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D IMENSIONAMENTO DA FORÇA DE TRABALHO DA POLÍCIA M ILITAR DO ESTADO DA BAHIA ANA P AULA DOS SANTOS CECÍLIA C ASTANHEIRA PONCE CLAUDINEI DE SOUSA PEREIRA

DIMENSIONAMENTO DA FORÇA DE TRABALHO P MILITAR …banco.consad.org.br/bitstream/123456789/1238/1/DIMENSIONAMENTO DA... · DIMENSIONAMENTO DA FORÇA DE TRABALHO ... Distribuição

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DIMENSIONAMENTO DA FORÇA DE TRABALHO DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DA BAHIA

ANA PAULA DOS SANTOS CECÍLIA CASTANHEIRA PONCE CLAUDINEI DE SOUSA PEREIRA

2

Painel 10/030 Metodologias para a modernização e dimensionamento da força de trabalho em governos e organizações públicas

DIMENSIONAMENTO DA FORÇA DE TRABALHO DA POLÍCIA

MILITAR DO ESTADO DA BAHIA

Ana Paula dos Santos Cecília Castanheira Ponce

Claudinei de Sousa Pereira

RESUMO

O Dimensionamento da força de trabalho (DFT) da Polícia Militar do Estado da Bahia se apresenta como um estudo que visa apontar por método científico o quantitativo ideal do seu efetivo para atender todo território baiano distribuído nas

unidades e localidades. O início da etapa do dimensionamento se dá com o cálculo do efetivo ideal e posteriormente com o seu desdobramento em administrativo geral

e operacional (especializado e ordinário). Para determinar o efetivo ideal total considera fatores endógenos e exógenos a partir de indicadores da segurança pública e comparativos da Bahia com estados, regiões e países que possuem

características semelhantes, densidade demográfica e mudanças ocorridas nas localidades após o CENSO de 2010. O desdobramento do dimensionamento se deu com a identificação do administrativo geral, com o cálculo do quantitativo ideal de

policiais para atuar nas unidades especializadas e finalmente com a distribuição do efetivo restante nas unidades ordinárias utilizando população, histórico de

criminalidade e as peculiaridades dos municípios do território baiano. Palavras-chave: Dimensionamento. Efetivo ideal. Polícia Militar. Distribuição.

Indicadores de Segurança Pública.

3

1 INTRODUÇÃO

O presente estudo para dimensionamento do efetivo ideal da Polícia

Militar do Estado da Bahia, elaborado pela Secretaria da Administração do Estado

da Bahia, por meio da Coordenação de Ações de Modernização da Gestão de

Recursos Humanos, em parceria com a Polícia Militar da Bahia e com a participação

da consultoria Deloitte Touche Tohmatsu, visa apontar por método científico o

quantitativo do quadro de efetivo ideal da Polícia Militar da Bahia.

Dimensionar significa calcular ou preestabelecer as dimensões ou

proporções de algo. A complexidade de um dimensionamento varia com a

magnitude daquilo que se deve dimensionar, pois suas características próprias e

todo fator influente em sua natureza devem ser levados em conta.

O estudo do dimensionamento de pessoal em organizações se tornou

mais importante na medida em que a necessidade de quantificar o número de

trabalhadores por meio do estudo do elemento humano, ou seja, de sua

produtividade, seus custos e qualificações, mostrou-se essencial para o bom

funcionamento destas e, segundo Picchiai (1999), “os parâmetros e indicadores

funcionam como padrões de dimensionamento de pessoal, e também possibilitam o

planejamento dos custos de pessoal incorridos pelas instituições, permitindo uma

melhor utilização do capital humano em termos qualitativos”. Assim, observa-se que,

além dos aspectos quantitativos, o dimensionamento leva em conta e tem

consequências em aspectos qualitativos, aperfeiçoando, dessa forma, a gestão

de pessoas.

Este estudo foi dividido em etapas, conforme quadro abaixo, tendo o

Dimensionamento como a principal delas:

4

Figura 1 – Etapas do projeto.

5

2 OBJETIVOS

O presente estudo tem como principal objetivo indicar o efetivo ideal para

a Polícia Militar da Bahia com base em fatores endógenos e exógenos ao ambiente

da corporação, aspectos comparativos e nas mudanças ocorridas nas atividades das

diversas localidades do território baiano.

Estabelecer o efetivo necessário à execução da finalidade da instituição

possibilita ao gestor realizar as adequações que se fizerem necessárias no quadro

funcional contribuindo para a construção de uma gestão pública cada vez mais

pautada em critérios técnicos, minimizando eventuais aspectos políticos que possam

influenciar negativamente nos serviços prestados à sociedade.

Além de indicar o efetivo global ideal da instituição, também apresenta a

sua distribuição nas unidades e localidades baseando-se nos seguintes aspectos

técnicos:

Quantitativo de efetivo lotado em unidades administrativas gerais,

baseado em comparação com a realidade de outros estados;

O efetivo ideal que deve existir em cada unidade especializada por

meio do estudo das principais atividades desempenhadas por elas;

Efetivo que deve ser lotado em cada localidade, baseando-se nos

critérios: distribuição demográfica, histórico de criminalidade,

peculiaridades locais.

3 METODOLOGIA

A capacitação das equipes e a análise diagnóstica da realidade da PMBA

foram etapas que precederam o Dimensionamento. Este se inicia efetivamente com

o cálculo do quantitativo do efetivo ideal, sendo desdobrado de acordo com sua

lotação em administrativo geral e operacional, esse último, desdobrado em unidades

especializadas e unidades ordinárias (batalhões e companhias independentes).

6

3.1 Cálculo do Efetivo Ideal

O efetivo ideal será calculado por meio da soma entre os resultados

apurados no cálculo do efetivo ideal por fatores exógenos e do cálculo do efetivo

ideal por fatores endógenos.

3.1.1 Fatores exógenos

O cálculo do efetivo por meio de fatores exógenos se baseia na

comparação do Estado da Bahia com outros estados, regiões e países de

características similares ao estado baiano. Para cada localidade atribui-se um peso

relativo à sua importância na comparação com a Bahia, considerando alguns

indicadores específicos e relevantes em relação à segurança pública.

Tabela 1 – Cálculo dos fatores exógenos.

Peso para média ponderada x y z w Média

Ponderada

Local Bahia Localidade

1

Localidade

2

Localidade

3

Indicador 1 B

Indicador 2 C

Indicador 3 D

Indicador 4 E

Média Aritmética A F

Equação 1 – Efetivo ideal – fatores exógenos.

Tabela 2 – Fatores exógenos (cálculos) 1.

Peso (média ponderada) 2

5 4 3 1,31 0,69 0,04 0,84 0,04 0,07 Média

Ponderada Local Bahia Nordeste Brasil

Minas Gerais

São Paulo Paraguai Colômbia Chile México

POLICIAL/HABITANTE 0,002246 0,002008 0,002150 0,002209 0,001948 0,003315 0,002292 0,001876 0,004859 0,004874

POLICIAL/ÁREA 0,056071 0,072075 0,050306 0,077557 0,342660 0,054466 0,095455 0,043230 0,287295 0,082176

POLICIAL/HOMICÍDIOS 5,809026 5,773048 8,207134 10,741204 15,110322 31,273585 5,093333 34,740741 21,986425 9,440112

POLICIAL/ROUBO 0,692737 0,654476 0,394087 0,817324 0,264236 11,696914 1,915837 0,400234 0,764569 0,738341

Média Aritmética 1,640020 2,566376

1 Fonte dos Indicadores:

Policial – Perfil das Instituições de segurança Pública 2013 e International Statistics on Crime

and Justice 2010;

Habitantes e área – IBGE e IBGE países;

Homic ídios – Mapa da Violência 2013 e International Statistics on Crime and Justice 2011;

Roubos - Anuário Brasileiro de Segurança Pública e UNODC 2 Mais informações, consular anexo 2

7

Equação 2 – Efetivo ideal – fatores exógenos (cálculos).

O resultado dos cálculos apontou que o quantitativo ideal para a Bahia,

por fatores exógenos, é de 45.152.

3.1.2 Fatores endógenos

O cálculo do efetivo por meio de fatores endógenos aponta o efetivo

adicional que a Bahia deverá receber de acordo com as localidades que passaram

por mudanças posteriormente ao CENSO de 2010 (mapeadas pela pesquisa). Para

cada mudança detectada, será destinado um reforço no efetivo policial de acordo

com a mudança e o tamanho da cidade.

Tabela 3 – Quantidade de localidades que passaram por mudanças, de acordo com o tamanho.

Tamanho

(população)

Localidade passou a ser...

