Upload
cleberson-moura
View
243
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
8/20/2019 Didática e Docência - Aprendendo a Profissão - Introdução
1/10
8/20/2019 Didática e Docência - Aprendendo a Profissão - Introdução
2/10
Didática? Didáticas? Qual
~ 6 i l . ~ I
v..l
LJnla conversa sobre nossa teórica
Nüo
é no
s êncío
que os hOlnens se
no
trabalho
t
na ivlns
é ptivilégio
de
alguns homens
(. j.
Prccisan1cntc por isto
ningutn1 pode dizer a verdadeira C - l 1 1oi I r \,
Ia r
os o u t r o s ~ nUln
ato
de prescrição com
o
palavra aos demais FRF.1Rb
Este livro foi produ::ido tendo
como
fessorcs en
f r açc
nos cursos de
ou aquê lcs C:Ol11 experiência no
exercício
qtL
E e r J I l Ç l i ~ l n _ o f a z c t
docente ·na· Educ lÇil.o.Básicn
~ Q L ~ 1 t J . l ~ r ~ ~ 1
o foco sob o qual a Didática
, p i º p . i c i ~ r . · ~ . b s i ( l i · ; · ~ · . t ~ ~ ~ ; i
pela
artículação
seus
e
modos de realização.
. . . .
I •• . . . . . . .1 to . .. . . I .
O ensino,
por
c:\l?rcssar lUnrl 4 , . . - ~ .
l
·
palavra ação
l
palavra--prospectiva
forme nos adverte
Paulo
Freire na Clo t \l,I Y \ ; lTr.>
8/20/2019 Didática e Docência - Aprendendo a Profissão - Introdução
3/10
Freitas LM,S: Sales
J Q C
B: Braga M.fvtS.C e
França
M S L ~
Saber o que fazer e corno fazer
tCln
seu sentido vinculado ao para
que. fazer.
Este conhecu11ento,que caracteriza a D i d ü t i c a ~
é
funda
mental ao exercícioda docêncÍa. Por
este
motivo, a escolha elas te
rnáticas qUê integran1 este estudo ~ e [ l p r c s ~ n t o u
corno
uma tarefa
delicada
e
exigente do
ponto
de vista
politíco c curricular. Ela
se
.
apoiou
no
iJlvcntáno
das pautas
recorrentes
ou au.sentes das
pu
blicações en1 circulação sobre \) assunto,
bem
cOnlt) na intençãode
assegurar conhecinlcntos pedagógicos básicos que fortalecessem
o trabalho docente numa abordagclTI critica c contcxtualizada.
Esta
perspectiva
se apoia
na ideia
de que
o
fazer docente
ê un1a atividade
que
e. dge
rumo
e partilha. Para ilustrar esta
a s s e r ç ã o ~ recorreremos
àhistória
dos
três operários
e n v o l \ ~ d o s
na
edificação
da
catedral
de
Colônia,
conforlne relatada por
Leandro
Rossa (1999). ·'Aos três foi perguntado: O que você
está
fazendo? O
primeiro
respondeu: Estou colocando lln la
pe,
eIra
sobre as outras. O segundo: Estou levantando
un1a
parcde.
O terceÍro: Estou
construindo uma catedral
(p. 65). Este
fato
~ e s t a c a a necessidade de ruptura com visôes fragmentadas e
Isoladas do trabalho
e de
assunção do papel
ele
sujeito em seu
desenvolvimento.
No
caso da docência, esta é uma exigência
fun.damental,
pois o
professor
não
nasce
feito:
ele
está
sempre
se fazendo. Ele se constituí, se produz, por n l ~ i o das relacões
que estabelece com o nlundo físico e social, isto é sua í d ~ n t j
dade profissional se
articula
a
Uln dado
espaço
ternpo vívido.
O texto não se
propõe ensinar
como ser um bom profes-
sor, nem pretende dizer a últin1a palavra sobre os
assuntos
selecionados.
Privilegia
aspectos
conceituais tanto de
temas
~ l á s s i c o ~ quanto emergentes
no
campo da Dic fltica, agregando
a reflexao
resultados
de pesquisas,
experiências
de
ensino.
