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Projeto Diretrizes Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina Diagnóstico e Tratamento do Câncer da Laringe Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço Elaboração Final: 30 de maio de 2001 Autoria: Dias FL, Kligerman J, Cervantes O, Tavares MR, Carvalho MB, Freitas EQ O Projeto Diretrizes, iniciativa conjunta da Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina, tem por objetivo conciliar informações da área médica a fim de padronizar condutas que auxiliem o raciocínio e a tomada de decisão do médico. As informações contidas neste projeto devem ser submetidas à avaliação e à crítica do médico, responsável pela conduta a ser seguida, frente à realidade e ao estado clínico de cada paciente.

Diagnóstico e Tratamento do Câncer da Laringe · PDF fileINTRODUÇÃO O câncer da laringe é responsável por uma incidência de aproximadamente 136.000 novos casos e de 73.500

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Projeto DiretrizesAssociação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina

Diagnóstico e Tratamento do Câncer da Laringe

Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço

Elaboração Final: 30 de maio de 2001

Autoria: Dias FL, Kligerman J, Cervantes O, Tavares MR,Carvalho MB, Freitas EQ

O Projeto Diretrizes, iniciativa conjunta da Associação Médica Brasileira e Conselho Federal deMedicina, tem por objetivo conciliar informações da área médica a fim de padronizar condutas que

auxiliem o raciocínio e a tomada de decisão do médico. As informações contidas neste projeto devem sersubmetidas à avaliação e à crítica do médico, responsável pela conduta a ser seguida, frente à realidade e

ao estado clínico de cada paciente.

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DESCRIÇÃO DO MÉTODO DE COLETA DE EVIDÊNCIAS: Reunião consensual para elaboração de texto com inclusão de citaçõesbibliográficas com a colaboração de especialistas indicados pela SociedadeBrasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço.

GRAU DE RECOMENDAÇÃO E FORÇA DE EVIDÊNCIA:A: Grandes ensaios clínicos aleatorizados e meta-análises.B: Estudos clínicos e observacionais bem desenhados.C: Relatos e séries de casos clínicos.D: Publicações baseadas em consensos e opiniões de especialistas.

OBJETIVOS:Fornecer orientações sobre o diagnóstico e tratamento do câncer da laringe.

PROCEDIMENTOS:Aspectos epidemiológicos e etiopatológicos;Aspectos clínicos e diagnósticos;Fatores de avaliação prognóstica;Indicações terapêuticas de acordo com a localização (endolaríngea) eestadiamento.

Diagnóstico e Tratamento do Câncer da Laringe

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INTRODUÇÃO

O câncer da laringe é responsável por uma incidência deaproximadamente 136.000 novos casos e de 73.500 mortes por anono mundo, ocorrendo predominantemente no sexo masculino, querepresenta cerca de 2,7% de todos os casos de câncer e 2,2% dosóbitos por câncer. A relação de incidência por sexo é de 7:1(masculino – feminino ), a maior diferença em comparação comqualquer outro sítio anatômico do corpo humano.

O câncer de laringe é um dos mais freqüentes a atingir aregião da cabeça e pescoço, representando cerca de 25% dostumores malignos que acometem esta área. Aproximadamente2/3 desses tumores surgem na glote e 1/3 acomete a laringesupraglótica1(B).

O tabaco é considerado o mais importante fator etiológico nocâncer da laringe. Estudos revelaram que o risco dedesenvolvimento dessas neoplasias é 14,3 vezes maior emindivíduos que fumam em comparação com os que não fumam.O consumo de bebidas alcoólicas também contribui,significativamente, para o desenvolvimento dessas neoplasias. Orisco do desenvolvimento do câncer laríngeo é potencializado pelaação sinérgica do fumo e do álcool, aumentando o risco dedesenvolvimento desse câncer em cerca de 100%. Outros fatoresetiológicos associados são o papiloma vírus humano (HPV), ashipovitaminoses, e o refluxo gastro-esofageano2,3(D).

