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Título: Desemprego e população qualificada Unidade Curricular: Fontes de Informação Sociológica 1º Ano de Sociologia Docente: Doutor Paulo Peixoto e Doutora Paula Abreu Ano lectivo: 2013/2014 Trabalho elaborado por: Carina Pais Macedo
Nº de estudante: 2013140332 Turma: Tp1 Imagem da capa: Fonte: http://pt.fotopedia.com/reporter/stories/NhslWYLbWNc
Índice
Introdução ......................................................................................................... 1
Estado das artes .................................................................................................. 2
Ficha de Leitura ................................................................................................. 11
Conclusão ........................................................................................................ 12
Descrição detalhada da pesquisa ........................................................................... 13
Avaliação da página Web ..................................................................................... 30
Referências bibliográficas .................................................................................... 32
ANEXO A Sítio da Internet Avaliado ANEXO B Texto de suporte da Ficha de Leitura.
1
Introdução: Com base no regime de avaliação contínua, assente na realização de
três componentes de um trabalho ao longo do semestre, da disciplina de
Fontes de Informação Sociológica do 1º ano da licenciatura em Sociologia
da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, foi‐nos proposto
pelo professor Paulo Peixoto e pela professora Paula Abreu três temas
para que cada aluno escolhesse um para avaliação. Decidi optar pelo
primeiro tema “Desemprego e população qualificada”. Optei por este
tema pois trata de um tema muito actual e se refere a um problema a que
poderei estar sujeita.
Nos dias que correm apercebemo‐nos que vivemos num mundo cada vez
mais qualificado e competitivo. Os jovens são cada vez mais qualificados,
mas ao mesmo tempo são também os mais afectados pelo desemprego e
pela precariedade, quase metade dos jovens têm o ensino secundário ou
superior e mesmo assim acabam por representar cerca de metade dos
desempregados. Nunca existiu uma taxa de qualificações tão alta com
uma taxa de desemprego, igualmente recorde. Assim sendo ao longo
deste trabalho irei falar do desemprego, dos tipos de desemprego assim
como as suas causas e consequências. De seguida irei abordar temas como
a globalização, o multiculturalismo e as migrações e concluirei com a
avaliação de uma página Web.
2
Estadodasartes:
O que é o Desemprego?
Quando ouvimos o termo desemprego associamos logo à falta de
trabalho. Desta maneira dizemos que um desempregado é um indivíduo
que faz parte da população activa e que anda à procura de emprego
embora sem sucesso. Desta maneira, só conta como desempregado quem
está efectivamente interessado em trabalhar e não tem emprego
(Conceito.de, 2011).
Tipos de Desemprego:
Podemos dividir o desemprego em 4 parâmetros:
1. Desemprego estrutural ou tecnológico;
2. Desemprego conjuntural ou cíclico;
3. Desemprego friccional;
4. Desemprego sazonal.
O primeiro é causado normalmente por inovações, sendo mais comum
nos países desenvolvidos devido à grande mecanização das indústrias,
reduzindo assim os postos de trabalho, ou seja, aquele cuja vaga do
trabalhador foi substituída por máquinas ou processos produtivos mais
modernos. O segundo é transitório, ocorre durante alguns períodos. É
principalmente causado por uma variação da produção no decorrer do
ciclo de negócios. O terceiro é motivado por mudanças de emprego ou
actividades dos indivíduos. Ocorre quando o empregado e a entidade
patronal não chegam a acordo. E finalmente o quarto acaba por ser uma
3
forma de sub‐emprego comum nas regiões agrícolas, motivadas pelo
carácter sazonal do trabalho em certos sectores agrícolas como por
exemplo: na época das vindimas aumenta a oferta de trabalho e o
desemprego diminui no entanto nos restantes meses do ano, a situação
inverte‐se (Conceito.de, 2011).
Causas do desemprego?
A evolução do desemprego reflecte‐se principalmente em problemas
estruturais, problemas que se acumularam ao longo de vários anos e que
agora são mais evidentes devido à grave situação económica que vivemos.
São variadíssimas as causas de desemprego no entanto as mais relevantes
são:
• Baixa qualificação do trabalhador ‐ onde o trabalhador arranja uma
oportunidade de trabalho mas no entanto não possui formação adequada
para exercer aquela função;
• Crise económica ‐ pois o consumo de bens e serviços tende a
diminuir com a crise e assim sendo muitas empresas demitem
funcionários como forma de diminuir custos para enfrentar a crise;
• Inovação tecnológica ‐ substituição de mão‐de‐obra por máquinas;
(Geografia do Sesi, 2012)
4
Consequências Económicas, Psicológicas e Sociais do
Desemprego:
“O desemprego elevado é sinónimo de um problema económico
bem como social. É um problema económico, porque representa um
desperdício de recursos valiosos, e é um problema social, porque causa
enormes sofrimentos aos desempregados que detêm menores
rendimentos” (Carla Mendonça, 2012).
Por norma quando pensamos no desemprego, a primeira
consequência que nos vem à cabeça é a perda de rendimentos. Quando
encontramo‐nos nesta situação somos sem dúvida postos à prova, sujeitos
desta forma a consequências económico‐financeiras e a grandes pressões
psicológicas. Para além de todos os custos sociais associados ao
desemprego há sempre uma perda de riqueza. Podemos assim dizer que o
desemprego é "a consequência mais dramática da política de austeridade
e de recessão económica que a “troika” e o governo têm conduzido no
último ano e meio (Semedo, 2012).
