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Aula 00 Curso: Direito Administrativo p/ TRT-SP-Analista Jud. (Área Jud. e Oficial de Justiça) - com videoaulas Professor: Daniel Mesquita

Direito Administrativo - Aula 00

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Direito Administrativo - Aula 00

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    Curso: Direito Administrativo p/ TRT-SP-Analista Jud. (rea Jud. e Oficial de Justia) -com videoaulas

    Professor: Daniel Mesquita

  • Direito Administrativo p/ TRT-SP - Analista

    Judicirio (rea judiciria e Oficial de Justia). Teoria

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    AULA 00: Princpios da Administrao

    Pblica

    SUMRIO

    1. APRESENTAO 1

    2. CRONOGRAMA 3

    3. INTRODUO AULA INAUGURAL 5

    4. PRINCPIOS DA ADMINISTRAO 6

    4.1 PRINCPIOS BASILARES 6 4.2 PRINCPIOS DO ART. 37, CAPUT, DA CF. 13 4.3 OUTROS PRINCPIOS CONSAGRADOS. 38

    5. RESUMO DA AULA 50

    6. QUESTES PARA FIXAO 52

    7. REFERNCIAS 69

    1. Apresentao

    Bem vindos ao curso de Direito Administrativo, preparatrio para

    o concurso de Analista Judicirio (rea judiciria e Oficial de Justia)

    para TRT-SP.

    A remunerao devida aos candidatos aprovados varia de R$

    4.635,03 a R$ 9.188,20! As provas sero realizadas no dia 23 de

    fevereiro de 2014.

    O concurso ser realizado pela FCC.

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    E isso no est muito longe pra voc no, meu amigo, tenha isso

    em mente: SE VOC ESTUDAR, VOC VAI PASSAR E SE VOC PASSAR,

    VOC VAI SER CHAMADO!

    Hoje eu estou aqui desse lado, tentando passar o caminho das

    pedras pra voc, mas lembre-se de que eu j estive a, onde voc est

    agora.

    Pra voc me conhecer melhor, vou falar um pouco de mim.

    Meu nome Daniel Mesquita, sou formado em Direito pela

    Universidade de Braslia (UnB) e ps-graduado em direito pblico. A

    minha vida no mundo dos concursos teve incio em 2005, quando me

    preparei para o concurso de tcnico administrativo rea judiciria do Superior Tribunal de Justia. J nesse concurso, obtive xito e trabalhei

    por dois anos no Tribunal, na assessoria de Ministro da 1 Turma.

    Em seguida, passei para o concurso de analista do Tribunal

    Superior Eleitoral (CESPE/UnB), na quarta colocao.

    A partir da, meu estudo foi focado para as provas de advogado

    pblico (AGU, procuradorias estaduais, defensorias pblicas etc.), pois

    sempre tive como objetivo a carreira de Procurador de Estado ou do

    Distrito Federal.

    Nem tudo na vida so louros. Nessa fase obtive muitas derrotas

    e reprovaes nos concursos. Desanimei por algumas vezes, mas

    continuei firme em meu objetivo, pois s no passa em concurso quem

    pra de estudar!

    E essa atitude rendeu frutos, logo fui aprovado no concurso de

    Procurador Federal AGU. Continuei estudando, pois ainda faltava mais um degrau:

    Procuradoria de Estado ou do Distrito Federal.

    Foi ento que todo o suor, dedicao, disciplina, renncia e

    privaes deram o resultado esperado, logrei aprovao no concurso de

    Procurador do Distrito Federal. Tomei posse em 2009 e exero essa

    funo at hoje.

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    No posso deixar de mencionar tambm a minha experincia

    como membro de bancas de concursos pblicos. A participao na

    elaborao de diversas provas de concursos, inclusive para tribunais,

    me fez perceber o nvel de cobrana do contedo nas provas, as

    matrias mais recorrentes e os erros mais comuns dos candidatos.

    Espero que a minha experincia possa ajud-lo no estudo do

    direito administrativo.

    Vamos tomar cuidado com os erros mais comuns, aprofundar

    nos contedos mais recorrentes e dar a matria na medida certa, assim

    como um bom mdico prescreve um medicamento.

    Para que esse medicamento seja suficiente, ele deve atacar

    todos os sintomas e, ao mesmo tempo, deve ser eficiente contra o foco

    da doena. Isso quer dizer que no podemos deixar nenhum ponto do

    edital para trs.

    Alm disso, buscarei usar muitos recursos visuais para que a

    apreenso do contedo venha mais facilmente.

    Para reforar a aprendizagem, resumirei o contedo

    apresentado ao final de cada aula e apresentarei as questes

    mencionadas ao longo da aula em tpico separado, para que voc possa

    resolv-las na vspera da prova.

    Todos esses instrumentos voc ter a sua disposio para

    encarar a batalha.

    2. Cronograma

    Num concurso com muitos inscritos como esse, voc no pode

    perder tempo e deve lutar com as armas certas. A principal arma para

    voc vencer essa batalha o planejamento.

    Nesse curso sero ministradas 10 aulas de direito administrativo,

    cada uma com os seguintes temas, de acordo com os pontos previstos

    no edital:

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    Aula 00 (17/12/2013)

    1 Administrao pblica: princpios bsicos.

    Aula 01 (18/12/2013)

    5 Organizao administrativa: administrao direta e indireta;

    centralizada e descentralizada; autarquias, fundaes, empresas

    pblicas e sociedades de economia mista. 6 rgos pblicos: conceito,

    natureza e classificao.