A laringe é dividida em três regiões anatômicas:

1. A laringe supraglótica: inclui epiglote, pregas vestibulares,ventrículos, pregas ariepiglóticas e aritenóides.

2. A glote inclui as pregas vocais e a comissura anterior e aregião inter-aritenoidea.

3. A subglote: começa 1cm abaixo das pregas vocais e seestende até a borda inferior da cartilagem cricóide ouprimeiro anel traqueal4(D).

A drenagem linfática da região supraglótica é rica e apresentaintercomunicações que atravessam a linha média. Por essa razão,

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tumores nessa localização apresentam altosíndices de metástases linfáticas regionais,variando de 50% a 60% e, freqüentemente,apresentando incidência bilateral. As cadeiaslinfáticas dos níveis II e III (jugulares altas,júgulo-digástricas e júgulo-omohioideas) são asmais comumente acometidas. Ao contrário, ostumores glóticos apresentam uma baixaincidência de metástases linfáticas cervicais, equando ocorrem geralmente são ipsilaterais. Asmetástases linfáticas de tumores subglóticos sãomais freqüentes, e envolvem preferencialmente ascadeias paratraqueais, cervicais baixas emediastinais altas5-7(B).

A disseminação endolaríngea dos tumoresmalignos dá-se pela invasão dos espaços pré-epiglótico (para tumores supraglóticos) e para-glóticos (para tumores que alcançam osventrículos). A disseminação extra-laríngeapoderá ocorrer tanto através das membranasintercartilaginosas quanto através das própriascartilagens. O acometimento da oro e hipo-faringe em tumores avançados é freqüente8(D).

A grande maioria dos cânceres da laringe éde origem epitelial e do tipo carcinoma epider-móide (carcinoma de células escamosas),incluindo os queratinizantes e não-queratini-zantes e de graus bem moderadamente e poucodiferenciados. Esses tumores representam cercade 90% de todos os tumores malignos desseórgão. Os adenocarcinomas de origem salivarmenor, os tumores neuroendócrinos, os tumo-res mesenquimais e os melanomas tambémpoderão ser encontrados, porém em padrãoinfreqüente9(D).

Por alterar precocemente a função fonatória erespiratória, espera-se que o câncer laríngeo sejafreqüentemente diagnosticado em estadiosiniciais. Além da disfonia e da dispnéia, a

odinofagia e, por vezes, a disfagia, também pode-rão ocorrer. A otalgia reflexa é queixa freqüentenos tumores do andar supraglótico assim como apresença de metástases cervicais10(D).

A possibilidade de desenvolvimento desegundos tumores primários em períodos iguaisou distintos, também chamados de sincrônicose metacrônicos do trato aéro-digestivo superior(boca, faringe, laringe, traquéia e esôfagocervicais) é estimada em 5% a 35%. Os fatoresetiológicos são os mesmos descritos para ocâncer laríngeo. O esôfago é o sítio maisfreqüente de segundos tumores primários10(D).

EXAMES DE AVALIAÇÃO

Exame geral da cabeça e pescoço –Objetiva a avaliação da extensão locoregionaldo tumor além de procurar identificar apresença de outros primários na região dacabeça e pescoço, assim como a detecção demetástases para linfonodos regionais10(D).

Laringoscopia indireta – Pode ser feitacom uso de espelhos de Garcia ou com óticasde 70o ou de 90º que facilitam e amplificam aimagem. Tem por finalidade identificar oaspecto morfológico das lesões na laringe/faringe além da funcionalidade do órgãopossibilitando o seu estadiamento11(D).

A realização de exames como rinoscopiaanterior e posterior e, eventualmente, traqueos-copia fazem parte integrante da avaliação dacabeça e pescoço11(D).

CONFIRMAÇÃO DIAGNÓSTICA

Laringoscopia direta com biópsia – Deve serutilizada nos casos em que a biópsia durante alaringoscopia indireta não foi possível, ou em

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casos de exame indireto difícil em que se desejamelhor visualização11(D).

EXTENSÃO DA DOENÇA

O uso da tomografia computadorizada e/ouressonância magnética está indicado naavaliação da extensão da lesão quando sepretende indicar alguma cirurgia parcial, ouquando se pretende avaliar a operabilidade depacientes pós-recidiva ou em estágios muitoavançados. Em pacientes obesos com pescoçode difícil palpação podem ser utilizadas paradetecção de linfonodos cervicais em casos dealto risco para metástase cervical como ostumores supraglóticos2(D).