Polo de desenvolvimento

Grandes Investimentos

Sede de grandes

eventos

Polo turístico

Atividade econômica

Outros3

Pequena N1 N4 N7 N10 N13 N16

Média N2 N5 N8 N11 N14 N17

Grande N3 N6 N9 N12 N15 N18

Onde:

Nx: quantidade de localidades que passaram por mudanças de acordo

com o tipo e o tamanho da população.

Tabela 4 – Policiais adicionais de acordo com população e mudança4.

Tamanho (população)

Localidade passou a ser...

Polo de

desenvolvimento

Grandes

Investimentos

Sede de grandes

eventos

Polo

turístico

Atividade

econômica Outros5

Pequena X1 X4 X7 X10 X13 X16

Média X2 X5 X8 X11 X14 X17

Grande X3 X6 X9 X12 X15 X18

3 Na opção outros foram citados, por exemplo, o aumento expressivo do comercio e da população, implantação de campus universitário, agências bancárias entre outros .

4 Os tipos de mudança elencados são decorrentes de um diagnóstico nas unidades policiais do estado da Bahia.

5 Na opção outros foram citados, por exemplo, o aumento expressivo do comercio e da população,

implantação de campus universitário, agências bancárias entre outros.

8

Onde:

Xx: Reforço policial que a localidade deve receber de acordo com o tipo

de mudança e tamanho da localidade:

O somatório da multiplicação do número de localidades que passaram por

algum tipo de mudança pelo número de policiais adicionais de acordo com a

mudança indica que há a necessidade de alocação de mais 6.720 policiais.

Equação 3– Efetivo ideal – fatores endógenos (cálculos).

Uma vez calculado o efetivo ideal segundo fatores exógenos e

endógenos, obtém-se o efetivo ideal total de 51.872 policiais (tabela 5).

Equação 4 – Efetivo ideal total

Tabela 5 – Efetivo ideal total.

Fatores Efetivo

Endógenos 6.720

Exógenos 45.152

Efetivo ideal 51.872

A partir do efetivo ideal total da Polícia Militar, foram calculados os

efetivos ideais do administrativo geral e policiamento operacional (especializado e

ordinário). Para se chegar ao quantitativo ideal do administrativo geral utilizou-se a

comparação com outros estados; para as especializadas foram definidos critérios

para cada unidade de acordo com sua atividade; e para a distribuição do

policiamento ordinário foram utilizados critérios de distribuição demográfica, histórico

de criminalidade e peculiaridades locais.

9

3.2 Desdobramento do Efetivo Ideal (Unidades Administrativas Gerais e Unidades Operacionais)

3.2.1 Unidades Administrativas Gerais

Para dimensionar o efetivo das unidades administrativas, foi feito um

benchmark com outros Estados brasileiros para comparar o quadro de pessoal que

compõe o administrativo geral. Para realizar tal comparação, a PMBA apontou que a

Polícia Militar de Minas Gerais, São Paulo, Ceará e de Pernambuco adotam uma

doutrina semelhante e são comumente usadas como referência para a PMBA,

podendo ser utilizadas para este fim.

Para determinar o efetivo que deverá ser empregado nas unidades

administrativas do efetivo ideal da Bahia, utilizou-se a média do efetivo existente nas

unidades administrativas daqueles Estados. A tabela 6 aponta como se dá a lotação

dessas policias em relação à unidades administrativas e operacionais.

Tabela 6 – Lotação em Unidades Administrativas e Unidades Operacionais por Estado.

Lotação Bahia6 São Paulo7 Pernambuco8 Ceará9 Minas Gerais10

Média (%) Quant. % Quant. % Quant. % Quant. % Quant. %

Unidades

Administrativas 4.834 12%

6.311 8% 921 4% 1.740 11% 3.833 7% 8,327%

Unidades Operacionais 36.090 88% 77.218 92% 24.188 96% 13.820 89% 47.836 93% 91,673%

Total 40.924 83.529 25.109 15.560 51.669

6 Unidade administrativa: efetivo total subtraído dos bombeiros militares e efetivo das unidades especializadas, Batalhões da Polícia Militar e Companhias Independentes da Polícia Militar.

7 Unidade administrativa: Órgãos de Direção e de Apoio e Assessoria Policial-Militar. Unidade operacional: Órgão de Execução e Especiais de Execução e Casa Militar do Gabinete do Governador.

QOS não está sendo considerado, pois é um quadro comum aos PM e BM. 8 Unidade administrativa: Quadro de Oficiais de Saúde; Quadro de Capelães Policiais Militares; Quadro de Oficiais Músicos; Quadro de Oficiais de Administração; Qualificação Policial Militar

Particular (apesar de estar desempenhando a essência da atividade policial, está sendo considerado com administrativo por não estar disponível para a segurança pública). Unidade operacional: Quadro de Oficiais Policiais Militares; Qualificação Policial Militar Geral.

Vale ressaltar que o estado possui carreira administrativa para servidores civis. 9 Fonte: Lei de Organização Básica da PMCE, abril de 2014. Unidade administrativa: Órgãos de Direção Superior; Órgão de Gerência Superior; Órgãos de

Assessoramento Superior; Órgãos de Execução Instrumental. Unidade operacional: Órgãos de Execução Programática.

10 Unidade administrativa: atividade de direção geral e atividades de apoio.

Vale ressaltar que o estado possui carreira administrativa para servidores civis.

10

A comparação com a Polícia Militar de São Paulo, Pernambuco, Ceará e

Minas Gerais apontou qual a lotação ideal desse efetivo quando se trata de

unidades administrativas gerais e unidades operacionais (tabela 7).

Tabela 7 – Lotação do efetivo ideal.

Lotação Quantidade %

Unidades Administrativas Gerais 4.320 8,32%

Unidades Operacionais 47.552 91,67%

Total 51.872 100%

3.2.2 Unidades Operacionais (Unidades Especializadas e Ordinárias)

O efetivo das unidades operacionais é lotado nas unidades

especializadas e ordinárias (batalhões e companhias independentes).

3.2.2.1 Unidades Especializadas

A metodologia aplicada para as especializadas foi criada a partir de

critérios estabelecidos previamente pela PMBA a partir da forma de trabalho das

unidades especializadas na Bahia, que baseia suas atividades em missões e não

em pronto atendimento, como ocorre com as unidades de policiamento ordinário que

funcionam também com o atendimento de demandas.

– Companhias Independentes de Policiamento Especializado (CIPE)

As Companhias Independentes de Policiamento Especializado atualmente

contam com oito unidades, cada uma atuando em uma região do estado baiano:

Companhias Independentes de Policiamento Especializado – Caatinga;

Companhias Independentes de Policiamento Especializado –

Cacaueira;

Companhias Independentes de Policiamento Especializado – Cerrado;

Companhias Independentes de Policiamento Especializado – Litoral

Norte;

Companhias Independentes de Policiamento Especializado – Mata

Atlântica;

Companhias Independentes de Policiamento Especializado – Polo

Industrial;

11

Companhias Independentes de Policiamento Especializado –

Semiárido;

Companhias Independentes de Policiamento Especializado –

Sudoeste.

A estas unidades competem a execução das missões de policiamento

ostensivo nas suas áreas de responsabilidade, bem como o apoio às outras

unidades operacionais.

Baseando-se em suas missões, foi possível dividir suas atividades de

acordo com a natureza das mesmas:

Atividade preventiva: aquela onde a presença policial inibe a ação

delinquente e, por consequente, diminui a quantidade de delitos e

crimes. Critério utilizado para o dimensionamento da CIPE em relação

à atividade de natureza preventiva:

Quantidade de bases destacadas.

As bases destacadas existem em diferentes localidades e podem ser

fixas ou móveis. Fixas são aquelas que se encontram

permanentemente em uma mesma localidade. Móveis são aquelas

que em um determinado período podem estar em uma localidade e

em outro momento em outro ponto.

Atividade repressiva: aquela onde a atuação policial vem como

resposta a eventos, e suas operações podem, em sua maior parte, ser

planejadas com antecedência. Critérios utilizados para o

dimensionamento da CIPE em relação à atividade de natureza

repressiva:

Histórico de conflitos fundiários;

Histórico de operações ligadas ao narcotráfico;

Histórico de operações ligadas ao roubo de cargas;

Histórico de operações ligadas a roubo a bancos;

Histórico de operações ligadas a detentos em delegacias11.

11

No interior baiano, por vezes, os detentos se encontram em delegacias e não em unidades prisionais. Quando há rebeliões, fugas ou problemas ligados a tais detentos são as CIPE que são

acionadas.

12

Num cenário ideal, o efetivo da atividade preventiva não deve ser

desonerado em razão da necessidade de efetivo para a atividade repressiva. Desta

forma, o cálculo dos critérios é feito em duas partes considerando atividades

preventivas e repressivas:

O critério atividade preventiva é multiplicado pelo regime de trabalho, pois

seu efetivo foi calculado a partir de uma base diária. Já o critério atividade repressiva,

foi calculado numa base mensal, portanto não há necessidade de considerar o regime

de trabalho, pois já é levado em conta quando utilizada a base mensal.

A necessidade de se utilizar um equalizador na forma se deve porque,

segundo a PMBA, quanto maior a densidade demográfica de uma região, menor

seria necessária a quantidade de policiais militares, uma vez que a distância que

uma viatura policial deveria percorrer seria menor. Desta forma, foi feito um

equalizador territorial para aumentar ou diminuir o efetivo operacional ideal de

acordo com sua densidade demográfica.

As densidades demográficas de cada CIPE, ou seja, a relação da

população pela área, são muito distantes entre elas. Assim, utiliza-se a função

logaritmo decimal para trazer os números a mesma ordem de grandeza; desta forma

a escala logarítmica criada permitirá facilitar a comparação dos números, diminuindo

a distância entre eles de forma proporcional.

Como a densidade demográfica e a quantidade necessária de policiais

militares têm uma relação inversa, utiliza-se a função inversa para reverter a

proporção.

A tabela 8 apresenta os cálculos do efetivo operacional ideal.

Tabela 8 – Efetivo operacional ideal – CIPE.

Unidades Atividades

repressivas

Atividades

Preventivas RT

Efetivo destinado

as atividades

preventivas

Equalizador Efetivo

operacional ideal

CIPE-CAATINGA 187 28 3 84 0,9 256

CIPE-CACAUEIRA 265 28 3 84 0,6 204

CIPE-CERRADO 93 28 3 84 1,5 267

CIPE-LITORAL NORTE 255 56 3 168 0,6 252

CIPE-MATA ATLÂNTICA 186 20 3 60 0,7 178

CIPE-PÓLO INDUSTRIAL 134 4 3 12 N/A 146

CIPE-SEMI-ÁRIDO 117 32 3 96 0,9 197

CIPE-SUDOESTE 110 28 3 84 0,7 143

Total 1.347 224 - 672 - 1.642

13

A tabela 9 apresenta os cálculos do efetivo total ideal Companhias

Independentes de Policiamento Especializado (CIPE).

Tabela 92 – Efetivo total ideal – CIPE.

Unidades Efetivo

operacional ideal

Efetivo Suporte

Op eracional

Efetivo Comando

e Sub-comando

Previsão de

afastamento Efetivo Total Ideal

CIPE-CAATINGA 256 48 6 31 340

CIPE-CACAUEIRA 204 48 6 26 284

CIPE-CERRADO 267 48 6 32 353

CIPE-LITORAL NORTE 252 48 6 31 337

CIPE-MATA ATLÂNTICA 178 48 6 23 255

CIPE-PÓLO INDUSTRIAL 146 48 6 20 220

CIPE-SEMI-ÁRIDO 197 48 6 25 276

CIPE-SUDOESTE 143 48 6 20 217

Total 1.642 384 48 207 2.282

Onde:

Efetivo de suporte operacional 12: é a soma do efetivo destinado às

missões de suporte ao efetivo operacional, tal como o setor de missões

especiais, setor de qualidade e telemática, entre outros.

– Companhias Independentes de Policiamento Rodoviário (CIPRV) e

Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRV)

As Companhias Independentes de Policiamento Rodoviário e Batalhão de

Polícia Rodoviária contempladas neste estudo têm sede nos seguintes municípios:

A essas unidades competem a execução das missões de policiamento de

trânsito nas rodovias estaduais e nas rodovias federais delegadas13. Assim, cada

unidade14 pratica o policiamento das rodovias em sua área de atuação, por meio de

radio patrulhamento e atendimento a acidentes rodoviários.

12

Seção de apoio administrativo e financeiro e licitações; setor de recursos humanos, secretaria e protocolo; setor de material e patrimônio, transportes, serviços e segurança; setor de gestão orçamentária, financeira e licitações; corregedoria setorial e ouvidoria; setor de missões especiais;

setor de qualidade e telemática; seção de planejamento operacional e instrução; setor de planejamento operacional e instrução; setor de acompanhamento operacional, avaliação e estatística.

13 O policiamento das rodovias federais é, a princ ípio, feito pela Polícia Federal e não Estadual; entretanto, o policiamento de algumas delas é delegado à Polícia Estadual .

14 A Portaria nº 060 – CG/13 prevê seis companhias orgânicas para o BPRV, porém, na prática e em

seu ideal, o batalhão indicou cinco companhias.

14

Por sua atuação se dar principalmente nas rodovias, o critério

estabelecido para o dimensionamento destas unidades é a extensão das rodovias

de acordo com a criticidade de cada trecho. Esta classificação é feita pela própria

unidade, seguindo seu conhecimento rotineiro e sua experiência.

Após a classificação, a unidade especializada deve atribuir uma relação

de qui lômetros/viatura e quilômetros/base, ou seja, para cada tipo de rodovia,

considerando a sua criticidade, é indicada a necessidade de quantidade de viaturas

e bases para que o policiamento seja realizado.

Esta classificação e atribuição de viaturas por faixa de rodovia é essencial

para calcular a quantidade ideal de viaturas e bases.

As tabelas 10 e 11 apresentam os cálculos relativos à quantidade de

viaturas e bases.

Tabela 10 – Quantidade de viaturas.

Unidades

Rodovias Viaturas Quantidade

de viaturas15 Alta Crit.

(Ra)

Média. Crit.

(Rm)

Baixa Crit.

(Rb)

Alta Crit.

(Va)

Média. Crit.

(Vm)

Baixa Crit.

(Vb)

BPRV - 1ª Cia 473 * 285 200 450 650 3

BPRV - 2ª Cia 1.499 1.499 1.499 200 450 650 14

BPRV - 3ª Cia 693 534 509 166 124 108 14

BPRV - 4ª Cia 52 52 52 200 450 650 1

BPRV - 5ª Cia 895 180 * 200 450 650 5

CIPRV-

BARREIRAS 1.383 171 2.209 100 150 260 24

CIPRV-BRUMADO 1.417 815 65 200 300 520 10

CIPRV-ITABUNA 1.906 1.107 1.613 200 450 650 15

Total 8.318 4.357 6.231 - - - 86

15

Quantidade de viaturas arredondada ao maior número absoluto.

15

Tabela 11 – Quantidade de bases.

Unidades

Rodovias Bases Quantidade

de bases16 Alta Crit.

(Ra)

Média. Crit.

(Rm)

Baixa Crit.

(Rb)

Alta Crit.

(Ba)

Média. Crit.

(Bm)

Baixa Crit.

(Bb)

BPRV - 1ª Cia 473 - 285 100 200 500 5

BPRV - 2ª Cia 1.499 1.499 1.499 100 200 500 25

BPRV - 3ª Cia 693 534 509 261 173 163 9

BPRV - 4ª Cia 52 52 52 100 200 500 1

BPRV - 5ª Cia 895 180 - 298 120 * 5

CIPRV-

BARREIRAS 1.383 171 2.209 346 340 690 8

CIPRV-

BRUMADO 1.417 815 65 200 266 625 10

CIPRV-ITABUNA 1.906 1.107 1.613 400 665 750 9

Total 8.318 4.357 6.231 - - - 72

O efetivo operacional ideal é apresentado na tabela 12.

Tabela 12 – Efetivo operacional ideal – CIPRV e BPRV.

Unidades

Critério - viaturas Critério - bases Efetivo

operacional

ideal GM Viaturas RT GM Bases RT

BPRV - 1ª Cia 3 3 4 3 5 4 100

BPRV - 2ª Cia 3 14 4 3 25 4 474

BPRV - 3ª Cia 3 14 4 3 9 4 275

BPRV - 4ª Cia 3 1 4 3 1 4 23

BPRV - 5ª Cia 3 5 4 3 5 4 115

CIPRV-BARREIRAS 3 24 4 3 8 4 381

CIPRV-BRUMADO 3 10 4 3 10 4 243

CIPRV-ITABUNA 3 15 4 3 9 4 283

Total 24 86 32 24 72 32 1.894

A tabela 13 apresenta o efetivo total ideal das unidades especializadas

rodoviárias.

16

Quantidade de bases arredondada ao maior número absoluto. * Estas companhias não classificaram em criticidade alta média e baixa; mas em alta e baixa (1ª Cia)

e alta e média (5ª Cia).

16

Tabela 13 – Efetivo total ideal – CIPRV e BPRV.

