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1 UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO – UNINOVE DIRETORIA DE CIÊNCIAS GERENCIAIS Leitura e Produção Textual Organizador: Prof. Ms. Rodrigo Leite da Silva

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UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO – UNINOVEDIRETORIA DE CIÊNCIAS GERENCIAIS

Leitura e Produção Textual

Organizador: Prof. Ms. Rodrigo Leite da Silva

CURSO: _____________________________________

ALUNO (A):________________________________________RA__________

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UNIDADE 01: ALGUMAS QUESTÕES RELATIVAS À LÍNGUA PORTUGUESA

EMIGRANTE O que sai de um país

IMIGRANTE O que entra em um país

EMINÊNCIA Figura ilustre

IMINÊNCIA Proximidade

APRESSAR Acelerar

APREÇAR Perguntar ao ajustar o preço de

INFLIGIR Aplicar pena

INFRINGIR Transgredir, violar

INTERCESSÃO Ato de interceder, intervenção

INTERSEÇÃO Ato de cortar

MANDADO Ordem escrita que emana de autoridade judicial

MANDATO Delegação, procuração

EMPOSSAR Tomar posse

EMPOÇAR Formar poça

SOAR Produzir som

SUAR Transpirar

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TAXA Imposto

TACHA Prego

TRÁFEGO Relativo a trânsito

TRÁFICO Negócios fraudulentos

EXPECTADOR Aquele que tem expectativa

ESPECTADOR Aquele que vê um espetáculo

SEÇÃO Divisão, repartição

SESSÃO Tempo de uma reunião ou espetáculo

CESSÃO Ato de ceder

CELA Pequeno quarto

SELA Arreio

SELA Verbo selar

COMPRIMENTO Extensão

CUMPRIMENTO Saudação

EMINENTE Alto, elevado

IMINENTE Prestes a ocorrer

ASSESSÓRIO Relativo a assessor

ACESSÓRIO Supérfluo

CASSAR Tirar os direitos de alguém

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CAÇAR Perseguir a caça

DEFERIR Conceder, concordar

DIFERIR Discordar, ser diferente

DESCRIÇÃO Ato de descrever

DISCRIÇÃO Qualidade de quem é discreto

DESTRATAR Insultar

DISTRATAR Desfazer contrato

RATIFICAR Confirmar, corroborar

RETIFICAR Corrigir

POR QUE, POR QUÊ, PORQUE OU PORQUÊ?

POR QUE – Utilizado no início de frases interrogativas. Com sentido de razão / motivo pelo(a) qual.

Por que você não foi à festa?

Gostaria de saber por que você não foi à festa.

POR QUÊ – Utilizado no final de frases interrogativas ou quando estiver isolado.

Você não foi à festa, por quê?

PORQUE – Utilizado em respostas, na introdução de causa ou explicação.

Não fui à festa porque estava doente.

PORQUÊ – Com valor substantivo, precedido de determinante. Pode ser substituído por motivo.

Quero saber o porquê de tanta gritaria.

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A FIM DE ou AFIM?

A FIM DE – Com intuito

Nós procuramos a fim de estabelecermos relações comerciais.

AFIM – Com afinidade

São pessoas afins.

ONDE ou AONDE?

ONDE – Usado quando o verbo indica permanência (em que lugar).

Onde está o meu carro?

AONDE – Usado quando o verbo indica movimento (a que lugar).

Aonde você vai agora?

HÁ CERCA DE, ACERCA DE ou CERCA DE?

HÁ CERCA DE – Indica tempo decorrido.

A peça teatral está sendo apresentada há cerca de dois anos.

ACERCA DE – a respeito de.

Falávamos acerca de sua demissão.

CERCA DE – Indica arredondamento (perto de, coisa de, por volta de, em torno de,

aproximadamente)

Cerca de 10 mil pessoas compareceram à manifestação.

Obs: Não usar para números exatos. Ex.: “Cerca de 543 pessoas...”

HAJA VISTO ou HAJA VISTA?

A expressão correta é HAJA VISTA, mesmo antes de palavras masculinas.

Vamos repetir a demonstração. Haja vista o interesse dos participantes.

TAMPOUCO ou TÃO POUCO?

TAMPOUCO – Também não.

Não compareci a festa tampouco ao almoço.

TÃO POUCO – Muito pouco.

Tenho tão pouco tempo disponível para essa tarefa.

A ou HÁ?

A – Preposição, indica tempo futuro, idéia de distância e na expressão a tempo.

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Ele chegará daqui a duas semanas.

A cidade fica a 20 km daqui.

Não chegaremos a tempo de ver o espetáculo.

HÁ – Indica tempo decorrido, passado.

Há tempo que não trabalho tanto quanto agora.

Saiu há pouco do Rio de Janeiro.

MENOS ou MENAS?

Forma correta é : “Há menos pessoas aqui do que lá”.

Não esqueça que NÃO existe a forma MENAS.

MÁS, MAS ou MAIS?

MÁS – Ruins.

Essas pessoas são muito más.

MAS – Conjunção coordenativa adversativa: entretanto, porém.

A virtude é comunicável. Mas o vício é contagioso.

MAIS – Antônimo de menos.

O jornal de hoje publicou mais fotos da vencedora do festival.

MAL ou MAU?

MAL – Antônimo de bem.

A criança estava passando mal desde ontem.

MAU – Antônimo de bom.

Houve mau uso dos equipamentos eletrônicos.

AO INVÉS DE ou EM VEZ DE?

AO INVÉS DE – Significa ao contrário de.

Maura, ao invés de Alice, resolveu se dedicar à música.

EM VEZ DE – É o mesmo que em lugar de.

Em vez de José, Carlos esteve presente.

A NÍVEL DE ou EM NÍVEL DE?

A forma A NÍVEL DE dita com tanta propriedade não existe, portanto deve ser eliminada ou

substituída por EM RELAÇÃO A, NO QUE DIZ RESPEITO A.

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A nível de presidente, eu acredito que...(INCORRETO)

No que diz respeito ao presidente, eu acredito que...(CORRETO)

A expressão EM NÍVEL DE pode ser usada quando for possível estabelecer níveis /patamares em relação ao que se fala.

As decisões tomadas em nível federal (estadual, municipal) poderão ser definitivas.

Obs: Em relação ao mar, aceita-se ao nível do mar ou no nível do mar.

A PRINCÍPIO ou EM PRINCÍPIO?

A PRINCÍPIO – Significa inicialmente, no começo, num primeiro momento.

A princípio havia um homem e uma mulher.

EM PRINCÍPIO – Quer dizer em tese, por princípios, teoricamente.

Em princípio, sou contra a pena de morte.

Ou use simplesmente:

Em tese, sou contra a pena de morte.

EM CORES

O pronunciamento do presidente foi filmado em cores ontem.

Conserta-se TV em cores.

NA RUA

Roberto residia na rua Augusta.

EM DOMICÍLIO ou A DOMICÍLIO?

O correto é entregas em domicílio. É o mesmo que fazer entregas em casa, no escritório.

Fazemos entregas em domicílio.

Obs.: Só usamos a domicílio com verbos de movimento.

Conduziram o doente a domicílio (melhor: ...ao seu domicílio).

SITO A ou SITO EM?

Nosso escritório situa-se na Avenida Brasil.

DIA-A-DIA ou DIA A DIA?

DIA-A-DIA – Cotidiano.

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Isso é freqüente no nosso dia-a-dia.

DIA A DIA – Diariamente.

Suas chances de vitória aumentam dia a dia.

SE NÃO ou SENÃO?

SE NÃO – Pode ser substituído por caso não.

Devolva o relatório se não estiver de acordo.

SENÃO – Pode ser substituído por somente, apenas.

Não vejo outra alternativa senão concordar.

SENÃO – Substantivo, significando contratempo.

O show não teve nenhum senão.

PORISSO ou POR ISSO?

NÃO existe a forma PORISSO.

A forma correta é POR ISSO.

É por isso que você não vai mais errar.

AO ENCONTRO DE ou DE ENCONTRO A?

AO ENCONTRO DE – Designa uma situação favorável.

Nossas propostas vão ao encontro das atuais tendências do mercado.

DE ENCONTRO A – Dá a idéia de oposição, contrariedade, choque.

Temos pontos de vista diferentes: minhas idéias vão de encontro às suas.

Atividades

1) Complete corretamente com uma das formas indicadas entre parênteses:

a) Estou satisfeito. Seu apoio veio ________________________ de nossos anseios. (ao

encontro de / de encontro a)

b) O ministro falou _______________________ da política econômica. (há cerca /

acerca).

c) ___________________sessenta alunos participaram da palestra. (há cerca de / cerca

de / cerca de)

d) Estou cansado, _____________ vou trabalhar. (más / mas / mais)

e) ___________ dez anos estudo línguas. (há /a)

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f) Estou feliz, pois daqui _________ três dias começo a trabalhar. (há / a)

g) Infelizmente as demissões serão __________________. (eminentes / iminentes)

h) Não trabalharei amanhã, __________________ sábado. (tão pouco / tampouco)

i) O periódico publicou ___________ ensaios científicos. (más / mas / mais)

j) No hospital muitas pessoas passavam ________________. (mau / mal)

k) ___________________ começaram a relação com muito afeto (a princípio / em

princípio)

2. Meus avós saíram do Japão e vieram para o Brasil em 1933. Portanto, aqui no Brasil, eles

podem ser considerados ____________.

a) emigrantes b) imigrantes

3. Na __________ de erupção do vulcão Etna, os habitantes da Sicília foram retirados de suas

casas pelo governo italiano.

a) eminência b) iminência

4. Com o ajuste no preço da gasolina marcado para a próxima semana, muitos consumidores

_____________-se em encher o tanque do seus automóveis.

a) apressaram b) apreçaram

5. Vinte e quatro horas após terem prestado depoimentos, o casal recebeu ____________ de

prisão preventiva.

a) mandado b) mandato

6. Correndo sem parar debaixo desse sol, as crianças __________ muito e se desidratam.

a) soam b) suam

7. O IGPM e o INPC, assim como outras tantas _________, foram anunciados com moderados

aumentos.

a) taxas b) tachas

8. Apesar de ter passado por um impeachment e seus direitos políticos terem sido

__________, o ex-presidente elegeu-se senador na última eleição.

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a) cassados b) caçados

9. Libertaram os principais suspeitos do crime. _________ ?!

a) por que b) por quê c) porque d) porquê

10. Libertaram os principais suspeitos do crime _________ a justiça alega que eles não

interferem nas investigações.

a) por que b) por quê c) porque d) porquê

11. Os alunos fizeram uma pesquisa prévia sobre o assunto _______ de escreverem seus

artigos.

a) a fim b) afim

12. As medidas preventivas instituídas ___________ estadual podem ajudar no combate à

dengue.

a) a nível b) em nível

13. Muitas pizzarias devem corrigir suas placas para: “Fazemos entregas ______________.”

a) em domicílio b) a domicílio

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UNIDADE 02 : REFORMA ORTOGRÁFICA

O Acordo Ortográfico, que entrou em vigor no dia 1º. de janeiro de 2009, muda

apenas 0,5% do vocabulário brasileiro e 1,5 a 2% das palavras do vocabulário lusitano, que é

seguido por países africanos de língua portuguesa (Moçambique, Angola, Cabo Verde, São

Tomé e Príncipe e Guiné-Bissau), além de Timor Leste. Atualmente 240 milhões de pessoas

falam português no mundo.

O Acordo foi assinado em Lisboa, em 16 de dezembro de 1990 e no Brasil, foi

aprovado pelo Decreto Legislativo no. 54, de 18 de abril de 1995. Esse acordo é meramente

ortográfico, portanto, restringe-se à língua escrita, não afetando nenhum aspecto da língua

falada. Ele não elimina todas as diferenças ortográficas observadas nos países que têm a

língua portuguesa como idioma oficial, mas é um passo em direção à pretendida unificação

ortográfica desses países.

MUDANÇAS NO ALFABETOO alfabeto passa a ter 26 letras. Foram reintroduzidas as letras k, w e y.

O alfabeto passa a ser:

A B C D E F G H I

J K L M N O P Q R

S T U V W X Y Z

As letras k, w e y, que na verdade não tinham desaparecido da maioria dos dicionários da

nossa língua, são usadas em várias situações. Por exemplo:

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a) Na escrita de símbolos de unidade de medida: km (quilômetro), kg (quilograma), W (watt);

b) Na escrita de palavras e nomes estrangeiros (e seus derivados): show, playboy, playground, windsurf, kung fu, yin, yang, William, kaiser, Kafka, kafkiano.

Apenas em janeiro de 2013 a nova grafia passa a ser considerada correta.

O TREMA

Não se usa mais o trema, sinal colocado sobre a letra “u” para indicar que ela deva ser pronunciada nos grupos gue, gui, que, qui.

COMO ERA COMO FICALingüiça Linguiça

Conseqüência Consequência

Continua: em palavras de línguas estrangeiras e derivados.

Não muda: Citroën e mülleriano

ACENTOSCIRCUNFLEXO: Desaparece nas paroxítonas terminadas em “-eem” e “-oo”

COMO ERA COMO FICAeles vêem eles veem

DIFERENCIAL: Desaparece em quase todas as palavras, com exceção do infinitivo do

verbo “pôr” e do pretérito perfeito de “poder” (pôde)

COMO ERA COMO FICAPára O trânsito sempre para

Pôr a mesa. Pôr a mesa.

- Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos “ter” e “vir”, assim

como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir, etc).

- É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/fôrma. Em alguns

casos, o uso do acento deixa a frase mais clara. Veja este exemplo: Qual é a forma da fôrma do bolo?

AGUDO nos DITONGOS ABERTOS “EI” E “OI”Desaparece: nas paroxítonas

Continua: Nas palavras oxítonas e nos monossílabos tônicos.

COMO ERA COMO FICAAssembléia

Idéia

Assembleia

Ideia

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Atenção: Essa regra é valida somente para palavras paroxítonas. Assim, continuam a ser

acentuadas as palavras oxítonas terminadas em “éis”, “éu”, “éus”, “ói” e “óis”.Exemplos: papéis, herói, heróis, troféu, troféus.

AGUDO no “I” e no “U” em HIATODesaparece: quando a sílaba tônica é precedida de ditongo.

COMO ERA COMO FICAfeiúra Feiura

Atenção: Se a palavra for oxítona e o “i” ou o “u” estiverem em posição final (ou seguidos de

s), o acento permanece.

Exemplos: tuiuiú, Piauí.

HÍFEN

PREFIXO NOVAS REGRAS EXEMPL

OS

COMO ERA COMO FICAPREFIXOS TERMINADOS EM VOGAIS

PASSA A SER USADO: quando o segundo

elemento se inicia por vogal

idêntica a vogal final do

prefixo ou por “H”

Desaparece: nos outros

casos

Microondas

Anti-semita

Infra-estrutura

Micro-ondas

Antissemita

Infraestrutura

BEM Desaparece: nas palavras

citadas no acordo e nas

suas correlatas, provocando

aglutinação

Bem-feito Benfeito

CO(M) É USADO: quando o

segundo elemento é

iniciado por “H”

Desaparece: nos outros

casos

Co-edição

Co-autor

Coedição

Coautor

As grafias corretas, segundo o dicionário:CO, PRE, PRO E RE

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REGRA: Segundo a ABL (Academia Brasileira de Letras), o uso dos prefixos “pré”, “pro” e “re”

segue a tradição dos dicionários. Portanto, essas formações se aglutinam, em geral, com o

segundo elemento, mesmo quando este começar por “o” ou “e”. O “co” também fica sem hífen.

OUTROS PREFIXOSRegra: Quando o 1º.elemento terminar por “b” (“ab”, “ob”, “sob”, “sub”) ou “d” (“ad”) e o 2º.