As
10
Didática e
O o c ê n c i a ~
aprendencJo a profissão
autoras, professoras de Didática, optaram por
e.1aborar
um livro
que proporcionasse ao professor referenciais l ,a ra a compreen
são do seu fazer como uma prática
situada
e
~ t : i c a
cujas
decisocs
traduzeln Ull1a intencionalidade. Este encanlülhanlcntoentende
que
o
professor delibera apoiado
nas
t:eorias
e experiências
que
tecem seu
comprom.isso
com
sua
f.unção social, posiçào forjada
mediante a concepção que cle tem das relações entre escola,
sociedade e conhecimento.
estrutura
do l.ívro está organizadn en1 duas
partes Os três
primeiros
capítulos
trazem
subsídios que
visam a compreen:s;io
do fazer docente: conlO unta atividade
s i l 1 1 a d a ~
nào neutra e clis'
rante do
hnproviso. Os gemais capitulOs integram a Parte II e
destacam
os
aspectos
da
organizaçào
do
processo
didático.
A
caract:erização
de cada
Ull1
desses
segnlentos pode
ser
acon1
panhada
a seguir.
a
Capitulo 1
discute
os fundamentos da
Didática
Ine
diante
a caracterização
das
teorias educacionais e de
suas
Ín l
plicações nas diferentes tendências pedagógicas. O Capítulo 2
tece considerações sobre a Hprofissíonalidade
docente con10
produto da história de
vích, rOl mação
e prática do professor
elen1entos
constituintes de sua
identidade.
Esta
reflexão
sen e
de esteio
à
discussão sobre os saberes necessários ao seu tra
balho. O Capínllo 3 introduz o debate em torno do desafio de
constituiçào de um projeto
ético
profissional
para
a
docência
Ao
mesmo
rClnpo en1
que
põe em
questâo os significados e
Íln
plicações da ausência ou da necessidade de constill.liçàO de um
código
de
ética para a
profissão
ressalta o ensino
como
atividade
interativa
cujas
dimensões
interpcssoal
intrapronssíonal
reda-
am
posicionan1cnros éticos.
11
8/20/2019 Didática e Docência - Aprendendo a Profissão - Introdução
4/10
Freitas
LrvLS:
Saies J O C B; Braga
tv1.M.SC 0;
França M Sl} ;Í
Dtdàtíca e Oocência:
a O l t ~ n a e r l U ( )
a í H \ . I U ~ : : : : · c . \ , J
L ) l l t r o s ~ lnCSlllO antes
da
ou
discipUn i-\J 5t prcocuparanl cnl
condução do ato educativo.
Est;lmos
falando
século X\f1I
1
em
e s p e c i a l ~
oeducador
llÍO (1592 d
1670), consíderadoo pai
princípios
de.
uma
educaçãO tom
8/20/2019 Didática e Docência - Aprendendo a Profissão - Introdução
5/10
Freiras, f.(-A.S Sales J
O C
B.
. ; Braga, rvl.fvf.S,C e França. tv1.S.L.M
,
r-?C um
método
de ensino fundamemado
em c •
lados pelo mestre: o da re _ U1CO passos regu-
I
< ISS
jJ
.. . p paraçao; apresentação; compamcào
:.--
lEstln
8/20/2019 Didática e Docência - Aprendendo a Profissão - Introdução
6/10
Freitas.
~ · A , S ; Sales.
J,O.C.8:
Braga, tvt.IVt s e e França.
M . S . L ~ A
uma
En1 nossa
l)ráti ' :.;;l na
licenciaturas,
ín.iciamus
procurando
_
, , ~ _
,
.. r
cX1?ectari
v
as dos atunos em ;lO
volvído, ínterrogando--os
Para qlle
Didática
nos curso;;
de
respostas são quase u n ã n . i n ) e s ~
• Didática é
un1a
disciplina
•
Esperamos
aprender
il
ser bons
didátlca.
Por unla Didática critica c L \ } l í l \ . \ . , . , ; \ , \ . . \ . H 1 . I . I \ . _ ~ ~
lnntl1entO de
superação
de
dídãtiCU
111strtH11cntal
e a
a n t l d i d á t í C c l ) ~ I
i· .
__
.
da CUr'llatura \ ara
1
enuncíada Lênin
O
que, porém, caracteriza a
Didática
das duas
abordagens
anteriores?
·
...
