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ADMINISTRATIVO Aula 1 1. NOÇÕES GERAIS - Conceito: Ramo do direito público que estuda princípios e regras de disciplina do exercício da função administrativa . É Direito Público porque estuda atividades estatais; Princípios e regras também chamados de regime jurídico administrativo; 1.1 CARACTERÍSTICAS DA FUNÇÃO ADMINISTRATIVA: a) Típica, mas não exclusiva do poder executivo (exercida pelo poder executivo, mas em caráter atípico pelos outros poderes). Por ex: senado federal realizando licitação, o poder legislativo está exercendo função administrativa em caráter atípico. Concurso público do TJ, o poder judiciário está realizando função administrativa; b) É exercida em caráter infralegal, ou seja, exercida abaixo da Lei, em subordinação à Lei. Logo, um ato administrativo não pode contrariar a Lei, ou será considerado nulo. c) Consiste em aplicar de ofício a Lei (Miguel de Seabra Fagundes): O legislativo cria a Lei, posteriormente o Judiciário e Executivo aplicam a Lei criada pelo Legislativo. Porém, o Judiciário necessita de provocação, já o Executivo pode aplicar de ofício a Lei, sem necessidade de provocação da parte interessada. “A Administração Pública não precisa de provocação da parte para agir; tudo que faz pode ser de ofício” 2. PRINCÍPIOS DO DIREITO ADMINISTRATIVO - São normas gerais que veiculam os valores fundamentais do sistema. Se algum ato praticado violar algum princípio, será considerado nulo , logo os princípios cumprem uma função prática muito relevante. - Baseados em 2 noções centrais: Supra princípios do direito administrativo (acima dos outros)

Direito Administrativo (1)

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ADMINISTRATIVOAula 11. NOES GERAIS- Conceito: Ramo do direito pblico que estuda princpios e regras de disciplina do exerccio da funo administrativa. Direito Pblico porque estuda atividades estatais; Princpios e regras tambm chamados de regime jurdico administrativo; 1.1 CARACTERSTICAS DA FUNO ADMINISTRATIVA: a) Tpica, mas no exclusiva do poder executivo (exercida pelo poder executivo, mas em carter atpico pelos outros poderes). Por ex: senado federal realizando licitao, o poder legislativo est exercendo funo administrativa em carter atpico. Concurso pblico do TJ, o poder judicirio est realizando funo administrativa; b) exercida em carter infralegal, ou seja, exercida abaixo da Lei, em subordinao Lei. Logo, um ato administrativo no pode contrariar a Lei, ou ser considerado nulo. c) Consiste em aplicar de ofcio a Lei (Miguel de Seabra Fagundes): O legislativo cria a Lei, posteriormente o Judicirio e Executivo aplicam a Lei criada pelo Legislativo. Porm, o Judicirio necessita de provocao, j o Executivo pode aplicar de ofcio a Lei, sem necessidade de provocao da parte interessada. A Administrao Pblica no precisa de provocao da parte para agir; tudo que faz pode ser de ofcio

2. PRINCPIOS DO DIREITO ADMINISTRATIVO- So normas gerais que veiculam os valores fundamentais do sistema. Se algum ato praticado violar algum princpio, ser considerado nulo, logo os princpios cumprem uma funo prtica muito relevante. - Baseados em 2 noes centrais: Supra princpios do direito administrativo (acima dos outros) Supremacia do interesse pblico sobre o privado: Interesses de todos mais importante que dos individuais (Prerrogativas da administrao) Indisponibilidade do interesse pblico: Os agentes pblicos so apenas gestores, no so donos do interesse da coletividade, que a sociedade (Direitos dos administrados)OBS: Prerrogativas da administrao X Direitos dos administrados

2.1 PRINCPIOS ESPECFICOS2.1.1 Princpios Constitucionais do Dir. Administrativo (art. 37, caput, CF)LIMPE: Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficincia (Acrescentado pela EC 19/98).

a) PRINCPIO DA LEGALIDADE- Dever de atuao conforme a Lei e o direito. No basta apenas cumprir a Lei, devem ser observadas normas de outras fontes (CF e estaduais, Leis orgnicas Municipais (LOM), MP, Tratados e convenes internacionais e outros atos normativos).- LEGALIDADE PRIVADA LEGALIDADE PBLICA. - Privada o vnculo dos particulares e a Lei; Pblica a dos agentes pblicos e a Lei.- Os particulares podem fazer tudo o que a Lei no probe;- Os agentes pblicos s podem fazer o que a Lei autoriza.

b) PRINCPIO DA IMPESSOALIDADE- Trabalha com objetividade na defesa do interesse pblico. Na prtica, gera uma proibio de favoritismos e perseguies**Vedao de promoo pessoal (art. 37, 1, CF) um desdobramento da Impessoalidade, pois a publicidade referida no artigo referente PROPAGANDAS DO GOVERNO e no em sentido do princpio da publicidade.- As propagandas do governo devem ter 3 atributos: Carter informativo, educativo e de orientao social; - E devem ter 3 vedaes: Nomes, Smbolos ou Imagens de agentes ou autoridades.

c) PRINCPIO DA MORALIDADE ADMINISTRATIVA- Obriga a administrao a respeitar a tica, decoro, lealdade, probidade e boa-f DAS BOAS PRTICAS ADMINISTRATIVAS, e no da moral social (roupa que vai trabalhar, etc) - Smula Vinculante n 13, STF: Smula antinepotismo, que a nomeao de parentes para cargos comissionados. Veda nepotismo direto e cruzado (troca de favores); nomeao de cnjuge, companheiro, ascendente, descendente, colateral at 3 grau.**No probe: primos; parentes em cartrios extrajudiciais; Parentes em outra PJ (Parente de presidente da repblica ter cargo no estado ou autarquia federal); Parentes como agentes polticos (ministros, secretrios) do poder executivo (entendimento do STF)

d) PRINCIPIO DA PUBLICIDADE- Obriga a Administrao Pblica a dar divulgao oficial aos atos administrativos (probe atos secretos)

- A divulgao oficial aquela que se d por meio: De um veculo governamental Divulgao feita no meio adequado ao tipo de ato.OBS: So requisitos cumulativos.Tem duas excees (atos sigilosos):**Quando a divulgao colocar em risco a segurana da coletividade;**Se colocar em risco a intimidade dos envolvidos.

e) PRINCPIO DA EFICINCIA (EC 19/98 reforma administrativa)- Obriga a administrao a atingir os melhores resultados pelos meios disponveis, sem descumprir a Lei. Em nome da eficincia, s interpretada no contexto com os demais.

2.1.2 Princpios Infraconstitucionais- No tm previso direta na CF. Esto previstos no art. 2 par. nico, da Lei 9784/99 (Lei do processo administrativo federal, mbito exclusivamente federal).OBS: Entidades federativas (Estado, municpios) que no tm lei prpria sobre processo administrativo devem adotar a Lei 9784/99. Com isso, ganhou uma super aplicabilidade em estados e municpios, pois poucos possuem Lei prpria.

a) PRINCPIO DA FINALIDADE (= IMPESSOALIDADE)- O agente deve agir buscando sempre o interesse pblico. Se agir visando interesse alheio, ocorrer nulidade na conduta por desvio de finalidade.

b) PRINCPIO DA AUTOTUTELA (SMULA 473 STF)- Estabelece um ttulo de maioridade da administrao ante o judicirio. Ou seja, a administrao no precisa pedir ao judicirio para resolver seus assuntos.- Logo, a administrao: Deve anular seus atos defeituosos. Se perceber que algum ato foi irregular, deve anular sem interferncia do judicirio. um dever anular. Pode revogar atos contrrios ao interesse pblico. um poder, faculdade.- Porm, ambas no podem ser praticadas do nada. Deve ser aberto um processo administrativo, garantindo contraditrio e ampla defesa para os interessados.

c) PRINCPIO DA OBRIGATRIA MOTIVAO- A administrao obrigada a sempre apresentar por escrito os fundamentos de fato e de direito que justificaram o ato. Ex: S permitida a multa (ato) se houver a notificao (motivao) posterior do infrator. OBS: Motivao Motivo. Ex: A multa o ato, a notificao a motivao, e a infrao cometida o motivo da aplicao da multa.

d) PRINCPIO DA RAZOABILIDADE (PRINCPIO GERAL)- Obriga a administrao a agir com bom senso, moderao e de forma racional EM TUDO O QUE FAZ. A razoabilidade probe decises burras. OBS: Razoabilidade Proporcionalidade. A proporcionalidade vale apenas para aplicao de sanes administrativas, a adequao entre meios e fins, ou seja, entre a pena e a infrao. **A aplicao de pena sempre necessita de um processo administrativo para garantir o contraditrio e ampla defesa.

e) PRINCPIO DA SEGURANA JURDICA- Obriga a Administrao a garantir estabilidade e paz social, evitando surpresas em suas condutas. *Subprincpio da proteo confiana legtima- Probe comportamentos administrativos contraditrios. Logo, a administrao no pode agir de um modo hoje e amanh agir com uma conduta contrria primeira, pois assim quebra a confiana legtima que gerou para a populao ao praticar a primeira conduta. - Pode cair como vedao do venire contra factum proprium (no podem agir contra seus prprios atos). Exemplo: Edital de concurso anuncia 100 vagas. A administrao estar vinculada a esse edital, tendo no mnimo que nomear 100 pessoas para o cargo, caso contrrio ir agir contra seus prprios atos.

