Didática e Docência - Aprendendo a Profissão - Introdução

Embed Size (px)

Citation preview

  • 8/20/2019 Didática e Docência - Aprendendo a Profissão - Introdução

    1/10

  • 8/20/2019 Didática e Docência - Aprendendo a Profissão - Introdução

    2/10

    Didática? Didáticas? Qual

    ~ 6 i l . ~ I  

    v..l

    LJnla conversa sobre nossa teórica

    Nüo

    é no

    s êncío

    que os hOlnens se

    no

    trabalho

    t

    na ivlns

    é ptivilégio

    de

    alguns homens

    (. j.

    Prccisan1cntc por isto

    ningutn1 pode dizer a verdadeira C - l 1 1oi I r \,

    Ia   r

    os o u t r o s ~ nUln

    ato

    de prescrição com

    o

    palavra aos demais FRF.1Rb

    Este livro foi produ::ido tendo

    como

    fessorcs en

    f r açc

    nos cursos de

    ou aquê lcs C:Ol11 experiência no

    exercício

    qtL

    E e r J I l Ç l i ~ l n _ o f a z c t

    docente ·na· Educ lÇil.o.Básicn

    ~ Q L ~ 1 t J . l ~ r ~ ~ 1

    o foco sob o qual a Didática

    , p i º p . i c i ~ r . ·   ~ . b s i ( l i · ; · ~ · . t ~ ~ ~ ; i

    pela

    artículação

    seus

    e

    modos de realização.

     

    . . . .

    I ••   . . . . . . .1 to . .. . . I .

    O ensino,

    por

    c:\l?rcssar lUnrl   4 , . . - ~ .

    l  

    ·

    palavra ação

    l

    palavra--prospectiva

     

    forme nos adverte

    Paulo

    Freire na Clo t \l,I Y \ ; lTr.>

  • 8/20/2019 Didática e Docência - Aprendendo a Profissão - Introdução

    3/10

    Freitas LM,S: Sales

    J Q C

    B: Braga M.fvtS.C e

    França

    M S L ~

    Saber o que fazer e corno fazer

    tCln

    seu sentido vinculado ao para

    que. fazer.

    Este conhecu11ento,que caracteriza a D i d ü t i c a ~

    é

    funda

     

    mental ao exercícioda docêncÍa. Por

    este

    motivo, a escolha elas te  

    rnáticas qUê integran1 este estudo ~ e [ l p r c s ~ n t o u

    corno

    uma tarefa

    delicada

    e

    exigente do

    ponto

    de vista

    politíco c curricular. Ela

    se

    .

    apoiou

    no

    iJlvcntáno

    das pautas

    recorrentes

    ou au.sentes das

    pu

     

    blicações en1 circulação sobre \) assunto,

    bem

    cOnlt) na intençãode

    assegurar conhecinlcntos pedagógicos básicos que fortalecessem

    o trabalho docente numa abordagclTI critica c contcxtualizada.

    Esta

    perspectiva

    se apoia

    na ideia

    de que

    o

    fazer docente

    ê un1a atividade

    que

    e. dge

    rumo

    e partilha. Para ilustrar esta

    a s s e r ç ã o ~ recorreremos

    àhistória

    dos

    três operários

    e n v o l \ ~ d o s

    na

    edificação

    da

    catedral

    de

    Colônia,

    conforlne relatada por

    Leandro

    Rossa (1999). ·'Aos três foi perguntado: O que você

    está

    fazendo? O

    primeiro

    respondeu: Estou colocando lln la

    pe,

    eIra

    sobre as outras. O segundo: Estou levantando

    un1a

    parcde.

    O terceÍro: Estou

    construindo uma catedral

    (p. 65). Este

    fato

    ~ e s t a c a a necessidade de ruptura com visôes fragmentadas e

    Isoladas do trabalho

    e de

    assunção do papel

    ele

    sujeito em seu

    desenvolvimento.

    No

    caso da docência, esta é uma exigência

    fun.damental,

    pois o

    professor

    não

    nasce

    feito:

    ele

    está

    sempre

    se fazendo. Ele se constituí, se produz, por n l ~ i o das relacões

    que estabelece com o nlundo físico e social, isto é sua í d ~ n t j

    dade profissional se

    articula

    a

    Uln dado

    espaço

     

    ternpo vívido.