CONDIÇÕES CLÍNICAS DO DOENTE –RISCOS PARA O TRATAMENTO CIRÚRGICO

Os pacientes com condição respiratóriacomprometida são considerados de alto risco paracirurgias parciais/subtotais tais como: Laringec-tomia Supracricóide, Laringectomia Supraglóticaou Laringectomia Near-total. Em pacientesidosos deve-se tomar especial atenção naindicação de cirurgias subtotais. Pacientes comcomprometimento sistêmico, provocado pordoenças cardíacas incapacitadoras ou alcoolismo,também são contra-indicados para tratamentocirúrgico com laringectomias subtotais12,13(D).

ESTADIAMENTO TNM14(D)

Essa classificação que utiliza informaçõesacerca do tumor primário (T), cadeias linfáticascervicais (N) e de possíveis metástasessistêmicas (M) constitui a base para aorientação terapêutica do câncer. No que dizrespeito ao câncer laríngeo o estadio T édividido de acordo com a localização anatômicaendolaríngea, a saber:

SUPRAGLOTE:TI – Tu limitado a um subsítio (cordas

vocais normais)TII – Tu em mais de um subsítio ou com

extensão para a glote (cordas vocaisnormais)

TIII – Tu limitado a laringe com fixação deprega(s) vocal(is), ou extensão parahipofaringe ou espaço pré-epiglótico

TIV – Tu invadindo cartilagem tireóide oucom extravasamento exolaríngeo

GLOTE:TI – Tu limitado às cordas vocais

(mobilidade normal)TII – Tu com extensão para a supraglote ou

subglote e/ou mobilidade vocal diminuídaTIII – Tu limitado à laringe com fixação da(s)

corda(s) vocal(is)TIV – Tu invadindo cartilagem ou com ex-

travasamento exolaríngeo

SUBGLOTE:TI – Tu limitado à subglote (mobilidade

normal)TII – Tu limitado à laringe, com extensão

glótica (mobilidade normal)TIII – Tu limitado à laringe com fixação da(s)

corda(s) vocal(is)TIV – Tu invadindo cartilagem ou com

extravasamento exolaríngeo

OPÇÕES TERAPÊUTICAS

ESTADIO I (TI N0 M0)

Supraglote

Opção principal15-18(B):

Radioterapia exclusiva. Através de camposparalelos opostos latero-laterais e campo diretosobre região supraclavicular bilateral com feixe

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de fotons de 6 Mv ou Co 60. Dose 66 Gy / 33seções. Dose limitada em 45 Gy na medulaespinhal;

Ressecção endoscópica (em casos selecio-nados).

Opções alternativas12,19(B):(como resgate de falhas na radioterapia, prin-cipalmente)

Laringectomia horizontal supraglótica;

Laringectomia supracricóide com crico-hioido-pexia (CHP);

Laringectomia total em pacientes comproblemas respiratórios e inaptos para cirurgiasparciais.

Glote

Opção principal16,17,20,21,22(B):

Ressecção endoscópica (lesões de 1/3médio de corda vocal) ou,

Radioterapia através de campos paralelosopostos latero-laterais com a utilização de filtropara compensar irregularidade do contorno.Dose 50 - 60 Gy / 20 a 25 seções. Doselimitada em 45 Gy na medula espinhal ou,

Laringectomia fronto-lateral.

Opções alternativas22,23(B):(como resgate em falhas na radioterapia,

principalmente)

Laringectomia parcial vertical (Fronto-lateral, Hemilaringectomia);

Laringectomia supracricóide em casosmuito selecionados.

Laringectomia total.

Subglote

Opção principal24 (D):

Radioterapia é o tratamento de escolhapara a preservação da voz. A cirurgia é reser-vada para falhas no tratamento. Tratamentoradioterápico através de campos paralelosopostos latero-laterais com a dose de 66 Gy /33 seções. A região supraclavicular é tratadacom campo direto, a dose na medula espinhal élimitada em 45 Gy.

