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DENÚNCIA e QUEIXA. DENÚNCIA e QUEIXA. O despacho inicial: O despacho inicial: receber ou receber ou rejeitar? rejeitar?

DENÚNCIA e QUEIXA. O despacho inicial: receber ou rejeitar?

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Page 1: DENÚNCIA e QUEIXA. O despacho inicial: receber ou rejeitar?

DENÚNCIA e QUEIXA.DENÚNCIA e QUEIXA.

O despacho inicial:O despacho inicial:

receber ou rejeitar?receber ou rejeitar?

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ELEMENTOS CONCEITUAIS DA DENÚNCIA E ELEMENTOS CONCEITUAIS DA DENÚNCIA E QUEIXAQUEIXA

Segundo FERNANDO CAPEZSegundo FERNANDO CAPEZ[1][1], se tratam de , se tratam de

peças acusatórias iniciadoras da ação penal, peças acusatórias iniciadoras da ação penal,

consistentes em consistentes em exposiçõesexposições por escrito por escrito de fatos que de fatos que

constituem, em tese, ilícitos penaisconstituem, em tese, ilícitos penais, incluindo-se , incluindo-se

nelas as manifestações expressas da vontade de que se nelas as manifestações expressas da vontade de que se

aplique a Lei Penal a quem é presumivelmente seu aplique a Lei Penal a quem é presumivelmente seu

autor, indicando as provas em que se alicerçam as autor, indicando as provas em que se alicerçam as

pretensões punitivas.pretensões punitivas.

[1][1] InIn Curso de PROCESSO PENAL, Ed. Saraiva, 1.997, pág. 116. Curso de PROCESSO PENAL, Ed. Saraiva, 1.997, pág. 116.

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REQUISITOS COMUNS: REQUISITOS COMUNS: art. 41 do Código de Processo Penal.art. 41 do Código de Processo Penal.

Descrição do fato em todas as suas Descrição do fato em todas as suas circunstâncias;circunstâncias;

Qualificação do(s) acusado(s) ou fornecimento de Qualificação do(s) acusado(s) ou fornecimento de dados dados que possibilitem a(s) sua(s) que possibilitem a(s) sua(s)

identificação(ões);identificação(ões); Classificação jurídica do fato;Classificação jurídica do fato; Rol de testemunhas (se houver);Rol de testemunhas (se houver); Pedido de condenação;Pedido de condenação; O endereçamento da petição;O endereçamento da petição; Nome, o cargo e a posição funcional do Nome, o cargo e a posição funcional do

denunciante;denunciante; A assinatura.A assinatura.

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REQUISITOS ESPECÍFICOS da QUEIXA:REQUISITOS ESPECÍFICOS da QUEIXA:

Possibilidade do ofendido exercê-la Possibilidade do ofendido exercê-la

pessoalmente, desde que seja Advogado. Caso pessoalmente, desde que seja Advogado. Caso

contrário, deverá fazê-la por meio de contrário, deverá fazê-la por meio de

Procurador, Procurador, com poderes especiaiscom poderes especiais (art. 44). (art. 44).

As eventuais irregularidades a este As eventuais irregularidades a este

respeito consideram-se sanadas se o querelante respeito consideram-se sanadas se o querelante

também assinar a queixa.também assinar a queixa.

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OMISSÕES:OMISSÕES: Em princípio podem ser supridas até Em princípio podem ser supridas até

antes da sentençaantes da sentença final (art. 569), exceto final (art. 569), exceto em relação à queixa, pois o prazo é de em relação à queixa, pois o prazo é de seis (6) meses (art. 38).seis (6) meses (art. 38).

O réu deve argüir os defeitos da O réu deve argüir os defeitos da denúncia antes da sentença, pois se não denúncia antes da sentença, pois se não o fizer a tempo, deduz-se que conseguiu o fizer a tempo, deduz-se que conseguiu defender-se da acusação.defender-se da acusação. ((RTJRTJ 64/344; STF HC 65.543, 1ª Turma; STF HC n° 74.467). 64/344; STF HC 65.543, 1ª Turma; STF HC n° 74.467).