Uma pessoa que permaneça durante um longo período de tempo
desempregada tem tendência a começar a sentir um mau estar
psicológico traduzindo‐se assim em depressões, diminuição da auto‐
estima entre outras coisas.
5
Desemprego na Europa:
Podemos afirmar que o desemprego é um dos grandes problemas
deste século. A falta de emprego não atinge só o trabalhador mas sim
todos em redor como por exemplo o estado e a família, tornando‐se assim
um motivo de preocupação por parte dos governos.
Podemos considerar que o desemprego na Europa atingiu níveis
muito preocupantes, como podemos observar na figura 1, sendo a Grécia,
a Espanha e Portugal os mais afectados com taxas de desemprego
superiores a 17%.
Figura 1: Taxa de desemprego na Europa em Março
Fonte: (Maisvalias, 2013)
A entrada das novas tecnologias nos meios de produção é uma das
principais causas de desemprego na Europa, porque acaba por retirar
postos de trabalho pois a mão‐de‐obra passa a ser substituída pela
tecnologia. No entanto também observamos que a migração das
empresas para outros países ou continentes faz com que a produção seja
desenvolvida nas filiais e na Europa permanecem somente as sedes que
6
direccionam os rumos do empreendimento, e desta maneira, as empresas
deixam de gerar emprego para os europeus, agravando o fenómeno do
desemprego. (Freitas, 2009).
População qualificada:
Vivemos num mundo cada vez mais qualificado, mais competitivo,
vivemos num mundo onde toda a gente pretende ter as melhores
condições de vida possíveis, assim sendo vemos que o nível de instrução
das pessoas é cada vez maior. Como o Diário de Noticias relata “Os jovens
são cada vez mais qualificados, mas ao mesmo tempo mais afectados pelo
desemprego e pela precariedade: quase metade tem o ensino secundário
ou superior e representam cerca de metade dos desempregados” (Diário
de notícias, 2011). Os jovens estão a atrasar a sua entrada no mercado de
trabalho em busca de uma qualificação maior e melhor, mas continuam a
ser os mais atingidos pelo desemprego.
Figura 2: Taxa de desemprego jovem na UE
Fonte: (Público.pt, 2013)
7
No entanto nunca existiu uma taxa de qualificações tão alta
com uma taxa de desemprego, igualmente recorde. O processo de
Bolonha trouxe imensas vantagens inclusive para Portugal. A declaração
de Bolonha tem como principal objectivo o aumento da
competitividade do sistema europeu de ensino superior e a promoção
da mobilidade e empregabilidade dos diplomados do ensino superior no
espaço europeu (Direção Geral do Ensino Superior, 2008). Assim sendo
tem se assistido cada vez mais a uma maior vulgarização dos graus de
licenciatura. A procura por uma formação superior tem crescido
exponencialmente nos últimos 20 anos, mas com especial incidência nas
qualificações nos mestrados e doutoramentos. Podemos concluir que
“nunca coexistiu uma taxa de qualificações tão alta com uma taxa de
desemprego, resultado da conjuntura que Portugal e a Europa
atravessam, que nada tem a ver com os índices de qualificações da
população, mas sim com o desajustamento estrutural dos sistemas da
sociedade industrial que as nossas instituições insistem em perpetuar”
(Varela, 2013).
8
Figura 3: Diplomados no ensino su‐ Figura 4: Doutoramentos: total e por perior e doutoramentos realizados sexo e doutoramentos realizados no estrangeiro em Portugal ou no estrangeiro
Assistimos então a um aumento das qualificações dos portugueses, mas
mesmo assim Portugal vê a sua taxa de desemprego jovem continuar a
aumentar, o número de desempregados em Portugal continuou a subir a
um ritmo elevado. A taxa de desemprego passou para 17,7% no primeiro
trimestre de 2013, um novo máximo histórico em Portugal.
Fonte: (Jornal de Negócios online, 2013) Fonte: (Jornal de Negócios online, 2013)
9
Figura 5: Taxa de desemprego continua a crescer
Portugal enfrenta a situação económica e social mais crítica da sua história
económica recente, como podemos observar no gráfico o desemprego
jovem atingiu valores de 42,1%, um valor nunca antes visto.
Figura 6: Taxa de desemprego continua a crescer
Fonte (Público, 2013)
Fonte: (Público, 2013)
10
Como podemos observar na figura 1 temos a terceira maior taxa de
desemprego na Europa com 15,5%, e, na figura 2 temos a 4ª maior taxa de
desemprego jovem da União Europeia um novo recorde. O que me
parece preocupante é que a acompanhar este factor, como já referi
anteriormente, temos também um aumento do nível de qualificação da
população, assistimos assim a um aumento das qualificações dos
portugueses, mas no entanto Portugal vê a sua taxa de desemprego jovem
a continuar a aumentar. Vendo a situação em que nos encontramos, os
jovens portugueses com o objectivo de sair desta situação crítica, tentam
descobrir soluções que passam por ideias inovadoras e criativas ou mesmo
em último caso a emigração.
Podemos afirmar que hoje em dia a emigração para um jovem já não é
uma situação tão aflitiva como era há tempos atrás. Os jovens vêem a
emigração como uma possibilidade de obter melhores condições de
trabalho, de vida ou mesmo como uma forma de alargar os seus
horizontes e conhecimentos (como emigrar.net, 2013).