ESTADIO II (TII N0 M0)

Supraglote

Opção principal22,25-29(B):

Laringectomia horizontal supraglótica emlesões localizadas anteriormente que compro-metam epiglote, se estendendo a falsa cordasem, no entanto, comprometer o ventrículo ou,

Laringectomia supracricóide (CHP) emlesões de supraglote que alcancem as pregasvocais e/ou comissura anterior ou,

Radioterapia através de campos paralelosopostos, latero-laterais e campo direto sobre aregião supraclavicular bilateral com feixes defotons de 6MV ou Co 60. Dose de 66 Gy / 33seções. Dose limitada em 45Gy na medulaespinhal ou,

Laringectomia near-total em lesões quecomprometam apenas um lado da laringe e quenão se estendam até as aritenóides ou,

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Laringectomias total em lesões quecomprometam ambas as aritenóides.

Em casos cirúrgicos

As indicações de cirurgias parciais devemser feitas após uma cuidadosa seleção dacomorbidade, sobretudo em relação à idade e acapacidade respiratória13,22(B).

Em casos de pescoço negativo deve-seproceder ao esvaziamento cervical seletivolateral (níveis 2,3,4) bilateralmente5, 7,30(B).

Em casos de pescoço positivo deve-seproceder ao esvaziamento cervical radical ouradical modificado dependendo do estado dopescoço7,31(D).

Em pacientes submetidos a laringec-tomias parciais, ou subtotais, a reabilitação éfundamental13(D).

A radioterapia complementar poderá serusada em casos de margens muito próximas oupositivas ou em casos de linfonodos cervicaismetastáticos. Ou em casos em que o estudo dapeça operatória evidenciar a presença de fatoresde risco, tais como invasão de cartilagem,invasão microvascular e/ou perineural. Trata-mento radioterápico através de camposparalelos opostos latero-laterais com a dose de50Gy / 25 seções. A região supraclavicular étratada com campo direto16,24(B).

Glote

Opção principal12,16,21,22,32,33(B):

Laringectomia parcial vertical (Hemi-laringectomia) ou,

Laringectomia supracricóide (CHEP) emcasos de lesões que acometam ambas as cordasvocais, porém não comprometam a comissuraposterior ou,

Radioterapia em pacientes não elegíveispara procedimentos parciais. As doses de 50 Gyem 20 seções ou 60 Gy em 30 seções que sãoadministradas através de campos paralelos eopostos, latero-laterais em região cervical,campo direto sobre regiões supraclavicularesdireita e esquerda com fotons de 6 MV e/ouCo60 ou,

Laringectomia total em casos quecomprometam a comissura posterior ou falhade radioterapia.

Subglote

Opção principal12,24(D):

Radioterapia através de campos paralelosopostos latero-laterais. Dose de 66 Gy / 33seções. A região supraclavicular é tratada comcampo direto, a dose na medula espinhal élimitada em 45 Gy.

A cirurgia é indicada para falhas notratamento radioterápico ou em pacientes cujoseguimento adequado pode ser difícil.

ESTADIO III (TIII N0 M0)

Supraglote

Opção principal7,19,25,34,35,36(B):

Laringectomia supracricóide (CHP) emcasos de lesões com fixação de cordas vocaiscom aritenóide(s) móvel(is) ou que apresentemapenas invasão limitada do espaço pré-epiglótico (apenas 1/3 inferior). A invasão de

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subglote, comissura posterior e comprome-timento de aritenóides são contra-indicaçõesformais ou,

Laringectomia near-total em casos delesões que comprometam apenas um lado dalaringe, com fixação de uma aritenóide, seminvadir a comissura posterior ou subglote ou,

Laringectomia total em casos que não seenquadrem nos anteriores (invasão maciça doespaço pré-epiglótico, fixação de duas arite-nóides) ou em pacientes com compro-metimento pulmonar.

Observações:

Pacientes com pescoço negativo devem sertratados com esvaziamento cervical seletivolateral bilateralmente7,34(B).

Pacientes com pescoço positivo devem sertratados com esvaziamento cervical radical ouradical modificado dependendo do status dametástase7,29(B).

