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Depois da ida aos Balcãs, em 2007, a Rússia é novo destino de João Vaz e Rodrigo Pereira. Partem do Porto, a 25 de Setembro e o regresso está previsto para 11 de Outubro Acompanhe as crónicas semanais nos Diários de Viagem, em www.visao.pt/ diariosdeviagem outubro 2009 visão vida & viagens v & V 7 Diários de Viagem Kremlin, aqui vão eles Percorrer 11. 500 quilómetros de mota, atravessando 14 países, para ligar os dois extremos da Europa. Rodrigo Pereira e João Vaz dão corpo ao projecto Russian Horizons 2009, e contam-nos como se prepara uma aventura destas. Pedro Miguel Santos dirigido à pessoa que pretende lá entrar. E ainda o formulário constante na página da embaixada da Rússia, duas fotografias, seguro de saúde efectuado propositadamente para esse efeito e o passaporte. Só depois podemos solicitar o respectivo visto. Cerca de 15 dias e alguns euros depois, o visto é colado numa das páginas do nosso passaporte. Além do seguro de saúde, obrigatório para a obtenção do visto, seremos obrigados a fazer um seguro de viagem na fronteira russa, independente- mente de termos extensão territorial para a Rússia no nosso seguro base da moto. Durante a estadia na Rússia, somos obrigados a fazer o registo do passaporte nos hotéis onde ficarmos instalados, como forma de comprovar a nossa estadia nos locais indicados na altura do pedi- do de visto à embaixada. Que orçamento têm para esta viagem? A totalidade da viagem terá um custo aproxi- mado de 2000€, sendo que 850€ represen- tam o valor do combustível. Levam convosco algum tipo de amuleto, objecto de sorte? Não é nosso costume levar objectos de sorte. Tentamos fazer toda a viagem de forma calma, com cuidado e atenção. Isso sim, faz a diferença. Porquê a Rússia? Porque há muito tempo nos fascina. Pela cultura das gentes, pelo património edificado e beleza natural. Como esteve quase fechada ao turismo durante décadas, a Rússia criou em nós uma enorme curiosidade. Qual o critério para a escolha das etapas e da rota? Queríamos ir e regressar por locais diferentes. Estabele- cemos a ida pelo Norte da Europa e o regresso pelo Sul. Escolhemos as cidades a visitar com base em conse- lhos de amigos. Mas também quisemos passar por estradas míticas do motociclismo, como os Dolomites (Itália) e a Grossglock- ner High Alpine Road (Áustria). Como planearam o percurso? Baseámo-nos, no www.viamichelin.com. Deu-nos noção dos percursos e dos custos associados: portagens, combustível, tempo de condução, etc. Também teremos a ajuda das versões impressas dos mapas da Michelin. Quais os objectos obrigatórios para uma viagem destas? Habituámo-nos a levar o essencial, tudo muito bem organizado e compactado. Obrigato- riamente levamos: máquina fotográfica e de filmar, GPS e mapas, material de campismo (para as dormidas e refeições) e intercomu- nicadores moto-moto. Mas temos, também, algumas ferramentas essenciais: fita americana; abraçadeiras plásticas; sacos impermeáveis; elásticos, redes e cintas para acondicio- nar as cargas; computador portátil; carregadores de equipamentos eléctricos; inversor de corrente e, claro, roupa, produtos de higiene e alimentos. Há quanto tempo preparam a expedição? Começámos em Janeiro de 2009. Sempre que tínhamos algum tempo livre, juntávamo-nos para planear. Desde Julho os encontros pas- saram a ser frequentes: semanais, por vezes, diários. Em termos burocráticos , qual a complexi- dade de planear uma aventura destas? A questão dos vistos é complexa, trabalhosa e dispendiosa. Para visitar a Rússia, é necessário que seja emitido um convite (escrito em russo)

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Há quanto tempo preparam a expedição? Começámos em Janeiro de 2009. Sempre que tínhamos algum tempo livre, juntávamo-nos para planear. Desde Julho os encontros pas- saram a ser frequentes: semanais, por vezes, diários. Levam convosco algum tipo de amuleto, objecto de sorte? Não é nosso costume levar objectos de sorte. Tentamos fazer toda a viagem de forma calma, com cuidado e atenção. Isso sim, faz a diferença. ou t ub ro 20 09 vi são vi da & viag ens v&V 7

