50/18h30/21h10. Campina 4.14h00, 16h20, 18h40 e21h00.

PRESSÁGIO. Cens. 14 anos.Suspense. Box 3 - 13h20 /16h00/18h45 e 21h35.

PERDIDO PRA CACHORRO.Cens. Livre. Comédia. Dire-ção: Raja Gosnel. Box 3 -14h40 (menos ter/qui)/16h50 (exceto quinta-feira)/19h05 (exceto quinta-feira).

PAGANDO BEM, QUE MALTEM?Cens. 16 anos. Comé-dia. Direção: Kevin Smith.Box 3- 21h15 (exceto quin-ta-feira). Campina 3. 14h40 e18h40.

ELE NÃO ESTÁ TÃO A FIM DEVOCÊ. Cens. 14 anos. ComédiaDramática. Direção: Ken Kwapis.Box 4. 13h00 (exceto terça-feira), 15h45, 18h35, 21h20.

VELOZES E FURIOSOS 4.Cens. 14 anos. Ação. Box 5.14h10 (exceto terça-feira),16h35, 19h00, 21h25.

MONSTROS VS ALIENÍGENASCens. Livre. Animação. Box 6e 7 - 13h30 (exceto terça-fei-ra), 14h30 (exceto terça-feira),15h40, 16h40, 17h50, 18h50,20h00 e 21h00.Campina 1. 14h00, 16h00,18h00 e 20h00.

JOGO ENTRE LADRÕES. Cens.14 anos. Ação. Direção: MimiLeder. Box 8 - 14h00/16h25/18h40 (exceto quinta-feira emtodos os horários acima). Cam-pina 3. 16h40 e 20h40.

DRAGON BALL EVOLUTION.Cens. livre. Ação. Box 8 -14h00/16h25/18h40 e21h05.

THE SPIRIT. Cens. 14 anos.Ação. Campina 2 - 14h10 e18h20.

2 ARTES PLÁSTICASNOVOS QUADROS - O artistaplástico alemão Dieter Ruckha-berle está com nova exposi-ção. Intitulada ‘Novos Qua-dros’, a mostra pode ser visi-tada na Galeria de Arte Solo,no Zarinha Centro de Cultura,na Avenida Nego, 140,Tambaú, em João Pessoa.

Áries (21/03 a 20/04) - Dia de seretirar do burburinho pra pensarmelhor: que ambições valem seuesforço, em nome de que aspiraçõesvocê quer lutar? Meditação,recolhimento e silencio internoajudam a restaurar energias, melhorarsono e saúde.

Gêmeos (21/05 a 20/06) - Com aminguante lunar de hoje, projetos queincendiaram sua imaginação serãosubmetidos ao crivo da realidade. Atémesmo financeira. Não depender daboa vontade de um parceiro é politicasabia pra enfrentar esse momentodelicado.

Câncer (21/06 a 20/07) - Altos ebaixos desconcentram e atrapalham seubom desempenho; é dia de mudançalunar! Irrequieto, nervoso e apressado,você tende a fazer trapalhadas na rotina.Evite decidir assuntos importantes.Tripla conjunção em Peixes reforçavontade de criar meios pra viajar.

Libra (21/09 a 20/10) - Impõe-se apartir de hoje uma reavaliação profundade seus acordos com sócios, clientes ouparceiros de trabalho. Com a Luaminguante em Capricórnio, algoprecisará tomar a forma da realidade enão mais da vontade. No amor, processosemelhante deve ocorrer até 25/4.

Capricórnio (21/12 a 20/01) -

Sensibilidade em tom maioraumenta carga de tudo que de bomou de ruim você pensar. Portanto,nessa minguante lunar que aconteceem seu signo, cuide do que pensa.Escolha o otimismo e a positividade.Você precisa de tempo pra se cuidar,harmonizar. Insista nisso.

Virgem (21/08 a 20/09) -

Simbolismo da Lua minguante emsigno irmão renova confiança quevocê tem na prudência, no passo apasso. Você confia em seu talento?Então pode romper com coragemcom um passado que o irritava,desgastante.

Sagitário (21/11 a 20/12) - O Sol estáse despedindo do signo irmão do seu,Áries; a Lua minguante reforça a naturezacritica desse momento. Algo precisa serrefeito, revisto, redimensionado em suamaneira de lutar e de encarar desafios.Reconheça a imprudência e a ambição, eentre em acordo com ambas.