AULA 23. PODERES DA ADMINISTRAOEstuda as principais competncias da administrao pblica.So 6 tipos: Poder Regulamentar Poder Disciplinar Poder Hierrquico Poder de Polcia Poder Vinculado Poder Discricionrio- No direito administrativo, todas as competncias que a Lei d Administrao so sempre poderes relacionados a uma finalidade pblica. Logo, no existem poderes puramente potestativos (que a legislao confere a um titular para exercer quando achar melhor).- Poder-dever (Santi Romano): Toda vez que a Lei d o poder para algum agente, d um dever.OBS: Celso Antonio Bandeira de Melo props uma inverso, defendendo que o mais adequado se falar em dever-poder, pois na administrao pblica muito mais se deve do que se pode, tendo em vista que a Lei primeiro busca a finalidade pblica.- Uso regular do poder: o exerccio vlido, lcito, adequado de uma competncia administrativa dentro dos limites legais.- Uso irregular do poder (ABUSO DE PODER): o exerccio inadequado, irregular de uma competncia. Nesse caso o direito ir se preocupar mais. um defeito que gera nulidade de um ato quando um agente competente exerce suas atribuies de forma inadequada.***O abuso de poder SEMPRE PRESSUPE UM AGENTE COMPETENTE. NO EXISTE ABUSO DE PODER PRATICADO POR AGENTE INCOMPETENTE. ***No vcio de competncia, pois para que acontea o servidor deve ser o competente para praticar aquele ato.3.1 HIPTESES DE ABUSO DE PODER- Abuso de poder divide-se em duas espcies: Excesso de poder: O agente competente ultrapassa os limites de sua atribuio; Viola os princpios da razoabilidade e/ou da proporcionalidade; vcio no requisito da relao entre motivo e objeto Desvio de poder (desvio de finalidade ou tredestinao ILCITA): O agente competente pratica atos visando interesse alheio ao interesse pblico; Viola o princpio da finalidade; vcio no requisito finalidade.- Exemplo de desvio de poder: Remoo para perseguir o servidor pblico; Desapropriao da casa de um inimigo do governador.**Tredestinao Lcita Tredestinao Ilcita: Existe a possibilidade de um bem desapropriado receber destinao pblica diversa da inicialmente prevista (art. 519 CC ). Ex: Casa desapropriada para ser creche e vira asilo ( uma tredestinao Lcita, pois o asilo tambm tem destinao ao interesse pblico)

3.2 PODERES EM ESPCIE3.2.1 Poder Regulamentar (art. 84, IV e VI, CF)- a competncia privativa e indelegvel dos chefes do executivo para expedir decretos ou regulamentos**Decretos e regulamentos so atos administrativos gerais e abstratos. Os regulamentos servem para dar fiel execuo Lei.- Tipos de regulamentos: Executivos: pressupem Lei anterior na matria POLMICA*Autnomos ou Independentes: Poderiam tratar de matria no legislada, ou seja, capacitados para INOVAO NA ORDEM JURDICA, capazes de criar novidades em assuntos no abordados anteriormente na Lei.*Polmica pois um ato unilateral que no tem o devido processo legal. Mas, apesar da polmica, so aceitos pela maioria da doutrina e pelo STF. Ex: art. 84, VI, CF com redao dada na EC 32. O inciso VI permite que o presidente da repblica faa decreto para a extino de cargos/funes/vagas: a Lei cria o cargo e deve extinguir, e a EC cria a exceo, que quando os cargos estiverem vagos, mesmo sendo criado por Lei, o presidente pode excluir o cargo por decreto.

3.2.2 Poder Disciplinar- o poder de apurao e punio de infraes cometidas por agentes pblicos e contratados.*IMPORTANTE: considerado poder discricionrio.- Duas principais caractersticas: um poder interno e casual. Interno porque no atinge particulares; Casual porque no permanente, no exercido o tempo todo, s se manifesta quando o agente pblico acusado de alguma infrao.**MUITO IMPORTANTE: O chefe no aplica a punio unilateralmente (ser nulo), pois para aplicar sanes disciplinares OBRIGATRIO INSTAURAR PROCESSO ADMINISTRATIVO com garantia de contraditrio e ampla defesa.

3.2.3 Poder Hierrquico- um poder de direo, chefia e comando. exercido sobre agentes (pelo superior hierrquico) e rgos pblicos (pelos rgos superiores).- interno e permanente. Interno porque no atinge particulares nem entidades descentralizadas. Permanente porque exercido o tempo todo, sem interrupo.- No atingem entidades descentralizadas porque elas possuem autonomia. O poder exercido sobre elas chamado suspenso ou tutela ministerial.- Existem 2 institutos que so derivaes do poder hierrquico:a) DELEGAO DE COMPETNCIAS: - O agente ou rgo competente distribui parte de sua competncia. Logo, uma forma de descentralizar a competncia.- Existem duas formas de delegao: Vertical: Abaixo da linha hierrquica. Ex: chefe dos fiscais de obra delega competncia a qualquer fiscal de obra. Horizontal: Fora da linha hierrquica. Ex: chefe dos fiscais de obra delega para um fiscal da vigilncia sanitria (que no est subordinado ao chefe de fiscal de obra).- Pode ser revogada a qualquer tempo pela autoridade delegante.- Caso a delegao gere prejuzo/dano, a responsabilidade sempre do delegado.- Somente 3 competncias so indelegveis: Exclusivas, Normativas e a Para decidir recursos.**A regra a delegabilidade, a indelegabilidade EXCEO!

b) AVOCAO DE COMPETNCIAS:- O superior chama para si competncia de um subordinado. Logo, uma forma de concentrar a competncia.- Existe somente na forma vertical.

3.2.4 Poder de Polcia- So limitaes administrativas sobre liberdades e propriedades.- sempre geral (vale para todos).- Existem 3 atividades administrativas no poder de polcia: Limitar, Fiscalizar e Sancionar.- Toda vez que houver limitao, fiscalizao e sano em relao a PARTICULARES, ser poder de polcia. Ex: Vigilncia sanitria, regras municipais sobre direito de construir.- O poder de polcia indelegvel a particulares ou pessoas jurdicas de direito privado (empresas pblicas e sociedades de economia mista).**IMPORTANTE: Porm, admite-se a delegao de atividades materiais de apoio fiscalizao. Ex: manuteno de radares fotogrficos.

3.2.5 Poder Discricionrio- aquele exercido pelo agente com margem de liberdade dada pela Lei.*CUIDADO: Poder discricionrio exercido DENTRO DA LEI, diferente de poder arbitrrio, que aquele FORA DA LEI. Ex: Decreto expropriatrio.

3.2.6 Poder Vinculado- aquele exercido sem margem de liberdade.- No h escolha do agente, ele deve exercer a atividade de acordo com o que est previsto. Ex: aposentadoria compulsria do servidor aos 70 anos. Nesse caso, quem assina sua aposentadoria tem competncia vinculada, porque quando chega os 70 anos ele no tem escolha, tem que aposentar.

4. BENS PBLICOS- Tambm denominado de Domnio Pblico.- So todos aqueles pertencentes a pessoas jurdicas de direito pblico interno (art. 98 CC).- Classificao da doutrina: So todos aqueles afetados prestao de um servio pblico. Segundo a doutrina, a classificao do CC est errada, tendo em vista que bens do metr, que apesar de serem de direito privado, so bens pblicos porque servem para a prestao de um servio pblico.