    Aula 02 (18/12/2013)

    4 Ato administrativo: conceito, requisitos e atributos. discricionariedade

    e vinculao

    Aula 03 (19/12/2013)

    4 Ato administrativo: anulao, revogao e convalidao;

    Aula 04 (20/12/2013)

    2 Poderes administrativos: poder hierrquico; poder disciplinar; poder

    regulamentar; poder de polcia; uso e abuso do poder.

    Aula 05 (07/01/2014)

    3 Servios Pblicos: conceito e princpios; delegao: concesso,

    permisso e autorizao.

    Aula 06 (08/01/2014)

    7 Servidores pblicos: cargo, emprego e funo pblicos

    Aula 07 (10/01/2014)

    9 Improbidade administrativa (Lei n 8.429/1992).

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    Aula 08 (13/01/2014)

    8. Controle: controle administrativo; controle judicial; controle

    legislativo;

    Aula 09 (14/01/2014)

    Responsabilizao da administrao: responsabilidade civil do Estado.

    Com base nesse cronograma, voc j pode planejar o seu estudo,

    dividindo o tempo que voc tem at a prova pelas matrias

    apresentadas. Dedique-se mais s matrias que tem maior peso e

    naquelas em que voc no tem muito conhecimento. Faa uma escala

    de estudos e cumpra-a.

    Se voc seguir essas dicas, no tem erro, voc vai passar!

    3. Introduo aula Inaugural

    Nesta aula inaugural de Noes de Direito Administrativo para o TRTSP, vamos abordar um tema importaQWHGDPDWpULD1 Administrao pblica: princpios bsicos.No se esquea que, ao final, voc ter um resumo da aula e as questes tratadas ao longo dela. Use esses dois

    pontos da aula na vspera da prova!

    Programe-se para ler os resumos na semana que antecede a

    prova. Lembre-se: o planejamento fundamental.

    Chega de papo, vamos a luta!

    Sem mais delongas, vamos luta! Rumo aprovao!

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    4. Princpios da Administrao

    A primeira coisa que voc deve saber que o sobre os princpios

    da Administrao Pblica que o regime jurdico administrativo est

    fundado, basicamente, sobre dois princpios: o da supremacia do

    interesse pblico sobre o privado (ou princpio do interesse pblico) e o

    da indisponibilidade, pela administrao, dos interesses pblicos.

    O segundo ponto que voc deve saber sobre os princpios da

    Administrao Pblica a palavra LIMPE, ou seja, a sigla que designa

    os princpios constitucionais expressos no caput do art. 37 da

    Constituio, assim redigido:

    Assim, LIMPE = Princpios constitucionais da legalidade, da

    impessoalidade, da moralidade, da publicidade e da eficincia.

    Vistos os pontos fundamentais, que voc no pode esquecer nem

    por decreto, passamos agora para a anlise de cada um dos princpios

    do direito administrativo.

    4.1 Princpios basilares

    Como vimos, os princpios basilares so o da supremacia do

    interesse pblico sobre o particular (ou princpio do interesse

    pblico) e o da indisponibilidade.

    Pelo primeiro, entendemos que sempre que houver conflito entre

    interesse pblico e o particular deve prevalecer o interesse pblico, que

    representa a coletividade.

    Art. 37. A administrao pblica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios obedecer aos princpios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia e, tambm, ao seguinte:

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    A supremacia do interesse pblico orienta todo o regime jurdico

    administrativo. Em decorrncia desse princpio, a Administrao Pblica

    goza de poderes e prerrogativas especiais com relao aos

    administrados, o que faz com que o poder pblico possa atuar imediata

    e diretamente em defesa do interesse coletivo, fazendo prevalecer a

    vontade geral sobre a vontade individual.

    Diz-se, portanto, que a relao entre Estado indivduo de verticalidade. As ordens do Estado se impem aos indivduos de forma

    unilateral.

    Isso no quer dizer que os entes pblicos podem fazer o que

    bem entendem com os indivduos. A supremacia no absoluta, deve

    respeitar os direitos individuais e coletivos previstos na Constituio (p.

    ex.: liberdade, propriedade, devido processo legal, moradia, sade etc)

    e devem ser exercidas sempre visando o interesse pblico.

    ALERTA MXIMO! ALERTA MXIMO!

    Nunca se esquea: o princpio da supremacia do interesse

    pblico sobre o privado limitado tambm pela proporcionalidade,

    ou seja, o ato praticado pelo administrador s ser legtimo se o meio

    utilizado por ele for adequado para atender ao fim perseguido.

    Se ele abusar, tomar uma medida gravosa ao administrado e

    desnecessria ou se escolher um meio inadequado, o princpio da

    supremacia no vai proteger esse administrador.

    Voc j ouviu falar em interesse pblico primrio? Existe

    interesse pblico secundrio?

    Existe sim, meus caros, leia com ateno.

    O interesse pblico primrio coincide com a realizao de

    polticas pblicas voltadas para o bem estar social. Pode ser

    compreendido como o prprio interesse social, o interesse da

    coletividade como um todo.

    O interesse pblico secundrio decorre do fato de que o Estado

    tambm uma pessoa jurdica que pode ter interesses prprios,

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    particulares. Esses interesses existem e devem conviver no contexto

    dos demais interesses individuais. De regra, o interesse secundrio tem

    cunho patrimonial.

    Por fim, no a toa que o princpio da supremacia do interesse

    pblico um princpio basilar do direito administrativo. em razo do

    que existe o poder de polcia (que R SRGHU GH TXH GLVS}H Dadministrao pblica para condicionar ou restringir o uso de bens e o

    exerccio de direitos ou atividades pelo particular, em prol do bem-estar

    GDFROHWLYLGDGH - Marcelo Alexandrino 2010, p. 239). Alm disso, em razo dele que se diz que o poder pblico tem a seu dispor as clusulas

    exorbitantes e pode desapropriar bens particulares.