Começa por “b” ou “r”, usa-se hífen.

EXCEÇÕES:- Adrenalina e adrenalite – continuam aglutinadas, pois “são consagradas pelo uso”, de

acordo com o dicionário.

- Abrupto e ab-rupto estão corretas, mas a segunda opção é a recomendada.

ELEMENTOS REPETIDOSRegra: Palavras compostas formadas com elementos repetidos com ou sem alternância

vocálica ou consonântica devem ser separadas por hífen.

Blá-blá-blá Zum-zum Reco-reco

PARARegra: O conceito da perda da noção de composição da palavra paraquedas, que foi

aglutinada com a reforma, não é seguido em todos os casos

COMO FICAPara-raios Para-brisa Para-choque Para-lama

RESUMOEmprego do hífen com prefixosRegra básicaSempre se usa o hífen diante de h: anti-higiênico, super-homem.

Outros casos1. Prefixo terminado em vogal:

Sem hífen diante de vogal diferente: autoescola, antiaéreo.

Sem hífen diante de consoante diferente de “r” e “s”: anteprojeto, semicírculo.

Sem hífen diante de “r”e “s” . Dobram-se essas letras: antirracismo, antissocial,

ultrassom.

Com hífen diante de mesma vogal: contra-ataque,micro-ondas.

2. Prefixo terminado em consoante:

Com hífen diante de mesma consoante: inter-regional, sub-bibliotecário.

Sem hífen diante de consoante diferente: intermunicipal, supersônico.

Sem hífen diante de vogal: interestadual, superinteressante.

Observações:

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1. Com o prefixo “sub”, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por “r”: sub-

região, sub-raça, etc. Palavras iniciadas por “h” perdem essa letra e juntam-se sem

hífen: subumano, subumanidade.

2. Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por “m”, “n” e

vogal: circum-navegação, pan-americano, etc.

3. O prefixo “co” aglutina-se e, geral com o segundo elemento, mesmo quando este se

inicia por “o”: coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante, etc.

4. Com o prefixo “vice”, usa-se sempre o hífen: vice-rei, vice-almirante, etc.

5. Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição,

como girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, etc.

6. Com os prefixos “ex”, “sem”, “além”, “aquém”, “recém”, “pós”, “pré”, “pró”, usa-se

sempre o hífen: ex-aluno, sem-terra, além-mar, aquém-mar, recém-casado, pós-

graduação, pré-vestibular, pró-europeu.

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UNIDADE 03: CONCEITO DE TEXTO, ESTRATÉGIAS DE RECONHECIMENTO DO CONTEXTO DE PRODUÇÃO: EMISSOR, RECEPTOR, MENSAGEM

3.1 Conceito de texto

Citamos abaixo alguns conceitos de autores renomados:

       Um texto é o resultado de ato de comunicação produzido por um sujeito numa

situação contratual de troca social, daí ele se caracterizar pelas propriedades gerais

de todo fato linguageiro (“fait langagier”), a saber sua materialidade significante (oral,

escrito, mímico gestual e icônico) organizada em sistemas, suas regras de formação

e de construção lingüística (morfologia, sintaxe, tanto no verbal, no gestual, como no

icônico), seus procedimentos de organização discursiva. Pelo fato de ser produzido

numa situação contratual, o texto depende, para a sua significação, daquilo que

caracteriza uma situação, a saber: uma finalidade enunciativa, uma identidade dos

parceiros de troca, um propósito (tema) como conteúdo tema tico da troca, um

dispositivo particular como circunstâncias materiais da troca. Pelo fato de que tem por

origem um sujeito, esse texto se apresenta, ao mesmo tempo, com as propriedades

da situação que sobre determinam em parte o sujeito e com as propriedades

singulares do fato da intervenção individual desse sujeito. (Charaudeau, 1997)

       Todo componente verbalmente enunciado de um ato de comunicação pertinente a

um jogo de atuação comunicativa, caracterizado por uma orientação temática e

cumprindo uma função comunicativa identificável, isto é, realizando um potencial

ilocutório determinado. (Schimidt, 1978).

       Texto é um evento comunicativo em que convergem ações lingüísticas, cognitivas

e sociais. (Beaugrande, 1984)

 

3.2. Conceito de Textualidade

Textualidade é o conjunto de características que fazem com que um texto seja um todo

significativo e não apenas uma seqüência de frases. Para Beaugrande e Dressler (1981)

existem sete fatores responsáveis pela textualidade. São eles:

Coerência – por ser responsável pelo sentido do texto é considerada fator fundamental da

textualidade. Abrange não só os aspectos lógicos e semânticos, mas também os cognitivos.

Dessa forma a coerência é um fenômeno que está ligado à interpretação do texto por parte do

interlocutor, ou seja, está ligado diretamente á interlocução.

Coesão – responsável pela unidade formal do texto. Constrói-se através de mecanismos

gramaticais e lexicais. É decorrente da coerência de um texto.

Intencionalidade – está ligada diretamente à intenção do locutor em construir um discurso

coerente numa determinada situação comunicativa. Está relacionado aos protagonistas do ato

de comunicação.

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Aceitabilidade – esta, por sua vez, está ligada diretamente à expectativa do interlocutor ao

que vai ser apreendido. Ou seja, se o texto é coerente, coeso, aceitável.

Situacionalidade - responsável pela pertinência e relevância de um texto quanto ao contexto

em que ocorre. É a adequação do texto quanto à situação sócio comunicativa.

Informatividade – Diz respeito à medida na qual as ocorrências de um texto são esperadas,

ou não, conhecidas, ou não, no plano conceitual e no formal.

Intertextualidade – essa, “diz respeito aos modos como a produção e recepção de um texto

dependem do conhecimento que se tenha de outros textos com os quais ele, de alguma forma,

se relaciona”. (Koch, 2000)

Atividades

Texto 01: O gene da felicidade

Cientistas americanos conseguiram transformar uma espécie promíscua de um rato em

um parceiro fiel. Para tanto, bastou alterar um único gene da cadeia de DNA do roedor. Mais

precisamente o que determina a absorção pelo cérebro de um hormônio: a vasopressina. A

experiência tem conseqüências fantásticas para a ciência porque é a primeira vez que se prova

que apenas um gene determina mudanças em um comportamento social tão complexo. O

trabalho foi divulgado na revista científica NTURE. Mas seus autores, cientistas da

Universidade Emory (EUA), advertem que não se pode transportar este tipo de conclusão para

os humanos.

“Na cultura humana, a experiência acumulada e certos valores têm muito mais

influência no comportamento.” De todo modo crêem que a descoberta pode ajudar a entender

doenças mentais como o autismo, o mal de Alzheimer, talvez a esquizofrenia. O próximo passo

da equipe, então, é o de estudar a genética da vasopressina nos primatas, incluindo os

homens.

(VEJA, 25/08/99)

1. Julgue os itens abaixo a respeito do texto e marque C ou E.

a) ( ) o texto, afirma-se que essa descoberta é revolucionária, porque ode resolver os casos

de autismo e do mal de Alzheimer.

b) ( ) Essa descoberta só fará sentido se aplicada ao homem.

c) ( ) A descoberta é fantástica pelo fato de provar pela primeira vez que um gene apenas

determina mudanças no comportamento social.

d) ( ) Transportar a descoberta para os humanos não é possível, porque a cultura do homem

é complexa, o que invalida a descoberta.

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e) ( ) A partir das informações contidas no texto, pode-se depreender que a utilização de

animais em experiências desse gênero é um ato de insensibilidade.

f) ( ) A transformação do comportamento dos ratos ( de promíscuos em fiéis) foi determinada

pela alteração de um único gene, logo foi extremamente óbvia, o que fica provado pelo uso do

verbo “bastar”.

2. Apresente a descoberta proposta pelo texto.

TEXTO 02 (UFRGS- adaptada)

No Brasil colonial, os portugueses e suas autoridades evitaram a concentração de

escravos de uma mesma etnia nas propriedades e nos navios negreiros.

Essa política, a multiplicidade lingüística dos negros e as hostilidades recíprocas que

trouxeram da África dificultaram a formação de núcleos solidários que retivessem o patrimônio

cultural africano incluindo-se a preservação das línguas.

Os negros, porém, ao longo de todo o período colonial, tentaram superar a diversidade de

culturas que os dividia, juntando fragmentos das mesmas mediante procedimentos diversos,

entre eles a formação de quilombos e a realização de batuques e calundus.(...)

As autoridades procuraram evitar a formação desses núcleos solidários, quer destruindo

os quilombos, que causavam pavor aos agentes da Coroa - e, de resto, aos proprietários de

escravos em geral -, quer reprimindo os batuques e os calundus promovidos pelos negros. Sob

a identidade cultural, poderiam gerar uma consciência danosa para a ordem colonial. Por isso,

capitães-do-mato, o Juízo Eclesiástico e, com menos empenho, a Inquisição foram colocados

em seu encalço.

Porém alguns senhores aceitaram as práticas culturais africanas - e indígenas - como um

mal necessário à manutenção dos escravos. Pelo imperativo de convertê-los ao catolicismo,

ainda, alguns clérigos aprenderam as línguas africanas, como um jesuíta na Bahia e o padre

Vieira, ambos no Seiscentos. Outras pessoas, por se envolverem no tráfico negreiro ou viverem

na África - como Matias Moreira, residente em Angola no final do Quinhentos -, devem

igualmente ter-se familiarizado com as línguas dos negros.

(Adaptado de: VILLALTA, Luiz Carlos. O que se fala e o que se lê: língua, instrução e

leitura. In: MELLO e SOUZA. História da Vida Privada no Brasil. São Paulo: Cia. das Letras,

1997. V1. P.341-342.)

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3. Assinale a alternativa correta em relação às informações apresentadas no texto.

a) Os portugueses impediram totalmente a concentração de escravos de mesma etnia nas

propriedades e nos navios negreiros.

b) A política dos portugueses foi ineficiente, pois apenas a multiplicidade cultural dos negros, de

fato, impediu a formação de núcleos solidários.

c) A única forma que os negros encontraram para impedir essa ação dos portugueses foi

formando quilombos e realizando batuques e calundus.

d) A Inquisição não se empenhou em reprimir a cultura dos negros, porque estava ocupada

com ações maiores.

e) Apesar do empenho dos portugueses, a cultura africana teve penetração entre alguns

senhores e entre alguns clérigos. Cada um, é bem verdade, tinha objetivos específicos para

tanto.

04) No Brasil colonial, informe quais as situações indicam as ações realizadas pelos africanos,

para a manutenção de sua cultura.

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3. Contexto de produção

Vivemos dentro de contextos: estar num contexto de sala de aula, por exemplo, é

diferente de estar no contexto de um barzinho ou ainda assistindo a um casamento, ou seja, o

contexto influencia nosso comportamento e nossa linguagem. Ninguém vai a um casamento de

short ou pessoas que se dirigem ao chefe procuram cuidar mais do vocabulário. Assim, estar

inserido num contexto social e físico determina a situação da linguagem.

O contexto de produção é um conjunto de fatores que pode exercer influência necessária

sobre a forma de organização de um texto. Esses fatores são agrupados em dois conjuntos:

1) Contexto físico2) Contexto social

Há um quadro bastante didático que pode deixar qualquer situação com ação de linguagem bastante transparente.

Situação de produção: aula universitáriaContexto de produçãoContexto físico Contexto socialLugar de produção:Sala de aula

Lugar social: sala de aula universitária

Momento de produção: Dia da aula (12/02/10)

Emissor: Professor(a) de LPT

A posição social do emissorProf. Universitário(a) da área de comex

Receptor (ES): Alunos

A posição social do receptor

Alunos universitários do curso de comex

Suporte: lousa (linguagem escrita) Linguagem oral (fala do professor) Objetivo do autor:

Explicar as diretrizes do curso.

Quadro baseado nos estudos de Bronckart, in: BRONCKART, Jean-Paul, Atividade de linguagem, textos e discursos: por um interacionismo sociodiscursivo. São Paulo: Educ, 1997.

QUAL A IMPORTÂNCIA DISSO?

Todo produtor de texto, quer seja oral ou escrito, tem uma tarefa importante: ser claro,

objetivo, preciso na sua interação com a linguagem, neste sentido, partir da orientação:

Quem sou eu?

Onde estou?

Para quem vou falar?

Qual o papel social dos meus receptores?

Qual o objetivo da minha fala?

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São parâmetros prévios na interação oral ou escrita que vão imprimir ao discurso um

sentido lógico, coerente ao dizer e dão coordenadas no tempo e no espaço de como agir com a

linguagem de forma mais eficaz.

3.4. Variação linguística; : linguagem formal e informal; formas de adequação da linguagem. Todos os seres humanos se comunicam de alguma forma. Seja através da fala, da

escrita, gestos, sinais luminosos e até através da arte, haja vista as cores de um quadro, o

doce som de uma música...Qualquer sistema organizado que serve de meio de comunicação é

chamado de linguagem.

A linguagem tem uma função social. Sempre estamos nos comunicando com alguém,

com algum objetivo. A vida em sociedade exige que as linguagem sejam adequadas para cada

momento. Sabemos que não seria adequado, por exemplo, cantar uma música, toda vez que

alguém perguntasse o nosso nome. Seria um caos, não? Também pareceria estranho, você

apresentar-se para uma entrevista de emprego vestindo a camisa do seu time favorito e

aqueles chinelos confortáveis.

Ah, mas por que não?

Porque simplesmente não é o que esperam de você!!!!!

A sociedade estabeleceu algumas regras de convivência que servem, num plano maior,

para regulamentar as relações humanas, ou viveríamos em completa confusão. O uso da

linguagem também tem suas regras, que vamos chamar de adequações.

Leia os diálogos abaixo:

1- No tribunal:

Juiz: Senhor Moreira, dirija-se ao júri e apresente sua defesa.

Moreira: Falô, mano. Seguinte, galera. Olha pro chapa aqui e diz: sô ou num sô um

cara de bem? Os truta lá da comu pódi assiná.

2- Uma entrevista de emprego:

Entrevistador: Por favor, Sr.Juarez,sente-se.

Juarez: Tô sussa em pé mesmo. E não precisa chamar de Sr.Juarez. O povo lá de

casa me chama de Jura.

2- Um torpedo de celular enviado por uma colega de classe a outra:

Prezada Fabiana. É com imenso pesar que comunico que não finalizei as tarefas a

contento, portanto, infelizmente, ficaremos com a menção zero na disciplina de

Direito.

Nem é preciso dizer que dentro das situações apresentadas, a linguagem utilizada pelo

Sr.Moreira, o Juarez e a aluna foram totalmente inadequadas!

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Então podemos inferir que: situações formais (tribunal, entrevista de emprego) pedem

uma linguagem formal e que em situações informais (com amigos, familiares), podemos usar

uma linguagem mais informal, coloquial.Dessa forma, podemos perceber que a linguagem deve se adequar ao momento e ao

local em que é produzida e para quem se dirige. Toda vez que o emissor precisar se

comunicar deve atentar para vários aspectos, antes mesmo de criar sua mensagem. Seja ela

escrita ou falada. Quem nunca quis que o chão se abrisse sobre seus pés assim que disse algo

sem pensar e imediatamente se arrependeu?

A pessoa que comunica também deixa transparecer seu nível cultural, o grupo social, profissional a que pertence, ao enunciar algumas palavras. Podemos até mesmo

distinguir um médico de um advogado apenas pelo vocabulário que eles usam. Existem

também as variações regionais, geográficas. Em São Paulo usamos estojo de lápis para o

que os curitibanos empregam bornal. Falamos salsicha e eles, vina. E são vários os dicionários

circulantes nesse vasto país, dicionário de cearês, baianês, gauchês e por aí vai o nosso povo

a se comunicar....