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PRAZO PARA O OFERECIMENTO PRAZO PARA O OFERECIMENTO DA DA DENÚNCIA (art. 46):DENÚNCIA (art. 46):

O excesso de prazo não invalida O excesso de prazo não invalida a denúncia, só provocando o efeito a denúncia, só provocando o efeito da da possibilidade de relaxamento da possibilidade de relaxamento da prisãoprisão, no caso de indiciado preso, , no caso de indiciado preso, bem como a sanção administrativa bem como a sanção administrativa em caso de desídia do Promotor.em caso de desídia do Promotor.

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REJEIÇÃO DA DENÚNCIA ou DA REJEIÇÃO DA DENÚNCIA ou DA QUEIXA: art. 43.QUEIXA: art. 43.

Se a narrativa do fato aparente a Se a narrativa do fato aparente a

caracterização de ilicitude e caracterização de ilicitude e

tipicidade, tipicidade, a DENÚNCIA deve ser a DENÚNCIA deve ser

recebidarecebida, pois nesta fase há um mero , pois nesta fase há um mero

juízo de prelibação.juízo de prelibação.

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O FATO NARRADO EVIDENTEMENTE NÃO O FATO NARRADO EVIDENTEMENTE NÃO CONSTITUI CRIME (inciso I).CONSTITUI CRIME (inciso I).

Se evidentemente Se evidentemente não constituir não constituir crimecrime, ou se note que , ou se note que está está acobertado por excludente de ilicitudeacobertado por excludente de ilicitude e desnecessária a dilação probatória, e desnecessária a dilação probatória, a DENÚNCIA não poderá ser a DENÚNCIA não poderá ser recebidarecebida, pois haverá autêntica , pois haverá autêntica impossibilidade jurídica do pedidoimpossibilidade jurídica do pedido..

Page 9: DENÚNCIA e QUEIXA. O despacho inicial: receber ou rejeitar?

FaltaFalta de uma das de uma das condições da açãocondições da ação. Tal . Tal regra é manifestação regra é manifestação específica do específica do princípio princípio da reserva legalda reserva legal (art. 5°, (art. 5°, XXXIX, da CF e art. 1° do CP).XXXIX, da CF e art. 1° do CP).

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JÁ ESTIVER EXTINTA A JÁ ESTIVER EXTINTA A PUNIBILIDADE, PELA PUNIBILIDADE, PELA PRESCRIÇÃO ou OUTRA PRESCRIÇÃO ou OUTRA CAUSA (inciso II).CAUSA (inciso II).

Nestas hipóteses, Nestas hipóteses, ocorre a ocorre a falta de falta de interesse de agirinteresse de agir..

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MANIFESTA ILEGITIMIDADE DA PARTE MANIFESTA ILEGITIMIDADE DA PARTE (inciso III, 1ª parte).(inciso III, 1ª parte).

No que se refere à legitimidade ativa No que se refere à legitimidade ativa na ação na ação privadaprivada, deve-se observar o seguinte: , deve-se observar o seguinte:

a)a) na ação privada exclusivana ação privada exclusiva, somente o ofendido, o seu , somente o ofendido, o seu representante legal ou os sucessores em caso de representante legal ou os sucessores em caso de morte ou ausência; morte ou ausência;

a)a) na na ação privada subsidiáriaação privada subsidiária, as mesmas pessoas , as mesmas pessoas desde que desde que haja inércia do Ministério Públicohaja inércia do Ministério Público; ;

a)a) na na ação privada personalíssimaação privada personalíssima, só o ofendido e , só o ofendido e ninguém mais.ninguém mais.

* Ver o § único* Ver o § único

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FALTA DE CONDIÇÃO DE PROCEDIBILIDADE FALTA DE CONDIÇÃO DE PROCEDIBILIDADE EXIGIDA POR LEI (inciso III, EXIGIDA POR LEI (inciso III, segunda partesegunda parte).).

