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DICA 4.3 Programa ‘‘CAR - Módulo de Cadastro’’ ETAPA GEO Este material de apoio ao Cadastro Ambiental Rural (CAR) faz parte das ações de difusão de boas práticas agrícolas do Programa Agricultura Consciente da Nidera, e espera oferecer dicas úteis para facilitar e agilizar este importante processo eletrônico de cadastro de imóveis rurais no Brasil. Neste 5º material, você encontrará dicas para realizar a demarcação da área do imóvel e de seus componentes, como o tipo de cobertura do solo, Área de Preservação Permanente (APP) e Reserva Legal (RL), sobre a imagem de satélite do município em que ele está localizado. Realização Brasil | Abril de 2015

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DICA 4.3Programa ‘‘CAR -

Módulo de Cadastro’’ETAPA GEO

Este material de apoio ao Cadastro Ambiental Rural

(CAR) faz parte das ações de difusão de boas práticas

agrícolas do Programa Agricultura Consciente da

Nidera, e espera oferecer dicas úteis para facilitar e

agilizar este importante processo eletrônico de

cadastro de imóveis rurais no Brasil.

Neste 5º material, você encontrará dicas para realizar

a demarcação da área do imóvel e de seus

componentes, como o tipo de cobertura do solo,

Área de Preservação Permanente (APP) e Reserva

Legal (RL), sobre a imagem de satélite do município

em que ele está localizado.

Realização

Brasil | Abril de 2015

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2

INTRODUÇÃO ÀETAPA GEO

1

Na Figura 1, são ilustradas áreas de agricultura que podem ser facilmente

reconhecidas nas imagens de satélite, por apresentarem padrões com formas bem

definidas, como: talhões, pivôs centrais, cores variadas, textura lisa e linhas de

plantio.

A Figura 2 apresenta os tipos de REMANESCENTE DE VEGETAÇÃO

NATIVA com padrões arbóreos, arbustivos e campestres, que podem ser

identificados nas imagens por meio da coloração em tons de verde, e textura

rugosa; apresentando maior número de pontos de sombras em função da

diferença de tamanho da vegetação; bem como, pelas formas não regulares e sem

indícios de alteração por ações humanas.

Figura 2

Figura 1

Antes de entrarmos na ETAPA GEO, não se esqueça de fazer o download

da imagem do município onde está localizado o seu imóvel rural.

As dicas e informações apresentadas neste material são um complemento

à ETAPA GEO do Manual do Usuário do programa ‘‘CAR - Módulo de

cadastro’’ elaborado pelo Ministério do Meio Ambiente.

A sigla GEO vem da palavra GEORREFERENCIAMENTO, que significa a

demarcação da área do imóvel e de seus componentes, como o tipo de

cobertura do solo, Área de Preservação Permanente (APP) e Reserva

Legal (RL), sobre a imagem de satélite do município em que ele está

localizado.

Para realizar qualquer análise em imagens de satélite é necessário ter um

conhecimento mínimo sobre os padrões das feições de uma paisagem.

A seguir, são apresentados alguns dos padrões que deverão ser reconhecidos

na Etapa GEO, iniciando por OCUPAÇÃO ANTRÓPICA (Figura1), que

refere-se a toda ocupação humana realizada por meio de atividades como

agricultura, pecuária, construção civil e outras, que modificam a cobertura

natural do solo, fazendo com que a área seja considerada degradada (área

alterada em função de impacto da atividade humana, sem capacidade de

regeneração natural) ou alterada (com capacidade de regeneração natural).

PADRÕES DE FEIÇÕESDE UMA PAISAGEM

1.1

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3

Na Figura 4 são apresentados os tipos de CORPOS D´ÁGUA, tais como:

rios, lagos, lagoas, águas costeiras, canais artificiais, reservatórios, dentre outros.

Estas feições podem ser reconhecidas na paisagem por conterem coloração em

tons de azul e preto e formas variadas no caso de formações naturais, e formas

bem definidas no caso de formações artificiais.