As variantes contextuais não decorrem diretamente do falante, mas das

circunstâncias que cercam o ato de fala.

O mesmo falante que emprega o nível popular pode utilizar o nível culto ao dirigir-se a

um chefe, no escritório, a uma autoridade ou a uma pessoa com quem não tenha

grande intimidade.

A essas variações regionais, sociológicas, contextuais, chamamos variações linguísticas.

Agora uma pergunta: Quem fala o melhor português no Brasil?

O melhor falante de uma língua seria aquele capaz de se comunicar adequadamente em diferentes contextos.

QUAL A IMPORTÂNCIA DISSO?

Do ponto de vista linguístico não há uma linguagem melhor que a outra; todas

apresentam o mesmo valor se servirem ao propósito de comunicar. “Nóis vai” não é errado num

processo de comunicação informal, mas inadequado em contextos formais. Do ponto de vista

gramatical, aí, sim, é considerado um erro, já que a norma culta prescreve o uso do verbo na

primeira pessoa do plural. São dois pontos de vista que não podem ser misturados.

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AGORA VOCÊ PRATICA:Leia as tirinhas abaixo e responda :

A)

B)

www.destakjornal.com.br1-Quais foram as falhas de comunicação nas tirinhas A e B acima?

___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________2- Vamos planejar uma reunião? Qual seria o contexto de produção que utilizaríamos?

Complete o quadro com os dados:

Sala de reuniões; o momento atual- dia/mês e ano; Sr. Roberto; funcionários; empresa de grande porte da área tecnológica; diretor da empresa; funcionários da área administrativa; expor os problemas de absenteísmos e buscar soluções junto à área administrativa.

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Contexto de produçãoContexto físico Contexto social

Lugar de produção: Lugar social:

Momento de produção:

Emissor: A posição social do emissor

Receptor (ES): A posição social do receptor

Objetivo do autor:

Baseado in: BRONCKART, Jean-Paul, Atividade de linguagem, textos e discursos: por um interacionismo sociodiscursivo. São Paulo: Educ, 1997.

Jornal do Brasil, 3 ago. 2005.

3) (Enade – 2006- Prova de Formação Geral) Tendo em vista a construção da idéia de nação no Brasil, o argumento da personagem expressa

(A) a afirmação da identidade regional.(B) a fragilização do multiculturalismo global.(C) o ressurgimento do fundamentalismo local.(D) o esfacelamento da unidade do território nacional.(E) o fortalecimento do separatismo estadual.

4) Leia o anúncio dos correios:

NÓIS CUNHECE O CAMINHO DA ROÇA COMO NINGUÉM.SEDEX. LÍDER ABSOLUTO NA ENTREGA DE ENCOMENDAS EM TODO O PAÍS.

a) Além da norma culta, de que outra variedade linguística o anunciante fez uso no anúncio?_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

b) Considerando que o anúncio foi publicado numa revista de circulação nacional, em que predomina a norma culta formal, qual a intenção do anunciante ao empregar uma variedade linguística diferente da norma padrão?

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____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

UNIDADE 04 : FORMATAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS

NORMAS PARA APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOSORIENTAÇÕES PARA A APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS ESCRITOS

É importante que a apresentação escrita dos trabalhos siga os critérios organizados

abaixo com base nos principais manuais de normas técnicas, que contribuirão para que esse

seja feito de maneira ordenada e clara. Em primeiro lugar antes se cercar de material, leituras,

discussão entre os participantes do grupo de trabalho (caso ele seja em equipe) elabore um

rascunho do que será realmente apresentado, portanto, separe um tempo para pensar no que

você irá apresentar – o que será mais importante a destacar. Você deve observar algumas

regras gerais referentes ao conteúdo:

a. Deve apresentar conteúdo de relevância para a Administração e as interfaces que mantém

com outros campos e áreas de conhecimento;

b. Deve pautar-se na estrutura geral e de apresentação gráfica apresentadas abaixo;

c. E deve-se observar rigorosamente as regras ortográficas, bem como as normas gerais e

bibliográficas em apresentações de trabalho científico.

Todos os trabalhos deverão seguir um mesmo padrão para a apresentação escrita,

como segue:

o CAPA

o FOLHA DE ROSTO

o SUMÁRIO

o INTRODUÇÃO

o DESENVOLVIMENTO

o CONSIDERAÇÕES FINAIS

o BIBLIOGRAFIA (caso seja utilizada pesquisa em livros, revistas, jornais, etc.)

Deverão ser utilizados os padrões da ABNT:

Inicialmente utilizaremos essa padronização para apresentação de trabalhos aos

professores do 1º semestre para auxiliá-lo nessa nova adaptação de linguagem,

formatação, etc. O Trabalho de Conclusão de Curso possui outras particularidades,

além das apresentadas e vão sendo apresentadas ao longo das nossas aulas e no

decorrer do 2º semestre do seu curso.

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NOME DO ALUNO

TÍTULO DO TRABALHO

UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO

UNINOVE

SÃO PAULO

2011

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NOME DO ALUNO

TÍTULO DO TRABALHO

Trabalho apresentado à disciplina de

______________, como pré-requisito de

avaliação, do curso de Administração,

turma ____, sob a orientação do Prof.

______________________.

UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO

UNINOVE

SÃO PAULO

2011

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SUMÁRIO

Introdução..............................................................................

CAPÍTULO 1 - NOME..............................................................05

1.1 - Definição.......................................................................... 06

1.2 – Aplicação.........................................................................07

1.3 – Medição........................................................................... 08

CAPÍTULO 2 - NOME............................................................... 09

CAPÍTULO 3 – PESQUISA...................................................... 19

CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................... 20

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................... 21

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1. Não numere a introdução.

2. Na introdução, preocupe-se em mostrar ao seu leitor o que ele encontrará no seu

trabalho, o que te motivou a pesquisar sobre esse assunto, ou seja, prepare o leitor

sobre o que ele vai ler em seu trabalho/sua pesquisa. Frases como: “Este trabalho tem

o objetivo de...”, “Neste trabalho o leitor encontrará...”, “O foco deste trabalho é...”, etc.

podem impulsionar o início da sua introdução.

3. O desenvolvimento do seu trabalho é exatamente o que você numerou de 1 a quantos

itens você achar necessários. É bom lembrar que quanto mais você detalhar a sua

discussão e organizá-la em itens, melhor será a leitura, a compreensão do que você

está discutindo.

4. Nas considerações finais (também chamada de conclusões) retome aquilo que seja

mais importante, enfatize o seu ponto de vista, arremate o seu texto.

5. Veja como registrar a bibliografia:

A IMPORTÂNCIA DA CITAÇÃOA citação é a referência de uma idéia extraída da obra de outro autor.

A utilidade da citação é dar suporte, ratificar e fundamentar as idéias que o autor deseja

transmitir, aclarar ou questionar em relação ao tema em discussão.

Para citar a idéia de outro autor, no entanto, deve-se seguir algumas regras e identificar

os diferentes tipos de citação.

Citação Direta

Chamada também de citação textual ou citação literal. Consiste na transcrição integral

de parte do texto de outro autor.

Não é recomendável o uso excessivo da citação direta, pois pode sinalizar insegurança

por parte do autor ao redigir e argumentar suas idéias.

Se a idéia citada for igual ou inferior a cinco linhas deverá ser apresentada dentro do

seu próprio parágrafo, entre aspas e, ao final da mesma, após o ponto e entre parênteses, vem

a indicação bibliográfica (SOBRENOME DO AUTOR, ano de publicação da obra: número da

página).

Exemplo:

No início da televisão, no Brasil, era nítida a divisão entre ficção e realidade. Os

telejornais apresentavam os fatos ocorridos como uma cópia fiel da realidade, enquanto as

telenovelas contavam histórias imaginadas pela mente criativa de um autor. Hoje, essa

separação não é mais visível, há uma inversão entre realidade e ficção. “(...) a tese é a de que a telenovela é o mundo real e o noticiário de televisão (os telejornais, as reportagens, os documentários), esse sim, é um mundo ficcional.” (MARCONDES FILHO, 1994: 39)

A citação superior a cinco linhas deverá ser apresentada em parágrafo separado do

texto do autor, com o dobro do recuo da primeira linha, com espaço duplo antes e depois da

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citação, espaçamento simples, fonte 11, sem aspas e, ao término da citação, indicação

bibliográfica (SOBRENOME DO AUTOR, ano de publicação da obra: número da página).

Exemplo:No início da televisão, no Brasil, era nítida a divisão entre ficção e realidade. Os

telejornais apresentavam os fatos ocorridos como uma cópia fiel da realidade, enquanto as telenovelas contavam histórias imaginadas pela mente criativa de um autor. Hoje, essa separação não é mais visível, há uma inversão entre realidade e ficção.

Em primeiro lugar, a tese é a de que a telenovela é o mundo real e o noticiário de televisão (os telejornais, as reportagens, os documentários), esse sim, é um mundo ficcional. E por que isso?As pessoas ligam a televisão e acompanham com assiduidade quase religiosa os capítulo das novelas. Assistem regularmente cada episódio, todas as noites, com exceção dos domingos, mas sem cancelar feriados, Natal, Carnaval ou qualquer outra data universal de guarda. A novela é tão cotidiana quanto a própria vida. (MARCONDES FILHO, 1994: 39-40)

Citação IndiretaÉ a síntese das idéias extraídas do texto de outro autor, ou seja, dar-se-á redação

própria às idéias desenvolvidas por outro autor.

Primeiro, indique a fonte à qual pertencem as idéias (SOBRENOME do autor), em

seguida, entre parênteses, o ano de publicação da obra. Na citação indireta, não se usam

aspas.

Exemplos:Segundo MARCONDES FILHO (1994), atualmente, já não existe mais divisão entre

realidade e ficção, há uma inversão entre ficção e realidade na televisão.Para MARCONDES FILHO (1994), atualmente, já não existe mais divisão entre

realidade e ficção, há uma inversão entre ficção e realidade na televisão.MARCONDES FILHO (1994) defende a inexistência de fronteira entre realidade e

ficção, há uma inversão entre ficção e realidade na televisão. Citação de Citação (Apud)

Se a idéia a ser citada for extraída da obra de um outro autor e não do autor da obra

original, far-se-á a citação de citação, também chamada de citação de segunda mão.

A expressão latina apud significa: segundo fulano, referido por. Portanto, a citação é

feita em nome do autor da obra original, em seguida, vem a expressão apud e os dados do

autor e da obra consultada.

Exemplo:Os pensadores liberais defendem a idéia de que a globalização econômica e a

liberdade de mercado possibilitaram que todas as pessoas, em qualquer parte do mundo, tenham um padrão de consumo igual ao das pessoas que vivem nos países

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industrializados. “Essa idéia interessa aos ricos dos países pobres, pois justifica a concentração da riqueza nas mãos de poucos, em nome do progresso tecnológico e do desenvolvimento econômico que, como eles querem fazer crer, futuramente irão beneficiar toda a população. (FURTADO apud OLIVEIRA, 2000: 208)

NUMERAÇÃO DE PÁGINAA numeração de páginas será em algarismos arábicos quando o trabalho apresentar

pouco elementos textuais. Nesse caso, todas as folhas, a partir da folha de rosto, devem ser

contadas sequencialmente, mas não numeradas. A numeração é colocada a partir da primeira

folha da parte textual (introdução), em algarismos arábicos, no canto superior direito da folha, a

2 cm da borda superior.

ESPAÇAMENTO E PARAGRAFAÇÃO

Tamanho do papel: A4 (210 x 297 mm)

Tipo, Tamanho e Estilo da Fonte Usada no Texto

Texto geral: times new roman ou arial tamanho 12 - estilo: normal

Capítulo: times new roman ou arial tamanho 12 - estilo: negrito

Tópico: times new roman ou arial tamanho 12 - estilo: negrito

Subtópico: times new roman ou arial tamanho 12 - estilo: itálico

Citação em parágrafo distinto (citação direta): times new roman ou arial tamanho 11 -

estilo: normal

Configuração de Página Margem superior: 3,0 cm

Margem inferior: 2,0 cm

Margem esquerda: 3,0 cm (justificado)

Margem direita: 2,0 cm (justificado)

Cabeçalho: 1,25 cm

Rodapé: 1,25 cm

Paragrafação e Espaçamento: Paragrafação direta com recuo da primeira linha de 1,25 cm

Espaçamento antes: 6 pt

Espaçamento depois: 0 pt

Espaçamento do texto geral: 1,5 linha

Espaçamento das citações e notas de rodapé: simples

Espaçamento entre capítulo e texto: duplo

Espaçamento entre tópico e texto: 1,5 linha

Espaçamento entre subtópico e texto: 1,5 linha

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COMO FAZER A REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAReferência bibliográfica é a relação ordenada de todas as obras citadas ao longo do

trabalho. A apresentação das obras é feita em folha separada, logo após a conclusão e segue

as normas da ABNT para referências bibliográficas.

Os documentos lidos, porém não citados no trabalho, poderão ser apresentados em

outra lista, nomeada de Bibliografia Recomendada ou Obras Consultadas.

a) LivrosSOBRENOME, Nome. Título. Edição. Cidade de publicação: Editora, ano de publicação.

Exemplo:

CHAUI, Marilena. O que é ideologia. 42. ed. São Paulo: Brasiliense, 1997. Até três autores: indica-se o nome dos três autores.

Exemplo:

JARDILINO, J. R. L.; ROSSI, G.; SANTOS, G. T. Orientações metodológicas para elaboração de trabalhos acadêmicos. São Paulo: Gois Editora e Publicidade, 2000.

Mais de três autores: indicar o nome do organizador ou do coordenador da obra.

Exemplo:

DANTAS, Audálio (org.). Repórteres. São Paulo: Editora SENAC, 1998. Referência bibliográfica de parte da obra ou capítulo.

SOBRENOME, Nome do autor do capítulo. Título do capítulo. In: SOBRENOME, Nome do

autor do livro. Título do livro. Edição. Cidade de publicação: Editora, ano de publicação.

Exemplo:

MEIRELLES, Domingos. Acerto de Contas. In: DANTAS. Audálio (org.). Repórteres. São Paulo: Editora SENAC, 1998.

b) Artigos de publicações periódicasSOBRENOME, Nome. Título do artigo. Título do periódico, cidade de publicação: Editor,

número do volume, número do fascículo, páginas inicial-final, mês e ano.

Exemplo:

SILVA, Dalmo O. Souza. Ágora ou o Zoológico Humano?- uma contribuição para o debate sobre os Reality Shows. Cenários da Comunicação, São Paulo: UNINOVE, v. 1, n. 1, p. 57-71, set. 2002. c) Artigo de jornalSOBRENOME, Nome. Título do artigo. Título do Jornal, cidade, data. Número ou título do

caderno, seção ou suplemento, páginas inicial-final.

Exemplo:

CARDOSO, Raquel. Zeca, o pivô da guerra das cervejas. Diário de S. Paulo, São Paulo, 16 de março de 2004. Economia, p. B3.d) Trabalhos de fontes eletrônicas

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SOBRENOME, Nome / EDITOR. (Ano). Título do trabalho, Tipo de mídia. Produtor (opcional).

Disponível: identificador (data de acesso).

ARAÚJO, J.G.F. e MOREIRA, A.Z.M. (1999). Mass Media: um enfoque político-social. (On-line). INTERCOM. Disponível: http://www.intercom.org.br/papers/xxii-ci/gt27/27z02.PDF , (14 de junho de 2004).

AGORA VEJA COMO DEVE FICAR A SUA BIBLIOGRAFIA;ABREU, Antonio Suarez. Curso de Redação. Ática, São Paulo, 2003.

