Desenvolvimento e Avaliação de Coleções

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Nice Figueiredo

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Desenvolvimento & Avaliao de Colees Nice Menezes de Figueiredo MULTIMDIA Nice Menezes de Figueiredo ])esenvolvllnento & Avaliao de Colees RabislUls Rio de Janeiro 1993 COPYRIGHT1993daautora CAPA:AneliseRublescki EDITORAOEIMPRESSO: RabiskusMultimdiaLtda. Av.GomesFreire,663Gr.1102 Centro- RiodeJaneiro - RJ Te!.:(021)222.9188 Impresso noBrasil FIGUEIREDO,Nice Menezes de.Desenvolvimento e avaliao de colees. Rio de Janeiro:Rabiskus,1993. 184p. 1.Desenvolvimento de colees2. Coleo-Avaliao CDD025.2 CDU APRESENTAO Porvriosanostemosproduzidodezenasdetextos para a rea de Biblioteconomia/Cincia da Informao os quais,obedecendo determinadas linhas de estudo e interesse,vierama constituir umconjunto coerente deconhecimento sobre o tpico desenvolvido. Publicadoscomoartigosemperidicosnacionais especializadosouemanaisdecongressos,estestextos acham-sedispersosnaliteratura.Resolvemos,assim, agrup-lospor tpicos, oferecendoumaseqncialgica sobre o tema tratado. Por questes editoriais,tivemosque efetuar uma seleo dos textos existentes. o campo de desenvolvimento e avaliao de colees apresentado inicialmente sob a denominao anterior de "SeleodeLivros",ondeoferecemosumatraduo! J adaptao dos captulos iniciais da obra clssica de Helen Haines que, apesar de ter sido publicada h quase sessenta anos,osconceitosalitransmitidosaindafundamentam grandepartedaatividadenestecampoathojeemdia. Segue-seartigoque,decertamaneira,atualizaotexto anterior,trazendoconceitossobrecompartilhamentode recursos e tcnicasbibliomtricas.Dois artigos de reviso da literatura introduzem as metodologias para avaliao de colees,conhecimento imprescindvelparaumaatuao bibliotecria dinmica. Seguem-se textos de ordem prtica, propondometodologiasparaavaliaodecoleesde peridicosedereferncia.Otextofinalrefere-seauma pesquisaefetuadaparaaCAPES,quemostraasituao dasatividadesdeseleoedeaquisioembibliotecas universitrias brasileiras, em1981;um estudo que precisa ser renovado. Esperamosquecomestacontribuiopossamos colaborar para o aperfeioamento da atuao bibliotecria no Pas. A Autora SUMRIO Seleo de Livros 1 - Introduo... .... ............ .. ..... .. ... ............. ................ .. . ...... .......9 2 - O papel dacoleo.... ..... ..... ..... ... ...... ... ...... .... .... .. ..... ...........13 3 - Conceitos de seleo de livros.. ......... .. ........ ...... .. .. ........... ...15 4 - Os objetivos dabibliotecae a poltica de seleo ..... ............23 5 - Definies:nveis dacoleo oucdigos dos nveis da coleo................................. ...... ... .. ... ............. .... ....... .....30 6 - Elementos deuma declarao depoltica de desenvolvimento decoleo... ........................................................ .. .. .... .. .......31 7 - Apresentao dos textos deHaines ........ ......... ... ................ ..32 7.1Introduo .. ..... .... ... .............. ..... ......... ........... ..................32 7.2Pessoas e livros .... .. ..................... .... ........ ..... ... ... ........... .33 7.3Livros paraas pessoas:princpios daseleo... .. ... .. ......36 7.4Testando os valores do livro.......... ..... ...... ...... ........ ... .. ...40 7.5Testes paranoficco.......... ..... ..... .... ......... .. .......... .. ...43 7.6Testes parafico .................................... ...... .. ...............44 8 - Referncias bibliogrficas........... ... ........................ .......... .. ...48 Seleo e Aquisio:da viso clssica moderna aplicao de tcnicasBibliomtricas 1 - Introduo....... ... ..... ....... ......... .............................................51 2 - Seleo...... ....... ........ .. ............... ... ....... ................ ............54 2.1Critrios para descarte ........................................... .........57 3 - Tcnicas bibl/iomtricas aplicadas ao desenvolvimento de colees...... ... ... .................. .... .......... .......... .... ......... ...... ...60 4 - Aquisio..... ............. ..... ..... ... ... ....... ....... .... .... .... ..... ....... ....65 4.1 Aquisio planificada e cooperativa ............. ...................67 5 - Concluses................................. ..........................................70 6 - Referncias bibliogrficas ... .. ....... ... .. ..... .... ....... .......... .. .... ....72 Avaliao de Colees 1 - Introduo..... .. ..... ... ....... .. .... ... ......... ........... .. ...... .................75 2 - Mtodos de avaliao decolees......... ..... ..... ........ .. .... ......76 2.1Compilao de estatsticas. ...... ..... . ...... .. ............ ...... .... ..77 5 2.1 .1Tamanhobruto... ..... ..... .... ....... ............ ... .. .. .........78 2.1.2Volumesentradospor ano... ............... .... .... .... ....79 2.1.3Frmulas .... ......... ........... ..... .. .............. ..... ...........79 2.1.4Comparaes ......... .. .......................... .. .. .... .........79 2.1.5Equilbrio deassuntos.. ..................... .. .. .... . ...... .. .79 2.1.6Pedidos noatendidos.............. .. .. .. ........ .. .. .... .. ..79 2.1 .7Emprsti mosentrebibl iotecas.... .. ......................80 2.1.8Tamanho deexcelncia.. ... ...................... .. .........80 2.1.9Circulao.... .. .. .. .. ... .... .. .......... .. ........ .... .. .. ..... ... ..81 2.1 .10Gastos...................................................... ........ ...82 2.2Verificaodelistas,catlogos e bibliografias .. .. .... ........83 2.2.1Catlogos-padroe listas geraisbsicas .............84 2.2.2Catlogos debibliotecas importantes ................. .84 2.2.3Bibliografias especializadas e listas bsicas de assunto............ .. .................................................84 2.2.4Listas correntes ... ............................... .. ... ........... .85 2.2.5Obras de referncia.. ..... ........................ .... .... .... .85 2.2.6Peridicos.......... ...... .. ...... .......................... .........85 2.2.7Listas autorizadas................ ... .. .. ...... .......... .. .. ....86 2.2.8Listas paracasosespecficos ..... .... .. .. .... .. ..... .. ... .86 2.2.9Citaes............... ... ....... ........ ........ ... ......... ...... ...86 2.3Obteno daopinio dos usurios..... .. .......... ....... ..........87 2.3.1Corpo docente e pesquisadores.. ........................89 2.3.2Estudantes............................ .. .......... .. ........... .....89 2.3.3O pblico emgeral....................... ...... .... ......... ....89 2.3.4Bibliotecrios.... ........ ..................... .. ...... ..... .. .. .....90 2.4Observao direta .............. .. .. .. .. .. ...... .. ...... ........ .............90 2.5Apl icao depadres.. .................... ............ ....... ........ .....91 2.5.1Verificao daadequao dos recursos totais .....92 2.5.2Teste dacapacidade defornecer umdocumento92 2.5.3Teste dousorelativo devriasbibliotecas .. ..... ...93 2.6Concluses .. .... .. .. .. .... . ......... ................... ............. ... . .. .....93 3 - Referncias bilbiogrficas ... ... ..... .... .............. .. .. ... ...... .. ..... ....95 Metodologias para Avaliao de Colees, incluindo Procedimentos para Reviso,Descarte e Armazenamento 1 - Introduo..... ........ ..... .. ................ ... .....................................99 2 - Glossrio............................................................ ..... .. .........102 3 - Metodologias paraavaliaodecolees ................ .. ......... ..103 4 - Procedimentos parareviso,desbastamento,remanejamento, , descarte e armazenamento ............ .. ....... .. ............................120 5 - Referncias bibliogrficas .... ........... .. .... .. ...... .............. ...... ....135 6 Seleo e Aquisio deMaterialem Bibliotecas Universitrias Brasileiras 1 - Introduo......... .... ........... .. .. .. .................. ... .... ... ......... .. . ... ...137 2 - Anlise do levantamento ... .... ........ ........ ...... ..... ...... ........ .. ... ..138 3 - Concluses.. ....... ...... .......... ..................................................148 4 - Questionrioaplicado parapesquisa sobre seleoe aquisio dematerial bibliogrfico embibliotecas universitrias brasileiras.......... ................ ... .. ... ............... ... .............. ... ..... ..149 Metodologia para Avaliao de Colees dePeridi-cos em Bibliotecas Universitrias 1 - Introduo........................ ....................................................157 2 - Propostade metodologia paraavaliao das colees de peridicos nas bibliotecas universitrias brasileiras......... .....160 2.1Objetivo.................................................... ......... ............ .160 2.2Metodologia....... ............................ ....... ....... .... .......... .....160 2.3 Material ...... ... ....... ................................. .... ........ ...... .. ......160 2.4Mtodos............ ............ .................................. ................161 2.4.1Preenchimento deformulrios..... ............ .......... .161 2.4.2Rotinapara tabulao.............. .. .. ............. .. ........161 Avaliaoda Coleo deReferncia nasBibliotecas Universitrias Brasileiras:Proposta deMetodologia 1 - Introduo.................... ... ............ .................. ............. ... ...... .167 2 - Justificativa .... ............. ................ .. ................... ....... .... ... ...... .169 3 - Objetivo geral.............................. ................. ........... ...... ..... :.170 4 - Objetivos especficos ......................... ... ................... .......... ...170 5 - Especificao das metas................................. ............... ......170 6 - Fases doprojeto........ .......................................... ........ ; ~...-....172 6.1Planejamento ...................... .... .. ................. ............... ......172 6.2Execuo............................... .. .......................................172 6.3 Avaliao ........... .. .............. .... ... ......................................172 7 - Referncias bibliogrficas.................... .. ............... .. ..............173 Avaliaodas Colees de Referncia nas Bibliotecas Brasileiras: Uma Proposta deMetodologia.................................175 Referncias bibliogrficas............................................ .. .............183 7 SELEODELIVROS 1 - INTRODUO atribudo a GabrielNaud noseulivropublicado em1627:Avs pourdresser une bblotehque, considerado como o primeiro tratado de biblioteconomia, o trabalho de ter condensado a informao at ento esparsa e indefinida sobre o assunto, e de ter discutido extensivamnte osprincpios de seleo deli vros. A reao inicial ao livro de Naud foibastante friae o seu trabalho no mereceu maiores consideraes dos crculos intelectuais da poca. Gradualmente, e medida que ia construindo a sua reputao, com um trabalhobibliogrfico cuidadoso,a contribuio de Naud comeoua sernotada,eoseulivrosetornouopontodepartidaparaos pensamentos subseqentes em torno daseleo delivros. Em obras publicadas ainda no sculo XVII, era declarado que "a arte de constituire organizar uma biblioteca requermais do que as modestas prticas de um vendedor de livros; o bibliotecrio, na verdade, tem que conhecer tanto livros como pessoas, o bastante para fornecer os livros apropriadosparaosseusleitores,semhesitao,assimcomoos farmacuticos tm que conhecertanto as drogas como as pessoas para prescreveremas drogas necessrias aos seuspacientes". 