4.1 ESPCIES DE BENS PBLICOS: De uso comum do foro: ruas, praas, mares, florestas. patrimnio pblico indisponvel. De uso especial: tem destinao especfica. patrimnio pblico indisponvel**Exemplos de bens de uso especial: prdios de repartio (prdio RF, Min. Justia..), escolas pblicas, cemitrios. Dominicais: So sem utilidade. Podem ser vendidos, logo fazem parte do patrimnio pblico disponvel.Exemplo: terras devolutas, viaturas velhas da polcia.

4.2 ATRIBUTOS DOS BENS PBLICOS- So as caractersticas especiais dos bens pblicos.- Caractersticas:a) INALIENABILIDADE: - No podem ser vendidos livremente. um atributo RELATIVO, porque possui excees.**EXCEES: Bens dominicais e os desafetados.

b) IMPENHORABILIDADE: - Os bens pblicos no podem ser dados em garantia judicial de dvida. atributo ABSOLUTO, pois NO POSSUI EXCEES. Logo, todo bem pblico impenhorvel.OBS: No-onerao = atributo derivado da impenhorabilidade que afirma que o bem pblico no pode ser gravado com nenhum tipo de nus ou encargo

c) IMPRESCRITIBILIDADE- Os bens pblicos no se sujeitam a usucapio. Tambm atributo absoluto, SEM NENHUMA EXCEO.

AULA 35. ORGANIZAO ADMINISTRATIVA- o estudo da estrutura da administrao pblica- DL 200/67, mas aplica-se qualquer rgo da administrao pblica, desde que preste servio pblico. OBS: Quando utilizamos a palavra Administrao Pblica com iniciais maisculas, estamos nos referindo a seu sentido orgnico ou subjetivo, que significa o conjunto de rgos e entidades estatais do exerccio da funo administrativa, no importando qual , abrange todos que prestarem servio pblico.OBS: No se confunde ADMINISTRAO PBLICA com PODER EXECUTIVO. Poder executivo integra a tripartio de poderes, no se confundindo com o CONCEITO NUVEM que o de administrao pblica.- O conceito de rgos e entidades est presente na Lei 9784/99 (Lei federal dos processos administrativos)- RGO ENTIDADE- rgo uma unidade de atuao integrante da estrutura da Administrao Pblica. integrante da estrutura porque no tem personalidade jurdica. Exemplo: Todos os ministrios, secretarias, Tribunais, Casas legislativas.**ATENO! rgos Pblicos NUNCA TERO PERSONALIDADE JURDICA. Mas alguns podem ter capacidade processual ESPECIAL. Exemplo: Mesa do Senado, presidncia da repblica, etc.- Entidade uma unidade de atuao com personalidade jurdica autnoma. Entidade o nome que o direito pblico d para a pessoa jurdica. Exemplos: autarquias (INSS, Banco Central, Ibama, Universidades), fundaes pblicas, empresas pblicas e sociedades de economia mista.

5.1 DESCONCENTRAO E DESCENTRALIZAO- So tcnicas de cumprimento de competncias administrativas- DESCONCENTRAO DESCENTRALIZAO- Na desconcentrao a competncia dividida entre rgos, so divises internas de uma pessoa. Pode ser utilizado na administrao direta (ou centralizada) ou na administrao indireta (ou descentralizada). Os rgos da ADM DIRETA so a Unio, DF, Estados e Municpios, podem ser tambm os tribunais, senado, casas legislativas, etc.- Na descentralizao a competncia dividida entre entidades. Nunca ocorrer na administrao direta, ocorre na administrao Indireta ou descentralizada (autarquias, empresas pblicas, sociedades de economia mista e fundaes pblicas). - Todas as entidades so vinculadas a ministrios, MAS NO SUBORDINADAS.

5.2 ENTIDADES DA ADMINISTRAO PBLICA INDIRETA: Art. 37, XIX, CF- So criadas porque so consideradas um especialista da matria, obedecendo o princpio da especialidade.- Podem ser criadas de dois tipos: De Direito Pblico: Possuem semelhana do Estado; Criadas por Lei especfica e sem autorizao em cartrio; So as autarquias e fundaes pblicas; De Direito Privado: No possuem a semelhana do Estado; AUTORIZADAS por Lei especfica e dependem do registro em cartrio; So as empresas pblicas e soc. de economia mista.

DE DIREITO PBLICODE DIREITO PRIVADO

AutarquiasEmpresas pblicas

Fundaes PblicasSociedades de economia mista

AgnciasSubsidirias

Associaes pblicasFundaes governamentais de dir. privado

Consrcios pblicos de direito privado

5.2.1 Autarquias- Segundo o DL 200/67: So servios autnomos- Exemplos: INSS, Ibama, Incra, CADE, Universidades Federais.- So pessoas jurdicas de direito pblico, criadas por Lei especfica, para prestar atividades tpicas da administrao pblica.OBS: Atividades tpicas da administrao pblica: Servios pblicos, Poder de polcia (fiscalizao) e fomento (incentivo)- Nas autarquias os bens so pblicos (inalienveis, impenhorveis e imprescritveis)- Praticam atos administrativos e celebram contratos administrativos- Esto sujeitas execuo por precatrio- A responsabilidade direta e objetiva, direta pois no pode-se escolher prestar ao contra a entidade ou contra a Unio, e objetiva porque sem necessidade de demonstrar dolo ou culpa, apenas 3 requisitos: ao, dano e nexo causal.

5.2.2 Espcies de Autarquiasa) TERRITORIAIS/GEOGRFICAS: So os territrios federais.b) CORPORATIVAS: So os conselhos de classe. A nica que no tem natureza de autarquia a OAB. Exemplos de autarquia: CRM, CRO, CRECE...c) DE SERVIO (COMUNS): d) ASSOCIATIVAS: Associaes pblicase) ESPECIAIS: So as dotadas de maior autonomia, maior capacidade de auto governo.

5.2.3 Agncias Reguladoras- As autarquias com regime especial. Exemplo: Anatel, Aneel, ANP, ANAC.- Para serem de regime especial preciso ter duas caractersticas: dirigentes estveis e ter mandatos fixos.- So adotadas no poder normativo: criar regras para a disciplina do setor regular. Logo, criam suas prprias regras do seu setor, como a anatel criando regras sobre energia.- AGNCIAS REGULADORAS AGNCIAS EXECUTIVAS (art. 37, 8): As agncias executivas so autarquias e rgos pblicos que celebram contrato de gesto com o governo para ampliar sua autonomia. Ou seja, agncias executivas so uma qualificao, um ttulo.

5.2.4 Fundaes Estatais- Fundao a personificao de um patrimnio.- Se dividem em particulares e estataisa) Particulares: institudas por um particular. Ex: Roberto marinho. criada por Lei.b) Estatais: institudas pelo Estado, pelo poder pblico. A doutrina majoritria diz que o Estado pode personificar com regime de direito pblico, que ser criada uma fundao pblica e pessoa jurdica de direito pblico, ou com regime jurdico de direito privado, que ser criada fundao governamental direito privado. autorizada por lei.

5.2.5 Associaes Pblicas- So pessoas jurdicas de direito pblico criadas aps a celebrao de consrcio pblico entre entidades federativasExemplo: APO (Autoridade Pblica Olmpica)- A administrao Pblica integra a administrao indireta de todas as entidades consorciadas.

5.2.6 Empresas Pblicas- So PJs de direito PRIVADO. - Todo o capital estatal, no entra capital privado.- A forma organizacional livre.Exemplo: ECT, CEF, BNDES,

5.2.7 Sociedades de Economia Mista- So PJs de direito PRIVADO.- A maioria do capital votante estatal, logo, tem dinheiro privado tambm. Por isso a denominao economia MISTA.- A forma organizacional no livre, ser sempre S/A.Exemplo: Banco do Brasil, Petrobrs.

5.2.8 Subsidirias- So empresas FILHAS das Estatais. Quando o Estado ganha um neto.- So vinculadas empresa principal e no Unio. Exemplo: BR distribuidora subsidiria da Petrobrs.

5.2.9 Consrcios Pblicos de Direito Privado- So PJs de direito privado criadas aps a celebrao de consrcios entre entidades federativas.

