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Décima quarta aula Aplicações da equação da continuidade e da energia Classificação dos escoamentos incompressíveis em relação ao deslocamento transversal de massa

Décima quarta aula Aplicações da equação da continuidade e da energia Classificação dos escoamentos incompressíveis em relação ao deslocamento transversal

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Page 1: Décima quarta aula Aplicações da equação da continuidade e da energia Classificação dos escoamentos incompressíveis em relação ao deslocamento transversal

Décima quarta aula

Aplicações da equação da continuidade e da energia

Classificação dos escoamentos incompressíveis em relação ao deslocamento transversal de

massa

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Vamos iniciar por um exercício da segunda prova de 2004 onde gostaria de aplicar um dos conceitos de Paulo

Freire

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Uma placa de orifício de diâmetro 23 mm é instalada na parede lateral de um reservatório.

O eixo da placa fica 25 cm acima do piso. Ajusta-se a alimentação de água do reservatório para que o nível se estabilize a 45 cm acima do eixo

do orifício. O jato de água que sai do orifício, alcança o piso a 60 cm do plano vertical que contém a placa de orifício. Sendo , a área da seção transversal do reservatório, num plano horizontal, igual a 0,3 m2 e sabendo-se que

quando o orifício é fechado com uma rolha o seu nível, anteriormente estável, sobe 10 cm em 30 segundos, pede-se determinar os coeficientes de

velocidade, de descarga (ou vazão) e o de contração. (Valor 2,0)

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Para a engenharia o desenho é uma das maneiras de

comunicação

Portanto vamos praticá-la através do enunciado dado

para a questão

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25 cm

45 cm

Ac = área contraída

60 cm

Orifício com diâmetro igual a 23 mm

Área da seção transversal = 0,3 m²

(1)

(0)

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Sabe-se que ao fechar o orifício com uma rolha o nível do tanque sobe 10 cm em 30

s

Evocando –se o conceito de vazão tem-se que:

sl

sm

,,,

Q

t

hA

tempoVolume

Q

real

quetanreal

1001030

1030 3

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Aplica-se a equação da energia entre (0) e (1)

10

10

10

211

1

200

0

1010

450

22

p

21

p

21

p

p

fipfinalmáquinainicial

H19,6v

,

H19,6v

00000,45

orifícioÇ do eixo no PHR o sedotanAdo

Hg

vpZ

gvp

Z

HHH

HHHH

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Uma equação com duas

incógnitas e agora?

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Para sair desta, vamos considerar o fluido como ideal (viscosidade igual a zero), isto transforma a equação da energia na

equação de Bernoulli onde se tem Hp 0-1 = 0, o que nos

permite determinar a velocidade média teórica do escoamento, isto porque não

se considerou as perdas.

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Portanto:

sm

,vv

,,vv

,v

,

H19,6v

,

teórica

teórica

p

21

972

619450

619450

450

1

1

21

10

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Tendo-se a velocidade teórica e a área do orifício é possível

calcular a vazão teórica:

sm

,Q

,,Q

AvQ

t

t

orifícioteóricateórica

33

2

10231

4

0230972

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Analisando novamente a figura do problema,

observa-se um lançamento inclinado no jato lançado

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25 cm

45 cm

Ac = área contraída

60 cm

Orifício com diâmetro igual a 23 mm

Área da seção transversal = 0,3 m²

(1)

(0)

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Portanto, evocando-se os conceitos abordados nos estudos do lançamento inclinado deve-se dividir o escoamento em outros

dois:vreal

x

y

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No eixo y tem-se uma queda livre, portanto:

s ,,,

gy2

t

:t determinar se-pode portanto

0,25m ye s

m9,8g

:dados são que seObserva

tgy

2

23089

2502

2

1 2

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Já no eixo x tem-se um movimento uniforme com a

velocidade igual a velocidade real.

Importante observar que o que une os dois movimentos é o

tempo, ou seja, o tempo para percorrer y em queda livre é

igual ao tempo para percorrer x em movimento uniforme e

com velocidade real.

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Portanto:

sm

,,,

v

,v,tvx

r

rr

612230

60

23060

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Até este ponto, calculou-se:

sm

,v

sm

,v

sm

,Q

sm

Q

t

r

t

r

972

612

10231

101

33

33

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O que faremos

com todos estes

parâmetros calculados?

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Vamos introduzir os conceitos de:

1.Coeficiente de vazão – Cd

2.Coeficiente de velocidade – Cv

3.Coeficiente de contração – Cc

4.Outra maneira de se calcular a vazão real - Qr

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cvdt

r

tcvotcvr

octvcrr

o

cc

t

rv

t

rd

CCCQQ

QCCAvCCQ

ACvCAvQ

AA

orifício do áreacontraída área

C

vv

teórica velocidadereal velocidade

C

QQ

teórica vazãoreal vazão

C

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Podemos resolver o problema proposto:

920880

810

880972

612

81010231

1013

3

,,,

C

CC

,,,

C

,,

C

v

dc

v

d

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Agora que conhecemos os conceitos de Cd, Cv e CC e

ainda conhecemos a diferença entre a equação da

energia e a equação de Bernoulli, vamos começar a estudar as perdas ao longo

de um escoamento.

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Para o estudo anterior é fundamental que saibamos

classificar o escoamento incompressível em relação

ao deslocamento transversal de massa, onde

se pode ter os escoamentos: laminar, transição e turbulento.

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Um dos precursores deste estudo foi Reynolds

1842 - 1912

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Pode-se ter:

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Reynolds estabeleceu através da análise

dimensional um número adimensional que recebeu

o seu nome, ou seja, número de Reynolds

DvDv

Re

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E que permite classificar os escoamentos incompressíveis

em:

turbulento escoamento4000Re

transição de escoamento 4000Re2000

laminar escoamento Re

2000

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Exemplo:

3a Questão: Água escoa por um conduto principal que possui três ramais em derivação. O diâmetro do

conduto principal é 4 cm e os das derivações são 5 cm, 3 cm e 2 cm, respectivamente d2, d3 e d4. Sabe-se que os escoamentos nas derivações são todos turbulentos

com velocidades Vmáx = 0,40 m/s, pede-se:

a). a vazão e a vazão em massa no conduto principal; (Valor – 0,5)

b). o tipo de escoamento no conduto principal; (Valor – 0,5) c). a velocidade máxima no conduto principal. (Valor – 0,5)

•Dados: = 10-6 m2/s; ρ H2O = 1000 kg/m3 e que os condutos são todos forçados

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Figura do exemplo anterior: