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Dietas Iniciais de Leitões: Visão Prática da Indústria Campinas, 01/06/2011 Leandro Hackenhaar Gerente P&D

Dietas Iniciais de Leitões: Visão Prática da Indústria · necessidades dos animais: •Idade ao desmame; ... • O produto a ser fabricado não pode conter aditivos ... (antimicrobianos,

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Dietas Iniciais de Leitões:

Visão Prática da Indústria

Campinas, 01/06/2011

Leandro Hackenhaar

Gerente P&D

Desafio I Prolificidade

Número de Nascidos p/ Leitegada Tendência = 0,10 leitões/ano

Melhora em 5 anos = 0,62 leitões

mer

o T

ota

l de

Nas

cid

os

(EB

V)

Ano

Fonte: PIC, 2013

-0.2

0

0.2

0.4

0.6

2007 2008 2009 2010 2011 2012

Cruzamento PIC337 x Camborough

0

0.2

0.4

0.6

0.8

1

2007 2008 2009 2010 2011 2012

Número de Tetos N

úm

ero

de

Tets

(EB

V)

Ano

Tendência = 0,14 tetos/ano

Melhora em 5 anos = 0,75 tetos

Fonte: PIC, 2013 Fonte: PIC, 2013 Cruzamento PIC337 x Camborough

0

1

2

3

4

2007 2008 2009 2010 2011 2012

Peso da Leitegada ao Desmame P

eso

da

Leit

egas

(EB

V)

Ano

Fonte: PIC, 2013 Cruzamento PIC337 x Camborough

Tendência = 0,48 kg /ano

Melhora em 5 anos = 2,88 kg

27

28

29

30

2007 2008 2009 2010 2011 2012

Leitões Desm./Matriz/Ano P

igs

Wea

ned

/ S

ow

/ Y

r

Year

Fonte: PIC, 2013 Cruzamento PIC337 x Camborough

Tendência = 0,34 leitões/ano

Melhora em 5 anos = 2,01 leitões/ano

Desafio II Preparo do Leitão

Secreções gástricas

• A produção de HCl é reduzida nos leitões; • O HCl é catalisador da ativação de enzimas

proteolíticas; • As enzimas gástricas exigem pHs baixos para

maximizarem sua eficiência (2 a 3); • pH adequado reduz taxa de passagem do alimento; • pH adequado reduz viabilidade de patógenos,

Capacidade de Secreção de Ácidos de Leitões

Mamando (M) e

Mamando e c/ Suplementação (M&S)

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

2 4 6 8 10

Máx

ima

Secr

eçã

o d

e Á

cid

os

no

Su

co G

ástr

ico

Peso Vivo (kg)

M

M&S

Fonte: Adaptado de Cronwell et al., 1995

Padrão de Desenvolvimento Enzimático (leitões de 0 a 7 semanas)

Altura de Vilosidade em Função da Idade e

da Alimentação Suplementar na Maternidade

0

200

400

600

800

1000

1200

Mamando 18d Mamando 25d Desmamado c/Suplemento

25d

Desmamado s/Suplemento

25d

Alt

ura

da

Vilo

sid

ade

Fonte: Adaptado de Cronwell et al., 1995

1.53

5.51

8.94

24.39

1.48

4.87

8.3

22.54

0

5

10

15

20

25

30

Nascimento 14d Desm. 26d 63d

"yogurt"

Ração

Melhor consumo de alimentos no início

acelera o crescimento até os 63 dias

+0,64kg

+1,85kg

Fonte: Sloten, 20013

Efeito da Idade ao Desmame sobre a

Produtividade da Matriz

Idade Desmame

No de Dias Desm./Cio

Prenhez (%)

Leitegadas Matriz/Ano

Leitões Vivos/Leit.

Nasc. Vivos Matriz/Ano

9 (7-11) 14,9 75,1 2,43 9,66 23,46

14 (12-16) 8,3 78,5 2,48 10,18 25,24

19 (17-21) 6,8 82,4 2,45 10,65 26,12

24 (22-26) 6,4 84,0 2,39 10,84 25,91

29 (27-31) 6,1 85,5 2,33 11,08 25,79

34 (32-36) 6,4 85,7 2,35 11,22 25,28

Fonte: Carr et al., 1997

Desmame Precoce, surgiu com objetivos especialmente de controle sanitário e tinha

grande ênfase na segregação (SEW)

Desafio III Desmama

Fatores que influenciam o desempenho

dos leitões na fase de creche: Peso Médio ao Nascer

Idade do Desmame

Peso no Desmame

Ganho de peso na primeira semana pós desmame

Ativação do sistema imune

Controle sobre Higiene, Limpeza, Desinfecção e Vazio Sanitário

Temperatura

Densidade populacional nas baias

Fatores fisiológicos sobre o desempenho de leitões na creche

Consumo de água pós desmame

Consumo de ração pós desmame

Ingredientes utilizados nas dietas de leitões

Processamento dos ingredientes e da ração sobre consumo de ração

Forma física da dieta sobre o consumo de ração

Curva de consumo de alimento

Composição Básica e Custos de Dietas

Pré-Iniciais e Iniciais

Amostras (Rins)

Pré I Pré II

Inicial I

Inicial II

EM (kcal/kg) 3450 3400 3350 3350

Lys Dig, (%) 1,40 1,40 1,30 1,15

F.Soja (%) 12 20 25 30

Lactose (%) 20 12 7 0

Recomend. de Consumo (kg/leitão)

1,0 3,5 7,0 18/20

Gasto (R$/leitão) 2,92 6,78 9,94 14,39

0.00

0.50

1.00

1.50

2.00

2.50

3.00

3.50

Cu

sto

(R

$/k

g)

Pré I Pré II Incial I Incial 2

Influência do Nível de Lactose sobre o

Ganho de Peso de Leitões (0 a 14 dias Pós-Desmame*)

*Leitões desmamados com 18 dias de idade Fonte: Owen et al., 1993

200 209

245 256 263

0

50

100

150

200

250

300

7 11 15 19 23

Gan

ho

de

pe

so (

g/d

ia)

Inclusão de Lactose (%)

Plano de Alimentação I

Nutrição, pode amenizar, mas não corrigir!

Níveis nutricionais e ingredientes devem atender às necessidades dos animais:

• Idade ao desmame; • Genética; • Peso à desmama; • Experiência pré-desmame; • Sanidade; • Ambiência;

A Bengala

Quando tudo falhava, a solução “era” apelar para

um “cocktail”

Instrução Normativa 65 A Instrução Normativa Nº 65, DE 21 DE NOVEMBRO DE 2006 se aplica aos médicos veterinários, aos estabelecimentos fabricantes de rações, suplementos, premixes, núcleos e concentrados e aos criadores de animais de produção, envolvidos no uso de produtos com medicamento, Considera-se produto com medicamento rações, suplementos, premixes, núcleos ou concentrados que contenham produto de uso veterinário, para emprego em animal de produção,

• O produto a ser fabricado não pode conter aditivos melhoradores de desempenho ou anticoccidianos com o mesmo princípio ativo do medicamento a ser incorporado;

• O medicamento veterinário deve estar registrado pelo MAPA e ser obedecida as condições descritas no registro do produto;

• Obrigatoriedade da prescrição veterinária; • A empresa deve estar autorizada para fabricar produtos com

medicamento e cumprir com todas as exigências da legislação vigente,

EMPRESAS REGISTRADAS NO MAPA COM AUTORIZAÇÃO PARA FABRICAR

PRODUTOS DESTINADOS À ALIMENTAÇÃO ANIMAL COM MEDICAMENTO,

CONFORME INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 65/06

Até o momento são apenas 40 fábricas autorizadas em todo o país!!!!

Plano de Alimentação I

Ajustar para dietas de menor custo o mais rápido possível!!

Níveis nutricionais e ingredientes devem atender às necessidades dos animais:

• Idade ao desmame; • Genética; • Peso à desmama; • Experiência pré-desmame; • Sanidade; • Ambiência; • Lucratividade do setor; • Etc,,,

Plano de Alimentação II

Padrões a serem definidos: • Níveis de nutrientes (aa, energia, minerais, etc,,,); • Níveis de ingredientes/nutrientes funcionais

(lactose, plasma, far, soja, etc,,,); • Aditivos (nutricionais, sensoriais, etc,,,); • Quantidade de dietas; • Troca das rações com base na:

Idade média dos animais (tempo) Consumo pré-derminado

Peso à desmama e consumo

Influência da Idade do Desmame

sobre Desempenho de Creche

Fonte: Main et al., 2004

Idade à Desmama (d) Parâmetros 12 15 18 21 Peso à Desmama (kg) 3,42 4,26 4,89 5,75 Ganho de Peso (g/d) 299 368 409 474 Consumo de Ralçao (g/g) 426 511 565 654 Mortalidade (%) 5,25 2,82 2,11 0,54

Total de 2272 suínos, com 34 ou 36 por baia, 50% machos castrados e 50% fêmeas, 16 repetições por tratamento

82.2 89.1

95.1 99.6

104

0

20

40

60

80

100

120

4.8 5 5.5 5.9 6.3

Pe

so V

ivo

(kg

)

Peso à Desmama (kg)

77d 140d

Fonte: Mahan et al., 1996

Efeito do Peso à Desmama sobre o

Peso nas Fases Seguintes

Distribuição de Peso à Desmama em

um Granja Comercial

0%

2%

4%

6%

8%

10%

12%

Faixa de Peso à Desmama (kg)

Fonte: Vitagliano et al., 2005

Curvas Padrão de Peso e Consumo

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

0 30 60 90 120 150 180 210

Idad

e (

dia

s)

Peso Vivo (kg)

Peso

Consumo

Fonte: Tabela Eficiência de Crescimento –PIC, 2014

0

10

20

30

40

0 10 20 30 40 50 60 70

Simulação de Plano de Alimentação

c/ Troca de Ração por Idade (tempo)

Dias de Fornecimento*

Custo (R$/kg)

Peso Desmama 5kg 6kg 7kg Consumo Estimado (kg/leitão)**

5 2,92 0,5 1,1 1,4 9 1,93 2,7 3,6 4,1

11 1,42 6,7 7,5 8,0 16 0,76 15,0 16,8 17,7

Custo Total (R$/leitão) 26,71 33,42 36,62 Peso (kg/leitão) 22,9 25,5 26,8

* Desmama 22d e Saída de Creche aos 63dias **Base na Tabela Eficiência de Crescimento –PIC, 2014

???

Recomendação de Fornecimento de

Ração Pré-Inicial

0

0.5

1

1.5

2

2.5

3

Forn

eci

me

nto

de

Pré

I (k

g)

Peso à Desmama (kg)

Recomendação 7 – Peso à Desmama

Desempenho de leitões desmamados a

diferentes pesos – do desmame ao mercado,

submetidos a programas alimentar diferente

na fase Pré-Inicial I

Fonte: Mahan et al., 1998

Semanas de Fornecimento da Dieta Pré I 1 2 3 1 2 3

Peso à Desmama 5,5 7,5 Peso a desmama (kg) 5,62 5,63 5,58 7,50 7,55 7,57 Peso ao abate (kg) 106,8 106,3 106,2 106,3 106,3 106,5 Idade ao Abate (dias) 168,7 164,5 162,1 156,5 155,8 155,7 Total de Ração (kg) 299,1 295,7 291,8 291,2 288,4 283,2

Desafio IV Ganhos Aditivos

R² = 0.7372

0

2

4

6

8

10

12

14

3 4 5 6 7 8 9 10

Pe

so 1

se

man

a ap

ós

de

sm. (

kg)

Peso à desmama (kg)

Correlação entre Peso à Desmama

(20d) e da semana seguinte (27d)

R² = 0.7449

5

10

15

20

25

30

3 5 7 9 11

Pe

so 4

9d

Peso à Desmama (20d)

Correlação entre Peso Uma

Semana após Desmame e Final da

Fase Inicial I (49d)

-2.000 -1.000 0.000 1.000 2.000 3.000

16 kg

Correlação entre Ganho de Peso na

Primeira Semana e Peso aos 49d

Relação Entre o Intervalo Médio de Peso no

Desmame (kg) e o Peso na Saída de Creche (kg)

5.5

10.2

27.0

6.6

12.6

30.4

0

5

10

15

20

25

30

35

21d 42d 70d

Pe

so V

ivo

(kg

)

Idade (d)

Leve

Pesado

Fonte: Vitagliano et al., 2005

Desafio V Ganhos Aditivos

Relação Entre o Intervalo Médio de Peso no

Desmame (kg) e o Peso no Abate (kg)

5.5 10.2

27.0

57.0

79.5

6.6 12.6

30.4

65.5

94.1

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

21d 42d 70d 120d 142d

Pe

so V

ivo

(kg

)

Idade (d)

Leve

Pesado

Fonte: Vitagliano et al., 2005

CA até 142d Leve: 2,29 Pesado: 1,97

14.5 15.9 16.8 18.1

29.9 30.8 32.7 34.9

105.2 108.4 111.6 113.4

0

20

40

60

80

100

120

0 <150 150-225 >225

Pe

so V

ivo

(kg

)

Ganho de Peso na 1ª Semana após Desmama (g/d)

42d 65d 170

Fonte: Mahan et al., 1996

Efeito do Ganho de Peso na 1ª Semana após o

Desmame sobre o Peso nas Fases Seguintes

Qualidade Garantias de: • Composição dos ingredientes; • Estabilidade nutricional • Acurácia na Dosagem; • Qualidade da Mistura

Segurança Alimentar Garantias de: • Micotoxinas (Afla, Zea, Fumo, etc,); • Microrganismos (Salmonela); • Contaminação Cruzada (antimicrobianos, ractopamina,

etc,); • Contaminantes orgânicos (nitrofuranos, Dioxinas, etc,) • Contaminantes Inorgânicos (metais pesados),

Legislação Nacional

Anos Contaminantes Inorgânicos

Arsênio (ppb) Cádmio (ppb) Chumbo (ppb)

Músculo Fígado Rins Músculo Fígado Rins Músculo Fígado Rins

1998 700 2700 2700 1000 1000 1000 2000 2000 2000

2004 500 2000 2000 - 500 1000 100 500 500

2007 - - 2000 - - 1000 - - 500

Níveis de Cádmio em Rins de Suínos

Analisados em Dif, Laboratórios

Amostras (Rins)

Lab 1 (ICP-OES)

Lab 2 (ICP-OES)

Lab 3 (ICP-OES)

Lab 4 (Absorção Atômica)

Lote A ND ND 90 65

Lote B ND ND 30 30

Lote C ND ND 60 41

Lote D ND ND 130 162

Lote E* 1,580 1,039 1,340 1,810

Fonte: Santos, 2012

Desafio VI Sincronia

Paradigma I

Paradigma II

Econômico

Equilíbrio

Considerações Finais

• Acompanhar as mudanças na genética, manejo, disponibilidade de ingredientes;

• Adequar à Legislação; • Buscar o equilíbrio em ter custo e resposta

zootécnica; • Não esquecer o forte impacto das fases anteriores

sobre as seguinte.

Fazer um ótimo programa alimentar para leitões é Fácil!!

Difícil é torná-lo econômico!!!!

Obrigado!!

Luiz Antônio Vitagliano Fábio Botelho

Adriana Citroni Fernanda Melão Fabrício Santos

Jéssica Faria