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Carina Pais Macedo Desemprego e População Qualificada Coimbra, 2013

Desemprego e População Qualificada - fe.uc.pt · ANEXO A Sítio da ... que faz parte da população activa e que anda à procura de emprego ... A falta de emprego não atinge só

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Carina Pais Macedo

Desemprego e População Qualificada

Coimbra, 2013

   

Título: Desemprego e população qualificada  Unidade Curricular: Fontes de Informação Sociológica  1º Ano de Sociologia   Docente: Doutor Paulo Peixoto e Doutora Paula Abreu  Ano lectivo: 2013/2014  Trabalho elaborado por: Carina Pais Macedo 

 Nº de estudante: 2013140332  Turma: Tp1  Imagem da capa: Fonte: http://pt.fotopedia.com/reporter/stories/NhslWYLbWNc 

   

 

Índice 

Introdução ......................................................................................................... 1 

Estado das artes .................................................................................................. 2 

Ficha de Leitura ................................................................................................. 11 

Conclusão ........................................................................................................ 12 

Descrição detalhada da pesquisa ........................................................................... 13 

Avaliação da página Web ..................................................................................... 30 

Referências bibliográficas .................................................................................... 32  

 

 ANEXO A Sítio da Internet Avaliado   ANEXO B Texto de suporte da Ficha de Leitura.

 

 

1  

Introdução:   Com base no regime de avaliação contínua, assente na realização de 

três componentes de um trabalho ao  longo do semestre, da disciplina de 

Fontes de Informação Sociológica do 1º ano da licenciatura em Sociologia 

da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, foi‐nos proposto 

pelo  professor  Paulo  Peixoto  e  pela  professora  Paula  Abreu  três  temas 

para  que  cada  aluno  escolhesse  um  para  avaliação.  Decidi  optar  pelo 

primeiro  tema  “Desemprego  e  população  qualificada”.  Optei  por  este 

tema pois trata de um tema muito actual e se refere a um problema a que 

poderei estar sujeita.  

Nos dias que correm apercebemo‐nos que vivemos num mundo cada vez 

mais qualificado e competitivo. Os  jovens são cada vez mais qualificados, 

mas ao mesmo tempo são também os mais afectados pelo desemprego e 

pela precariedade, quase metade dos  jovens têm o ensino secundário ou 

superior  e mesmo  assim  acabam  por  representar  cerca  de metade  dos 

desempregados.  Nunca  existiu  uma  taxa  de  qualificações  tão  alta  com 

uma  taxa  de  desemprego,  igualmente  recorde.  Assim  sendo  ao  longo 

deste  trabalho  irei  falar do desemprego, dos  tipos de desemprego assim 

como as suas causas e consequências. De seguida irei abordar temas como 

a  globalização,  o  multiculturalismo  e  as  migrações  e  concluirei  com  a 

avaliação de uma página Web.              

   

  

 

2  

Estadodasartes: 

O que é o Desemprego? 

  Quando ouvimos o  termo desemprego  associamos  logo à  falta de 

trabalho. Desta maneira dizemos que um desempregado é um  indivíduo 

que  faz  parte  da  população  activa  e  que  anda  à  procura  de  emprego 

embora sem sucesso. Desta maneira, só conta como desempregado quem 

está  efectivamente  interessado  em  trabalhar  e  não  tem  emprego 

(Conceito.de, 2011).   

 

Tipos de Desemprego: 

Podemos dividir o desemprego em 4 parâmetros: 

1. Desemprego estrutural ou tecnológico; 

2. Desemprego conjuntural ou cíclico; 

3. Desemprego friccional; 

4. Desemprego sazonal. 

 

O  primeiro  é  causado  normalmente  por  inovações,  sendo mais  comum 

nos  países  desenvolvidos  devido  à  grande mecanização  das  indústrias, 

reduzindo  assim  os  postos  de  trabalho,  ou  seja,  aquele  cuja  vaga  do 

trabalhador  foi  substituída  por máquinas  ou  processos  produtivos mais 

modernos.  O  segundo  é  transitório,  ocorre  durante  alguns  períodos.  É 

principalmente  causado  por  uma  variação  da  produção  no  decorrer  do 

ciclo  de  negócios. O  terceiro  é motivado  por mudanças  de  emprego  ou 

actividades  dos  indivíduos.  Ocorre  quando  o  empregado  e  a  entidade 

patronal não chegam a acordo. E finalmente o quarto acaba por ser uma 

 

3  

forma  de  sub‐emprego  comum  nas  regiões  agrícolas,  motivadas  pelo 

carácter  sazonal  do  trabalho  em  certos  sectores  agrícolas  como  por 

exemplo:  na  época  das  vindimas  aumenta  a  oferta  de  trabalho  e  o 

desemprego diminui no entanto nos  restantes meses do ano, a  situação 

inverte‐se (Conceito.de, 2011).                        

                                                                           

Causas do desemprego?  

A  evolução  do  desemprego  reflecte‐se  principalmente  em  problemas 

estruturais, problemas que se acumularam ao longo de vários anos e que 

agora são mais evidentes devido à grave situação económica que vivemos. 

São variadíssimas as causas de desemprego no entanto as mais relevantes 

são: 

• Baixa qualificação do trabalhador ‐ onde o trabalhador arranja uma 

oportunidade de trabalho mas no entanto não possui formação adequada 

para exercer aquela função; 

• Crise  económica  ‐  pois  o  consumo  de  bens  e  serviços  tende  a 

diminuir  com  a  crise  e  assim  sendo  muitas  empresas  demitem 

funcionários como forma de diminuir custos para enfrentar a crise; 

• Inovação tecnológica ‐ substituição de mão‐de‐obra por máquinas; 

(Geografia do Sesi, 2012) 

 

 

 

 

 

 

 

4  

 

Consequências  Económicas,  Psicológicas  e  Sociais  do 

Desemprego: 

  “O  desemprego  elevado  é  sinónimo  de  um  problema  económico 

bem  como  social.  É  um  problema  económico,  porque  representa  um 

desperdício de  recursos  valiosos, e é um problema  social, porque  causa 

enormes  sofrimentos  aos  desempregados  que  detêm  menores 

rendimentos” (Carla Mendonça, 2012). 

  Por  norma  quando  pensamos  no  desemprego,  a  primeira 

consequência que nos vem à cabeça é a perda de  rendimentos. Quando 

encontramo‐nos nesta situação somos sem dúvida postos à prova, sujeitos 

desta forma a consequências económico‐financeiras e a grandes pressões 

psicológicas.   Para  além  de  todos  os  custos  sociais  associados  ao 

desemprego há sempre uma perda de riqueza. Podemos assim dizer que o 

desemprego é "a consequência mais dramática da política de austeridade 

e de  recessão económica que a  “troika” e o governo  têm  conduzido no 

último ano e meio (Semedo, 2012).  

  Uma pessoa que permaneça durante um  longo período de  tempo 

desempregada  tem  tendência  a  começar  a  sentir  um  mau  estar 

psicológico  traduzindo‐se  assim  em  depressões,  diminuição  da  auto‐

estima entre outras coisas. 