AULA 46. ATOS ADMINISTRATIVOS- So atos jurdicos praticados no exerccio da funo administrativa para produo de efeitos jurdicos.OBS: Esses efeitos jurdicos so a criao, modificao ou extino de direitos e obrigaes.Exemplo: multa de trnsito, portaria, certido, atestado, licena, decreto, regulamento, instruo normativa

6.1 ATOS DA ADMINISTRAOATOS ADMINISTRATIVOSATOS DA ADMINISTRAO

So todos os atos jurdicos praticados no exerccio da funo administrativa, logo, esto sujeitos ao regime jurdico administrativo.So todos aqueles praticados pela Administrao Pblica, ou seja, qualquer ato, no importando o regime jurdico.

determinado por um critrio formal, se sujeitando aos princpios e regras do direito administrativo. determinado por um critrio subjetivo.

Noo mais estrita.Noo mais ampla.

- Concluso regio 1: Nem todo ato administrativo praticado pela administrao, como por exemplo, atos administrativos praticados por particulares delegados do Estado.- Concluso regio 2: Existem atos administrativos praticados pela administrao.- Concluso regio 3: Nem todo ato da administrao ato administrativo. Exemplos de atos da administrao que no so atos administrativos: Exerccio de funo legislativa e jurisdicional Contratos administrativos (bilaterais) Atos regidos pelo direito privado (atos de gesto) Atos polticos ou de governo (Na CF) (Alta discricionariedade) Atos materiais

6.2 FATO ADMINISTRATIVOATO ADMINISTRATIVOFATO ADMINISTRATIVO

uma manifestao de vontade, o agente s pratica o ato porque quer. um acontecimento involuntrio. um evento, acontecimento, que gera efeitos jurdicos, mas sem a manifestao de vontade do agente.

Exemplos: multa, portaria ministerial, licena para construir.Exemplos: Prescrio, decadncia, morte de um servidor (cargo fica vago, vai ter que preencher), queda de rvore pblica sobre carro

6.3 ATRIBUTOS DO ATO- So caractersticas especiais que somente o ato administrativo tem.- L E I T E: Legitimidade Exigibilidade Imperatividade Tipicidade Executoriedadea) PRESUNO DE LEGITIMIDADE ou DE LEGALIDADE ou DE VERACIDADE- At prova em contrrio, o ato considerado vlido para o direito. Logo, uma presuno do tipo relativa (juris tantum), estabelecida pelo ordenamento mas permite prova em contrrio.- A presuno de legitimidade inverte o nus da prova, pois no cabe ao agente provar a validade do ato. - Essa presuno abrange TODOS OS ATOS ADMINISTRATIVOS! o nico atributo universal.

b) IMPERATIVIDADE- um atributo segundo o qual os atos criam unilateralmente obrigaes aos destinatrios, mesmo contra a vontade destes.- derivao do poder extroverso o poder da administrao de obrigar o terceiro, mesmo que ele no queira.- No atributo universal. um atributo da maioria dos atos.

c) EXIBILIDADE- um atributo segundo o qual a administrao pode, sem recorrer ao judicirio, aplicar punies a quem descumpre a Lei ou atos administrativos. So as chamadas sanes administrativasExemplo: multa de trnsito.- Ento, ao estabelecer a proibio de estacionar em algum local, est presente a imperatividade, e a possibilidade de ser aplicada a multa que ocorre a exigibilidade.- um atributo da maioria dos atos.

d) AUTO-EXECUTORIEDADE ou EXECUTORIEDADE- Alguns atos administrativos admitem uso da fora fsica (coero direta), sem necessidade de ordem judicial, para desconstituir situao contrria ao interesse pblico. Resolver o problema com as prprias mos.Exemplo: guinchamento de carro estacionado em local proibido; fechamento de restaurante pela vigilncia sanitria; - um atributo apenas de dois tipos de atos (minoria dos atos): Os atos previstos em Lei: guinchamento Fundada em situao de emergncia: Se no h previso em Lei, o agente ir agir de acordo com a emergncia e poder usar sua fora fsica para desconstituir a situao. Exemplo: dissoluo de passeata criminosa pela polcia (manifestao de ciclistas em SP)e) TIPICIDADE- o atributo segundo o qual cada situao concreta deve ser atendida utilizando-se o ato especfico previsto na Lei para aquela hiptese.- O tipo legal (disponibilidade) no pode ser usado para a finalidade sancionatria, sob pena de violao da tipicidade. Portanto, a tipicidade probe descumprimento da finalidade especfica do ato.Exemplo: Servidor no pode ser colocado em disponibilidade para finalidade sancionatria.- Deriva da tipicidade a proibio de atos administrativos inominados. Ou seja, toda vez que a administrao for praticar um ato, no contesto do ato deve estar dito que nome esse ato tem, ou ento ser nulo. OBS: Se a administrao no d o nome, eu no consigo ver se o ato foi praticado no modo que a Lei prev, preciso saber que ato esse. Se for portaria, ok, eu posso verificar as portarias na Lei. Se for instruo normativa, eu verifico a legislao e comparo, consigo realizar um controle.

6.4 REQUISITOS DE VALIDADE- So 5: Sujeito (ou competncia) Objeto Forma Motivo FinalidadeObs: Forma a frase Sem o Fausto morreria feliz, ou O Srgio Malandro fabrica farinhaSujeito anlise sobre competncia; requisito VINCULADOObjeto o contedo do ato; requisito DISCRICIONRIOForma O modo como deve ser praticado; requisito VINCULADOMotivo O fundamento ftico que enseja o ato; requisito DISCRICIONRIO.Finalidade O interesse pblico que leva a prtica do ato; requisito VINCULADO

- Requisito Vinculado: significa que ele no comporta margem de liberdade, a Lei nunca atribui a prtica de um ato a mais de um sujeito competente. A competncia est atribuda a um sujeito s, nunca a mais de um. Forma tambm, a lei sempre descreve as formas que devem ser praticadas; e a Finalidade tambm, esto presentes na Lei os interesses pblicos de cada ato.

- Requisito discricionrio: aquele em que PODE HAVER MARGEM DE LIBERDADE. Ou seja, em algum ato, a Lei d vrias opes para praticar o ato, e o agente escolhe. Obs: No que sempre vai haver, mas que PODE haver ou no.

**DICA: MritO igual a discricionariedade, a margem de liberdade que o ato discricionrio tem, ou no Motivo ou no Objeto.**Tradicionalmente doutrina e jurisprudncia afirmam que o judicirio no pode avaliar o mrito dos atos discricionrios. Porm, a atual jurisprudncia do STF e STJ admitem controle judicial de mrito, mas se a deciso violar princpios, como moralidade, eficincia, razoabilidade e proporcionalidade. Porm, o judicirio apenas anula a deciso, mas nunca pode substituir o administrador na tomada de deciso, no pode definir onde vo ser aplicados os recursos, que uma deciso apenas do administrador.

6.5 EXTINO DO ATO ADMINISTRATIVO- Formas de retirada do ato: situaes em que um ato extinto por outro ato. Portanto, na retirada existem dois atos.- Por anulao: a administrao observa que um ato tem um defeito, ento cria um segundo ato, que pode ser anulatrio ou revogatrio, para retirar o primeiro ato, por anulao ou revogao. Na anulao o ato defeituoso, na revogao no defeituoso, mas contraria o interesse pblico.

ANULAOREVOGAO

MOTIVOIlegalidade, defeito, ou vcio do atoO interesse pblico

COMPETNCIAAdministrao ou judicirioSomente administrao

EFEITOSEx tuncEx nunc

ALCANCEAtinge atos vinculados e discricionriosAtinge somente atos discricionrios

PRAZO5 anosNo tem prazo.

AULA 57. LICITAO- um procedimento (rito) administrativo pelo qual o Estado escolhe seus fornecedores.- O procedimento administrativo a natureza jurdica da Licitao.

7.1 FINALIDADES (OBJETIVOS) DA LICITAO (art. 3, Lei 8666/93)- A Lei 8666 a Lei Geral de licitaes e contratos administrativos.- So 3 finalidades ou objetivos:a) Busca da melhor proposta: as vezes cai na prova como competitividade.b) Fornecer iguais condies a quem queira contratar o Estado: princpio da isonomia.c) **Promoo do desenvolvimento nacional sustentvel: recebeu o nome de Licitao Verde.

7.2 DEVER DE LICITAR- Estuda quem obrigado a fazer Licitao rgos e entidades estatais so? Sim! Empresas privadas? No!- Art. 1 da Lei 8666/93:a) Executivo, Legislativo e Judicirio;b) Administrao Direta e Indireta;c) Autarquias, Fund. Pblicas, Emp. Pblicas, Soc. Econ. Mista, controladas;d) Fundos Especiais: So rgos exclusivamente patrimoniais que o Estado administra.e) M. Pblico, Tribunais de Contas e Defensorias.