11
Ficha de Leitura:
Título da publicação: “Globalização e multiculturalismo”
Nº da revista: 13
Autora: Maria da Conceição Pereira Ramos
Data da publicação: Julho a Dezembro de 2013
Onde se encontra: no Web site onde depois temos que descarregar
incubadora.ufrn.br/index.php/interlegere/article/download/879/771
Número de páginas: 75‐101 (27 páginas)
Palavras‐chave: Globalização, multiculturalismo, migrações
Nota sobre a autora:
Maria da Conceição Pereira Ramos é professora na Faculdade de
Economia da Universidade do Porto onde foi responsável pela disciplina
“Economia das Migrações Internacionais” do mestrado em Economia. É
também investigadora no Centro de Estudos das Migrações e das Relações
Interculturais, Universidade Aberta. Doutorada em Ciência Económica ‐
Economia dos Recursos Humanos pela Universidade de Paris I. As suas
áreas de docência e pesquisa incidem sobre as Migrações Internacionais e
Diásporas, nomeadamente o caso português (Mulher migrante em
congresso, 2011).
12
Introdução: Decidi optar por este texto pois foi o que me despertou mais
interesse já que trata de um assunto muito pertinente nos dias que
correm relacionado com o mundo e principalmente com Portugal. Neste
texto, a autora aborda principalmente os seguintes temas: a globalização
ou por outras palavras o processo de integração e interacção entre as
empresas, pessoas, mercados e governos de diferentes nações (Porto
Editora, 2003‐2013), o multiculturalismo ou seja as diferentes culturas
presente num mesmo país ou na mesma zona (Infopédia, 2003‐2013) , a
migração que consiste na deslocação da população de um país para outro
ou de uma região para outra (Intra.vila, 1996) , e tudo o que advém
destes. Este texto está dividido em 7 subtemas:
1‐ A globalização humana e a mundialização das migrações – Forte
reforço da feminização e da qualificação dos fluxos recentes;
2‐ Múltiplas culturas e cidadanias, redes sociais, diáspora e
transnacionalismo migrante;
3‐ Mobilidade internacional e diversidade na educação – Políticas
públicas de valorização de competências interculturais;
4‐ Necessidade da gestão intercultural face à diversidade no trabalho e
na sociedade – Combate à discriminação pela igualdade de oportunidades;
5‐ Políticas seletivas de imigração e regulação dos fluxos numa Europa
globalizada. Mobilidade do trabalho e estratificações sociais;
6‐ O direito à mobilidade e a sociedade do conhecimento. O direito a
migrar como um direito humano fundamental;
7‐ Considerações finais ‐ Mobilidade internacional, coesão social e
desenvolvimento no contexto de globalização e crise económica.
13
Desenvolvimento: A autora no primeiro subtema começa por falar‐nos das migrações
internacionais e da sua importância. Como todos sabemos as migrações
nos dias que correm são um grande elemento da mundialização, são a
principal força de transformação social em todas as regiões do mundo. A
maioria das migrações internacionais ocorre pela busca de melhor
condições de vida e de trabalho.
Nas últimas décadas tem se registado a olhos vistos o aumento da
mobilidade humana a nível mundial, o que acaba por pôr em causa a
soberania dos estados, assim como a educação. Entre outras coisas,
porque as pessoas têm de se deslocar das suas origens em busca de
melhores oportunidades. Podemos assim afirmar que “as migrações são
um dos 3 pilares da mundialização juntamente com as trocas
internacionais e os movimentos de capitais” (Ramos, 2013).
Desta maneira as sociedades multiculturais (existência de diferentes
culturas na mesma sociedade) são uma realidade, no entanto estas
acabam por constituir como o texto refere “um desafio aos direitos de
cidadania e à integração de populações migrantes, estando a diversidade
cultural no centro do desenvolvimento humano” (Ramos, 2013).
De seguida a autora introduz um novo conceito: o multiculturalismo que o
define como modo de designar as diferenças culturais num contexto
transnacional e global.
Nas últimas décadas pudemos assistir quer nos fluxos da globalização
como nas mudanças no mercado de trabalho, ao crescimento das
migrações internacionais femininas (segundo o texto “53% dos migrantes
na Europa são mulheres”) e da sua importância tanto a nível social e
14
laboral, como económico. As mulheres acabaram por ganhar maior
independência e autonomia e, desta maneira a internacionalização do
trabalho feminino tornou‐se numa das características da globalização e da
nova era das migrações, sendo estas procuradas nos dias de hoje em
trabalhos que requerem uma maior ou menor qualificação. Muitas
mulheres migram por conta própria enquanto chefes de família com o
objectivo de garantir o sustento da família, pois como outros migrantes, as
mulheres contribuem para o bem‐estar dos seus lares com o envio de
dinheiro para as suas famílias. Portugal segundo o relatório da OCDE “Jobs
for Immigrants”, de 2008, é o país da OCDE com maior taxa de emprego
entre as mulheres imigrantes (Ramos, 2013). No entanto uma parte das
mulheres migrantes continua a acumular numerosos níveis de
discriminação, quer sexual enquanto trabalhadoras migrantes face aos
trabalhadores migrantes, quer em função da nacionalidade, enquanto
trabalhadoras estrangeiras face aos cidadãos nacionais, ou como também
em função da raça ou origem étnica entre muitos outros.