É a É a justa causajusta causa, que a doutrina tem , que a doutrina tem

enquadrado no interesse de agir, enquadrado no interesse de agir,

significando que, para ser recebida, significando que, para ser recebida, a inicial a inicial

deve vir acompanhada de um suporte deve vir acompanhada de um suporte

probatório que demonstre a idoneidade, a probatório que demonstre a idoneidade, a

verossimilhança da acusação.verossimilhança da acusação.

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Exemplos típicos:Exemplos típicos:

a falta de a falta de representação do ofendido;representação do ofendido;

a falta da a falta da requisição do Ministro da Justiçarequisição do Ministro da Justiça nos casos de ação penal nos casos de ação penal pública condicionada; pública condicionada;

a falta de a falta de comprovação da entrada do estrangeiro no território comprovação da entrada do estrangeiro no território nacionalnacional, nos casos dos crimes referidos no art. 7°, inciso II, , nos casos dos crimes referidos no art. 7°, inciso II, a a e e bb, com a , com a ressalva do § 2.°. ressalva do § 2.°. aa, assim como no § 3.°, todos do Código Penal; , assim como no § 3.°, todos do Código Penal;

a falta a falta do trânsito em julgado da sentença de anulação de do trânsito em julgado da sentença de anulação de casamentocasamento; ;

a falta a falta da autorização da Câmara dos Deputadosda autorização da Câmara dos Deputados para a instauração para a instauração de processo por crime comum ou de responsabilidade do Presidente da de processo por crime comum ou de responsabilidade do Presidente da República; República;

a falta a falta de exibição do jornal ou periódicode exibição do jornal ou periódico no crime de imprensa; a no crime de imprensa; a falta do exame pericial nos crimes que deixam vestígio (art. 525).falta do exame pericial nos crimes que deixam vestígio (art. 525).

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A QUESTÃO DA FUNDAMENTAÇÃO DO A QUESTÃO DA FUNDAMENTAÇÃO DO DESPACHO INICIAL:DESPACHO INICIAL:

A doutrina é maciça quanto ao A doutrina é maciça quanto ao

entendimento de que entendimento de que o despachoo despacho (art. 93, (art. 93,

IX, da CF) IX, da CF) de recebimento da denúncia ou de recebimento da denúncia ou

queixaqueixa não tem carga decisórianão tem carga decisória e, por e, por

isto, não precisa ser fundamentada (salvo isto, não precisa ser fundamentada (salvo

as exceções), pois isto implicaria em uma as exceções), pois isto implicaria em uma

antecipação indevida do exame do mérito.antecipação indevida do exame do mérito.

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Pode-se exemplificar com parte de voto do Pode-se exemplificar com parte de voto do Ministro CELSO DE MELLO, proferido em Ministro CELSO DE MELLO, proferido em decisão da 1ª Turma do STF, publicada no DJU decisão da 1ª Turma do STF, publicada no DJU de 23/09/1994, pág. 25.328, de 23/09/1994, pág. 25.328, in verbisin verbis::

““O ato judicial que formaliza o recebimento da O ato judicial que formaliza o recebimento da

denúncia oferecida pelo Ministério Público não denúncia oferecida pelo Ministério Público não

qualifica e nem se equipara, para fins a que se refere qualifica e nem se equipara, para fins a que se refere

o art. 93, IX, da Constituição de 1988, a ato de o art. 93, IX, da Constituição de 1988, a ato de

caráter decisório. O juízo positivo de caráter decisório. O juízo positivo de

admissibilidade da acusação penal não reclama, em admissibilidade da acusação penal não reclama, em

conseqüência, qualquer fundamentação.”conseqüência, qualquer fundamentação.”

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RECURSO:RECURSO:

Da decisão que Da decisão que RECEBERECEBE, via de regra, , via de regra, não cabe não cabe qualquer recursoqualquer recurso. Da decisão que . Da decisão que REJEITAREJEITA, em geral, , em geral, cabe cabe Recurso em Sentido EstritoRecurso em Sentido Estrito (art. 581, I, do CPP). (art. 581, I, do CPP).