**Na Lei e na Jurisp. Do TCU (Licitao sem Estado):f) Entidades paraestatais (ou Servios Sociais do Sistema S): Funcionam ao lado do Estado. O S vem de Sindicato, porque as paraestatais integram a organizao sindical. Exemplo: Sesi, Senai, Senac, Sex, Senat, Sobral.Obs: A terminao I significa que est ligado aos sindicatos das Indstrias; Terminao C significa sindicatos ligados ao Comrcio; **Por que fazer Licitao? Porque os Servios Sociais so custeados por Contribuies Sindicais, que so tributos. Logo, so custeados por dinheiro pblico, e se o dinheiro pblico, necessria a realizao de Licitao.g) Entidades do 3 Setor: No so estatais (Estado 1 setor) nem visam lucro (2 Setor). So as Organizaes Sociais ou as Organizaes da sociedade civil de interesse pblico (OSCIP).- So atividades de interesse pblico. Exemplo: Ongs.**Segundo o TCU, entidades de 3 setor somente so obrigadas a Licitar quando aplicam recursos repassados pelo Estado. Se essa Ong nunca receber recurso do Estado, no ter obrigao de Licitar.

7.3 OBJETO DA LICITAO- O que deve ser licitado? Art. 1 da Lei 8666/93: a) Obras (contrato de obra pblica)b) Servios, inclusive de publicidade (contrato de prestao de servios)c) Compras (contrato de fornecimento)d) Alienaes (contrato de venda de bem pblico)e) Locaes (contrato de locao): Tem que prestar licitao tanto como Locadora ou inquilina. Esse contrato de Locao regido pela Lei Privada de Locaes, e no pela Lei 8666/93.f) Concessesg) Permisses

7.4 TIPOS DE LICITAO- No confundir com Modalidades de Licitao. Modalidade rito, procedimento.- Tipos de Licitao so os diferentes critrios de julgamento. Sempre esto previstos no edital.a) Licitao por menor preo: Objetos de baixa complexidade. Exemplo: gua, algodo, acetona.b) Por melhor tcnica: Objetos de alta complexidade. Nesse caso, contrata quem for melhor. Exemplo: asfaltamento.c) Tcnica e preo: Objetos de complexidade intermediria. Quem obtiver a melhor mdia ponderada da tcnica e preo ganha a licitao. Exemplo: Produtos de informtica.d) Maior lance ou oferta: Critrio quando o Estado est vendendo algo (Leilo). Exemplo: Leiloe) Menor lance ou oferta: Exemplo: Prego.f) Maior economia: Utiliza o licitante que der maior economia, maior reduo de despesas ao Estado. Exemplo: LTC.

7.5 MODALIDADES DE LICITAO- So os diferentes ritos licitatrios. So 6: Concorrncia Tomada de Preos Convite Concurso Leilo Prego- As 5 primeiras so previstas na Lei Geral, 8666/93. O prego previsto na Lei 10520/02.- As 3 primeiras so quantitativas, o que interessa o valor do objeto; As 3 ltimas so qualitativas, onde no importa o valor do objeto.**As mais importantes so Concorrncia e Prego.

7.5.1 Concorrncia- O nome somente Concorrncia, no existe Concorrncia Pblica.- Possui ampla publicidade, sendo aberta a quaisquer interessados.- utilizada para objetos de grande vulto econmico: Acima de 1.500.000 para obras e servios de engenharia;**Em situaes excepcionais, pode definir pelo critrio qualitativo. a) Licitao Internacional (permite a participao de licitante estrangeiro); b) Venda de imveis; c) Concesso de servio pblico; d) Parceria Pblico Privada; e) Empreitada integral.- FASES DA CONCORRNCIA (Fases naturais da Licitao ou Rito Ordinrio)a) Instrumento Convocatriob) Habilitao (Anlise de documentos)c) Classificao (Abertura do envelope de propostas, julgamento delas e montado o quadro classificatrio)d) Homologao (aprovar)e) Adjudicao (entregar do objeto atribudo ao vencedor)7.5.2 Tomada de Preos- Modalidade entre licitantes previamente cadastrados.- Objetos de vulto intermedirio: Para obras e servios de engenharia de valor acima de 150.000 e abaixo de 1.500.000;

7.5.3 Convite- Convidados em nmero mnimo de 3.- No tem edital, mas um instrumento convocatrio chamado Carta-convite.- Objetos de pequeno vulto. Obras e servios de engenharia entre 15.000 e 150.000 reais.- E se o objeto estiver abaixo da faixa do convite? Nesse caso, a Licitao possvel mas no obrigatria, sendo hiptese de DISPENSA DE LICITAO.

7.5.4 Concurso- uma modalidade para premiar trabalhos. Exemplo: Concurso de redao.

7.5.5 Leilo- Modalidade para venda de bens mveis inservveis (quando o bem perde a utilidade). Exemplo: Viaturas velhas da polcia.

7.5.6 Prego (Lei 10520/02)- Pode ser utilizada por todas as entidades federativas.- qualitativa, nada a ver com o valor do objeto.- Pode ser usado para aquisio de bens e servios comuns (Objetos padronizados).- famoso por uma inverso das fases naturais da Licitao: No prego, o julgamento das propostas antecede a habilitao. Primeiro ocorre convocao, depois julgamento das propostas e depois habilitao. Decreto Presidencial: Em licitaes federais, obrigatrio o uso do prego. Na ADM, ela escolhe; Na Lei facultativa. mbito federal obrigatrio. Com isso, o prego est acabando com as outras formas. Preferencialmente usa-se o prego eletrnico, que feito com auxlio da internet.

7.6 CONTRATAO DIRETA- A regra a de necessidade de se realizar licitao.- A exceo celebrar contratos sem licitao, chamados de contratao direta (Hipteses legalmente previstas de celebrao de contratos sem realizao de licitao).- 2 modalidades de Contratao Direta:DISPENSAINEXIGIBILIDADE

Art. 24 da Lei 8666/93Art. 25 da Lei 8666/93

Apresenta rol taxativoRol exemplificativo

A adm toma deciso discricionria (avalia a convenincia e oportunidade de fazer a contratao)A adm toma deciso vinculada, no tem alternativa, o nico caminho.

A licitao possvel, mas no obrigatriaA licitao impossvel por inviabilidade de competio

Exemplos Dispensa: Objetos muito baratos; Quando no acodem interessados (licitao deserta), quando publicado edital e no aparecem interessados.Exemplos Inexigibilidade: Fornecedor exclusivo; Objeto singular; Artista consagrado.AULA 68. CONTRATOS ADMINISTRATIVOS- um acordo de vontades entre a Administrao Pblica e Pessoas Fsicas ou Jurdicas para a realizao de fins de interesse pblico, com base nas condies estabelecidas pela prpria Administrao, com clusulas e preceitos de Direito Pblico e, supletivamente, os princpios da teoria geral dos contratos e as disposies de direito privado.

8.1 CARACTERSTICASa) Submisso aos preceitos de Dir. Pblicob) Administrao Pblica entre uma das partes (condio necessria)c) Desigualdade entre as partes (Supremacia do interesse pblico sobre o particular)d) Existncia de clusulas exorbitantesExemplo de clausulas exorbitantes: Possibilidade de alterao unilateral do contrato por razes de interesse pblico ou do objeto do contrato; aplicao de sanes contratuais.e) mutabilidadeDIREITO PRIVADODIREITO PBLICO

