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CADE – Conselho Administrativo de Defesa EconômicaMinistério da Justiça
DEFESA DA CONCORRÊNCIA, REGULAÇÃO E CONSUMIDOR
Elizabeth M.M.Q.FarinaENAP – Curso de Aperfeiçoamento para a
Carreira de Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental
2005
CADE – Conselho Administrativo de Defesa Econômica 2
Conceitos Propostos Para Discussão
Política de Concorrência• Rationale econômica• Principais visões analíticasRegulação• Rationale econômica• Abordagens• Fronteira com Política de ConcorrênciaConsumidor e a Relação com Concorrência e Regulação
CADE – Conselho Administrativo de Defesa Econômica 3
Uma área interdisciplinar
INSTITUIÇÕES
ECONOMIA DIREITO
NEGÓCIOS
ENGENHARIA
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Política Econômica, Instituições e Defesa da Concorrência
Redefinição do Papel do Estado
Estado como regulador de uma economia de livre mercado
instituições
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Brasil
reestruturação produtiva - abertura comercial, desregulamentação e privatização
número recorde de fusões e aquisições
forte participação de multinacionais
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Defesa da Concorrência e Regulação
MERCADO
competitivo
oligopólios
monopólios naturais
DEFESA DA CONCORRÊNCIA
REGULAÇÃO
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Mercado e Concorrência
Mercado Eficiente• Preços refletem oferta e demanda• Informação• Lucros efêmerosMonopólio• Lucros não efêmeros (barreiras)Oligopólio• Interdependência entre rivais• Estratégia
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Objetivos da Política de Defesa da Objetivos da Política de Defesa da Concorrência: Concorrência: rationalerationale econômicoeconômico
AÇÃO DO ESTADO
– POLÍTICA –
CONSUMIDOR/CLIENTEPreços Mais
BaixosAdvocacia da Concorrência
EficiênciaEconômica
Maior EscolhaConcorrência
Defesa da Concorrência Melhor
Qualidade
Inovação
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POLÍTICA ANTITRUSTE OU DEFESA DA CONCORRÊNCIA: rationale
econômicoObjetivo: proteger a força competitiva que se supõe constituir o mecanismo mais eficaz de alcançar a eficiência produtiva, o vigor da inovação técnica, criação de novos produtos e o aprendizado
Adam Smith: concorrência é preferível tanto ao monopólio privado quanto ao monopólio público
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Por que proteger a concorrência?
Encontros de homens de negócio, mesmo que sejam com o intuito de diversão e alegria,
usualmente terminam em conluio para restringir a concorrência. ... [Entretanto], nenhuma lei que possa ser executada e, ao
mesmo tempo, seja consistente com a liberdade e a justiça, pode evitar esses encontros. (Adam
Smith, citado por Rees (1996:23)
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Política Antitruste nos Estados Unidos
Sherman Act - 1890Objetivo mais amplo do que alcançar a eficiência econômica
preservar o sistema econômico democrático de forma a promover o pluralismo, as oportunidades individuais,
a autonomia e a liberdade (Fox & Sullivan, 1991).