    Vamos agora ao princpio da indisponibilidade do interesse

    pblico?

    No esmorea, guerreiro!

    Esse princpio decorre da ideia de que os interesses da

    Administrao no so de uma pessoa ou de um agente, mas de toda a

    coletividade. Por isso, eles no podem ser apropriados ou alienados por

    ningum, pois no pertencem a ningum de forma especfica.

    1DVSDODYUDVGH%DQGHLUDGH0HORSQHPPHVPRRprprio rgo administrativo que os representa no tem disponibilidade

    sobre eles, no sentido de que lhe incumbe apenas cur-los o que tambm um dever na estrita conformidade do que predispuser a intentio legis. Continua o autor, afirmando que a noo de administrao ope-se ideia de propriedade.

    Importante ter em mente, que a Administrao no titular de

    qualquer interesse pblico. O titular desses interesses o Estado, pois

    este constitudo pelo povo e, como vimos, todo poder emana do povo.

    a partir da indisponibilidade do interesse pblico que surgem

    os princpios da legalidade, da finalidade, da razoabilidade, da

    proporcionalidade, da motivao, da responsabilidade do Estado, da

    continuidade do servio pblico, do controle dos atos administrativos,

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    da isonomia, da publicidade e da inalienabilidade dos interesses

    pblicos.

    1) (ESAF/AFC/CGU/2006) A primordial fonte formal do Direito

    Administrativo no Brasil :

    a) a lei.

    b) a doutrina.

    c) a jurisprudncia.

    d) os costumes.

    e) o vade-mcum.

    Pessoal, se o princpio da legalidade significa a subordinao

    da Administrao s imposies legais, isso nos leva a crer que a lei o

    fundamento para os atos regulados pelo Direito Administrativo. fonte

    formal porque esse termo indica o local onde se encontram os

    dispositivos jurdicos e onde os destinatrios das normas devem

    pesquisar para tomar conhecimento das normas que o regem. Para o

    Direito Administrativo, a lei.

    5HVSRVWDOHWUDD

    2) (FCC - 2008 - TCE-AL - Procurador) O regime jurdico

    administrativo possui peculiaridades, dentre as quais podem ser

    destacados alguns princpios fundamentais que o tipificam. Em relao a

    estes, pode-se afirmar que o princpio da

    a) supremacia do interesse pblico informa as atividades da

    administrao pblica, tendo evoludo para somente ser aplicado aos

    atos discricionrios.

    b) supremacia do interesse pblico informa as atividades da

    administrao pblica e pode ser aplicado para excepcionar o princpio

    Questes de concurso

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    da legalidade estrita, a fim de melhor representar a tutela do interesse

    comum.

    c) legalidade estrita significa que a administrao pblica deve

    observar o contedo das normas impostas exclusivamente por meio de

    leis formais.

    d) indisponibilidade do interesse pblico destina-se a restringir

    a edio de atos discricionrios, que s podem ser realizados com

    expressa autorizao legislativa.

    e) indisponibilidade do interesse pblico destina-se a restringir

    a atuao da administrao pblica, que deve agir nas hipteses e

    limites constitucionais e legais.

    Pessoal, indiretamente, essa uma questo que nos remente

    ao princpio da legalidade associado ao da indisponibilidade do interesse

    pblico. Lembre-se de que TODOS os atos da Administrao devem

    estar previstos em lei e essa regra no pode ser excepcionada sob o

    argumento de proteo ao interesse pblico.

    5HVSRVWDOHWUDH

    3) (FCC - 2012 - TJ-RJ - Comissrio da Infncia e da

    Juventude) O princpio da supremacia do interesse pblico

    a) informa toda a atuao da Administrao Pblica e se

    sobrepe a todos os demais princpios e a todo e qualquer interesse

    individual.

    b) est presente na elaborao da lei e no exerccio da funo

    administrativa, esta que sempre deve visar ao interesse pblico.

    c) informa toda a atuao da Administrao Pblica,

    recomendando, ainda que excepcionalmente, o descumprimento de

    norma legal, desde que se comprove que o interesse pblico restar

    melhor atendido.

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    d) traduz-se no poder da Administrao Pblica de se sobrepor

    discricionariamente sobre os interesses individuais, dispensando a

    adoo de formalidades legalmente previstas.

    e) est presente na atuao da Administrao Pblica e se

    consubstancia na presuno de veracidade dos atos praticados pelo

    Poder Pblico.

    O Princpio da supremacia do interesse pblico orienta todo o

    regime jurdico administrativo. Porm, no um princpio absoluto,

    devendo ser respeitado os direitos individuais e coletivos previstos na

    Constituio. Tampouco se sobrepe aos demais princpios, lembrando

    que o princpio da supremacia do interesse pblico sobre o privado

    limitado tambm pela proporcionalidade. $OWHUQDWLYDDHUUDGD Voc j percebeu que o princpio da supremacia est presente na

    aplicao da lei e na prpria elaborao da lei (pois ambas as atividades

    so motoras do Estado). Tambm est correta a afirmao de que esse

    SULQFtSLRVHPSUHGHYHYLVDURLQWHUHVVHS~EOLFRFROHWLYR$OWHUQDWLYDEcorreta.