    O texto não se

    propõe ensinar

    como ser um bom profes-

    sor, nem pretende dizer a últin1a palavra sobre os

    assuntos

    selecionados.

    Privilegia

    aspectos

    conceituais tanto de

    temas

    ~ l á s s i c o ~ quanto emergentes

    no

    campo da Dic fltica, agregando

    a reflexao

    resultados

    de pesquisas,

    experiências

    de

    ensino.

    As

    10

    Didática e

    O o c ê n c i a ~

    aprendencJo a profissão

    autoras, professoras de Didática, optaram por

    e.1aborar

    um livro

    que proporcionasse ao professor referenciais l ,a ra a compreen

    são do seu fazer como uma prática

    situada

    e

      ~ t : i c a

    cujas

    decisocs

    traduzeln Ull1a intencionalidade. Este encanlülhanlcntoentende

    que

    o

    professor delibera apoiado

    nas

    t:eorias

    e experiências

    que

    tecem seu

    comprom.isso

    com

    sua

    f.unção social, posiçào forjada

    mediante a concepção que cle tem das relações entre escola,

    sociedade e conhecimento.

      estrutura

    do l.ívro está organizadn en1 duas

    partes Os três

    primeiros

    capítulos

    trazem

    subsídios que

    visam a compreen:s;io

    do fazer docente: conlO unta atividade

    s i l 1 1 a d a ~

    nào neutra e clis'

    rante do

    hnproviso. Os gemais capitulOs integram a Parte II e

    destacam

    os

    aspectos

    da

    organizaçào

    do

    processo

    didático.

    A

    caract:erização

    de cada

    Ull1

    desses

    segnlentos pode

    ser

    acon1

    panhada

    a seguir.

    a

    Capitulo 1

    discute

    os fundamentos da

    Didática

    Ine  

    diante

    a caracterização

    das

    teorias educacionais e de

    suas

    Ín l  

    plicações nas diferentes tendências pedagógicas. O Capítulo 2

    tece considerações sobre a Hprofissíonalidade

    docente con10

    produto da história de

    vích, rOl mação

    e prática do professor

    elen1entos

    constituintes de sua

    identidade.

    Esta

    reflexão

    sen e

    de esteio

    à

    discussão sobre os saberes necessários ao seu tra

     

    balho. O Capínllo 3 introduz o debate em torno do desafio de

    constituiçào de um projeto

    ético

     

    profissional

    para

    a

    docência

    Ao

    mesmo

    rClnpo en1

    que

    põe em

    questâo os significados e

    Íln  

    plicações da ausência ou da necessidade de constill.liçàO de um

    código

    de

    ética para a

    profissão

    ressalta o ensino

    como

    atividade

    interativa

    cujas

    dimensões

    interpcssoal

    intrapronssíonal

    reda-

      am

    posicionan1cnros éticos.

    11

  • 8/20/2019 Didática e Docência - Aprendendo a Profissão - Introdução

    4/10

    Freitas

    LrvLS:

    Saies J O C B; Braga

    tv1.M.SC 0;

    França M Sl} ;Í

    Dtdàtíca e Oocência:

    a O l t ~ n a e r l U ( )

    a í H \ . I U ~ : : : : · c . \ , J

    L ) l l t r o s ~ lnCSlllO antes

    da

    ou

    discipUn i-\J 5t prcocuparanl cnl

    condução do ato educativo.

    Est;lmos

    falando

    século X\f1I

    1

    em

    e s p e c i a l ~

    oeducador

    llÍO (1592 d

    1670), consíderadoo pai

    princípios

    de.

    uma

    educaçãO tom

  • 8/20/2019 Didática e Docência - Aprendendo a Profissão - Introdução

    5/10

    Freiras, f.(-A.S Sales J

    O C

    B.

    . ; Braga, rvl.fvf.S,C e França. tv1.S.L.M

    ,

    r-?C um

    método

    de ensino fundamemado

    em c •

      lados pelo mestre: o da re _ U1CO passos regu-

      I

     < ISS

    jJ

    .. .   p paraçao; apresentação; compamcào

    :.--

    lEstln

  • 8/20/2019 Didática e Docência - Aprendendo a Profissão - Introdução

    6/10

    Freitas.