,_
é
fundanlcntal no ato
e d u c a t i v o ~ ou seja,
o
. . . . } i ~ Y i l ~ , . r · n
pedagógica como prática social; percepção
[ , l>1I \C \
.'lalidadc do processo de ensina e
suas dimensões
hU'mana,
técníca
e do C01110
fazer ao p ~ 1 r J
que
téClúca
aserviço
do con1prornísso
l
....
i P
mocrátíca t: c o n s ~ t U C n r C I 1 1 e n t e
~ l n a n c i p a ç ã n
hUlnana.
Ern
surna: urna
c ljrática)
escola
c sociedadct L
~ t , ,
ensino e pescfuísa; uma didática que
. . . . . . . C O ~ - i : >
~ u j e i t o s que apre.ndenl urna
medida e.n1 que aprendern e n ~ ; l n ~ l n \ O
Dichl.tica com a Sociologia c a Filosofia da e d u c a ç ; i o ~ farn considc
rado,
poruns
como
o tempo
clt
uma
identidade perdida
e, porou'
tros, como
UJ11
litual de
passagc.nl
ncccssãrío
ü ttrccira possi.biH··
dadc
teórica da
D í d ~ í t i c a :
aDidática c r i t j c n ~ o nl01nentoda
síntese
ou
da
negação
da
negação
(CANDAI.;,
1983).
O
que fazer, porénl,
d c p o i ~ da denúncia c da
contestação
do caráter aHenador de
nossa
prfu:ica p c d a g ó g i c ~ ? l\
l 1iJ.itância
dos trabalhadores da educação conrinuária
d i s l : ~ n t : c
do
espaço
escolar ou
haveria
chances de
uma
a r u ~ l ç t t } revolucionária no
ínr:erior
dos aparelhos ideológicos
do
Estaclo? :\;[uitos respon
deram que
sim,
apostando nas
contradições
presentes en todos
\)s espaços sociais e
na
capacidade de resist\:nc.Ía
al
processos
de
donlinaçiio,
por
parte
daqueles
que
alímcntthn
suas
prüticas
cotidianas
con1
a utopia
de Uln Inundo
sociahnentc justo.
O cenário nacíonal
não
podia ser
mais
propicio a esta
rcspnsta. Os anos 1980, marcados pelo processo da '''redcmo
cratizaç,lo brasiJeira favoreceranl a crença
na
capacidade de
promover Inudanças. PrOVtl dísto foraln
os
inúrneros encon
(tos, conferências e rnovín entos licleracios pela sociedade cio'
\iL novamente organizada, levantando bandeiras
em
defesa
de
experiências institucionais
n1.aís
democráticas. No calnpo
edu
cacional, VivütD10S o fértil 1110I11ento da concepção critíco
dia
lética
1
apontando as possibilidades reais de a educação escolar
unir scaoutras
estrarégias de
transfomlaçào social. Estávamos
diante da propagação das
tendências
pedagógicas progressis
tas,
enl especial. da Pedagogía H,istõrico,critic:a') também co
nhecida
como
\ioCrírica
Social
dos
Conteúdos
(LUt\Né.:t\ 1986).
.1\
Didáticacrilica surge, pai
s,
cornoo terceiro
elo
eta triadedo
penst.unento dialético: tese, antítese e síntese.
Instituíu'#sc
COlno
o
6
7
8/20/2019 Didática e Docência - Aprendendo a Profissão - Introdução
7/10
Freitas
{ t- tS:
Sales
J.O.C.8:
8raga. M.M
s e
e Franca
~ k S M
• Aprendere.nl0S
novas técnicas
para tornar
nossas aulas rnais
mnâlnicas e interessantes.
• Não
p ~ d c ~ o s
dizer
que u relação
estu.belecida
peLos
alu
e ~ : r e
D l d ã t l C ~
e ensino
esteja
errada. Eles acerram qtlimelo
l ~ e n t i f i c a m
o
enSll1
como objeto de estudo da Didática, toda
\-la o
reduzern à transmissão
de
Llln
Upacote}t
de
procedimenros
metod 1 d 1 1
o
O g l ~ 0 5 ,
es ocac os
de
um tempo,
de
um
c S l x ~ ç o
dos
fIns educacIonaís c dos projetos
de
hon cn c
de
socícdade
menrados
nlesmo
que de lnodo
inconsciente
pelos que assu
n1elU
a condução do processo educativo.