    Volto a dizer, a supremacia no absoluta, deve respeitar os

    direitos individuais e coletivos previstos na Constituio, na norma

    legal, no podendo descumpri-la e nem dispensar nenhuma formalidade

    legal/HWUDFHGerradas. 2VLQVWLWXWRVDSRQWDGRVQDOHWUDHVmRGLVWLQWRVWHQGRHPYLVWD

    a presuno de veracidade dos atos administrativos no se confunde

    com o princpio da supremacia do interesse pblico/HWUDHHUUDGD *DEDULWR/HWUDE

    4) (FCC - 2010 - TRE-AM - Analista Judicirio - rea

    Administrativa) A respeito dos princpios bsicos da Administrao,

    correto afirmar:

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    a) Em razo do princpio da moralidade o administrador pblico

    deve exercer as suas atividades administrativas com presteza, perfeio

    e rendimento funcional.

    b) Os princpios da segurana jurdica e da supremacia do interesse

    pblico no esto expressamente previstos na Constituio Federal.

    c) A publicidade elemento formativo do ato e serve para

    convalidar ato praticado com irregularidade quanto origem.

    d) Por fora do princpio da publicidade todo e qualquer ato

    administrativo, sem exceo, deve ser publicado em jornal oficial.

    e) O princpio da segurana jurdica permite a aplicao retroativa

    de nova interpretao de norma administrativa.

    2 LWHP D HVWi HUUDGR SRLV WUD] D GHILQLomR GR SULQFtSLR GDeficincia.

    O item b est correto, o princpio da segurana jurdica no est no LIMPE YHMDTXHRHQXQFLDGRGDTXHVWmRLQIRUPDSULQFtSLRVEiVLFRVGD$GPLQLVWUDomR, est apenas no art. 2 da Lei 9.784/99 e, de forma reflexa, no art. 5, XXXVI, da Constituio. Do mesmo modo, o princpio

    da supremacia do interesse pblico no est expresso na Constituio

    como princpio bsico da Administrao, ele est implcito no

    ordenamento jurdico.

    2 LWHP F HVWi HUUDGR SRLV D SXEOLFLGDGH QmR p HOHPHQWRformativo do ato, mas sim elemento que d eficcia ao ato. Os

    elementos formativos do ato so: sujeito, motivo, objeto, forma e

    finalidade.

    2LWHPGWDPEpm est errado, o ato no precisa ser publicado em jornal oficial para atender ao princpio da publicidade, o atendimento a

    este princpio pode se dar de diversas maneiras (p. ex: se a lei no

    exige a publicao em dirio oficial, atender ao princpio da publicidade

    a fixao do ato em local pblico na repartio ou no site do rgo ou

    do ente pblico).

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    3RUILPRLWHPHpHUUDGRSRLVRSULQFtSLRGDVHJXUDQoDMXUtGLFDprobe a aplicao retroativa de nova interpretao de norma. Desse

    modo, o gabarito a OHWUDE

    4.2 Princpios do art. 37, caput, da CF.

    Passemos agora a tratar dos princpios do LIMPE.

    O princpio da legalidade existe, justamente, para consagrar o

    princpio da indisponibilidade do interesse pblico. Se esse interesse

    no pode ser alienado pela Administrao, ele deve ser curado, tratado,

    cuidado, promovido, nos termos da vontade geral e nos limites

    conferidos pelo povo.

    E como o povo confere limites aos atos da Administrao?

    Por meio da edio de leis!

    por isso que o princpio da legalidade significa a subordinao

    da Administrao s imposies legais.

    Diferentemente das aes privadas dos indivduos, em que

    ningum obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa seno em

    virtude de lei (autonomia da vontade), no princpio da legalidade da

    Administrao Pblica, esta s pode realizar, fazer ou editar o que a lei

    expressamente permite.

    Num Estado de Direito, as aes da Administrao so definidas

    e autorizadas previamente pelo povo, por meio de leis aprovadas pela

    vontade geral.

    Na jurisprudncia do STF, encontramos casos clssicos em que

    se decidiu com fundamento no princpio da legalidade. Dentre eles, no

    06R7ULEXQDOGHFLGLXTXHDDOWHUDomRGHDWULEXLo}HVGHFDUJRpblico somente pode ocorrer por intermdio de lei formal

    Mas e se a lei no define exatamente como o administrador deve

    agir?

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    Nesse caso, o gestor deve observar as demais fontes do direito

    administrativo. Ele no pode realizar o ato de modo ilgico ou

    incongruente. Deve se pautar nos princpios gerais da Administrao

    para agir de modo razovel, escolhendo a melhor opo dentre as

    hipteses oferecidas na legislao (princpio da razoabilidade).

    Toda competncia conferida por lei deve obedecer a certo fim.

    Por isso o agir da Administrao deve ser adequado ao que se pretende

    atingir, ou seja, deve haver uma correlao entre os meios adotados e

    os fins almejados (mais uma vez, o princpio da proporcionalidade se

    aplica).

    Tamanha a importncia do princpio da legalidade para a

    Administrao Pblica que Di Pietro (2009, p. 63) afirma que os

    princpios fundamentais do direito administrativo so o da legalidade e o

    da supremacia do interesse pblico sobre o particular.

    Se a banca afirmar que esses so os princpios basilares do

    direito administrativo, a alternativa no estar errada, pois estar

    adotando a posio de Di Pietro. Entretanto, como vimos acima, a

    posio de Bandeira de Mello, no sentido de que os princpios basilares

    so a supremacia do interesse pblico sobre o particular e a

    indisponibilidade do interesse pblico, que vem sendo cobrado, pois

    deste ltimo que surge o princpio da legalidade.

    5) (FCC - 2013 - TRT - 12 Regio - Analista Judicirio) A

    respeito dos princpios bsicos aplicveis Administrao pblica,

    considere:

    I. Uma das representaes do princpio da eficincia pode ser

    identificada com a edio da Emenda Constitucional no 45/2004, que

    introduziu, entre os direitos e garantias fundamentais, a razovel

    Questes de concurso

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    durao do processo e os meios que garantam a celeridade de sua

    tramitao.