CARNEIRO, Agostinho Dias. Texto em construção: interpretação de texto. São Paulo: Moderna,

2000.

FARACO, Carlos Alberto; TEZZA, Cristóvão. Prática de textos para estudantes universitários.

Petrópolis, RJ: Vozes, 1992.

GARCIA, Othon Moacyr. Comunicação em prosa moderna. FGV, São Paulo, 2003.

GUIMARÃES, Elisa. A articulação do texto. Ática, São Paulo, 2002.SAVIOLI, Francisco,

FIORIN, José Luiz. Para entender o texto: leitura e redação, Ática, 2003.

ILARI, Rodolfo. Introdução à semântica: brincando com a gramática. São Paulo: Contexto,

2001.

MARCHUSCHI, Luiz Antônio. Análise da Conversação. São Paulo: Ática, 1998.

PÉCORA, Alcir. Problemas de redação. São Paulo: Martins Fontes, 2002.

TEZZA, Cristóvão e FARACO, Carlos Alberto. Oficina de texto. Petrópolis, RJ:Vozes, 2003.

TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Gramática: ensino plural. São Paulo: Cortez, 2001.

VAL, Maria da Graça Costa. Redação e textualidade. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

PRATIQUE:1) Leia:

Segundo os pesquisadores do McAfee Avert Labs, de 80 a 90 por cento de todos os emails são spam.Podemos dizer que o recurso linguístico: “Segundo os pesquisadores...” atribui a outro

responsabilidade enunciativa e é um recurso de distanciamento entre autor da idéia e aquele

que reproduz a idéia.

A afirmativa está:

A- Correta.

B - Errada.

AGORA VOCÊS PRATICAM (PESQUISA EM GRUPO)-Pesquisa na biblioteca1- Cada grupo será responsável em trazer para a sala as seguintes referências

bibliográficas:

a) Três obras do mesmo autor

b) Livro

c) Capítulo de livro organizado por outro autor

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d) Livro com três autores

e) Um capítulo de livro organizado por outro autor

f) Texto publicado em anais de um congresso

g) Dois autores de livro com tradução e organização de outros

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UNIDADE 05: A ESTRUTURA DO PARÁGRAFO. TÓPICO FRASAL. RECONHECIMENTO DA IDÉIA CENTRAL DOS TEXTOS, OS OBJETIVOS DO AUTOR E AS PALAVRAS-CHAVE.

Nesta unidade, vamos dar atenção mais de perto para o parágrafo que é uma unidade

de composição constituída por um ou mais períodos, em que se desenvolve determinada idéia

central, a que se agregam outras, secundárias, intimamente relacionadas pelo sentido e

logicamente decorrentes dela.

São várias as possibilidades que temos para dar início aos nossos parágrafos. Abaixo

temos algumas dicas tendo como idéia central a AIDS. Dependendo do tema e da sua

criatividade, outras tantas formas podem ser criadas.

Veja abaixo algumas possibilidades de abertura para os parágrafos sempre com o mesmo tema

geral: AIDS. Mas perceba que em cada um deles, o mesmo tema pode variar, ou seja, pode dar

origem a textos diferentes.

a) Uso de indicadores de aspectos espaciais = explorar as informações sobre o(s)

lugar(es) onde ocorrem os fatos a serem tratados.

Ex.: “No Brasil, principalmente na região sudeste, percebe-se que o paciente, vítima da

AIDS, tem muito mais acesso a instituições que proporcionam tratamentos cujos

benefícios e resultados positivos são excelentes...”

b) Uso de indicadores de aspectos temporais = aqui podemos usar fatores que

indicam o momento em que acontecem (ou aconteceram) os fatos.

Ex.: “Comparando-se os dias de hoje com o momento em que surgiram os primeiros casos

de AIDS, não há como negar o grande avanço da medicina com as constantes pesquisas,

pois hoje vemos portadores do vírus HIV tendo um ritmo de vida normal: trabalhando,

estudando, amando...”

c) Uso de enumeração de fatos = essa técnica permite ao redator organizar melhor

as idéias que lançará em seu texto.

Ex.: “Duas são as principais e mais preocupantes formas de transmissão da AIDS. A

primeira é por meio das relações sexuais sem a devida proteção de preservativos. A

segunda, diz respeito à troca de seringas entre os usuários de drogas com a mesma

agulha...”

d) Uso de idéias análogas ou comparações = comparar alguns fatores ou

características do assunto a ser tratado em nossos textos com outros pode ser

uma boa técnica de início.

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Ex.: “Sempre que aparece em nosso meio uma nova e terrível doença para a qual a cura

ainda não foi descoberta, surge o pânico, o desespero. O mesmo pânico ocorrido com o

surgimento da AIDS pode ser observado quando tivemos a ameaça de outras doenças

como a paralisia infantil. O problema é que para a paralisia a cura veio mais rápido...”.

e) Uso de interrogação = interrogar já no início do nosso texto é outra boa técnica de

iniciar nossa redação além de suscitar uma certa curiosidade no leitor do nosso

texto.

Ex.: “Por que será que ainda não temos a cura definitiva para a AIDS? O avanço da

tecnologia em todas as áreas, inclusive na medicina, às vezes, nos põe em dúvidas o

poder exorbitante do vírus HIV. Poderíamos dizer que para alguns grupos a cura definitiva

da AIDS seria um péssimo negócio?...”

EXERCITANDO:1) A partir do tema: “O papel do administrador na sociedade”, no seu caderno, construa 5

parágrafos bem montados com sentido completo, cada um deles com uma das formas de

introdução citadas acima.

2) Leia atentamente o texto baixo:

Quem são os mais pobres?

§ 1o. A esmagadora maioria dos pobres é analfabeta e, portanto, não tem acesso às

informações e às idéias que poderiam ajudá-los a escapar da pobreza. Distinguem-se, com

freqüência, em raça, tribo ou religião, dos grupos ricos dominantes. Apresentam uma ligeira

tendência a se constituir em mais mulheres que de homens, o que levou alguns analistas a

falarem de uma "feminização da pobreza".

§ 2o. A carga que recai sobre as mulheres multiplica-se incessantemente. Paga-se a

elas menos que aos homens, porém elas trabalham mais. São menos instruídas, mas lhes

cabe maior responsabilidade pela saúde das crianças. Nelas são colocadas as expectativas

de que dêem à luz, criem e alimentem uma prole numerosa - preferivelmente masculina - e,

em conseqüência disso, crescem fracas e doentias na medida em que seus corpos vão

ficando fatigados pelos repetidos ciclos de gestação e parto. São, com freqüência,

maltratadas e espancadas em seus próprios lares, mas possuem poucos direitos legais e

um número ainda menor de direitos de propriedade. Para as mulheres pobres, como disse

uma brasileira, "o único feriado...é quando você está dormindo."

§ 3o. Numericamente falando, o grupo mais flagelado pela pobreza são as crianças.

À medida que a renda diminui, o tamanho da família aumenta. Em conseqüência disso,

talvez dois terços dos pobres do mundo que se acham em estado de pobreza absoluta

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estejam abaixo da idade de 15 anos, e as perspectivas para esses jovens são ainda piores

que aquelas que se abrem para os seus pais.

§ 4o. Arruinados pela doença, pela falta de alimentação e de água limpa, um terço

dessas crianças morre antes de seu quinto aniversário. Muitos dos que sobrevivem tornam-

se fisicamente raquíticos e mentalmente lesados em decorrência da fome crônica ocorrida

durante a idade crítica de seis meses a dois anos. (Alan Durning In: Salve o planeta!

Qualidade de vida -1990, Rio de Janeiro, Globo, 1990, p. 178).

1) Qual o principal objetivo do autor deste texto?

2) Releia cada parágrafo e extraia dele a principal informação.

§ 1o.

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

__________________________________

§ 2o.

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

__________________________________

§3o.

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

__________________________________

§ 4o.

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

__________________________________

3) Após termos lido e entendido o texto, vamos agora produzir o nosso, mas faremos

isto de forma que nós nos posicionemos diante do que o autor expôs no texto acima. Para

isto siga as instruções abaixo:

a) O primeiro parágrafo do nosso texto deverá constar algumas informações importantes

para que o leitor no nosso texto saiba do que estaremos falando. Isto é importante

quando você for escrever algo sobre algum material que lhe for dado. Use os dados

abaixo para montar este parágrafo:

1) título do texto: _______________________________________________

2) nome do autor: ______________________________________________

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.3) local de publicação: __________________________________________

4) data de publicação: ____________________________________________

.5) Assunto geral do texto: _________________________________________

Obs.: Lembre-se de que estamos montando um texto, portanto, transforme estes dados num

parágrafo.

b) A partir do segundo parágrafo do nosso texto, vamos expor – de forma breve – as

idéias do autor numa espécie de resumo. Para isto use as ideias principais que fomos

extraindo de cada um deles.

c) Após fazermos este levantamento das idéias do autor, vamos deixar para o final o que

nós achamos sobre o que o autor diz, ou melhor, qual é o nosso posicionamento diante

do que o autor expõe?

Obs.: Novamente lembre-se de que queremos um texto, portanto temos de articular bem estas

três partes.

UNIDADE 07: TIPOLOGIA TEXTUAL – NOÇÕES BÁSICAS - DESCRIÇÃO, NARRAÇÃO E DISSERTAÇÃO

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DESCRIÇÃO

A descrição é um texto, literário ou não, em que predominam verbos de estado e adjetivos que

caracterizam pessoas, ambientes e objetos. É muito raro encontrarmos um texto

exclusivamente descritivo. Quase sempre a descrição vem mesclada a outras modalidades,

caracterizando uma personagem, detalhando um cenário, um ambiente ou paisagem, dentro de

um romance, conto, crônica ou novela.

Assim, a descrição pura geralmente aparece como parte de um relatório técnico, como no caso

da descrição de peças de máquinas, órgãos do corpo humano, funcionamento de determinados

aparelhos (descrição de processo).

Dessa maneira, na prática, seja literária ou técnico-científica, a descrição é sempre um

fragmento, é um parágrafo dentro de uma narração, é parte de um relatório, de uma pesquisa,

de dissertações em geral.

Mas o estudante precisa aprender a descrever; a prática escolar assim o exige. Geralmente

pede-se u texto menor que a narração ou a dissertação. Um texto descritivo com

aproximadamente 15 linhas costuma conter todos os aspectos caracterizados que permitam ao

leitor visualizar o ser ou objetivo descrito. Para tanto, o observador deve explorar as sensações

gustativas, olfativas, auditivas, visuais, táteis e impressões subjetivas.

O que se descreve

Podemos descrever o que vemos (aquilo que está próxima), o que imaginamos (aquilo que

conhecemos mas não está próximo no momento da descrição) ou o que nossa imaginação

cria, qualquer entid ade inventada: um ser extraterreno, uma mulher que você nunca viu, uma

futurista, um aparelho inovador etc.

Como se descreve

De acordo com os objetivos de quem escreve, a descrição pode privilegiar diferentes aspectos:

• pormenorização – corresponde a uma persistência na caracterização de detalhes;

• dinamização – é a captação dos movimentos de objetivos e seres;

• impressão – são os filtros da subjetividade, da atividade psicológica, interpretando os

elementos observados.

A organização da descrição

No processo de composição de uma redação descritiva, o emissor seleciona os elementos

organiza para levar o receptor a formar ou conhecer a imagem do objetivo descrito, isto é, a

concebê-lo sensorial ou perceptualmente.

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A descrição é fundamentalmente espacial. Eventualmente pode aparecer um índice temporal,

porém sua função é meramente circunstancial, serve apenas para precisar o registro descritivo.

Veja um exemplo:

“A Praça da Alegria apresentava um ar fúnebre. De um casebre miserável, de porta e

janela, ouviam-se gemer os armadores enferrujados de uma rede e uma voz tísica e aflautada,

de mulher, cantar em falsete a “gentil Carolina era bela”, doutro lado da praça, uma preta velha,

vergada por imenso tabuleiro de madeira, sujo, seboso, cheio de sangue e coberto por uma

nuvem de moscas, apregoava em tom muito arrastado e melancólico: “Fígado, rins e coração!”

Era uma vendedeira de fatos de boi. As crianças nuas, com as perninhas tortas pelo costume

de cavalgar as ilhargas maternas, as cabeças avermelhadas pelo sol, a pele crestada, os

ventrezinhos amarelentos e crescidos, corriam e guinchavam, empinando papagaios de papel.

Um ou outro branco, levado pela necessidade de sair, atravessava a rua suando, vermelho,

afogueado, à sombra de um enorme chapéu-de-sol. Os cães, estendidos pelas calçadas,

tinham uivos que pareciam gemidos humanos, movimentos irascíveis, mordiam o ar, querendo

morder os mosquitos. Ao longe, para as bandas de São Pantaleão, ouvia-se apregoar: “Arroz

de Veneza! Mangas! Macajubas!” Às esquinas, nas quitandas vazias, fermentava um cheiro

acre de sabão da terra e aguardente. O quitandeiro, assentado sobre o balcão, cochilava a sua

preguiça morrinhenta, acariciando o seu imenso e espalmado pé descalço. Da Praia de Santo

Antônio enchiam toda a cidade os sons invariáveis e monótonos de uma buzina, anunciando

que os pescadores chegavam do mar; para lá convergiam, apressadas e cheias de interesse,

as peixeiras, quase todas negras, muito gordas, o tabuleiro na cabeça, rebolando os grossos

quadris trêmulos e as tetas opulentas.”

(AZEVEDO, Aluísio de. O Mulato. Apud Curso de Redação, Harbra. J. Miguel, p. 67.)

NARRAÇÃO

Definição

Narrar é contar uma história (real ou fictícia). O fato narrado apresenta uma seqüência de

ações envolvendo personagens no tempo e no espaço.

São exemplos de narrativas a novela, o romance, o conto, ou uma crônica; uma notícia de

jornal, uma piada, um poema, uma letra de música, uma história em quadrinhos, desde que

apresentam uma sucessão de acontecimentos, de fatos.

Situações narrativas podem aparecer até mesmo numa única frase. Exemplos: O menino caiu.

“Minha sogra ficou avó.” (Oswald de Andrade). Repare que a última frase resume ações que

envolvem o casamento, a maternidade e a transformação da sogra em avó.

A superestrutura da Tipologia do Narrativo

A discussão teórica sobre a narrativa tem seu marco, principalmente, com os estudos de

Todorov (1986). Para o autor, a narrativa ideal:

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Começa por uma situação estável que uma força qualquer vem perturbar. Daí resulta um

estado de desequilíbrio; por ação de uma força dirigida em sentido inverso, restabelece-se o

equilíbrio; o segundo equilíbrio é muito semelhante ao primeiro, mas os dois nunca são

idênticos (Todorov, 1986:76)

Assim, poderíamos representar esse modelo (tendo como referência principal o protagonista da

história) em três momentos distintos: Equilíbrio Inicial (doravante representado pelo símbolo +),

em que o protagonista é apresentado ao leitor, mas não encontra-se em sofrimento; o

Desequilíbrio ou Conflito (representado por -) , em que o protagonista por algum motivo

começa a sofrer; e, Equilíbrio Final (representado novamente por +), em que o protagonista

restitui o equilíbrio.

Veja um exemplo:

TRAGÉDIA BRASILEIRA

Misael, funcionário da Fazenda, com 63 anos de idade, conheceu Maria Elvira na Lapa, -

prostituída, com sífilis, dermite nos dedos, uma aliança empenhada e os dentes em petição de

miséria.

Misael tirou Maria Elvira da vida, instalou-a num sobrado no Estácio, pagou médico, dentista,

manicura... Dava tudo quanto ela queria.

Quando Maria Elvira se apanhou de boca bonita, arranjou logo um namorado.