Esqucccln
talnbé111
da impossibilidade
de alguém transforma.r oUtros em
bt)ns
p r o ~
f ~ s s o r ~ s e que a adjetivaçào
o professor sempre rdal:iv;l.
c
hisroncamentc
sintada.
,
De
f ~ t o a Didática tomo área de estudo da Pedagogia tem
como ob]ct,o nudear o ensino em
situação
P I ~ f E N T A , 2001),
compreendldo
como prática educativa intencional
estl1.1tUra. .
ela
e dirigida a outros, Trata-se de
um c o n h e c i m e ~ t o
pedagó
giC?
fundamental à ação do professor e que e.xtrapola o caráter
aplicado.
estudo .abrange
a problcmatização, o entendi
lnento e a slstclnat izaçâo de questões relacionadas
ã
docência
atti:ulando
objetivos,
conteúdos,
mctodologias e avaliação
~ n . s m o à
reflexão sobre
a iclent:idade profissional. a dimensão
~ t 1 C ~ trabalho do professor,
os
c o n h e d m ~ n t o s
necessãrios
a
~ r a t : c a
e d u c ~ t í v a . e n ~ r e outra,,, p. lUtas. Dizemos, pois, que a
DIdátic.a
é
teana e prática do ensino,
conjugando
fins e meios
propósItos e ações, objetívos,
conteúdo
e forma.
. As percepções dos alunos mencion,ldas no início dessa
d l S c t ~ s S ã o realçam apenas o aspecto ínstrumental, técnico e
acntlco
da
Didáxica.
Nossa
perspectiva
neste
livro
é
de
n e g a ~
8
Didátíca e Docência:
aprendon }o
a p T o H ~ ã o
ção dessa abordagem c de
af.irmaçi\O
d,t Didática Crítica, pois
entendemos o
faze.r
didático como
atitude
t:córica e prática
PIMENTA
2000, p 57).
como
processo,
movimento e trajetó
ria. Um,\ elaboraçâo indivídual e coletiva ocorrente nos cursos
formativos,
mas
também no chão da escola , contracenando
com alunos e
professores
nas condições históricas em
que
es-
tão mergulhados. .
Esta abordagem apoia·se no reconhe.cimenr::o dos profe
8/20/2019 Didática e Docência - Aprendendo a Profissão - Introdução
8/10
gunda
t
de
caráter
ernancipatólio,
e superar
0.
lTIccanismos de
clOlI11Ulaçao
.
InecUantc
cónsc:icntizaç.f\O ser hum,lno .• \
c\1tcnclirnento ClUC a ucaç{lO. corno
i
· d
cied'ldc ,k1 que
tre o
inc
lV1 1.10
a so
,
\
l1r\ :lrH:Jo
para a
vida . s o c i a r ~
pode vir a ser .
' . _ ~ _ , , , . . . . . . . . . . . , , t f : - \ P
(T 1:\r:T
'1005
1) )18). Eclucar
ed)OlS,
paçao li I
-
} de
-- ..
~ . ~ I . l
do hornen\ con10 un1 ser l\Té.\
bens
culrurais
sociedade.
hurnanização do
h01 nc:n1
da
educação, prática
social --- ~ , - ' ' ' ' ' ' ' ' < ' ' ' ' ' '
jeitOS
que a c o n c r e t i z ~ l : n A
rd1exão : ; . : . . . i l : : ; t ~ . ~ 1 ~ 1 r . 1 C ~ : l 1 •__ J
v ,..
e
da
totalidade
da
prat1ca t;
da
Educação,
cujo dorninío
se
t:ncontra
na
fenôu1en,o
educacionaL tanto
no
prática. Aedllcação
c o ~ s t i t u i >
vestlgaçào da
P c d a g o g H t ~
cOlupreendê--la, visando a sua . _ - - ~ c . < ~ ' ~ . n \ ' : 1 _ r _ ; · : _ ~ : ' ' ' ' ' A ' ' ' M r 1 A
~ ~ r '
sua vez
tCtl1.
fundan1e.nto
na
disciplina pedagógica que
cessO de enSll10
(LrBAN'f.O,
Educaçüo
c
Pedagogia
com Ul11J ínterdepenóência -
--;.
, , ..,
i ~ d c p e n d e de uma
dirct:riz
ciência., depende
de
uma
TA,
2001, p. 56).