Peixes (20/02 a 20/03) - Luaminguante de hoje traz alguns diaspropícios pra repensar planos comamigos - um deles pode trazer arealidade até você. Em termosfinanceiros, será bom. Mesmo que vocêfique um pouco chateado, é hora deplanejar contando com as pessoascertas. Sem isso, você perderá. E muito!

Touro (21/04 a 20/05) - Sete diaspra se preparar até a Lua nova em seusigno - a partir de hoje, você estarácaminhando para as sínteses.Coordenar o impulso criador com arealidade, incorporar limites ao desejosão alguns dos trabalhos a fazer nessafase.

Leão (21/07 a 20/08) - Até onde suasaúde agüenta a empolgação queanima seu espírito? Nos próximosdias, você terá de harmonizarentusiasmo com possibilidade realfísica. Alguns também serãodesafiados a provar que seus planospodem ser realizados.

Escorpião (21/10 a 20/11) -

Clima astral intenso e delicadoaumenta volatilidade, criando umaexpectativa geral de irritação e pressa.Cuidado ao dirigir autos, revejadocumentos antes de assina-los,escolha muito bem as palavras numareunião.

Aquário (21/01 a 19/02) - Aminguante lunar de hoje pode ser umbalde de água fria em algum planomirabolante. Você vai descobrir queestá preso por preconceitos, contra asformalidades ou convenções, quesejam. Habito de sempre ser contra oestabelecido está prejudicando você;perceba, e mude. Agora.

‘Pagando bem, que mal tem?’’ continua em cartaz nos cinemas de João Pessoa

Agenda

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A UNIÃO“Paraíba, terra amada”

JOÃO PESSOA,DOMINGO, 19 DE ABRIL DE 2009 23

O melhor do

O

Um dos destaques da seleção é “O homem queengarrafava nuvens’, que tem direção defotografia do paraibano Walter Carvalho

CINEMA

ficialmente o ano é daFrança no Brasil, mas,para francês não ficar

a ver navios, o Festival do Ci-nema Brasileiro de Paris pro-gramou uma seleção da melhorsafra do cinema nacional.

A 11ª edição do festival vai le-var para Paris 30 filmes, entreeles, sucessos de bilheteria comoMeu Nome Não é Johnny, deMauro Lima, Chega de Sauda-de, de Laís Bodanzky, O Misté-rio do Samba, de Carolina Jabore Lula Buarque de Holanda, Vi-nícius, de Miguel Faria, premia-dos e inéditos ainda não exibi-dos comercialmente por aqui: SeNada Mais Der Certo, de JoséEduardo Belmonte, O Homemque Engarrafava Nuvens, de Lí-rio Ferreira, Apenas o Fim, deMatheus Souza, Entre a Luz e aSombra, de Luciana Burlama-qui e outros. Os filmes estão di-vididos por mostras: competi-tiva - (com votação para melhor

filme, melhor ator, melhor atriz);fora de competição e sessões es-peciais: uma homenagem à bos-sa nova, com os filmes CoisaMais Linda, de Paulo Thiago;Vinícius, de Miguel Faria, ACasa de Tom, de Ana Jobim e OsDesafinados, de Walter Lima Jr.;e sessões à meia-noite, com exi-bição de Bananas is my busine-es, de Helena Solberg e Cazuza,de Sandra Werneck e WalterCarvalho.

Além dos filmes, o festivaloferece ao público a oportuni-dade de encontrar diretores,atores e produtores nacionais,convidados especialmente paraapresentar seus filmes e trocarideias nos debates. Este ano ofestival conta com a presençade diretores e produtores bra-sileiros: Walter Lima Jr, Mari-za Leão, Guel Arraes, JoséEduardo Belmonte, Helena Sol-berg, Pedro Cezar Guimarães,Evaldo Mocarzel, Denise Dum-

mont, Luciana Burlamaqui,Eduardo Escorel e outros.

O Festival do Cinema Brasi-leiro de Paris acontece no char-moso Cinema Nouveau Latina(20, rue du Temple), localizadono simpático bairro do Marais.