Podemos também concluir que a migração internacional é o principal
motivo para o aumento da população e parte significativa dos que entram
na população em idade activa. No entanto nos dias que correm está a
aumentar a imigração temporária e a consequente diminuição da
imigração laboral permanente.
Actualmente, as relações económicas mundiais, compreendendo a
dinâmica dos meios de produção, das forças produtivas, da tecnologia, da
divisão internacional do trabalho e do mercado mundial, são amplamente
influenciadas pelas exigências das empresas, corporações ou
conglomerados multinacionais. Assim sendo estando nós numa era das
novas tecnologias, e com o avanço destas e com a aceleração da
15
globalização é visível a crescente procura de novas estratégias de
competitividade exigindo uma maior qualificação do factor trabalho
(Ramos, 2013), ou seja do trabalhador pois os trabalhadores e
trabalhadoras com altas qualificações correspondem à procura das
indústrias de alta tecnologia e mantêm desta forma as economias
globalmente competitivas. Assim sendo, com o aumento das migrações
com fins de emprego qualificado dá‐se também o aumento da tendência à
“fuga de cérebros”, e com esta crescente mobilidade das pessoas acresce
a mobilidade de informações e conhecimento. Os principais concorrentes
a estes cargos de trabalhadores imigrantes altamente qualificados são os
estudantes internacionais, e sendo assim os Estados têm criado bolsas
para incentivar a mobilidade internacional assim como tem havido esforço
por parte dos países europeus na equivalência dos diplomas visando
uniformizar o ensino superior na União Europeia e facilitar a mobilidade e
inserção no mercado de trabalho europeu e global (Ramos, 2013). Estes
estudantes vêem‐se “obrigados ” a imigrar devido às condições em que se
encontra o seu país de origem, e tal facto acontece também em Portugal.
Devido a este desemprego exponencial estes estudante vêem no
estrangeiro a possibilidade de exercer a sua profissão e desta maneira,
como já referi anteriormente observa‐se a “intensificação dos fluxos
migratórios de trabalhadores altamente qualificados, ou seja, aqueles que
possuem grandes capacidades de raciocínio e gestão, bem como know
how técnico” (Ramos, 2013).
A autora acaba o primeiro subtema fazendo um pequeno exemplo de prós
e contras sobre a migração. Realça assim na primeira vertente a
contribuição que os migrantes altamente qualificados (estes apresentam
recursos humanos com múltiplas valências linguísticas e culturais) têm
16
para o desenvolvimento da “sociedade global do conhecimento” mas no
entanto por outro lado apresenta também que este “movimento
migratório pode afectar o desenvolvimento das sociedades de origem,
com consequências negativas, em termos de capital humano e no que diz
respeito à consolidação e reforço da sociedade civil” (Ramos, 2013).
O segundo subtema começa por falar dos aspectos positivos da
diáspora e dos sistemas de intercâmbio e de trocas entre nações. Estes
acabam por facilitar a circulação de ideias, pessoas, capitais, mercadorias
entre os países de origem e os países de acolhimento. A globalização
facilitou a mobilidade de capitais e empresas, aumentado também assim a
competição entre países. Como a autora diz o transnacionalismo é o
conjunto dos processos pelos quais os migrantes desenvolvem relações de
natureza múltipla, ligando as sociedades de origem e as de acolhimento,
construindo espaços sociais que atravessam as fronteiras geográficas,
culturais e políticas (PORTES, 1999) ou por outras palavras também
podemos dizer que o imigrante torna‐se num indivíduo mais transnacional
devido à maneira como este passa a possuir identidades mistas, como o
seu envolvimento é forte com as duas nações e também podemos dizer
que certos imigrantes também adquirem dupla nacionalidade entre outras
coisas. A integração internacional das culturas é manifestação da
globalização.
De seguida a autora aborda a relação entre o multiculturalismo e as
dinâmicas económicas e políticas da globalização, dando principal ênfase à
parte em que esta relação assente no reconhecimento da diferença destes
imigrantes tenta criar politica sociais procurando assim a redistribuição, a
inclusão e a redução das desigualdades.
17
(3 subtema) Como nós sabemos as migrações são muito
importantes, tanto a nível local como a nível global, tanto para a
transformação como para a formação de culturas.
Desta maneira a mobilidade acaba por ser uma constante nas novas
políticas do Ensino Superior, reporta a um sinónimo de Progresso,
inovação, criatividade e competitividade. O seu objetivo principal passa
pelo alargamento dos horizontes, retirando as fronteiras e barreiras para
uma educação global, tanto no contexto Nacional como Internacional,
criando uma diversidade cultural, baseada na troca de valores,
conhecimentos e experiências, levando à emergência de pessoal
altamente qualificado (Universidade de Évora , 2013). A mobilidade
humana traz desafios intermináveis e consequentemente dificuldades
vividas por todos os migrantes pois as suas adaptações nem sempre são
fáceis, o domínio da língua do país de acolhimento continua muitas vezes
a ser o primeiro obstáculo a uma boa integração. Com o objectivo de não
tornar a integração dos imigrantes tão difícil e de diminuir os aspectos
negativos os Estados‐Membros, na sua maioria, fizeram grandes esforços
para desenvolverem políticas nacionais de integração. Contudo muitos são
os que consideram insuficientemente eficazes as políticas por estes
desenvolvidas até ao presente visto que persistem ainda assim entraves à
integração como, por exemplo, o desemprego e o nível deficiente das
qualificações ou da educação. Desta maneira vê‐se que existe uma
necessidade de uma abordagem global que tivesse em conta não apenas
os aspectos económicos e sociais da integração, mas também as questões
relativas à diversidade cultural e religiosa, à cidadania, à participação e aos
direitos políticos (Imigrantes, s.a).