É ne3se _ · r
aO
postular a Pedagogia conl0 uma
ll1t S, que
cotna
taL não se
permanece
como
atividade do
dias \ ~ d a no ambít:ntc familiar
e
nos detnais
espaços sociais.
Como assevera
Brandão
(1981):
Ninhruén1
cscap::l
da educação.
Eln
casa. na rua,
nn
igreja ou
na
escola)
de
lUll
lnodo
ou
de
n u i t o s ~
todns
nós
nos
envoI··
pedaços
da
\ . i d ~ 1 com
ch\: r a r ~ \
,\prendcr,par;1
ensinar,
para aprender c n . ~ i n a r . Para
saber.
para
fazer,
para
ou
p ~ l r a con\:1ver. todos 05 dias n 1 i t l H · ~ ~ ; m o s a
vkh\
c( tm J edu
cação.
[
...
Não há urna
formJ única ncnl
UJn
únlco rnodelo
de cducnçüo; a es ol n ~ 1 0 é o único luga r
cnl
que e.la acon
teCE:
(
...
oensino
escoh\t não é
a
única prática.
e o
professor
p r o f i ~ s j ( ) n a l não ê o único praticante (p. 7).
o
argumento
do
autor
e \ ~ d e n c i a
a
abrangência
da
educa
ção. que
pode ocorrer
de forma
'espontânea
(não i l ) t e l 1 c i o n ~ \ l )
\ U
planejad,l
(intencional). Naquela, a
cducaçào
s(: configura corno
processo inserção
de pessoas
no
Inundo cultural
( C O R i l ~ U j \ ,
2003; C{\Sr,\NHO,. 200ó). da i n t e r ~ l ç ã o ativa conl o 111cíc natural c
socialqueo hOIncrn
vai
apreendendo
cosrun1es,
comporcamenros
r
valores
t
desenvolvendo referenciais religiosos,
( ~ t i C ( ) S .
polític.os e
culturais. As ideias e práticasque
vívencia
e cornparrilha ao Jongo
de sua
'vide
são
ativas
e
intervêm.,
de
lnodo
informal
c
difuso, na
formação de
sua
personalidade. Na prática educaríva
escolar,
a
Ín
tencionalídade aprcsenta se con10 traço
central
caracterizando-se
pdadefinição préviade
objetivos)
meios e
condiçôes
que
dão
forma
aos processosde ensinoe de aprendizagem.
A
educação.,
em
seu
sentido
8/20/2019 Didática e Docência - Aprendendo a Profissão - Introdução
9/10
Fteitas. LM.S; Sales, J.O.C.B; Braga, M.M.S.C
França. M.S.t.M
ciência hprática da epara apráxis educativa , pois.
como
adverte
Sclunied I(o\varzik 1 9 8 3 ~ \ ~ o s fenômenos educativos
se
apre·
sentam como seu
ponto
de
partida
e
de chegada
p_ 14).
Tal reconhecimento é fruto
do
debate
epístclnológLcO t
ocorrido, sobrerudo, nos
anos
de 1980
e1990,
acerca
da
natureza
especificidade da Pedagogia ante as clen1ais
Ciências Sociais
e I-Iumanas. Embora não prescinda da tontribuição de
ciências
como a Sociologia, a Filosofia, a
Economia.
a I'listória c \ Psico
logia\ vale Ien1brar o alerta de Estrela
(1992):
NOtmalmenre seus diagnósticos são st:hruros. as hípóteses
emitidas
são
fecundas.
No
entanto.
valor
para o
pro
fcssor
ou
para o investigador
pedagÓgiCO
:. qucl.t;iC
s c n l p r c ~
diminuto
ou
mesmo nulo.
Constituem
análises paralelas
à problemátíca que lhes
é
especifica. Na \1crdnde, quando
o psicólogo trabalha no
ccunpo
educacionaL
não z
(nem
pode
faze.r)
Pedagogia:
aplica
conce.itos
e
métodos de sua
cíênciél
a
um
dos diversos campos
da actividade
hurnana, o
da
Educação.Os
rcsultados sào,
pois, de ordenl
psicológica,
como
oseriam seopsicólogo
exercesse
sua acçáo no
campo
do
trabalho,
dn cIIníca ou oUITOS. O Jnesmo, evidentctTIcntt:_
se poderá dizer de ou
rxas
ciências (p. 12).
