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Desenho Técnico 1

Desenho Técnico - formare.org.br · O Caderno tem a finalidade de ... Indica a duração prevista para a realização do estudo e das tarefas de ... interpretar desenho mecânico

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Desenho Técnico

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Coordenação do Programa Formare Beth Callia

Coordenação Pedagógica Zita Porto Pimentel

Coordenação da Área Técnica – UTFPR Alfredo Vrubel

Elaboração GIPE Projetos Educativos Ltda.Av. Imperial, 407 / Ipanema91760-400 – Porto Alegre, [email protected]

Coordenação Geral Ana Mariza Ribeiro Filipouski eDiana Maria Marchi

Produção Gráfica Marta Castilhos

Autoria deste caderno Airton Cattani

Apoio MEC – Ministério da EducaçãoFNDE – Fundo Nacional de Desenvolvimento da EducaçãoPROEP – Programa de Expansão da Educação Profissional

Iniciativa Realização

Fundação IOCHPEAl. Tietê, 618, casa 3, Cep 01417-020, São Paulo, SP

www.formare.org.br

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)(William Okubo, CRB-8/6331, SP, Brasil)

CATTANI, Airton

Desenho mecânico e medição I / Airton Cattani ;Projeto Formare. - São Paulo : Fundação Iochpe, 2006.

168p. (Cadernos Formare, 51)

Inclui: Exercícios; Glossário; Bibliografia.ISBN 85-98169-51-X

1. Ensino Profissional 2. Desenho mecânico 3. Sistemade medidas 4. Linha técnica 5. Escrita técnica I. ProjetoFormare II. Título III. Série

CDD-371.426

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Sobre o caderno

Você, educador voluntário, sabe que boa parte da performance dos jovens no

mundo do trabalho dependerá das aprendizagens adquiridas no espaço de

formação do Curso em desenvolvimento em sua empresa no âmbito do Projeto

Formare.

Por isso, os conhecimentos a serem construídos foram organizados em etapas,

investindo na transformação dos jovens estudantes em futuros trabalhadores

qualificados para o desempenho profissional.

Antes de esse material estar em suas mãos, houve a definição de uma proposta

pedagógica, que traçou um perfil de trabalhador a formar, depois o delinea-

mento de um plano de curso, que construiu uma grade curricular, destacou

conteúdos e competências que precisam ser desenvolvidos para viabilizar o al-

cance dos objetivos estabelecidos e então foram desenhados planos de ensino,

com vistas a assegurar a eficácia da formação desejada.

À medida que começar a trabalhar com o Caderno, perceberá que todos os

encontros contêm a pressuposição de que você domina o conteúdo e que está

recebendo sugestões quanto ao modo de fazer para tornar suas aulas atraen-

tes e produtoras de aprendizagens significativas. O Caderno pretende valorizar

seu trabalho voluntário, mas não ignora que o conhecimento será construído

a partir das condições do grupo de jovens e de sua disposição para ensinar.

Embora cada aula apresente um roteiro e simplifique a sua tarefa, é impossível

prescindir de algum planejamento prévio. É importante que as sugestões não

sejam vistas como uma camisa de força, mas como possibilidade, entre inú-

meras outras que você e os jovens do curso poderão descobrir, de favorecer a

prática pedagógica.

O Caderno tem a finalidade de oferecer uma direção em sua caminhada de

orientador da construção dos conhecimentos dos jovens, prevendo objetivos,

conteúdos e procedimentos das aulas que compõem cada capítulo de estudo.

Ele trata também de assuntos aparentemente miúdos, como a apresentação

das tarefas, a duração de cada atividade, os materiais que você deverá ter à

mão ao adotar a atividade sugerida, as imagens e os textos de apoio que

poderá utilizar.

No seu conjunto, propõe um jeito de fazer, mas também poderá apresentar

outras possibilidades e caminhos para dar conta das mesmas questões, com

vistas a encorajá-lo a buscar alternativas melhor adequadas à natureza da

turma.

Como foi pensado a partir do planejamento dos cursos (os objetivos gerais de

formação profissional, as competências a serem desenvolvidas) e dos planos de

ensino disciplinares (a definição do que vai ser ensinado, em que seqüência e

intensidade e os modos de avaliação), o Caderno pretende auxiliá-lo a realizar

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um plano de aula coerente com a concepção do Curso, preocupado em investir

na formação de futuros trabalhadores habilitados ao exercício profissional.

O Caderno considera a divisão em capítulos apresentada no Plano de Ensino e

o tempo de duração da disciplina, bem como a etapa do Curso em que ela está

inserida. Com esta idéia do todo, sugere uma possibilidade de divisão do tem-

po, considerando uma aula de 50 minutos.

Também há avaliações previstas, reunindo capítulos em blocos de conhecimen-

tos e oferecendo oportunidade de síntese do aprendido. É preciso não esque-

cer, no entanto, que a aprendizagem é avaliada durante o processo, através

da observação e do diálogo em sala de aula. A avaliação formal, prevista nos ca-

dernos, permite a descrição quantitativa do desempenho dos jovens e também

do educador na medida em que o "erro", muitas vezes, é indício de falhas ante-

riores que não podem ser ignoradas no processo de ensinar e aprender.

Recomendamos que, ao final de cada aula ministrada, você faça um breve regis-

tro reflexivo, anotando o que funcionou e o que precisou ser reformulado, se

todos os conteúdos foram desenvolvidos satisfatoriamente ou se foi necessário

retomar algum, bem como outras sugestões que possam levar à melhoria da

prática de formação profissional e assegurar o desenvolvimento do trabalho

com aprendizagens significativas para os jovens. Esta também poderá ser uma

oportunidade de você rever sua prática como educador voluntário e, simulta-

neamente, colaborar para a permanente qualificação dos Cadernos. É um desafio-

convite que lhe dirigimos, ao mesmo tempo em que o convidamos a ser co-autor

da prática que aí vai sugerida.

Características do caderno

Cada capítulo ou unidade possui algumas partes fundamentais, assim distri-

buídas:

Página de apresentação do capítulo: apresenta uma síntese do assunto

e os objetivos a atingir, destacando o que os jovens devem saber e o que se

espera que saibam fazer depois das aulas. Em síntese, focaliza a relevância do

assunto dentro da área de conhecimento tratada e apresenta a relação dos

saberes, das competências e habilidades que os jovens desenvolverão com o

estudo da unidade.

A seguir, as aulas são apresentadas através de um breve resumo dos

conhecimentos a serem desenvolvidos em cada aula. Sua intenção é indicar aos

educadores o âmbito de aprofundamento da questão, sinalizando conhecimen-

tos prévios e a contextualização necessária para o tratamento das questões da

aula. No interior de cada aula aparece a seqüência de atividades, marcadas

pela utilização dos ícones que seguem:

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Indica, passo a passo, as atividades propostas para o educador. Apresenta as

informações básicas, sugerindo uma forma de desenvolvê-las. Esta seção apre-

senta conceitos relativos ao tema tratado, imagens que têm a finalidade de se

constituírem em suporte para as explicações do educador (por esse motivo

todas elas aparecem em anexo num cd, para facilitar a impressão em lâmina ou

a sua reprodução por recurso multimídia), exemplos das aplicações dos conteú-

dos, textos de apoio que podem ser multiplicados e entregues aos jovens,

sugestões de desenvolvimento do conteúdo e atividades práticas, criadas para

o estabelecimento de relações entre os saberes. No passo a passo, aparecem

oportunidades de análise de dados, observação e descrição de objetos, classifi-

cação, formulação de hipóteses, registro de experiências, produção de relató-

rios e outras práticas que compõem a atitude científica frente ao conhecimento.