6 9 Aatividadedeselecionarlivrosnasceuentonumapocade mudanas,equandoaprprianaturezadabiblioteconomiaestava sendo formatizada. Seleo de livros temsido considerado como uma dasatividadesbsicasdobibliotecrio,umaartetoprofundamente especfica deste profissional , que nenhum bibliotecrio poderia sentir-serealizadosenoestivesse,dealgumamaneira,praticandoesta "arte". 21 Autoressobreoassuntotmsempreprocuradoenfatizaresta atividade como uma das bases fundamentais do profissional bibliotecrio. Sheraconsiderao bibliotecrio,primeiramente,comoumbiblifilo,e "como suaresponsabilidadebsica,a decolocar nas estantes dasua bibliotecaaqueleslivrosquemaiscontribuemparaocrescimento intelectual dasuaclientela".22 Spiller,nasuaobrasobreaseleodelivros,declarouque "juntamentecomotrabalhodereferncia,deaconselhamentode leitoras, a seleo de livros representa a esfera da biblioteconomia que distingueaprofissodemuitasoutrasocupaesadministrativas". 24 Spiller comenta a controvrsia existente no passado sobre a atividade deseleo,seuma"arte" ou"cincia".A definio destaatividade - comouma"arte"datadosculoXVII,e tem-semantidoatravsdos sculos, sendo ainda definida porWheeler & Goldhor, na obra clssica Practical administration of public libraries,publicada em 1962. Por outro lado,Metcalf,comocitadopor Edelman,diziaqueseleo"a mais importante atividade pela qualo bibliotecrio responsvel" . 7 Spiller critica a tendncia de ter se considerado esta atividade como umaarte:"foi uma tendnciaenganadora,pois"arte"pressupeuma atividade paraa qualserequer umainclinao,um jeito especial,um certograudehabilidadeoumesmo demstica,queinatingvelpor aquelesnodotadosdotoquemgico".Eleseguecriticandoos bibliotecrios por terem-se permitido, por um tempo demasiadamente longo,permanecer escudados atrs desta definio vagae imprecisa, e por terem dado demasiadaimportnciaa essadefinio.Concorda que no se pode negar o valorda experincia, e sua influncia, junto ao instinto natural,paraa seleo correta - assimcomo umsexto sentido - mas termina dizendo que seleo ,primeiramente, um problema de organizao. 24 Broadus reafirmaque"umaseleointeligenteenvolveumavida inteira estudando pessoas e materiais" (no se prende a livros somente). Acrescentaele,que,"desenvolveremodelaracoleodeuma bibliotecaocoraodabiblioteconomia,envolvendoafilosofia essencial daprofisso.3 Um editorial do Library Journal,publicado em1 de janeiro de 1960, declara que "seleo delivros a mais importante, maisinteressante e mais difcil responsabilidade doprofissionalbibliotecrio". 10 No prefcio da 4a edio do livro de Carter/Bonk & Magrill Buldng lbrary co/lectons,Ulvelingcorroborao pensamentodeSpiller acima, dizendo: "Juntamente com orientao de leitores, seleo de livros o piceprofissional dabiblioteconomia. Todas asoutrasatividades no somais do que funes de suporte.O fato de muitas vezes,aquelas funes auxiliares terem tido uma ateno desproporcional na literatura, de ser deplorado". 5 Naintroduodestaobra,livrotextoutilizadopelamaioriadas escolas de Biblioteconomia americanas, os autores chamam a ateno para o fato de que, "a atividade fundamental do bibliotecrio realizada demaneiratoreservadae discreta(aleituraatentadeumperodo bibliogrficoemumcantoquietodesala)queumobservadorpode interpret-Ia de maneira errada, e interpretar tambm erroneamente o papel debibliotecrio". 5 O que Shera chama de "a responsabilidade mpar dobibliotecrio" (The lbraran's unque responsablfy) a de atuar como "um mediador entreohomemeosregistrosgrficosqueasuaeageraoqueo precedeu produziu". E que "ameta do bibliotecrio a de maximizar a utilidade social dos registros grficos para o benefcio da humanidade". 23 E ele acrescenta: "o melhor que o bibliotecrio pode fazer para facilitar um contato frutfero se utilizar amplamente de todos os recursos para garantir o mais possvel que os melhores materiais paracadaobj etivo emparticular, encontreo caminhoparao leitor".23 Damesma maneira como Shera critica o fato de o bibliotecrio ter-seafastadodabibliografia(Thelbraran'srefreaf frombblography) dando maior ateno a reas para as quais noestava equipado para atuar - masquelheofereceriammaior nvelsocial- eletambmse refere falha do bibliotecrio em no ter sido capaz de desenvolver um relacionamento realmenteprofissionalcomo leitor,deno ter sabido atuar comoumintermedirioentreo leitor e ainformao.E elecita Bundy&Wassermanquandoelesdeclaramqueobibliotecrio acomodou-seaestasituao"pelofatodequetempequeno conhecimentosobremuitascoisas,masnopossuientendimento verdadeiro sobrecoisaalguma".23 Destemodo,Sheraveioreforarasdeclaraesdosautores anteriormente citados, e foi mais adiante, procurando explicar o porqu danegligncia dosbibliotecrios comrelao atividade deseleo, pois que, embora considerada um conhecimento bsico e caracterstico do bibliotecrio, tem sido relegada em favorde atividades no tipicamente biblioteconmicas. de selembrar a explicao oferecidapor Spiller (acomodao, pois que seleo era considerada uma "arte" que somente poucospoderiamrealizar)eofatomencionadoporUlveling,da preponderncia daliteratura em outras reas, que no nesta, tpica de 11 bibli otecri os.Spillerofereceoutrodadosobesteaspecto,quando mencionaque"nofoipublicadonenhumlivronaInglaterrasobreo assunto, nosltimos vinteanos". 24 Em umartigo datado de 1968, Sable fala da "morte da seleo de livros como uma prtica biblioteconmica que vem morrendo nas duas ltimas dcadas, e que agora o fim se completou: seleo de livros no existemais".21E ele apiaa sua afirmaoemvrios fatores: a - os avanos tcnicos da Biblioteconomia, cuja nomenclatura evita"seleodelivros";somenteaquelesquedefinem Biblioteconomia na sua manei ra li mitada etradicional olharo paraa seleo delivros e assuas finalidades; b - a afluncia daeconomia americana, napoca,quandoas bibliotecas foram beneficiadas com amplos recursos (seleo tornou-se umanecessidade secundria); c - mesmo asbibliotecas com pequenos recursos vieram a se beneficiar como apoiooferecido pel os sistemas regionais e sistemas locais de uni versidades, agncias das bibliotecas estaduaiseoutrosprojetosbi bli ot ecrios. dembito municipal,estadual e federal. d - amultiplicidadedetermosparadesignarobibl iotecrio: especialistadainformao,documentali sta,etc ...eque este "novo bibliotecrio" pode no li dar apenas comlivros, mas elenomais selecionali vros.21 Diz Sable que,com este apoio,"abibliotecapblicapode fornecer praticamente quase tudo que qualquer leitor desej e, e a seleo, assim, se torna dispensvel" . 21. Masesteartigo deve t er mostrado uma posi omuitoindividual e discutidoumasituaoextremamentepassageira,pois,emoutro artigo, somente sete anos depois,Bone apontaumquadro totalmente diferente:"pormotivodeumachamada"faseprolongada"debaixa econmica, as bibliotecas americanas estariam necessitando dar maior importncia a uma cuidadosa seleo deli vrose desenvolvimento da coleo".2E o autor chamaa ateno parao fato de que, mais do que nunca,esteaspectoimportante deresponsabilidadedobibliotecrio, nodeveserrelegadohumildementeaningummais(o"novo bibliotecrio" mencionadopor Sable?). EBoneconti nua,declarandoqueoprofissi onalselecionador de livrosdeve estar prontoparaatestar a sua posio: "Osbibliotecriosdebibliotecapblicadevemestarpreparados para dizer que eles no podem ceder a cada demanda f eita pelo pblico, 12 que o material selecionado para assuas colees deve, necessariamente, ser consistente com asmetas e objetivos da instituio,paraas quais a comunidade teve participao para serem formuladas; os bibliotecrios debibliotecasacadmicasdevemestarpreparadosparadizer administrao e ao corpo docente das universidades e faculdades que osbibliotecrios tambmentendemdeobjetivoseducacionaiseso largamenteeducadosparaajudaraatenderaestesobjetivos,com prticas profissionais e conhecimentos de assuntos; os bibliotecrios de bibliotecasescolaresdevemestarpreparadosparadizeraos administradoresescolaresessuascomunidadesquenosomente entendemdoprocessoeducacional ,mastambmdavariedadede recursos que podem ajudar os jovens a aprenderem". 68 Este papel,termina Bone, exigir "indivduos domaisaltocalibre intelectual ,quecontinuaroalereaseauto-educarem,que permanecero sensveis s necessidades dos seus clientes, que sero dedicados aos seus altos padres profissionais.2 Emumartigoconsideradoclssiconaliteraturaeai nda absolutamente atual e adequado situao mundial , apesarde ter sido escritoh30anos,Monroealertaosbibl iotecriosparaopapelque deveserdesempenhadopelabiblioteca,ouespecificamenteneste caso, pela coleo da biblioteca, num tempo que ela chamou "de crise". E,de certamaneiracomo iremos ver,a autorafoicapaz deprever a importncia e o valor que teria a informao para a prpria sobrevivncia individual, nas dcadas seguintes. Ou seja, ela foicapaz de predizer o fat o de que nadcada de 1980,informao eraconsiderada sinnimo de poder,e quem quer que seja que controla a informao ter poder, pois esta a "eradainformao"(the information age). EscreviaMonroe, profeticamente,em1962: 2 ~O PAPEL DA COLEO UEm primeIro lugar, a cOleao ae biblioteca contribui com informao. Deve ir ao encontro das demandas de informao, feitas pelos indivduos epelasociedade,por causadacrise. Ademandadodesempregado para livros de retreinamento de prticas vocacionais deve ser atendida, bem como as demandas do empregador, por materiais para auxiliar nas mudanase adaptaes dentrodeplantasindustriais.Osproblemas criados paraos indivduos,por causa deuma crise pblica, devem ser encaminhadosparasoluoatravsdaprovisodainformao. Segundo,acri sepoltica,elamesma,deveserentendida,ea bibli otecadevecontri buirparaumprogramadeeducaopblica fornecendo informao e conhecimento, anli se variadas do problema e suas solues correspondentes. Isto deve ser disponvel nos diversos ,13 nveisdeentendimentorequeridopelacomunidadeaserservida. Jovens,adultos e cidadosidosos tm diferentes abordagens paraos problemasemateriaisdediferentespontosdevistadevemestar disponveis. Terceiro,recursosparapesquisa,comvistasaaliviaracrise pblica, devem estar disponveis. At que a crise passe,hesperana para uma soluo til, e informao a matria bsica para o pesquisador. Alm dopossvelsuprimento deinformao,a coleodabiblioteca deve dar ateno crise pblica demaneira condizente sua soluo ' adequada.Adisponibilidadedettulosimportantes,suapromoo atravs deexposies,a interpretao deseusignificado atravs de listasdeleitura,discussessobrelivros,palestras,estoentreas maneiras de assegurar o uso da coleo da biblioteca para a soluo do problema. Finalmente,a coleodabibliotecadeveser usadacomleitores individuais para chamar a ateno a aspectos importantes do problema. Istoessencialparaa opiniopblicainformadae paraprestezaem decises e aes. Esta a funo educacional da coleo da biblioteca, aqualdirigidapararespondersnecessidadesdasmentes inquiridoras".27 Haines, numa obra clssica escrita h 55 anos (a primeira edio do Living with books) e ainda perfeitamente vlida nos princpios essenciais traados paraa atividade de seleo de livros,assimresumiuo papel dobibliotecrio,comobiblifi loe colecionador delivros,escrevendo comgrande sensibilidade e beloestiloliterrio: "Biblioteconomia a nica profisso que se devota a colocar livros navidadetodoopblicodomundo.Osmateriaiscomqueos bibliotecrios trabalham so os materiais que fornecem o entendimento, conhecimentoearazo,quepodeminformaramenteedirigi ra vontade paraenfrentar osdesafios do tempo,paranos adaptarmos s suascompulses,paradiscernireguiarasforasquemoldamo futuro" . 