     

    ~ · A , S ; Sales.

    J,O.C.8:

    Braga, tvt.IVt s e e França.

    M . S . L ~ A

    uma

    En1 nossa

    l)ráti ' :.;;l na

    licenciaturas,

    ín.iciamus

    procurando

    _

    , , ~ _

     

    ,

      .. r

    cX1?ectari

    v

    as dos atunos em ;lO

    volvído, ínterrogando--os

    Para qlle

    Didática

    nos curso;;

    de

    respostas são quase u n ã n . i n ) e s ~

    • Didática é

    un1a

    disciplina

    Esperamos

    aprender

    il

    ser bons

    didátlca.

    Por unla Didática critica c L \ } l í l \ . \ . , . , ; \ , \ . . \ . H 1 . I . I \ . _ ~ ~

    lnntl1entO de

    superação

    de

    dídãtiCU

    111strtH11cntal

    e a

    a n t l d i d á t í C c l ) ~   I 

    i· .

    __

    .

    da CUr'llatura \ ara

    1

    enuncíada Lênin

    O

    que, porém, caracteriza a

    Didática

    das duas

    abordagens

    anteriores?

     

    ·

     

    ...

     

    ,_

    é

    fundanlcntal no ato

    e d u c a t i v o ~ ou seja,

    o

     

      . . . . } i ~ Y i l ~ , . r · n

    pedagógica como prática social; percepção

     

    [  , l>1I \C \

    .'lalidadc do processo de ensina e

    suas dimensões

    hU'mana,

    técníca

    e do C01110

    fazer ao p ~ 1 r J

    que

    téClúca

    aserviço

    do con1prornísso

    l

    ....

     i P  

    mocrátíca t:   c o n s ~ t U C n r C I 1 1 e n t e

    ~ l n a n c i p a ç ã n

    hUlnana.

    Ern

    surna: urna

    c ljrática)

    escola

    c sociedadct L

    ~ t , ,

    ensino e pescfuísa; uma didática que  

    . . . . . . . C O ~ - i : >

    ~ u j e i t o s que apre.ndenl urna

    medida e.n1 que aprendern e n ~ ; l n ~ l n \ O

    Dichl.tica com a Sociologia c a Filosofia da e d u c a ç ; i o ~ farn considc  

    rado,

    poruns

    como

    o tempo

    clt

    uma

    identidade perdida

    e, porou'

    tros, como

    UJ11

    litual de

    passagc.nl

    ncccssãrío

    ü ttrccira possi.biH··

    dadc

    teórica da

    D í d ~ í t i c a :

    aDidática c r i t j c n ~  o nl01nentoda

    síntese

    ou

    da

    negação

    da

    negação

    (CANDAI.;,

    1983).

    O

    que fazer, porénl,

    d c p o i ~ da denúncia c da

    contestação

    do caráter aHenador de

    nossa

    prfu:ica p c d a g ó g i c ~ ? l\

    l 1iJ.itância

    dos trabalhadores da educação conrinuária

    d i s l : ~ n t : c

    do

    espaço

    escolar ou

    haveria

    chances de

    uma

    a r u ~ l ç t t } revolucionária no

    ínr:erior

    dos aparelhos ideológicos

    do

    Estaclo? :\;[uitos respon

    deram que

    sim,

    apostando nas

    contradições

    presentes en todos

    \)s espaços sociais e

    na

    capacidade de resist\:nc.Ía

    al

    processos

    de

    donlinaçiio,

    por

    parte

    daqueles

    que

    alímcntthn

    suas

    prüticas

    cotidianas

    con1

    a utopia

    de Uln Inundo

    sociahnentc justo.