Em crimes de Em crimes de competência originária dos competência originária dos tribunais superiorestribunais superiores, no entanto, cabe , no entanto, cabe AGRAVOAGRAVO (Lei n.° (Lei n.° 8.038/90, art. 39).8.038/90, art. 39).

Nos crimes de Imprensa, contra a decisão que Nos crimes de Imprensa, contra a decisão que RECEBERECEBE, cabe , cabe RECURSO EM SENTIDO ESTRITORECURSO EM SENTIDO ESTRITO, , sem efeito suspensivo (art. 44, § 2.°, segunda parte, da sem efeito suspensivo (art. 44, § 2.°, segunda parte, da Lei n.° 5.250/67), mas Lei n.° 5.250/67), mas contra a decisão que a rejeitacontra a decisão que a rejeita, o , o recurso é o de recurso é o de ApelaçãoApelação (art. 44, § 2°, primeira parte). (art. 44, § 2°, primeira parte).

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CASOS DE DESPACHO FUNDAMENTADOCASOS DE DESPACHO FUNDAMENTADO Decreto-lei n.°7.661, de 21.06.1945 – Decreto-lei n.°7.661, de 21.06.1945 –

Antiga Lei de Falências.Antiga Lei de Falências. Art. 109. (...)Art. 109. (...)

§ 1º (...)§ 1º (...)

§ 2º § 2º Se receber a denúncia ou queixa, Se receber a denúncia ou queixa, o juiz, o juiz, em despacho fundamentadoem despacho fundamentado, , determinará a remessa imediata dos autos determinará a remessa imediata dos autos ao juízo criminal competente para ao juízo criminal competente para prosseguimento da ação nos termos da lei prosseguimento da ação nos termos da lei processual penal.processual penal.

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Lei n.° 11.101, de 09.02.2005 – Nova Lei n.° 11.101, de 09.02.2005 – Nova Lei de Falências.Lei de Falências.

Art. 185. Recebida a denúncia ou a Art. 185. Recebida a denúncia ou a queixa, observar-se-á o rito previsto queixa, observar-se-á o rito previsto nos arts. 531 a 540 do Decreto-Lei nos arts. 531 a 540 do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 - nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 - Código de Processo Penal.Código de Processo Penal.

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Lei n.° 10.409, de 11.01.2002- TóxicosLei n.° 10.409, de 11.01.2002- Tóxicos(já revogada pela Lei n.° 11.341/2006)(já revogada pela Lei n.° 11.341/2006)

Art. 38. Oferecida a denúncia, o juiz, em 24 (vinte e quatro) horas, Art. 38. Oferecida a denúncia, o juiz, em 24 (vinte e quatro) horas, ordenará a citação do acusado para responder à acusação, por escrito, no ordenará a citação do acusado para responder à acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias, contado da data da juntada do mandato aos autos prazo de 10 (dez) dias, contado da data da juntada do mandato aos autos ou da primeira publicação do edital de citação, e designará dia e hora para ou da primeira publicação do edital de citação, e designará dia e hora para o interrogatório, que se realizará dentro dos 30 (trinta) dias seguintes, se o o interrogatório, que se realizará dentro dos 30 (trinta) dias seguintes, se o réu estiver solto, ou em 5 (cinco) dias, se preso.réu estiver solto, ou em 5 (cinco) dias, se preso.

§ 1º Na resposta, consistente de defesa prévia e exceções, o acusado § 1º Na resposta, consistente de defesa prévia e exceções, o acusado poderá argüir preliminares e invocar todas as razões de defesa, oferecer poderá argüir preliminares e invocar todas as razões de defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas que pretende produzir e documentos e justificações, especificar as provas que pretende produzir e arrolar testemunhas.arrolar testemunhas.