(A) reservatório para abastecimento/geração de energia, (B) APP de curso d´água, (C) lago natural,

(D) corpo d´água litorâneo, (E) curso d´água com largura menor que 10 m e (F) curso d´água com

largura maior que 100 m.

Já a Figura 3 apresenta fragmentos de

REMANESCENTE DE VEGETAÇÃO

NATIVA ao lado de áreas de OCUPAÇÃO

ANTRÓPICA.

Figura 3

Figura 4

COORDENADASGEOGRÁFICAS

1.2

Para demarcar ou localizar qualquer tipo de informação em um mapa ou imagem

de satélite, criou-se os Sistemas de Coordenadas Geográficas que são formados

por linhas imaginárias que permitem atribuir a cada ponto da superfície terrestre

um par de coordenadas geográficas, que indicam a latitude (Norte-Sul) e longitude

(Leste-Oeste) do ponto (Figura 5), e medidas em graus considerando o hemisfério

que se encontram (Figura 6).

Figura 5

Figura 6Lon: 47º55'24 W Lat: 15º48'09 S

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DEMARCANDO A ÁREADE SEU IMÓVEL

2

4

Na ETAPA GEO do programa ‘‘CAR - Módulo de cadastro’’, existem 3

opções para demarcar a área de seu imóvel.

Para iniciar a demarcação, clique no passo para georreferenciamento ÁREA

DO IMÓVEL.

Opção 1: Desenhar polígono

LEMBRETE: Passos para georreferenciamento do imóvel estão descritos napágina 79 do Manual do Usuário

2.1.1. Localize o seu imóvel, por meio das ferramentas ‘‘inserir coordenada

de referência’’. Outra opção é ‘‘pesquisar por município’’ e em seguida,

localizar visualmente na imagem de satélite e/ou com o auxílio das

coordenadas geográficas do programa.

2.1.2. Selecione a ferramenta ‘‘desenhar polígono’’, e sobre a área de seu

imóvel, inicie a demarcação sempre com 1 clique do botão esquerdo do

mouse e crie os chamados ‘‘nós’’ ou ‘‘vértices’’ do seu polígono.

Dicas:

Para traçados arredondados do polígono, crie um número maior de nós.

Continue com a demarcação, mesmo que tenha criado um ou alguns nós

fora do traçado real de seu imóvel.

Caso tenha efetuado o clique duplo do mouse, antes de finalizar o traçado

do polígono, o programa incluirá o nó final e o fechará automaticamente.

Se estiver no início da criação do polígono, sugere-se ‘‘remover’’o objeto

e recomeçar.

2.1.3. Com clique duplo do botão esquerdo do mouse, finalize a demarcação

e feche o polígono. Caso precise excluir algum nó ou corrigir algum traçado,

perceba que os nós possuem 2 tonalidades diferentes de branco.

Um clique sobre o nó branco transparente, gera a sua duplicação. Já um

clique sobre o nó branco normal, gera a sua exclusão.

Para CORRIGIR algum traçado, clique e segure o nó com o

botão esquerdo do mouse e desloque-o até o local correto.

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Opção 2: Inserir vértices de polígono manualmente

2.2.1. Utilize esta opção, caso você possua os dados de longitude e latitude

de todos os vértices do polígono de seu imóvel rural.

2.2.2. Clique aqui para continuar a inserir cada ponto individualmente.

2.2.3. Clique aqui, caso possua os dados salvos em seu computador em

uma planilha do Excel (formato .xls ou .xlsx), conforme exemplo abaixo.

Opção 3: Importar um arquivo shapefile, kml ou gpx

2.3.1. Utilize esta opção, caso você possua algum mapa com os polígono de

seu imóvel, que tenha sido produzido e salvo nos formatos shapefile, .kml ou

.gpx.