14 Parece-nos que, aps tudo o que foi dito aqui, s nos cabe lamentar, comofizeramtodosanteriormente,o abandonoa quefoirelegadaa atividade e a disciplina deseleo, entre osbibliotecriosbrasileiros . . ConformelevantamentodaCAPES,somenteseteescolasdas29 levantadas,possuemumcursoisoladodeseleo.Asoutras,oua maioria absoluta trata deste aspectobsico, essenciale caracterstico da formao do bibliotecrio apenas como um tpico dentro da disciplina deorganizao e administrao de bibliotecas,supomos. Se a escola no ensina como deve, isto , enfatizando a importncia detalconhecimento,no tratacomoumatributo tpicoempar do profissional bibliotecrio, como poderemos exigir que o profissional, na vidaprtica, tenhameiosparabemdesempenhar estatarefa-chave? 14 Por outro lado, como ensinar ao profissional, se so de todo inexistentes textos na nossa lngua e adaptados s nossas prprias necessidades de desenvolvimento? Ainda no levantamento realizado pela CAPES, anotamos a existncia de 22 textos em portugus, distribudos entre artigos apresentados em congressos, artigos de peridicos, tradues, folhetos, partes ou captulos traduzidos de textos noespecializados emseleo;nove textosem espanhol ,entrelivros,artigos,folhetosepartesdeobrasno especializadas;emfrancsverificamosaexistnciadesetetextos, entre livros e partes de obras no especializadas, e em ingls, notamos a existncia de 17 textos, entre livros, artigos e obras no especializadas, alm deartigo deenciclopdia. Um estudo mais detalhado noslevaria aolevantamento individual dasbibliografiasutilizadasnossetecursosmencionados,mas acreditamos no ser necessrio chegar a esta especificao. O quadro apontadojnosparecesuficienteparacomprovarmosaassertiva acima, dequesodetodoinexistentes textosadequados,nanossa lngua, discipl inadeseleo delivros. Os 22 textos emportugus dolevantament o acima,emconjunto, no serviriam debaseparaumcursoparaseleo delivros,poisno tocaramemprincpiosouconceitos,normasoupolticasdeseleo, massim,emaspectossecundrios,sendoabordadosdemaneira apenas superficial, sem qualquer valor didtico maior para o ensino de seleo*. O resultado desta negligncia e a acomodao dela resultante, ou a negligncia resultando da acomodao, ou, ainda, a falta de percepo paraaimportnciadaatividadedeseleo,navidaprofissionallo bibliotecrio, veio a se constituir numa das origens do problema sentido hoje emdiapela classe: a faltadereconhecimento daprofisso e dos servios bibliotecrios, que so considerados to dispensveis quanto as colees de bibliotecas - por sua vez, representativas do profissional bibliotecrioe dos servios bibliotecrios .. . Procuramos trazer aqui,portanto,uma contribuio para auxiliar o despertar daprofissoparaa necessidadedeefetivo exercciodesta atividade elevada etpica do verdadeiro profissional em Biblioteconomia. 3 - CONCEITOS DESELEO DELIVROS Para esta parte do nosso trabalho faremos uso do texto clssico de HelenHaines,Lving withbooks,doqualtraduzimoseadaptamosa Introduo e osCaptulos 1,11e 111,que seseguemneste trabalho. 15 Vale a pena comentar o texto de Haines e confront-lo com outros mais atuais,o quefarapenasreforar tudoo queelaexpressoude maneira to bonita, h tantos anos atrs,e que hoje em dia representa aindaa basede todaa atividadede seleo. Naintroduo,Haines faz consideraes sobreo valor daleitura, dos benefcios que podem ser obtidos, como diz ela "atravs do simples atode leitura". Oqueela afirmava ento, , hoje emdia, fato comprovado eminmerosestudos,pesquisas,dissertaese teses,nasreas de Educao,Psicologia,Comunicao,etc.OLibrary Trendspublicou, em1975, umareviso intitulada:Reaserch inlhe fields Df reading and communication,enquanto o Advances inLibrarianship apresentouum levantamento denominadoTheimpacl of reading on human behavior, eoutro,em1974,intituladoTheuseof resourcesinlhelearning experience. umtpicoatualssimo,mormentequando seprocuraprovar os males da televiso, confrontando-se os benefcios da leitura conduzida criteriosamente.. No captulo I, Haines levanta um dos pontos mais correntes hoje em dia,ouseja,anecessidadedequeosserviosbibliotecriosvisem, primordialmente,aquelesaquemelessodirigidos.Segundoela "somente quando a biblioteca relaciona e integra as influncias variadas eousodoslivroscomosinteresseseatividadesvariadasdavida humana que elapreencheo seuobjetivo moderno". Assim,elalevantaopapeldabibliotecapblicanavidada comunidade, detalha as maneiras de como descobrir as necessidades dacomunidadee,ainda,chamaaatenoparaacooperao indispensvel entre todas as instituies de ensino da comunidade para que a biblioteca possa cumprir aquele objetivo moderno de servir sua clienteladamelhormaneirapossvel.Soconceitos-chavesque perduram at hoje e so insistentemente lembrados e citados na nossa literatura especializada. Wellard, numa obra publicada apenas dois anos aps o Living wilh books em 1937, escreveu um captulo magistral e at hoje valioso sobre o estudo da comunidade, que deve serestudado portodos os interessados no assunto; comenta ele sobre o problema da seleo de livros: "Deve-seadmitir que os livros, afinal de contas, so escritos paraserem lidos porleitoresreais,nohipotticos;destamaneiraoconhecimento destes leitores deve ser levado em conta quando fazemos a anlise de umlivro parao selecionarmos paraa biblioteca".27 Noentanto,athoje,parecenohaverumafrmulacertapara estesestudosdecomunidade,muitacoisaaindadeixandoa desejar quantoaosresultadosobti dos.Assim,umautor mais atualcomenta: "Nossoproblema que naverdade,no sabemos, nemnest a erade 16 automao,oqueaspessoasqueremler;muitosnosabemeles mesmosoquequeremler,atqueencontramolivro".11Eaquinos ocorre uma analogia com o servio de referncia: o fato de que muitos usuriosnosabemexatamenteoqueperguntar,senoquandoj esto quase perto da obteno daresposta. Disto se conclui que muito poucacoisa aindaconhecidasobreo comportamento,asreaes e as associaes damente humana, oudas pessoas propriamente ditas. Da,talvez,o problemabsico,cernede todo o serviobibliotecrio, que tempor princpioatender snecessidades deinformaoreais e empotencial depessoas. Haines identifica dois fatores bsicos noplanejamento da coleo: fornecimento e demanda - conceitos debatidos at hoje. Sable comenta que:"sugerirqueabibliotecadevaadquirirtodososttulosque aparecem nalista deos mais vendidos o mesmo que sugerir que os usurios sabem dirigir a bibliotecamelhor que osbibliotecrios". 21 Por outro lado, outro autor, Cabeceiras, discute as trs diretrizes de seleo,quais sejam:selecionar apenas o melhor livro,ouo de maior demandaouo demenor custo. Elelevantapontospertinentes,tambmlevantadosporoutros autores. Assim quanto aquisio apenas do melhor livro, isto envolve, logicamente,muitasubjetividadeporpartedoselecionadorque, possivelmente,correro risco deincursionar pelo terreno da censura. E esta teoriapoderlevar o selecionador a incorrer nafalhadeestar selecionando livros que no respondem s necessidades da comunidade e,ento,sepergunta:deque adianta ter umabibliotecademelhores livros,seeles no sousados,ouo somuitopouco? A segunda teoria,pode levar a outro extremo,isto ,a de ficarmos comumacoleodelixoliterrio,masquesejustificaporsera demandadosusurios.Obviamente,concluioautor,necessrio flexibilidade emselecionar o melhor versus o que mais demandado. Quanto aocusto menor,esta teoria mantm que ambas as teorias anteriores pode ser atendidas se todos oslivros selecionados tiverem comoconsideraoprimriaa versomenoscaradecadalivroem particular.Um usointegral desta teorialevaria a coleo dabiblioteca para uma situao de livros de aspecto desagradvel, no s fisicamente como tambm quanto ao contedo. "Estas teorias merecem considerao por parte do bibliotecrio e so essenciais para se formular a poltica de seleo",concluiCabeceiras.4 Outroautormaismodernotambmfazobservaesarespeito deste aspecto daseleo,e acrescenta:"cuidado como bibliotecrio quediz:euachoquedeveramoster(teramosaobrigaodeter) 17 aquele livro.Selecionar livros combasenoprestgio mseleo de livros.Umlivroadquiridoporumpreo30%maisbaratoserum desperdciodedinheiro,seelenovieraseradquiridopelopreo total" . " Aindasobreesteproblemadedemanda,Sheranosof ereceas consideraesaseguir.Dizele:"nabibliotecapblicaqueos problemas deseleose tornammais difceis.Os seus objetivos so muito menos bem definidos do que aqueles de outros tipos de bibliotecas e,frequentemente,elanopossuiolastrodeconhecimentoqueas outras comunidades acadmicas e de pesquisa podem fornecer. Como consequncia,duasescolasdepensamentosedesenvolverama respeito da seleo delivros parabibliotecas pblicas. A primeira que foichamada de teoria de demanda,mantm que,por motivo de ser a bibliotecapblicaumainstituiopblicamantidaporumtesouro municipal,eladeve responder sdemandas dopblicoaoqualdeve supostamente servir, isto , deve dar ao pblico Q que ele quer. A teoria contrria a esta a teoria do valor, que mantm que responsabilidade dobibliotecrio estocar apenas "os melhores livros". Mas esta filosofia levanta a questo:quais livros so melhores" para quais propsitos,e para quem? No fim, o bibliotecrio deve apoiar-se na filosofia de "o que a biblioteca deve ser", e suplement-Ia com o seuprprio julgamento, senso de valores e gostoliterrio".22 Devem-se salientar, tambm,dois pontoslevantados por Haines, com relao ao bibliotecrio, na sua atitude como profissional: deve ler regularmenteum jornal dirio,isto,o bibliotecrio umprofissional quetemnecessidadedeestaratualizadocomoqueocorrenoseu mbito de trabalho,nasuacidade,noseupas, nomundo.Somente assim ter ele a possibilidade deprever a demanda que haver sobre os seus servios - uma questo chave para o bom servio bibliotecrio - alm de, lgico, esta leitura constituir-se numa base slida para o seu prprio desenvolvimento e o crescimento intelectual. Diz ela, tambm, que o bibliotecrio precisa ter "uminteresse genuno e simpatiapelas pessoas"; hoje em dia, diramos que o bibliotecrio precisa ter empatia, saber entender a linguagemcorporaldosseususurios,e assimpor diante. Mas o que elapreconizava era,simplesmente, que aquele que no tem aptido para o trato com as pessoas no deveria ser bibliotecrio, poisqueaspessoaseassuasnecessidadesdeleiturae/oude informao so o prprio sentido do servio bibliotecrio. Segundo este conceito, no captulo II ela chama a ateno para isto: "o bibliotecrio que olha a sempre mutvel multido de leitores somente como umfluxo interminvel de estpidos irracionais consumidores do 18 trivial e do baixo deve procurar outra profisso". uma maneira muito claraebastanteforteparaalertar aquelesquenotemsimpatiapor pessoas a que no entrem nesta profissode prestao de servios a pessoas. pocaem que escreveuo livro,vigorava esteconceito de queleitoresdebibliotecapblicaeraumamassaquenodeveria merecer maiores consideraes por parte dos bibliotecrios - idia que Haines tentoucorrigir comos dizeres acima. Defato,aosbibliotecrios debibliotecapblicacabeopapelde educadores,e a importncia e o valor dasua tarefa soinestimveis. Entre