Indica a duração prevista para a realização do estudo e das tarefas de cada passo.

É importante que fique claro que esta é uma sugestão ideal, que abstrai quem é

o sujeito ministante da aula e quem são os sujeitos que aprendem, a rigor os que

mais interessam nesse processo.

Quando foi definida, só levou em consideração o que era possível no momen-

to: o conteúdo a ser desenvolvido, tendo em vista o número de aulas e o plano

de ensino da disciplina. No entanto você, juntamente com os jovens que com-

põem a sua turma, têm liberdade para alterar o que foi sugerido, adaptar as

sugestões para o seu contexto, com as necessidades, interesses, conhecimentos

prévios e talentos especiais do seu grupo.

O glossário contém informações e esclarecimentos de conceitos e termos

técnicos. Tem a finalidade de simplificar o trabalho de busca do educador e, ao

mesmo tempo, incentivá-lo a orientar os jovens para a utilização de vocabulá-

rio apropriado referente aos diferentes aspectos da matéria estudada. Aparece

ao lado na página em que é utilizado e é retomado ao final do Caderno, em

ordem alfabética.

Remete para exercícios que objetivam a fixação dos conteúdos desenvolvidos.

Não estão computados no tempo das aulas, e poderão servir como atividade de

reforço extraclasse, como revisão de conteúdos ou mesmo como objeto de

avaliação de conhecimentos.

Notas que apresentam informações suplementares relativas ao assunto que está

sendo apresentado.

Idéias que objetivam motivar e sensibilizar o educador para outras possibilidades

de explorar os conteúdos da unidade. Têm a preocupação de sinalizar que, de

acordo com o grupo de jovens, outros modos de fazer podem ser alternativas

consideradas para o desenvolvimento de um conteúdo.

Traz as idéias-síntese da unidade, que auxiliam na compreensão dos conceitos

tratados, bem como informações novas relacionadas ao que se está estudando.

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Em síntese, você educador voluntário precisa considerar que há algumas com-

petências que precisam ser construídas durante o processo de ensino-aprendi-

zagem, tais como:

� conhecimento de conceitos e sua utilização;

� análise e interpretação de textos, gráficos, figuras e diagramas;

� transferência e aplicação de conhecimentos;

� articulação estrutura-função;

� interpretação de uma atividade experimental.

Em vista disso, o conteúdo dos Cadernos pretende favorecer:

� conhecimento de propriedades e de relações entre conceitos;

� aplicação do conhecimento dos conceitos e das relações entre eles;

� produção e demonstração de raciocínios demonstrativos;

� análise de gráficos;

� resolução de problemas;

� identificação de dados e de evidências relativas a uma atividade experimental;

� conhecimento de propriedades e relações entre conceitos em uma situação

nova.

Como você já deve ter concluído, o Caderno é uma espécie de obra aberta, pois

está sempre em condições de absorver sugestões, outros modos de fazer, arti-

culando os educadores voluntários do Projeto Formare em uma rede que

consolida a tecnologia educativa que o Projeto constitui. Desejamos que você

possa utilizá-lo da melhor forma possível e que tenha a oportunidade de refletir

criticamente sobre eles, registrando sua colaboração e interagindo com os

jovens de seu grupo a fim de investirmos todos em uma educação mais efetiva

e na formação de profissionais mais competentes e atualizados para os desa-

fios do mundo contemporâneo.

GIPE – Gestão e Inovação em Projetos Educativos

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Introdução

Este caderno busca trabalhar os conceitos básicos de Desenho Mecânico & Medi-

ção, imprescindíveis para a formação do jovem profissional no curso Operador

de Produção Metalúrgica e Serviços. Para tanto, são exploradas diversas ferra-

mentas e dinâmicas de trabalho, a fim de viabilizar aprendizagens significativas

dos conteúdos.

Dentre as competências e habilidades a serem desenvolvidas, destacam-se:

interpretar desenho mecânico de componente isolado e de conjunto, repre-

sentar em croqui para subsidiar a fabricação de peças de pequena comple-

xidade, conforme normas da ABNT; executar medições dimensionais com o

auxílio dos principais instrumentos manuais e dispositivos usados nos setores

de produção e de serviços metalúrgicos.

Para tanto, o capítulo 1 trabalha com o sistema de unidades, a medição linear

e de variáveis. Traz noções básicas indispensáveis a quem trabalhe neste setor.

De forma crescente em complexidade, aborda o histórico da medição e a defi-

nição de padrão, aprofundando noções de equivalência e detalhando o siste-

ma métrico e inglês de medida de comprimento, bastante usados na indústria.

Objetivando a aprendizagem, e a prática, prevê exercícios de aplicação e o

manuseio de instrumentos.

O capítulo 2 aborda as linhas e escrita técnica através da execução de exercícios

que levem o jovem a identificar seus usos nos desenhos técnicos, conforme as

NBRs 8402 e 8403.

O capítulo 3 apresenta conceitos e propõe dinâmicas para fixar os aspectos

referentes a cotagem e escala e propõe atividades que desenvolvam a habili-

dade de cotar desenhos de figuras geométricas planas e componentes de uso

industrial.

O capítulo 4 trabalha com a perspectiva isométrica a partir de peças-modelo,

e introduz o traçado da perspectiva isométrica de cubo e cilindro em papel

isométrico.

Já o capítulo 5 está centrado no estudo das faixas de tolerância industrial, nas

formas de medir e registrar as tolerâncias e no uso do paquímetro.

Por fim, o capítulo 6 pretende que o jovem, de posse de desenho de peças mecâ-

nicas em perspectiva, esboce as projeções ortogonais no 1º diedro, marcando

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as cotas para fabricação. Para tanto, desenvolve conceitos e propõe atividades

de posição das vistas nos planos de projeção. A aplicação do princípio da propor-

cionalidade na execução das projeções ortogonais em croqui e a distribuição

das cotas nas vistas que mais caracterizam os detalhes cotados também são

objetos de estudo.

Além da análise e síntese de conceitos, a metodologia desenvolvida nestes

capítulos busca dar suporte à construção do conhecimento, desenvolver o

espírito crítico dos jovens, capacitar para o trabalho em equipe por meio da

interação não só com o educador, mas com colegas e outros profissionais

atuantes na área. Também está atenta para a capacidade de comunicação oral

e escrita, a desinibição, a problematização de conhecimentos do senso comum

e a busca de soluções, habilidades e competências fundamentais para a for-

mação de um profissional amplamente capacitado em qualquer área do

conhecimento.