Misael não queria escândalo. Podia dar uma surra, um tiro, uma facada. Não fez nada disso:

mudou de casa.

Viveram três anos assim.

Toda vez que Maria Elvira arranjava namorado, Misael mudava de casa.

Os amantes moraram no Estácio, Rocha, Catete, Rua General Pedra, Olaria, Ramos,

Bonsucesso, Vila Isabel, Rua Marquês de Sapucaí, Niterói, Encantado, Rua Clapp, outra vez

no Estácio, Todos os Santos, Catumbi, Lavradio, Boca do Mato, Inválidos...

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Por fim na Rua da Constituição, onde Misael, privado de sentidos e de inteligência, matou-a

com seis tiros, e a polícia foi encontrá-la caída em decúbito dorsal, vestida de organdi azul.

(BANDEIRA, Manuel. Estrela da vida inteira. 4ª. ed. Rio de Janeiro, J. Olympio, 1973. P. 146-7.

In FIORIN, 2003: 58-59)

ATIVIDADES

Texto 01:

(fonte: www.chargeonline.com.br)

1) Vamos produzir um texto a partir da leitura que faremos da charge acima. Para

isso siga os seguintes passos:

a) Olhe atentamente para a figura e descreva exatamente o que e quem você vê nela.

b) Qual o significado desta figura tendo-se em vista o atual cenário político americano?

c) Esse nosso texto, certamente, será um posicionamento crítico nosso em relação a

uma\ questão política, mas vamos iniciá-lo por meio da descrição, a partir dela

desenvolvemos nossa crítica.

d) Uma dica: anote, sob a forma de rascunho, o que essa imagem lhe sugere, estas

anotações ajudarão no momento de organizar o seu texto.

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Texto 02:Se eu fosse um pintor...

Se eu fosse pintor, começaria a delinear este primeiro plano de trepadeiras

entrelaçadas, com pequenos jasmins e grandes campânulas roxas, por onde flutua uma

borboleta cor de marfim, com um pouco de ouro nas pontas das asas.

Mas logo depois, entre o primeiro plano e a casa fechada, há pombos de cintilante

alvura, e pássaros azuis tão rápidos e certeiros que seria impossível deixar de fixá-los, para dar

alegria aos olhos dos que jamais os viram ou verão.

Mas o quintal da casa abandonada ostenta uma delicada mangueira, ainda com moles

folhas cor de bronze sobre a cerrada fronde sombria, uma delicada mangueira, repleta de

pequenos frutos, de um verde tenro, que se destacam do verde-escuro como se estivessem ali

apenas para tornar a árvore um ornamento vivo, entre os muros brancos, os pisos vermelhos, o

jogo das escadas e dos telhados em redor.

E que faria eu, pintor, dos inúmeros pardais que pousam nesses muros e nesses

telhados, e aí conversam, namoram-se, amam-se, e dizem adeus, cada um com seu destino,

entre a floresta e os jardins, o vento e a névoa?

Mas por detrás estão as velhas casas, pequenas e tortas, pintadas de cores vivas,

como desenhos infantis, com seus varais carregados de toalhas de mesa, saias floridas, panos

vermelhos e amarelos, combinados harmoniosamente pela lavadeira que ali os colocou. Se eu

fosse pintor, como poderia perder esse arranjo, tão simples e natural, e ao mesmo tempo de

tão admirável efeito?

Mas, depois disso, aparecem várias fachadas, que se vão sobrepondo umas às outras,

dispostas entre palmeiras e arbustos vários, pelas encostas do morro. Aparecem mesmo dois

ou três castelos, azuis e brancos, e um deles tem até, na ponta da torre, um galo de metal

verde. Eu, pintor, como deixaria de pintar tão graciosos motivos?

Sinto, porém, que tudo isso por onde vão meus olhos, ao subirem do vale à montanha,

possui uma riqueza invisível, que a distância abafa e desfaz: por detrás dessas paredes,

desses muros, dentro dessas casas pobres e desses castelinhos de brinquedo, há criaturas

que falam, discutem, entendem-se e não se entendem, amam, odeiam, desejam, acordam

todos os dias com mil perguntas e não sei se chegam à noite com alguma resposta.

Se eu fosse pintor, gostaria de pintar esse último plano, esse último recesso da

paisagem. Mas houve jamais algum pintor que pudesse fixar esse móvel oceano, inquieto,

incerto, constantemente variável que é o pensamento humano?

Cecília Meireles, In: Do texto ao Texto – Ulisses Infante, p.137-138

1. Podemos afirmar que no texto predominam elementos descritivos? Por quê?

2. A finalidade do texto é puramente descritiva?

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3. Qual dos cinco sentidos foi privilegiado na observação da autora? Aponte palavras e

passagens que justifiquem a sua resposta.

4. Retire do texto uma passagem em que é feita uma comparação. Como ela se relaciona

com o resto do texto?

5. No texto Cecília Meireles, afirma que há uma limitação expressiva dos pintores. Qual é

essa limitação? Escreva um pequeno parágrafo sobre os sentimentos expressos por Cecília

Meireles.

Texto 03:

Do céu ao infernoOs funcionários daquela grande empresa viviam seus dias de trabalho numa constante

calma: os duzentos colaboradores da empresa de peças para veículos iniciavam seus

trabalhos todos os dias às 7h, deixavam o trabalho às 12h para o almoço e às 13h

pontualmente retornavam ao trabalho como tinha de ser. A empresa JKS Peças em Geral, há

10 anos no mercado e com uma certa estabilidade no mercado, era uma organização gerida

por uma família bastante tradicional da cidade de São Paulo. A diretoria era composta pelo

patriarca da família, já com os seus 76 anos e por mais 4 filhos.

No final do ano passado, noticiários na tevê, comentaristas da área econômica

apontavam para uma possível situação de dificuldade mundial por conta dos maus ventos que

sopravam na economia americana. A empresa JKS, como toda organização consciente, ficou

em alerta, pois ela produzia peças principalmente para o mercado exterior. O final do ano com

as festividades natalinas chegou, os funcionários da JKS receberam seus salários como

sempre, mas juntamente com o 13o. salário veio a notícia de que, no início de 2009, a produção

iria ser reduzida por uma questão de cautela, que não manteriam, pelo menos por enquanto,

seus estoques lotados – uma certa apreensão tomou o lugar da tranquilidade que até então

reinava na empresa.

Em janeiro, quando os funcionários voltaram das férias de final de ano, tiveram a

notícia de que a saúde do patriarca da família, que também era o diretor geral da empresa,

estava comprometida por uma doença da qual ninguém falava muito – só sabiam que se

tratava de um caso que merecia muitos cuidados. Os dias se passavam com a produção

reduzida, os funcionários cumprindo os seus horários com uma certa aflição no ar até que no

final do expediente de uma quinta-feira veio a notícia que ninguém queria ter: o diretor da

empresa havia falecido e consequentemente a JKS estava sem seu braço forte.

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Alguns meses se passaram e a nova diretoria assumida pelos filhos – não muito

preparados diga-se de passagem – iniciou suas deliberações demitindo cerca de 100

funcionários alegando que a crise mundial os teria atingido! Definitivamente a tranquilidade não

era mais vista na empresa toda.

Os dias foram se passando, os novos diretores iam se ajustando na tentativa de fazer

com que tudo se normalizasse. Levou tempo. Os diretores resolveram contratar um

administrador mais experiente que não tivesse laços de família com a empresa e continuaram a

produção de forma mais cautelosa com os olhos bem atentos para o mercado, mas com fatos

que marcaram muito a JKS entre o final do ano passado e o início de 2009.

a)Qual é o tema desta narrativa?

___________________________________________________________

b)Quais as personagens?

_____________________________________________________________

c)A história se passa em que momento/tempo?

_____________________________________________________________

d)Qual o espaço em que tudo se passa?

_____________________________________________________________

e)Qual é a posição do narrador? 1a. ou 3a. pessoa? Ele se envolve com a história, ou seja,

faz comentários avaliativos?

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

e) Apresente o conflito da presente narrativa.

2) Agora que já sabemos como se estruturam as narrativas, vamos produzir a

nossa observando os parâmetros abaixo:

a) O tema do texto deve ser algo que trata da cidade de São Paulo.

b) O narrador deve ser em 3a. pessoa.

c) O espaço: a cidade de São Paulo ou alguma localização específica dela.

d) O tempo: algo que ocorreu no passado.

e) Número de personagens: livre

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f) Depois de pronto o texto, sinalize as partes que caracterizam a narrativa.

A caracterização do texto dissertativo O texto dissertativo é tipo de texto convencionado pelo grupo social acadêmico e

presente no discurso científico.

O discurso científico é uma prática social modalizada pelo saber, que pode ser

situado em duas grandes dimensões: o discurso da descoberta, de natureza narrativa e o

discurso de transmissão, de natureza dissertativa.

Segundo Silveira(1994), o discurso da descoberta define-se pela categorias textuais:

Problema e Solução. Trata-se de um discurso solitário, pois a descoberta é realizada pelo

cientista que investiga para resolver um problema. Todavia o cientista não se contenta em obter

resultados com sua investigação, numa progressão do “não –saber” para “o saber”. Por essa

razão é necessário que ele apresente e discuta sua descoberta com a comunidade científica e,

para tanto, formalize o “saber construído” pelo dissertativo.

Esquema textual do dissertativo de 1 Tese ou Dissertativo ExpositivoSilveira propõe o seguinte esquema textual que se constitui pelas categoria

Apresentação, Justificativa-exposição e Finalização.

A categoria Apresentação pode ser definida como Sumário, ou seja, durante o

processamento das informações, agrupa os sentidos mais globais do texto construídos pelo

próprio expositor, a partir de palavras e frases do texto que expressam o resumo. Assim visto a

categoria funciona como orientadora do leitor, a fim de que ele processe as informações

transmitidas, pelo mesmo princípio de interpretabilidade do cientista-expositor.

A categoria Justificativa-exposição, agrupa por reunir o texto expandido, os sentidos

secundários relativos às informações que o cientista expressa para expor, argumentativamente,

a sua descoberta. Esta categoria funciona como explicitadora das palavras e frases expressas

do texto condensado, pois o locutor entende que o seu leitor, por desconhecer a dimensão da

área e o tema específico, não seja capaz de construir inferências, por desconhecer a dimensão

da área e o tema específico, não seja capaz de construir inferências por não ter o saber

necessário. Trata-se portanto de um texto expandido por explicitação de informações

secundárias.

A categoria Finalização agrupa o julgamento do cientista que avalia o que foi

anteriormente expresso. Trata-se portanto de uma opinião, apresentada a título de conclusão.

Veja o exemplo abaixo:

O cientista é uma pessoa que pensa melhor do que as outras?

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Antes de mais nada é necessário acabar com o mito de que o cientista é uma pessoa

que pensa melhor do que as outras. O fato de uma pessoa ser muito boa para jogar xadrez não

significa que ela seja mais inteligente do que os não jogadores. Você pode ser um especialista

em resolver quebra cabeças. Isso não o torna mais capacitado na arte de pensar. Tocar piano (

como tocar qualquer instrumento) é extremamente complicado. O pianista tem de dominar uma

série de técnicas distintas – oitavas, sextas, terças, trinados, legatos, stacattos - e coordená-

las, para que a execução ocorra de forma integrada e equilibrada. Imagine um pianista que

resolva especializar-se (...) na técnica dos trinados apenas. O que vai acontecer é que ele será

capaz de fazer trinados como ninguém – só que ele não será capaz de executar nenhuma

música. Cientistas são como pianistas que resolveram especializar-se numa técnica só.

Imagine as várias divisões da ciência – física, química, biologia, psicologia, sociologia – como

técnicas especializadas. No início pensava-se que tais especializações produzirIam,

miraculosamente, uma sinfonia. Isso não ocorreu. O que ocorre, freqüentemente, é que cada

músico é surdo para o que os outros estão tocando. Físicos não entendem os sociólogos, que

não sabem traduzir as afirmações dos biólogos, que por sua vez não compreendem a

linguagem da economia, e assim por diante.

A especialização pode transformar-se numa fraqueza. Um animal que só

desenvolvesse e especializasse os olhos se tornaria um gênio no mundo das cores e das

formas, mas se tornaria incapaz de perceber o mundo dos sons e dos odores. E isto pode ser

fatal para a sobrevivência.

O que eu desejo é que você entenda o seguinte: a ciência é uma especialização, um

refinamento de potenciais comuns a todos. Quem usa um telescópio ou um microscópio vê

coisas que não poderiam ser vistas a olho nu. Mas eles nada mais são do que extensões do

olho. Não são órgãos novos. São melhoramentos na capacidade de ver; comum a quase todas

as pessoas. Um instrumento que fosse a melhoria de um sentido que não temos seria

totalmente inútil. Da mesma forma como telescópios e microscópios são inúteis para cegos, e

pianos e violinos são inúteis para surdos.

A ciência não é um órgão novo de conhecimento. A ciência não é a hipertrofia de

capacidades que todos têm. Isso pode ser bom, mas pode ser muito perigoso. Quanto maior a

visão em profundidade, menor a visão em extensão. A tendência da especialização é conhecer

cada vez mais de cada vez menos.

(ALVES, Rubens. In: VIANA, Antônio Carlos et alii. Roteiro de redação: lendo e argumentando.

São Paulo, Scipione, 1998,p. 128-9.)

Esquema textual do dissertativo de 2 Teses ou Dissertativo Argumentativo

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O esquema textual do dissertativo de 2 Teses, ou argumentativo propriamente dito,

devido ao uso de argumentos explícitos, apresenta modificações em relação do esquema

textual do dissertativo de 1 Tese.

Segundo Silveira (1994: 56-57)

Argumentar, em sentido estrito, implica em levar o outro a dar sua adesão ao julgamento do

autor e quando já se tem uma posição tomada, abandonar o que sabia e acatar o ‘saber

novo’ transmitido; para tanto há a explicitação da justificativa por argumentos que visam

estabelecer a relação (que percorre da necessidade, passando pela probabilidade, até a

possibilidade) entre a premissa-hipótese e a conclusão do autor.

No seu postulado, o dissertativo de 2 Teses tem seu esquema construído pelas

seguintes categorias: Tese Anterior (Tese 1), Justificativa-argumentos/Contra-argumentos e

Tese Posterior (Tese 2).

Há modificação dessa estrutura em relação à do dissertativo de Tese 1. Assim

durante o processamento das informações, o leitor agrupa na Categoria Premissa, as

informações referente a tese anterior; e a categoria Justificativa agrupa Contra-argumentos à

Tese Anterior e Argumentos para a defesa da Tese Posterior.

A Tese Posterior é definida pela conclusão que o cientista declara, apontando-a como

verdade. Logo, o discurso envolvente com relação ao discurso da narrativa da descoberta, do

cientista, é caracterizado pelo uso de argumentos de probabilidade, na medido em que o

cientista apresenta os seus resultados como prova. No entanto, tais resultados, ainda que

provados, não são suficientes, para construir generalizações teóricas e / ou metodológicas que

o cientista realiza com a sua Conclusão; por esta razão é uma forma de opinião.

Veja o exemplo a seguir:

O sofisma da especialização

Alguém disse que o especialista é uma pessoa que sabe cada vez mais sobre cada

vez menos. A frase é engraçadinha, porém errada. Cadê o especialista que só sabe de um

assunto? Certamente, não está nos empregos mais cobiçados.

Pensemos no caso dos cientistas. Noventa e nove vírgula nove por cento dos mortais

não entendem suas publicações, sobretudo nas ciências naturais. Mas um cientista fez um

primário e secundário genérico, uma faculdade pouco especializada e os cursos de doutorado

são bastante amplos e, quase sempre, multidisciplinares. Portanto, em seus vinte anos de

estudo, relativamente pouco tempo foi concentrado em áreas especializadas. E mesmo

estudando em áreas especializadas, muito do proveito foi a capacidade de manipular ideias. No

fundo, o bom cientista é um grande generalista que , além disso, domina uma área específica.