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Page 1: Diários de Viagem_Kremlin

Depois da ida aos Balcãs, em 2007, a Rússia é novo destino de João Vaz e Rodrigo Pereira. Partem do Porto, a 25 de Setembro e o regresso está previsto para 11 de Outubro

Acompanhe as

crónicas semanais

nos Diários

de Viagem, em

www.visao.pt/

diariosdeviagem

outubro 2009 visão vida & viagens v&V 7

Diários de Viagem

Kremlin, aqui vão elesPercorrer 11. 500 quilómetros de mota, atravessando 14 países, para ligar os dois extremos da Europa. Rodrigo Pereira e João Vaz dão corpo ao projecto Russian Horizons 2009, e contam-nos como se prepara uma aventura destas.

Pedro Miguel Santos

dirigido à pessoa que pretende lá entrar. E ainda o formulário constante na página da embaixada da Rússia, duas fotografias, seguro de saúde efectuado propositadamente para esse efeito e o passaporte. Só depois podemos solicitar o respectivo visto. Cerca de 15 dias e alguns euros depois, o visto é colado numa das páginas do nosso passaporte. Além do seguro de saúde, obrigatório para a obtenção do visto, seremos obrigados a fazer um seguro de viagem na fronteira russa, independente-mente de termos extensão territorial para a Rússia no nosso seguro base da moto. Durante a estadia na Rússia, somos obrigados a fazer o registo do passaporte nos hotéis onde ficarmos instalados, como forma de comprovar a nossa estadia nos locais indicados na altura do pedi-do de visto à embaixada. Que orçamento têm para esta viagem?A totalidade da viagem terá um custo aproxi-mado de 2000€, sendo que 850€ represen-tam o valor do combustível.

Levam convosco algum tipo de amuleto, objecto de sorte? Não é nosso costume levar objectos de sorte. Tentamos fazer toda a viagem de forma calma, com cuidado e atenção. Isso sim, faz a diferença.

Porquê a Rússia?Porque há muito tempo nos fascina. Pela cultura das gentes, pelo património edificado e beleza natural. Como esteve quase fechada ao turismo durante décadas, a Rússia criou em nós uma enorme curiosidade.

Qual o critério para a escolha das etapas e da rota?Queríamos ir e regressar por locais diferentes. Estabele-cemos a ida pelo Norte da Europa e o regresso pelo Sul. Escolhemos as cidades a visitar com base em conse-lhos de amigos. Mas também quisemos passar por estradas míticas do motociclismo, como os Dolomites (Itália) e a Grossglock-ner High Alpine Road (Áustria).

Como planearam o percurso?Baseámo-nos, no www.viamichelin.com. Deu-nos noção dos percursos e dos custos associados: portagens, combustível, tempo de condução, etc. Também teremos a ajuda das versões impressas dos mapas da Michelin.

Quais os objectos obrigatórios para uma viagem destas?

Habituámo-nos a levar o essencial, tudo muito bem organizado e compactado. Obrigato-riamente levamos: máquina fotográfica e de filmar, GPS e mapas, material de campismo (para as dormidas e refeições) e intercomu-nicadores moto-moto. Mas temos, também,

algumas ferramentas essenciais: fita americana; abraçadeiras plásticas;

sacos impermeáveis; elásticos, redes e cintas para acondicio-

nar as cargas; computador portátil; carregadores de equipamentos eléctricos; inversor de corrente e, claro, roupa, produtos de higiene e

alimentos.

Há quanto tempo preparam a expedição?

Começámos em Janeiro de 2009. Sempre que tínhamos algum tempo livre, juntávamo-nos para planear. Desde Julho os encontros pas-saram a ser frequentes: semanais, por vezes, diários.

Em termos burocráticos , qual a complexi-dade de planear uma aventura destas?A questão dos vistos é complexa, trabalhosa e dispendiosa. Para visitar a Rússia, é necessário que seja emitido um convite (escrito em russo)