ns, existe, hoje emdia, tambm um certotipode menosprezo por este tipo debibliotecrio,valorizando-semais aqueles que trabalham embibliotecasuniversitriaseespecializadas.umerroquenos parece bastante grave, pois que, num pas em fase de desenvolvimento, o trabalhoquepodeser prestadopelosbibliotecrios dasbibliotecas pblicas pode ser muito mais relevante, importante e til aopas como . um todo,doqueaqueleprestadoa umapequenaminoria,a pequena . eliteintelectualdanao.amaioriatidacomoeducacionalmente inferior - que anossamassadepopulao - que devemerecer um maior apoioe auxlio,e aos bibliotecrios de bibliotecas pblicas que recebemestamassarealmentenossa,cabemaior consideraopor parte dos seus colegas de classe, j que esto na tarefa de tentarelevar o nveldedesenvolvimentodapopulaoatravs "do simples atoda leitura". A admoestao deHaines aosbibliotecrios debibliotecapblica que"olham a sempre mutvel multido deleitores somentecomoum fluxointerminveldeestpidoseirracionais"foicorroboradapor Wellard,quando. sereferiuao"leitor-padro",umaidiaexistentena poca. Se fosse possvel estabelecero tipo de leitor-padro de biblioteca pblica,seria possvel tambmestabelecerem-se colees e servios paraestepblicohomogneo;masosestudosdeusuriosoude comunidade,dos quais Wellardfoiumdospioneiros,mostraramque nohleitor-padro,mas sim,cadaleitor varia deacordo coma sua necessidadedomomento.Wellardaconselhouosbibliotecriosa evitaremesteconceitodeleitor-padro,deumalado,eostipos generalizados deleitores indicado pelas estatsticas da biblioteca, que nada mostramdosleitores propriamenteditos, deoutro.27 Shera tambm tratoudomesmo problema,referindo-seao"leitor geral"comoseexistisse,dizele,"umtipodeespcimebiolgicoou psicolgico que pudesse ser identificado,caracterizado e motivado de maneira particular. Mas este leitor generalizado no existe, da mesma maneira como no existe o homem econmico. Cada, leitor "especial", aosseusprpriosolhos,e deve ser assimtratadopelo bibliotecrio.22 19 Notextoaseguir,Hainesoferecealgunsexemplossimplese bsicosparapequenosexercciosdeavaliao de coleesqueso altamenterecomendveissnossasbibliotecas,nonvelem quese encontram.Valeacrescentar que,dentro deste campodeassuntode avaliao,aliteraturaquemaisdepertodizrespeitoaosnossos problemas aquela de1930, 40 e 50.A partir dos anos sessenta,com a implantao do computador nas bibliotecas americanas, os mtodos deavaliao de colees e/ou de servios se tornaramextremamente complexose sofisticados e,portanto,nomaisaplicveis snossas necessidades atuais. Osdozeprincpios traadospor Haines paraaseleo de livros representam,aindahoje,aslinhas mestras, ospilares da atividade de seleoembibliotecas pblicas,aplicveis muito deles a outros tipos debibliotecas. Ocaptulo111,talvez,omaisimportante,poisqueneleesto traadasasdiretrizesparaotrabalhododia-a-diadobibliotecrio colecionadorde livros. Os testes preconizados porHainesso utilizados athojepelosbibliotecrios americanos,e,segundoLyman,"vintee cinco anos aps a publicao do livro de Haines, a seleo se estende por formatos inumerveis, assuntos e ambientes mutveis. Os critrios mudaram, mas os princpios essenciais permaneceram. Os bibliotecrios continuama considerar teis os testes,como forampreconizados por Haines".16 Ela chamaateno parao problema da "coleobemequilibrada" - umconceitotambmexistentenapocae,quejnoeramais considerado vlido.Consistia em que a biblioteca, tendo um pouco de cada coisa, acabava no tendo o suficiente para atender demanda em certasreas,outendodemaisparacobrirassuntossemqualquer demandadacomunidade.Assim,eladefiniacomomaisvlida"uma coleodesenvolvidacuidadosamente,parasuprirademandado pblicomais evidente". Wellard,por suavez,tambm tocounesteconceito,dizendoque coleo bem equilibrada " uma teoria que deve serdesafiada. Existem, naturalmente,livrosclssicose eruditosque devem ser encontrados emtodabibliotecapblica.Maselesnodevem"lestar por serem eruditos,mas porque so potencialmenteteis a um grupo conhecido deleitores.Utilidadeumconceitoforadedvida".27Eacrescenta: "esta coleo equilibrada acaba sendo nadamais nadamenos do que o reflexo dos gostos, desgostos eindiferena do bibliotecrio" . 27 Completeza,umoutroconceitoque era correntenapoca,e que hojeemdianomaisaceito.Acoleodeve ser desenvolvidade 20 acordo com um plano definido numa ampla base de generalizaes, j dizia Haines. Segundo Wellard,"oproblemadaseleo delivros fornecer ao leitor,cujosinteressesecapacidadesoconhecidas,olivroquese ajustar queles interesses e capacidades melhor do que qualquer outro livro".27Outro autor, Thompson, discorda dalinha traadapor Haines, dizendoque"devehaver algummtododeseleo,masnodeve necessariamente ser a seleo de livros individuais. Devemos procurar uma poltica bsica, pela qual separamos, em geral, o mais urgentemente necessriodomenosurgentementenecessrio.Devemoslidar com generalidades, pois, se lidarmos com especificidade, otempo consumido pode ser equivalente aocusto deuma coberturacompleta de campos pertinentesparaa biblioteca".26 Umconceitobsico salientadoerepetidopor Haines notextodiz respeito cooperaoestreita que deve ser mantidapelabiblioteca e demais entidades dacomunidadeparaatender snecessidadesdos seususurios.Novamente,um tpicoatualssimo,poisnadamais objetivaramascooperativasdebiblioteca,ossistemas,consrciose redescriadas nestasltimas dcadas. Na poca na qual o livro foi escrito, os Estados Unidos atravessavam uma poca difcil, reerguendo-se da recesso histrica do fim dos anos vinte, e as incertezas e as inseguranas eram muitas. Tambm o futuro nopareciamuito promissor,"sob o espectro daalucinao atmica". De maneira muito semelhante como o fez Monroe, anos mais tarde, no seutextoinspiradoHainescolocasobreobibliotecrioumagrande responsabilidade:ade,"conhecendoeutilizandolivros,esclarecer preconceitos,ampliar o entendimento dequestes vitais,fortalecer a aceitao pblica e praticar a cooperao e a tolerncia entre as naes como nico solvente de muitos problemas tensos e persistentes da vida dehoje".E elafinalizaalertandoparaosproblemas dacensuraque, anosmais tarde,iriaabalara democraciaamericana,napocaque ficouconhecidacomde "McCarthismo". Haines discorre, a seguir,em detalhes, sobre os testes para fico e no fico, aps delinear as divises bsicas s quais os livros podem .pertencer,como baseatividade de seleo. realmente, uma atividade das mais difceis e elevadas realizada pelo bibliotecrio, o ter que decidir sobre se o livro merece, ouno, por seu valor, ser incorporado coleo j existente. At hoje, este assunto ainda suscitadlemas. Num texto mais atual,Gillcomenta que "amaior parte da seleo de livros ainda feita na base do palpite, um amlgama de experincia 21 baseadaem trabalho comusurios,sensibilidade paraas diretrizes e estilos dos interesses populares,e preconceito puro de nossaparte" . 11 Taube,umoutroautor clssico,temasseguintesconsideraes sobreesteaspectodeseleo:possveldistinguircincocritrios relativamente independentes que determinamaspolticas de seleo de livros,a saber:o aditivo, o dereferncia,o crtico,o documentrio e o monetrio. Umlivro temumvalor positivo quando a suaadio nabiblioteca aumenta o tamanho da biblioteca, mas um livro tem diferentes valores aditivosparadiferentesbibliotecas.Arelevnciadovaloraditivo prtica de seleo delivros ilustradapelofatode que asbibliotecas so classificad;lspelos tamanhos de suas colees. Assim,antes que um livro possa ter um valor aditivo para colees especiais, ele deve ter umcertotipodeimpresso,ser escritonumapocaespecial , ouser publ icado emalgumlugar especial. Todo livro tem algum valor como referncia, mas ograu em que ele serve a estepropsito determina o seu valor como obra de referncia e sua seleo pelas bibliotecas. Por "valor crtico" subentende-se o valor usualmente conferido em julgamento que crticos,recensesoubibliotecrios fazema respeito de livros comuns. Em geral,existe uma concordncia ampla a respeito de valores de livros, entre autoridades competentes, e somente no que diz respeito aos aspectos secundrios que desacordos podem aparecer. Qualquertipodematerialimpressooumanuscritotemvalor documentrio, sepuder ser usadopelo historiador literrio,poltico ou social.Acredita-se queos valores "aditivos" e "documentrio" tendem a coincidir.O valor documentrio de qualquer tipo de material tende a aumentar oua cair,de acordo comasmudanas das tendncias,e os problemasdeerudiopodemvariaremdiferentesinstituiese regies,dependendo dos interesses dos eruditos locais. O valor monetrio o denominador comumde todos osIivros.25 A seguir, Haines toca em dois outros princpios bsicos de seleo: "selecione livros que tendam ao desenvolvimento e enriquecimento da vida"e"deixequeabasedaseleosejapositiva,nonegativa". Wellard tambm tem um comentrio bastante objetivo a este respeito: "a seleo de livros, diferentemente da crtica literria, diz respeito tanto aoleitor quantoaolivro.O grandeproblema- noumdilema- do selecionador, observar o equilbrio entre o princpio utilitrio, isto , as reais necessidades de leitura, interesses e habilidade da clientela total da biblioteca e o princpio humanstico baseado nos padres literrios". 27 Shera tambm toca neste assunto, dizendo apenas: "nem todos os livros tmvalor permanente,e livros demaisno tm valor algum". 22 22 Outro autor nos trazumaidiaaltamente prtica:"ns temos que evitar a atitude superior de que a nossaseleo de livros deva voltar-seapenas para oslivros de altonvel, e que temos que nos desculpar pelo resto.Seadquirirmosapenas livros dealtopadro,nsteremos uma coleo pequena e muito poucos leitores". Ou ainda: "ns estamos gastandodinheiropblico.Umlivro nacabeceiradoleitor equivalea dois naestante de ttulosencomendados pelobibliotecrio" . 11 So finais as palavras de Shera sobre este assunto: "uma biblioteca no meramente umaglomerado delivros colocados juntos por uma srie de circunstncias fortuitas, mas uma criao significativa, projetada para, intencionalmente, estimular no usurio uma atividade cerebral" .22 E,omoHaines,eleatribuiaobibliotecrioa"responsabilidadede trazer o melhor domundo dos livros parao usurio,nasmaneiras que maisaproximadamentesatisfaamnecessidades,pressupondo, naturalmente, que aquelas necessidades so legtimas e no hostis aos melhores interesses e bem-estar dasociedade". 22 Chamamaatenoasconsideraes feitasarespeitodaleitura tcnicado livro,bemdiferente daquelamais simplesparaa tarefade catalogao.Demaneira clara,ficademonstrado o trabalhoprofundo e cuidadoso que deve ser desenvolvido paraa anlise do livro coma finalidade de seleo, para a deciso de acrescentar-se ou no um novo ttulocoleo. Hainesterminaocaptuloenfatizandoanecessidadedeo bibliotecrio adquirir umslido julgamento crticoparaa atividade de seleo, conhecimento que ela reconhece ser difcil, mas que deve ser obtidopor aqueles quequerembemcumprir umadasmaiselevadas atividades intelectuais que poder vir a ser realizada por um profissiQnal bibliotecrio. 4 - OSOBJETIVOS DABIBLIOTECA E A POLTICA DESELEO Paraquequalquer bibliotecapossaestabelecer asuapolticade seleo,ouseja,o conjunto dasnormas que iro reger o dia-a-dia do trabalhodosselecionadores, necessrioprimeiro queestejambem claros e delineados os objetivos dabiblioteca, os quais ela se prope a alcanar combasenacoleo existente (ou que ir desenvolver)e de acordo coma instituio qualestservindo oudeverservir. Os autores so unnimes a este respeito,isto , de que deve existir uma declarao dos objetivos gerais da biblioteca, relacionados com a instituio e a comunidade que a elaserve,para deacordo com estes objetivos, ser traadaa poltica deseleo dabiblioteca. 