    O cenário nacíonal

    não

    podia ser

    mais

    propicio a esta

    rcspnsta. Os anos 1980, marcados pelo processo da '''redcmo

     

    cratizaç,lo brasiJeira favoreceranl a crença

    na

    capacidade de

    promover Inudanças. PrOVtl dísto foraln

    os

    inúrneros encon

     

    (tos, conferências e rnovín entos licleracios pela sociedade cio'

    \iL novamente organizada, levantando bandeiras

    em

    defesa

    de

    experiências institucionais

    n1.aís

    democráticas. No calnpo

    edu

    cacional, VivütD10S o fértil 1110I11ento da concepção critíco

     

    dia  

    lética

    1

    apontando as possibilidades reais de a educação escolar

    unir  scaoutras

    estrarégias de

    transfomlaçào social. Estávamos

    diante da propagação das

    tendências

    pedagógicas progressis  

    tas,

    enl especial. da Pedagogía H,istõrico,critic:a') também co

     

    nhecida

    como

    \ioCrírica

    Social

    dos

    Conteúdos

     

    (LUt\Né.:t\ 1986).

    .1\

    Didáticacrilica surge, pai

    s,

    cornoo terceiro

    elo

    eta triadedo

    penst.unento dialético: tese, antítese e síntese.

    Instituíu'#sc

    COlno

    o

      6

      7

  • 8/20/2019 Didática e Docência - Aprendendo a Profissão - Introdução

    7/10

    Freitas

    { t- tS:

    Sales

    J.O.C.8:

    8raga. M.M

    s e

    e Franca

    ~ k S M

    • Aprendere.nl0S

    novas técnicas

    para tornar

    nossas aulas rnais

    mnâlnicas e interessantes.

    • Não

    p ~ d c ~ o s

    dizer

    que u relação

    estu.belecida

    peLos

    alu

    e ~ : r e

    D l d ã t l C ~

    e ensino

    esteja

    errada. Eles acerram qtlimelo

    l ~ e n t i f i c a m

    o

    enSll1

    como objeto de estudo da Didática, toda

    \-la o

    reduzern à transmissão

    de

    Llln

    Upacote}t

    de

    procedimenros

    metod 1 d 1 1

    o

    O g l ~ 0 5 ,

    es ocac os

    de

    um tempo,

    de

    um

    c S l x ~ ç o

    dos

    fIns educacIonaís c dos projetos

    de

    hon cn c

    de

    socícdade

    menrados

    nlesmo

    que de lnodo

    inconsciente

    pelos que assu

    n1elU

    a condução do processo educativo.

    Esqucccln

      talnbé111

    da impossibilidade

    de alguém transforma.r oUtros em

    bt)ns

    p r o ~

    f ~ s s o r ~ s e que a adjetivaçào

     o professor   sempre rdal:iv;l.

    c

    hisroncamentc

    sintada.

    ,

    De

    f ~ t o a Didática tomo área de estudo da Pedagogia tem

    como ob]ct,o nudear o ensino em

    situação

      P I ~ f E N T A , 2001),

    compreendldo

    como prática educativa intencional

    estl1.1tUra. .

    ela

    e dirigida a outros, Trata-se de

    um c o n h e c i m e ~ t o

    pedagó

    giC?

    fundamental à ação do professor e que e.xtrapola o caráter

    aplicado.

    estudo .abrange

    a problcmatização, o entendi

    lnento e a slstclnat izaçâo de questões relacionadas

    ã

    docência

    atti:ulando

    objetivos,

    conteúdos,

    mctodologias e avaliação

    ~ n . s m o à

    reflexão sobre

    a iclent:idade profissional. a dimensão

    ~ t 1 C ~ trabalho do professor,

    os

    c o n h e d m ~ n t o s

    necessãrios

    a

    ~ r a t : c a

    e d u c ~ t í v a . e n ~ r e outra,,, p. lUtas. Dizemos, pois, que a

    DIdátic.a

    é

    teana e prática do ensino,

    conjugando

    fins e meios

    propósItos e ações, objetívos,

    conteúdo

    e forma.  

    . As percepções dos alunos mencion,ldas no início dessa

    d l S c t ~ s S ã o realçam apenas o aspecto ínstrumental, técnico e

    acntlco

    da

    Didáxica.

    Nossa

    perspectiva

    neste

    livro

    é

    de

    n e g a ~

     8

    Didátíca e Docência:

    aprendon }o

    a p T o H ~ ã o

    ção dessa abordagem c de

    af.irmaçi\O

    d,t Didática Crítica, pois

    entendemos o

    faze.r

    didático como

     atitude

    t:córica e prática

    PIMENTA

    2000, p 57).

    como

    processo,

    movimento e trajetó

    ria. Um,\ elaboraçâo indivídual e coletiva ocorrente nos cursos

    formativos,

    mas

    também no  chão da escola , contracenando

    com alunos e

    professores

    nas condições históricas em

    que

    es-

    tão mergulhados. .