 

 

 

 

5  

 

Desemprego na Europa: 

  Podemos afirmar que o desemprego é um dos grandes problemas 

deste  século.  A  falta  de  emprego  não  atinge  só  o  trabalhador mas  sim 

todos em redor como por exemplo o estado e a família, tornando‐se assim 

um motivo de preocupação por parte dos governos.  

  Podemos  considerar  que  o  desemprego  na  Europa  atingiu  níveis 

muito preocupantes, como podemos observar na figura 1, sendo a Grécia, 

a  Espanha  e  Portugal  os  mais  afectados  com  taxas  de  desemprego 

superiores a 17%.  

Figura 1: Taxa de desemprego na Europa em Março 

Fonte: (Maisvalias, 2013)

  A entrada das novas tecnologias nos meios de produção é uma das 

principais  causas  de  desemprego  na  Europa,  porque  acaba  por  retirar 

postos  de  trabalho  pois  a  mão‐de‐obra  passa  a  ser  substituída  pela 

tecnologia.  No  entanto  também  observamos  que  a  migração  das 

empresas para outros países ou continentes faz com que a produção seja 

desenvolvida nas  filiais e na Europa permanecem  somente as  sedes que 

 

6  

direccionam os rumos do empreendimento, e desta maneira, as empresas 

deixam de  gerar emprego para os europeus, agravando o  fenómeno do 

desemprego.  (Freitas, 2009). 

População qualificada: 

    Vivemos num mundo cada vez mais qualificado, mais competitivo, 

vivemos  num  mundo  onde  toda  a  gente  pretende  ter  as  melhores 

condições de vida possíveis, assim sendo vemos que o nível de  instrução 

das pessoas é cada vez maior. Como o Diário de Noticias relata “Os jovens 

são cada vez mais qualificados, mas ao mesmo tempo mais afectados pelo 

desemprego e pela precariedade: quase metade tem o ensino secundário 

ou superior e representam cerca de metade dos desempregados” (Diário 

de notícias, 2011). Os jovens estão a atrasar a sua entrada no mercado de 

trabalho em busca de uma qualificação maior e melhor, mas continuam a 

ser os mais atingidos pelo desemprego. 

 

Figura 2: Taxa de desemprego jovem na UE 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: (Público.pt, 2013)

 

7  

    

   

 

  No  entanto  nunca  existiu  uma  taxa  de  qualificações  tão  alta 

com  uma  taxa  de  desemprego,  igualmente  recorde.  O  processo  de 

Bolonha  trouxe  imensas vantagens  inclusive para Portugal. A declaração 

de  Bolonha  tem  como  principal  objectivo  o  aumento  da 

competitividade do  sistema  europeu  de  ensino  superior  e  a  promoção 

da mobilidade e empregabilidade dos diplomados do ensino  superior no 

espaço  europeu  (Direção Geral  do  Ensino  Superior,  2008).  Assim  sendo 

tem  se  assistido  cada  vez mais  a  uma maior  vulgarização  dos  graus  de 

licenciatura.  A  procura  por  uma  formação  superior  tem  crescido 

exponencialmente nos últimos 20 anos, mas com especial  incidência nas 

qualificações  nos  mestrados  e  doutoramentos.  Podemos  concluir  que 

“nunca  coexistiu  uma  taxa  de  qualificações  tão  alta  com  uma  taxa  de 

desemprego,  resultado  da  conjuntura  que  Portugal  e  a  Europa 

atravessam,  que  nada  tem  a  ver  com  os  índices  de  qualificações  da 

população, mas  sim  com  o  desajustamento  estrutural  dos  sistemas  da 

sociedade  industrial  que  as  nossas  instituições  insistem  em  perpetuar” 

(Varela, 2013). 

 

 

 

 

 

 

 

 

8  

 

 

Figura 3: Diplomados no ensino su‐                Figura 4: Doutoramentos: total e por perior e doutoramentos realizados                 sexo e doutoramentos realizados   no estrangeiro                                                     em Portugal ou no estrangeiro 

        

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Assistimos então a um aumento das qualificações dos portugueses, mas 

mesmo assim Portugal  vê a  sua  taxa de desemprego  jovem  continuar a 

aumentar, o número de desempregados em Portugal continuou a subir a 

um ritmo elevado. A taxa de desemprego passou para 17,7% no primeiro 

trimestre de 2013, um novo máximo histórico em Portugal. 

Fonte: (Jornal de Negócios online, 2013) Fonte: (Jornal de Negócios online, 2013)

 

9  

  

Figura 5: Taxa de desemprego continua a crescer  

                  Portugal enfrenta a situação económica e social mais crítica da sua história 

económica  recente,  como  podemos  observar  no  gráfico  o  desemprego 

jovem atingiu valores de 42,1%, um valor nunca antes visto. 

 

Figura 6: Taxa de desemprego continua a crescer 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 Fonte (Público, 2013) 

  Fonte: (Público, 2013) 

 

10  

 

 

Como  podemos  observar  na  figura  1  temos  a  terceira  maior  taxa  de 

desemprego na Europa com 15,5%, e, na figura 2 temos a 4ª maior taxa de 

desemprego  jovem  da  União  Europeia  um  novo  recorde.   O  que  me 

parece  preocupante  é  que  a  acompanhar  este  factor,  como  já  referi 

anteriormente,  temos  também um aumento do nível de qualificação da 

população,  assistimos  assim  a  um  aumento  das  qualificações  dos 

portugueses, mas no entanto Portugal vê a sua taxa de desemprego jovem 

a  continuar a aumentar. Vendo a  situação em que nos encontramos, os 

jovens portugueses com o objectivo de sair desta situação crítica, tentam 

descobrir soluções que passam por ideias inovadoras e criativas ou mesmo 

em último caso a emigração.  

Podemos afirmar que hoje em dia a emigração para um  jovem  já não é 

uma  situação  tão  aflitiva  como  era  há  tempos  atrás. Os  jovens  vêem  a 

emigração  como  uma  possibilidade  de  obter  melhores  condições  de 

trabalho,  de  vida  ou  mesmo  como  uma  forma  de  alargar  os  seus 

horizontes e conhecimentos (como emigrar.net, 2013).  

           

 

11  

Ficha de Leitura:  

Título da publicação: “Globalização e multiculturalismo” 

Nº da revista: 13 

Autora: Maria da Conceição Pereira Ramos 

Data da publicação: Julho a Dezembro de 2013 

Onde  se  encontra:  no  Web  site  onde  depois  temos  que  descarregar 

incubadora.ufrn.br/index.php/interlegere/article/download/879/771 

Número de páginas: 75‐101 (27 páginas) 

Palavras‐chave: Globalização, multiculturalismo, migrações 

 

 

Nota sobre a autora: 

Maria  da  Conceição  Pereira  Ramos  é  professora  na  Faculdade  de 

Economia da Universidade do Porto onde  foi  responsável pela disciplina 

“Economia  das Migrações  Internacionais”  do mestrado  em  Economia.  É 

também investigadora no Centro de Estudos das Migrações e das Relações 

Interculturais,  Universidade  Aberta.  Doutorada  em  Ciência  Económica  ‐ 

Economia  dos  Recursos  Humanos  pela Universidade  de  Paris  I.  As  suas 

áreas de docência e pesquisa incidem sobre as Migrações Internacionais e 

Diásporas,  nomeadamente  o  caso  português  (Mulher  migrante  em 

congresso, 2011).  