Os russos tinham um curso para engenheiros especializados em tintas com pigmento orgânico

e outro para inorgânico. Mas se são bons engenheiros é porque passaram muitos anos

adquirindo uma competência mais ampla para analisar problemas e pensar claro.

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É a maior capacidade de pensar de forma abrangente que faz de alguém um grande

cientista e não um reles operador de laboratório. Robert Merton demonstrou que a diferença

entre um prêmio Nobel e outros cientistas é a sua capacidade de escolher melhor o problema

certo na hora certa. Portanto, não é o conhecimento especializado - por certo necessário na

pesquisa e em muitas outras áreas – que conta, mas a combinação deste com uma série de

competências generalizadas. Ou seja, todo especialista de primeira linha é também um

generalista.

Dentre as ocupações mais valorizadas e mais bem remuneradas, há duas categorias.

A primeira é a dos cientistas, engenheiros e muitos outros profissionais cuja preparação requer

o domínio de técnicas complexas e especializadas – além das competências “genéricas”.

Ninguém vira engenheiro eletrônico sem longos anos de estudo. Mas pelo menos a metade das

ocupações que requerem diploma superior exige conhecimentos específicos limitados. Essas

ocupações envolvem administrar, negociar, coordenar, comunicar-se e por aí a fora. Podem-se

aprendê-las por experiência ou em cursos curtos. Mas somente quem dominou as

competências genéricas trazidas por uma boa educação tem a cabeça arrumada de forma a

aprendê-las rapidamente. Por isso, nessas ocupações há gente com todos os tipos de diploma.

Nelas estão os graduados em economia, direito e dezenas de outras áreas. É tolo pensar que

estão fora do lugar ou mal aproveitados, ou que se frustrou sua profissionalização, pois não a

exercem. É interessante notar que as grandes multinacionais contratam “especialistas” para

posições subalternas e, para boa parte das posições mais elevadas, pessoas com a melhor

educação disponível, qualquer que seja o diploma.

A profissionalização mais duradoura e valiosa tende a vir do lado mais genérico do

que do especializado. Entender bem o que leu, escrever claro e comunicar-se, inclusive em

outras línguas, são conhecimentos profissionais mais valiosos. Trabalhar em grupo e usar

números para resolver problemas, pela mesma forma, é profissionalização. E quem suou a

camisa escrevendo ensaios sobre o existencialismo, decifrando Camões ou Shakespeare,

pode estar mais bem preparado para uma empresa moderna do que quem aprendeu meia

dúzia de técnicas, mas não sabe escrever.

A lição é muito clara: o profissional de primeira linha pode ou não ser um especialista,

dependendo da área. Pode ou não ter a necessidade de conhecer as últimas teorias da moda.

Mas não pode prescindir dessa “profissionalização genérica”, sem a qual será um idiota,

cuspindo regras, princípios e números que não refletem um julgamento maduro do problema.

Portanto, lembremo-nos: especialista não é só quem sabe de um assunto, e ser profissional

não é apenas conhecer técnicas específicas. O profissionalismo mais universal é saber pensar,

interpretar a regra e conviver com a exceção.

(CASTRO, Claudio de Moura. Veja, São Paulo, 4 de abril de 2001. In MOYSÉS, 2008:41-42)

Atividades:

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Texto 01:

COMPUTADOR REVOLUCIONA COMUNICAÇÃO

A comunicação por computador ameniza as distâncias - físicas ou de hierarquias. Um

jornalista americano surpreendeu-se ao descobrir que o mais humilde empregado de Bill Gates,

o mitológico criador e presidente da Microsoft, empresa que domina o Mercado mundial de

programas de computador, pode facilmente comunicar-se com ele apenas enviando uma

mensagem para o endereço eletrônico. A tendência é cada vez mais empresas terem as

próprias redes internas de comunicação eletrônica. Pode-se prever que haverá uma revolução

nos sistemas de administração baseados em níveis hierárquicos. A comunicação está correndo

solta, livre de rédeas. Ultrapassa os organogramas. “Isso vai acirrar a competitividade, porque

a real eficiência das pessoas poderá vir à tona”, prevê a antropóloga Claudine Bichara de

Oliveira.

Como assistente de coordenação da Rede Nacional de Pesquisa, rede eletrônica que o

Ministério da Ciência e Tecnologia criou para atender as atividades de educação e pesquisa no

Brasil, Claudine está num posto privilegiado para observar essas mudanças. Ela detecta, por

exemplo, o fim do formalismo típico das atividades acadêmicas. “Antigamente, só se tinha

acesso ao resultado de uma pesquisa depois do texto pronto e publicado numa revista

científica. Só aí ele começava a ser debatido. Agora o cientista debate o texto com outras

pessoas enquanto ainda é um simples rascunho.”

E os códigos para emoções? Uma das regras da comunicação eletrônica é que não se

perde tempo usando nas mensagens expressões formais como “prezado senhor” ou “cordiais

saudações”. A regra é entrar direto no assunto, ser objetivo, conciso e sucinto. Mas ao

dispensar as sutilezas de linguagem, a comunicação por computador dificulta a expressão de

emoções e sentimentos, ainda mais porque é feita por escrito, sem apoio do tom de voz ( como

ao telefone) ou da expressão facial ( como nas conversas ao vivo). Como ser objetivo e, ao

mesmo tempo, expressar alegria, tristeza, medo, raiva, sarcasmo, ironia?

(adaptado de JB,25/4/94(JB, 25/4/94.In: Gold, Miriam: Redação Empresarial – escrevendo com

sucesso na era da globalização, 1999)

1. Responda às questões a seguir de modo a criar pequenos textos. Observe o comando da

questão.

1. Indique o assunto discutido no texto.

2. Qual o objetivo do texto?

4. Destaque do texto os argumentos utilizados pela autora para comprovar sua tese.

5. Explique a frase “Claudine está num posto privilegiado para observar essas mudanças”.

Texto 02

Que profissional é você?

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Fábio Luciano Violin

O mundo passou e vem passando por inomináveis mudanças. Nós - seres

humanos - fomos responsáveis pelas boas e más transformações que hoje vivemos. Algumas

vezes, atuamos como atores e em outros momentos como coadjuvantes da nossa própria

história. O que hoje vivemos é fruto daquilo que outras pessoas plantaram no passado e do

que, com nossa parcela de responsabilidade, também plantamos.

Os centros de poder variaram ao longo da nossa história. No princípio, os

detentores de terra eram os senhores e a mão-de-obra escrava não tinha o direito de

questionar, de mudar ou de propor. Na era industrial houve maior especialização do trabalho e

os aspectos burocráticos predominavam. Ainda aqui, os pensadores não eram privilegiados, ao

contrário, em muitos casos foram perseguidos ou oprimidos.

Atualmente, detêm o poder as pessoas e as empresas que possuem ou buscam

informações, traduzindo-as em conhecimento. Seja qual for a profissão, nunca se valorizou

tanto aqueles que sabem analisar, planejar, agir e acima de tudo ter criatividade nas respostas

às mudanças do dia-a-dia.

O novo profissional, aquele de sucesso, busca gerir-se, não espera que as

oportunidades apareçam, ele as cria ou sabe ver quando elas estão próximas e igualmente

sabe entender o que são as ameaças e busca atuar de forma a amenizar seu impacto.

Mas, a bem da verdade, não existe uma fórmula para o sucesso. Não existe uma

receita a ser seguida e que no final o resultado seja positivo. Mas, felizmente, existem alguns

caminhos que podem ser trabalhados e que podem vir a produzir bons frutos, dignos da

vontade, do conhecimento e da perseverança, da lealdade aos próprios credos, da criatividade,

do senso critico e do espírito de equipe e ajuda mútua inerente aos profissionais de sucesso.

As competências e as habilidades técnicas são o mínimo exigido e não chegam a

diferenciar os profissionais de forma mais acintosa. Conhecer sua área através da ajuda de

colegas, professores, livros, revistas e experiências é o mínimo que cada um pode fazer por si.

A diferença entre profissionais comuns e aqueles que realmente fazem a diferença

é a capacidade de ver o que a maioria não enxerga, é a capacidade de construir-se e não

simplesmente reclamar e esperar que outros o ajudem. Assim, constroem seu caminho passo a

passo, contornando as dificuldades, mudando sua forma de agir e de pensar, mas sem nunca

perder de vista seus objetivos, seus sonhos e sua capacidade de lutar pelo que quer e acredita.

No entanto, buscar ser a diferença passa por alguns requisitos, como por exemplo:

* ter a capacidade de direcionar o esforço para o que realmente é importante para

a empresa ou causa que nos propomos;

* trabalhar com e para as pessoas no intuito de atingir os resultados necessários;

* ter comprometimento com resultados, determinando níveis de prioridade, esforço

e prazos para execução;

* ser flexível sem ser fraco, ter autoridade sem ser autoritário;

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* saber expressar-se, ter comunicação clara e objetiva e principalmente saber ouvir

e entender os medos, os anseios, as dúvidas e os pontos de vista das pessoas;

* ter iniciativa. Porém, é importante sentir o momento exato de recuar quando

necessário;

* entender que possuímos limitações e que elas não devem ser ignoradas ou

escondidas. Lembre-se: limitação não significa incompetência, ignorar as limitações sim

significa;

* cumprir promessas;

* planejar e executar, entre diversos outros.

O profissional que faz a diferença nunca desiste, quando a batalha é maior do que

ele, esta pessoa redireciona e concentra suas forças em um meio de reverter a situação. Mas,

acima de tudo não espera que o motivem, que passem a mão sobre sua cabeça e antes de

qualquer coisa acreditam em sua força interior, em sua capacidade de fazer e ser a diferença.

Sua personalidade é algo ímpar, são pessoas que têm opinião própria, que não desistem

facilmente, que não nasceram para ser comandados, assumem riscos e seus erros sem se

sentirem menores ou desmotivados.

Este profissional agrega valor e aprende continuamente, busca ser líder sem ser

egoísta ou egocêntrico, faz-se respeitar sem precisar dominar, partilha seu conhecimento e

suas experiências, tem prazer naquilo que faz.

Ousadia é sua marca, age rapidamente com conhecimento de causa e se não a

tem, busca ter. Não tem medo do conhecido ou de outros profissionais igualmente qualificados,

não se esconde atrás de jogos de cena ou formas de depreciar outros profissionais ou

empresas, é ético acima de tudo.

O profissional do futuro tem ambição, ética, presença de espírito e de luta, busca

vencer por suas próprias mãos e não por outros meios tão comuns aos medíocres, é humano

sem ser piegas ou demagogo, não precisa ser rude ou autoritário para obter respeito ou

admiração, não precisa dizer a ninguém o quanto ele é bom e se realmente for, o

reconhecimento vem por si.

Este começo de século será cada vez mais dominado por este profissional que

valoriza o conhecimento técnico, a família, a empresa, os colegas e os anseios. Não precisa

ser perfeito, mas precisa buscar constantemente a perfeição.

O limite não existe e não deve existir no ser humano, cabe a cada um construir seu próprio

destino e perseguir seus ideais. Somos o fruto daquilo que plantamos, colhemos aquilo que

nós é dado como recompensa por nosso esforço. Nunca esqueça do ditado chinês que diz

que "o plantio é opcional, mas a colheita é obrigatória".

QUESTÕES

1. Que idéia Violin defende em seu texto?

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2. Releia o primeiro parágrafo e indique sua função em relação aos demais parágrafos

que formam o texto.

3. Como se relacionam logicamente os parágrafos com relação à mensagem que se

deseja transmitir?

4. Qual a função do último parágrafo do texto? Explique a idéia que o ditado chinês “ o

plantio é opcional, mas a colheita é obrigatória “ agrega ao texto.

5. Indique o objetivo fundamental do texto?

6. “As competências e as habilidades técnicas são o mínimo exigido e não chegam a

diferenciar os profissionais de forma mais acintosa. Conhecer sua área através da ajuda de

colegas, professores, livros, revistas e experiências é o mínimo que cada um pode fazer por si.”

Reflita acerca do trecho acima elabore um parágrafo texto dissertativo, em que você possa

discutir estas competências e habilidades no profissional de Administração.

Interpretação de charges:

Assim como as piadas, as charges são textos humorísticos que requerem a

mobilização de conhecimentos prévios para que seja possível a interpretação. Que

conhecimentos prévios são esses? Conhecimentos de fatos que circulam na sociedade, de

questões culturais e ideológicas etc. Um exemplo: na piada “feliz foi Adão que não teve sogra”,

NÃO HÁ COMO INTERPRETÁ-LA E RIR DELA sem o conhecimento de quem foi Adão, na

história (o primeiro homem), de quem foi Eva (a primeira mulher), de que sogra é a mãe da

mulher ou do homem com quem se é casado e, ainda, de que ter sogra, em nossa cultura, é

algo ruim. UFA!!!

Esse simples exemplo (que não é um texto simples) nos mostra que a linguagem não é

um código. Na piada, os sentidos foram veiculados, mesmo sem estarem codificados, entende?

Conceber a língua como um código é assumir que o conteúdo semântico está integralmente

explicitado por estruturas sintáticas (Coudry & Possenti, 1993), o que não é verdade. Mas isso

é um papo para depois, ok!? Continuemos nas charges…

QUESTÃO 1

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Eletrodomésticos: menos IPI poderá gerar mais empregos no setor

O ministro da Fazenda, Guido Mantega confirmou, nesta sexta-feira (17), a redução do IPI para

quatro produtos da linha branca por três meses, em mais uma medida para aliviar os efeitos da

crise global sobre o País e que representará renúncia fiscal de R$ 173 milhões.

Mantega afirmou ainda que o Governo pode tomar outras ações e que mudanças na

remuneração da poupança ainda estão sendo estudadas.

Os produtos contemplados são geladeira (redução de 15 para 5% da alíquota), fogão (de 5%

para zero), máquina de lavar roupa (de 20 para 10%) e tanquinho (de 10% para zero).

A desoneração havia sido antecipada pouco antes pelo presidente da Força Sindical, deputado

Paulo Pereira da Silva (PDT/SP).

Segundo Mantega, há um acordo entre varejistas, atacadistas e o Governo para que não haja

demissões, mas nada foi formalizado, uma vez que a desoneração não cobre todos os

produtos comercializados por eles.

"Com o Governo aumentando o crédito (em geral) e reduzindo os preços dos produtos ao

baixar o IPI, esperamos aumento das vendas e, consequentemente, do emprego", disse o

ministro a jornalistas.

Ele acrescentou que 600 mil trabalhadores estão envolvidos direta ou indiretamente na

indústria de eletrodomésticos da linha branca. A redução do IPI entra em vigor ainda nesta

sexta-feira (17).

O ministro acrescentou que o Governo continua trabalhando em um projeto de substituição de

geladeiras antigas e mais nocivas ao meio ambiente.

Disponível em http://www.diap.org.br/index.php/agencia-diap/8685-eletrodomesticos-governo-

corta-ipi-da-linha-branca-e-conta-com-empregos em 17/04/2009

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Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a redução do IPI para produtos de linha

branca:

a) levará a demissões de 600 mil trabalhadores envolvidos nessa indústria;

b) pode levar ao aumento das vendas desses produtos e evitar demissões;

c) será antecipada por três meses pela Força Sindical, de Paulo Pereira da Silva;

d) aumentará os encargos fiscais e representará grande renúncia fiscal;

e) aumentará o crédito em geral, devido à renúncia fiscal por parte do governo.