    II. O princpio da supremacia do interesse pblico se sobrepe ao

    princpio da legalidade, autorizando a Administrao a impor restries

    a direito individuais sempre que o interesse coletivo assim justificar.

    III. O princpio da segurana jurdica impede que a Administrao

    reveja, por critrio de convenincia e oportunidade, os atos por ela

    praticados, obrigando a submisso ao Poder Judicirio.

    Est correto o que consta em

    a) I, apenas.

    b) I, II e III.

    c) I e III, apenas.

    d) II e III, apenas.

    e) I e III, apenas.

    Vamos uma por uma.

    I a Emenda 45/2004, conhecida com a emenda da reforma do Judicirio, veio implementar vrias mudanas almejando desafogar os

    tribunais e conferir maior celeridade aos processos. Os novos

    mecanismo implementados so um demonstrao da tentativa de

    aumentar a eficincia da Administrao judicirio; portanto, esse item

    est correto.

    II O princpio da legalidade no pode ser colocado de lado em favor de opes realizadas pelo Administrador sob o mero argumento

    de defesa do interesse pblico. Imagina a grande margem de

    arbitrariedade que essa medida poderia gerar! Questo errada, pessoal.

    III A Administrao Pblica pode rever seus ato respeitada de convenincia e oportunidade (revogao) e, quando houver nulidade

    (ilegalidade), caber anulao. Alm disso, nesse caso, no h

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    submisso do Judicirio, pois este tem o poder de analisar a legalidade

    dos atos administrativos.

    3RUILPUHVSRVWDOHWUDD

    6) (FCC - 2012 - TRE-SP - Analista Judicirio) De acordo com a

    Constituio Federal, constituem princpios aplicveis Administrao

    Pblica os da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e

    eficincia. Tais princpios aplicam-se s entidades

    a) de direito pblico, excludas as empresas pblicas e sociedades

    de economia mista que atuam em regime de competio no mercado.

    b) de direito pblico e privado, exceto o princpio da eficincia que

    dirigido s entidades da Administrao indireta que atuam em regime

    de competio no mercado.

    c) integrantes da Administrao Pblica direta e indireta e s

    entidades privadas que recebam recursos ou subveno pblica.

    d) integrantes da Administrao Pblica direta e indireta,

    independentemente da natureza pblica ou privada da entidade.

    e) pblicas ou privadas, prestadoras de servio pblico, ainda que

    no integrantes da Administrao Pblica.

    Alm de muita ateno, observe que o enunciado pede DE

    ACORDO COM A C.F., imprescindvel que voc tenha conhecimento

    desse artigo:

    *DEDULWR/HWUDd

    Art. 37. A administrao pblica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios obedecer aos princpios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia e, tambm, ao seguinte:

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    7) (FCC - 2012 - TCE-AP - Analista de Controle Externo) De

    acordo com a Constituio Federal, os princpios da Administrao

    Pblica aplicam-se

    a) s entidades integrantes da Administrao direta e indireta de

    qualquer dos Poderes.

    b) Administrao direta, autrquica e fundacional,

    exclusivamente.

    c) s entidades da Administrao direta e indireta, exceto s

    sociedades de economia mista exploradoras de atividade econmica.

    d) Administrao direta, integralmente, e indireta de todos

    os poderes e s entidades privadas que recebem recursos pblicos,

    parcialmente.

    e) Administrao direta, exclusivamente, sujeitando- se as

    entidades da Administrao indireta ao controle externo exercido pelo

    Tribunal de Contas.

    Essa questo caiu duas vezes no ano de 2012, e tem grandes

    chances de cair na sua prova! Leia mais uma vez:

    *DEDULWR/HWUDD

    8) (FCC - 2012 - MPE-AP - Tcnico Ministerial - Auxiliar

    Administrativo) O Prefeito de determinado Municpio, a fim de realizar

    promoo pessoal, utilizou-se de smbolo e de slogan que mencionam o

    seu sobrenome na publicidade institucional do Municpio. A utilizao de

    publicidade governamental para promoo pessoal de agente pblico

    viola o disposto no artigo 37, 1o, da Constituio Federal, ora

    WUDQVFULWR $ SXEOLFLGDGH GRV DWRV SURJUDPDV REUDV VHUYLoRV Hcampanhas dos rgos pblicos dever ter carter educativo,

    Art. 37. A administrao pblica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios obedecer aos princpios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia e, tambm, ao seguinte:

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    informativo ou de orientao social, dela no podendo constar nomes,

    smbolos ou imagens que caracterizem promoo pessoal de

    DXWRULGDGHVRXVHUYLGRUHVS~EOLFRV O fato narrado constitui violao ao seguinte princpio da Administrao Pblica, dentre outros:

    a) Eficincia

    b) Publicidade

    c) Razoabilidade

    d) Impessoalidade

    e) Supremacia do interesse pblico.

    Essa uma boa questo! Porque ele se referiu a

    publicidade, talvez o candidato fique confuso e pense em marcar a letra

    E 3RUpP QmR VH HQJDQH 3HUFHED TXH R slogan do municpio ficou pessoal, ou seja, foi ligada a uma figura pblica, perdeu seu carter

    genrico e neutro, tendo a impessoalidade sido afetada.

    5HVSRVWDOHWUDG

    9) (FCC - 2013 - Caixa - Engenheiro Civil) Considere a seguinte

    situao hipottica: Lei Municipal atribuiu a hospital pblico o

    sobrenome do ento Prefeito, como inclusive era conhecido na

    Municipalidade e quando ainda exercia seu mandato, ou seja, a

    introduo da norma no ordenamento jurdico municipal operou- se em

    plena vigncia do mandato eletivo do citado Prefeito, que no obstante

    detivesse o poder de veto, sancionou a lei. A situao narrada fere

    especificamente o seguinte princpio da Administrao Pblica:

    a) Autotutela.

    b) Eficincia.

    c) Publicidade.

    d) Especialidade.

    e) Impessoalidade.