 

 

12  

Introdução:    Decidi  optar  por  este  texto  pois  foi  o  que  me  despertou  mais 

interesse  já  que  trata  de  um  assunto  muito  pertinente  nos  dias  que 

correm  relacionado com o mundo e principalmente com Portugal. Neste 

texto, a autora aborda principalmente os seguintes temas: a globalização 

ou  por  outras  palavras  o  processo  de  integração  e  interacção  entre  as 

empresas,  pessoas,  mercados  e  governos  de  diferentes  nações  (Porto 

Editora,  2003‐2013),  o multiculturalismo  ou  seja  as  diferentes  culturas 

presente num mesmo país ou na mesma zona  (Infopédia, 2003‐2013)  , a 

migração que consiste na deslocação da população de um país para outro 

ou  de  uma  região  para  outra  (Intra.vila,  1996)  ,  e  tudo  o  que  advém 

destes. Este texto está dividido em 7 subtemas:  

1‐ A  globalização  humana  e  a mundialização  das migrações  –  Forte 

reforço da feminização e da qualificação dos fluxos recentes; 

2‐ Múltiplas  culturas  e  cidadanias,  redes  sociais,  diáspora  e 

transnacionalismo migrante;  

3‐ Mobilidade  internacional  e  diversidade  na  educação  –  Políticas 

públicas de valorização de competências interculturais; 

4‐ Necessidade da gestão intercultural face à diversidade no trabalho e 

na sociedade – Combate à discriminação pela igualdade de oportunidades; 

5‐ Políticas seletivas de imigração e regulação dos fluxos numa Europa 

globalizada. Mobilidade do trabalho e estratificações sociais; 

6‐ O direito à mobilidade e a sociedade do conhecimento. O direito a 

migrar como um direito humano fundamental; 

7‐ Considerações  finais  ‐  Mobilidade  internacional,  coesão  social  e 

desenvolvimento no contexto de globalização e crise económica.  

 

13  

Desenvolvimento: A  autora  no  primeiro  subtema  começa  por  falar‐nos  das  migrações 

internacionais e da  sua  importância. Como  todos  sabemos as migrações 

nos  dias  que  correm  são  um  grande  elemento  da mundialização,  são  a 

principal força de transformação social em todas as regiões do mundo. A 

maioria  das  migrações  internacionais  ocorre  pela  busca  de  melhor 

condições de vida e de trabalho. 

 Nas  últimas  décadas  tem  se  registado  a  olhos  vistos  o  aumento  da 

mobilidade  humana  a  nível mundial,  o  que  acaba  por  pôr  em  causa  a 

soberania  dos  estados,  assim  como  a  educação.  Entre  outras  coisas, 

porque  as  pessoas  têm  de  se  deslocar  das  suas  origens  em  busca  de 

melhores oportunidades. Podemos assim afirmar que  “as migrações  são 

um  dos  3  pilares  da  mundialização  juntamente  com  as  trocas 

internacionais e os movimentos de capitais” (Ramos, 2013). 

Desta  maneira  as  sociedades  multiculturais  (existência  de  diferentes 

culturas  na  mesma  sociedade)  são  uma  realidade,  no  entanto  estas 

acabam  por  constituir  como  o  texto  refere  “um  desafio  aos  direitos  de 

cidadania e à  integração de populações migrantes, estando a diversidade 

cultural no centro do desenvolvimento humano” (Ramos, 2013). 

De seguida a autora introduz um novo conceito: o multiculturalismo que o 

define  como  modo  de  designar  as  diferenças  culturais  num  contexto 

transnacional e global.  

Nas  últimas  décadas  pudemos  assistir  quer  nos  fluxos  da  globalização 

como  nas  mudanças  no  mercado  de  trabalho,  ao  crescimento  das 

migrações  internacionais femininas (segundo o texto “53% dos migrantes 

na  Europa  são mulheres”)  e  da  sua  importância  tanto  a  nível  social  e 

 

14  

laboral,  como  económico.  As  mulheres  acabaram  por  ganhar  maior 

independência  e  autonomia  e,  desta maneira  a  internacionalização  do 

trabalho feminino tornou‐se numa das características da globalização e da 

nova  era  das migrações,  sendo  estas  procuradas  nos  dias  de  hoje  em 

trabalhos  que  requerem  uma  maior  ou  menor  qualificação.  Muitas 

mulheres migram  por  conta  própria  enquanto  chefes  de  família  com  o 

objectivo de garantir o sustento da família, pois como outros migrantes, as 

mulheres  contribuem  para  o  bem‐estar  dos  seus  lares  com  o  envio  de 

dinheiro para as suas famílias. Portugal segundo o relatório da OCDE “Jobs 

for  Immigrants”, de 2008, é o país da OCDE com maior taxa de emprego 

entre as mulheres  imigrantes  (Ramos, 2013). No entanto uma parte das 

mulheres  migrantes  continua  a  acumular  numerosos  níveis  de 

discriminação,  quer  sexual  enquanto  trabalhadoras  migrantes  face  aos 

trabalhadores  migrantes,  quer  em  função  da  nacionalidade,  enquanto 

trabalhadoras estrangeiras face aos cidadãos nacionais, ou como também 

em função da raça ou origem étnica entre muitos outros. 

Podemos  também  concluir  que  a  migração  internacional  é  o  principal 

motivo para o aumento da população e parte significativa dos que entram 

na  população  em  idade  activa. No  entanto  nos  dias  que  correm  está  a 

aumentar  a  imigração  temporária  e  a  consequente  diminuição  da 

imigração laboral permanente.  

Actualmente,  as  relações  económicas  mundiais,  compreendendo  a 

dinâmica dos meios de produção, das forças produtivas, da tecnologia, da 

divisão internacional do trabalho e do mercado mundial, são amplamente 

influenciadas  pelas  exigências  das  empresas,  corporações  ou 

conglomerados multinacionais.  Assim  sendo  estando  nós  numa  era  das 

novas  tecnologias,  e  com  o  avanço  destas  e  com  a  aceleração  da 

 

15  

globalização  é  visível  a  crescente  procura  de  novas  estratégias  de 

competitividade  exigindo  uma  maior  qualificação  do  factor  trabalho  

(Ramos,  2013),  ou  seja  do  trabalhador  pois  os  trabalhadores  e 

trabalhadoras  com  altas  qualificações  correspondem  à  procura  das 

indústrias  de  alta  tecnologia  e  mantêm  desta  forma  as  economias 

globalmente  competitivas. Assim  sendo,  com  o  aumento  das migrações 

com fins de emprego qualificado dá‐se também o aumento da tendência à 

“fuga de cérebros”, e com esta crescente mobilidade das pessoas acresce 

a mobilidade de informações e conhecimento. Os principais concorrentes 

a estes cargos de trabalhadores  imigrantes altamente qualificados são os 

estudantes  internacionais,  e  sendo  assim  os  Estados  têm  criado  bolsas 

para incentivar a mobilidade internacional assim como tem havido esforço 

por  parte  dos  países  europeus  na  equivalência  dos  diplomas  visando 

uniformizar o ensino superior na União Europeia e facilitar a mobilidade e 

inserção no mercado de  trabalho europeu e global  (Ramos, 2013). Estes 

estudantes vêem‐se “obrigados ” a imigrar devido às condições em que se 

encontra o seu país de origem, e tal facto acontece também em Portugal. 