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1 Linhas e Escrita TécnicaPrimeira Aula

Instrumentos e normatização para o desenho técnico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .13Segunda Aula

Linhas técnicas com instrumentos e à mão livre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .15Linhas retas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .15Esquadros de 45º e 30º/60º . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .15

Terceira AulaLinhas curvas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .16

Quarta AulaCaligrafia técnica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .18

Quinta AulaCaligrafia técnica: atividade prática . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .19

Sumário

2 Cotagem e Escala Primeira Aula

Princípios de cotagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .23Segunda Aula

NBR 10126 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .24Terceira Aula

Atividade prática . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .25Quarta Aula

Escala: aplicações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .26Quinta, Sexta e Sétima Aula

Sistema de cotagem: conceitos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .27Oitava e Nona Aula

Pesquisa sobre cotagem e escala . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .30

3 Vistas Ortogonal e CroquiPrimeira Aula

Projeção ortogonal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .33Segunda Aula

Conceitos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .35Terceira Aula

Representação de figuras planas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .37Quarta Aula

Representação de sólidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .38Quinta Aula

Rebatimento dos planos de projeção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .41Simulação de ponto de vista . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .44

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Sexta AulaDesenhando sólidos:perspectiva e projeção ortográfica . . . . . . . . . . . . . . . . . . .44

Sétima AulaRepresentação de elementos diversos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .45

Oitava à Décima AulaExercícios práticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .47

Décima Primeira AulaAvaliação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .49

Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .51Anexos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .55

3 Interpretação de desenhos

Atividade prática . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . .51

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Neste capítulo serão apresentados conceitos de linhas curvas, retas paralelas e per-

pendiculares que servem para o desenho projetivo em vistas ortogonais, além de

regras para a escrita de letras e números em desenho técnico (NBR), relacionando com

aplicações práticas.

1 Linhas e Escrita Técnica

� Conhecer as regras da NBR8402 e NBR8403 para desenhar linhas e escrita técnica;

� Familiarizar-se com os meios de expressão e representação gráfica de objetos, além

de usar os instrumentos básicos para a aplicação prática em trabalhos a serem

desenvolvidos;

� Desenvolver habilidade do manejo do lápis, a desinibição e a espontaneidade, em

desenho à mão livre, usando instrumentos próprios do desenho técnico;

� Saber valorizar e obedecer a regras;

� Desenvolver o senso de observação e de medida.

Objetivos

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Exposição oral do educador, tratando dos seguintes te-mas, com vistas a complementar os conhecimentos pré-vios dos jovens, organizando-os, e a sistematizar outros:

� Tipos de desenho que existem: conteúdos destasessão presentes na NBR10647: desenho projetivo;instrumental; não projetivo: diagramas, ábacos, no-mogramas (cálculos, leis e dados estatísticos); fluxo-gramas, organogramas e gráficos;

� Escrita das letras: normógrafo; letras decalcáveis;letras à mão livre;

� Instrumentos: mostrará os instrumentos com os quaisos jovens irão trabalhar, seu uso e conservação;

� Materiais: lápis ou lapiseira com minas e grafites detamanhos e dureza diferentes: do 9H ao 6B. Tipos deborrachas adequadas para cada tipo de desenho;

� Maneira correta de segurar o lápis, de traçar retas ver-ticais e horizontais, curvas; de apagar com a borracha.

Nesta aula, o desenho será introduzido como for-

ma de comunicação e registro, serão identifica-

dos os instrumentos para o desenho técnico, in-

dicando seus usos mais freqüentes, conforme a

NBR 8402 e a NBR 8403 e os jovens iniciarão a

confecção de exercícios práticos à mão livre.

Primeira Aula

Passo 1 / Ouvindo e anotando

35min

Educador, ilustre com a demonstração dos objetos emostre seu funcionamento, sempre que for possível.Estimule os jovens a anotar o que acharem relevante.

Educador, rememore com os jovens os seguintesconceitos, que já devem ter sido apreendidos: linhasretas e curvas, segmento de reta, perpendiculares eparalelas, vertical, horizontal, inclinada, círculo.Noções básicas do uso de compasso e do esquadro.

Instrumentos e normatização para o desenho técnico

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Atividade: Desafie os jovens a pesquisarem diversos ti-pos de lápis de desenho e explicarem como trabalhar comeles, indicando a fonte da consulta. Além de oportunizarque desenvolvam a autonomia, é um bom recurso paraavaliar, num primeiro contato, o interesse dos jovens.

Passo 2 / Atividade prática

15min

Os jovens, primeiro, desenharão retas horizontais e ver-ticais à mão livre, com pequenos traços sucessivos.Depois, as reforçarão com segurança, conforme mostraa figura 1. Farão outras retas horizontais e verticais,desenhando de uma só vez e fixando os olhos para oponto final da linha, conforme figuras 2 e 3.

Fig. 1 – 1º método de desenhar linha horizontal: traçar pequenos traços e depois completá-los.

Fig. 2 – 2º método de desenhar linha horizontal: colocar o lápis no início e, com o olho no pontofinal, traçá-la de uma vez só, inclinado o pulso.

Fig. 3 – Traçando uma linha vertical pelo 2º método.

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I: treino com linhas paralelas verticais, horizontais einclinadas superpondo, como em grades. O educa-dor preparará o material em folhas A4, ou outra desua preferência, conforme a sugestão apresentadano anexo 1.

II: treino com linhas paralelas verticais, horizontais eparalelas aplicadas em desenhos. Utilize peças co-muns, existentes na empresa, com estas caracterís-ticas, para que os jovens as copiem.

O educador pode preparar a folha com diversos pontosou dar o exemplo no quadro, solicitando que os jovensexecutem em suas folhas de desenho. Eles estarão trei-nando uma habilidade importante para quem querfazer desenhos técnicos. No entanto, os desenhos depeças simples deverão ser visualizados em cópias nafolha A4 e não no quadro branco, pois pressupõem ahabilidade de transferência de dados através de escala,que ainda não foi desenvolvida de maneira sistemática.

Esta aula prática será dedicada ao traçado de

linhas retas.

Segunda Aula

Passo 1 / Atividade prática

30min

Linhas Técnicas com instrumentos e à mão livre: linhas retas

Esquadros de 45° e 30º/60°

O educador demonstrará no quadro como se faz a uti-lização desses instrumentos e os jovens praticarão emdiversos traçados, tais como paralelas horizontais, ver-ticais e inclinadas.

Poderão também utilizar o anexo 1 como suporte maisdirigido.

Passo 2 / Instrumentos de desenho

20min

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Apresentar os seguintes exercícios para os jovens trei-narem o traçado de curvas à mão livre. Caso não hajacondições de desenvolverem todos os exercícios suge-ridos, indique-os como tarefas de casa:

1 Traçado de curvas com movimentos amplos, depoisde demarcar alguns pontos de referência, conformefigura 4;

2 Aplicação de curvas em desenho topográfico; 3 Desenhar circunferências dentro de quadrados pre-

viamente desenhados, marcando os pontos centraisdos lados dos quadrados e depois unindo-os comcurvas;

4 Desenhar círculos concêntricos; 5 Desenhar sinuosas, também à mão livre, a partir

de retângulos pré-desenhados.

Esta aula tratará do traçado de curvas, à mão

livre e com instrumentos.

Terceira Aula

Passo 1 / Traçando curvas à mão livre

10min

Traçado de linhas técnicas com instrumentos e à mão livre:linha curva

Fig. 4 – Traçando uma linha curva pelo 2º método.

Deverá ser previsto um tempo para execução de cadaexercício, respeitando o ritmo próprio de cada um.