18
Depois dos anos 80 do século XX podemos constatar que a
imigração é um fenómeno que se está a sentir cada vez mais em Portugal
podemos dizer que as comunidades dos imigrantes já fazem parte do
nosso dia‐a‐dia. Como a autora diz: Portugal viu‐se inserido num mercado
internacional de trabalho globalizado e numa dinâmica migratória cada
vez mais complexa, os estrangeiros com situação legal em Portugal,
representaram em 2010, 4,3% da população residente, cerca de 457 mil
pessoas.
A educação superior tem‐se transformado ultimamente num bem
mundial de interesse global e, sendo nós um dos países com grandes
referências a nível das nossas universidades, principalmente a de Coimbra
e do Porto muitos dos imigrantes vieram estudar para Portugal. Como a
autora diz: os alunos estrangeiros já representam cerca de 10% dos alunos
totais das universidades, no entanto a manutenção da coesão social face
aos movimentos migratórios passa pela integração dos imigrantes e das
suas famílias nos países de acolhimento, sendo como já referi
anteriormente a educação é um forte motor de integração. No entanto
para que a integração dos imigrantes na nossa sociedade tenha sucesso,
não depende só deles, também depende de nós, enquanto país receptor.
Contudo os alunos portugueses obtêm melhores notas que os
alunos estrangeiros (cá em Portugal). Segundo o texto os principais
factores que influenciam os resultados escolares dos alunos de origem no
estrangeiro são:
• o nível de formação mais baixo dos pais e a ocupação de empregos
menos qualificados;
• o acesso reduzido aos recursos educativos e materiais em casa;
19
• a duração de estadia no país de acolhimento, o facto de serem
imigrantes de primeira ou de segunda geração;
• a língua falada em família ser ou não a língua de avaliação do
programa PISA;
Assim sendo foram criados em Portugal diversos sistemas de educação
com o objectivo de facilitar a adaptação destes imigrantes diminuindo
assim as desigualdades entre estes e os portugueses. No entanto apesar
de todos os projectos criados por Portugal, como Maria Conceição Ramos
refere a educação continua a ser um factor nem sempre valorizado para
os imigrantes nos países de acolhimento, verificando‐se fenómenos de
desqualificação profissional, desperdício de cérebros e desigualdade de
oportunidades, o que constitui não só uma perda de recursos humanos
valiosos, mas também um risco para a coesão social.
No 4 subtema trata‐se de assuntos como os agentes de mudança e
desenvolvimentos dos migrantes, o papel deles nas redes sociais etc.
Como a autora refere a gestão da imigração e da diversidade cultural
colocam grandes desafios a nível mundial e também à construção
europeia, obrigando a repensar as políticas de educação, do trabalho, da
protecção e da coesão social. No entanto se pensarmos bem as migrações
podem ser tanto um obstáculo como um instrumento para o
desenvolvimento. Para os países menos desenvolvidos, as migrações são
uma componente muito importante da mundialização. Os migrantes
enquanto indivíduos, bem como os migrantes envolvidos em organizações
nas diásporas são vistos como agentes para o desenvolvimento que
poderão fortalecer a cooperação entre os países de origem e de
20
acolhimento, bem como contribuir para os seus países de origem através
da transferência de competências e de conhecimento, de investimento,
comércio e remessas ( Gulbenkian Imigração, 2006). Algumas das
principais inter‐relações migrações/desenvolvimento centram‐se na:
melhor utilização do capital humano dos migrantes e das suas remessas
para a promoção do desenvolvimento económico; migrações de retorno e
os seus impactos locais, nomeadamente no mundo rural. Estas novas
mobilidades migratórias têm incidências económicas e provocam
reestruturações no mercado de trabalho que suscitam novas migrações de
trabalhadores nos espaços receptores, assim sendo as migrações
internacionais são uma das principais forças de transformação social em
todas as regiões do mundo. Os migrantes contribuem para o
desenvolvimento de ambos os países de origem e destino. Como já referi
anteriormente os meios através dos quais as comunidades de migrantes
podem contribuir para o desenvolvimento do país de origem são
igualmente diversos, envolvendo a criação de empresas, ligações
comerciais, investimentos, remessas, transferência de competências e
mudanças nos papéis culturais ( Gulbenkian Imigração, 2006) . Como a
autora refere as mulheres migrantes podem ser consideradas agentes de
mudança nos países de origem e de acolhimento, contribuindo para
diferentes transformações, novas dinâmicas familiares e demográficas e
mudanças progressistas que afectam as mentalidades, os hábitos de vida,
a educação e as relações entre os géneros.
Os trabalhadores estrangeiros documentados apresentam os mesmos
problemas que os trabalhadores nacionais, sendo que a precariedade do
emprego e das relações laborais é maior, por comparação com os
nacionais. Nos dias que correm devemos ver os migrantes como enquanto
21
portador e agente de cultura no entanto deparamo‐nos com muitos casos
de imigrantes clandestinos.