Devido  a  este  desemprego  exponencial  estes  estudante  vêem  no 

estrangeiro  a  possibilidade  de  exercer  a  sua  profissão  e  desta maneira, 

como  já  referi  anteriormente  observa‐se  a  “intensificação  dos  fluxos 

migratórios de trabalhadores altamente qualificados, ou seja, aqueles que 

possuem  grandes  capacidades  de  raciocínio  e  gestão,  bem  como  know 

how técnico” (Ramos, 2013). 

A autora acaba o primeiro subtema fazendo um pequeno exemplo de prós 

e  contras  sobre  a  migração.  Realça  assim  na  primeira  vertente  a 

contribuição que os migrantes altamente qualificados  (estes apresentam 

recursos  humanos  com múltiplas  valências  linguísticas  e  culturais)  têm 

 

16  

para o desenvolvimento da “sociedade global do conhecimento” mas no 

entanto  por  outro  lado  apresenta  também  que  este  “movimento 

migratório  pode  afectar  o  desenvolvimento  das  sociedades  de  origem, 

com consequências negativas, em termos de capital humano e no que diz 

respeito à consolidação e reforço da sociedade civil” (Ramos, 2013).  

   O  segundo  subtema  começa  por  falar  dos  aspectos  positivos  da 

diáspora e dos  sistemas de  intercâmbio e de  trocas entre nações. Estes 

acabam por facilitar a circulação de  ideias, pessoas, capitais, mercadorias 

entre  os  países  de  origem  e  os  países  de  acolhimento.  A  globalização 

facilitou a mobilidade de capitais e empresas, aumentado também assim a 

competição  entre  países.  Como  a  autora  diz  o  transnacionalismo  é  o 

conjunto dos processos pelos quais os migrantes desenvolvem relações de 

natureza múltipla,  ligando as sociedades de origem e as de acolhimento, 

construindo  espaços  sociais  que  atravessam  as  fronteiras  geográficas, 

culturais  e  políticas  (PORTES,  1999)  ou  por  outras  palavras  também 

podemos dizer que o imigrante torna‐se num indivíduo mais transnacional 

devido à maneira como este passa a possuir  identidades mistas, como o 

seu envolvimento é  forte com as duas nações e  também podemos dizer 

que certos imigrantes também adquirem dupla nacionalidade entre outras 

coisas.  A  integração  internacional  das  culturas  é  manifestação  da 

globalização. 

  De seguida a autora aborda a relação entre o multiculturalismo e as 

dinâmicas económicas e políticas da globalização, dando principal ênfase à 

parte em que esta relação assente no reconhecimento da diferença destes 

imigrantes tenta criar politica sociais procurando assim a redistribuição, a 

inclusão e a redução das desigualdades. 

 

17  

(3 subtema)   Como  nós  sabemos  as  migrações  são  muito 

importantes,  tanto  a  nível  local  como  a  nível  global,  tanto  para  a 

transformação como para a formação de culturas.  

  Desta maneira a mobilidade acaba por ser uma constante nas novas 

políticas  do  Ensino  Superior,  reporta  a  um  sinónimo  de  Progresso, 

inovação,  criatividade  e  competitividade. O  seu  objetivo  principal  passa 

pelo alargamento dos horizontes, retirando as fronteiras e barreiras para 

uma  educação  global,  tanto  no  contexto  Nacional  como  Internacional, 

criando  uma  diversidade  cultural,  baseada  na  troca  de  valores, 

conhecimentos  e  experiências,  levando  à  emergência  de  pessoal 

altamente  qualificado  (Universidade  de  Évora  ,  2013).  A  mobilidade 

humana  traz  desafios  intermináveis  e  consequentemente  dificuldades 

vividas por  todos os migrantes pois as suas adaptações nem sempre são 

fáceis, o domínio da língua do país de acolhimento continua muitas vezes 

a ser o primeiro obstáculo a uma boa integração. Com o objectivo de não 

tornar  a  integração  dos  imigrantes  tão  difícil  e  de  diminuir  os  aspectos 

negativos os Estados‐Membros, na sua maioria, fizeram grandes esforços 

para desenvolverem políticas nacionais de integração. Contudo muitos são 

os  que  consideram  insuficientemente  eficazes  as  políticas  por  estes 

desenvolvidas até ao presente visto que persistem ainda assim entraves à 

integração  como,  por  exemplo,  o  desemprego  e  o  nível  deficiente  das 

qualificações  ou  da  educação.  Desta  maneira  vê‐se  que  existe  uma 

necessidade de uma abordagem global que tivesse em conta não apenas 

os aspectos económicos e sociais da integração, mas também as questões 

relativas à diversidade cultural e religiosa, à cidadania, à participação e aos 

direitos políticos (Imigrantes, s.a). 

 

18  

  Depois  dos  anos  80  do  século  XX  podemos  constatar  que  a 

imigração é um fenómeno que se está a sentir cada vez mais em Portugal 

podemos  dizer  que  as  comunidades  dos  imigrantes  já  fazem  parte  do 

nosso dia‐a‐dia. Como a autora diz: Portugal viu‐se inserido num mercado 

internacional  de  trabalho  globalizado  e  numa  dinâmica migratória  cada 

vez  mais  complexa,  os  estrangeiros  com  situação  legal  em  Portugal, 

representaram em 2010, 4,3% da população  residente, cerca de 457 mil 

pessoas. 

  A  educação  superior  tem‐se  transformado ultimamente num bem 

mundial  de  interesse  global  e,  sendo  nós  um  dos  países  com  grandes 

referências a nível das nossas universidades, principalmente a de Coimbra 

e do Porto muitos dos  imigrantes vieram estudar para Portugal. Como a 

autora diz: os alunos estrangeiros já representam cerca de 10% dos alunos 

totais das universidades, no entanto a manutenção da coesão social face 

aos movimentos migratórios passa pela  integração dos  imigrantes e das 

suas  famílias  nos  países  de  acolhimento,  sendo  como  já  referi 

anteriormente  a educação é um  forte motor de  integração. No entanto 

para que a  integração dos  imigrantes na nossa sociedade  tenha sucesso, 

não depende só deles, também depende de nós, enquanto país receptor.  

 

  Contudo  os  alunos  portugueses  obtêm  melhores  notas  que  os 

alunos  estrangeiros  (cá  em  Portugal).  Segundo  o  texto  os  principais 

factores que influenciam os resultados escolares dos alunos de origem no 

estrangeiro são: 

• o nível de formação mais baixo dos pais e a ocupação de empregos 

menos qualificados; 

• o acesso reduzido aos recursos educativos e materiais em casa; 

 

19  

• a  duração  de  estadia  no  país  de  acolhimento,  o  facto  de  serem 

imigrantes de primeira ou de segunda geração; 

• a língua falada em família ser ou não a língua de avaliação do 

programa PISA; 

 

Assim  sendo  foram  criados  em  Portugal  diversos  sistemas  de  educação 

com  o  objectivo  de  facilitar  a  adaptação  destes  imigrantes  diminuindo 

assim as desigualdades entre estes e os portugueses. No entanto apesar 

de todos os projectos criados por Portugal, como Maria Conceição Ramos 

refere a educação continua a ser um  factor nem sempre valorizado para 

os  imigrantes  nos  países  de  acolhimento,  verificando‐se  fenómenos  de 

desqualificação  profissional,  desperdício  de  cérebros  e  desigualdade  de 

oportunidades, o que  constitui não  só uma perda de  recursos humanos 

valiosos, mas também um risco para a coesão social.  