Unidades

Efetivo

operacional

ideal

Efetivo

suporte

operacional

Efetivo

Comando e

Subcomando

Previsão de

afastamento

Efetivo Total

Ideal

BPRV 987 78 6 107 1.178

CIPRV-BARREIRAS 381 48 6 44 479

CIPRV-BRUMADO 243 48 6 30 327

CIPRV-ITABUNA 283 48 6 34 371

Total 1.894 222 24 214 2.354

– Companhias Independentes de Policiamento de Proteção

Ambiental (CIPPA) e Companhia de Polícia de Proteção Ambiental (COPPA)

Por terem missões e operações similares, o dimensionamento desta

unidades especializadas seguirá os mesmos critérios. A estas unidades competem a

execução das missões de polícia ostensiva na proteção de áreas de matas, florestas

e mananciais; além destas, conforme informado pelos representantes da CIPPA e

COPPA na PMBA, ambas atuam com base em denúncias como tráfico de plantas e

animais e na prevenção de delitos e crimes ambientais. Baseando-se em tais

informações sobre suas missões, foi possível dividir suas atividades de acordo com

a natureza das mesmas:

Atividade preventiva: aquela onde a presença policial inibe a ação

delinquente e, por consequente, diminui a quantidade de delitos e

crimes. Critério utilizado para o dimensionamento da CIPPA e COPPA

em relação à atividade de natureza repressiva:

Quantidade de áreas de proteção ambiental (APA) patrulhada e suas

áreas (em km2).

Atividade repressiva: aquela onde a atuação policial vem como

resposta à eventos e suas operações podem, em sua maior parte, ser

planejadas com antecedência. Critérios utilizados para o

dimensionamento da CIPPA e COPPA em relação à atividade de

natureza repressiva:

Histórico de solicitações de verificação dos locais a serem

protegidos;

Histórico de denúncias;

Histórico de missões de apoio a outros órgãos.

17

Num cenário ideal, o efetivo da atividade preventiva não deve ser

desonerado em razão da necessidade de efetivo para a atividade repressiva. Desta

forma, o cálculo dos critérios é feito em duas partes considerando atividades

preventivas e repressivas.

Atividade Preventiva: A tabela 14 apresenta os cálculos para o critério

de atividade preventiva.

Tabela 14 – Critério: Atividade Preventiva.

Unidades APA

Cobertura policial

ideal de uma

guarnição

(PM/KMAPA²)

GM

Quantidade total

de PM para

policiamento das

APA

CIPPA-LENÇOIS 1637 100 3 49,12

CIPPA-PORTO SEGURO 952 100 3 28,57

COPPA 3770 100 3 113,10

Atividade repressiva: Os critérios para o dimensionamento do efetivo

das CIPPA e da COPPA com base na atividade repressiva refletem as

missões, devem ser classificados em criticidades alta, média e baixa

considerando a periculosidade e o tamanho da operação; de acordo

com essa classificação, atribui-se a quantidade ideal de policiais

militares para cada faixa.

A tabela 15 apresenta os cálculos das ponderações.

Tabela 15 – Ponderação.

Unidades Solicitações (PS) Denúncias (PD) Apoio a outros órgãos (PA)

CIPPA-LENÇOIS 1,5 2,6 2,9

CIPPA-PORTO SEGURO 2,1 0,0 4,9

COPPA 2,8 2,8 1,4

As tabelas de 16 a 18 apresentam os cálculos para os critérios de

atividade repressiva.

18

Tabela 16 – Critério: solicitações17.

Unidade

Quantidade média diária de

solicitações Quantidade ideal de PM Quantidade

diária de PM

para atender

solicitações

Ponderação

(PS)

Efetivo

ideal Alta

criticidad

e (Sa)

Média

criticidade

(Sm)

Baixa

criticidade

(Sb)

Alta

criticidade

(PMSa)

Média

criticidade

(PMSm)

Baixa

criticidade

(PMSb)

CIPPA-LENÇOIS 0,25 - - 4,00 - - 1,02 1,46 1,49

CIPPA-PORTO

SEGURO 0,02 0,07 - 4,00 4,00 - 0,38 2,08 0,80

COPPA 3,00 - - 20 - - 56 3 175

Tabela 17 – Critério: denúncias18.

Unidade

Quantidade média diária de

denúncias Quantidade ideal de PM Quantidade

diária de PM

para atender

denúncias

Ponderação

(PD)

Efetivo

ideal Alta

criticidade

(Da)

Média

criticidade

(Dm)

Baixa

criticidade

(Db)

Alta

criticidade

(PMDa)

Média

criticidade

(PMDm)

Baixa

criticidade

(PMDb)

CIPPA-LENÇOIS 0,46 - - 4,00 - - 1,84 2,64 4,87

CIPPA-PORTO

SEGURO - - - - - - - - -

COPPA - 3 - - 8 - 26 4 97

Tabela 18 – Critério: apoios19.

Unidade

Quantidade média diária de apoio a

outros órgãos Quantidade ideal de PM

Quantidade

diária de

PM para

atender

apoios

Ponderação

(PA)

Efetivo

ideal Alta

criticidade

(Aa)

Média

criticidade

(Am)

Baixa

criticidade

(Ab)

Alta

criticidade

(PMAa)

Média

criticidade

(PMAm)

Baixa

criticidade

(PMAb)

CIPPA-LENÇOIS 0,50 - - 4,00 - - 2,02 2,89 5,84

CIPPA-PORTO SEGURO - 0,17 - - 4,00 - 0,91 4,92 4,48

COPPA - 0,08 0,01 - 8,00 0,00 0,66 0,15 0,10

Uma vez calculado cada critério, a tabela 19 apresenta o cálculo do

efetivo operacional ideal da CIPPA e COPPA.

17

Para os números nulos (-), as companhias não classificaram as operações em criticidade alta, média e baixa. Se todas as classificações forem nulas, a companhia não realizou nenhuma

operação durante o período. 18

Para os números nulos (-), as companhias não classificaram as operações em criticidade alta, média e baixa. Se todas as classificações forem nulas, a companhia não realizou nenhuma

operação durante o período. 19

Para os números nulos (-), as companhias não classificaram as operações em criticidade alta, média e baixa. Se todas as classificações forem nulas, a companhia não realizou nenhuma

operação durante o período.

19

Tabela 19 – Efetivo operacional ideal – CIPPA e COPPA.

Para o cálculo do efetivo ideal total, para o caso das CIPPA, foram

considerados os valores informados pelas unidades.

A tabela 20 apresenta os cálculos do efetivo total ideal.

Onde:

Efetivo de suporte operacional 20: é a soma do efetivo destinado às

missões de suporte ao efetivo operacional, tal como o setor de missões

especiais, setor de qualidade e telemática entre outros.

Tabela 20 – Efetivo total ideal – CIPPA e COPPA.

Unidades

Efetivo

operacional

ideal

Efetivo de

suporte

operacional

Efetivo Comando

e Subcomando

Previsão de

afastamento

Efetivo Total

Ideal

CIPPA-LENÇOIS 208 48 6 26 288

CIPPA-PORTO SEGURO 264 48 6 32 350

COPPA 498 50 6 44 485

– Esquadrão de Motociclistas de Águia (ESQD MCL ÁGUIA)

A esta unidade compete a execução das missões de policiamento de

trânsito e escolta de autoridades e dignitários, bem como de apoio a outras unidades

operacionais.

Dentro de suas atribuições e operações, os critérios selecionados para o

seu dimensionamento são:

Policiamento do Trânsito:

Operações ligadas ao policiamento ostensivo de trânsito (POTRAN);

Operações ligadas ao policiamento e fiscalização de trânsito

(PFTRAN).

20

Seção de apoio administrativo e financei ro; setor de recursos humanos, secretaria e protocolo;

setor de material e patrimônio, transportes, serviços e segurança; corregedoria setorial e ouvidoria; setor de missões especiais; setor de qualidade e telemática; seção de planejamento operacional e instrução; setor de planejamento operacional e instrução; setor de acompanhamento operacional,

avaliação e estatística; setor de educação ambiental.

Unidades

Atividade

preventiva Atividade repressiva Efetivo

Operacional Ideal APA Solicitações Denúncias Apoio

CIPPA-LENÇOIS 49 1 5 6 55

CIPPA-PORTO SEGURO 29 1 0 4 29

COPPA 113 175 97 0 385

20

Escoltas:

Escolta de valores;

Escolta de autoridades;

Escolta de dignitários.

Eventos desportivos e populares:

Eventos desportivos;

Eventos populares.

A tabela 21 apresenta os cálculos do efetivo operacional ideal.

Tabela 21 – Efetivo operacional ideal – ESQD MCL ÁGUIA.

Unidade

Critério

policiamento de

trânsito

Critério escoltas Critério jogos e

eventos GARRA21

Efetivo

operacional ideal

ESQD MCL ÁGUIA 166 9 27 60 262

Por fim, a tabela 22 apresenta o cálculo do efetivo total ideal.

Onde:

Efetivo de suporte operacional 22: é a soma do efetivo destinado às

missões de suporte ao efetivo operacional, tal como o setor de missões

especiais, setor de qualidade e telemática entre outros.

Tabela 22 – Efetivo total ideal – ESQD MCL ÁGUIA.

Unidade Efetivo

operacional ideal

Efetivo suporte

operacional

Efetivo Comando

e Subcomando

Previsão de

afastamento

Efetivo

Especializado

Ideal

ESQD MCL ÁGUIA 262 48 6 32 347

21

GARRA: é uma subunidade do Esquadrão de Polícia Montada, e seu efetivo ideal foi indicado pela

própria unidade, uma vez que suas atuações são pontuais e necessitam deste contingente para que sua operação seja efetiva.

22 Seção de apoio administrativo e financeiro; setor de recursos humanos, secretaria e protocolo;

setor de material e patrimônio, transportes, serviços e segurança; corregedoria setorial e ouvidoria; setor de missões especiais; setor de qualidade e telemática; seção de planejamento operacional e instrução; setor de planejamento operacional e instrução; setor de acompanhamento operacional,

avaliação e estatística.

21

– Esquadrão de Polícia Montada (ESQD P. MONT)

A esta unidade compete a execução das atividades de policiamento

ostensivo montado, missões especiais e apoio às outras unidades operacionais.

Desta forma, conforme o informado pela PMBA, o planejamento de suas atividades,

na época deste estudo, baseava-se na prevenção da criminalidade e apoio às

unidades de policiamento em eventos desportivos e eventos populares em Salvador

e sua região metropolitana. Baseando-se em tais informações sobre suas missões,

foi possível dividir suas atividades de acordo com a natureza das mesmas:

Atividade preventiva: aquela onde a presença policial inibe a ação

delinquente e, por consequente, diminui a quantidade de delitos e

crimes. Critério utilizado para o dimensionamento do Esquadrão de

Polícia Montada em relação à atividade de natureza repressiva:

Quantidade de postos de atuação.

Atividade repressiva: aquela aonde a atuação policial vem como

resposta a eventos, e suas operações podem, em sua maior parte, ser

planejadas com antecedência. Critérios utilizados para o

dimensionamento do Esquadrão de Polícia Montada em relação à

atividade de natureza repressiva:

Eventos desportivos policiados;

Eventos populares policiados.

Num cenário ideal, o efetivo da atividade preventiva não deve ser

desonerado em razão da necessidade de efetivo para a atividade repressiva. Desta

forma, o cálculo dos critérios é feito em duas partes considerando atividades

preventivas e repressivas.

O efetivo ideal total é apresentado na tabela 23:

Onde:

Efetivo técnico operacional: é a soma do efetivo destinado ao suporte

técnico especializado.

Efetivo de suporte operacional 23: é a soma do efetivo destinado às

missões de suporte ao efetivo operacional, tal como o setor de missões

especiais, setor de qualidade e telemática entre outros.

23

Seção de apoio administrativo e financeiro; setor de recursos humanos, secretaria e protocolo;

setor de material e patrimônio, transportes, serviços e segurança; corregedoria setorial e ouvidoria;

22

Tabela 23 – Efetivo ideal total – ESQD P.MONT.

Unidade Efetivo

operacional ideal

Efetivo técnico

operacional24

Efetivo suporte

operacional

Efetivo Comando

e Subcomando

Previsão de

afastamento

Efetivo

Especializado

Ideal

ESQD P.Mont 168 32 48 8 26 281

– Grupamento Aéreo (GRAER)

A esta unidade compete exercer, com exclusividade, atendendo aos

padrões técnicos, operacionais e de segurança de voo, o desempenho das ações e

do planejamento de emprego de aeronaves, nas diversas missões de Segurança

Pública e de Defesa Civil no âmbito da PMBA. Baseando-se em tais informações

sobre suas missões, foi possível dividir suas atividades de acordo com a natureza

das mesmas:

Atividade preventiva: aquela onde a presença policial inibe a ação

delinquente e, por consequente, diminui a quantidade de delitos e

crimes. Critério utilizado para o dimensionamento do GRAER

preventiva:

Histórico de missões preventivas do período. As missões

preventivas são: radio patrulhamento aéreo, radio patrulhamento

aéreo de festas populares e grandes eventos, escolta e segurança,

aerolevantamento estratégico, aerofotografia e aero cinematografia,

voo filmagem com utilização do FLIR, eventos desportivos e

simulado aero médico.

Atividade repressiva: aquela onde a atuação policial aéreo é decisiva

para o sucesso da operação; tal fato é decorrente à presteza que esse

grupamento possui em seu deslocamento. Critério utilizado para o

dimensionamento do GRAER repressiva:

setor de missões especiais; setor de quali dade e telemática; seção de planejamento operacional e

instrução; setor de planejamento operacional; setor de acompanhamento operacional, avaliação e estatística; seção de instrução.

24 Setor de veterinária e ferradoria; almoxarifado hípico e veterinário; setor de equitação; setor hípico,

picadoria e equoterapia;

23

Histórico de missões repressivas do período. As missões

repressivas são: roubo a veículo, roubo a banco, roubos diversos,

combate ao tráfico de drogas, rebeliões e fuga de presos, resistência

à ação policial, transporte de tropa, greves e movimentos

reivindicatórios, apoio a outras OPM, ocorrência com refém, outras

ocorrências, salvamento em ambiente líquido, em altura e terrestre,

busca e salvamento, transporte de mantimento e remédios, apoio

aero médico, remoção aero médica, resgate aero médico, transporte

aéreo intra-hospitalar, transporte de órgãos e combate a incêndio

florestal.

Além disso, há a atividade de apoio a outros órgãos, listada a seguir, que

também será utilizada como critério, mas não se enquadra na natureza das

atividades descritas acima. Para tal critério, será utilizado o histórico de suas

missões. As missões em apoio a outros órgãos são: voo com o Governador,

transporte de autoridades, voo com o Secretário de Segurança Pública, apoio a

Polícia Federal e apoio a Polícia Civil.

A tabela 24 apresenta o cálculo para o efetivo total ideal.

Onde:

Efetivo técnico operacional: é a soma do efetivo destinado ao suporte

técnico especializado.

Efetivo de suporte operacional 25: é a soma do efetivo destinado às

missões de suporte ao efetivo operacional, tal como o setor de missões

especiais, setor de qualidade e telemática entre outros.

25

Coordenação de apoio administrativo e financeiro; seção de recursos humanos, secretaria e protocolo; seção de material, patrimônio, serviços de segurança (guarda). Setor de telemática; corregedoria setorial, ouvidoria e comunicação social; seção de missões especiais; coordenação de

planejamento operacional; seção de planejamento operacional.

24

Tabela 24 – Efetivo total ideal – GRAER.

Unidade Efetivo

operacional total

Efetivo técnico

operacional26

Efetivo Suporte

Operacional

Efetivo Comando

e Subcomando

Previsão de

Afastamento

Efetivo

Especializado

Ideal

GRAER 44 66 47 7 16 180

– Batalhão Especializado em Policiamento de Eventos (BEPE)

O Batalhão de Policiamento de Eventos foi criado a partir do efetivo do

Batalhão de Polícia de Choque, a fim de policiar os diversos eventos durante a época

sazonal de festas. Fora dessas épocas, o BEPE faz rádio patrulhamento, dando apoio

às outras unidades operacionais. Baseando-se em tais informações sobre suas

missões essenciais, verifica-se que as mesmas são de natureza repressiva.

Atividades repressivas: são aquelas onde a atuação policial vem como

resposta a eventos, e suas operações podem, em sua maior parte, ser

planejadas com antecedência. Critérios utilizados para o

dimensionamento do BEPE:

Eventos populares policiados;

Eventos desportivos policiados.

Os eventos populares são classificados de acordo com sua criticidade em

alta e média, baseando-se no caráter do evento, seu público e outros fatores

considerados importantes. Para cada faixa, é atribuída uma quantidade de policiais

militares para realizar o policiamento.

Para os eventos desportivos, no caso da Bahia, existe um protocolo de

atuação que determina a quantidade de policiais militares de acordo com o tipo de

evento, considerando a quantidade do público presente.

