De estação Ferroviária a Museu...

• No fim do século 19 a companhia de estradas de ferro de Orleans em situação de inferioridade devido à situação deslocada da estação de Austerlitz decidiu comprar o espaço das ruínas do palácio d’Orsay (Centro Administrativo de Contas e Conselho de Estado) incendiado em 1971 para construir um novo terminal.

• A arquitetura deste terminal deveria, no entanto, atender às exigências estéticas de sua localização num quarteirão elegante nas proximidades do Louvre e das Tulherias. O laureado arquiteto Victor Laloux (1850-1937), professor da Escola de Belas Artes, foi escolhido. O aspecto industrial da edificação com componentes em estruturas de aço e vidro foi coberto em sua área exterior por uma fachada monumental inspirada no Louvre e em seu interior por um teto de chapas e estuque. Um hotel anexo foi incorporado e depois de apenas dois anos de trabalho a estação foi inaugurada em 14 de julho de 1900.

• Durante quase 40 anos esta estação foi cabeça de linha para o sudoeste da França, tendo iniciado inclusive com a tração elétrica que, por fatalidade, decretou o seu abandono, pois as composições ficaram muito longas e não cabiam mais na antiga gare, que se tornou numa estação fantasma... Vítima do progresso ela encerrou suas operações em grandes linhas em 1939.

• Daí em diante a estação serviu para finalidades diversas, desde centro de triagem de prisioneiros, cenário para “O Processo de Kafka” por Orson Welles em 1962, dentre outros.

• O hotel anexo fechou as suas portas em 1973 e seus salões foram palco de acontecimentos políticos importantes que envolveram inclusive o general Charles de Gaulle em 1958.

• No mesmo ano (1973) surgiu o projeto de transformar a estação, salva da demolição, num museu por iniciativa do presidente Valery Giscard d’Estaing. Os arquitetos responsáveis pela fantástica adaptação para museu foram P. Colboc, R. Bardou e J. P. Philippon. Gae Aulenti foi responsável pela decoração interior.

• Depois de seis anos de trabalho o museu foi inaugurado no dia 1º de dezembro de 1986 pelo presidente Miterrand.

Esculturas dispostas no pátio

de entrada do museu...

Hall de entrada do museu...

E no quinto andar do museu

Os Impressionistas e mais...

O restaurante do museu...

...para ninguém colocar defeito!

Observem a atmosfera, os lustres e o teto ricamente pintado...

Por falar no teto, não coube todo na foto...

...completando com mais um detalhe do teto.

Uma surpresa do museu...

A miniatura do centro velho e

o corte do prédio da Opera.

A maquete está sob um vidro sobre o qual é possível caminhar.

Para tirar este detalhe da Ópera é necessário deitar no chão.

O corte de uma enorme maquete da Ópera de Paris.

Este é um de meus museus prediletos e este trabalho é para ser uma homenagem a este templo à arte

dos mestres impressionistas.

Fotos e composição de Alexander Gromow

Agosto de 2008

a.gromow@hotmail.com