Pacta sunt servanda o que for fixado deve ser cumprido possvel a Adm modificar unilateralmente as clusulas contratuais

f) Equilbrio econmico financeiro: A relao formada inicialmente pelas partes entre as obrigaes assumidas pelo contratado e a compensao paga pela Adm deve permanecer durante todo o contrato. A relao encargo-remunerao no poder ser alterada durante a execuo do contrato, Art. 57, 1 e 65, II, d da Lei 8666/93; Art. 9, 2 da Lei 8987/95.- A garantia do equilbrio econmico financeiro obriga o contratante alterar a remunerao do contratado nos casos de surgimento de circunstncia excepcional capaz de tornar mais onerosa a execuo.- Existem situaes que autorizam a reviso tarifria, afim de garantir o equilbrio econmico financeiro: Fato do prncipe; Fato da administrao; Alea econmica; interferncias imprevistas e alterao unilateral.1) Alterao unilateral: Administrao firma contrato para asfaltar 10 ruas e depois decide que vai asfaltar 15 ruas.2) Fato do prncipe: todo acontecimento externo ao contrato e de natureza geral (abrange toda a coletividade) provocado pela entidade contratante, sob titulao jurdica diversa da contratual.- Administrao iria pagar empresa x para a prestao de servio. Depois, a adm aumentou o tributo de toda a populao, com isso, refletiu no contrato firmado. Assim, ser necessria uma reviso tarifria para compensar o nus causado pelo aumento do tributo.3) Fato da Administrao: Consiste na ao ou omisso da Adm contratante, sem natureza geral, que retarda ou impede a execuo do contrato.- Administrao firma contrato com empresa X para duplicar uma rodovia e, com isso, realizar a desapropriao das casas que estiverem nas margens da rodovia.4) lea econmica (teoria da impreviso): Acontecimento externo ao contrato, de natureza econmica e estranho a vontade das partes, imprevisvel e inevitvel, que cause desequilbrio contratual.A Administrao X firma contrato com Empresa Y. Depois, outra administrao Z aumenta o tributo que reflete no contrato firmado entre Adm X e empresa Y. Diferente do fato do prncipe, pq o fato do prncipe a prpria adm do contrato que aumenta o tributo.5) Interferncias imprevistas: So dificuldades imprevisveis de ordem material.Administrao X firma contrato com empresa Y para realizao de uma obra. No meio da obra, apareceu um lenol fretico (elemento de ordem material) que dificultou a execuo do contrato, deixando-o mais caro, sendo necessria uma reviso tarifria.**Dica para lembrar: cirurgia simples que se complicou e a pessoa ficou 1 ms na UTI.g) Formalismo: Deve ser escrito.**Excepcionalmente ser admitido o contrato administrativo verbal para as pequenas compras de pronto pagamento feitas em regime de adiantamento. So consideradas de pequeno valor as compras de at 4.000,00 (Art. 60, par. nico, Lei 8666/93).h) Bilateralidade: porque prev obrigaes para ambas as partes.i) Confiana Recproca: O contrato administrativo intuitu persone.- possvel a subcontratao (firmar com empresa X e depois contratar mais outra empresa)? S ser possvel se esta hiptese estiver prevista no edital da licitao e no contrato administrativo. - Se o licitante vencedor convocar, no assinar o termo de contrato, no aceitar o instrumento equivalente e nem retirar esse instrumento no prazo e condies estabelecidos, ento o licitante em segundo lugar assumir.

8.2 CONTRATOS EM ESPCIE8.2.1 Contrato de obra pblica- A administrao pblica contrata empresa privada para a realizao de construo, reforma ou ampliao de um imvel. Temos 4 tipos de obras pblicas:a) Equipamento urbano ruas, praas, estdios;b) Equipamento administrativo so os aparelhos para o servio da administrao pblica em geral;c) Empreendimento de utilidade pblica ferrovias, rodovias, etc.d) Edifcio pblico reparties pblicas, cadeias.

8.2.2 Contrato de fornecimento- A administrao adquire coisas mveis. 3 tipos de fornecimento:a) Fornecimento integralb) Fornecimento contnuo c) Fornecimento parcelado.

8.2.3 Contrato de Prestao de Servio- Administrao contrata uma empresa de coleta de lixo. uma atividade destinada satisfao do Interesse Pblico.- Temos vrios tipos de contrato de prestao de servios:a) Servios comuns: aqueles realizados por qualquer pessoa e que exigem procedimento licitatrio prvio. Exemplo: Servio de limpeza.b) Servios tcnicos profissionais generalizados: aqueles que exigem habilitao especfica, mas no demandam maiores conhecimentos. Exemplo: servios de engenharia.c) Servios tcnicos profissionais especializados: exigem conhecimento mais apurado que nos servios comuns, como o caso da elaborao de pareceres (inclusive esse tipo de contratao pode configurar hiptese de inexigibilidade.d) Trabalhos artsticos: com profissionais das reas de pintura, msica e escultura.

8.2.4 Contrato de Concesso de Serv. Pblico- o contrato mais importante.- Art. 175, CF; - a delegao da execuo de um servio pblico (precedida de licitao em que h concorrncia entre os licitantes), por meio de um contrato administrativo, feita pelo poder concedente ao concessionrio. - Quem tem o poder concedente so a Unio, Estados, DF, Municpios; Concessionrio so as Pessoas Jurdicas/Consrcio de empresas.- Concesso de Serv. Pblicos Permisso de Serv. PblicosCONCESSO DE SERVIOS PBLICOSPERMISSO DE SERVIOS PBLICOS

Art. 2, II, Lei 8987/95Art. 2, IV, Lei 8987/95 e art. 40

a delegao do poder concedente (U,E,DF,M) ao concessionrio. a delegao do poder concedente (U,DF,DF,M) ao permissionrio.

Tem licitao na modalidade de concorrncia.Tem licitao, mas a modalidade depende do valor.

- O permissionrio pode ser P. Fsica ou PJ; J o concessionrio no pode ser P. Fsica.- Na concesso/permisso, haver a prestao de um servio pblico. Esse servio deve ser adequado, segundo o art. 6 da Lei 8987/95. - Esse servio realizado de forma adequada deve observar princpios. Entre eles, o Princpio da Continuidade (tem que ocorrer sem interrupes).**CUIDADO! Art. 6, 3, Lei 8987/95: 2 situaes no iro caracterizar descontinuidade: Sem aviso prvio: em situaes emergenciais, de total urgncia. Exemplo: voc est tomando banho e a energia cortada. Com aviso prvio: o inadimplemento (usurio no pagou pelo servio) ou a desobedincia de normas tcnicas- A concesso d direitos e obrigaes dos usurios do servio (art. 7 da Lei 8987/95)- O poder concedente tem atribuies e responsabilidades (art. 29, Lei 8987/95), bem como os concessionrios (art. 31 da Lei 8987/95).- Formas de extino:1) Advento do termo contratual (fim do contrato)2) Extino da concesso por ato unilateral da Administrao Pblica:- Encampao/Resgate ou CaducidadeENCAMPAO (art. 37 da Lei 8987/95)CADUCIDADE (art. 38 da Lei 8987/95)

Em razo de interesse pblicoO concessionrio descumpre o contrato

Requisito: Lei autorizadoraRequisito: direito ao contraditrio/ampla defesa

Adm Pblica indeniza o concessionrioConcessionrio indeniza A Adm. Pblica

3) Resciso: o concessionrio no quer mais o contrato por culpa do poder concedente.4) Anulao: ocorre diante de uma ilegalidade do contrato5) Falncia ou extino da empresa (quando for individual).AULA 79. INTERVENO DO ESTADO NA PROPRIEDADE PRIVADA- So atuaes precpuas da administrao moderna.- So 4: a) poder de polcia; b) prestao de servios pblicos; c) atividades de forento; d) interventiva (no domnio econmico, no domnio social ou na propriedade privada).