O BEPE possui um protocolo de atuação em eventos desportivos, que

prevê a quantidade média de policiais necessários para fazer a segurança de jogos

de acordo com o público. A tabela 25 indica os parâmetros criados em 2009, e a

tabela 26 a atualização ocorrida em 2010 para a classificação de Pequeno Porte: 26

Setor de acompanhamento operacional, avaliação e estatística; setor da central de operações – CENOP; coordenação de qualidade em serviços; seção de difusão e gestão pela qualidade; setor

de padronização de procedimentos; coordenação de segurança operacional aeronáutica; seção de apoio à segurança de voo; coordenação de transporte, apoio e suprimento aéreo (TASA); setor de controle e gestão de TASA; setor de transportes e manutenção; coordenação de manutenção

aeronáutica; seção de gestão e controle técnico de manutenção; seção de inspeção e manutenção aeronáutica; coordenação de instrução e treinamento; seção de qualificação e doutrina; setor de treinamento físico e acompanhamento; setor de formação sanitária; gabinete médico especializado

em saúde aeroespacial e APH; gabinete psicológico especializado em fator humano.

25

Tabela 25 – Classificação dos eventos desportivos.

Porte do Evento Desportivo Pequeno Médio Grande

Público Abaixo de 10.000 Entre 10.000 e 20.000 Acima de 20.000

Quantidade de PM Entre 150 e 300 PM Entre 300 e 600 PM Entre 600 e 800 PM

Tabela 26 – Desdobramento da classificação dos eventos desportivos de pequeno porte.

Porte do Evento Desportivo I II III IV

Público entre 5.000 e 10.000 entre 2.000 e 5.000 entre 1.000 e 2.000 abaixo de 1.000

Quantidade de PM entre 300 e 150 entre 150 e 60 entre 60 e 30 30 PM

Para o critério eventos, a separação em eventos de alta e média

criticidade foi feita a partir da média do efetivo empregado nos eventos. Os eventos

que empregaram um efetivo superior ao efetivo médio empregado no período são

considerados de alta criticidade; os eventos que empregaram um efetivo inferior ao

efetivo médio empregado no período são considerados de média criticidade. A

média de efetivo empregado nos eventos populares para o período é de 38,44.

A tabela 27 apresenta o efetivo operacional ideal.

Onde:

RT: quantidade de companhias necessárias para o cumprimento do

regime de trabalho empregado.

Tabela 27 – Efetivo operacional ideal – BEPE.

Unidade Eventos

desportivos

Eventos

populares RT

Efetivo

operacional ideal

BEPE (21o BPM) 112 23 4 538

Por fim, a tabela 28 apresenta o cálculo para o efetivo total ideal.

Onde:

Efetivo de suporte operacional 27: é a soma do efetivo destinado às

missões de suporte ao efetivo operacional, tal como o setor de missões

especiais, setor de qualidade e telemática entre outros.

27

Centro de apoio administrativo e financeiro; seção de recursos humanos, secretaria e protocolo;

seção de apoio administrativo e financeiro; seção de material e patrimônio,serviços e segurança; setor de transportes; seção de qualidade e telemática; corregedoria setorial e ouvidoria; seção de missões especiais; coordenação de planejamento operacional e instrução; seção de planejamento

operacional e instrução; seção de acompanhamento operacional, avaliação e estatística.

26

Tabela 28 – Efetivo ideal total – BEPE.

Unidade Efetivo operacional

ideal

Efetivo suporte

operacional

Efetivo Comando

e Subcomando

Previsão de

afastamento Efetivo ideal total

BEPE (21o BPM) 538 67 6 61 673

– Batalhão de Polícia de Choque (BPCHQ)

A esta unidade compete a execução das atividades de preservação da

ordem pública, constituindo-se, ainda, numa tropa de reação do Comando Geral,

especialmente instruída e treinada para as missões de alto risco em apoio a outras

unidades operacionais.

Cada missão é realizada pela companhia orgânica especializada

competente. As companhias orgânicas são:

Companhia de Controle de Tumultos e Distúrbios Civis (CTDC);

Companhia de Operações Especiais (COE);

Companhia de Operações com Cães (COC);

Companhia de Ações Táticas (CAT);

Companhia de Segurança Interna (CSI);

Companhia de Apoio e Recompletamento (CAR).

Desta forma, o efetivo ideal é pautado para cada companhia orgânica

individualmente, de acordo com suas atuações e missões.

A tabela 29 apresenta o efetivo operacional ideal.

Onde:

RT: quantidade de pelotões necessários para o cumprimento do regime

de trabalho empregado por cada companhia orgânica.

Tabela 29 – Efetivo operacional ideal – BPChq.

Unidade Missões

CTDC

Missões

CAT

Missões

COC

Missões

COE CAR CSI RT

Efetivo

operacional ideal

BPChq 120 80 40 60 30 12 4 378

Por fim, a tabela 30 apresenta o efetivo total ideal.

Onde:

27

Efetivo de suporte operacional 28: é a soma do efetivo destinado às

missões de suporte ao efetivo operacional, tal como o setor de missões

especiais, setor de qualidade e telemática entre outros.

Tabela 30 – Efetivo total ideal – BPChq.

Unidade

Efetivo

operacional

ideal

Efetivo suporte

operacional

Efetivo

Comando e

Subcomando

Previsão de

afastamento

Efetivo

Especializado

Ideal

BPChq 378 50 6 43 477

– Batalhão de Polícia de Guardas (BPGD)

Ao Batalhão de Polícia de Guardas compete as atividades de guarda nos

quartéis da Corporação, guarda e manutenção da ordem nos estabelecimentos

penais do Estado, bem como da escolta de presos, constituindo-se, ainda, numa

tropa de representação da Corporação.

Os critérios para o seu dimensionamento são:

Quantidade de postos a serem policiados em unidades prisionais e em

hospitais;

Histórico de revistas do período;

Histórico de custódias do período;

Histórico de escoltas do período.

Para cada critério, o Batalhão de Polícia de Guardas indicou o efetivo

ideal destinado a cada missão.

A tabela 31 apresenta do efetivo operacional ideal.

Tabela 31 – Efetivo operacional ideal – BPGD.

Unidade Critério

Postos

Critério

Revistas

Critério

Custódias

Critério

Escoltas

Efetivo

operacional

ideal

BPGD 1.044 100 16 108 1.268

28

Coordenação de apoio administrativo, financeiro e licitações; seção de recursos humanos, secretaria e protocolo; seção de gestão orçamentária financeira e licitações; seção de material, patrimônio,serviços e segurança; setor de aprovisionamento; setor de transportes; seção de

qualidade e telemática; corregedoria setorial e ouvidoria; seção de missões especiais; seção de gerenciamento de crises; coordenação de planejamento operacional e instrução; seção de planejamento operacional e instrução; seção de acompanhamento operacional, avaliação e

estatística.

28

A tabela 32 apresenta o efetivo ideal total.

Onde:

Efetivo de suporte operacional 29: é a soma do efetivo destinado às

missões de suporte ao efetivo operacional, tal como o setor de missões

especiais, setor de qualidade e telemática entre outros.

Tabela 32 – Efetivo total ideal – BPGD.

Unidade

Efetivo

operacional

ideal

Efetivo suporte

operacional

Efetivo

Comando e

Subcomando

Previsão de

afastamento

Efetivo Total

Ideal

BPGD 1.268 84 6 135 1.487

O efetivo ideal apontado pelos cálculos para o BPDG é elevado, o que

pode dificultar a gestão e controle do batalhão e de seu efetivo. Desta forma,

propõe-se que seja avaliada a possibilidade do Batalhão de Polícia de Guardas ser

desmembrado em unidades menores, de modo que o efetivo não ultrapasse 720

policiais, faixa máxima estabelecida por indicação da PMBA.

– Companhias Independentes de Policiamento Tático (CIPT)

Às Companhias Independentes de Policiamento Tático compete a

execução das missões de policiamento de rádio-patrulhamento nas respectivas

áreas de responsabilidade, em articulação com os Comandos de Policiamento

Regional e acompanhamento técnico do Comando de Operações PM.

As atividades das CIPT envolvem principalmente atividades preventivas,

realizadas por rádio patrulhamento em viaturas, em apoio às unidades de

policiamento ostensivo realizado. Desta forma, o dimensionamento destas unidades

é feito de acordo com a quantidade ideal de viaturas para cada unidade. A

quantidade ideal é indicada por cada CIPT seguindo seu conhecimento rotineiro e

sua experiência.

A tabela 33 apresenta o efetivo ideal total.

29

Coordenação de apoio administrativo, financeiro e licitações; seção de recursos humanos, secretaria, protocolo e arquivo; seção de gestão orçamentária financeira e licitações; seção de

material, patrimônio,serviços e segurança; setor de transportes; seção de qualidade e telemática; corregedoria setorial e ouvidoria; seção de missões especiais; coordenação de planejamento operacional e instrução; seção de planejamento operacional e instrução; seção de

acompanhamento operacional, avaliação e estat ística.

29

Onde:

Efetivo de suporte operacional 30: é a soma do efetivo destinado às

missões de suporte ao efetivo operacional, tal como o setor de missões

especiais, setor de qualidade e telemática entre outros.