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PRINCIPAL MOTIVO QUALIFICAÇÕESE-C-D
(Mason, 1939; Bain, 1956, 68; Scherer, 1970,80,90; Weiss (1974); Shepherd (1972,79)
MONOPOLIZAÇÃO/PODER DE MERCADO
“tradição da não hospitalidade” (década de
60)
EFICIÊNCIA
ESCOLA DE CHICAGO (Posner, Peltzman, Demsetz)
EFICIÊNCIA
___________
NOVA ECONOMIA DAS INSTITUIÇÕES/ TEORIA DOS
CONTRATOS – Coase, Williamson – custos de transação Tirole – contratos e incentivos
EFICIÊNCIA (economizing)
• Estratégias ofensivas contra rivais efetivos ou potenciais
• Estratégias defensivas (apropriabilidade na presença de direitos de propriedade mal definidos)
PÓS-CHICAGO
NOVA OI – modelos de comportamento estratégico – teoria dos jogos (Tirole, Schmalensee, Sutton)
(década 80/90)
Condições estruturais e de credibilidade das
estratégias
NOIE - micro-econometria e simulações empíricas (Bresnahan, Corts, Nevo)
80/90 em diante Parâmetros de conduta
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Visões sobre a Política Antitruste Americana
Advogados da Eficiência• Escola de Chicago – visão minimalista da política
Advogados da Política Industrial• Galbraith / Lester Thurow• Mercado com corporações gigantes demanda
negociação c/ governosEstudos Legais Críticos• LA legitimadora da dominação do mercado• Aceita a distribuição de poder
Advogados da Política Antitruste• Abuso do poder de mercado é possível e deve ser
limitado
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CONCENTRAÇÃO: central nas políticas antitruste
Visão Estrutural • fragmentação é desejável• concorrentes pequenos tem que ser
preservados• concentração leva a práticas monopolistas em
detrimento dos consumidores e da eficiência alocativa econômica
Ênfase na eficiência• concentração reflete características da
tecnologia e das preferências do consumidor• concentração reflete eficiência• small is beautiful but big is not bad
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Condutas
Escola de Chicago
• Cartel – equilíbrio não estável
• Outras condutas não estáveis
Pós-Chicago
• Cartel - equilíbrio estável
• Outras condutas –estratégias não vazias
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Conceitos Importantes
Um conjunto de ações está em equilíbrio de Nash se, dadas as ações de seus rivais, uma firma não pode aumentar seu
próprio lucro escolhendo uma outra ação, diferente daquela de equilíbrio
Modelo de Cournot - 18481. Movimento estratégico (Schelling, 1960)2. Equilíbrio de Nash
3. Credibilidade : O poder para restringir a ação de um adversário pode depender do sacrifício da própria liberdade (Schelling, 1960)
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Modelos De Oligopólio Com Teoria Dos Jogos
Blocos de Construção para Captar Distinções empíricas
Bertrand
Cournot
Maxim. conjunta de lucros
Jogo simultâneo
Jogo sequencial
Assimetria estratégica Intensidade da
concorrência
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Regulação: rationaleeconômica
Abordagem Normativa (supõe que intervenção leva a uma melhora no bem estar social)• Falha de mercado:
• Informação imperfeita e assimétrica• externalidades• Monopólios naturais
Abordagem Positiva• Demanda por regulação (poder de coerção do
Estado) visando obter poder de monopólio (Stigler)
• Captura
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Regulação e Falha de Mercado
Resultado de mercado é ineficienteFalhas:• Monopólio natural• Elevados investimentos irreversíveis
(sunk costs)Mecanismos:• Controle de preços com base em
custos• Regulação por incentivos (price-cap)
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Monopólio Natural
Forte: • subaditividade de custos não é
exaurida – monopólio é sustentável, mas p = cmg não é lucrativo
Fraco:• Subaditividade é exaurida – monopólio
é não sustentável e p = cmg é lucrativo
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Alternativas à Regulação
Concorrência pelo mercado substitui a concorrência no mercado (Demsetz, 1968)Contestabilidade – monopólio sustentável (Baumol, 1982)Competição Intermodal ou tecnologias concorrentes
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Defesa da Concorrência e Regulação
AgenciaDimensões
Concorrência Regulação
Objetivos Eficiência Univ. serviços, garantia, qualidade
Método Proteção dos mecanismos de mercado
Substitui mecanismos de mercado
Momento da intervenção
Ex-post Ex-ante
Recomendação Medidas estruturais Comportamentais
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Concorrência e Regulação
Ambiente regulatório define pano de fundo para análise das condições de concorrênciaObjetivo da concorrência pode implicar em ajustamentos da regulação (objetivos de eficiência técnica X objetivos de concorrência)
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Defesa da Concorrência: uma fronteira cinzenta
Certamente o governo não pode condenar uma firma por aumentar a demanda por seu
produto fornecendo informação aos consumidores, por reduzir seus próprios
custos investindo em P&D e em capital físico, ou por acumular experiência. O problema é
que a maioria das decisões que tornam a firma saudável também melhoram sua posição de
mercado em relação aos ingressantes potenciais e efetivos . (Tirole, 1988:323)