23 Wellard j declarava, em1937,que osobjetivos dabiblioteca so coletivos,no sentido de que a comunidade que a beneficiriados servios da biblioteca, no o indivduo: o reconhecimento e a aceitao desta funo social, e os objetivos da biblioteca que determinaro os mtodos e asprticas de seleo.Deacordo comestainterpretao, sustentaWellard,osmtodoseprticasdeseleonosero bibliogrficos, mas sim sociolgicos, o tipo do livro sendo mais importante queo volume individualmente. AcrescentaWellard que "aseleo de livros mais adequada aquela que realiza os objetivos da funo social (da biblioteca), atravs do conhecimento da comunidade a ser servida" . 27 Hainesenfatizaqueo"serviobibliotecrionosomentea proviso de livros, mas sim, levar o livro certo ao leitor certo, pois que, semum leitor,olivro intil,e semleitores,abibliotecaestmorta. Considere-se,emprimeirolugar,opblicoparaoqualabiblioteca existe,continuaHaines,poisquenoexistemundovivodelivros separadodomundovivodeleitores.Somentequandoabiblioteca integraestesdoiselementosqueelapreencheoseuobjetivo moderno. 14 Umautormaisatualfazaanalogiaentreseleodelivrose arquitetura. Em ambas,o profissional est tentando construir alguma coisana qual deve ser dada expresso funo e forma. Alguns dos edifcios maisimaginativosforamcriadosporumarquiteto,tendoquefazer frente a severas limitaes e confinamentos. funo do bibliotecrio, enfrentandoproblemas semelhantes,produzir umaseleodelivros coerente, que a marca do selecionar eficiente. 11Relata ele que,num estudofeitorecentementenaInglaterraparaumlevantamentodas polticas deseleoexistentesnas115bibliotecaspblicasinglesas envolvidas, somente 67 responderam, e destas, somente 30 forneceram umadeclaraoescritadapolticadeseleoadotada.Perguntao autor: "por quais critrios e com quais objetivos as outras 85 bibliotecas, incluindo a minha prpria,selecionam os seus livros? Como o pessoal envolvidonaseleosabeopropsitodaatividadenaqualesto trabalhando?"11 Tendoemvistaqueestaumasituaoquaserotineiranas bibliotecas,- isto,afaltadeobjetivosecritriosparaogastodos oramentos concedidos - , ele prope que se estabelea outra maneira de distribuir verba, ou seja: com base em projetos apresentados; uma idia perfeitamente vlida e aplicvel, tangvel e fcil de ser delineada. Jo estabelecer objetivos e critrios mensurveis no apresenta igual facilidade.Assim, ele sugere que,em geral, as alocaes de despesa 24 sejam feitas tendo em vista, primeiramente, a populao e os problemas levantados, devidamente pesquisados e definidos, e apresentados pelo pessoal ao chefe da biblioteca. Este estabelecer uma lista de prioridades emconsulta como pessoal. Assim,os problemas que poderiam surgir seriam:alocaodeverba parasubstituiodelivrosretiradosdo acervo em umano,baseada empercentagem de retiradas anteriores; fundosadicionais paraumareaem crescimentode demanda;verba paraprovermaislivrosquandoafaculdadelocalexpandiroseu curriculo;verbaparadesenvolvercoleesdenovosramaisde bibliotecas pblicas;fundoparareforonacoleodeuma biblioteca cujouso est declinando; verba para diminuir o tempo de esperapara certascategoriasdelivros,eassimpordiante.Asvantagensdeste sistema, explica o autor, seriam: primeiramente, as bibliotecas estariam gastando os seus oramentos com um propsito definido e mensurvel; segundo,estaramosnumasituaobemfavorvelparademonstrar como estamos gastando as verbas;e,terceiro,nasolicitao demais verba estaramos na posio de poder fornecer detalhes sobre todos os projetos vlidos que no foram realizados por insuficincia de fundos. 11 Analisando o aspecto realmente prtico do estabelecimento de uma polticadeseleo,Cabeceiraslevanta trezepontosespecficosque devero constar dapoltica de seleo de qualquer biblioteca: a - propsito dabiblioteca - o livro nodeveestar emconflito comasmetas filosficas dabiblioteca; b - qualidade- olivrodevemanterospadresdequalidade estabelecidos pela biblioteca, com relao respeitabilidade docontedoe scaractersticas fsicas; c - recenses - devemser consultadas paraa seleo; d - usurio - o livro deve ser adequado s capacidades, neces-sidades e interesses do usurio; e - aplicabilidade - o livro deve ser analisado e avaliado sob o ponto de vista de sua aplicabilidade a um pblico grande ou pequeno; f - uso - a determinao deve ser feitaquanto ao uso mnimo previsto. Um livro pode ter umcurtouso antecipado e logo setornar obsoleto;mas serecebe um nmero prescrito de usos, ento a sua aquisio justificada. De outro lado,um livro pode receber um uso limitado mas ser de valor perma-nente. No pode ser criada uma frmula pararesolver este problema; 25 .. g - auxiliares bibliogrficosde seleo -devem ser consultados paraassegurar queolivroconsiderado,naverdade,o melhor para abiblioteca; h - recursos afiliados - umlivro no deve ser adquirido se est convenientemente acessvel ou pode estar mais apropriada-mente guardado na coleo de outra agncia da comunidade; i - influncia cultural- o livro deve apoiar a posio local no que diz respeito a grupos culturais, polticos, tcnicos, religiosos ousociais; j - censura - a poltica com respeito censura deve serdesen-volvidaporumacomissorepresentativadosinteresses seccionais e diversificados dos usurios dabiblioteca; k - equilbriodacoleodelivros- oslivrosselecionados devemmanter acoleoadequadamente proporcionals necessidades e aousodosusurios; I - objetividade do selecionado r - os livros devem ser selecio-nados para atender s necessidades dos usurios e no ao que o bibliotecrio imagina serem aquelasnecessidades; m - "mdia" alternativos - a considerao da "mdia" alternativos podem influenciar grandemente na direo que a biblioteca seguir a respeito da aquisio de material impresso e no--impresso.4 Estes pontos levantados por Cabeceiras so importantes e podero auxiliar os bibliotecrios naelaborao da sua poltica de seleo.No entanto, as sugestes apresentadas durante uma reuniopatrocinada pelaComissodeDesenvolvimentodeColees,daDivisode RecursoseServiosTcnicos(ResourcesAndTechnicalServics Division - RTSD)da ALA,nosparecemmais objetivas. Parece-nos, contudo, ser importante estabelecermos primeiramente a terminologia que est sendo usada na literatura de maneira alternada, svezes,paraostermos:desenvolvimentodecolees(collection development),termo mais moderno; seleo (selection),que o termo mais tradicional,eaquisio(acquisition).SegundoEdelman,existe umahierarquiaentreestestermos.Oprimeironvelode desenvolvimento da coleo, que pode ser interpretado como um termo que descreve o crescimento da coleo: uma funo de planejamento. O segundo nvel,a seleo, uma funo direta do desenvolvimento dacoleo;oprocessodatomadadedecisoquedizrespeitos metas estabelecidas no desenvolvimento da coleo.O terceiro nvel, a aquisio, o processo de implementao das decises da seleo. 26 Embora, na prtica, estas funes se interrelacionem, conceitualmente elas devem ser julgadas separadamente.) A avaliao dacoleo(collectonevaluaton),por suavez, ,na maioria das vezes, considerada como uma funo do desenvolvimento dacoleo,e deve estar rel.acionadacomo planejamento,seleoe desbastamento das colees.18 Comojtratamosdesseassuntoemoutrapublicao 1,no trataremosdesteaspectodeaval iaodecoleesnestetexto.No entanto, ficam registradas como sendo as melhores revises para este assunto, as de 800n2 e Lancaster3Existe, tambm, outra reviso, que, decerta maneira,atualizao trabalho acimamencionado.4 Seleopropriamente dita sertratadaa seguir. Vejamosas sugestes apresentadas nareuniodaRSTD: "Apoltica de desenvolvimento da coleo deve definir as metas e os objetivos dabiblioteca,identificar asnecessidades da comunidade que ela serve, a curto e longo prazos, avaliar o grau de fora e fraqueza dos recursos existentes e determinar a profundidade e o escopo da sua polticadeaquisio. O principaldestapoltica,usualmente,consiste emlistar osassuntos,comanotaesacompanhandoeindicandoo grau de cobertura recomendada. Delimitaes por lngua, data, formato e custooferecemoutros refinamentos".6 Uma explicao nos parece vlida, tambm, quanto ao que e ao quenoumapolticadeseleo."Primeiramente,nosubstituia seleodelivros.Quandomuito,defineumaestruturaefornece parmetros,mas nuncaseleciona um livro especfico.Cada ttulo tem de ser individualmente escolhido por um corpo de selecionadores,por carta branca ou por planos de aprovao. Tambm, - no importa quo especfica e detalhadaa polticaseja-, o julgamento individualainda precisar ser aplicado, em ltima anlise. Mais, ainda,uma poltica por 1 - FIGUEIREDO,N.,M.,Avaliaode coleeseestudos deusurios .Brasflia, Associao dosBibliotecrios doDistrito Federal,1979. 96p.Vide tambmnesta publicao,a seguir. 2 - BONN,G.S.,Evaluation of the collection. Library Trends, 22 ():265-304,January, 1974. 3 - LANCASTER,F.W.Evaluationofthecolleclion.In:LANCASTER,F.W.,The measurernent andevaluation oflibrary services. (Washinglon, D. C.) Informalion Resources Press (c1977) p. 165 - 83. 4 - MOSHER,P.H.Colleclionevalualioninresearchlibraries:lhesearchforquality, consislency, andsyslem in collectiondevelopment. Library Resources & Technical Services, 23(1):16 - 32,Winter,1979. 27 escrito,delineadademaneiraampla,ouespecificamente detalhada, no deve ser fossilizada para a eternidade. Assim como as instituies crescem, tambm as coleese as polticasde seleo devem crescer. Portanto,apresenadeumapolticaexaradaporescritonopode substituir umdiscernimento inteligente, nem um sentido sempre alerta para as mudanas das necessidades da comunidade. Por este motivo, altamente desejvel- , na verdade, imperativo -, que tal poltica sofra revisoperidica,regularmente.8 Outrasugesto,bemprtica,apresentadanamesmareunio, ofereceosprincpiosgerais quedevemestar contidosnapolticade desenvolvimento dacoleo, parabibl iotecas pblicas. t "I( preparao de uma poltica para o desenvolvimento da coleo envolvemaisdoqueomeroestabelecimentodeprincpiosgerais. Envolve: a - o conhecime'J:l,to da comunidade e suas necessidades, atuais e projetadas; b - anlise cuidadosa da coleo existente e a determinao de seus pontos fortes e fracos; c - estabelecimento dapoltica de descartes; d - umaestimativadaspossveisouprovveisflutuaesno oramento paraaquisio; e - considerao de quais os itens que devem ser considerados como parte bsica, e que, portanto, devem ser substitudos continuadamente, e quanto deve ser reservado para novos materiais; f - considerao dos ndices de inflao nos preos de livros e materiais; g - considerao do que quantoadquirir noformatodeno--impressos,e qual a relao destes materiais como que j existe nacoleo; h - considerao de fatores deespao,ndice de deteriorao demateriais, grau deexcelncia dacoleo e osseus componentes,ndices deperdas,etc.; i - conhecimento dos recursos de outras bibliotecas que esto disponveis na comunidade, quer atravs de outras agncias do mesmo sistema pblico, quer em bibliotecas particulares acadmicaseno-acadmicas,nacomunidade,com avaliao do graude cooperaoparao desenvolvimento dacoleo". t 28 Parece-nos oportuno oferecer algumas sugestes tambm quanto elaboraodapolticadedesenvolvimentodecoleoparauma bibliotecauniversitria.Segundo Osborn,eis,emresumo,o queuma poltica de