Tabela 33 – Efetivo total ideal – CIPT.

Unidade Efetivo

operacional ideal

Efetivo suporte

operacional

Efetivo Comando

e Subcomando

Previsão de

afastamento

Efetivo

Especializado

Ideal

CIPT/A 159 48 6 21 234

CIPT/B 120 47 6 17 190

CIPT/C 88 47 6 14 155

CIPT/RMS 240 48 6 29 323

– Efetivo Especializado Total Ideal

A tabela 34 indica o quantitativo ideal total para as unidades

especializadas de acordo com a metodologia e cálculos apresentados nos tópicos

anteriores.

Tabela 34 – Efetivo especializado ideal.

Unidades Efetivo Especializado

Ideal

Batalhão de Polícia de Choque 477

Batalhão de Polícia de Guardas 1.494

Batalhão de Polícia Rodoviária 1.178

Companhia de Proteção Ambiental 486

Companhia Independente de Polícia Rodoviária Barreiras 479

Companhia Independente de Polícia Rodoviária Brumado 327

Companhia Independente de Polícia Rodoviária Itabuna 371

Companhia Independente de Policiamento de Proteção Ambiental Lençóis 288

Companhia Independente de Policiamento de Proteção Ambiental Porto Seguro 350

Esquadrão de Motociclistas Águia 347

Esquadrão de Polícia Montada 281

Companhia Independente de Policiamento Especializado Caatinga 340

Companhia Independente de Policiamento Especializado Cacaueira 284

Companhia Independente de Policiamento Especializado Cerrado 353

30

Seção de apoio administrativo, financeiro e licitações; setor de recursos humanos, secretaria e

protocolo; setor de material e patrimônio, serviços e segurança; corregedoria setorial e ouvidoria; setor de missões especiais; setor de qualidade e telemática; seção de planejamento operacional e instrução; setor de planejamento operacional e instrução; setor de acompanhamento operacional,

avaliação e estatística.

30

Unidades Efetivo Especializado

Ideal

Companhia Independente de Policiamento Especializado Litoral Norte 337

Companhia Independente de Policiamento Especializado Mata Atlântica 255

Companhia Independente de Policiamento Especializado Polo Industrial 220

Companhia Independente de Policiamento Especializado Semiárido 276

Companhia Independente de Policiamento Especializado Sudoeste 217

Companhia Independente de Policiamento Tático - CPRC - Atlântico 234

Companhia Independente de Policiamento Tático - CPRC - Baia de Todos os Santos 190

Companhia Independente de Policiamento Tático - CPRC - Central 155

Companhia Independente de Policiamento Tático - CPRMS 323

Grupamento Aéreo 180

21o BMP (BEPE) 673

Total 10.114

3.2.2.2 Unidades Ordinárias (batalhões e companhias independentes)

O efetivo das unidades ordinárias (batalhões e companhias

independentes) é o resultado da diferença do efetivo lotado nas unidades

operacionais com o lotado nas unidades especializadas (tabela 35).

Tabela 35 – Lotação.

Lotação - PMBA Bahia

Quantidade %

Unidades Administrativas 4.320 8,33%

Unidades Operacionais Unidades especializadas 10.114 19,50%

Batalhões e Companhias Independentes 37.438 72,17%

Total 51.872 100%

Este efetivo foi distribuído em seus diversos batalhões e companhias

independentes com base em critérios técnicos. A metodologia de distribuição do

efetivo ordinário é baseada em informações coletadas na etapa do diagnóstico e em

informações coletadas junto às instituições governamentais competentes. Os pilares

nominais da metodologia de distribuição são:

Distribuição demográfica: destina-se aos serviços de prevenção e

repressão imediata dos delitos em geral e das infrações

administrativas, realizados por meio dos vários processos de

policiamento. Esse pilar possui dois critérios:

31

População residente: população residente na forma do número

absoluto de habitantes por município, verificado em dado oficial do

IBGE por meio do CENSO mais recente;

População pendular: trata do policiamento destinado a atender o

fenômeno do movimento populacional pendular31.

Histórico de criminalidade: destina-se à prevenção e repressão de

homicídios dolosos e de roubos em geral. Esse pilar possui dois

critérios, selecionados para tal por refletirem a sensação de segurança

para a população:

CVLI: Crimes Violentos Letais Intencionais;

CVP: Crimes Violentos contra o Patrimônio.

Peculiaridades locais: destina-se a atender as peculiaridades caso a

caso, podendo ser utilizado por um ou mais processos de policiamento,

conforme for conveniente. Esse pilar possui sete critérios:

Unidades prisionais;

Polos Econômicos;

Comunidades;

Conflitos fundiários;

Manifestações;

Grandes eventos;

Entroncamentos Rodoviários.

O efetivo de uma unidade ordinária é composto em comando e

subcomando da unidade, efetivo de suporte operacional e efetivo operacional. O

efetivo do comando e subcomando apresenta um quadro organizacional comum

para os batalhões e um quadro para as companhias independentes da Polícia Militar

da Bahia. O efetivo de suporte operacional está alocado nas áreas que fornecem

suporte ao policiamento ostensivo. Este suporte é composto de seções como

Coordenação de Apoio Administrativo, Financeiro e Licitações, Corregedoria Setorial

e Ouvidoria, Coordenação de Planejamento Operacional e Instrução, e ntre outros.

Estas seções do suporte operacional compõem um efetivo que está distribuído em

faixas, onde cada faixa corresponde a um tamanho de OPM que apresenta um

31

Deslocamento quotidiano de um grande número de pessoas entre o local de residência e o local de trabalho ou estudo e vem ganhando importância devido ao crescimento significativo desse fluxo de

pessoas.

32

efetivo de suporte operacional distinto. Para os cálculos do efetivo ideal, foi utilizado

o quantitativo mínimo de cada faixa de suporte operacional, salvo os batalhões com

mais de 720 policiais, onde se aplica o efetivo máximo de 78 policiais. De acordo

com a tabela 36:

Tabela 36 – Faixas do Efetivo de Suporte Operacional

Faixas

Efetivo

operacional –

f ixado

Efetivo de Suporte Operacional

Efetivo

mínimo

Efetivo

Máximo Efetivo médio

Variação

máxima

permitida

Companhia Independente Pequena Até 130 47 52 50 5%

Companhia Independente Média De 131 a 240 48 65 57 18%

Companhia Independente Grande De 241 a 360 48 69 59 22%

Batalhão Pequeno De 361 a 480 50 78 64 28%

Batalhão Médio De 481 a 600 67 69 68 1%

Batalhão Grande De 601 a 720 67 78 73 8%

O efetivo operacional é o efetivo que pode ser distribuído em unidades

menores de policiamento (companhias orgânicas e pelotões). Estas unidades são as

unidades que estão alocadas para fazer o policiamento de rua, podendo solicitar

reforços oriundos do efetivo de suporte operacional ou de outras unidades da PMBA.

Uma vez que o efetivo ideal foi definido, é necessário fazer o

recompletamento para que a quantidade do efetivo real se iguale ao ideal,

considerando a quantidade necessária de ingressos de acordo com a hierarquia

(praças e oficiais) conforme apresentado na tabela 37. Oficiais são os postos c uja

investidura exige nível superior de Formação (Tenente, Capitão, Major, Tenente

Coronel e Coronel), já os Praças são aqueles policiais que ingressam na polícia

portando apenas a escolaridade de nível Médio (Soldado, Cabo, Sargento e

Subtenente).

Tabela 37 – Efetivo necessário para atingir o efetivo ideal

Hierarquia Efetivo real Efetivo Ideal Recompletamento

Oficiais 2.326 4.666 2.340

Praças 25.831 47.206 21.375

Total 28.157 51.872 23.715

33

A distribuição do quantitativo destinado aos postos dos oficiais e as

graduações dos praças foi feita seguindo a estrutura organizacional quando da

realização deste estudo e comparando os totais de oficiais e praças da Bahia com

os totais de outros estados brasileiros com características similares ao Estado da

Bahia e com outros estados brasileiros utilizados como referências, considerando

indicadores específicos em relação à segurança pública (Tabela 38).