Acompanhar e orientar cada jovem durante a exe-cução, corrigindo postura e estimulando a adoção deatitudes que aprimorem sua competência, é tarefa doeducador.

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Demonstre o manejo do compasso e do esquadro, noquadro branco ou numa folha. Peça aos jovens quepratiquem em diversos desenhos.

Além da demonstração no quadro branco, será neces-sária atenção à demonstração do uso do compasso edos esquadros, pois, no quadro, os instrumentos exigemmovimentos mais amplos e a maneira de segurá-los édiferente da usada ao manejar o compasso e os esqua-dros sobre a mesa de trabalho.

Os jovens também poderão experimentar as diferentessituações, e serem desafiados a responder: “Onde hámais dificuldade?”. Espera-se que possam concluir que,na comparação entre os dois traçados, não há dificul-dades, mas habilidades diferentes de manejar os ins-trumentos: uma no plano vertical; outra no planohorizontal.

Passo 2 / Traçando curvas com instrumentos

20min

Passo 3 / Análise dos exercícios

Em pequenos grupos, os jovens serão convidados a ex-porem aspectos fáceis na realização do exercício. De-pois, no grande grupo, procurarão identificar as difi-culdades que encontraram e discutirão alternativas deresolvê-las.

Após a discussão, convém que o educador os estimulea registrar os problemas enfrentados e as alternativasde solução, em suas anotações.

O educador pode ter folhas com vários exercícios para serem oferecidos aos jovens mais rápidos

ou mesmo para aqueles que se interessarem em fazê-los em casa, ou, ainda, para o caso de con-

cluir que podem melhorar sua habilidade na execução de mais desenhos.

20min

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Propor que os jovens, conforme o Anexo 2, executemletras atendendo as direções da escrita indicadas emcada letra, até o fim da linha.

Esta aula apresentará situações de exercício com

caligrafia técnica.

Quarta Aula

Passo 1 / Traçando Letras

20min

Passo 2 / Combinações de letras

15minSolicite aos jovens que escrevam letras que tenham ascaracterísticas abaixo descritas:

1 Intervalo de linhas paralelas, como N e H;

2 Linhas curvas, como O e C;

3 Linhas curvas e inclinadas, como D e A;

4 Linhas retas e inclinadas, como I e V;

5 Linhas paralelas inclinadas, como V e A.

Descobrindo truques

Propor exercícios em que os jovens escreverão duas pa-lavras que ilustrem que:

1 Letra com traço vertical que esteja perto de letracom traço curvo deve ser menos aproximada queletra com traço vertical que esteja perto de letracom o traço inclinado. Exemplo: O e I.

2 Letras com linha vertical e linha inclinada devemser aproximadas. Exemplo: N e V.

3 Em letras com linha inclinada e linha curva, comoD e A , o espaçamento deve ser calculado, medin-do a partir da metade do traço inclinado.

4 Em letras com linha curva junto à outra letra comlinha curva, numa combinação dos traços curvoscom curvos, as letras devem se aproximar mais doque em todos os outros casos. Exemplo: O e C.

Passo 3 / Combinações de letras nas palavras e frases

15min

Caligrafia técnica

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Dependendo da habilidade e interesse demonstradospelos jovens, o educador poderá pedir que escrevammais palavras.

Educador, desafie os jovens, perguntando o porquêdessas combinações. Com certeza você receberá todoo tipo de justificativa, mas a que melhor responderáé a que fizer referência à área que cada letra ocupajunto à outra.

Coloque no quadro branco as letras X, J, P, L, F e T epergunte aos jovens:

“Se a área das letras combinadas determina o tratamen-to dos espaços, como eles deverão tratar estas letras aocombiná-las com outras?”

A resposta que mais se aproximar de “sobrepondo-as”estará correta, como, por exemplo: LV, TA, FT.

Peça aos jovens para desenharem três palavras com es-tas combinações, seguindo as regras estabelecidas.

Solicite-os a construírem frases com estas palavras. Aoescolherem a frase , eles já deverão saber que:

1 na composição de frases em linhas estreitas (pau-tas de pouca altura), as letras largas e mais espa-çadas terão maior e melhor legibilidade;

2 o sinal de pontuação é considerado uma letra.

Esta aula dá continuidade à prática da escrita

técnica.

Quinta Aula

Passo 1 / Desenhando a escrita técnica

10min

Caligrafia técnica

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Prepare linhas com as palavras mais comuns usadas naempresa e peça aos jovens que as repitam várias vezese em diversos tamanhos de linhas e espaços, usando ascaracterísticas da composição das letras, segundo suaforma e espaçamento.

Passo 2 / Desenho em espaços determinados

15min

Forneça aos jovens desenhos utilizados na empresa, demodo que possam compará-los e verificar a adequaçãoàs Normas Brasileiras. Utilizem também desenhos incom-pletos, a serem complementados pelos jovens. Nessecaso, enquanto supervisiona os trabalhos, você estarátambém fornecendo informações presentes nas NBR8402 e 8403 que possibilitem a execução desta tarefa.

A execução dessas atividades depende da motricidadefina dos jovens. Possibilite que eles a aperfeiçoem, masnão desrespeite seus ritmos. Por isso, se achar que ostempos destinados aos exercícios são reduzidos, adap-te-os à sua realidade.

Passo 3 / Análise de desenhos

25min

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Bem longe das correspondências entre pedrinhas e ovelhas dos pastores de antiga-

mente, estão as medidas por laser, hoje. Espectrômetros que medem a quantidade

exata de certas substâncias envolvidas na fabricação do aço e medidas em astronomia,

com telescópios varando o universo, parecem resolver a maioria das indagações mo-

dernas. No entanto, tão importantes quanto essas são as medições dos componentes

das máquinas fabris de hoje.

Uma peça fora de medida pode comprometer os equipamentos e o processo produ-

tivo, além de fazer seus operadores correrem riscos. Por esse motivo, é importante

reunir conhecimentos que possibilitem compreender e controlar equipamentos.

Os jovens poderão observar, neste capítulo, como a correta notação de cotas, ou co-

tagem, é importante fator para a adequada composição e funcionamento dos compo-

nentes de uma máquina ou produto industrial. Terão noção de escala e manejo dos

instrumentos que os auxiliarão na tarefa de medir e cotar.

2 Cotagem e Escala

Objetivos

� Conhecer as regras da NBR10126, que fixa princípios gerais de cotagem a serem

aplicados em desenho técnico;

� Familiarizar-se com a representação gráfica de cotas, além de usar os instrumentos

básicos para a aplicação prática em trabalhos a serem desenvolvidos;

� Desenvolver habilidade do manejo da régua e escalímetro;

� Saber valorizar e entender a importância das regras de cotagem.

21

22

Princípios de cotagem:medindo objetos e representando suas medidas

Portando trenas, escalímetros e réguas, os jovens medi-rão pequenos objetos (sugira objetos comuns da fábri-ca, do entorno ou ainda objetos que eles carregam, taiscomo estojos, caixa de lápis, porta-cd ou outros que lheparecerem mais adequados).

Esta atividade aplicará conhecimentos já adquiridos noprimeiro capítulo da disciplina.

Enquanto trabalham, procure verificar se utilizam os ins-trumentos de medida de maneira adequada e se medemcom precisão. Alerte-os para a dificuldade de obtermedidas pequenas precisas com os instrumentos queestão sendo utilizados neste momento, e informe-os deque existem outros de maior precisão, os paquímetros,que serão estudados mais adiante.