§ 2º As exceções serão processadas em apartado, nos termos dos arts. 95 § 2º As exceções serão processadas em apartado, nos termos dos arts. 95 a 113 do Código de Processo Penal.a 113 do Código de Processo Penal.

§ 3º Se a resposta não for apresentada no prazo, o juiz nomeará defensor § 3º Se a resposta não for apresentada no prazo, o juiz nomeará defensor para oferecê-la em 10 (dez) dias, concedendo-lhe vista dos autos no ato de para oferecê-la em 10 (dez) dias, concedendo-lhe vista dos autos no ato de nomeação.nomeação.

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§ 4º § 4º Apresentada a defesa, o juiz concederá prazo de 5 (cinco) Apresentada a defesa, o juiz concederá prazo de 5 (cinco) dias para manifestar-se o representante do Ministério Público e dias para manifestar-se o representante do Ministério Público e em igual prazo proferirá decisão.em igual prazo proferirá decisão.

§ 5º Se entender imprescindível, o juiz determinará a realização de § 5º Se entender imprescindível, o juiz determinará a realização de diligências, com prazo máximo de 10 (dez) dias.diligências, com prazo máximo de 10 (dez) dias.

§ 6º Aplica-se o disposto na Lei nº 9.271, de 17 de abril de 1996, § 6º Aplica-se o disposto na Lei nº 9.271, de 17 de abril de 1996, ao processo em que o acusado, citado pessoalmente ou por edital, ao processo em que o acusado, citado pessoalmente ou por edital, ou intimado para qualquer ato processual, deixar de comparecer ou intimado para qualquer ato processual, deixar de comparecer sem motivo justificado.sem motivo justificado.

Art. 39. Observado o disposto no art. 43 do Código de Art. 39. Observado o disposto no art. 43 do Código de Processo Penal, Processo Penal, a denúncia também será rejeitada quando:a denúncia também será rejeitada quando:

I - for manifestamente inepta, ou faltar-lhe pressuposto I - for manifestamente inepta, ou faltar-lhe pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal;processual ou condição para o exercício da ação penal;

II - não houver justa causa para a acusação.II - não houver justa causa para a acusação. Art. 40. Art. 40. Recebida a denúnciaRecebida a denúncia, o juiz designará dia e hora , o juiz designará dia e hora

para a audiência de instrução e julgamento, e ordenará a para a audiência de instrução e julgamento, e ordenará a intimação do acusado, do Ministério Público e, se for o caso, intimação do acusado, do Ministério Público e, se for o caso, do assistente.do assistente.

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LEI N° 11.343, de 23 de Agosto de 2006 – NOVA LEI DE TÓXICOSLEI N° 11.343, de 23 de Agosto de 2006 – NOVA LEI DE TÓXICOS

Art. 55.  Oferecida a denúncia, o juiz ordenará a notificação do acusado para oferecer defesa Art. 55.  Oferecida a denúncia, o juiz ordenará a notificação do acusado para oferecer defesa prévia, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias.prévia, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias.

§ 1§ 1oo  Na resposta, consistente em defesa preliminar e exceções, o acusado poderá argüir   Na resposta, consistente em defesa preliminar e exceções, o acusado poderá argüir preliminares e invocar todas as razões de defesa, oferecer documentos e justificações, preliminares e invocar todas as razões de defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas que pretende produzir e, até o número de 5 (cinco), arrolar testemunhas.especificar as provas que pretende produzir e, até o número de 5 (cinco), arrolar testemunhas.

§ 2§ 2oo  As exceções serão processadas em apartado, nos termos dos   As exceções serão processadas em apartado, nos termos dos arts. 95 a 113 do Decreto-Lei no 3.689, de 3 de outubro de 1941 - Código de Processo Penalarts. 95 a 113 do Decreto-Lei no 3.689, de 3 de outubro de 1941 - Código de Processo Penal ..

§ 3§ 3oo  (...)  (...)