Tabela 38 – Comparativo por Posto e Graduação

Posto e graduação

Bahia32 São Paulo33 Minas Gerais34 Brasília35 Paraná36 Ceará37 Pernambuco38 Média (BA, SP, MG,

CE, PE)

Quant. % Quant. % Quant. % Quant. % Quant. % Quant. % Quant. %

Coronel 28 0,1% 54 0,1% 42 0,2% 19 0,1% 24 0,1% 40 0,2%

Tenente-

Coronel 108 0,3% 214 0,3% 90 0,5% 66 0,3% 65 0,4% 99 0,4%

Major 332 0,8% 398 0,5% 252 1,3% 150 0,7% 148 0,8% 236 0,9%

Capitão 1261 3,1% 1214 1,5% 401 2,1% 367 1,7% 257 1,5% 522 2,1%

Tenente 2840 6,9% 3597 4,3% 764 4,1% 874 4,0% 694 3,9% 1333 5,3%

Total de oficiais 4569 11,2% 5477 6,6% 4209 8,1% 1549 8,3% 1476 6,7% 1188 6,8% 2230 8,9% 8,3%

Subtentente 1105 2,7% 11399 13,6% 604 3,2% 228 1,0% 665 3,8% 160 0,6%

Sargento 5205 12,7% 7331 39,3% 3006 13,6% 1505 8,6% 3068 12,2%

Cabo 1604 3,9% 66653 79,8% 3503 18,8% 0 0,0% 3209 18,2% 5500 21,9%

Soldado 28441 69,5% 5686 30,5% 17387 78,7% 11024 62,7% 14151 56,4%

Total de

praças 36355 88,8% 78052 93,4% 47460 91,9% 17124 91,7% 20621 93,3% 16403 93,2% 22879 91,1% 91,7%

Total 40924 100,0% 83529 100,0% 51669 100,0% 18673 100,0% 22097 100,0% 17591 100,0% 25109 100,0%

Relação oficiais/praça 0,126 0,070 0,089 0,090 0,072 0,072 0,097 0,088

Já a distribuição específica por cada posto ou graduação considerou o

número necessário para cada unidade da PMBA, definindo separadamente a

quantidade de policiais necessários para exercerem o comando e o subcomando da

unidade, para executarem o suporte operacional no padrão mínimo, e a maioria para

realizar as atividades especificas de patrulhamento ou puramente operacionais. A

partir desta definição fez-se uma proporção hierárquica por cada posto e graduação

considerando a legislação em vigor. A Tabela 39 apresenta toda a distribuição do

efetivo ideal total considerando também a divisão macro entre Administrativo Geral,

Suporte Operacional e Operacional.

32

Fonte: Decreto nº 55.742, de 27 de abril de 2010. 33

Fonte: Decreto nº 55.742, de 27 de abril de 2010. 34

Fonte: Lei 20533, de 13/12/2012. 35

Fonte: Lei nº 12.086, de 6 de novembro de 2009. 36

Fonte: Lei nº 16.576 de 29 de setembro de 2010. 37

Fonte: Lei 15.217 de 05 setembro de 2012. 38

Fonte: Lei complementar nº 211, 08/10/2012.

34

Tabela 39 – Distribuição Final

Posto/Graduação

Efetivo

Administrativo Geral

Efetivo unidades especializadas Efetivo unidades ordinárias

Total Operacional

Suporte operacional

e Comando e Subcomando

Operacional

Suporte operacional e

Comando e Subcomando

Coronel 27 0 0 0 0 27

Tenente Coronel 85 0 5 0 16 106

Major 158 0 35 0 127 320

Capitão 505 32 109 123 430 1.199

Tenente 449 186 223 1.129 992 2.979

Subtenente 174 205 34 759 218 1.390

Sargento 1.062 844 296 2.763 1.120 6.085

Cabo 185 185 86 1471 350 2.277

Soldado 1.675 7.228 646 25.377 2.563 37.489

Total 4.320 8.680 1.434 31.622 5.816 51.872

4 CONCLUSÃO

Este projeto também contemplou a elaboração de um Plano Estratégico

após a conclusão da etapa Dimensionamento, onde foram apresentadas as

considerações, aspectos, alternativas e ações necessárias para viabilizar o

dimensionamento do efetivo da Polícia Militar, tanto para o recompletamento do

efetivo quanto para a distribuição dos mesmos entre as unidades de policiamento

ostensivo.

Uma vez estabelecidas e implantadas as matrizes de fixação e

distribuição de efetivo, ficam criadas as condições para o aperfeiçoamento da gestão

da Força Policial Ostensiva do Estado, podendo ser adotadas ou aperfeiçoadas

outras providências com respeito ainda à melhoria na gestão de pessoas, como:

Plano de Recompletamento de Efetivo

Relação de Prioridade de Transferência

Tecnologia aplicada à gestão de pessoas

Capacitação

Avaliação de desempenho

Saúde preventiva

Condicionamento físico

Condicionamento técnico de tiro

Justiça e disciplina

Assistência social

35

Programa de apoio psicológico para policiais envolvidos em

ocorrências de alto risco

Preparação para a inatividade

A partir deste projeto a Polícia Militar do Estado da Bahia passa a dispor de

uma valiosa ferramenta que auxilia a instituição no controle e gestão de seu efetivo. É

necessário que todas as atividades desempenhadas em tempo de projeto se repitam

periodicamente de forma a reavaliar os resultados encontrados, aprimorando, a cada

reaplicação da metodologia, o dimensionamento do efetivo policial de forma a

contribuir na diminuição das estatísticas de criminalidade do Estado.

REFERÊNCIAS

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BRASIL/BAHIA. Decreto no 10.152 de 09 de novembro de 2006. Aprova a

Organização Estrutural e Funcional da Polícia Militar do Estado da Bahia – PM/BA.

BRASIL/BAHIA. Lei no 12.371 de 21 de dezembro de 2011. Institui o Sistema de

Definição e Acompanhamento de Metas para o Indicador Estratégico e outros Indicadores de Controle de Criminalidade no Estado da Bahia, estabelece regras para a concessão do Prêmio por Desempenho Policial.

BRASIL/BAHIA. Lei no 7.990 de 27 de dezembro de 2001. Dispõe sobre o Estatuto

dos Policiais Militares do Estado da Bahia.

BRASIL/BAHIA. Lei no 9.848 de 29 de dezembro de 2005. Reorganiza a Polícia

Militar da Bahia, dispõe sobre o seu efetivo.

BRASIL/BAHIA. Portaria no 060 - CG/13 – de 08 de agosto de 2013. Regulamenta a

Organização Estrutural e Funcional da Polícia Militar da Bahia.

BRASIL/MATO GROSSO. Lei Complementar n° 279, de setembro de 2007. Dispõe

sobre a convocação dos militares da reserva remunerada para o serviço ativo no

Estado de Mato Grosso.

BRASIL/PERNAMBUCO. Decreto no 7.510, de 18 de outubro de 1981. Aprova o

Regulamento de Movimentação de Oficiais e Praças da Polícia Militar de Pernambuco.

BRASIL/RIO DE JANEIRO. Decreto no 43.624 de 31 de maio de 2012. Aprova os

critérios de distribuição de efetivo das polícias civil e militar do Estado do Rio de Janeiro.

36

CARSTENS, P. S. L. e PERIOTTO, A. J. , Gestão de Políticas Públicas no

Paraná, Efetivo Policial Militar: Paradigmas e Proposta Metodológica para Cálculo de Necessidades (p.443-456). Disponível em:

<http://www.escoladegoverno.pr.gov.br/arquivos/File/formulacao_e_gestao_de_politicas_publicas_no_parana/volume_II/capitulo_4_seguranca_publica/4_10.pdf>.

IBGE. Países. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/paisesat/>.

International Statistics on Crime and Criminal Justice - Stefan Harrendorf,

Markku Heiskanen, Steven Malby – European Institute for United Nations Office on

Drugs and Crime (UNODC) Crime Prevention and Control, PO Box 500 , Affiliated with the United Nations (HEUNI) 1400 Vienna, P.O. Box 444 Austria, FIN 00531 Helsinki, Finland, HEUNI Publication Series No. 64 - Helsinki 2010.

MACHLINE, C. e PICCHIAI, D. O Dimensionamento dos Recursos Humanos na Área Operacional da Empresa, SIMPOI (2009).

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Edição, Julio Jacobo Waiselfisz. E U R O P E A N I N S T I T U T E F O R. C Ministério da Justiça. 2012, São Paulo.

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Bahia, dezembro de 2011.

UNODC. Disponível em: <www.unodc.org/documents/data-

andanalysis/statistics/crime/ CTS12_ Robbery.xls>.

37

___________________________________________________________________

AUTORIA

Ana Paula dos Santos – Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental. Superintendência de Recursos Humanos (SRH) – Secretaria da Administração do Estado da Bahia

(SAEB).

Endereço eletrônico: [email protected]

Cecília Castanheira Ponce – Superintendência de Recursos Humanos (SRH) – Secretaria da Administração do Estado da Bahia (SAEB).

Endereço eletrônico: [email protected]

Claudinei de Sousa Pereira – Superintendência de Recursos Humanos (SRH) – Secretaria da Administração do Estado da Bahia (SAEB).

Endereço eletrônico: [email protected]