O festival é uma realização daJangada, associação sem fins lu-crativos, inteiramente dedicadaà defesa e promoção da cultura ecinema brasileiro no exterior.Além do Festival do cinema deParis, há três anos realiza tam-bém a Mostra de Cinema Brasi-leiro em Toronto e a Mostra deCinema Brasileiro em Montreal.EDITORAÇÃO: JÚNIOR DAMASCENO

Documentários- Entre a Luz e a Sombra, de Luciana Burlamaqui- Pra Ficar de Boa, de Núbia Santana- O Homem Que Engarrafava Nuvens, de Lirio Ferreira- Contratempo, de Malu Mader, Mini Kerti- Domingos, de Maria Ribeiro- Jards Macalé: Um Morcego na Porta Principal, de Marco Abujamra,João Pimentel- Só 10% é mentira, de Pedro Cezar- O Tempo e o Lugar, de Eduardo Escorel- O Mistério do Samba, de Carolina Jabor, Lula Buarque de Holanda- Jardim Ângela, de Evaldo Mocarzel- Sentidos a Flor da Pele, de Evaldo Mocarzel- Bananas is my business, de Helena Solberg- Trópico da Saudade, de Marcelo Fortaleza Flores- Coisa Mais Linda, de Paulo Thiago (homenagem bossa nova)- Vinícius, de Miguel Faria (homenagem bossa nova)- A Casa de Tom, de Ana Jobim (homenagem bossa nova)- Palavra (En) cantada, de Helena Solberg e Márcio Debellian- Romance, de Guel Arraes (abertura)- Os Desafinados, de Walter Lima Jr. (competição)- Meu Nome Não é Johnny, de Mauro Lima (competição)- Um Romance de Geração, de David França Mendes (competição)- Chega de Saudade, de Laís Bodanzky (competição)- Feliz Natal, de Selton Melo (competição)- Verônica, de Maurício Farias (competição)- Todo mundo tem problemas sexuais, de Domingos de Oliveira(competição)- Se Nada Mais der Certo, de José Eduardo Belmonte (competição)- Orquestra dos Meninos, de Paulo Thiago (fora de competição)- Cazuza, de Sandra Werneck e Walter Carvalho (fora de competição)- Apenas o Fim, de Matheus Souza (fora de competição)- Última Parada 174, de Bruno Barreto (encerramento)

OS FILMES#

Lírio Ferreira é o diretor de ‘OHomem que Engarrafava Nuvens’,que tem fotografia do paraibano

Walter Carvalho (abaixo)

O compositor Humberto Teixeira (ao lado do rei Luiz Gonzaga) é o ‘homem que engarrafava nuvens’

FOTOS: DIVULGAÇÃO

PARISbrasileiro em

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24 ÚLTIMASJOÃO PESSOA, DOMINGO, 19 DE ABRIL DE 2009 A UNIÃO

“Paraíba, terra amada”

Redução do IPI para geladeirae fogão anima comércio de JP

Presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de João Pessoa, Jurandir Guedes de Vasconcelos, diz que vendas podem crescer 8%

Guilherme CabralREPÓRTER

medida do governo fe-deral de reduzir o IPI

(Imposto sobre Produtos In-dustrializados) para geladeira,fogão, máquina de lavar roupae tanquinho - a conhecida linhabranca - deve aumentar as ven-das desses produtos em até 8%,além de contribuir para aque-cer o movimento do comérciono Dia das Mães.

Foi o que informou, ontem, opresidente da Câmara de Diri-gentes Lojistas de João Pessoa,Jurandir Guedes de Vasconce-los. Os gerentes de lojas tam-bém estão animados com essainiciativa, assim como consu-midores.

"Essa decisão veio em boahora", comemorou JurandirVasconcelos, para quem a re-dução do IPI para a linha bran-ca vai alavancar as vendas nocomércio agora, que estão de-saquecidas, e refletir positiva-mente para o movimento noDia das Mães, que transcorreem maio. Segundo ele, o impos-to para a geladeira, que era de15%, caiu para 5%; o da máqui-na de lavar roupa, de 20% para10%; o tanquinho de 10% para0% e o fogão de 5% para 0%.

O presidente da CDL da Ca-pital comentou que os lojistasque possuem esses produtosem estoque já deverão colocá-los à venda para os consumi-dores com a redução do IPI, pelanecessidade de adaptação. Naopinião de Jurandir Vasconce-los, essa medida governamen-tal trará outras consequênciaspositivas para o setor, como ageração - ou ao menos - a ma-nutenção dos empregos e maisarrecadação de ICMS (Impostosobre Circulação de Mercado-rias e Serviços), beneficiandotodas as partes.