Concluída a medição, desafie-os a representarem osobjetos e a cotá-los da maneira que acharem melhor.

Passo 1 / Aula prática

20min

Esta aula apresenta princípios de cotagem e in-

troduz os jovens na execução da tarefa de cotar

por meio de objetos específicos.

Primeira Aula

Educador, para esta aula, disponibilize diversas tre-nas, escalímetros e réguas, com vistas a facilitar suaexperimentação por todos os jovens.

Passo 2 / Atividade em grupo

30min

Esta atividade inicia com a exposição e análise dos de-senhos, com ênfase na representação das medidas.Como cada jovem cotou seu desenho de forma pessoale as regras de cotagem ainda não foram estudadas,espera-se que a forma de representá-la tenha variadobastante.

23

Destaque algumas representações bem díspares eintroduza a problematização referente à uniformidadede normas de cotagem.

Procure fazer com que os próprios jovens constatem anecessidade de unificação de procedimentos. Não apre-sente respostas, mas induza-os a chegarem às conclu-sões, refletindo sobre os fatos que estão vivenciando.

Espera-se que a principal atribuição ao valor da uni-ficação seja a possibilidade de todos compreenderemum mesmo desenho da mesma maneira.

Este é o momento de apresentar as normas da NBR10126, a serem detalhadas na próxima aula.

Esta aula apresentará detalhadamente a NBR

10126.

Segunda Aula

NBR 10126

Forme grupos (dependendo do número de normas dis-poníveis em sala) e indique os trechos que serão lidos.

Peça aos jovens que leiam e resumam, anotando per-guntas ou incompreensões. (Relativos à finalidade, princi-pais regras para colocação de cotas e símbolos indicativosdas formas cotadas)

Passo 1 / Trabalho em grupo

25min

Educador, tenha em mãos a Norma NBR 10126, comum número de cópias suficientes para serem manu-seadas pelos jovens.

Procure salientar que a cotagem tem maior importância no processo produtivo do

que na execução dos desenhos, sendo necessárias à construção, à verificação e à

própria função do objeto desenhado.

Retome a leitura dos itens selecionados e vá responden-do às questões formuladas pelos grupos. É fundamentalque todos tenham clareza dos aspectos mais relevantes

Passo 2 / Aula expositivo-dialogada

25min

24

Fig. 1 – Principaiselementos da cotagem.

Procure observar ainda:

� A identificação dos elementos a serem cotados;� A seleção das cotas a inscrever nos desenhos (função

do objeto, fabricação e controle); � O posicionamento das cotas (rigor na definição do

objeto desenhado e facilidade de leitura).

Nesta aula os jovens exercitarão as aprendiza-

gens decorrentes do estudo da NBR 10126.

Terceira Aula

Passo 1 / Aula prática

20min

Com base no que foi visto na aula anterior, os jovenscolocarão em prática os conhecimentos adquiridosatravés da leitura.

Proponha que eles refaçam os desenhos da primeiraaula deste capítulo, aplicando o que aprenderam nestaetapa.

para uma padronização da cotagem comentados naNorma NBR 10126, destacando os elementos principaisdo sistema de cotagem, a diferenciação entre cotas,linhas de chamada e linha de cota, bem como a cota-gem em série, paralela, mista e por coordenadas.

Linha de

chamada

Linha de cota

Cota

Seta

45

25

Passo 2 / Debate em grupo

30min

Faça com que comparem o primeiro e o segundo resul-tado, individual e coletivamente, e que formulem algu-mas conclusões a partir da comparação. Espera-se queeles observem que, no segundo resultado, os desenhossão mais parecidos entre si, já que todos deverão estarempregando os mesmos referenciais.

Caso isso não ocorra, esta situação deverá ser motivode avaliação coletiva, indicando aspectos que merecemser retomados para que se obtenha um resultado maiseficiente no trabalho com cotagem.

Procure fazer com que todos participem e exponhamsuas idéias e dúvidas.

Reforce a forma de representação da cota: ao cotar, ovalor da cota não deve ser acompanhado da unidade,somente o número deverá ser representado. A escalaindicada deverá ser especificada no selo ou na legenda.Este é um erro comum quando os jovens estão apren-dendo a cotar.

Nesta aula deverá ser introduzida a noção de es-

cala e suas aplicações na ampliação e redução.

Quarta Aula

Escala: aplicações

Para a realização desta aula, deverão ser disponibiliza-dos instrumentos de medição compatíveis com os obje-tos que se deseja medir.

Proponha exercícios de medição e representação de umespaço amplo, como a sala de aula, e a medição e repre-sentação de um objeto pequeno, como um lápis oucaixa de fósforos.

Ressalte que ambos os desenhos deverão ser represen-tados em uma folha e ter tamanhos semelhantes. Dessaforma, terá oportunidade de apresentar as escalas deredução (1:100, 1:50, 1:20, etc.), as escalas de ampliação(2:1, 5:1, 10:1, etc.) e a escala natural (1:1).

Passo 1 / Exercício em duplas

35min

26

Mediante a exposição e os comentários dos jovens,retome e sistematize as aprendizagens relativas à no-ção de escala e suas aplicações na ampliação e redução.

Lembre que a noção de escala é intuitiva, ou seja, sem-pre que o desenho de um objeto de maior porte éfeito, invariavelmente seu desenho será menor, isto é,a representação já emprega a noção de escala, emborasem ser precisa ou rigorosa.

Escala natural é aquela em que o tamanho do desenho técnico é igual ao tamanho

real da peça. Escala de redução apresenta desenhos menores que o objeto desenha-

do. Escala de ampliação representa o objeto em tamanho maior que o natural.

A escala é uma forma de representação que mantém as proporções das medidas dos

objetos representados. Por outro lado, sempre que houver divergência entre o

desenho e a escala, prevalece a informação numérica. Apenas quando esta não

estiver presente deverão ser tomadas medidas diretamente no desenho.

Saliente que a representação da escala é feita na le-genda com a abreviatura “ESC”. Indique também aforma como é feita a leitura das escalas. Por exemplo:ESC 1:20 é lida “escala um por vinte”.

Passo 2 / Exposição dos desenhos e debate

15min

Nesta aulas, serão abordadas as especificidades

do sistema de cotagem, bem como os conceitos

mais amplamente utilizados em sistemas de pro-

dução industrial.

Quinta, Sexta e Sétima Aulas

Educador, o conteúdo deverá ser distribuído levan-do em conta sua utilização no contexto da indústria. Procure desenvolver mais aqueles conteúdos que têmuma aplicação mais intensa, não deixando de referiroutros, que farão parte da bagagem de conhecimen-to que os jovens levarão deste curso.