Dicas:

Ao utilizar um arquivo shapefile, você deverá compactar os formatos .shp,

.shx, .dbf e .prj, associados à feição que será representada, em um arquivo

ZIP.

Para representar cada feição a ser inserida no cadastro deve ser produzido

um arquivo ZIP individual. Por exemplo, é preciso um arquivo associado

para o perímetro do imóvel, um para remanescente de vegetação nativa,

outro para área consolidada, e assim por diante.

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COBERTURA DO SOLO

3

6

No passo COBERTURA DO SOLO, você poderá inserir as feições ÁREA

CONSOLIDADA, REMANESCENTE DE VEGETAÇÃO NATIVA e

ÁREA DE POUSIO.

LEMBRETE: Ao finalizar a demarcação da ÁREA DO IMÓVEL, verifique coma ferramenta ‘‘Quadro de áreas’’, se os dados estão de acordo com a realidade.

IMPORTANTE:

Essa informação é importante, pois o cálculo da área da Reserva Legal do imóvel é realizado sobre a área líquida e não sobre a área total.

ÁREA LÍQUIDA DO IMÓVEL = área total - área de servidão administrativa

3.1. ÁREA CONSOLIDADA

É a área de imóvel rural com OCUPAÇÃO ANTRÓPICA (definição na página

2) , como edificações, benfeitorias ou

atividades agrossilvipastoris, admitida, neste último caso, a adoção do regime

de pousio.

Caso sua área necessite de alguma regularização em áreas de uso restrito,

Reserva Legal ou Áreas de Preservação Permanente (APP), a delimitação desta

área pode ser muito importante.

preexistente a 22 de julho de 2008

3.2. REMANESCENTE DE VEGETAÇÃO NATIVA

Complementando a descrição desta feição (página 2), esta é uma área com

vegetação nativa em estágio primário (efeitos mínimos ou ausentes de

ações antrópicas) ou secundário avançado de regeneração (vegetação

recuperada com os processos naturais de sucessão, após supressão total ou

parcial da vegetação primária, por ações antrópicas ou causas naturais).

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LEMBRETE: Quando conservada essa vegetação nativa apresenta uma série utilidades, como: amortecimento de impacto da chuva, diminuindo a erosão do solo e o assoreamento de rios e reservatórios; melhoria da qualidade e quantidade da água de rios e reservatórios; melhoria da umidade e da qualidade do ar; possibilidade de extração de produtos florestais não madeireiros; possibilidade de manejo florestal para extração de madeira; estoque de carbono, que contribui para a diminuição do efeito estufa; manutenção de estoque genético de plantas nativas; conservação da biodiversidade e como benefício, a diminuição dos ataques de pragas.

3.3. ÁREA DE POUSIO

Refere-se à área onde ocorre a interrupção temporária de atividades ou usos agrícolas, pecuários ou silviculturais, por no máximo 5 (cinco) anos, para possibilitar a recuperação da capacidade de uso ou da estrutura física do solo.

3.4. DEMARCANDO AS FEIÇÕES

Dicas para a ‘‘Opção 1: Desenhar polígono’’

Utilize a ferramenta ‘‘clonar objetos de outra categoria’’ para copiar o

polígono de outra feição.

Por exemplo, após demarcar a ÁREA DO IMÓVEL, você poderá

clonar este polígono e utilizar parte dele para criar o novo polígono da

ÁREA CONSOLIDADA de seu imóvel.

Desta forma, você evita erros na demarcação da nova feição que possui

sobreposição exata sobre outras.

RELEMBRANDO: um clique sobre o nó branco transparente, gera a sua

duplicação. Já um clique sobre o nó branco normal, gera a sua exclusão.

Para demarcar cada uma das feições, selecione a feição desejada e utilize uma das 3 opções de demarcação de área apresentadas nas páginas 4 e 5.

Para CORRIGIR algum traçado, clique e segure o nó com o

botão esquerdo do mouse e desloque-o até o local correto.