 

  No 4 subtema trata‐se de assuntos como os agentes de mudança e 

desenvolvimentos  dos  migrantes,  o  papel  deles  nas  redes  sociais  etc. 

Como  a  autora  refere  a  gestão  da  imigração  e  da  diversidade  cultural 

colocam  grandes  desafios  a  nível  mundial  e  também  à  construção 

europeia, obrigando a repensar as políticas de educação, do trabalho, da 

protecção e da coesão social. No entanto se pensarmos bem as migrações 

podem  ser  tanto  um  obstáculo  como  um  instrumento  para  o 

desenvolvimento. Para os países menos desenvolvidos, as migrações são 

uma  componente  muito  importante  da  mundialização.  Os  migrantes 

enquanto indivíduos, bem como os migrantes envolvidos em organizações 

nas  diásporas  são  vistos  como  agentes  para  o  desenvolvimento  que 

poderão  fortalecer  a  cooperação  entre  os  países  de  origem  e  de 

 

20  

acolhimento, bem como contribuir para os seus países de origem através 

da  transferência  de  competências  e de  conhecimento,  de  investimento, 

comércio  e  remessas  (  Gulbenkian  Imigração,  2006).  Algumas  das 

principais  inter‐relações  migrações/desenvolvimento  centram‐se  na: 

melhor utilização do capital humano dos migrantes e das  suas  remessas 

para a promoção do desenvolvimento económico; migrações de retorno e 

os  seus  impactos  locais,  nomeadamente  no  mundo  rural.  Estas  novas 

mobilidades  migratórias  têm  incidências  económicas  e  provocam 

reestruturações no mercado de trabalho que suscitam novas migrações de 

trabalhadores  nos  espaços  receptores,  assim  sendo  as  migrações 

internacionais são uma das principais  forças de  transformação social em 

todas  as  regiões  do  mundo.  Os  migrantes  contribuem  para  o 

desenvolvimento de ambos os países de origem e destino. Como já referi 

anteriormente os meios através dos quais as comunidades de migrantes 

podem  contribuir  para  o  desenvolvimento  do  país  de  origem  são 

igualmente  diversos,  envolvendo  a  criação  de  empresas,  ligações 

comerciais,  investimentos,  remessas,  transferência  de  competências  e 

mudanças  nos  papéis  culturais  ( Gulbenkian  Imigração,  2006)  .  Como  a 

autora refere as mulheres migrantes podem ser consideradas agentes de 

mudança  nos  países  de  origem  e  de  acolhimento,  contribuindo  para 

diferentes  transformações, novas dinâmicas  familiares  e  demográficas  e 

mudanças progressistas que afectam as mentalidades, os hábitos de vida, 

a educação e as relações entre os géneros.  

Os  trabalhadores  estrangeiros  documentados  apresentam  os  mesmos 

problemas que os trabalhadores nacionais, sendo que a precariedade do 

emprego  e  das  relações  laborais  é  maior,  por  comparação  com  os 

nacionais. Nos dias que correm devemos ver os migrantes como enquanto 

 

21  

portador e agente de cultura no entanto deparamo‐nos com muitos casos 

de imigrantes clandestinos. 

  O  maior  e  principal  problema  laboral  dos  imigrantes  é  o  dos 

trabalhadores indocumentados e os problemas resultantes desta situação, 

nomeadamente  a maior  exploração  laboral.  As  principais  questões  que 

foram destacadas, no âmbito do trabalho ilegal, foram a falta de direito à 

saúde, a  impossibilidade de  frequentar acções de  formação, as ameaças 

de denúncia ao SEF, as chantagens e pressões por parte do patronato e as 

redes de tráfico de pessoas (Fundação Casa de Rui Barbosa, 2001). 

Os  trabalhadores  migrantes  podem  acumular  numerosos  níveis  de 

discriminação 

(RAMOS, 2010): 

• Vítimas de tráfico de mão‐de‐obra, para fins de exploração sexual, 

sobretudo no caso das mulheres; 

• Em função da raça, cor ou origem étnica, no mercado de trabalho 

em que não é aplicado o princípio da “igualdade de tratamento e de 

oportunidade”; 

• Na profissão, trabalhando em empregos em que não são 

formalmente considerados trabalhadores; 

• Nos salários, trabalhando em empregos onde não é aplicado o 

princípio da “igualdade de remuneração por trabalho de igual valor”; 

• Em função da nacionalidade, enquanto trabalhadores estrangeiros, 

muitas vezes sofrendo desqualificações, face aos cidadãos nacionais; 

• Com base no estatuto migratório, por não terem documentos ou 

estarem “clandestinos”. 

 

 

22  

Assim  sendo  podemos  concluir  que  os  migrantes  tendem  a  estar  em 

sectores  sensíveis  às  flutuações  económica  pois  estão  fortemente 

representados  no  trabalho  temporário,  com  menor  estabilidade  de 

emprego,  e  a  sua  própria  inserção  na  economia  informal  afasta‐os  da 

protecção social, sem acesso aos benefícios sociais ou recebendo apenas 

montantes reduzidos. 

 

      Como  a  autora  refere  no  quinto  subtema  a  livre  circulação  dos 

trabalhadores na União Europeia (UE) é uma das liberdades fundamentais 

consagradas pelo Tratado da CE, no entanto os  fluxos entre os países da 

UE não  são muito  significativos. Nos países  tradicionais de  imigração, as 

políticas são formalmente restritivas, particularmente no que diz respeito 

aos  imigrantes  não  diplomados.  Nos  novos  países  de  imigração  e 

periféricos, em relação aos países centrais da zona euro, as estratégias de 

abertura selectiva desenvolvem‐se em maior ou menor escala. 

  Portugal  nos  últimos  anos,  foi  sempre  considerado  um  bom  país 

devido às boas condições de vida e de emprego por isso é que foi durante 

tantos anos um país tão “requisitado” pelos imigrantes, no entanto desde 

2011 houve mais pessoas a sair de Portugal do que a entrar.  

As  migrações  internacionais  são  uma  das  inúmeras  manifestações  da 

tendência para uma globalização crescente assim sendo as consequências 

da migração  sobre os próprios migrantes, os  seus direitos e o  seu bem‐

estar  tornaram‐se  uma  preocupação  importante  para  a  comunidade 

internacional. O envelhecimento da população e a persistência de algumas 

penúrias de mão‐de‐obra conferem às migrações um papel importante na 

escolha das prioridades políticas. Desta maneira somos confrontados com 

o  facto  de  que  os  imigrantes  exercem muitas  vezes  as  profissões  onde 

 

23  

existe  um  défice  de  oferta  por  parte  dos  trabalhadores  nacionais. 