A seguir são listados os pontos sobre cotagem quedeverão se abordados nestas aulas:

� dimensões lineares� dimensões angulares� rasgos

27

� rebaixos� furos� peças com mais de um elemento� faces não ortogonais� ângulos� chanfros� furos escareados� elementos em arcos de circunferência� elementos esféricos� arcos� cotagem em espaços reduzidos� pequenos diâmetros� elementos espaçados igualmente� peças com encurtamento� seção� elementos oblíquos� indicativo de inclinação� peças cônicas ou com elementos cônicos� indicativos de conicidade � inclinação em peças cônicas� cotagem em cadeia� cotagem por elementos de referência (face de refe-

rência ou por linha básica)� cotagem em paralelo� cotagem aditiva

Cuidados a serem observados na cotagem:

� A legibilidade deverá ser levada em conta: evite nú-meros muito pequenos ou cotas muito agrupadas;

� Evitar cruzamentos de linhas de cota entre si ou comoutro tipo de linhas;

� Os elementos deverão ser cotados preferencialmen-te na vista que oferece maior número de informa-ções em relação à sua forma ou à sua localização;

� Não deverão ser utilizadas arestas como linhas decota;

� A cota deverá ser colocada próxima ao trecho a sercotado;

� Cada elemento deverá ser cotado apenas uma vez;� Cotas auxiliares deverão permanecer entre parên-

teses;� A cota deverá estar posicionada no ponto médio da

linha de cota;

28

� As cotas não deverão ser obstruídas por nenhum ou-tro elemento que possa prejudicar sua leitura (eixos,linhas de chamada, tracejados etc);

� Um mesmo desenho deverá utilizar sempre a mesmaunidade de medida;

� Sempre que possível, a cota deverá ser posicionadana parte superior da linha de cota. Em espaços mui-to exíguos, a cota poderá ser representada na parteinferior, mas ligada por um traço à linha de cota;

� Cotas verticais são escritas à esquerda. Cotas incli-nadas deverão ser estudadas caso a caso.

� Cotagem de elementos eqüidistantes pode ser sim-plificadas (ao invés de repetir 7 vezes uma mesmacota em um intervalo, utilize “7 x medida”);

� Cotas de diâmetros deverão sempre ser acompanha-das pelo respectivo símbolo (Ø);

� Em vistas interrompidas, a linha de cota não deve serinterrompida;

� Linhas invisíveis não devem ser cotadas a menos quenão exista outra alternativa mais clara.

Desenvolva esses conteúdos a partir de vivências de situa-ções práticas. Traga para a aula plantas e desenhos uti-lizados em seu setor de trabalho, para que os jovenspossam verificar como são efetivamente empregados ossistemas de cotagem. Reporte-se sempre à NBR 10126.

Forme grupos de análise, estimule-os a fazer inferênciase examine em grande grupo as hipóteses que formu-larem, valorizando sempre as possibilidades de construí-rem conhecimento através da solução de problemas,além de oportunizar situações de observar a real utili-dade do que estão aprendendo.

Para que os jovens possam aplicar os conhecimentosadquiridos nas aulas teóricas, o educador deverá pro-videnciar dois tipos de desenhos:

1 O primeiro deverá ser de peças e objetos em queapenas algumas cotas sejam mostradas, cabendoaos jovens completarem as cotas faltantes. Em al-guns desenhos deverão estar ausentes as linhasde cotas ou linhas de chamada. Em outros as pró-prias cotas deverão estar ausentes, de modo queos jovens possam completá-las, fazendo as medi-ções necessárias. A existência de referências po-derá ajudá-los a entenderem melhor o segundo

29

tipo de exercício proposto, onde não haverá estasreferências.

2 No segundo tipo de desenho, não deverá sermostrada nenhuma referência às cotas, cabendoaos jovens representarem as linhas de cotas, aslinhas de chamada, as setas e as próprias cotas.

O educador deverá fazer com que os exercícios sejamvinculados à prática profissional, procurando trazerexemplos vivenciados no dia-a-dia de fábrica.

Estas duas aulas deverão ser empregadas para

que os jovens façam pesquisas sobre cotagem e

escala. Poderão ser colocados à disposição dos

jovens livros e revistas que abordem este assunto.

Também deverá ser utilizada a sala de informá-

tica, para favorecer o acesso à internet para apro-

fundar a pesquisa. Desse modo, poderão conhecer

maiores particularidades sobre cotagem e escala.

Procure indicar os sites das referências, mas tam-

bém incentive os jovens a buscarem outros, utili-

zando ferramentas de busca (Google, Altavista,

etc.).

Alerte os jovens para o fato de que os sites in-

cluem problemas que não estão relacionados com

as questões solicitadas. Desse modo, ajude-os a

se aterem ao exigido, mas prepare-se para as per-

guntas que virão, se os jovens realmente ficarem

interessados.

Oitava e Nona Aulas

30

O capítulo apresenta conceito e funcionamento de croquis e projeções ortogonais,

possibilitando o esboço de projeções no 1.º diedro e marcando cotas para fabricação.

Propõe-se a viabilizar a compreensão de que “assim como um texto depende da inter-

pretação de cada palavra em função do seu correlacionamento com a demais, uma

representação no sistema de vistas ortográficas somente será compreendida de modo

inequívoco se cada vista for interpretada em conjunto e coordenadamente com as

outras”. (Bornancini, 1981)

3 Vistas Ortogonais e Croqui

� Familiarizar os jovens com a forma e a representação em vistas ortogonais de obje-

tos e com a importância de seguir as regras de composição de seus campos de pro-

jeção;

� Compreender as diversas formas de esboçar croquis e a função de comunicar idéias

através deles;

� Desenvolver habilidades no manejo da régua ou do esboço à mão livre, além da

escolha de vistas que mais detalham o objeto;

� Desenvolver o senso de observação, de medida e de proporcionalidade na exe-

cução das projeções ortogonais.

Objetivos

31

32

Diferentemente da perspectiva isométrica, já vistaanteriormente, as projeções ortogonais não represen-tam os objetos de modo a mostrar as três dimensões.Assim, o desenvolvimento da visão espacial é um dosobjetivos a ser alcançado, quando os jovens compreen-derão as características volumétricas de um objeto pormeio de uma série de representações que mostramapenas duas dimensões por vez.

Definição de modelo: é o objeto ou objetos que serãorepresentados.

Nesta aula serão introduzidos os conceitos que

orientam a representação por meio de projeções

ortogonais.

Primeira Aula

Passo 1 / Aula teórica

20min

Observe que peças compostas de vários elementos sãorepresentadas separadamente.

Projeções ortogonais

Fig. 1

33

Definição de ponto de vista: O ponto de vistaindica de onde o objeto que vai ser representado.Lembre-se que, por convenção, o observador estásituado no infinito, servindo a figura abaixo apenascomo referência para uma melhor compreensão.

Definição de plano de projeção: Os planos de pro-jeção podem ocupar diversas posições no espaço.

Convenção para a designação dos diedros:

PV – plano vertical superior

PVI – plano vertical inferior

PH – plano horizontal anterior

PHP – plano horizontal posterior

Fig. 2

Fig. 3

4º diedro 1º diedro

3º diedro 2º diedro

PHP PH

PV

PVI

Vendo o modelo de frente Vendo o modelo de cima

Vendo o modelo de lado

34

Mesmo que os jovens ainda não tenham conheci-mentos para executar os desenhos de acordo com asnormas, o educador poderá pedir que seja desenhadoum objeto projetado nos diferentes planos. Isso farácom que os jovens percebam a necessidade de váriosdesenhos para compreender uma peça.

Procure usar peças ou objetos que produzam projeçõessemelhantes em dois planos, de modo que sejamnecessários dois desenhos para sua interpretação.