O maior e principal problema laboral dos imigrantes é o dos
trabalhadores indocumentados e os problemas resultantes desta situação,
nomeadamente a maior exploração laboral. As principais questões que
foram destacadas, no âmbito do trabalho ilegal, foram a falta de direito à
saúde, a impossibilidade de frequentar acções de formação, as ameaças
de denúncia ao SEF, as chantagens e pressões por parte do patronato e as
redes de tráfico de pessoas (Fundação Casa de Rui Barbosa, 2001).
Os trabalhadores migrantes podem acumular numerosos níveis de
discriminação
(RAMOS, 2010):
• Vítimas de tráfico de mão‐de‐obra, para fins de exploração sexual,
sobretudo no caso das mulheres;
• Em função da raça, cor ou origem étnica, no mercado de trabalho
em que não é aplicado o princípio da “igualdade de tratamento e de
oportunidade”;
• Na profissão, trabalhando em empregos em que não são
formalmente considerados trabalhadores;
• Nos salários, trabalhando em empregos onde não é aplicado o
princípio da “igualdade de remuneração por trabalho de igual valor”;
• Em função da nacionalidade, enquanto trabalhadores estrangeiros,
muitas vezes sofrendo desqualificações, face aos cidadãos nacionais;
• Com base no estatuto migratório, por não terem documentos ou
estarem “clandestinos”.
22
Assim sendo podemos concluir que os migrantes tendem a estar em
sectores sensíveis às flutuações económica pois estão fortemente
representados no trabalho temporário, com menor estabilidade de
emprego, e a sua própria inserção na economia informal afasta‐os da
protecção social, sem acesso aos benefícios sociais ou recebendo apenas
montantes reduzidos.
Como a autora refere no quinto subtema a livre circulação dos
trabalhadores na União Europeia (UE) é uma das liberdades fundamentais
consagradas pelo Tratado da CE, no entanto os fluxos entre os países da
UE não são muito significativos. Nos países tradicionais de imigração, as
políticas são formalmente restritivas, particularmente no que diz respeito
aos imigrantes não diplomados. Nos novos países de imigração e
periféricos, em relação aos países centrais da zona euro, as estratégias de
abertura selectiva desenvolvem‐se em maior ou menor escala.
Portugal nos últimos anos, foi sempre considerado um bom país
devido às boas condições de vida e de emprego por isso é que foi durante
tantos anos um país tão “requisitado” pelos imigrantes, no entanto desde
2011 houve mais pessoas a sair de Portugal do que a entrar.
As migrações internacionais são uma das inúmeras manifestações da
tendência para uma globalização crescente assim sendo as consequências
da migração sobre os próprios migrantes, os seus direitos e o seu bem‐
estar tornaram‐se uma preocupação importante para a comunidade
internacional. O envelhecimento da população e a persistência de algumas
penúrias de mão‐de‐obra conferem às migrações um papel importante na
escolha das prioridades políticas. Desta maneira somos confrontados com
o facto de que os imigrantes exercem muitas vezes as profissões onde
23
existe um défice de oferta por parte dos trabalhadores nacionais.
Visualizamos muito este facto cá em Portugal, todos os dias nos
deparamos com pessoas desempregadas, no entanto sectores como a
agricultara oferecem imenso trabalho, as pessoas é que por serem mais
qualificadas não estão dispostas a trabalhar em cargos destes enquanto os
imigrantes já estão.
Os efeitos no mercado de trabalho da globalização são evidentes, com a
criação de empregos para países com mão‐de‐obra mais baratas para
execução de serviços que não é necessário alta qualificação, com a
produção distribuída entre vários países, seja para criação de um único
produto, onde cada empresa cria uma parte, seja para criação do mesmo
produto em vários países para redução de custos e ganhar vantagens
competitivas no acesso de mercados regionais.
No entanto as políticas de restritivas entre da imigração baseiam‐se na
ideia de que a imigração tem efeitos negativos no emprego e nos défices
públicos. Como a autora diz a procura não reconhecida de trabalhadores
migrantes, colmatando necessidades em diversos sectores nos países de
imigração, contribui frequentemente para o aumento da migração
irregular e do tráfico de migrantes, assim sendo Kofman, assinala o facto
de políticas migratórias restritivas criarem oportunidades para o
desenvolvimento de um mercado lucrativo para empresários e
organizações, facilitando a imigração clandestina (Kofman, 2000).
Há assim uma necessidade de uma consciência planetária de
direitos e de deveres universais e de uma concepção multicultural de
direitos humanos.
(6 subtema) No plano económico, tanto os países de acolhimento como os
países de origem podem beneficiar com as migrações internacionais. A
24
União Europeia tem vindo a receber cada vez mais imigrantes de diversos
países assim sendo é importante a criação de uma política comum na
gestão dos fluxos migratórios, no combate ao tráfico de pessoas e na
integração de imigrantes e de minorias, porque ao criar estas políticas,
como a autora cita, podemos promover o controlo dos fluxos migratórios
e reforçar a cooperação com os países de origem, e alem disto com estas
políticas devemos investir muito mais na integração dos imigrantes nas
sociedades de acolhimento, reforçando assim a coesão social.
Nem todas as pessoas têm oportunidade de imigrar assim sendo
segundo o sociólogo Bauman, nos custos humanos da globalização, a
mobilidade tornou‐se um privilégio de classe constituindo um factor
essencial das estratificações sociais contemporâneas. Há desigualdades
entre os que têm os meios para a mobilidade e os que são condenados à
imobilidade nos lugares onde habitam, ou obrigados a circular entre
países, em migrações de trânsito. Assim sendo há cada vez mais
imigrações que tentam escapar às regulações do Estado, isto faz com que
tenhamos de criar novas estratégias para tentar combater este tipo de
situações.