    Esta abordagem apoia·se no reconhe.cimenr::o dos profe

  • 8/20/2019 Didática e Docência - Aprendendo a Profissão - Introdução

    8/10

    gunda

    t

    de

    caráter

    ernancipatólio,

    e superar

    0.

    lTIccanismos de

    clOlI11Ulaçao

     

    .

     

    InecUantc

    cónsc:icntizaç.f\O ser hum,lno .• \

    c\1tcnclirnento ClUC a ucaç{lO. corno

    i

    ·  d

     

    cied'ldc ,k1 que

    tre o

    inc

    lV1 1.10

    a so

     

    ,

      \

     

    l1r\ :lrH:Jo

    para a

    vida . s o c i a r ~

    pode vir a ser .

    ' . _ ~ _ , , , . . . . . . . . . . . , , t f : - \ P

      (T 1:\r:T

    '1005

    1) )18). Eclucar

    ed)OlS,

    paçao li I

     

    -

    } de

    -- ..

    ~ . ~ I . l

    do hornen\ con10 un1 ser l\Té.\

    bens

    culrurais

    sociedade.

    hurnanização do

    h01 nc:n1

    da

    educação, prática

    social --- ~ , - ' ' ' ' ' ' ' ' < ' ' ' ' ' '

    jeitOS

    que a c o n c r e t i z ~ l : n A

    rd1exão : ; . : . . . i l : : ; t ~ . ~ 1 ~ 1 r . 1 C ~ : l 1 •__ J  

    v ,..

    e

    da

    totalidade

    da

    prat1ca t;

    da

    Educação,

    cujo dorninío

    se

    t:ncontra

    na

    fenôu1en,o

    educacionaL tanto

    no

    prática. Aedllcação

    c o ~ s t i t u i >

    vestlgaçào da

    P c d a g o g H t ~

    cOlupreendê--la, visando a sua . _ - - ~ c . < ~ ' ~ . n \ ' : 1 _ r _ ; · : _ ~ : ' ' ' ' ' A ' ' ' M r 1 A

     

    ~ ~ r '

    sua vez  

    tCtl1.

    fundan1e.nto

    na

    disciplina pedagógica que

    cessO de enSll10

    (LrBAN'f.O,

    Educaçüo

    c

    Pedagogia

    com Ul11J ínterdepenóência -

     --;.

    , ,   ..,

    i ~ d c p e n d e de uma

    dirct:riz

    ciência., depende

    de

    uma

    TA,

    2001, p. 56).

    É ne3se   _ ·  r 

    aO

    postular a Pedagogia  conl0 uma

    ll1t S, que

    cotna

    taL não se

    permanece

    como

    atividade do

    dias \ ~ d a no ambít:ntc familiar

    e

    nos detnais

    espaços sociais.

    Como assevera

    Brandão

    (1981):

    Ninhruén1

    cscap::l

    da educação.

    Eln

    casa. na rua,

    nn

    igreja ou

    na

    escola)

    de

    lUll

    lnodo

    ou

    de

    n u i t o s ~

    todns

    nós

    nos

    envoI··

    pedaços

    da

    \ . i d ~ 1 com

    ch\: r a r ~ \

    ,\prendcr,par;1

    ensinar,

    para aprender   c n . ~ i n a r . Para

    saber.

    para

    fazer,

    para

    ou

    p ~ l r a con\:1ver. todos 05 dias n 1 i t l H · ~ ~ ; m o s a

    vkh\

    c( tm J edu

    cação.

    [

    ...