- Art. 5, XXII: garantido o direito de propriedade. A propriedade um direito absoluto? No, relativo. Eu no posso fazer com a propriedade o que eu bem entender, ela est sujeita a restries, limitaes.- Art. 5, XXIII: A propriedade atender a sua funo social. Consagra o princpio da funo social da propriedade, que relativiza o direito de propriedade porque obriga o proprietrio a observar o interesse pblico no seu bem, ou seja, ele vive em sociedade e devem existir limitaes.- Na sequncia dos incisos, A CF trata das outras limitaes do direito de propriedade.- O princpio da funo social da propriedade condiciona a Licitude do direito de propriedade ao cumprimento de regras que a prpria CF define.- Como saber se est cumprindo a funo social da propriedade? Varia se urbana ou rural. Na propriedade urbana: Art. 182, 2, CF Cumpre sua funo social quando est adequada ao plano diretor, que uma Lei que fixa diretrizes bsicas de uso e aplicao do solo urbano. Na propriedade rural: Art. 186, CF Quando atende simultaneamente a 4 condies: a) Aproveitamento racional e adequado; b) Utilizao adequada de recursos naturais (obedecer legislao ambiental); c) observncia da legislao trabalhista; d) bem estar dos proprietrios e trabalhadores- E se a propriedade descumprir a funo social? O sujeito comete ATO ILCITO e est sujeito a uma sano. A pena a possibilidade de desapropriao por interesse social com indenizao em ttulos da dvida (no em dinheiro). Ou seja, a desapropriao sancionatria (chamada pela doutrina de desapropriao-pena). A pena no est na desapropriao em si, mas no fato de a indenizao no ser em dinheiro, mas em ttulos da dvida; Pagos em papel, como se fossem notas promissrias.- Quem competente para a desapropriao? a) NA PROPRIEDADE URBANA- o municpio para executar a poltica de desenvolvimento urbano; S o municpio ter essa competncia (182, 4, CF); Os ttulos so resgatveis em at 10 anos; Essa desapropriao a ltima providncia que o municpio dever tomar.- Antes de desapropriar, o municpio dever tomar as seguintes medidas obrigatrias:1) Exigncia de promoo de adequado aproveitamento: o municpio dever notificar o proprietrio que ele est em uma situao ilcita (terreno no edificado, subutilizado ou no utilizado) e falar para ele promover a utilizao adequada;2) Parcelamento ou edificao compulsrios: o municpio vai mandar o proprietrio edificar ou parcelar a propriedade;3) Imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressiva no tempo: IPTU progressivo no tempo com alquotas que vo aumentando ano aps ano de at 15% por 5 anos.b) NA PROPRIEDADE RURAL- Art. 184: Na propriedade rural, compete Unio a desapropriao. A constituio vincula a desapropriao obrigatoriamente para fins de reforma agrria, tem destinao vinculada, ou seja, a Unio no fica com o bem, repassa-o.- Indenizao paga em ttulos da dvida agrria (ITDA) resgatveis no prazo de at 20 anos.***MUITO CUIDADO! A desapropriao por interesse social pode ser feita por todas as entidades federativa (competncia concorrente), com indenizao prvia, justa e em dinheiro. Somente essa desapropriao punitiva que ser de competncia privativa da unio para propriedade rural (com o pagamento em ttulos), e privativa do municpio para propriedade urbana (com o pagamento em ttulos). Entendimento do STF.**No confundir desapropriao por interesse social com desapropriao sancionatria.

10. INSTRUMENTOS DE INTERVENO NA PROPRIEDADE- So os diversos institutos que realizam a interveno.

10.1 CLASSIFICAO- Se classificam em trs categorias: a) Formas ilcitas de interveno; b) Formas supressivas de domnio; c) No-supressivas de domnio.- Nas formas ilcitas, o Estado intervm violando a Lei. Nas supressivas de domnio, o Estado intervm transformando o bem em bem pblico. Nas no supressivas de domnio, o Estado intervm mantendo o bem na propriedade privada.

10.1.1 Formas ilcitas de interveno- Desapropriao indireta ou apossamento administrativo: o esbulho possessrio praticado pelo Estado quando invade rea privada sem o devido processo legal.- diferente da desapropriao direta. A direta feita seguindo a Lei e o devido processo legal.- A natureza jurdica de fato administrativo, a nica forma de interveno na propriedade com essa natureza de fato administrativo.OBS: Quem vtima desse apossamento feito pelo Estado, no pode nem expulsar o Estado com ao possessria nem discutir propriedade com ao reivindicatria. O nico caminho para a vtima pleitear perdas e danos em ao indenizatria.

10.1.2 Formas supressivas de domnio- O Estado intervm e o bem se transforma em bem pblico. A propriedade particular vira bem pblico.- So duas:a) CONFISCO (art. 243, CF)- A diferena para a desapropriao que o confisco sem indenizao.Art. 243, alterado pela EC 81/2014: As propriedades rurais e urbanas de qualquer regio do Pas onde forem localizadas culturas ilegais de plantas psicotrpicas ou a explorao de trabalho escravo na forma de Lei sero expropriadas e destinadas reforma agrria e a programas de habilitao popular, sem qualquer indenizao ao proprietrio e sem prejuzo de outras sanes previstas em lei, observado, no que couber, o disposto no art. 5.Pargrafo nico: Todo e qualquer bem de valor econmico apreendido em decorrncia do trfico ilcito de entorpecentes e drogas afins e da explorao de trabalho escravo ser confiscado e reverter a fundo especial com destinao especfica, na forma da Lei.- 2 hipteses: Cultura legal de psicotrpicos Trabalho escravo na forma da Lei: que a Lei defina que houve reduo condio anloga de escravo.- Nesses casos, a pessoa ser confiscada, e no desapropriada, em virtude da sua conduta.

b) DESAPROPRIAO (art. 5, XXIV, CF; DL 3365/41)- Natureza de PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO (rito a ser seguido), ou seja, garante o contraditrio e ampla defesa aos afetados (nica forma supressiva de domnio com essa natureza jurdica).- O Estado prope um valor do bem ao proprietrio, que pode aceitar ou recusar. Ento ser aberto um processo na justia para definir o real valor do bem.- uma forma originria de aquisio da propriedade: quando o bem ingressa no domnio pblico pela desapropriao, fica livre de nus, encargos, hipoteca e relaes jurdicas anteriores, como contrato de locao, pois ningum segura a fora expropriante do Estado.**DICA: Credores com direito real se sub-rogam no preo. Por exemplo: credor hipotecrio tem um crdito garantido no bem. Na locao no h direito real, ento se o inquilino perder sua empresa dever entrar com indenizao contra o poder expropriante.- A desapropriao tem 3 fundamentos: Por interesse social: no punitiva Por necessidade pblica: Por utilidade pblica

b.1) COMPETNCIAS NA DESAPROPRIAO Competncia para desapropriar: para expedir o decreto expropriatrio.- Quem tem competncia? Apenas Unio, Estados, DF e Municpios + 2 autarquias Aneel e DNIT. Somente essas 6 figuras podem desapropriar. OBS: Se a Petrobrs quiser desapropriar, deve esperar para a Unio desapropriar. Competncia para promover desapropriao: uma competncia fraca, servindo para realizar atos materiais de apoio desapropriao.Quem tem competncia? Entidades federativas, Entidades da administrao indireta; Concessionrios e permissionrios.OBS: Todo mundo quer desapropriar, mas ningum quer promover desapropriao.

10.1.3 Formas de interveno no-supressivas de domnio- No tem perda da propriedade, o bem continua com o dono.- Como no h perda da propriedade, em regra, no indenizam, exceto se houver um dano especial.Exemplo: Poder de polcia; Servido administrativa; Tombamento; Requisio; Ocupao temporria.a) PODER DE POLCIA- a nica forma de interveno com natureza GERAL (vale para todos). Apareceu na prova interveno com natureza geral, poder de polcia.- Se manifesta por meio de limitaes gerais sobre liberdade e propriedade privadas.Exemplos: rodzio de veculos (vale p/ todos); regras municipais sobre direito de construir.

b) SERVIDO ADMINISTRATIVA- So restries sobre bem determinado (escolhe o bem que quer atingir)- um direito real, tem que estar gravado na matrcula do bem que ele um bem tomado.- S atinge imveis.Exemplos: placa com nome da rua na fachada do imvel; servido para passagem de fios, cabos e dutos pelo imvel.

c) TOMBAMENTO- Restrio para fins de preservao/conservao do prprio bem. Ou seja, criado pensando no bem, e no no interesse pblico em geral.- Atinge tanto bens mveis quanto imveis.- direito real, ou seja, tem que estar gravado na matrcula do bem que ele tomado.- O bem continua sendo do dono, podendo ser sujeito a nus, encargo, hipoteca e pode ser vendido.

d) REQUISIO ADMINISTRATIVA- Prevista expressamente no art. 5, XXV, CF.- utilizada em situaes de iminente perigo pblico, ou seja, toda requisio tem essa natureza emergencial. Nenhuma outra interveno no-supressiva tem natureza emergencial.- um uso de propriedade privada pela autoridade competente. Usa na urgncia e depois devolve.- A CF garante indenizao ulterior (posterior), mas somente se houver dano.Exemplo: bandidos em fuga, a polcia pega o carro de algum particular e usam o carro, devolvendo aps o uso. Havendo dano, ocorrer indenizao posterior.

e) OCUPAO TEMPORRIA- o uso de propriedade privada como apoio a obras pblicas e servios pblicos.- igual uma requisio em tudo, mas sem perigo o carter de perigo pblico. A requisio emergencial, mas a ocupao temporria no.Exemplo: A prefeitura faz o asfaltamento de uma rua e guarda os equipamentos em alguma propriedade privada que no esteja em uso.- Cabe indenizao, se houver dano.