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É uma área de utilidade pública declarada pelo Poder Público, na qual se

restringe o uso de partes do imóvel rural visando atender uma necessidade

coletiva da sociedade.

No passo SERVIDÃO ADMINISTRATIVA, você poderá inserir as

feições INFRAESTRUTURA PÚBLICA, UTILIDADE PÚBLICA e

RESERVATÓRIO PARA ABASTECIMENTO OU GERAÇÃO DE

ENERGIA.

SERVIDÃOADMINISTRATIVA

4

4.1. INFRAESTRUTURA PÚBLICA

INFRAESTRUTURA PÚBLICA refere-se ao conjunto de instalações,

equipamentos ou serviços pertencentes ao governo em benefício da sociedade.

Os principais exemplos são obras nos setores de transporte, telecomunicações,

saneamento e energia.

Dicas para o ‘‘Quadro de áreas’’

Sempre que finalizar a demarcação de uma feição, verifique com a

ferramenta ‘‘Quadro de áreas’’, se os dados estão de acordo com a

realidade.

Para facilitar a visualização dos polígonos das feições de seu imóvel, em

alguns momentos, pode ser interessante habilitar ou desabilitar alguma

feição específica no mapa, ou tornar a cor de preenchimento dos polígonos

transparente.

LEMBRETE: A cobertura do solo que não for classificada nas 3 feições mencionadas, será considerada como ÁREA ANTRÓPICA NÃO CONSOLIDADA.

LEMBRETE: Ao finalizar a demarcação da COBERTURA DO SOLO, verifique com a ferramenta ‘‘Quadro de áreas’’, se os dados estão de acordo com a realidade.

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Dicas para demarcação das feições

Essas feições podem ser demarcadas pela ferramenta “Desenhar linhas”,

como no caso de estradas, ou por “Desenhar polígono”, como em

praças públicas.

Ao utilizar “Desenhar linhas”, você será questionado sobre a largura da

feição, devendo informá-la para que seja gerada automaticamente.

9

5.1. ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE (APP) é definida

como área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a função

ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade

geológica, a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora,

proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas.

As demarcações da APP podem ser agrupadas em relação ao seu caráter de

proteção de RECURSOS HÍDRICOS, do RELEVO ou da LOCALIZAÇÃO.

ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE/USO RESTRITO

5

4.2. UTILIDADE PÚBLICA

São caracterizadas como áreas que possuem:

atividades de segurança nacional e proteção sanitária;

obras de infraestrutura destinadas às concessões e aos serviços públicos de

transporte, sistema viário, saneamento, gestão de resíduos, energia,

telecomunicações, radiodifusão, instalações necessárias à realização de

competições esportivas estaduais, nacionais ou internacionais, bem como

mineração, exceto, neste último caso, a extração de areia, argila, saibro e

cascalho;

atividades e obras de defesa civil;

atividades que comprovadamente proporcionem melhorias na proteção de

funções ambientais.

a)

b)

c)

d)

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5.1.1. APP - RECURSOS HÍDRICOS

5.1.1.1. CURSOS D'ÁGUA - São as faixas nas margens de qualquer curso

d'água natural, desde a borda da calha do leito regular, que devem ser

protegidas com vegetação nativa conforme as largura mínimas apresentadas

na tabela abaixo.

Largura do curso d'água Largura mínima de APP

< 10 metros 30 metros

>10 e < 50 metros 50 metros

>50 e < 200 metros 100 metros

>200 e < 600 metros 200 metros

>600 metros 500 metros

Dicas para demarcação de CURSOS D'ÁGUA

Nesta feição, você deverá demarcar o próprio o curso d'água, e então

posteriormente, a APP será gerada automaticamente.

Ao demarcar um curso d'água, você deverá atentar-se para a largura do

mesmo, uma vez que cursos d'água de até 10 metros de largura serão

representados pela ferramenta ‘‘Desenhar linhas’’, enquanto os demais

por ‘‘Desenhar polígono’’.