     

    Não há urna

    formJ única ncnl

    UJn

    únlco rnodelo

    de cducnçüo; a es ol n ~ 1 0 é o único luga r

    cnl

    que e.la acon  

    teCE:

    (

    ...

    oensino

    escoh\t não é

    a

    única prática.

    e o

    professor

    p r o f i ~ s j ( ) n a l não ê o único praticante (p. 7).

    o

    argumento

    do

    autor

    e \ ~ d e n c i a

    a

    abrangência

    da

    educa

     

    ção. que

    pode ocorrer

    de forma

    'espontânea

    (não i l ) t e l 1 c i o n ~ \ l )

    \ U

    planejad,l

    (intencional). Naquela, a

    cducaçào

    s(: configura corno

    processo inserção

    de pessoas

    no

    Inundo cultural

    ( C O R i l ~ U j \ ,

    2003; C{\Sr,\NHO,. 200ó). da i n t e r ~ l ç ã o ativa conl o 111cíc natural c

    socialqueo hOIncrn

    vai

    apreendendo

    cosrun1es,

    comporcamenros

    r

    valores

    t

    desenvolvendo referenciais religiosos,

    ( ~ t i C ( ) S .

    polític.os e

    culturais. As ideias e práticasque

    vívencia

    e cornparrilha ao Jongo

    de sua

    'vide

    são

    ativas

    e

    intervêm.,

    de

    lnodo

    informal

    c

    difuso, na

    formação de

    sua

    personalidade. Na prática educaríva

    escolar,

    a

    Ín

    tencionalídade aprcsenta   se con10 traço

    central 

    caracterizando-se

    pdadefinição préviade

    objetivos)

    meios e

    condiçôes

    que

    dão

    forma

    aos processosde ensinoe de aprendizagem.

    A

    educação.,

    em

    seu

    sentido

  • 8/20/2019 Didática e Docência - Aprendendo a Profissão - Introdução

    9/10

    Fteitas. LM.S; Sales, J.O.C.B; Braga, M.M.S.C

     

    França. M.S.t.M

    ciência hprática da epara apráxis educativa , pois.

    como

    adverte

    Sclunied  I(o\varzik   1 9 8 3 ~ \ ~ o s fenômenos educativos

    se

    apre·

    sentam como seu

    ponto

    de

    partida

    e

    de chegada

    p_ 14).

    Tal reconhecimento é fruto

    do

    debate

    epístclnológLcO t

    ocorrido, sobrerudo, nos

    anos

    de 1980

    e1990,

    acerca

    da

    natureza

    especificidade da Pedagogia ante as clen1ais

    Ciências Sociais

    e I-Iumanas. Embora não prescinda da tontribuição de

    ciências

    como a Sociologia, a Filosofia, a

    Economia.

    a I'listória c  \ Psico  

    logia\ vale Ien1brar o alerta de Estrela

    (1992):

    NOtmalmenre seus diagnósticos são st:hruros. as hípóteses

    emitidas

    são

    fecundas.

    No

    entanto.

    valor

    para o

    pro

    fcssor

    ou

    para o investigador

    pedagÓgiCO

     :. qucl.t;iC

    s c n l p r c ~

    diminuto

    ou

    mesmo nulo.

    Constituem

    análises paralelas

    à problemátíca que lhes

    é

    especifica. Na \1crdnde, quando

    o psicólogo trabalha no

    ccunpo

    educacionaL

    não   z

    (nem

    pode

    faze.r)

    Pedagogia:

    aplica

    conce.itos

    e

    métodos de sua

    cíênciél

    a

    um

    dos diversos campos

    da actividade

    hurnana, o

    da

    Educação.Os

    rcsultados sào,

    pois, de ordenl

    psicológica,

    como

    oseriam seopsicólogo

    exercesse

    sua acçáo no

    campo

    do

    trabalho,

    dn cIIníca ou oUITOS. O Jnesmo, evidentctTIcntt:_

    se poderá dizer de ou

    rxas

    ciências (p. 12).

    Na análise da educação sob o ponto de vista das demais

    Ciências Sociais e HUlnanas, a ênfase recai sobre seus objetos

    teóricos e práticos de. estudo. Coma ressalta

    Pimenta

    (2001), U

    a

    especificidade do fenômeno educativo fica [oralmente diluida

    11

    (p.