§ 4§ 4oo  Apresentada a defesa,   Apresentada a defesa, o juiz decidirá em 5 (cinco) dias.o juiz decidirá em 5 (cinco) dias.

§ 5§ 5oo  Se entender imprescindível, o juiz, no prazo máximo de 10 (dez) dias, determinará a   Se entender imprescindível, o juiz, no prazo máximo de 10 (dez) dias, determinará a apresentação do preso, realização de diligências, exames e perícias. apresentação do preso, realização de diligências, exames e perícias.

Art. 56.  Recebida a denúncia, o juiz designará dia e hora para a audiência de instrução e Art. 56.  Recebida a denúncia, o juiz designará dia e hora para a audiência de instrução e julgamento, ordenará a citação pessoal do acusado, a intimação do Ministério Público, do julgamento, ordenará a citação pessoal do acusado, a intimação do Ministério Público, do assistente, se for o caso, e requisitará os laudos periciais.assistente, se for o caso, e requisitará os laudos periciais.

§ 1§ 1oo  Tratando-se de condutas tipificadas como infração do disposto nos arts. 33, caput e § 1  Tratando-se de condutas tipificadas como infração do disposto nos arts. 33, caput e § 1oo, e , e 34 a 37 desta Lei, o juiz, ao receber a denúncia, poderá decretar o afastamento cautelar do 34 a 37 desta Lei, o juiz, ao receber a denúncia, poderá decretar o afastamento cautelar do denunciado de suas atividades, se for funcionário público, comunicando ao órgão respectivo.denunciado de suas atividades, se for funcionário público, comunicando ao órgão respectivo.

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Código Eleitoral – Lei n.° 4.737, de 15.07.1965Código Eleitoral – Lei n.° 4.737, de 15.07.1965

Art. 358. Art. 358. A denúncia, será rejeitada quando:A denúncia, será rejeitada quando: I - o fato narrado evidentemente não constituir I - o fato narrado evidentemente não constituir

crime;crime; II - já estiver extinta a punibilidade, pela II - já estiver extinta a punibilidade, pela

prescrição ou outra causa;prescrição ou outra causa; III - for manifesta a ilegitimidade da parte ou III - for manifesta a ilegitimidade da parte ou

faltar condição exigida pela lei para o exercício faltar condição exigida pela lei para o exercício da ação penal.da ação penal.

Parágrafo único. Nos casos do número III, a Parágrafo único. Nos casos do número III, a rejeição da denúncia não obstará ao exercício rejeição da denúncia não obstará ao exercício da ação penal, desde que promovida por parte da ação penal, desde que promovida por parte legítima ou satisfeita a condição.legítima ou satisfeita a condição.

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Lei n° 4.898, de 09.12.1965 – Abuso de Lei n° 4.898, de 09.12.1965 – Abuso de Autoridade.Autoridade.

Art. 17. Recebidos os autos, o juiz, dentro Art. 17. Recebidos os autos, o juiz, dentro do prazo de quarenta e oito horas do prazo de quarenta e oito horas proferirá despacho, recebendo ou proferirá despacho, recebendo ou rejeitando a denúnciarejeitando a denúncia..

§ 1º No despacho em que receber a § 1º No despacho em que receber a denúncia, o juiz designará, desde logo, dia denúncia, o juiz designará, desde logo, dia e hora para a audiência de instrução e e hora para a audiência de instrução e julgamento, que deverá ser realizada, julgamento, que deverá ser realizada, improrrogavelmente, dentro de cinco dias.improrrogavelmente, dentro de cinco dias.

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Lei n° 5.250, de 09.02.1967 – Lei de ImprensaLei n° 5.250, de 09.02.1967 – Lei de Imprensa

Art. 43. A denúncia ou queixa será instruída com exemplar do jornal ou Art. 43. A denúncia ou queixa será instruída com exemplar do jornal ou periódico e obedecerá ao disposto no art. 41 do Código de Processo Penal, periódico e obedecerá ao disposto no art. 41 do Código de Processo Penal, contendo a indicação das provas que o autor pretendia produzir. Se a contendo a indicação das provas que o autor pretendia produzir. Se a infração penal tiver sido praticada através de radiodifusão, a denúncia ou infração penal tiver sido praticada através de radiodifusão, a denúncia ou queixa será instruída com a modificação de que trata o art. 57.queixa será instruída com a modificação de que trata o art. 57.