QUESTÃO 2

Google diz que roteadores causaram falha de conexão no Brasil

O Google informou que o problema de acesso a alguns de seus serviços registrado nesta

quinta-feira (07/05) no Brasil ocorreu em razão de uma falha em um grupo de roteadores,

durante uma manutenção de rotina. Segundo a empresa, uma falha na programação dessa

inspeção afetou o funcionamento dos equipamentos, responsáveis por interligar as redes de

computadores e permitir a troca de dados, o que limitou o acesso no Brasil. "Não houve falha

em nenhum dos nossos servidores", diz o Google, em nota. De acordo com a empresa, "o

acesso foi restabelecido prontamente", entretanto ainda há usuários relatando dificuldades de

usar serviços como o buscador Google, o Orkut e o YouTube. "Sabemos quão importante é a

disponibilidade dos nossos serviços e lamentamos qualquer inconveniente", diz a companhia.

Como já havia ocorrido em ocasiões anteriores, o episódio levou pânico a internautas - alguns

chegaram a falar em "Apocalipse". "É incrível como eu fico inútil quando cai o Google", afirmou

um deles, no Twitter, completando 'não ser nada' sem ferramentas como Gmail e Google

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Reader. "Apocalipse! Google e seus sites relacionados (YouTube, Orkut...) estão fora do ar",

exclamou outro.

Disponível em http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u562293.shtml em 7/5/2009

Segundo o texto, o problema de acesso a alguns dos serviços do Google, registrado nesta

quinta-feira (07/05), no Brasil:

a) deveu-se à falha de um dos seus servidores, o que limitou o acesso no Brasil;

b) levou pânico a internautas, pois era o início do “Apocalipse” anunciado;

c) tornou muitos internautas inúteis, pois não sabem viver sem o Orkut;

d) deveu-se apenas a uma falha na programação de inspeção, que gerou falha no

acesso;

e) foi rapidamente resolvido, mas revela a possibilidade de um “Apocalipse”.

QUESTÃO 3

http://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&q=chargeonline&meta=&aq=0&oq=chargeon

Gripe Suína: ContágioA gripe suína tem seu contágio através das vias aéreas, como a gripe comum, com contato

diretamente ou indiretamente, por meio das mãos com objetos contaminados, o vírus também

se espalha, inclusive pelo próprio ar ambiente.

A contaminação pela carne suína, esta descartada, desde que se cozinha a mesma à 71 graus

Celsius, eles afirmam que o vírus não sobrevive.

Sintomas da Gripe SuínaOs sintomas são muito parecidos com a gripe comum; estão incluídos: febre alta, cansaço,

dores musculares, tosse, fadiga. Surgiram também pessoas com vômitos e diarréias.

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Para os porcos já existem vacinas, mas para os seres humanos ainda não temos nada, e pode

levar uns 6 meses para que isso ocorra.

O medicamento oseltamivir, segundo a OMS, mostrou eficiência nos primeiros testes contra o

vírus H1N1, mas não se pode afirmar totalmente ainda tal efeito.

O que podemos fazer é sempre lavar as mãos, mesmo porque temos que evitar as gripes comuns, que também podem trazer consequências.

O governo deve ser rigoroso nos vôos vindo do exterior, certificando-se de que nenhum

passageiro esteja contaminado, pois mesmo que os sintomas da gripe não estejam aparentes,

temos que estar alerta por um período, pois alguns deles vieram de países que já estão

contaminados. Ter a lista de passageiros desse período, e verificar se após alguns dias no

nosso país, nenhum deles esteja apresentando algum sintoma, é sempre bom; deve-se estar

em alerta e conscientizar a todos.

A informação nesses momentos é um fator determinante para combater a Gripe Suína.

Disponível em http://www.vaicomtudo.com/2009/04/gripe-suina-sintomas.html em 10/05/2009

A gripe suína, segundo o texto:

a) geralmente é contraída pelo nariz e pela boca;

b) é contraída em transportes aéreos;

c) é a única que traz consequências negativas para o ser humano;

d) leva-nos à preocupação de lavar as mãos, diferentemente das gripes comuns;

e) apresenta sintomas e tem vacina idêntica aos das gripes comuns.

UNIDADE 08: RESUMO E RESENHA – TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO

“Resumo é a apresentação concisa dos pontos relevantes de um texto em seqüência de frases

articuladas. (...) O tema principal vem na primeira frase. Use a terceira pessoa do singular, com

verbo na voz ativa, de preferência em frases afirmativas. (...) Num resumo, é necessário decidir

o que é fundamental e o que é acessório. É a procura da idéia principal.(...) Como o resumo é

uma operação de síntese, pressupõe uma análise que decompõe o texto, possibilitando

agrupar os elementos semelhantes e distinguir os que são diferentes”.

(Fonte: NADÓLSKIS, H. Comunicação Redacional Atualizada. 10. ed. São Paulo: Saraiva,

2004.)

Passos a seguir num resumo:

1. ler o texto e procurar palavras desconhecidas;

2. reler;

3. sublinhar;

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4. esquematizar;

5. resumir.

Exemplo:

Aprender a escrever é, em grande parte, se não principalmente, aprender a pensar, aprender a

encontrar idéias e a concatená-las, pois, assim como não é possível dar o que não se tem, não

se pode transmitir o que a mente não criou ou não aprovisionou. Quando nós, professores, nos

limitamos a dar aos nossos alunos temas para redação sem lhes sugerirmos roteiros ou rumos

para fontes de idéias, sem, por assim dizer, lhes “fertilizarmos” a mente, o resultado é quase

sempre desanimador: um aglomerado de frases desconexas, mal redigidas, mal estruturadas,

um acúmulo de palavras que se atropelam sem sentido e sem propósito; frases em que

procuram fundir idéias que não tinham ou que foram mal pensadas ou mal digeridas. Não

podiam dar o que não tinham, mesmo que dispusessem de palavras-palavras, quer dizer,

palavras de dicionário, e de noções razoáveis sobre a estrutura da frase. É que palavras não

criam idéias; estas, se existem, é que, forçosamente, acabam corporificando-se naquelas,

desde que se aprenda como associá-las e concatená-las, fundindo-as em moldes frasais

adequados. Quando o estudante tem algo a dizer, porque pensou, e pensou com clareza, sua

expressão é geralmente satisfatória.

(GARCIA, O. M. Comunicação em prosa moderna. 6 ed. Rio de Janeiro: Getúlio Vargas, 1977,

p. 275)

Sublinhado:

Aprender a escrever é, em grande parte, se não principalmente, aprender a pensar, aprender a

encontrar idéias e a concatená-las, pois, assim como não é possível dar o que não se tem, não

se pode transmitir o que a mente não criou ou não aprovisionou. Quando nós, professores, nos

limitamos a dar aos nossos alunos temas para redação sem lhes sugerirmos roteiros ou rumos

para fontes de idéias, sem, por assim dizer, lhes “fertilizarmos” a mente, o resultado é quase

sempre desanimador: um aglomerado de frases desconexas, mal redigidas, mal estruturadas,

um acúmulo de palavras que se atropelam sem sentido e sem propósito; frases em que

procuram fundir idéias que não tinham ou que foram mal pensadas ou mal digeridas. Não

podiam dar o que não tinham, mesmo que dispusessem de palavras-palavras, quer dizer,

palavras de dicionário, e de noções razoáveis sobre a estrutura da frase. É que palavras não

criam idéias; estas, se existem, é que, forçosamente, acabam corporificando-se naquelas,

desde que se aprenda como associá-las e concatená-las, fundindo-as em moldes frasais

adequados. Quando o estudante tem algo a dizer, porque pensou, e pensou com clareza, sua

expressão é geralmente satisfatória.

Esquema:Aprender a escrever = aprender a pensar

Não se transmite o que não se criou ou guardou

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Temas sem roteiro = mau resultado

Não bastam palavras e conhecimentos gramaticais

Se pensar com clareza, a expressão é satisfatória

Resumo:Aprender a escrever é aprender a pensar, encontrar idéias e ligá-las. Só se pode transmitir o

que a mente criou ou guardou. Se o professor dá o tema e não sugere roteiros, o resultado é

desanimador, mesmo que o aluno tenha as palavras e conhecimentos gramaticais. Se pensar

com clareza, a expressão será satisfatória.

EXERCÍCIOS

1) Leia e releia o texto a seguir. Sublinhe, esquematize e resuma-o.

Saúde

ESTUDO LEVA À CRIAÇÃO DE MINIFÍGADO

Cientistas britânicos anunciaram nesta terça-feira que conseguiram criar em laboratório um

fígado humano em miniatura, medindo menos de três centímetros. O mini órgão, na verdade

parte do tecido de um fígado normal, foi reproduzido artificialmente a partir de células-tronco de

um cordão umbilical, por uma equipe de pesquisadores da Universidade de Newcastle,

Inglaterra.

Segundo os cientistas, o tecido poderá ser utilizado para testar drogas e produtos

farmacêuticos, o que evitaria o emprego de cobaias humanas ou animais neste processo. Em

algumas décadas, eles acreditam, será possível reproduzir um fígado de tamanho real, para

ser usado em transplantes.

Os coordenadores da pesquisa, Nico Ferraz e Colin McGuckin, disseram que, em 10 ou 15

anos, a técnica que eles utilizaram poderá ser aplicada na recuperação de partes do fígado de

pacientes doentes. O tecido foi criado com um chamado biorreator, equipamento desenvolvido

pela Nasa para simular a ausência de gravidade. O efeito da falta de peso permite que as

células se reproduzam a um ritmo mais acelerado.

O professor Ian Gilmore, especialista em fígados no Royal Liverpool Hospital, levantou

também o aspecto ético do estudo. "Os pesquisadores conseguiram criar o fígado a partir do

sangue colhido no cordão umbilical, sem precisar de embriões. Isso é um grande avanço ético",

afirmou o professor à BBC.

No entanto, ainda há um longo caminho a ser percorrido até que a ciência possa reproduzir

um fígado inteiro. De acordo com Gilmore, "o fígado tem seu próprio fornecimento de sangue,

seu próprio esqueleto fibroso, e os pesquisadores estão apenas produzindo células individuais

de fígado. Mas qualquer coisa que dê esperança aos pacientes que aguardam um transplante,

mesmo em um período de dez anos, é motivo para celebração", disse.

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(Copyright © Editora Abril S.A. - todos os direitos reservados Fonte: Revista Veja On line

http://vejaonline.abril.com.br. 31.10.2006)

Resenha:

As resenhas são gêneros textuais que têm como objetivo dar conhecimento de algo a alguém.

Esse “algo” está sempre no campo das artes, do conhecimento, ou seja, aquilo que outra

pessoa tenha visto e conheça por completo. No cotidiano, é possível fazer-se resenha de

filmes, peças teatrais, de eventos culturais, livros, CDs. As resenhas dão-nos conhecimentos

prévios do que poderemos ver se quisermos assistir a um filme ou a peça de teatro, ou ainda o

que leremos no livro anunciado. Resenhas são importantes porque nos dão um panorama geral

do que poderemos ler, ver, caso nos interessemos por determinado evento.

No campo acadêmico, a resenha acadêmica, então, tem a importância de nos

oferecer um panorama do que temos em mãos e nos dá oportunidade de escolha de um livro

teórico, um artigo científico. A ação de leitura de resenhas oportuniza e muito o nosso trabalho

na elaboração de um TCC, por exemplo, porque nos dão parâmetros seguros para escolha do

artigo ou livro que iremos utilizar em nosso trabalho. Assim, uma resenha feita por em expert da

área, no caso, resenha acadêmica, nos oferece índices importantes de uma leitura prévia feita

e indicações pertinentes de leitura.

Todo trabalho acadêmico requer leituras teóricas. Essas leituras constroem os

aportes teóricos de sustentação do nosso trabalho acadêmico. Uma boa forma de registrar

essas leituras é com a elaboração de resenhas e as resenhas são um bom exercício de

reflexão daquilo que lemos e aponta para a compreensão, se houve de fato, de nossa leitura,

quando bem realizada.

E para realizar, construir, escrever uma resenha?

Há dois tipos de resenha: resenha, pura e simplesmente e resenha crítica. Nesse

estudo nos interessará a resenha crítica acadêmica.

Tecnicamente, a resenha crítica acadêmica apresenta um plano global básico:

A - Descrição técnica

B – Resumo

C – Avaliação crítica

Não há uma rigidez em, numa resenha crítica aparecer esses dados nessa ordem,

mas esses são os aspectos mínimos considerados para que tenhamos uma resenha.

Imagine que você tenha lido um livro e tenha de contá-lo a um colega. Se você

tiver um roteiro de como iniciar o trabalho de falar sobre sua leitura terá sido, ao final, mais

eficiente em seu trabalho, ou seja, pense em começar pelo

Título: o que representa o título para a obra?

Fale sobre o autor: esse autor, para a área de estudo, é importante?

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Qual a editora do livro? caso seu amigo queira comprá-lo é bom que ele tenha esse

dado.

Estamos sempre atarefados, talvez seu amigo queira saber qual o número de páginas,

se a linguagem é clara, objetiva, como se organiza o livro (capítulos e, se em capítulos,

quantos são os capítulos?

Qual a data do livro: é recente, antigo?

Esses dados compõem a descrição técnica do livro.Agora, pense como você falaria sobre o conteúdo do livro. Talvez se você

pensasse em fazer um resumo. Certo! Bem pensado. Já vimos, na etapa anterior, as técnicas

do resumo. Interprete as ações do autor do livro, utilize os verbos de dizer dessas ações.

Aqui você terá o resumo da obra. Talvez o livro lido por você, ainda imaginando que você o tenha lido e tenha de

contá-lo ao amigo, tenha produzido em você algumas sensações, algumas emoções, alguns

novos conhecimentos, despertado em você novas idéias. Como você agora traduziria essas

sensações. São boas essas sensações? Esse novo conhecimento é importante? Certamente

você avaliará suas sensações e utilizará, para tanto, adjetivos avaliativos: “Incríveis idéias a do

autor”; “tema importante e necessário para o nosso estudo...”

Nesse ponto, você terá feito uma avaliação crítica sobre o que leu.No final de seu trabalho, seu amigo, certamente terá um painel completo e bem

próximo do que ele teria se ele próprio tivesse lido o livro, com o acréscimo da avaliação crítica

que o estimularia, ou não, a ler o livro, além de dar a ele conhecimento inicial sobre a obra.

Nas revistas acadêmicas da UNINOVE, há boas resenhas:

Veja um trecho de uma resenha crítica acadêmica:

(...)

“Os autores abordam, de maneira clara e objetiva, a utilização da gestão

estratégica da informação, transformando a carga de dados recebidos em informações úteis à

empresa, de forma que essa possa agregar valores a seu ambiente interno, aumentando e

racionalizando recursos para se tornar competitiva.

(...)

Como assunto crepuscular, a obra revela um horizonte de caminhos a percorrer

(enfatizando, ainda, que há muitos em estudo), sendo de especial importância para o

conhecimento dos profissionais que têm como desafios a enfrentar a velocidade da informação,

a computação móvel e até a exploração desse mercado que ainda engatinha a procura das

melhores respostas.”

SANTOS, E.S.M. Revista Gerenciais, São Paulo, V. 5, n. especial, p.143-144, jan./jun. 2006.

Vamos agora analisar a resenha crítica de um filme:

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George Clooney é executivo cruel em 'Amor sem escalas'Comédia chega aos cinemas nesta sexta-feira (22). Longa é dirigido por Jason Reitman,

criador de 'Juno'.

O cineasta Jason Reitman salta da adolescência, que retratou tão bem na comédia "Juno", sua

primeira indicação ao Oscar de direção, para a idade adulta no drama "Amor sem escalas", que

entra em circuito nacional nesta sexta-feira (22).