    45).

    ivlesmo

    con1partilhando desse pensamento, entende,.

    rnos

    que a ponderação desses autores de modo alguln, nega

    as

    contribuições das diversas áreas do conhecimento para a com  

    preensào da prática

    educativa. O diálogo

    e o intero.1:mbio dessas

    22

    Dldá\\ca e Oocencia: aprenden(Jo

    a

    profissão

    . - d . -etação i n t e . r d i s ~

    visões podem favorecer

    a

    produçao

    e uma ll1terpt

    linar

    desse fazer e

    aportar

    elementos que f o r ~ a l e ç a m

    a

    a u ~ o

    n ~ m í a

    epistemológica da

      ~ d g o g h t

      mo Ciéncw. da

    Educaçao.

    Sãoestes

    o

    desafio e a nossa cXllcctatl

    V

    a

    1

     1

     li

    ~ c o t T l dos

    l)elas

    autoras e

    as

    O textO reve a os carn.l.n\1oS pt:l t  

    .   . ·

      p ~ r ~

     l definiçâo

    das

    t e n i : l t l c a ~ qllt:

    con1

    d e C l S ~ S

    nccessatlaS

    u.

    u

     

    . _

     .

    Õ

    .\.stfl

    public/lção.

    lnfon11a S01)TC (\ organr:.açao do lt\·ro enl

    P

    em

    c  ,

    . . .

    ,

     

    .

      constitUirãOe os assuntos aprcsent(tüos

    duas partes e

    (escrc\-c

    a   . . . d idátí 

    1

    1

      Rel1ete sol,re o

    percurs()

    histÓrICO a

    D

    cn1

    caca

    lllna

    c

    c.

    as

    ,

    1

    t

     m

    rcll ltos

    colhidos

    em sítttaçOes clt: nll a, scute

    ca

    e com oasc c oU • • •

    ,

     

    1. d-

      l n ExpliCll a  \ re.laçao entre

    as

    as percepções

    acerca

    LU1

    lSClp

    1 a.

    = _

    ., c or

    Õ

    d

      Pedag·)gl·

    a

    E d t l c a ~ a o

    c

    Dldatlca,

    tomando p .

    concepç t:S t: t

    \

    _

    ..

      )

    1

    d

    L

    ·b.;} ·0 (1994

    1999)

    l v l a z ~ o t t l

    (1994 e

    base os estu( os c 1 I. \.

    i t : 1

    Pimenta (2000, 2001)  

    m

    tividades

    1

    O

    P

    rimeiro

    I:exto

    disc.utiu

    ,tlgumas iddas-chave

    para

    darmos

    · d D

    or

    e...xclnplo

    imento

    (lOS

    nossos

    esttl

    os- estacou. P. ,

    prossegu - ]. .   lrc-a

      d

    E d u c a ç ; - ~ o

    Pcclagogia e D1C

    a t l c a ~ a n a l . ~

    .i-

    as

    concepçoes

    e

      l -. , •

     ; f

    fA

    pa sc t

    7t

    ·· ;s

    de

     1Ssunção pela prática educatrva,

    ben1

    e

    as

    :unçue.s ).  . d

    como as perspectivas instrumental e criticaque po

     ffi c a r a c ~

     

    Dl·cla

      tl·c   Nestes t e r m o s ~ confronte o conteudo aba

    t:erlZar a ,

    ,lo.

    23

  • 8/20/2019 Didática e Docência - Aprendendo a Profissão - Introdução

    10/10

    Freitas J.t A.S: Sales. J. O C B.

    Braga

    l A

    i

    S Ce

    França

    S. L , ~ 1 s

    educacional can)o p r á X Í s ~ sua

    4 E  crspc ct*lva rcf\etc

    politlca.

    nl

    t

    rn p

    ,

    reprodutora da

    escoia

    seln1 no encantO,

    seu caráter transfOfll1ador.

    O

    autor .......,

     

    , , y o o , . . .

    , : o

    central para aconstituição do .

    co

    \1 \0

    leitura ünportante para o aprofuochnnento

    ptáticn

    social e

    histórlca.

    TONET,

    Ivo. Educaçào, c _

    ljut

    Editora Unijtü, 2005, 256p. (Co1eçao

    cação).

    / \0 abordar a

    cducaçüo c a

    óf,rica mal:xiana

    1

    Ivo

    T ~ n ~ t

    natureza COlllO

    pano c.c fundo

    cessários a

    lH11a

    atividade

     -

     

    .4.,.,

    .

    _.

    noçf.\o