Visualizamos  muito  este  facto  cá  em  Portugal,  todos  os  dias  nos 

deparamos  com  pessoas  desempregadas,  no  entanto  sectores  como  a 

agricultara oferecem  imenso  trabalho, as pessoas é que por  serem mais 

qualificadas não estão dispostas a trabalhar em cargos destes enquanto os 

imigrantes já estão. 

Os efeitos no mercado de trabalho da globalização são evidentes, com a 

criação de  empregos  para  países  com  mão‐de‐obra  mais  baratas  para 

execução  de  serviços  que  não  é  necessário  alta  qualificação,  com  a 

produção distribuída  entre  vários  países,  seja para  criação  de um único 

produto, onde cada empresa cria uma parte, seja para criação do mesmo 

produto  em  vários  países  para  redução  de  custos  e  ganhar  vantagens 

competitivas no acesso de mercados regionais. 

No  entanto  as  políticas  de  restritivas  entre  da  imigração  baseiam‐se  na 

ideia de que a  imigração tem efeitos negativos no emprego e nos défices 

públicos. Como a autora diz a procura não reconhecida de trabalhadores 

migrantes, colmatando necessidades em diversos  sectores nos países de 

imigração,  contribui  frequentemente  para  o  aumento  da  migração 

irregular e do tráfico de migrantes, assim sendo Kofman, assinala o facto 

de  políticas  migratórias  restritivas  criarem  oportunidades  para  o 

desenvolvimento  de  um  mercado  lucrativo  para  empresários  e 

organizações, facilitando a imigração clandestina (Kofman, 2000).  

  Há  assim  uma  necessidade  de  uma  consciência  planetária  de 

direitos  e  de  deveres  universais  e  de  uma  concepção multicultural  de 

direitos humanos. 

(6 subtema) No plano económico, tanto os países de acolhimento como os 

países  de  origem  podem  beneficiar  com  as migrações  internacionais.  A 

 

24  

União Europeia tem vindo a receber cada vez mais imigrantes de diversos 

países  assim  sendo  é  importante  a  criação  de  uma  política  comum  na 

gestão  dos  fluxos migratórios,  no  combate  ao  tráfico  de  pessoas  e  na 

integração  de  imigrantes  e  de minorias,  porque  ao  criar  estas  políticas, 

como a autora cita, podemos promover o controlo dos fluxos migratórios 

e reforçar a cooperação com os países de origem, e alem disto com estas 

políticas  devemos  investir muito mais  na  integração  dos  imigrantes  nas 

sociedades de acolhimento, reforçando assim a coesão social. 

  Nem  todas  as  pessoas  têm  oportunidade  de  imigrar  assim  sendo 

segundo  o  sociólogo  Bauman,  nos  custos  humanos  da  globalização,  a 

mobilidade  tornou‐se  um  privilégio  de  classe  constituindo  um  factor 

essencial  das  estratificações  sociais  contemporâneas.  Há  desigualdades 

entre os que têm os meios para a mobilidade e os que são condenados à 

imobilidade  nos  lugares  onde  habitam,  ou  obrigados  a  circular  entre 

países,  em  migrações  de  trânsito.  Assim  sendo  há  cada  vez  mais 

imigrações que tentam escapar às regulações do Estado, isto faz com que 

tenhamos  de  criar  novas  estratégias  para  tentar  combater  este  tipo  de 

situações.  

 

   A autora no último subtema começa por dizer que a  integração do 

migrante diz respeito não só ao seu país de origem como ao de chegada. 

Desta maneira é necessário criar processos de co‐desenvolvimento onde 

se  tenta  criar  laços  que  “reúnem  os  migrantes,  os  governos  e  outras 

instâncias  públicas  e  privadas  à  volta  de  um  projecto  de  colaboração 

visando  contribuir  para  o  desenvolvimento  do  país  de  origem  dos 

migrantes”  (Ramos,  2013).  Assim  sendo  um  dos  objectivos  globais  é 

identificar medidas concretas para reforçar a coerência e a cooperação a 

 

25  

todos os níveis, de modo a que os migrantes e os países possam  retirar 

maiores  benefícios  da  migração  internacional,  bem  como  explorar  as 

ligações pertinentes para o desenvolvimento e  reduzir  simultaneamente 

os  seus  efeitos  negativos.  A  perspectiva  dos migrantes  e  o  reforço  dos 

seus direitos humanos é uma prioridade.  

  No  entanto  há  sempre  controvérsias,  nos  últimos  tempos  tem‐se 

dado  um  aumento  da  xenofobia  (medo  de  estrangeiros).  São muito  os 

casos de preconceito e discriminação perante estes, principalmente pelo 

facto de que as pessoas oriundas do país onde estes migrantes  chegam 

verem os migrantes como “ladrões” para eles os migrantes "roubam" os 

empregos restantes da população do país que os abriga. 

  Lutando contra as desigualdades, as discriminações e a pobreza são 

criadas as políticas de mobilidade, políticas que devem ser  instrumentos 

de  coesão  social,  nacional  e  internacional,  políticas  que  desenvolvam  a 

integração e o desenvolvimento solidário das comunidades emigradas. 

  Conclui  assim  o  texto  com  a  importante  ideia  de  que  “Há  que 

desenvolver soluções e políticas públicas que tenham em conta os direitos 

humanos  básicos,  melhorar  a  regulação  dos  fluxos  e  a  definição  de 

estatutos e direitos dos migrantes internacionais” (Ramos, 2013) 

 

    

 

26  

Conclusão da ficha de leitura:  

  A  globalização  proporcionou‐nos  uma  integração  em  todas  as 

vertentes tanto a nível político, como económico, social e principalmente 

multicultural. Podemos assim concluir que actualmente a globalização e o 

multiculturalismo  são  duas  realidades  relacionadas  uma  vez  que  toda  a 

mistura  de  culturas  mundial  só  veio  acontecer  com  a  abertura  das 

fronteiras. O  aumento  das  desigualdades  económicas  no mundo,  levou 

com  que  ocorresse  o  processo  de migração  dos  países mais  pobres  e 

desfavorecidos para os países mais desenvolvidos que por sua vez fez com 

que houvesse uma chegada de pessoas com culturas diferentes.  

             Assim sendo podemos dizer que a globalização aumentou o  fluxo 

de  informações  a  respeito  das  oportunidades  ou  dos  padrões  de  vida 

existentes  ou  imaginados  nos  países  industrializados.  Desta  forma, 

suscitou  uma  vontade  cada  vez  maior  de  migrar  e  de  aproveitar  as 

oportunidades e as comodidades que aparentemente estão a ser criadas 

nos  outros  países.  A  migração  é  inevitável  e  tem  o  potencial  de  ser 

bastante positiva para o desenvolvimento e a redução da pobreza. 

 

 

 

 

     

 

27  

Conclusão:  

A meu ver este trabalho foi bastante importante não só pelo facto de ter 

aprofundado o meu conhecimento acerca desta temática, o desemprego e 

a população qualificada, assim como tudo o que envolve este tema. Mas 

por  outro  lado  também  foi  bastante  importante  para  colocarmos  em 

prática  todas as aprendizagens que adquirimos ao  longo do semestre na 

disciplina de Fontes de Informação Sociológica e que de certeza me serão 

muito úteis durante a minha formação académica. 