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    A sua banca gosta desse tipo de pergunta! Essa aqui dispensa

    grandes comentrios, no mesmo? Essa vedao constitucional e

    encontra-se no artigo 37, pargrafo 1.

    Resposta: letra E

    10) (FCC - 2013 - TJ-PE - Juiz) A Constituio Federal vigente

    prev, no caput de seu art. 37, a observncia, pela Administrao

    Pblica, do princpio da legalidade. Interpretando-se essa norma em

    harmonia com os demais dispositivos constitucionais, tem- se que

    a) os Municpios, por uma questo de hierarquia, devem antes

    atender ao disposto em leis estaduais ou federais, do que ao disposto

    em leis municipais.

    b) o Chefe do Poder Executivo participa do processo legislativo,

    tendo iniciativa privativa para propor certos projetos de lei, como

    aqueles sobre criao de cargos pblicos na Administrao direta

    federal.

    c) a extino de cargos pblicos, em qualquer hiptese, depende

    de lei.

    d) a Administrao livre para agir na ausncia de previso

    legislativa.

    e) cabvel a delegao do Congresso Nacional para que o

    Presidente da Repblica disponha sobre diretrizes oramentrias.

    Vamos aprofundar nosso estudo sobre o princpio da legalidade?

    Letra (A). No h hierarquia entre leis federais, estaduais e

    municipais. Logo, est INCORRETA.

    /HWUD%(VWiGHDFRUGRFRPRDUWLQFLVR,,DOtQHDDda CF. Logo, est CORRETA.

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    Letra (C). Se forem cargos pblicos vagos, pode ser por meio de

    decreto. Logo, est INCORRETA.

    Letra (D). A Administrao s pode agir quando a lei autoriza.

    Logo, est INCORRETA.

    Letra (E). No sero objeto de delegao os atos de competncia

    exclusiva do Congresso Nacional, os de competncia privativa da

    Cmara dos Deputados ou do Senado Federal, a matria reservada lei

    complementar, nem a legislao sobre planos plurianuais, diretrizes

    oramentrias e oramentos (art. 68, 1, inciso III, da CF). Logo, est

    INCORRETA.

    Resposta: letra B

    11) (FCC - 2011 - DPE-RS - Defensor Pblico) Na relao dos

    princpios expressos no artigo 37, caput, da Constituio da Repblica

    Federativa do Brasil, NO consta o princpio da

    a) moralidade.

    b) eficincia.

    c) probidade.

    d) legalidade.

    e) impessoalidade.

    importante que voc se lembre que os princpios da

    Administrao Pblica expressos no caput do art. 37 da Constituio so

    representados pela palavra LIMPE. Confira a redao do dispositivo:

    Assim, LIMPE = Princpios constitucionais da legalidade, da

    impessoalidade, da moralidade, da publicidade e da eficincia.

    Art. 37. A administrao pblica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios obedecer aos princpios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia e, tambm, ao seguinte:

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    Fica fcil perceber que o princpio da probidade no consta do

    dispositivo. *DEDULWR/HWUDF

    Segundo o princpio da impessoalidade a Administrao no

    pode praticar qualquer ato com vistas a prejudicar ou beneficiar

    algum, nem a atender o interesse do prprio agente, o agir deve ser

    impessoal, pois os agentes pblicos devem visar, to somente, o

    interesse pblico.

    Por isso que se diz que o princpio da impessoalidade se

    confunde com o da finalidade, pois ato administrativo que no visa o

    interesse pblico viola tanto o princpio da impessoalidade como o da

    finalidade.

    Entretanto, outro aspecto do princpio da impessoalidade

    exclusivo e inconfundvel: esse princpio tambm informa que os atos

    realizados no mbito da Administrao no so praticados por Fulano,

    Beltrano ou Cicrano, mas pelo rgo ao qual o agente se vincula.

    As regras constitucionais que impem a realizao do concurso

    pblico para provimento de cargos na Administrao Pblica (art. 37,

    II) e a que determina que as contrataes devem ser precedidas de

    licitao (art. 37, XXI) decorrem do princpio da impessoalidade.

    Em ateno ao princpio da impessoalidade, deve ser

    rechaada toda forma de utilizao de publicidade institucional para

    promoo pessoal de polticos.

    Caro amigo, nesse momento voc deve ligar o SINAL DE

    ALERTA! Pois vamos tratar de um dos princpios mais cobrados nos

    ltimos concursos: o princpio da moralidade!

    O princpio da moralidade impe ao administrador o dever de

    sempre agir com lealdade, boa-f e tica. Alm de obedecer aos limites

    da lei, o gestor deve verificar se o ato no ofende a moral, os bons

    costumes, os princpios de justia, de equidade e, por fim, a ideia de

    honestidade.

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    O tema que mais vem sendo cobrado em concursos quanto ao

    princpio da moralidade a Smula Vinculante 13 do STF, que veda a

    prtica do nepotismo na Administrao Pblica.

    A partir da edio dessa smula restou consagrado o

    entendimento de que no preciso de lei em sentido formal para se

    punir um indivduo por nomear parentes para cargos pblicos. Isso

    porque, essa prtica viola frontalmente os princpios constitucionais da

    moralidade e da impessoalidade.