Aula 811. AGENTES PBLICOS- So todas as pessoas que exercem uma funo pblica, ainda que transitoriamente e sem remunerao

11.1 ESPCIES Agentes Polticos Contratados Temporrios Comissionados Particulares em colaborao com a Administrao Empregados pblicos Servidores estatutriosa) AGENTES POLTICOS- Ingressam por uma eleio.- Possuem mandatos fixos.- Quando se encerra o mandato fixo, ocorre um desligamento automtico.- So responsveis pela alta direo do Estado (cpula diretiva do Estado, ou seja, os interesses maiores do Estado).Exemplo: Chefes do Executivo e Parlamentares.

b) CONTRATADOS TEMPORRIOS- Previstos no art. 37, IX, CF: Para atender a necessidade temporria de excepcional interesse pblico.- mais urgente do que o tempo necessrio para realizar um concurso pblico.- A lei 8745/93 regulamentou a contratao temporria somente para o mbito federal. Logo, aplicado somente s PJs de direito pblico da Unio.- Casos de contratao temporria:I Calamidade pblicaII emergncias em sade pblicaIII recenseamentos e outras pesquisas estatsticas realizadas pelo IBGE: CensoIV Admisso de professor substituto ou visitante- A contratao temporria sem concurso pblico, mas por processo seletivo simplificado.- Em alguns casos, o processo seletivo simplificado dispensado. Em quais casos dispensado?? Em casos de calamidade e de emergncia.c) COMISSIONADOS (popularmente conhecidos como cargos de confiana)- Nomeados sem concurso para cargos em comisso e funes de confiana- Os cargos em comisso no exigem vnculo anterior com o servio pblico. Exemplo: acessor parlamentar.- J para exercer funo de confiana, necessrio o vnculo anterior com o servio pblico. Exemplo: procurador chefe.- Os cargos comissionados tem livre nomeao (sem concurso) e de livre exonerao (sem processo). apenas uma deciso da autoridade nomeante.- So somente para tarefas de chefia, direo e assessoramento.

d) PARTICULARES EM COLABORAO COM A ADMINISTRAO- Tambm conhecidos como Agentes Honorficos- So particulares que no integram os quadros permanentes do Estado.Exemplo: Algum exerce uma funo pblica em carter temporrio e/ou no remunerado.- Quem so esses particulares? Concessionrios e permissionrios Notrios e registradores (art. 236, CF) Requisitados de servio (convocados pelo estado para fazer tarefa pblica, como os mesrios, jurados e os conscritos)

e) EMPREGADOS PBLICOS- Ingressam por concurso pblico.- Esto sujeitos a um perodo de experincia (o mesmo da CLT, que dura 3 meses)- Depois do perodo de experincia, passam a exercer empregos pblicos (cargos pblicos apenas para servidor estatutrio, bem como o estado probatrio).- Possuem relao contratual com o Estado, regida pela CLT (chamados tambm de empregados celetistas do Estado). Como possuem relao contratual, as regras s podero ser alteradas mediante acordo entre as partes.- Onde atuam? PJs de direito privado ou em funes subalternas. Significa que est longe do poder pblico, ou sejas, tarefas meio, sem relao com a atividade fim.- No possuem estabilidade.**Segundo o TST, empregados pblicos celetistas podem ser despedidos imotivadamente e sem processo (exceto empregados da ECT, porque esses necessitam de processo). Para a doutrina, demisso de empregado pblico sempre exige motivao e devido processo legal.

f) SERVIDORES ESTATUTRIOS (8112/90)- A investidura exige aprovao em concurso pblico. Validade de concurso: At 2 anos, prorrogveis uma vez por igual perodo.- Existe estgio probatrio de 3 anos (ou 36 meses).- Passam a titularizar um cargo pblico e possuem um vnculo no-contratual (regime estatutrio).- Na relao estatutria, existe um conjunto de regras acima da vontade do titular. Diferentemente do empregado pbico celetista, em que as mudanas so dependentes da anuncia do empregado.- Onde encontro servidores pblicos estatutrios? Em PJs de direito pblico, tanto na ADM Pblica Direta quanto na ADM Pblica Indireta (PJs de direito pblico). - A. P. Direta: Executivo, Legislativo e Judicirio.

12. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA- 8429/92: LIA (Lei de Improbidade Administrativa)

12.1 NO CONTEXTO DA PROTEO CONSTITUCIONAL MORALIDADE ADMINISTRATIVA- Por meio de ao popular, interposta por qualquer pessoa (Lei 4717/65) ou ao de improbidade administrativa, interposta por MP ou PJ interessada (Lei 8429/92).**NUNCA a ao popular pode ser interposta por PJ! E NUNCA Ao de Imp. Adm. Pode ser interposta por P. Fsica!- O MP sempre atua na ao de improbidade, por autor ou apenas por fiscal da Lei.- Prazo para as duas aes: 5 anos contados da data da improbidade. Para polticos e comissionados, os 5 anos so contados do desligamento da funo.OBS: Sempre que falar em prazo em ADM ou TRIB e no souber o prazo, chute 5 anos.- Penas na Ao Popular: Ressarcimento do dano Anulao do ato- Penas na Ao de Improbidade Administrativa (art. 12, LIA): Devoluo de bens Ressarcimento do dano Multa civil Perda do cargo Suspenso de direitos polticos Proibio de contratar do Estado (proibio de participar de licitao)

- As penas do art. 12 so de natureza cvel (no se trata de natureza criminal). - Como a LIA no tipifica crimes, os tipos so abertos, no h tipos fechados.- O rol exemplificativo (o juiz pode punir por improbidade condutas no previstas expressamente na LIA).

12.2 NO CONTEXTO DA RESPONSABILIADDE DO AGENTE PBLICO- Uma nica conduta do agente pode desencadear em vrios processos contra ele: civil; penal; processo administrativo disciplinar para apurar infraes; processo de improbidade administrativa; e ainda processo de controle (nos TCEs).- Esses 5 processos so independentes, ou seja, tramitam por autoridades diferentes.- Existem devidos processos legais distintos em cada mbito (os ritos so diferentes).- Com isso, se for um processo de improbidade, deve ser observada a LIA; de civil, o CPC, etc.- As penas podem cumular-se, pois o fato de ele ser punido em um no afeta os outros processos.- O resultado de um processo no interfere nos demais.**EXCEO: A coisa julgada de um processo far coisa julgada nos demais quando houver absolvio criminal por negativa de autoria ou por ausncia de materialidade. Cuidado!! A absolvio por falta de provas no produz esse efeito.**CUIDADO! A aprovao ou rejeio das contas do acusado no rgo de controle indiferente para o resultado na ao de improbidade. Processos que no conversam.

12.3 ATO DE IMPROBIDADE- Tem um sujeito ativo e um sujeito passivo. Ativo quem pratica, passivo a vtima.**CUIDADO!! O sujeito ativo do ato de improbidade vira polo passivo da ao de improbidade. Da mesma forma, a vtima do ato de improbidade ser polo ativo da ao de improbidade.- Quem pode praticar improbidade? Em regra, somente por agente pblico (chamada de improbidade prpria).**EXCEO: Admite-se a improbidade realizada por particulares (improbidade imprpria).- Hipteses de prtica de improbidade por particular quando ele: Concorre para a prtica da improbidade (pratica junto com o agente pblico) Se beneficia do ato de improbidade (dinheiro pblico vai pra conta de algum) Induz prtica da improbidade (leva o agente a praticar) For sucessor do agente (o herdeiro de quem praticou). Ele s responde nas foras da herana.OBS: Nunca um particular isoladamente pode praticar improbidade!!- Quem pode ser vtima do ato? Em regra, rgos pblicos e entidades estatais.**EXCEO: pessoas privadas podem propor ao de improbidade se receberem recursos pblicos. Exemplo: Organizao no governamental (ONG) beneficiria de recursos do governo federal. Mas as penas civis ficam restritas ao impacto do ato sobre o recurso pblico repassado.OBS: Lembrar que ao de improbidade SEMPRE tramita na 1 instncia (no existe foro privilegiado em improbidade).

12.4 TIPOS DE IMPROBIDADE- 3 tipos: Atos que importam enriquecimento ilcito do agente (art. 9 da LIA) Atos que causam leso ao errio (art. 10) Atos que atentam contra princpios (art. 11)- As condutas do art. 9 so as mais graves, e s caracterizam improbidade se existir DOLO (inteno ou m-f). No art. 11 tambm somente com DOLO!***J no art. 10, se caracterizam com DOLO ou CULPA!! NICA HIPTESE DE IMPROBIDADE CULPOSA (Negligncia, Imprudncia ou Impercia)