Na análise da educação sob o ponto de vista das demais
Ciências Sociais e HUlnanas, a ênfase recai sobre seus objetos
teóricos e práticos de. estudo. Coma ressalta
Pimenta
(2001), U
a
especificidade do fenômeno educativo fica [oralmente diluida
11
(p.
45).
ivlesmo
con1partilhando desse pensamento, entende,.
rnos
que a ponderação desses autores de modo alguln, nega
as
contribuições das diversas áreas do conhecimento para a com
preensào da prática
educativa. O diálogo
e o intero.1:mbio dessas
22
Dldá\\ca e Oocencia: aprenden(Jo
a
profissão
. - d . -etação i n t e . r d i s ~
visões podem favorecer
a
produçao
e uma ll1terpt
cí
linar
desse fazer e
aportar
elementos que f o r ~ a l e ç a m
a
a u ~ o
n ~ m í a
epistemológica da
~ d g o g h t
mo Ciéncw. da
Educaçao.
Sãoestes
o
desafio e a nossa cXllcctatl
V
a
1
1
li
~ c o t T l dos
l)elas
autoras e
as
O textO reve a os carn.l.n\1oS pt:l t
. . ·
p ~ r ~
l definiçâo
das
t e n i : l t l c a ~ qllt:
con1
d e C l S ~ S
nccessatlaS
u.
u
. _
.
Õ
.\.stfl
public/lção.
lnfon11a S01)TC (\ organr:.açao do lt\·ro enl
P
em
c ,
. . .
,
.
constitUirãOe os assuntos aprcsent(tüos
duas partes e
(escrc\-c
a . . . d idátí
1
1
Rel1ete sol,re o
percurs()
histÓrICO a
D
cn1
caca
lllna
c
c.
as
,
1
dí
t
m
rcll ltos
colhidos
em sítttaçOes clt: nll a, scute
ca
e com oasc c oU • • •
,
1. d-
l n ExpliCll a \ re.laçao entre
as
as percepções
acerca
LU1
lSClp
1 a.
= _
., c or
Õ
d
Pedag·)gl·
a
E d t l c a ~ a o
c
Dldatlca,
tomando p .
concepç t:S t: t
\
_
..
)
1
d
L
·b.;} ·0 (1994
1999)
l v l a z ~ o t t l
(1994 e
base os estu( os c 1 I. \.
i t : 1
Pimenta (2000, 2001)
m
tividades
1
O
P
rimeiro
I:exto
disc.utiu
,tlgumas iddas-chave
para
darmos
· d D
or
e...xclnplo
imento
(lOS
nossos
esttl
os- estacou. P. ,
prossegu - ]. . lrc-a
d
E d u c a ç ; - ~ o
Pcclagogia e D1C
a t l c a ~ a n a l . ~
.i-
as
concepçoes
e
l -. , •
; f
fA
pa sc t
7t
·· ;s
de
1Ssunção pela prática educatrva,
ben1
e
as
:unçue.s ). . d
como as perspectivas instrumental e criticaque po
ffi c a r a c ~
Dl·cla
tl·c Nestes t e r m o s ~ confronte o conteudo aba
t:erlZar a ,
,lo.
23
8/20/2019 Didática e Docência - Aprendendo a Profissão - Introdução
10/10
Freitas J.t A.S: Sales. J. O C B.
Braga
l A
i
S Ce
França
S. L , ~ 1 s
educacional can)o p r á X Í s ~ sua
4 E crspc ct*lva rcf\etc
politlca.
nl
t
rn p
,
reprodutora da
escoia
seln1 no encantO,
seu caráter transfOfll1ador.
O
autor .......,
, , y o o , . . .
, : o
central para aconstituição do .
co
\1 \0
leitura ünportante para o aprofuochnnento
ptáticn
social e
histórlca.
TONET,
Ivo. Educaçào, c _
ljut
Editora Unijtü, 2005, 256p. (Co1eçao
cação).
/ \0 abordar a
cducaçüo c a
óf,rica mal:xiana
1
Ivo
T ~ n ~ t
natureza COlllO
pano c.c fundo
cessários a
lH11a
atividade
-
.4.,.,
.
•
_.
noçf.\o