Gerentes de lojas da Capitalespecializadas nos produtos dalinha branca também reagi-ram positivamente com rela-ção à medida. Um deles, RildoJosé da Silva, que trabalha noArmazém Paraíba, informouque já foi procurado por con-sumidores interessados em sa-ber detalhes dessa redução do

O comércio de João Pessoafuncionará normalmente hojee amanhã - véspera do feriadodo dia 21 de abril, dedicado aTiradentes. Já na terça-feira, deacordo com informação pres-tada pelo presidente da Câma-ra de Dirigentes Lojistas daCapital, Jurandir Guedes deVasconcelos, o comerciante queabrir seu estabelecimento teráde pagar a cada empregado R$25,00 e conceder um dia de fol-ga na próxima semana.

Os principais shoppings dacidade também. Com relaçãoaos shoppings da Capital, o Ma-naíra abre normalmente no diade hoje, a partir das 12 horas,com a Praça da Alimentação, e,às 13 horas, as lojas. Amanhã,esse mesmo shopping funciona-rá das 10 horas às 22 horas,mesmo horário que será cum-prido na terça-feira de feriado,com todos os departamentosprestando atendimento. Já oTambiá Shopping, funcionaráamanhã das 9 horas às 21 ho-ras, mas as lojas fecharão às 20horas, permanecendo aberta aPraça da Alimentação. E, na ter-ça-feira, o expediente será das

12 horas às 21 horas. Já os ban-cos funcionam amanhã e fe-cham no feriado.

Nas repartições públicas esta-duais, de acordo com portariada Secretaria da Administração,o expediente será facultativo nes-ta segunda-feira (20), mas compreservação dos serviços essen-ciais. No entanto, para compen-sar, determinou-se a fixação dosdois turnos da próxima quarta(22), nas repartições estaduais daAdministração Direta e Indiretado Poder Executivo.

Já a Secretaria de Adminis-tração de João Pessoa determi-nou que as secretarias e demaisos órgãos do Município funcio-narão normalmente amanhã.Na terça-feira, dia do feriado deTiradentes, não haverá expedi-ente na Prefeitura da Capital,por ter sido decretado pontofacultativo. Mas continuarãofuncionando os serviços consi-derados essenciais para a po-pulação, como a Emlur (Autar-quia Especial Municipal deLimpeza Urbana), Samu (Ser-viço de Atendimento Móvel deUrgência) e hospitais.EDITORAÇÃO: ROBERTO DOS SANTOS

AFOTOS: ORTILO ANTÔNIO

Geladeiras, fogões, máquinas de lavar e tanquinhos, a chamada linha branca, estão isentos do imposto

O que abre e o que fechano feriadão de Tiradentes

Consumidoraprova medidade reduçãode impostos

imposto, nem bem anunciadaa medida. "Com certeza, essadecisão do governo federal vaicontribuir para aumentar asvendas desses tipos de produ-tos, aquecendo a procura parao Dia das Mães", disse ele, queespera maior afluência de cli-entes a partir da próxima se-mana.

Já o gerente João Vítor, dasLojas Maia, comentou que amedida do governo federal foi"muito positiva", principal-mente num período que ante-cede a um rodízio maior de clien-tes que costuma ocorrer para operíodo do Dia das Mães. "Acre-dito que vai ser uma boa opor-tunidade para aquelas pessoasque pretendem presentear al-guém nessa época", disse ele.

Para Rildo, vendas vão aumentar

O técnico de uma empresa detelefonia na Capital, Edson Batis-ta, aprovou a medida da reduçãodo imposto. "Tudo que vem parabaixar o preço é bem-vindo", co-mentou ele, que, ontem, adquiriuuma geladeira. Já o casal Cristia-no Macena e Suelen Kalline tam-bém se animou com a notícia. Eledisse que vinha pesquisando pre-ços de máquina de lavar roupahá oito meses, mas sempre não seagradava do que via.

"Essa redução do imposto foiuma boa medida", comentouCristiano Macena, acrescentan-do que, agora, apareceu a opor-tunidade para adquirir a máqui-na de lavar roupa. Mas admitiuque continuará visitando outrosestabelecimentos, antes de de-cidir pela efetiva compra doproduto. "Espero que esse tipode medida seja tomado para ou-tras coisas, pois beneficia a po-pulação de baixa renda e dámais condições de melhoria naqualidade de vida para as pes-soas", concluiu ele, que é progra-mador de produção em umaindústria na Capital.

Espero que essetipo de medidaseja tomado paraoutras coisas, poisbeneficia apopulação debaixa renda”

Cristiano MacenaPROGRAMADOR DE PRODUÇÃO