Radioterapia complementar em pacientesestadios III pode melhorar o controle local dadoença em casos cujo pTNM evolua paraEstágio IV. Nesse caso, o tratamento seráatravés de campos paralelos opostos latero-laterais com a dose de 50 Gy / 25 seções. Aregião supraclavicular é tratada com campodireto7,28(B).

Opção alternativa:

Em pacientes que requeiram laringectomiatotal para controle da doença pode-se tentar acombinação de quimioterapia (Cisplatina e 5-Fluoracil) e radioterapia definitiva (QT adjuvanteou concomitante). Nesses casos, a laringectomia

deve ser efetuada em pacientes com menos que50% de resposta à quimioterapia ou com doençapersistente após a radioterapia37(A);

A radioterapia deve ser empregada atravésde campos paralelos opostos latero-laterais emregião cervical e campo direto sobre regiãosupraclavicular com a dose de 66 Gy / 33seções. A dose na medula espinhal é limitadaem 45 Gy24,28(B).

Glote

Opção principal12,23,27,30,31,34,38,39(B):

Laringectomia supracricóide (CHEP) emcasos de lesões com fixação de cordas vocaiscom aritenóide móvel. A invasão de subglote,comissura posterior e fixação de uma aritenóidesão contra-indicações formais ou,

Laringectomia near-total em casos delesões que comprometam apenas um lado dalaringe, que não invadam a aritenóide, acomissura posterior ou subglote ou,

Laringectomia total em casos que não seenquadrem nos anteriores (invasão maciça doespaço pré-epiglótico, fixação de aritenóides) ouem pacientes com comprometimento respiratório.

Radioterapia definitiva em pacientes que nãoqueiram ser tratados com cirurgia. Tratadosatravés de campos paralelos opostos latero-lateraiscom a dose de 66 Gy/33 seções. A regiãosupraclavicular é tratada com campo direto, a dosena medula espinhal é limitada em 45 Gy40(B).

Observações:

Radioterapia complementar em pacientesestadio III poderá melhorar o controle local da

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doença em casos cujo pTNM evolua paraEstádio IV. Na dose de 50 Gy / 25tratamentos. A região supraclavicular é tratadacom campo direto. Pacientes com pescoçonegativo devem ser tratados com esvaziamentocervical seletivo lateral bilateral. Pacientes compescoço positivo devem ser tratados comesvaziamento cervical radical ou radicalmodificado, dependendo da condição demetástase30(B) 7,24(D).

Opção alternativa:

Em pacientes que requeiram laringec-tomia total para controle da doença pode-setentar a combinação de quimioterapia(Cisplatina e 5-Fluoracil) e radioterapiadefinitiva (QT adjuvante ou concomitante).Nesses casos, a laringectomia deve ser efetuadaem pacientes com menos que 50% de respostaà quimioterapia ou com doença persistenteapós a radioterapia37(A).

A radioterapia deve ser empregada atravésde campos paralelos opostos latero-laterais emregião cervical e campo direto sobre regiãosupraclavicular com a dose de 66 Gy / 33seções. A dose na medula espinhal é limitadaem 45 Gy24(D).

Subglote

Opção principal:

Laringectomia total em campo alargado,seguida por radioterapia complementar12(D), ou

A radioterapia exclusiva pode ser indicadaem pacientes que não são candidatos a cirurgiae o seguimento deverá ser cuidadoso parapermitir cirurgia de resgate das recidivas locaisou cervicais24(D).

Opção alternativa:

Em pacientes não candidatos para acirurgia pode-se tentar a combinação dequimioterapia (Cisplatina e 5-Fluoracil) eradioterapia definitiva (QT adjuvante ouconcomitante). Nesses casos, a laringectomiadeve ser efetuada em pacientes com menos que50% de resposta à quimioterapia ou comdoença persistente após a radioterapia

37(A).

A radioterapia deve ser empregada atravésde campos paralelos opostos latero-laterais emregião cervical e campo direto sobre regiãosupraclavicular com a dose de 66 Gy / 33seções. A dose na medula espinhal é limitadaem 45 Gy24,41(B).