desenvolvimento decoleo deve fazer: a- modelarascolees- amaisimportantefunodesta poltica a de servir comoumadiretriz pararelacionar a naturezae o escopo do desenvolvimento das colees s necessidades instrucionais e de pesquisadauniversidadeemquesto.Estapoltica servecomo umadiretrizparaa seleodemateriaisbibliotecrios,emtodosos formatosetiposdeaquisio,porcompra,doao,cartabranca. Igualmente,apolticapodesertilparadeterminarquemateriais podem ser removidos dacoleo principal, quer por descarte, quer por remooparadepsito. b- treinamentodosselecionadores- apolticade desenvolvimento dacoleofuncionacomouminstrumentoparaos selecionadores, quer sejam eles novatos nauniversidade ouno mister delidar como processo dedesenvolvimento decoleo. c- planejamento na biblioteca e na universidade - as implicaes parao desenvolvimentodacoleonosoconfinadasbiblioteca apenas,poispodemserencontradasnoplanejamentoda'prpria universidade. Assim, a montagem, com sucesso, de um novo programa acadmico, depende, grandemente, dos recursos,incluindo o pessoal bibliotecrio.Similarmente,planosparafortalecer,desenfatizarou cancelarprogramasacadmicosdevemlevaremconsideraoos recursosbibliotecrios disponveis. d - racionalizao do oramento de aquisio - , primeiramente, atravsdaalocaoegastodooramentoqueapolticade desenvolvimentodecoleoimplementada.importantequeas colees resultemdiretamente deumapolticaplanejada,e somente indiretamentedasflutuaesdopoderdeaquisio.Umapoltica ampla antecipa mudanas alm do controle da biblioteca, e fornece um conjunto racionaldeplanosparaadaptao quelas situaes. e - interpretao dasnecessidades e operaes - umapoltica ampla de desenvolvimento da coleo fornece o meio mais conveniente atravsdoqualsecomunicaofatodequeodesenvolvimentoda coleo segue um plano sistemtico racional, para atender necessidades especficas;tambm,oferece umainterpretao claradas atividades acadmicas.20 29 r1 Finalmente,nestareunio da RTSD foramdiscutidas as diretrizes elaboradaspelaDiviso,paraformulaodepolticasde desenvolvimento da coleo,das quais vale a pena destacar: 5 - DEFINiES: NVEIS DA COLEO OU CDIGOS DOS NVEIS DA COLEO a - Nvel de completeza (comprehensive) - uma coleo na qual abibliotecaseempenha,tantoquantopossvel,emincluir todosos trabalhossignificativosdeconhecimentoregistrado(publicaes, manuscritos e outros formatos) em todas as lnguas aplicveis, para um camponecessariamente definido e limitado. b - Nveldepesquisa- umacoleoqueincluiasmelhores fontesdemateriaisrequeridosparadissertaesepesquisas independentes,incluindomateriaiscontendorelatriosdepesquisa, novas descobertas, resultados de experimentos cientficos e qualquer outrainformaotila pesquisadores. Pode tambmincluir obrasde refernciaimportanteseumaamplaseodemonografias especializadas, como tambm uma extensa coleo de peridicos e os melhores servios deindexao e resumosnarea. c- Nvel de estudo- uma coleo adequada para apoiartrabalho decursodegraduaoe ps-graduao,ouestudoindividual;isto, adequadaparamanter o conhecimento de umassunto requerido para propsitos limitados ougeneralizados,oumenos doquea coleo de pesquisa. Incluiumaamplagamademonografiasbsicas,colees completasdetrabalhosdosautoresmaisimportantes,seleesde trabalhosdeautoressecundrios,umaseleodosperidicos representativos, os instrumentos de referncia e o aparato bibliogrfico fundamentalpertencente aoassunto. d - Nvel bsico - uma coleo altamente seletiva que serve para introduzir e definir o assuntoeindicar asvariedades deinformaes disponveis em outro lugar. Inclui os melhores dicionrios e enciclopdias, seleo de edies de trabalhos importantes, levantamentos histricos, importantes bibliografias e uns poucos peridicos mais importantes na rea. e - Nvel mnimo - umareadeassunto que fora do escopo para as colees da biblioteca e para a qual poucas selees so feitas almdos instrumentos derefernciabsicos. 30 6 - ELEMENTOS DEUMA DECLARAO DEPOlTICA DE DESENVOLVIMENTO DE COLEO 1 - Anlise dos objetivos gerais dainstituio,incluindo: a - clientelaa ser servida; b - fronteiras gerais deassuntos dacoleo; c - tipos deprogramas ounecessidades deusuriosa serem apoiados(pesquisainstrucional,recreacional,informao geral,referncia,etc.); d - prioridades gerais e limitaes orientadas da seleo, inclu-indo: - grau de suporte continuadoparacolees fortes - formas demateriais colecionadosouexcludos - lnguas e reas geogrficas colecionadas e excludas - perodos cronolgicos colecionadose excludos - outras excluses - duplicaes de materiais; e - acordoscooperativos decolees emnvel local,regional enacional,quecomplementamoudequalquermaneira afetama polticadainstituio. 2- Anlisedetalhadadapolticadedesenvolvimento dacoleo para reas de assuntos - o arranjo bsico desta anlise por classificao; um termo de assunto entre parntesis segue o nmero da classificao, parafacilidadedainterpretao.Omnimoderefinamentoda classificaonaqualbasearaanliseaseparaoem, aproximadamente,500subdivises(daLC;paraDeweyeoutras classificaes,um refinamentocomparvel deve ser tentado).EstE;! o mnimo recomendvel;muitas instituies podem querer analisar as suascoleesdemaneiramaisdetalhada.Paracadacategoriade assunto (isto ,o nmero de classificao ou grupo de nmeros), deve indicar o seguinte: a - nvel conforme as definies dacoleo paraindicar: - pontos fortes existentes nacoleo - atividade correnterealdo nvel dacoleo - nvel desejvel dacoleo paraatender snecessidades do programa; b - lnguas (oucdigos correspondentes)podemser adotados aqui; c - perodos cronolgicoscolecionados; d - reas geogrficas colecionadas e - formas de material colecionado (ouexcludos); 31 f- unidadedabibliotecaouselecionador responsvelpela seleobsicanaquelarea. 3 - Anlisedetalhadadapolticadedesenvolvimento dacoleo paraformar colees - emalgumas bibliotecas,polticas diversas de desenvolvimento decoleosonecessriasparacertasformasde materiais,quandoapolticaquegovernaessesegmentodecoleo difere da poltica geral dabiblioteca. Alguns exemplos de formas para asquaispolticas especiais podemser includas: a - jornais; b - colees demicroformas; c - manuscritos; d - publicaes governamentais; e - mapas; f - materiais audiovisuais; g - fitas de dados (data-tapes). aconselhvel que a estrutura da poltica para formar uma coleo siga, quantopossvel , a classificao por assunto;masparaalgumas coleessernecessriousaroutroarranjo(tipodematerial,rea, etc.).Porexemplo:apolticaparacoleesdemapaspoderiaser dividida primeiramente em:"mapas topogrficos". "mapas temticos", etc.,comsubdivisopor classificaoderea:paraumacoleode jornais,poderia ser primeiramente a diviso poltica. 13 7 - APRESENTAODO TEXTOSDEHAINES 7.1 - Introduo "Evoluoatravsdaleitura",umaverdadecomprovadapela experinciapessoaldetodoaquelequeconhecelivrosedelesse utiliza. Os padres seelevam,a inteligncia sealarga,as percepes seaprofundam,atravs dosimplesprocessodeleitura. Aeducao formalmoldaa mente;mas somente atravs dos livros quea mente seenriquece,seaprofunda, seaplica,semodificaedesenvolveos padres pararealizaodecada indivduo. A inteligncia deve sermantida ativa, interpretando a educao que estrecebendo,tirandoassuasprpriasconcluses,fazendosuas .prprias observaes e suas prprias experincias; caso contrrio, ns teremosapenasumafinasuperfciedeinstruo.Oslivrossoos instrumentos da inteligncia. So tambm os instrumentos da aberrao e daburla,poisqueelessoaexpressodetodasasqualidadese defeitos damentehumana. 32 Considere-se o que os livros podem significar para o desenvolvimento individual:naformaodocarter,naativaodainteligncia,no enriquecimentodosrecursos,noaprofundamentodasensibilidade. Elesoferecemmaterialparaaformaodocarteratravsdo conhecimento e do pensamento. A formao do carter umprocesso contnuoeinconscientedeauto-educaonaescoladiriadavida; quando a mente alcana o uso e o controle destes fios, todo o panorama davidanomundo,passada e presente, se torna constantemente mais variadaeinteressante,enquanto,aomesmotempo,ospoderesde reflexo e julgamento da prpriamente so exercitados e fortalecidos. Oslivrosdovidaumsignificadomaisprofundo.Nohno trabalhodirio,ocupaohumilde,quenopossasetornarmais interessante oumais til,atravs dos livros. Eles so os meios para se alcanareficincia,sofontesinexaurveisdeprazer.Eelesnos mostrama vidacomo eranopassadoe como nomundo de hoje. Aquelesquesocapazesdeutilizar livros comocompanhia,so raramente solitrios;nemsentem a necessidade deencontrar alguma ao,a mais trivial,parapreencher umahoravazia.Eles tmamigos queviro quando desejados,trazendo distrao, aconselhamento,ou absoro doesprito - amigos que,aocontrrio davariedade humana, podemserafastados,quandoperdemointeresse,eescolhidos adequados a qualquer temperamentoe aointeresse domomento. Biblioteconomia a nicavocaoquesededicaalevar livros vidacomumdomundo.Osmateriaiscomosquaisosbibliotecrios trabalhamsoosque fornecemo entendimento,o conhecimentoe a razo que podem informar a mente e dirigir a vontade para fazer frente aosdesafiosdotempo,paraajustar-sessuascompulses,para discernir e guiar as forasmoldando o futuro. 7.2- Pessoas e Livros Ocampoe oobjetivodabibliotecapblica fornecer paracada pessoa a educao capaz de ser obtida atravs da leitura. Isto no que dizer aeducaoemqualquer sentidoestreitoouformalizado,mas, sim, a cultura da mente e do esprito que os livros podem trazer vida. Educao na sua realizao ideal no simplesmente a busca de fatos oua procura assdua da informao.Educao implica o uso de livros nosparao aproveitamentoespirituale intelectual,comotambm para o usufruto materiale vocacional. Servio bibliotecrio no somente a proviso de livros, mas, sim, trazero livro certo ao leitor certo. Sem leitor, o livro intil, sem leitores, abibliotecaestmorta.Pessoaselivrossoosplospositivose negativos quemantmvivo o fluxo deserviobibliotecrio. 