A autora no último subtema começa por dizer que a integração do
migrante diz respeito não só ao seu país de origem como ao de chegada.
Desta maneira é necessário criar processos de co‐desenvolvimento onde
se tenta criar laços que “reúnem os migrantes, os governos e outras
instâncias públicas e privadas à volta de um projecto de colaboração
visando contribuir para o desenvolvimento do país de origem dos
migrantes” (Ramos, 2013). Assim sendo um dos objectivos globais é
identificar medidas concretas para reforçar a coerência e a cooperação a
25
todos os níveis, de modo a que os migrantes e os países possam retirar
maiores benefícios da migração internacional, bem como explorar as
ligações pertinentes para o desenvolvimento e reduzir simultaneamente
os seus efeitos negativos. A perspectiva dos migrantes e o reforço dos
seus direitos humanos é uma prioridade.
No entanto há sempre controvérsias, nos últimos tempos tem‐se
dado um aumento da xenofobia (medo de estrangeiros). São muito os
casos de preconceito e discriminação perante estes, principalmente pelo
facto de que as pessoas oriundas do país onde estes migrantes chegam
verem os migrantes como “ladrões” para eles os migrantes "roubam" os
empregos restantes da população do país que os abriga.
Lutando contra as desigualdades, as discriminações e a pobreza são
criadas as políticas de mobilidade, políticas que devem ser instrumentos
de coesão social, nacional e internacional, políticas que desenvolvam a
integração e o desenvolvimento solidário das comunidades emigradas.
Conclui assim o texto com a importante ideia de que “Há que
desenvolver soluções e políticas públicas que tenham em conta os direitos
humanos básicos, melhorar a regulação dos fluxos e a definição de
estatutos e direitos dos migrantes internacionais” (Ramos, 2013)
26
Conclusão da ficha de leitura:
A globalização proporcionou‐nos uma integração em todas as
vertentes tanto a nível político, como económico, social e principalmente
multicultural. Podemos assim concluir que actualmente a globalização e o
multiculturalismo são duas realidades relacionadas uma vez que toda a
mistura de culturas mundial só veio acontecer com a abertura das
fronteiras. O aumento das desigualdades económicas no mundo, levou
com que ocorresse o processo de migração dos países mais pobres e
desfavorecidos para os países mais desenvolvidos que por sua vez fez com
que houvesse uma chegada de pessoas com culturas diferentes.
Assim sendo podemos dizer que a globalização aumentou o fluxo
de informações a respeito das oportunidades ou dos padrões de vida
existentes ou imaginados nos países industrializados. Desta forma,
suscitou uma vontade cada vez maior de migrar e de aproveitar as
oportunidades e as comodidades que aparentemente estão a ser criadas
nos outros países. A migração é inevitável e tem o potencial de ser
bastante positiva para o desenvolvimento e a redução da pobreza.
27
Conclusão:
A meu ver este trabalho foi bastante importante não só pelo facto de ter
aprofundado o meu conhecimento acerca desta temática, o desemprego e
a população qualificada, assim como tudo o que envolve este tema. Mas
por outro lado também foi bastante importante para colocarmos em
prática todas as aprendizagens que adquirimos ao longo do semestre na
disciplina de Fontes de Informação Sociológica e que de certeza me serão
muito úteis durante a minha formação académica.
No entanto ao longo do meu trabalho deparei‐me com alguns entraves
como: excesso de informação e muitas vezes deparei‐me com
informações que não estavam correctas, isto obrigou‐me a mudar os
meus métodos de pesquisa.
O tema deste trabalho permitiu‐me constatar que o desemprego está‐se a
tornar cada vez mais num fenómeno a nível mundial. No entanto em
Portugal este está a tomar níveis bastante alarmantes, assim sendo os
jovens vêem‐se como se estivessem num beco sem saída e desta maneira
muitos deles ou criam ideias inovadoras ou por outro lado grande parte
acaba por decidir imigrar em busca de melhores condições de vida.
28
Descrição Detalhada da pesquisa:
No inicio do semestre foram definidos três temas pelos docentes e dentro
desses três temas decidi escolher o “Desemprego e população qualificada”
pois já tinha algumas ideias formuladas sobre este e sobre os tópicos a
abordar.
Após a selecção do tema tive que realizar uma ficha de leitura. Para esse
efeito escolhi o texto “Globalização e multiculturalismo” de Maria da
Conceição Pereira Ramos. Optei por este texto pois foi o que me
despertou mais interesse.
Para o desenvolvimento do estado das artes, recorri essencialmente a
fontes informáticas e a algumas revistas, jornais e livros científicos sobre o
tema. Além do google.com usei sites de bases bibliográficas como o b‐
on.pt e o scielo.org. Na utilização de meios informáticos recorri também
aos operadores boleanos, apreendidos nas aulas, que facilitaram e
tornaram mais objectiva a minha pesquisa. As palavras‐chave
“Desemprego” e “população qualificada” foram das principais utilizadas
durante a minha pesquisa. Depois de recolhida toda esta informação, fiz
uma selecção de toda a informação e utilizei apenas a mais adequada ao
tema. Na utilização da informação de autores tive o cuidado de citar
sempre os autores ou então referenciar os autores a quem pertencia a
informação. Por último achei pertinente focar‐me no tema do trabalho
com base na actualidade, para esse efeito, baseei‐me em artigos de
jornais e a dados estatísticos.