    Pela importncia da SV n 13, transcrevemos a sua redao:

    Como se v, a smula vinculante impede a nomeao de

    cnjuge, companheiro ou parente da autoridade nomeante ou de

    servidor da mesma pessoa jurdica para exerccio de cargo em

    comisso, de confiana ou de funo gratificada em qualquer rgo de

    quaisquer dos poderes e de quaisquer dos entes estatais.

    A smula considera prtica imoral a nomeao de parentes

    colaterais em at terceiro grau.

    O texto veda, tambm, o nepotismo cruzado ao informar que

    DV~PXODDOFDQoDDVGHVLJQDo}HVUHFtSURFDV, ou seja, a SV n 13 veda a nomeao de um parente de Fulano, que presidente da FUNASA,

    por exemplo, para o exerccio de um cargo em comisso no INSS

    enquanto, ao mesmo tempo, Beltrano, que parente do presidente do

    INSS, nomeado para exerccio de cargo em comisso na FUNASA.

    Muita ateno nesse ponto: aps a edio da Smula Vinculante

    em comento, o Supremo Tribunal Federal afirmou que a nomeao de

    $ QRPHDomR GH F{QMXJH FRPSDQKHLUR RX SDUHQWH HP OLQKD UHWDcolateral ou por afinidade, at o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurdica, investido em cargo de direo, chefia ou assessoramento, para o exerccio de cargo em comisso ou de confiana, ou, ainda, de funo gratificada na Administrao Pblica direta e indireta, em qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos municpios, compreendido RDMXVWHPHGLDQWHGHVLJQDo}HVUHFtSURFDVYLRODD&RQVWLWXLomR)HGHUDO

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    parentes para cargos polticos no implica ofensa aos princpios que

    regem a Administrao Pblica, em face de sua natureza

    eminentemente poltica, e que, nos termos da Smula Vinculante 13,

    as nomeaes para cargos polticos no esto compreendidas nas

    hipteses nela elencadas 5&/ GLYXOJDGR QR ,QIRUPDWLYR 67)524).

    MUITO IMPORTANTE!!!!

    No mbito do Distrito Federal, foi editado o Decreto n 32751/11,

    que busca interpretar a Smula Vinculante n 13, coibindo o nepotismo

    no DF.

    Destaco dessa norma, os arts. 3 e 4. Leia com ateno:

    Art. 3 So proibidas as nomeaes, contrataes ou designaes para cargo em comisso ou funo de confiana e atendimento a necessidade temporria de excepcional interesse pblico, de: I - familiar de autoridade administrativa (=Governador e Vice Governador), no mbito de toda a Administrao Pblica Direta e Indireta do Poder Executivo do Distrito Federal; II - familiar de ocupante de cargo em comisso ou funo de confiana, no mbito do mesmo rgo ou entidade. 1 Aplicam-se tambm as vedaes deste Decreto quando existirem circunstncias caracterizadoras de ajuste para burlar as restries ao nepotismo, especialmente mediante nomeaes ou designaes recprocas, envolvendo rgo ou entidade da Administrao Pblica do Distrito Federal. 2 vedada ainda a contratao direta, sem licitao, por rgo ou entidade da Administrao Pblica do Distrito Federal, de pessoa jurdica na qual haja administrador ou scio com poder de direo que seja familiar de qualquer autoridade administrativa e, no mbito do mesmo rgo ou entidade, de familiar de ocupante de cargo em comisso ou funo de confiana. 3 As vedaes deste artigo estendem-se s relaes homoafetivas. Art. 4 No se incluem nas vedaes deste Decreto as nomeaes, designaes ou contrataes: I - de servidores ocupantes de cargo de provimento efetivo, bem como de empregados permanentes, inclusive aposentados, observada a compatibilidade do grau de escolaridade do cargo ou emprego de origem, ou a compatibilidade da atividade que lhe seja afeta e a complexidade inerente ao cargo em comisso ou funo comissionada a ocupar, alm da qualificao profissional do servidor ou empregado; II - realizadas anteriormente ao incio do vnculo familiar entre o agente pblico e o nomeado, designado ou contratado, desde que no se caracterize ajuste prvio para burlar a vedao do nepotismo; III - de pessoa j em exerccio no mesmo rgo ou entidade antes do incio do vnculo familiar com o agente pblico, para cargo, funo ou emprego de

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    nvel hierrquico igual ou mais baixo que o anteriormente ocupado; IV - para atendimento a necessidade temporria de excepcional interesse pblico, quando precedidas de regular processo seletivo. Pargrafo nico. Em qualquer caso, vedada a manuteno de familiar ocupante de cargo em comisso ou funo de confiana sob subordinao imediata da autoridade administrativa.

    Como se v, vedada a nomeao de parente, at o terceiro grau,

    de autoridade administrativa (= do Governador e do Vice) para

    qualquer cargo em comisso ou funo de confiana no mbito de toda

    a Administrao Pblica do Poder Executivo do Distrito Federal.

    Com relao aos demais agentes pblicos ocupantes de funo de

    confiana ou cargo em comisso, no possvel a nomeao de

    parentes desses agentes para exerccio de funo de confiana ou cargo

    em comisso dentro do mesmo rgo do parente.

    Portanto, olho aberto, meus amigos: no ofende o princpio da

    moralidade a nomeao de parentes para o exerccio de cargo poltico,

    como o de Secretrio de Estado, Ministro, presidente de autarquia, etc.

    Outro enfoque do princpio da moralidade que a sua

    inobservncia constitui ato de improbidade administrativa (art. 37,

    4, da CF).