33 = Qualquer tipo oe servio bibliotecrio que sedestina a aproximar pessoas e livros deve ser baseadonuma inteligente seleo de livros. Osbibliotecriosdevemsabercomoselecionarlivrosdemaneira inteligente.Livrosquesoaexpressodavidaedopensamento humano,queoferecemconhecimentoque satisfazemeestimulamo desenvolvimento individual, quealargame clareiama inteligncia. Considere-se,primeiramente,opblicoparaoqualabiblioteca existe.Pois quenoexiste mundo vivo delivros,separado domundo vivo de leitores. Somente quando a Biblioteconomia relaciona e integra as influncias variadas e o uso dos livros com interesses e as atividades variadas davida humana, que ela preenche o seuobjetivo moderno. Noentanto,a demanda feitanabibliotecapblica pela suamassa deleitores,mais forte nas linhas demenor resistnciamental - para opopular,o superficiale o elementar naliteratura,parafinsquer de recreao,quer deelevao. Assim,o papel dobiblioteca duplo. Deve suprir as demandas da maioria dos usurios, to eficientemente quanto possvel, e,ao mesmo tempo, prestar servio pessoal intensivo quela minoria de leitores que conheceme amam a literatura,e tmcapacidade deencontrar livros paraa mente, e inspiraoparao esprito. Abibliotecapblicaumaparteintegrantedaatividadeda comunidade,umrgo do corpo socialdacomunidade.Funcionaem respostaouporantecipaoatodaagamadenecessidadesda comunidade. Presumivelmente, estas necessidades so as necessidades detodasaspessoasdacomunidade,noapenasdaquelasqueso usurios da biblioteca; mas, na verdade, estas necessidades se tornam evidentespelademandadopblico;ademandanabibliotecavem somente daqueles que, de algumasmaneira,desejam fazer uso dela. A demandapodemuitas vezes ser criada,estimuladae influenciada; mas,seademandanoexistir,omaterialparasupri-Ianoser utilizado. Assim,na proviso delivros, e no planejamento de seus servios, a bibliotecapblica sempre deve considerar o suprimento emrelao demanda;deve ter sempre emmente a grande variao nos valores dademanda- a demandamaisfortenem semprerepresentao valor mais alto; e deve sempre ajustar estes dois fatores entre si e relacion-los a um terceiro, que so os recursos disponveis na biblioteca na forma delivros e o oramento existente. Esta a basetriangulardo problema da biblioteca pblica e os seus objetivos. Exposta por Melvil Dewey, numa frase de onze palavras, tem sidoolemadaALAdesdeasuaorganizao,em1876:"amelhor leitura,parao maior nmero(depessoas),pelomenor custo".Como 34 descobrir asnecessidadesdacomunidadeoprimeiroproblemado bibliotecrio,parao estabelecimento derelaes como pblico. Como selecionar os livros a fimde atender quelasnecessidades o segundo;e isto implica o terceiro, como julgar o valor de cada livro. Deve ser lembrado que os problemas de seleo so mais simples numa grande biblioteca do que numa pequena, porque os livros padres j foram adquiridos, a seleo no precisa serto restrita,pois a gama de demanda mais ampla. Numa grande biblioteca, tambm, a seleo geralmente divididaentre departamentos,cadaumresponsvelpor seuprprioassunto.Apequenabibliotecapblica,noentanto,pode muitas vezescriar umrelacionamentomaisestreito,diretoe pessoal com a sua comunidade como um todo, do que um sistema de biblioteca altamente formalizado e inter-relacionado,numa grandecidade. Existemvrioscaminhosabertosparaadescobertadas necessidadesdacomunidade. necessrioconhecer asatividades, interesses, organizaes, instituies e caractersticas distintas da vida na comunidade, para entender os canais, atravs dos quais, a demanda delivrospelamassapossaserestimuladaedesenvolvida.Numa comunidade rural , haver canais de interesse que no existem em uma cidade urbana, ounuma cidade industrial, ounum centro universitrio. Cadaumtemseuscomponentesdistintos,diferenciadosdosoutros. Novos canais esto constantemente se abrindo, medida que o escopo dabiblioteca seexpande, importantefamiliaridadecomtodososelementosculturaise raciais da populao. Na biblioteca pblica deve haver, para os leitores estrangeiros,literatura deseuprprio pas e emsuaprprialngua. Deve haver uma relacionamento estreito entre a biblioteca e todas a agncias de educao dacomunidade. A biblioteca daescola local, por fazer uso delivros como parte da educao, deve ser olhadapela biblioteca pblica como umcampo comum decooperao naseleo delivros. Assim tambmdevero ser consideradas escolas de outros tipos, escolas noturnas, cursos de extenso das universidades, instituies de ensinosuperioredepesquisaespecializada.Deveserestabelecida uma unio amiga da biblioteca pblica com todas essas entidades. Essa unio,com entidade e diretrizes de educao formal, ser de utilidade mtua na correlao dos recursos de livros na comunidade e na ligao coma educaoinformal,atravs doslivros que a bibliotecapblica mantm. Cooperao ativa com organizaes de trabalhadores d biblioteca umagrandeoportunidadedepreencherseualtoobjetivocomouma agncia de auto-educao atravs da leitura, podendo com isto ganhar suportenacomunidadee reconhecimento daclasse de trabalhadores emtodos osnveis. 35 k Mesmo a pequena biblioteca pblica podemanter uma coleo de depsito nolocal de reunio dos trabalhadores, chamar a ateno dos membros dos sindicatos para livros na opinio deles teis e interessantes, oferecer uma boa representao de literatura trabalhista na sua seleo delivros,fornecerosmaisimportantesperidicosnareaeprover material adequadoparaas atividades educacionais dos trabalhadores nas aulas,reunies,conferncias,etc. Jornais locais so umelo importante entre a biblioteca e o pblico. Nestes jornais o bibliotecrio descobre os interesses e as necessidades imediatas da comunidade, e se familiariza com as pessoas importantes ecomadiferentesorganizaeslocais.Ascolunasdestesjornais podem tornar-se forte apoioparaa biblioteca. Alm dafamiliaridadecoma comunidade e suas caractersticas e necessidadesespeciais,devehaverumamploconhecimentodos problemas do dia-a-dia, gerais,nacionais,locais.Para assegurar isto, o bibliotecrio deve ler regularmenteum jornal dirio e semanter em contatocomaenormegamadetpicosnasrevistas;istoajuda,de maneiraespecial,noreconhecimentodascorrentesdeinteresses popular e naantecipao dos pedidos dos leitores. Umasurpreendentevariedadeemultiplicidadedecontatospode ser reconhecidae desenvolvidapelabiblioteca,secadaumdos seus membrosficarresponsvelpor umcrculoespecialdeinflunciana comunidade.Naturalmente,quantomaisrelaespessoaispuderem ser estabelecidas, melhor;um interesse genuno e uma simpatia pelas pessoasindispensvel,porpartedosbibliotecriosencarregados destas tarefas derelacionamentocoma comunidade. 7.3- Livros para as pessoas:princpios da seleo Depois de conhecer bem a comunidade e seus interesses, podemos nos voltar agora paraos gostos da leitura, capacidades,necessidades ehbitosdosindivduosqueformamopblico.Quantomais profundamente os bibliotecrios conhecerem todos os nveis e todas as possibilidades de leitura individual na comunidade, mais criteriosa mente podero exercer a seleo de livros, e o seNio bibliotecrio poder ser realizado demaneira mais eficiente. necessrioquedentrodabiblioteca,eemtodosospontosde contato com o pblico, o conhecimento dos leitores seja constantemente alargadoeesclarecido,paraqueaseleodelivrossejafeitade maneirainteligenteeadequada.Obibliotecrioqueolhaasempre mutvel multido deleitores, somente como um fluxointerminvel de estpidoseirracionaisconsumidoresdotrivialedobaixo,deve procurar outra ocupao.Ningum que tenhapercebido as realidades 36 da natureza e das experincias humanas, penetrando sob as aparncias, podemanteressaatitude.Leitoresdebibliotecaspblicassotipos humanos,diversos,variados.Nenhumacoleorepresentativada biblioteca compostaapenas de"lixo",emboraelacontenha,muito material impresso de vrios valores:recreacional, prtico, educacional intelectual,ticoe emprico.Nenhumpblicoleitor consomeapenas ficoefmeraerebotalho;nemoslivrosqueformamogrossode qualquercoleodeliteraturadeficodebibliotecapblicaso definidos demaneira corretapor essafrase. Aleituraemumabibliotecapblica tecidapor diferentesfios-fracose fortes,alegrese sombrios,falsose genunos;ealeiturado indivduo formada pela textura do todo. O servio bibliotecrio, na sua relaocomopblico,impessoalepessoal.Apartequeoslivros podemter navidadeumindivduo reveladaaos poucospara todo bibliotecrio,cujo trabalho leva a umrelacionamentopessoalcomos leitores. Amelhordefiniodoobjetivodaseleodelivrosainda encontrada na conhecida frase: "fornecer o livro certo para o leitor certo, no tempo certo".Isto envolve conhecimento daextenso e do carter das demandas dos leitores,conhecimento dos livros que respondem a estas demandas e satisfao daquelas demandas em termos de livros dealtovalor. Quaissoosmaisaltosvaloresdolivro,ecomosoeles determinados?Estefatorofereceamaiordificuldade.Aprimeira tentativa original e construtiva para definir e analisar este fator foi feita pelo bibliotecrio ingls McColvin, num pequeno volume:The theory of book selecton for public lbrares. A premissa de McColvin a de que a biblioteca pblica deve ser a provedora universal, atravs de livros, das necessidades e dos desejos detodososhomens.Jquensnopodemosdar tudooqueeles precisam, devemos pelo menos avaliar as suas necessidades e desejos. A seleo de livros reduz-se a duas reas: demanda e fornecimento. A demanda deve ser diferenciada emquantidade,valor e variedade. Nema quantidadededemanda, sozinha, ndicecomonemo valor sozinho,poisa demandademaior quantidade,muitas vezes,pelo livrodemenorvaloreumademandadevalorpodenoconter quantidade (os livros fornecidos no so utilizados). As duas qualidades, portanto,devemser relacionadasparaqueumprincpiomatemtico possa ser aplicado. Pesquisa e experimentao sobre a base estabelecida por McColvindeve tornar a seleodelivros,nofuturo,umprocesso mais cientfico do quenopassado. Oqueseentendeporcompleteza(comprehensveness)deuma coleo de biblioteca? No completeza na representao dos assuntos, masumaabrangncia de fornecimento que responde demanda,e a desenvolve. 37 Emqualquer bibliotecapblicaestaabordagemanalticaparaa seleo de livros pode ser iniciada, atravs de estudo e comparao de vrios registros de uso da biblioteca. Por exemplo, paraa averiguao da"quantidade",a estatstica dacirculao das classes deno fico para adultos deve ser comparada anualmente como nmero de livros adquiridos namesmas classes;uma anlise indicar queclasses tm sidoenfatizadasounegligenciadas,eissodeveserretificado posteriormente na seleo de livros. "Valor" na demanda de fico pode sermedidaporumacomparaosemelhantedacirculaoedo fornecimento de diferentes grupos de assuntos, como fico clssica e demaior nvel, ficopadro boa, f ico leve, fico de detetive e de gnero dewestern. A quantidade de"reservas" feitas paralivros deve ser verificada contrao fornecimento, e o fornecimentoaumentado de acordocomuma poltica definida,baseadanademanda e novalor. Os pedidos dos leitores devem ser estudados paraa indicao da "variedade"; deve ser mantido registro para livros que responderiam a estasdemandasenoforamconsideradosparaacompra,embora selecionados,indicando-setaldeciso.Inspeosistemticadas estantes da biblioteca, notando a frequncia da circulao pelo exame daspapeletasdedatas, umamaneiratildemedir a demandaem grupospequenosdeassuntos.Umadasmaneirasmaissimplese comuns de testar a amplitude e qualidade dacoleo como umtodo atravs daprtica deverificar o acervodabibliotecacontraosttulos includosnasbibliografiaselistaspadresdeconfiana.No desenvolvimento ounareviso de grupos de assuntos, asconsultas a sugestesfeitasporespecialistasdeforadabibliotecasosempre desejveis e geralmente adotadas. Estudo, experincia, observaoe experimentaoconcentrados emqualquer objet ivo,logosetransformam emprincpios e mtoqos. Desta maneira, atravs do servio bibliotecrio destinado a aproximar pessoas e livros e a fornecer aos leitores os livros que vo aoencontro dedemandas,necessidadese gostos,surgiramcertos princpiosque socomumenteaceitoscomofundamentaisnaseleodelivros. Aquelesqueseaplicammaisdiretamenteaosamplosaspectosde demanda/fornecimento debibliotecas pblicas so: a - estude a comunidade e conhea a sua caracterstica geral, as caractersticas especiais, os elementos culturais e raciais, asprincipais atividades e osmaioresinteresses; b - esteja familiarizado com assuntos de interesse atual, geral, nacionale local; c - representenaseleodelivros todososassuntosquese aplicam s condies existentes e que refletem os interesses dacomunidade; 38 d - torne a sua coleo de histria local to extensa e til quanto possvel; e - forneamateriais paratodos os grupos organizados cujas atividades ouinteresses possamser relacionadas com livros; f - fornea materiais para leitores reais e em potencial, satisfa-zendo,tantoquantopossvel,asdemandasexistentese demandasprovveis,poracontecimentos,condiesou utilizao crescente f!abiblioteca; g - evite a seleo de livros para os quais a demanda no evi-dente,e substitua livros que tenhampositivamente