O filme recebeu no último dia 17 um Globo de Ouro de melhor roteiro, adaptado por Reitman e

Sheldon Turner a partir de livro de Walter Kim. Além disso, Reitman recebeu uma indicação ao

prêmio do Sindicato dos Diretores da América, o que representa uma forte tendência de que

será novamente indicado ao Oscar da categoria este ano. As indicações do Oscar serão

divulgadas em 2 de fevereiro.

Embora tenha diversos momentos divertidos, "Amor sem escalas" aborda temas polêmicos e

bem contemporâneos do mundo do trabalho.

George Clooney (de "Queime depois de ler") interpreta Ryan Bingham, um executivo que não

sai do avião, ganhando um bom salário e acumulando milhares de milhas fazendo um trabalho

sujo e antipático - é contratado por diretores de empresas que estão realizando demissões em

massa para dar a triste notícia aos ex-empregados. E, de quebra, tentar convencê-los de que

perder o emprego pode ter um lado positivo.

Bingham vive tão longe do chão que perdeu quase completamente o contato com a própria

sensibilidade. Já não se abala com a crueldade de seu trabalho. Aliás, também não é capaz de

manter qualquer ligação emocional com ninguém, nem com sua própria família. Suas irmãs mal

conseguem conversar com ele ao telefone.

 

  Mudança de rumo

Três situações forçam-no a encarar as coisas de que ele foge. As duas irmãs o procuram

porque uma delas vai se casar. Ele conhece uma bela executiva, Alex (Vera Farmiga, de "Os

infiltrados"), que é exatamente igual a ele em tudo, por isso, torna-se fácil um envolvimento. A

terceira é a chegada de uma nova executiva, jovenzinha e carreirista, que pretende

revolucionar os métodos em sua própria empresa, Natalie Keener (Anna Kendrick). A moça

simplesmente quer tornar o trabalho deles mais impessoal ainda, demitindo as pessoas via

internet.

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Abalado pelo assédio feminino em vários níveis, Ryan sente-se fragilizado. No fundo, talvez

nada do que ele pensou ou fez até agora se sustente mais. O melhor aspecto desta balançada

afetiva do protagonista é que o roteiro não lhe oferece uma redenção fácil, muito menos uma

jornada de autoflagelação.

Os personagens delineados no filme são bem próximos da realidade. Nesse aspecto é que a

história mais se afasta dos clichês da comédia romântica. Quem for vê-lo esperando aquele

final feliz açucarado vai se decepcionar. "Amor sem escalas" exige um pouco mais de seu

espectador, mas também entrega mais ao final da sessão.

(Por Neusa Barbosa, do Cineweb)

 

* As opiniões expressas são responsabilidade do Cineweb 

Fonte: http://g1.globo.com

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UNIDADE 08: COESÃO TEXTUAL

A aula anterior apresentou para você as técnicas do resumo. Uma delas é fazer um resumo das

ideias principais de cada parágrafo do texto e, ao fim, juntar todas essas anotações em um texto que será a

versão final do resumo. Essa dica é muito boa por várias razões, conforme estudamos, mas há que se

atentar para um fator muito importante:

Então é só juntar as anotações feitas ao lado dos

parágrafos que eu tenho um texto resumido, coeso e coerente?

Não é bem assim. Um texto não se constitui apenas pela soma de frases soltas, mas

pelo conjunto produzido pelo encadeamento semântico delas, criando uma rede de relações,

de sentidos a que se dá o nome de textualidade.

Então coesão é esse encadeamento semântico. É o que dá elo entre as partes.Você já deve ter lido

a frase abaixo colocada em avisos próximos à entrada de elevadores:

“Antes de entrar no elevador, verifique se o mesmo encontra-se parado neste andar.”

Esse aviso é resultante da Lei no. 8596, de 11 de março de 1997 e está presente em

todos os elevadores. Se só aparece nas portas de elevadores, o aviso todo é no mínimo

dispensável: bastaria “antes de entrar”.

O “mesmo” não pode ser utilizado como recurso de coesão. Não fica bem, e o

engraçado é que só aparece em textos escritos. Nunca ouvi: Você viu o diretor? Quando

encontrar o mesmo, diga-lhe que estou aqui.

O metrô de São Paulo parece ter uma assessoria de linguagem muito bem preparada. Para quem

frequenta os trens é muito comum ouvir frases proferidas pelo condutor através de um sinal sonoro:

Ao ouvir o sinal de fechamento das portas, não entre e nem saia do trem.

Viu que texto coeso e bem construído? Seria também aceitável a seguinte construção:

Ao ouvir o sinal de fechamento das portas, não entre no trem e nem saia dele/ Antes de entrar, veja se o elevador está no lugar. Aqueles que escreveram a Lei dos elevadores,

provavelmente escreveriam: Ao ouvir o sinal de fechamento das portas não entre no trem e

nem saia do mesmo. Horrível!

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É muito fácil evitar esses erros fazendo uso de vários mecanismos que a língua oferece

para construir a textualidade, são os mecanismos de coesão.

Mecanismos de coesãoOs mecanismos de coesão também podem ser chamados de relatores já que estão se

relacionando, referenciando algo que já foi dito ou está por dizer.

Vamos analisar alguns:

Veja as frases: O trem emite um sinal quando fecha as portas. Quando o sinal de

fechamento das portas tocar, não entre no trem. Quando o sinal de fechamento das portas

tocar, não saia do trem.

São frases mal-formadas, porque sabemos que é possível construir esse sentido sem

tanta repetição de expressões e palavras. Veja: Quando o trem abrir e fechar as portas, não

entre e, também, não saia dele. A palavra trem encontra-se recuperada, apesar de ausente,

depois do verbo entre e pelo pronome dele. O operador argumentativo e, também, estabelece uma relação lógica de adição entre as atitudes que não devem ser tomadas quando

o trem abre e fecha as portas.

Coesão lexicalUma outra possibilidade de estabelecer a coesão seria o uso de palavras sinônimas

dos termos. A substituição é o mecanismo pelo qual se usa uma palavra ou grupo de palavras no

lugar de outra palavra ou grupo de palavras. No exemplo anterior, poderia ser utilizada a palavra

“veículo” para se referir a trem. Esse tipo de recurso de substituição também mostra ao leitor que o autor

do texto tem várias informações a respeito daquilo que está apresentando. Veja:

George Bush visitou a cidade de São Paulo. O ex-presidente

norte americano disse não ter encontrado diferenças entre o

trânsito da metrópole brasileira e o da cidade de Nova Iorque.

As palavras utilizadas no texto acima estabelecem a coesão ao corresponder ao

gênero do termo a ser retomado:

George Bush - ex-presidente norte americano

Cidade de São Paulo - metrópole brasileira

Trânsito - o

É possível também manifestar uma opinião em relação aos termos, opinião tanto

favorável como desfavorável:

George Bush esteve no Brasil. Lá o controverso ex-presidente expressou suas

opiniões a respeito do biodiesel brasileiro.

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George Bush esteve no Brasil. Lá o defensor da prisão de Guantánamo expressou

suas opiniões sobre o biodiesel brasileiro.

Há também a coesão lexical com o emprego de substantivos abstratos que são

aqueles que nomeiam qualidades e estados fora dos seres a que se referem: pagamento,

fechamento, tristeza, felicidade. Esses substantivos estão ligados a verbos ou adjetivos, afinal

pagamento origina-se do verbo pagar; fechamento, fechar; triste é um adjetivo que se refere ao

substantivo tristeza e feliz, felicidade.

Depois de muito esforço conseguimos pagar nossas dívidas. Esse pagamento agora

nos livrará de fazer tanta economia.

O vereador foi eleito pela maioria dos votos da oposição. A eleição reforçou o trabalho

de publicidade feita em torno de suas ideias populistas.

Coesão gramatical

Esse tipo de coesão é feita por meio de recursos gramaticais tais como: concordâncias

nominais e verbais, pronomes pessoais, pronomes possessivos, demonstrativos,indefinidos,

interrogativos, relativos, numerais, advérbios, artigos definidos, além de operadores

argumentativos e conjunções:

Alguns exemplos de relatores:

concordância nominal: A empresa tem filiais na Europa, lindas, espaçosas e repletas de funcionários. Operadores argumentativos:

-Ao longo dos anos, a empresa tem se destacado por sua benevolência, porém,

sempre rígida maneira de conduzir as contratações. (ao longo dos anos=relação lógica

de tempo/ porém= relação lógica de oposição)

-Embora tenha sido exigente, a prova do Enade contemplou os conteúdos estudados

no curso. (embora= relação lógica de contradição e concessão)

-Sua competência foi atestada pelo título adquirido em uma boa universidade, porém a

prática profissional que mostra obriga, muitas vezes, a duvidarmos da idoneidade daquela

instituição.

Os vocábulos porém (a prática profissional que mostra), que (a qual= prática profissional) e (duvidarmos da idoneidade daquela instituição) assinalam relação de contraste ou de oposição e de relação (pronome relativo), respectivamente.

O caso acima poderia ainda ter essa reescrita:

Apesar de adquirir o título em uma boa universidade, sua prática profissional nos obriga a

duvidarmos da idoneidade daquela instituição.

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Pronomes pessoais: Durante o estágio, a gerente ensina os segredos da empresa ao

funcionário que são apreendidos por ele através de testes práticos. A gerente lança um desafio

e o estagiário a imita. Ela digita rapidamente e ele também o faz. Pronomes demonstrativos: Houve uma reunião no hotel entre funcionários da matriz

e das filiais : estes (os funcionários das filiais) são mais bem preparados que aqueles

( funcionários da matriz).

Pronomes relativos: Os alegres funcionários, que só se manifestavam nas reuniões

de diretoria, foram advertidos pelos gerentes que não os tinha como membros da equipe.

“Amarrando” as idéias

Uma das grandes diferenças existentes entre a língua escrita e a falada é que, na

segunda, os interlocutores estão face a face e possíveis dúvidas de ambas as partes são

resolvidas ali mesmo no momento da conversação. Na escrita isso não acontece daí a

necessidade de os elementos estarem todos bem explicados e conectados entre si. Leia o

diálogo abaixo:

- Amor, você pega aquilo pra mim?

- Claro, meu bem. Você quer aquilo que eu deixei ou que você deixou?

- Eu.

- Tá Você pôs lá onde eu te falei?

- Não, pus perto daquele feito outro dia.

- Ah, entendi. Achei, toma.

-Querida, obrigado, mas esse foi feito pela senhora, o que eu quero foi feito pelas

crianças do lugar.

-Aff!!!!! Achei! É esse?

- É, sim, minha linda!

Você deve estar pensando: que casal maluco! Linguagem de doidos essa. Se

perguntarmos se existe um problema de comunicação nessa passagem, você dirá: Várias! Não

se entende nada! O que significam: aquilo, lá, onde, esse, pelas crianças do lugar, pela

senhora, outro dia....

Mas percebe-se que no final do diálogo houve uma concordância entre as partes e tudo

ficou bem, ou seja, a linda (esposa, namorada) encontrou o que o amor (esposo, namorado)

havia pedido para que buscasse em um determinado lugar. Apesar de nós, leitores, ficarmos

confusos, entre os envolvidos na conversação tudo era muito claro entre eles e a dúvida existia

apenas em relação ao “objeto” a ser encontrado. Se para nós poderia ser mil e uma coisas,

para eles apenas o que foi feito pela senhora e o feito pelas crianças.

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Temos aí um bom exemplo de um diálogo, perfeitamente passível de acontecer nas

melhores famílias! A oralidade prescinde de maiores detalhes porque existe a ajuda dos gestos,

expressão facial, mudança de vocabulário imediata quando o outro fica em dúvida. A relação

entre as palavras está na cabeça das pessoas envolvidas na conversa. Mas é fácil perceber

que aquilo que nos deixou em dúvida foram exatamente os relatores ( onde, aquilo, lá, outro

dia...), porque para nós, ausentes do contexto da conversa, esses elementos não significavam

nada porque faltou-nos os elementos anteriores a eles.

Conforme foi dito, os relatores estabelecem uma relação entre o que foi dito e o que se

vai dizer. Assim, nunca devemos começar um texto acreditando que o leitor saberá, de

antemão, quais serão os assuntos abordados. Algumas palavras nunca iniciam um texto por

essa razão. Imagine um texto iniciado por: Isso foi importante porque mudou a vida das

pessoas. A que o relator ISSO se refere?

Nessa aula você estudou a importância do uso dos elementos de coesão para

estabelecer relações lógicas no seu texto e manter a clareza e coerência daquilo que se

pretende transmitir. Na próxima aula continuaremos com os elementos de coesão, mas

apresentaremos uma lista de operadores argumentativos e as relações lógicas que eles

estabelecem. Comece a escrever utilizando-os em seu texto e você vai sentir a diferença.

Uma outra maneira de estudarmos, além desse ensino formal, é através da leitura

cotidiana. Observe como os autores de livros, artigos de revistas, jornais, etc, estabelecem as

relações no texto e faça um levantamento dos mais comuns. Dessa forma você vai aprender

com aqueles que fazem da escrita seu instrumento de trabalho e podem transmitir muitos bons

usos dos elementos de coesão. Mãos à obra!

Agora você pratica:

1- Leia o texto e complete as lacunas com as seguintes palavras:

para isso, e, que, além disso, instituição, como também, ele, que, e,contudo, não

só,que, e

Seleção foca habilidades e competências

O universo de concursos começa a apresentar sinais de mudança nas seleções, na avaliação do

coordenador do Núcleo de Concursos da FGV Projetos, Leonardo Teixeira.Os órgãos contratantes e as

organizadoras têm se empenhado para elaborar provas ____________ evitem "inadequações ao cargo",

especialmente nos últimos dois anos, argumenta.

A ideia é selecionar profissionais _____________ __________ conheçam a disciplina pedida no edital

______________ se encaixem na função ____________ na organização. "É preciso fazer a análise de

competências e

habilidades", ressalta Teixeira.

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___________, a ________________aposta em provas ___________ incluam a solução de problemas

_____________ em perguntas sobre o cargo e o contratante.

Informações sobre o órgão__________ efetivará o profissional já começam a fazer parte das seleções,

corrobora Fabio Marinho, diretor administrativo do NCE/UFRJ (Núcleo de Computação Eletrônica da

Universidade Federal do Rio de Janeiro).

________, ____________, afirma que a seleção por competências e habilidades em concursos públicos

ainda "engatinha" no Brasil.

Raciocínio lógico em matemática, interpretação de texto em português. __________, a Fundação Vunesp

aposta em aplicar a matéria das disciplinas às

situações do dia a dia.

(Folha de São Paulo, 22 de novembro de 2009, Caderno de Empregos, p. 2)

2- No exercício anterior podemos classificar os elementos destacados como elementos de coesão e

poderiam ser classificados:

I- Operadores argumentativos: que

II- Pronomes relativos: para isso, além disso, como também, não só, e, contudo

III- Pronomes pessoais: para se referir a “órgãos contratantes e as organizadoras”.

IV- Substantivo em função de coesivo lexical : ele

V- A afirmação acima está

A- Correta

B- Incorreta

3- Leia o trecho:

Pedro se inscreveu em um concurso. O concurso era para trabalhar em um órgão público. O órgão

público era da cidade de São Paulo.

Há falta de coesão e poderia ser reescrito da seguinte forma:

Pedro se inscreveu em um concurso para trabalhar em um órgão público da cidade de São Paulo.

A- Correto

B- Incorreto

4-Utilizando um pronome relativo, poderíamos manter o mesmo significado do texto acima com:

Pedro se inscreveu em um concurso que era para trabalhar em um órgão público da cidade de São Paulo

A afirmação acima está

A- Correta

B- Incorreta

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