Dica: Lembre-se de que, no Brasil, a ABNT recomenda aprojeção no 1º diedro.

Passo 2 / Atividade prática

30min

Pontos que deverão ser abordados:

� Projeção ortográfica do ponto� Projeção ortográfica de um segmento de reta

Retas paralelas ao planoRetas perpendiculares ao planoRetas oblíquas ao plano (não estará em VG)

A partir desta aula, o educador deverá iniciar o

estudo da representação em projeções ortogo-

nais, abordando desde seus conceitos mais bási-

cos até exemplos de maior complexidade.

Segunda Aula

Passo 1 / Aula teórica

20min

2º diedro 1º diedro

3º diedro 4º diedro

Fig. 4

Projeção ortogonal: conceito

35

Projeção do ponto

Projeção da reta

Projeção da reta perpendicular

Fig. 5

Fig. 6

Fig. 7

linha projetante

PV

A1 Ax x

PV

B

A1 A

B1

PV

A1=B1 Ax x

Bx

36

Projeção da reta oblíqua

Passo 1 / Atividade prática

30min

Os jovens deverão fazer seus próprios desenhos, proje-tando pontos e segmentos de retas nos diversos planos.

Verifique se os jovens estão aplicando os conteúdos docapítulo “Linhas e escrita técnica”. Caso necessário, re-veja esses conteúdos.

� Projeção ortográfica de um retângulo� Retângulo paralelo ao plano� Retângulo perpendicular ao plano� Retângulo oblíquo ao plano (não estará em VG)

Passo 1 / Aula teórica

20min

Fig. 9 – Retângulo paralelo ao plano

Nesta aula serão representadas figuras planas em

projeções ortogonais.

Terceira Aula

Fig. 8

Representação das figuras planas

PV

B

A1 A

B1

C1

D1

A1 A

B

D

C

B1

PV

37

O educador proporá que os jovens desenhem figurasplanas e as projetem nos planos de projeção.

Poderá sugerir exemplos com três alternativas de solu-ção, onde apenas uma será correta.

Fig. 10 – Retânguloperpendicular ao plano.

Fig. 11 – Retângulooblíquo ao plano.

Passo 2 / Atividade prática

30min

Procure explorar bem exercícios que representem superfícies oblíquas que não este-

jam em verdadeira grandeza. Este aspecto das projeções ortogonais merece especial

atenção, pois é muito fácil cometer equívocos ao representar superfícies com essa

característica.

Representação de sólidos emprojeções ortogonais

Como a projeção em um plano vertical e em um planohorizontal não é suficiente para a interpretação de umapeça, a partir desta aula será acrescentado o plano deprojeção lateral, a ser utilizado na projeção de sólidos.

Passo 1 / Aula teórica

20min

Nesta aula será trabalhada a representação de

sólidos em projeções ortogonais.

Quarta Aula

B1=C1

B

A

D

C

A1=D1

D1

C1

A1

B1

A

B

D

C

PV

38

Deste modo, estará se dando origem às seguintes si-tuações:

� a projeção do modelo no plano vertical dá origem àvista frontal;

� a projeção do modelo no plano horizontal dáorigem à vista superior;

� a projeção do modelo no plano lateral dá origem àvista lateral esquerda.

Passo 2 / Atividade prática

30min

Propor aos jovens que refaçam os desenhos feitos nasaulas anteriores utilizando, a partir de agora, tambémo plano lateral de projeção.

Com isso poderão verificar o caráter complementar des-te plano, permitindo compreender melhor os objetos.

Faça-os observar que uma mesma linha ou figura planapoderá ter projeções diferentes ou iguais, conforme oplano de projeção, e que as diferenças podem sermuito pequenas.

Fig. 13 – Projeção de umparalelepípedo no planovertical – Vista frontal.

Fig. 12

B1=C1

D

C

A1=H1

E1=D1

C1=F1 C

E

H

A

F

B

VF

plano vertical

plano horizontal

plano lateral

39

É importante fazer os jovens compreenderem que astrês projeções se referem ao mesmo objeto, resultandoem desenhos diferentes, conforme o plano utilizado.

Fig. 14 – Projeção de umparalelepípedo no plano

horizontal – Vista superior.

Fig. 15 – Projeção de umparalelepípedo no plano lateral –

Vista lateral.

F1=G1

B

CA

ED

H

G

F

B1=C1

A1=D1

E1=H1

A1=B1

E1=F1 D1=C1

H1=G1

H

G

C

F

B

DE

A

PV

PH

PL

Fig. 16

40

Rebatimento dos planos de projeção

Após o estudo dos diversos planos de projeção, é precisoadotar alguns procedimentos para rebater os planos, ouseja, trabalhar com eles em superfícies bidimensionais.

Nesta aula será trabalhada a representação de

sólidos em projeções ortogonais.

Quinta Aula

Passo 1 / Aula teórica

20min

Como a viabilização da execução de um desenho téc-nico requer que se esteja trabalhando em um planobidimensional, os planos de projeção deverão ser reba-tidos todos sobre uma mesma superfície.

A maneira como isso é feito é descrita a seguir:

� o plano vertical, onde se projeta a vista frontal, deveser imaginado sempre numa posição fixa;

� para rebater o plano horizontal, imagina-se que elesofre uma rotação de 90º para baixo, em torno doeixo de interseção com o plano vertical;

Fig. 17

linhas projetantesauxiliares

linhas projetantesauxiliares

41

� para rebater o plano de projeção lateral deve-seimaginar que ele sofre uma rotação de 90º, para adireita, em torno do eixo de interseção com o planovertical.

Desse modo, tem-se os três planos rebatidos sobre amesma superfície de desenho.

Fig. 20

Fig. 18

Fig. 19

42

Como no desenho técnico não se representam as linhasde interseção dos planos, o desenho final será repre-sentado assim:

Por convenção, sabe-se que A representa a vistafrontal, B representa a vista superior e C representa avista lateral.

A figura abaixo apresenta um resumo do rebatimentode planos.

A compreensão mais efetiva de como ocorre o rebatimento pode ser feita com diedros de

papelão. Assim, os jovens terão mais facilidade de verificar a transposição dos planos.

Fig. 21

Fig. 22

A

B

C

vista frontal

vista superior

vista lateralesquerda

43

Outra maneira de fazer com que os jovens entendammelhor o que é uma projeção é utilizando o facholuminoso de um projetor de slides, que estaria simu-lando o ponto de vista do observador.

Mas atenção: esta situação é uma simulação, pois oprojetor estará a uma distância conhecida em relaçãoao objeto, o que não corresponde à situação ideal doobservador situado no infinito.

É um artifício que ajuda a compreensão do sistema deprojeção.

Passo 2 / Simulação de ponto de vista

20min

Passo 1 / Atividade teórico-prática

50min

O educador deverá indicará que a próxima projeção éexatamente igual à anterior, porém o sólido que deuorigem ao desenho é diferente.

Nesta aula será estudado o desenho de sólidos,

primeiramente em perspectiva, após, nas suas res-

pectivas projeções.

Sexta Aula

Fig. 23

Fig. 24

44

Por isso é importante a escolha das vistas para umamelhor compreensão do objeto.

Apresente exercícios que mostrem a perspectiva de pe-ças, pedindo que os jovens as desenhem em vistasortográficas; ou apresente vistas e peça que os jovensas desenhem em perspectiva.