29
Avaliação da Página Web:
Uma vez que tinha de avaliar uma página da internet relacionada
com o tema do meu trabalho decidi optar pela PORDATA ‐
http://www.pordata.pt/. Podemos observar que o endereço URL é intuitivo e
curto. A escolha deste site surgiu durante o desenvolvimento do trabalho
pois na procura de informação sobre o tema, surgiu‐me este web site, e
apesar de não o ter utilizado directamente como referência bibliográfica
no meu ponto de vista mostrou‐se bastante interessante, e acabou por
constituir uma fonte adicional de informação sobre este tema.
A PORDATA, Base de Dados de Portugal Contemporâneo, foi
organizada pela Fundação Francisco Manuel dos Santos. A intenção da
PORDATA é colocar os dados estatísticos ao serviço do conhecimento e
permitir que o acesso à informação, factor essencial de responsabilização
cívica e de liberdade, deixe de ser um exclusivo para apenas alguns.
O esforço da fundação consiste em recolher e organizar a
informação disponível, tornando‐a o mais possível clara e acessível, assim
sendo posso dizer que esta página é autêntica e fiável, está disponível
para todos os cidadãos, é gratuita e apresenta informação rigorosa e
isenta. Toda a sua informação provém de entidades oficiais, tais como o
Instituto Nacional de Estatística ou o Eurostat. Os dados de base
disponibilizados na PORDATA são da exclusiva autoria de entidades oficiais
com competências de produção de informação nas áreas respectivas. Esta
página da Internet para além de estar em português, está também em
inglês o que é uma mais‐valia.
30
A PORDATA reúne milhares de dados estatísticos para Portugal,
Europa e Municípios, sobre variadas áreas da sociedade, esta permite
aceder rapidamente aos números da realidade portuguesa, em temas tão
diversos como população, justiça, educação, saúde, ambiente, entre
outros, numa evolução cronológica desde 1960 e utiliza diversas
ferramentas de visualização dos dados como em gráficos ou tabelas, e de
cálculo sobre os mesmos o que é uma mais‐valia sendo que não se torna
um site muito entediante.
Posso dizer que a facilidade e a rapidez de acesso a dados de
confiança, aliadas aos princípios de rigor da informação prestada e à
abrangência dos temas foram muito bem executados neste site.
Concluo assim dizendo que apesar de não ser uma página que nos obriga a
fazer grandes esforços de acesso a qualidade da informação é muito boa.
É uma página que tem qualidade na escrita, isto é, não tem erros
ortográficos, o tamanho e as cores das letras são de fácil compreensão e
tem bom aspecto gráfico. É uma página sem custo financeiro e nem nos
obriga a dar os nossos dados pessoais para aceder à informação. Em
suma, a PORDATA é um serviço público, um projecto destinado a todos,
pensado para um vasto número de utentes que comungam do interesse
em conhecer, com confiança e rigor, mais sobre Portugal.
31
Referências bibliográficas:
Ilustração 1: • Maisvalias (2013), “Março 2013 – Taxa de desemprego na Europa”. Acedido a
15 de Novembro de 2013, disponível em <
http://www.maisvalias.com/2013/04/30/marco‐2013‐taxa‐de‐desemprego‐na‐
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Ilustração 2: • Publíco (2013), “Taxa de emprego em Portugal é a mais baixa dos últimos 27 anos”. Acedido a 15 de Novembro de 2013, disponível em < http://www.publico.pt/economia/noticia/taxa‐de‐emprego‐em‐portugal‐e‐a‐mais‐baixa‐dos‐ultimos‐27‐anos‐1593054#/4 >
Ilustração 3 e Ilustração 4: • Jornal de negócios online (2013), “A população mais qualificada de sempre”. Acedido a 15 de Novembro de 2013, disponível em < http://www.jornaldenegocios.pt/opiniao/colunistas/miguel_varela/detalhe/a_populac
ao_mais_qualificada_de_sempre.html> Ilustração 5: • Público (2013), “Taxa de desemprego sobe para 17,7%”. Acedido a 17 de Novembro de 2013, disponível em < http://www.publico.pt/economia/noticia/taxa‐de‐desemprego‐sobe‐para‐177‐1593850#/0>
Ilustração 6: • Público (2013), “Taxa de desemprego sobe para 17,7%”. Acedido a 17 de Novembro de 2013, disponível em < http://www.publico.pt/economia/noticia/taxa‐de‐desemprego‐sobe‐para‐177‐1593850#/1>
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http://comoemigrar.net/2013/10/rita‐gouveia‐jovem‐portuguesa‐emigrada‐em‐berlim/>
• Conceito.de (2011), “Conceito de desemprego”. Acedido a 13 de Novembro de
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Acedido a 13 de Novembro de 2013, disponível em <
http://www.jornaldenegocios.pt/opiniao/colunistas/miguel_varela/detalhe/a_populac
ao_mais_qualificada_de_sempre.html >
Anexo A Sítio da Internet avaliado
Anexo B Texto de Suporte da Ficha de Leitura:
• Ramos, Maria da Conceição Pereira (2013), “GLOBALIZAÇÃO E
MULTICULTURALISMO”. Disponível em
<incubadora.ufrn.br/index.php/interlegere/article/download/879/771>