Ao finalizar a linha ou polígono, você poderá visualizar ao redor de seu

curso d'água faixas nas cores verde, vermelho, amarelo e laranja (Figura 7).

A faixa verde representará a largura mínima da APP que está coberta por

REMANESCENTE DE VEGETAÇÃO NATIVA.

A faixa vermelha representará a largura mínima da APP que necessita de

regularização e ser coberta por vegetação nativa.

Já as faixas amarela e laranja poderão ser visualizadas em imóveis que

possuam ÁREA CONSOLIDADA.

5.1.1.2. LAGO OU LAGOA NATURAL - São as faixas no entorno de

lagos ou lagoas que devem ser protegidas com vegetação nativa com

largura mínima de 100 (cem) metros, em zonas rurais.

Porém, lagos ou lagoas com até 20 (vinte) hectares de superfície possuem a

largura mínima da APP de 50 (cinquenta) metros; e com superfície até 1 (um)

hectare, fica dispensada da faixa de APP, sendo que, o proprietário ou possuidor,

não poderá suprimir qualquer remanescente de vegetação nativa no seu

imóvel para uso alternativo do solo.

A faixa amarela representará a largura mínima da APP. Já a faixa laranja,

representará a largura mínima que necessita de regularização e ser coberta

por vegetação nativa, mas que possui limites diferenciados por estar em

uma ÁREA CONSOLIDADA.

Figura 7

Dica para demarcação de LAGO OU LAGOA NATURAL

Nesta feição, você deverá demarcar o próprio o curso d'água com a

ferramenta ‘‘Desenhar polígono’’, e então posteriormente, a APP será

gerada automaticamente.

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5.1.1.3. ENTORNO DE RESERVATÓRIO D'ÁGUAS ARTIFICIAIS,

DECORRENTES DE BARRAMENTO OU REPRESAMENTO DE CURSOS

D'ÁGUA NATURAIS - São as faixas no entorno de reservatórios d'água

artificiais, decorrentes de barramento ou represamento de cursos d'água naturais

que devem ser protegidas com vegetação nativa com largura mínima

definida na licença ambiental do empreendimento.

5.1.1.4. NASCENTE OU OLHO D’ÁGUA PERENE - São as faixas no

entorno de nascentes e dos olhos d'água perenes, qualquer que seja sua

situação topográfica, que devem ser protegidas com vegetação nativa com

raio mínimo de 50 (cinquenta) metros.

Dica para demarcação

Dica para demarcação

Nesta feição, você deverá demarcar o próprio o curso d'água com a

ferramenta ‘‘Desenhar polígono’’, e informar a largura da APP para que

ela seja gerada automaticamente.

São a RESTINGA (vegetação fixadora de dunas ou estabilizadora de

mangues) e os MANGUEZAIS que devem ser integralmente protegidos

com vegetação nativa em toda a sua extensão

5.1.1.5. VEREDAS - As faixas no entorno de veredas (vegetação com

fisionomia de savana), em projeção horizontal, que devem ser protegidas com

vegetação nativa, possuem largura mínima de 50 (cinquenta) metros, a partir

do espaço permanentemente brejoso e encharcado.

5.1.3.1. ÁREA DE DECLIVE MAIOR QUE 45 GRAUS - As encostas ou

partes destas com declividade superior a 45° devem ser protegidas com

vegetação nativa em toda a sua extensão.

5.1.3.2. BORDAS DE TABULEIROS OU CHAPADAS - As bordas dos

tabuleiros ou chapadas, até a linha de ruptura do relevo, devem ser protegidas

com vegetação nativa em faixa nunca inferior a 100 (cem) metros em

projeções horizontais.

5.1.3.3. TOPO DE MORROS, MONTES, MONTANHAS E SERRAS

No topo de morros, montes, montanhas e serras, com altura mínima de 100

(cem) metros e inclinação média maior que 25°, as áreas delimitadas a partir da

curva de nível correspondente a 2/3 (dois terços) da altura mínima da elevação

em relação à base, devem ser protegidas com vegetação nativa em toda

sua extensão.