No  entanto  ao  longo do meu  trabalho deparei‐me  com  alguns  entraves 

como:  excesso  de  informação  e  muitas  vezes  deparei‐me  com 

informações  que  não  estavam  correctas,  isto  obrigou‐me  a  mudar  os 

meus métodos de pesquisa.  

O tema deste trabalho permitiu‐me constatar que o desemprego está‐se a 

tornar  cada  vez mais  num  fenómeno  a  nível mundial.  No  entanto  em 

Portugal  este  está  a  tomar  níveis  bastante  alarmantes,  assim  sendo  os 

jovens vêem‐se como se estivessem num beco sem saída e desta maneira 

muitos deles ou criam  ideias  inovadoras ou por outro  lado grande parte 

acaba por decidir imigrar em busca de melhores condições de vida.   

   

 

28  

Descrição Detalhada da pesquisa: 

No inicio do semestre foram definidos três temas pelos docentes e dentro 

desses três temas decidi escolher o “Desemprego e população qualificada” 

pois  já  tinha algumas  ideias  formuladas  sobre este e  sobre os  tópicos a 

abordar.   

Após a selecção do tema tive que realizar uma ficha de  leitura. Para esse 

efeito  escolhi  o  texto  “Globalização  e  multiculturalismo”  de  Maria  da 

Conceição  Pereira  Ramos.  Optei  por  este  texto  pois  foi  o  que  me 

despertou mais interesse. 

Para  o  desenvolvimento  do  estado  das  artes,  recorri  essencialmente  a 

fontes informáticas e a algumas revistas, jornais e livros científicos sobre o 

tema. Além  do  google.com  usei  sites  de  bases  bibliográficas  como  o  b‐

on.pt e o scielo.org. Na utilização de meios  informáticos recorri  também 

aos  operadores  boleanos,  apreendidos  nas  aulas,  que  facilitaram  e 

tornaram  mais  objectiva  a  minha  pesquisa.  As  palavras‐chave 

“Desemprego”  e  “população  qualificada”  foram  das  principais  utilizadas 

durante a minha pesquisa. Depois de  recolhida  toda esta  informação,  fiz 

uma selecção de toda a  informação e utilizei apenas a mais adequada ao 

tema.  Na  utilização  da  informação  de  autores  tive  o  cuidado  de  citar 

sempre  os  autores  ou  então  referenciar os  autores  a quem pertencia  a 

informação.  Por  último  achei  pertinente  focar‐me  no  tema  do  trabalho 

com  base  na  actualidade,  para  esse  efeito,  baseei‐me  em  artigos  de 

jornais e a dados estatísticos.   

 

29  

Avaliação da Página Web:  

  Uma  vez que  tinha de avaliar uma página da  internet  relacionada 

com  o  tema  do  meu  trabalho  decidi  optar  pela  PORDATA  ‐ 

http://www.pordata.pt/. Podemos observar que o endereço URL é  intuitivo e 

curto. A escolha deste site surgiu durante o desenvolvimento do trabalho 

pois na procura de  informação sobre o  tema, surgiu‐me este web site, e 

apesar de não o  ter utilizado directamente como  referência bibliográfica 

no meu ponto de  vista mostrou‐se bastante  interessante,  e  acabou por 

constituir uma fonte adicional de informação sobre este tema.  

  A  PORDATA,  Base  de  Dados  de  Portugal  Contemporâneo,  foi 

organizada  pela  Fundação  Francisco Manuel  dos  Santos.  A  intenção  da 

PORDATA  é  colocar os dados  estatísticos  ao  serviço do  conhecimento e 

permitir que o acesso à informação, factor essencial de responsabilização 

cívica e de liberdade, deixe de ser um exclusivo para apenas alguns. 

   O  esforço  da  fundação  consiste  em  recolher  e  organizar  a 

informação disponível, tornando‐a o mais possível clara e acessível, assim 

sendo  posso  dizer  que  esta  página  é  autêntica  e  fiável,  está  disponível 

para  todos  os  cidadãos,  é  gratuita  e  apresenta  informação  rigorosa  e 

isenta. Toda a sua  informação provém de entidades oficiais,  tais como o 

Instituto  Nacional  de  Estatística  ou  o  Eurostat.  Os  dados  de  base 

disponibilizados na PORDATA são da exclusiva autoria de entidades oficiais 

com competências de produção de informação nas áreas respectivas. Esta 

página  da  Internet  para  além  de  estar  em  português,  está  também  em 

inglês o que é uma mais‐valia.  

 

30  

  A  PORDATA  reúne  milhares  de  dados  estatísticos  para  Portugal, 

Europa  e Municípios,  sobre  variadas  áreas  da  sociedade,  esta  permite 

aceder rapidamente aos números da realidade portuguesa, em temas tão 

diversos  como  população,  justiça,  educação,  saúde,  ambiente,  entre 

outros,  numa  evolução  cronológica  desde  1960  e  utiliza  diversas 

ferramentas de visualização dos dados como em gráficos ou tabelas, e de 

cálculo sobre os mesmos o que é uma mais‐valia sendo que não se torna 

um site muito entediante.  

  Posso  dizer  que  a  facilidade  e  a  rapidez  de  acesso  a  dados  de 

confiança,  aliadas  aos  princípios  de  rigor  da  informação  prestada  e  à 

abrangência dos temas foram muito bem executados neste site.  

Concluo assim dizendo que apesar de não ser uma página que nos obriga a 

fazer grandes esforços de acesso a qualidade da informação é muito boa. 

É  uma  página  que  tem  qualidade  na  escrita,  isto  é,  não  tem  erros 

ortográficos, o tamanho e as cores das  letras são de fácil compreensão e 

tem bom aspecto gráfico. É uma página sem custo  financeiro e nem nos 

obriga  a  dar  os  nossos  dados  pessoais  para  aceder  à  informação.  Em 

suma, a PORDATA é um serviço público, um projecto destinado a  todos, 

pensado para um vasto número de utentes que comungam do  interesse 

em conhecer, com confiança e rigor, mais sobre Portugal. 

 

   

 

31  

Referências bibliográficas:  

Ilustração 1: • Maisvalias (2013), “Março 2013 – Taxa de desemprego na Europa”. Acedido a 

15 de Novembro de 2013, disponível em < 

http://www.maisvalias.com/2013/04/30/marco‐2013‐taxa‐de‐desemprego‐na‐

europa/ > 

 Ilustração 2: • Publíco (2013), “Taxa de emprego em Portugal é a mais baixa dos últimos 27 anos”. Acedido a 15 de Novembro de 2013, disponível em < http://www.publico.pt/economia/noticia/taxa‐de‐emprego‐em‐portugal‐e‐a‐mais‐baixa‐dos‐ultimos‐27‐anos‐1593054#/4 > 

 Ilustração 3 e Ilustração 4:  • Jornal de negócios online (2013), “A população mais qualificada de sempre”. Acedido a 15 de Novembro de 2013, disponível em < http://www.jornaldenegocios.pt/opiniao/colunistas/miguel_varela/detalhe/a_populac

ao_mais_qualificada_de_sempre.html>  Ilustração 5: • Público (2013), “Taxa de desemprego sobe para 17,7%”. Acedido a 17 de Novembro de 2013, disponível em < http://www.publico.pt/economia/noticia/taxa‐de‐desemprego‐sobe‐para‐177‐1593850#/0> 

 Ilustração 6: • Público (2013), “Taxa de desemprego sobe para 17,7%”. Acedido a 17 de Novembro de 2013, disponível em < http://www.publico.pt/economia/noticia/taxa‐de‐desemprego‐sobe‐para‐177‐1593850#/1> 

 • Carla Mendonça (2012), “O Desemprego e as suas consequências “ acedido em 

15 de Novembro de 2013, disponível em 

 

32  

<http://sociologicamentepensando.blogspot.pt/2012/02/o‐desemprego‐e‐as‐suas‐

consequencias.html>. 