ultrapassadoa suautilidade; h - embora a demanda seja a base e a razo para o fornecimento demateriais,lembre-sedequeosgrandestrabalhosda literatura so pedras fundamentais daprpria estrutura da bibliotecae,portanto,selecionealgunslivrosdevalor permanente,noimportaseseroounolargamente utilizados; i - mantenha imparcialidade na seleo; no favorea interes-ses ouopinies particulares;em assuntos controversos ou sectrios, quandoa comprase tornaindesejvel, doaes podem ser aceitas; j - fornea, tanto quanto possvel, livros que iro responder s demandasdeespecialistasoudeoutraspessoascujos trabalhos sero benficos para a comunidade; k - no tente desenvolver uma coleo "completa";selecione osmelhoreslivros sobre oassunto,os melhores livros de umautor,o mais tilvolume de umasrie,eno faauso de "colees completas" que no possuem utilidade evidente ouespecficas;. I - umprincpioquemuitasvezesafirmado,masnunca aplicado comcuidado :d preferncia a um livro inferior, queserlidoenoaumsuperior,queno serlido.Isto envolve "valores" opostos e merece amaior considerao naseleo defico. Aestesprincpiospodemseracrescentadosdoisoutros,talvez mais familiares: a - mantenha, tanto quanto possvel, rapidez e regularidade no suprimentodelivros.Existembonsargumentosparase adiar acompradelivrosnovos,mas nohnadaqueos leitoresmaisapreciemdoqueumsuprimentorpidode 39 publicaes recentes e,no casode livros de importncia e interesseassegurados,devehaver o mnimopossvelde demoranaseleoe aquisio; b - mantenha-seatualizadoquantoscorrentesmutveisde pensamentose opinio,e drepresentaoadequadas forasdaCincia,sociaiseintelectuais,queesto remodelandoo mundo moderno. Inconsistnciaemalguns destesprincpiosemrelaoa outros bem aparente. Mas isto indica que somente um julgamento equilibrado e a medio constante de valores relativos sonecessrios parauma seleodelivros alcanar sucesso. 7.4- Testando os valores do livro oconhecimentodelivrospararespondersnecessidadesda comunidade envolve conhecimento dos tipos e qualidades de livros, a fimdequeelespossamsersabiamenteescolhidoseefetivamente utilizados. Isto significa conhecimento dos livros que j esto disponveis, como tambm de novos livros que fluem constantemente dos editores. Significa a habilidade de comparar diferentes livros sobre umassunto, pesaro mrito das demandas opostas, julgaro valorde livros individuais e,naaplicaodeprincpios,estabelecermtodosdeutilizaode verbaparalivros,damelhormaneirapossvel.Estesrequisitosso todos essenciais prtica,comsucesso,daseleo delivros. Primeiramente,avariedadeeapropostadacoleo,comoum todo.H,atualmente,umatendnciaparaolhar"umacoleobem equilibrada" como menos importante do que uma coleo desenvolvida cuidadosamentepara suprir a demandapblica mais evidente. "Completeza"(comprehensiveness)impossveldeatingirem qualquer coleodebiblioteca.Esforoparamanter umamdiafixa para diferentes classes,muitas vezes significaquea coleo se torna rgidae quereas nas quais existeum novo interesse ouumaumento deinteresses, ficamrepresentadas demaneirainadequada. Dequalquermaneira,todacoleodebibliotecadeveser desenvolvidadeacordocomumplano definido numaamplabasede generalizao. O desenvolvimento deve ser flexvel, mas uma ateno constante deve ser dadaparaa manuteno deumaproporo justa como umtodo,demaneira quecertas classesnosejamenfatizadas em prejuzo de outras. As necessidades da biblioteca existem e devem ser respondidas,tantoquanto asnecessidades dos seus leitores.No huma regra fixa como basemdia equilibrada de assuntos.Deve ser lembrado que a proporo de classes variacomo tempo. 40 Nadeterminaodasnecessidadesdabiblioteca,importante saber quando a utilizao cooperativa de recursos de outras bibliotecas da comunidade ser oportuna. Bibliotecas de instituies de pesquisa, de universidades ou escolas, bibliotecas especializadas em Medicina e Direitoecoleesmantidasporoutroscorposespecializados,todas tmmaterialqueabibliotecapblicapodedeixar deadquirireque responder a demandas especiais, ocasionalmente. A biblioteca pblica podeter umrelacionamentodeinterdependnciaamigvelcomtais colees, demaneira que a duplicao de material caro especializado possa ser evitado e os leitores possam vir a conhecer canais adicionais atravs dos quais a informao est acessvel. Asnecessidadesdabibliotecasofundamentalmenteas necessidades dos usurios, mas existe uma implicao maior. Para seu prprio conhecimento e bem-estar, a biblioteca deve continuadamente fortalecer o equipamento delivros bsicos e procurar enriquecimento constante naqualidade domaterial que formaa suasubstncia. Naturalmente, a verba da biblioteca o poder controlador na prtica daseleodelivros.Aquantiavariadeacordocomascondies individuais. A nica certeza que nunca adequada para responder s necessidades e aos desejos.Isto fora o alerta constante nacompra, o usodetcnicaseconmicaseacontnuaavaliaodedemandas opostas e de mritos relativos doslivr os. Existem dois princpios comumente aceitos que se relacionam com oslivros propriamenteditose quesublinhamaseleoemtodosos campos daliteratura.O primeiro destes condensao objetivo e o ideal da seleo de livros: "selecione livros que tenderem ao desenvolvimento e enriquecimento da vida". Muito prximo deste: "deixe que a base da seleo seja positiva, e no negativa. Se o melhor que se pode dizer de um livro que no far dano ningum, no h razo vlida para a sua seleo; todo livro deve ser de servio real de algum, em inspirao, informao ourecreao". Considere o que significa "livros que tendem para odesenvolvimento e enriquecimentodavida". Oconhecimentode taislivros requerum bomconhecimentoliterrio,ouconhecimento delivrosbsicos.Mas tais livros no so encontrados somente entre obras antigas e aceitas; eles aparecemnofluxosempreconstantedenovas publicaes,e o selecionador deveestar alertaeserperspicazparareconhec-lose apreci-los. Sob a sombra da alucinao atmica, muitos padres profundamente estabelecidos no pensamento da maioria das pessoas devero mudar. Nobibliotecriorepousaaresponsabilidadecadavezmaiorde, conhecendoeutilizandolivros,esclarecerpreconceitos,ampliaro entendimentodequestesvitais,fortaleceraaceitaopblicae 41 -praticaracooperaoeatolernciaentreasnaes,comounlco solvente de muitos problemas tensos e persistentes da vida de hoje em dia. Assim, os bibliotecrios no devem aceitar objees censoriais de leitores de mente estreita,e nem serender a preconceitos ouopinies tradicionalistas. A seguir,vamos considerar os aspectos especiais que devem ser observados nos livros para um julgamento inteligente sobre os mesmos. Oslivros tmsido geralmente olhadoscomopertencentes a umadas seguintes divises: Livros de inspirao:Religio,Filosofia,poesia,drama, fico refinada; Livros de informao:biografia,Histria,viagem,Cincia, Artes Prticas e Sociologia; Livros derecreao:fico, teatro,humor,ensaios,leituras leves emvrios campos. Nos livros de inspirao, a sabedoria e o entendimento encontram asuaexpresso.Aqui,poesia,dramaeficorefinadarefleteme interpretama vidahumana.O julgamento crtico requer quelivros de inspirao apresentem poder criativo, vitalidade, sinceridade, estrutura firme,profundidade e beleza deexpresso. Em livrosde informao, o julgamento crtico requer encerrem mais conhecimento do que poder criativo, como o essencial bsico. Vitalidade e sinceridade so requisitos; boa estrutura mais importante que estilo, apesar de que excelncia deexpresso parteinteg rante de todos os livros que sobrevivem. Livros de recreaopodempertencer a dois largos grupos que se unem, mas so de diferentes qualidades. Na grande literatura criativa, inspirao e recreao semesclam de maneiraindistinguvel. Mesmo emmanifestaesmenores,aimaginaocriativaquasesempre despertaalguma emoodelicada - umentendimento mais rpidoda experinciahumana,ouumimpulso desimpatia, ousimplesmentea alegria que envolve a sensao de simples prazer. Assim, apesar de a grandemaioriadelivros defico,tantoquantoo dramae apoesia, pertencerem literatura de recreao, embora em nveis variados, so tambmliteratura deinspirao. Estas trs divises,naverdade,nuncadevemser olhadascomo rigidamente separadas, pois suas fronteiras so sempre flexveis. Deve tambm ser lembrado que estas trs divises,inspirao,informao e recreao,sosimplesmente caractersticasamplas generalizadas queindicamanaturezadeumlivro,masnosuaclasseouassunto 42 / especfico.Oslivrosquepertencemaestasdivisessotambm~ especificamente definidos como Histria oubiografia, oupoesia,e da paraa frente,atravs de todas as classes daliteratura. Existem diferentes padresoucritrios paratestar os valores dos livrosemcadaumadestasclasses.Histria,porexemplo,deveser baseadaemfontesvlidas,biografiadevedizer respeitoapessoas interessantes, ou ser feita de modo interessante; viagem deve combinar observaoprecisa e descriointeressante. Estilo, isso , uma expresso clara, polida ou nobre - um elemento necessrio em livrosde inspirao, mas menos necessrio em trabalhos que tratam inteiramente deinformao. Estilo,entretanto,acrescentavalor a qualquer livro,suapresena ou ausncia o teste principal da qualidade de um livro como literatura. Existem,tambm,testesespecficosquesocomunsamuitos tipos de livros. Numa anlise deperto,estes testes sero vistos como testesparalivrosdeinformao,testesparalivrosdeinspiraoe testesparalivrosderecreao;masnaaplicaogeraldeordem prtica, eles so usualmente divididos em dois grupos: testes parano fico e testes para fico.Em cada grupo, os testes so de dois tipos: testes para o assunto,autoridade e qualidade do livro, e testes para as caractersticas bibliogrficas e fsicas. Considere alguns exemplos dos testes mais usados. 7.5 - Testes para no fico ASSUNTO 1 - Qual o assuntooutema? 2 - Qual o escopo?Completo? Parcial? Histria do assunto,ou discusses de certos aspectos oucondies? 3 - Socobertos assuntosadicionais? 4 - o livro sucinto? Exaustivo? Seletivo? Equilibrado? 5 - o tratamentoconcreto? Abstrato? 6 - popular? Erudito? Tcnico? Semitcnico? para o leitorcomum? Estudante? Especialistas? 7 - Data(usualmente importante emrelaoaoassunto). AUTORIDADE 1 - Quaissoasespecificaesdoautor?Qualasuaformao? Experincia?Preparo especialpara escrever este livro? 2 - Utilizou-se de fontes de referncia?Seumaterial secundrio de confiana? 3 - o trabalhobaseadoemobservao pessoaloupesquisa? 4 - correto?Inexato? 43 5 - O autor entende perfeitamente o perodo, fatos,outeorias comas quais ele lida? 6 - Qual o ponto de vista do autor? Parcial? Moderado? Conservador? Radical? QUALIDADES 1 - O trabalho mostraalgum grau de poder criativo? 2 - a forma apropriadaaopensamento? 3 - Existe originalidade deconcepo? Ouexpresso? 4 - O estilo grfico claro? Grau de legibilidade? Atrativo? Profundo? Poder imaginativo? 5 - Temvitalidade? Interesse? Temprobabilidade de perdurar como umacontribuio permanenteliteratura? CARACTERSTICAS FSICAS 1 - Existeumndice adequado? 2 - Existem ilustraes? Mapas? Diagramas ou grficos? Bibliografias? Apndices? Alguns outros aspectos dereferncia? 3 - o tipo grfico claro?Papelbom? VALORESPARA O LEITOR 1 - Informao? 2 - Contribuiopara a cultura? 3 - Estmulo para osinteresses? 4 - Recreao ouentretenimento? 5 - Que leiturarelacionadas oferece? 6 - A que tipo de leitura atra? 7.6- Testes para fico (Algunsdostestesanteriormentemencionadossotambm adequados parafico). 1 - E real?Sensacionalista? Exagerado?Distorcido? 2 - Temvitalidade e consist