5.1.2. APP - LOCALIZAÇÃO

5.1.3. APP - RELEVO

Nesta feição, você deverá demarcar as nascentes com a ferramenta

‘‘Desenhar um ponto’’, e automaticamente a APP de 50 metros será

gerada.

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Bioma e a região Percentual de RL no imóvel

Floresta na Amazônia Legal 80%

Cerrado na Amazônia Legal 35%

Campos na Amazônia Legal 20%

Qualquer bioma nas demais 20%regiões do país

12

5.1.3.4. ÁREA COM ALTITUDE SUPERIOR A 1.800 M - As áreas em

altitude superior a 1.800 (mil e oitocentos) metros, qualquer que seja a

vegetação, devem ser protegidas em toda sua extensão.

5.2.1. DECLIVIDADE DE 25 A 45 GRAUS - Serão permitidos o manejo

florestal sustentável e o exercício de atividades agrossilvipastoris, bem como a

manutenção da infraestrutura física associada ao desenvolvimento das atividades,

observadas boas práticas agronômicas, sendo vedada a conversão de novas

áreas, excetuadas as hipóteses de utilidade pública e interesse social.

5.2.2. REGIÕES PANTANEIRAS - É permitida a exploração ecologicamente

sustentável, devendo-se considerar as recomendações técnicas dos órgãos

oficiais de pesquisa. As novas supressões de vegetação nativa para usos

alternativos do solo estão condicionadas à autorização do órgão estadual de

meio ambiente.

5.2. ÁREA DE USO RESTRITO

É a área do imóvel rural que, coberta por vegetação natural, pode ser

explorada com o manejo florestal sustentável, nos limites estabelecidos

em lei para o bioma em que está a propriedade. Além de contribuir com

a conservação e a reabilitação dos processos ecológicos e promover a

conservação da biodiversidade, bem como o abrigo e a proteção de fauna

silvestre e da flora nativa.

RESERVALEGAL

6

Atualmente, o percentual da propriedade de RESERVA LEGAL varia de acordo com o bioma e a região em questão, sendo:

Figura 8 - Limiteda Amazônia Legale os biomas brasileiros

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6.1. RESERVA LEGAL PROPOSTA - Imóvel rural que não possui

remanescente de vegetação nativa destinado para RESERVA LEGAL e que,

após o preenchimento da ETAPA GEO, propõe o estabelecimento de área

para ser destinada como de proteção ambiental.

6.2. RESERVA LEGAL APROVADA E AVERBADA - Imóvel rural que

possui remanescente de vegetação nativa destinado para RESERVA LEGAL,

com anuência por parte do órgão ambiental competente e registrado em

documento de registro.

6.3. RESERVA LEGAL APROVADA E NÃO AVERBADA - imóvel

rural que possui remanescente de vegetação nativa destinado para RESERVA

LEGAL, com anuência por parte do órgão ambiental competente, porém

sem registro em documento de propriedade ou posse.

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Ministério do Meio Ambiente - MMA. Cadastro - versão 1.0. Disponível em: http://car.gov.br/public/Manual.pdfAcesso em: 02 abr 2015

Ministério do Meio Ambiente - MMA. CAR - Módulo de Cadastro. Disponível em: http://car.gov.br/#/baixar Acesso em: 02 abr 2015

FILHO, L. O. M. [et al.]. Curso de capacitação para o Cadastro Ambiental Rural (CapCAR): noções de geotecnologias. Lavras: UFLA, 2014. 32 p.

OLIVEIRA, A. L. de [et al.]. Curso de capacitação para o Cadastro Ambiental Rural (CapCAR): Etapa Geo. Lavras: UFLA, 2014. 106 p.

Manual do usuário: CAR - Módulo de

Acesse o nosso 6º material, que aborda dicas einformações sobre a ETAPA INFORMAÇÕES.