• Como emigrar.pt  (2013), “Rita Gouveia,  jovem portuguesa emigrada em Berlim”. 

Acedido  a  13  de  Novembro  de  2013,  disponível  em  < 

http://comoemigrar.net/2013/10/rita‐gouveia‐jovem‐portuguesa‐emigrada‐em‐berlim/> 

• Conceito.de  (2011),  “Conceito  de  desemprego”. Acedido  a  13  de Novembro  de 

2013, disponível em <http://conceito.de/desemprego> 

• Diário de Noticias Portugal (2011), “Jovens mais qualificados mas sem emprego”, 

27  de  Março.  Acedido  em  13  de  Novembro  de  2013,  disponível  em  < 

http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1816514 > 

• Direção Geral do Ensino Superior (2008), “O processo de Bolonha”. Acedido em 10 

de  Novembro  de  2013,  disponível  em    < 

http://www.dges.mctes.pt/DGES/pt/Estudantes/Processo+de+Bolonha/Processo+de+Bolonha

/ > 

• Eurostat(2011).  acedido  a  15  de  Novembro  de  2012  disponível  em 

<http://epp.eurostat.ec.europa.eu/statistics_explained/index.php/Migration_and_mig

rant_population_statistics/pt > 

• Freitas,  Eduardo  de  (2009),  “O  desemprego  na  Europa”.  Acedido  em  10  de 

Novembro  de  2013,  disponível  em  <  http://www.mundoeducacao.com/geografia/o‐

desemprego‐na‐europa.htm > 

•  Fundação Casa do Rui Barbosa (2001), “Os Estudos de  Imigração: Sobre algumas 

implicações políticas do método”. Acedido a 13 de Novwmbro de 2013, disponível em 

<  http://www.casaruibarbosa.gov.br/dados/DOC/artigos/a‐

j/FCRB_CharlesPGomes_OsEstudos_de_imigracao_sobre_algumas_implicacoes_politic

as_do_metodo.pdf 

• Geografia  do  Sesi  (2012),  “Principais  Causas  do  Desemprego  e  os  setores mais 

atingidos”.  Acedido  em  11  de  Novembro  de  2013,  disponível  em 

<http://geografiadosesi.blogspot.pt/2012/08/principais‐causas‐do‐desemprego.html> 

• Gulbenkian  (2006), “Migração e Políticas de Desenvolvimento no Quadro da CPLP, 

As Diásporas como Agentes para o Desenvolvimento” . Acedido a 12 de Novembro de 

 

33  

2013,  disponível  em  < 

http://www.gulbenkian.pt/media/files/FTP_files/pdfs/OIM2.pdf> 

• Imigrantes.no (s.a), “Portugal”. Acedido a 15 de Novembro de 2013, disponível em 

<http://imigrantes.no.sapo.pt/page2.html > 

• Infopédia  Enciclopédia  e  dicionário  da  Porto  Editora  (2003‐2014),  “globalização”. 

Acedido a 22 de Outubro de 2013, disponível em < http://www.infopedia.pt/lingua‐

portuguesa/globaliza%C3%A7%C3%A3o> 

• Intra.vila (1996), “O que é migração”. Acedido a 22 de Outubro de 2013, disponível 

em < http://intra.vila.com.br/sites/povolatino/paginas/1b/questao5/questao5b.htm> 

• KOFMAN, E.; PHIZACKLEA, A.; SALES, R. Gender and international migration in 

Europe – Employment, welfare and politics. London: Routledge, 2000 

• Mulher  migrante  em  congresso  (2011),  “CV  resumido  profª  doutora  Maria  da 

Conceição  Ramos”.  Acedido  a  20  de  Outubro  de  2013,  disponível  em  < 

http://mulhermigranteemcongresso.blogspot.pt/2011/11/prof‐doutora‐conceicao‐

ramos.html> 

• Peixoto,  Paulo  (2002),  “Estado  das  Artes”,  página  da  cadeira  de  Fontes  de 

Informação  Sociológica.  Acedido  em  22  de  Novembro  de  2013,  disponível  em    < 

http://www4.fe.uc.pt/fontes/restos/estado_das_artes.htm >  

• PORTES, A. Migrações internacionais – Origens, tipos e modos de incorporação.  

Oeiras: Celta Editora, 1999. 

• Ramos,  Maria  da  Conceição  Pereira  (2013),  “GLOBALIZAÇÃO  E 

MULTICULTURALISMO”.  Disponível  em 

<incubadora.ufrn.br/index.php/interlegere/article/download/879/771> 

 • Semedo, João (2012), “O desemprego é "a consequência mais dramática da política 

de austeridade””. Esquerda.Net, 30 de Novembro. Acedido a 15 de Novembro de 

2013, disponível em < http://www.esquerda.net/artigo/o‐desemprego‐%C3%A9‐

consequ%C3%AAncia‐mais‐dram%C3%A1tica‐da‐pol%C3%ADtica‐de‐

austeridade%E2%80%9D/25744 > 

• Singer, Paul (1998), 

Globalização e Desemprego: diagnósticos e alternativas. São Paulo, Contexto. 

 

34  

• “Taxa de desemprego: total e 

por sexo (%) – Portugal.”PORDATA. 13 de Fevereiro de 2013. 

http://www.pordata.pt/Portugal/Taxa+de+desemprego+total+e+por+sexo+(percentag

em)‐550 (acedido em 15 de Novembro de 2013). 

 

• (2006), Migração e Políticas 

de Desenvolvimento no Quadro da CPLP As Diásporas como Agentes para o 

Desenvolvimento. Lisboa, Organização Internacional para as Migrações. 

• Universidade de Évora (2013), 

“Mobilidade”. Acedido a 15 de Outubro de 2013, disponível em 

<http://www.uevora.pt/mobilidade> 

• Varela, Miguel (2013), “A 

população mais qualificada de sempre”. Jornal de Negócios, 29 de Abril de 2013. 

Acedido a 13 de Novembro de 2013, disponível em < 

http://www.jornaldenegocios.pt/opiniao/colunistas/miguel_varela/detalhe/a_populac

ao_mais_qualificada_de_sempre.html > 

  

 

 

Anexo A Sítio da Internet avaliado 

  

     

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Anexo B Texto de Suporte da Ficha de Leitura: 

• Ramos,  Maria  da  Conceição  Pereira  (2013),  “GLOBALIZAÇÃO  E 

MULTICULTURALISMO”.  Disponível  em 

<incubadora.ufrn.br/index.php/interlegere/article/download/879/771>