ESTADIO IV (TIV N0 M0)

Supraglote

Opção principal2,12,13,20,34,39,42(B):

Laringectomia total em campo alargadocom radioterapia complementar ou,

Laringectomia near-total em casosselecionados associada a esvaziamento cervicalbilateral e com radioterapia complementar.(indicação de exceção).

Opção alternativa:

Em pacientes não candidatos para acirurgia pode-se tentar a combinação dequimioterapia (Cisplatina e 5-Fluoracil porexplo) e radioterapia definitiva (QT adjuvanteou concomitante). Nesses casos, alaringectomia deve ser efetuada em pacientescom menos que 50% de resposta àquimioterapia ou com doença persistente apósa radioterapia37,43(A).

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A radioterapia deve ser empregada atravésde campos paralelos opostos latero-laterais emregião cervical e campo direto sobre regiãosupraclavicular com a dose de 66 Gy / 33seções. A dose na medula espinhal é limitadaem 45 Gy2, 24(D).

Glote

Opção principal2,12,13,20,27,34,39,42(B):

Laringectomia total em campo alargadocom radioterapia complementar ou,

Laringectomia near-total em casosselecionados e com radioterapia complementar(indicação de exceção).

Opção alternativa:

Em pacientes não candidatos para acirurgia pode-se tentar a combinação dequimioterapia (Cisplatina e 5-Fluoracil) eradioterapia definitiva (QT adjuvante ouconcomitante). Nesses casos, a laringectomiadeve ser efetuada em pacientes com menos que50% de resposta à quimioterapia ou comdoença persistente após a radioterapia37,43(A);

A radioterapia deve ser empregada atravésde campos paralelos opostos latero-laterais emregião cervical e campo direto sobre regiãosupraclavicular com a dose de 66 Gy / 33seções. A dose na medula espinhal é limitadaem 45 Gy2, 24(D).

Subglote

Opção principal2,7,12,13,20,34,42(B):Laringectomia total, em campo alargado,

acompanhada por tireoidectomia (parcial ou

total). O tratamento das cadeias linfáticascervicais deverá incluir as cadeias recorrenciaisbilaterais e, em casos selecionados, ocompartimento central.

Opção alternativa:

Em pacientes não candidatos para acirurgia pode-se tentar a combinação dequimioterapia (Cisplatina e 5-Fluoracil) eradioterapia definitiva (QT adjuvante ouconcomitante). Nesses casos a laringectomiadeve ser efetuada em pacientes com menos que50% de resposta à quimioterapia ou comdoença persistente após a radioterapia37,43(A);

A radioterapia deve ser empregada atravésde campos paralelos opostos latero-laterais emregião cervical e campo direto sobre regiãosupraclavicular com a dose de 66 Gy / 33seções. A dose na medula espinhal é limitadaem 45 Gy2,24(D).

Câncer recidivado Opções de tratamento2,12(D):

Tratamento para câncer recidivado dasupraglote, glote e subglote inclui cirurgia ouradioterapia;

O resgate é possível para falhas notratamento cirúrgico exclusivo ou radioterápicoexclusivo, e re-intervenções cirúrgicas e/ouradioterapia devem ser tentadas se possível;

Pacientes muito bem selecionados podemser candidatos a laringectomia subtotal paratratamento de falhas na radioterapia.

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Diagnóstico e Tratamento do Câncer da Laringe

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EXAMES DE ACOMPANHAMENTO2,12,15(B)

Os pacientes tratados de câncer da laringedevem manter uma rotina de acompanhamentoem busca da detecção o mais precoce possívelde qualquer recidiva da lesão primária ou demetástase cervical.

Exame Clínico: mensal no primeiro ano,trimestral no segundo ano, quadrimestral noterceiro ano, semestral após o terceiro ano, eanual após o quinto ano. Esse exame deveincluir:

Exame da cavidade oral, faringe e cadeiaslinfáticas cervicais.

Laringoscopia indireta ou direta.

Avaliação do estado geral do paciente(qualidade de vida, ganho ponderal).

Raios X de tórax (anual).

Esofagoscopia (anual) – pesquisa desegundo tumor primário.

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Diagnóstico e Tratamento do Câncer da Laringe

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