§ 1º Ao despachar a denúncia ou queixa, o juiz determinará a citação do § 1º Ao despachar a denúncia ou queixa, o juiz determinará a citação do réu para que apresente defesa prévia no prazo de cinco dias.réu para que apresente defesa prévia no prazo de cinco dias.

§ 2º (...)§ 2º (...) § 3º (...)§ 3º (...) § 4º Nos processos por ação penal privada será ouvido a seguir o § 4º Nos processos por ação penal privada será ouvido a seguir o

Ministério Público.Ministério Público. Art. 44. Art. 44. O juiz pode receber ou rejeitar a denúncia ou queixaO juiz pode receber ou rejeitar a denúncia ou queixa, após a , após a

defesa prévia, e, nos crimes de ação penal privada, em seguida à defesa prévia, e, nos crimes de ação penal privada, em seguida à promoção do Ministério Público.promoção do Ministério Público.

§ 1º § 1º A denúncia ou queixa será rejeitada quando não houver justa causa A denúncia ou queixa será rejeitada quando não houver justa causa para a ação penal, bem como nos casos previstos no art. 43, do Código de para a ação penal, bem como nos casos previstos no art. 43, do Código de Processo Penal.Processo Penal.

§ 2º Contra a decisão que rejeitar a denúncia ou queixa, cabe recurso de § 2º Contra a decisão que rejeitar a denúncia ou queixa, cabe recurso de apelação e, contra a que recebê-la, recurso em sentido estrito sem apelação e, contra a que recebê-la, recurso em sentido estrito sem suspensão do curso do processo.suspensão do curso do processo.

Art. 45. Recebida a denúncia, o juiz designará data para a apresentação Art. 45. Recebida a denúncia, o juiz designará data para a apresentação do réu em juízo e marcará, desde logo, dia e hora para a audiência de do réu em juízo e marcará, desde logo, dia e hora para a audiência de instrução e julgamento, observados os seguintes preceitos:instrução e julgamento, observados os seguintes preceitos:

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Art. 514. (...)Art. 514. (...)

Parágrafo único. Se não for conhecida a residência do Parágrafo único. Se não for conhecida a residência do acusado, ou este se achar fora da jurisdição do juiz, ser-acusado, ou este se achar fora da jurisdição do juiz, ser-lhe-á nomeado defensor, a quem caberá apresentar a lhe-á nomeado defensor, a quem caberá apresentar a resposta preliminar.resposta preliminar.

Art. 515. (...)Art. 515. (...) Parágrafo único. A resposta poderá ser instruída com Parágrafo único. A resposta poderá ser instruída com

documentos e justificações.documentos e justificações.

Art. 516. Art. 516. O juiz rejeitará a queixa ou denúncia, em O juiz rejeitará a queixa ou denúncia, em despacho fundamentadodespacho fundamentado, se convencido, pela , se convencido, pela resposta do acusado ou do seu defensor, da resposta do acusado ou do seu defensor, da inexistência do crime ou da improcedência da ação.inexistência do crime ou da improcedência da ação.

Page 26: DENÚNCIA e QUEIXA. O despacho inicial: receber ou rejeitar?

Súmula 330Súmula 330 do STJ do STJ

“ “ É desnecessária a resposta É desnecessária a resposta preliminarpreliminar de que trata o artigo 514 de que trata o artigo 514 do Código de Processo Penal, na do Código de Processo Penal, na ação penal instruída por inquéritoação penal instruída por inquéritopolicial.”policial.”

( DJ DATA:20/09/2006 PG:00232)( DJ DATA:20/09/2006 PG:00232)