Com isso, resgatará um conhecimento já adquirido emcapítulo anterior, bem como exercitará a visão espacial.

O educador poderá propor vários sólidos ambíguos, ou seja, que apresentam as mesmas pro-

jeções ortogonais.

Obtenha peças que possam ser utilizadas para demonstração, juntamente com as projeções.

Distribua entre os jovens e, na medida em que o conteúdo vai sendo exposto, peça que eles o

relacionem.

Arestas invisíveis – A bibliografia existente sobre oassunto indica que linhas tracejadas, representando de-talhes invisíveis de peças cortadas, somente são utiliza-das em pouquíssimos casos, quando se tornam funda-mentais para a compreensão de algum detalhe da peça.

Passo 1 / Aula teórico-prática

50min

Nesta aula o educador trabalhará as represen-

tações ortográficas dos seguintes elementos:

arestas invisíveis, linhas de centro, linhas de sime-

tria e superfícies arredondadas.

Sétima Aula

Fig. 25

45

Linha de centro – A execução de modelos que apresen-tam furos, rasgos, espigas, canais, partes arredondadasetc., requer a determinação do centro desses elementos.

Assim, a linha utilizada em desenho técnico para indicaro centro desses elementos é chamada de linha de centro,representada por uma linha estreita de traço e ponto.

Linhas de simetria – Em desenho técnico, quando omodelo é simétrico também deve ser indicado pelalinha estreita traço e ponto. Neste caso, ela recebe onome de linha de simetria.

A linha de simetria indica que são iguais as duas meta-des em que o modelo fica dividido. Essa informação émuito importante para o profissional que vai executaro objeto representado no desenho técnico.

Superfícies arredondadas – Os contornos daspartes arredondadas são representados, nas vistas orto-gráficas, pela linha para arestas e contornos visíveis.

Peça que os jovens observem, no desenho abaixo, osvários furos e as linhas que os indicam (traço e ponto).

Fig. 26

Fig. 27

Fig. 28

46

As projeções dos dois furos horizontais coincidem navista frontal. Esses furos têm a forma de círculos. Paradeterminar seu centro, são usadas duas linhas de cen-tro que se cruzam.

O furo vertical não aparece quando o modelo é olhadode frente.

Na vista frontal, esse furo é representado pela linhapara arestas e contornos não visíveis (linha tracejadaestreita). Uma única linha de centro é suficiente paradeterminar o centro desse furo.

Observando o modelo de cima, o furo vertical é o únicovisível e seu centro é indicado por duas linhas de centroque se cruzam. Os outros dois furos são representadospela linha para arestas e contornos não visíveis, e seuscentros são indicados por uma linha de centro.

Observando o modelo de lado, nenhum dos furos ficavisível, portanto todos são representados pela linhapara arestas e contornos não visíveis. As linhas decentro que aparecem no desenho determinam os cen-tros dos três furos.

Nessas três aulas, os jovens irão aplicar o conhe-

cimento adquirido, reforçando-o através de exer-

cícios práticos.

Oitava à Décima Aula

Passo 1 / Atividade prática

50min

O educador deverá fazer com que os jovens desenhempeças como as sugeridas a seguir, onde são mostradasperspectivas isométricas de peças que contêm elemen-tos diversos, tais como furos, rasgos, espigas, canais epartes arredondadas.

Também poderá ser verificado o grau de entendimentoque os jovens tiveram de conteúdos ministrados ante-riormente, tais como linhas e escrita técnica, cotagem eescala e perspectiva isométrica.

Estimule os jovens a revisarem suas notas de aula, poistodos esses conteúdos estão interligados.

47

Forme três conjuntos de peças mecânicas que atendam aos interesses do curso. Faça com que os

conjuntos circulem entre os jovens de modo que, ao final das três aulas, todos tenham dese-

nhado as peças. A exposição dos desenhos e a conversa sobre as dificuldades e as alternativas de

solução encontradas proporcionará a troca de informações e a construção do conhecimento.

Fig. 29

Fig. 30

Fig. 31

Fig. 32

48

Primeira sugestão

Como atividade de avaliação, o educador proporá aosjovens que organizem perguntas para fazer a umapessoa que fabrica peças, tais como marceneiros, tor-neiros mecânicos, matrizeiros, escultores, etc.

A tônica das perguntas deverá girar em torno dasdificuldades que esses profissionais enfrentam em rela-ção à representação de peças a serem fabricadas, comvistas a resaltar a importância que esse tipo de repre-sentação tem nos processos produtivos industriais.

Nesta aula está prevista a realização da avaliação

dos conteúdos. Sugere-se duas atividades distin-

tas que poderão, de acordo com o educador, ser

objeto de avaliação.

Décima Primeira Aula

Fig. 33

Fig. 34

49

Segunda sugestão

Também poderá ser proposta uma pesquisa nasprincipais Normas Brasileiras que tratam do desenhotécnico:

NBR 10647 – Normas gerais para desenho técnico;

NBR 10067 – Princípios gerais de representação emdesenho técnico – vistas e cortes;

NBR 8403 – Aplicação de linhas em desenho técni-co.

Com isso os jovens terão oportunidade de ampliar seusconhecimentos sobre este conteúdo, visto neste capí-tulo de maneira resumida.

50

Olá Educadora ou educador,Este quarto capítulo tem como intuito interpretar desenhos de componentes usados na fábrica (manutenção) e representados em corte: características internas de fabricação; tolerância dimensional e ajuste mecânico. Este é o momento de selecionar os componentes de manutenção da fábrica e pedir para que os alunos façam ou interpretem os desenhos.

4 Interpretação de Desenhos

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Sites para consulta

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pt.wikipedia.org/wiki/Perspectiva "A idéia básica que une todos os significados da palavra perspectiva é o de que a experiência humana é relativizadade acordo com o ponto de vista de onde ela é vivenciada."

teses.eps.ufsc.br/Resumo.asp Neste site o educador encontrará um resumo de dissertação sobre Sistema Especialista conjugado a um sistema CADpara diagnosticar os conhecimentos de um estudante sobre cotagem no desenho técnico.

www.abnt.org.br/cb04/admin/ProjRev%20NBR%2010647-1989.pdf Site da ABNT de 1994 que cancela e substitui a NBR10647-1989.

www.bibvirt.futuro.usp.br/textos/tem_outros/cursprofissionalizante/tc2000/des_tecnico Neste site o encontrarm-se aulas sobre sistemas de cotagem.

www.det.ufc.br/apaulo/APOSTILA%20DE%20DESENHO.htm Este site contém a apostila de desenho que apresenta Instrumental para desenho técnico: formato do papel, normastécnicas, escalas, determinação do formato, posição do papel e escala da planta.

www.fw.uri.br/~elisa/desenho1.pdfSlides sobre desenho técnico para química industrial-Campus Frederico Wesphalen, da URI.

www.geocities.com/themsfxd/destec.htm Aqui uma noção básica de cotagem e construção de vistas.

www.ufrgs.br/destec/DESTEC-LIVRO/paginas/5.htm Quando e porque fazer cortes no desenho.

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1ª Técnica horizontaisAnexo 1

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2ª Técnica horizontais

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1ª Técnica verticais

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2ª Técnica verticais

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Anexo 2

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