    0DVRTXHVHULDPDWRVGHLPSURELGDGH" A Lei n 8.429/92 responde essa questo ao afirmar que

    constitui ato de improbidade:

    (a) auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em

    razo do exerccio de cargo, mandato, funo, emprego ou atividade (=

    enriquecimento ilcito art. 9); (b) qualquer ao ou omisso, dolosa ou culposa, que enseje

    perda patrimonial, desvio, apropriao, malbaratamento ou dilapidao

    dos bens ou haveres de entidades pblicas (= causam prejuzo ao

    errio art. 10);

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    (c) qualquer ao ou omisso que viole os deveres de

    honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade s instituies (=

    atentam contra os princpios da Administrao Pblica art. 11). Apesar da redao clara da lei e da Constituio, que no

    excluem qualquer autoridade das sanes pela prtica de improbidade,

    num julgamento pouco moralizador, o Supremo Tribunal Federal

    entendeu que o Presidente da Repblica e os Ministros no

    respondem por improbidade administrativa com base na Lei 8.429/92

    (RCL 2138: divulgado no Informativo STF n 471, julgado em

    13.06.2007).

    3RU RXWUR ODGR R6XSHULRU 7ULEXQDO GH -XVWLoD HQWHQGHTXH os prefeitos podem ser processados por seus atos pela Lei n

    8.429/925(63 AgRg, julgado em 21.06.2011). Sobre o princpio da moralidade, vale apreciar as seguintes

    questes:

    12) (FCC - 2012 - TST - Tcnico Judicirio - rea Administrativa)

    Segundo a literalidade do caput do art. 37 da Constituio de 1988, a

    Administrao pblica obedecer, entre outros, ao princpio da

    a) proporcionalidade.

    b) razoabilidade.

    c) igualdade.

    d) moralidade.

    e) boa-f.

    Para resolver essa questo, basta lembrar-se do LIMPE! M de

    moralidade. o nico princpio expresso que consta nas opes dadas.

    Resposta: letra D

    Questes de concurso

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    13) (FCC - 2011 - TRE-AP - Analista Judicirio - rea Judiciria)

    A conduta do agente pblico que se vale da publicidade oficial para

    realizar promoo pessoal atenta contra os seguintes princpios da

    Administrao Pblica:

    a) razoabilidade e legalidade.

    b) eficincia e publicidade.

    c) publicidade e proporcionalidade.

    d) motivao e eficincia.

    e) impessoalidade e moralidade.

    Se o sujeito se valeu de publicidade oficial para promoo

    pessoal, esse ato viola o princpio da impessoalidade, a obra no dele,

    mas do povo, feita em nome do povo e com o dinheiro do povo. Noutro

    giro, ao se valer do dinheiro pblico gasto na obra para se

    autopromover, o agente pblico pratica ato imoral, contrrio

    honestidade, violando, assim, o princpio da moralidade. Por isso, o

    gabarito a OHWUDH

    14) (FCC - 2011 - TRT - 23 REGIO (MT) - Tcnico Judicirio -

    rea Administrativa) O Jurista Celso Antnio Bandeira de Mello

    apresenta o seguinte conceito para um dos princpios bsicos da

    Administrao Pblica: De acordo com ele, a Administrao e seus

    agentes tm de atuar na conformidade de princpios ticos. (...)

    Compreendem-se em seu mbito, como evidente, os chamados

    princpios da lealdade e boa-f. Trata-se do princpio da

    a) motivao.

    b) eficincia.

    c) legalidade.

    d) razoabilidade.

    e) moralidade.

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    No preciso muito esforo para concluir que o trecho de Celso

    Antnio trata da moralidade. O princpio da moralidade impe ao

    administrador o dever de sempre agir com lealdade, boa-f e tica.

    Alm de obedecer aos limites da lei, o gestor deve verificar se o ato no

    ofende a moral, os bons costumes, os princpios de justia, de equidade

    e, por fim, a ideia de honestidade.

    $VVLPRJDEDULWRpDOHWUDH

    15) (FCC - 2008 - MPE-RS - Assessor - Direito) Considerando os

    princpios fundamentais da administrao pblica, analise:

    I. Dever pelo qual o funcionrio deve servir Administrao com

    honestidade, procedendo no exerccio de suas funes sempre no

    intuito de realizar os interesses pblicos, sem aproveitar os poderes ou

    facilidades delas decorrentes em proveito pessoal ou de outrem a quem

    queira favorecer.

    II. resultante dos princpios basilares da legalidade e

    moralidade, como tambm o melhor cumprimento dos fins da

    administrao.

    As afirmaes acima dizem respeito, tecnicamente, ao princpio

    da

    a) probidade administrativa, em ambos os casos.

    b) impessoalidade e da eficincia, respectivamente.

    c) legalidade e da finalidade, respectivamente.

    d) eficincia e probidade administrativa, respectivamente.

    e) finalidade, em ambos os casos.

    Pessoal, a lio que essa questo nos passa que o princpio da

    moralidade est intimamente ligado a noo de probidade

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    administrativa, no esqueam isso! Alm do mais, condio

    necessria para a persecuo do interesse pblico.

    5HVSRVWDOHWUDD

    16) (FCC - 2010 - PGE-AM - Procurador) NO situao que

    configura nepotismo, a sofrer a incidncia da Smula Vinculante no 13,

    editada pelo Supremo Tribunal Federal, a nomeao de

    a) sobrinho de Secretrio de Estado para cargo de dirigente de

    autarquia estadual.

    b) cunhado de Presidente da Assembleia Legislativa para cargo de

    assessor da Presidncia do Tribunal de Justia.

    c) irmo adotivo de Secretrio de Estado para cargo de diretor na

    respectiva Secretaria.

    d) cnjuge de Governador para cargo de Secretrio de Estado.

    e) sogro de Deputado Estadual, para cargo de assessor em

    gabinete de outro Deputado Estadual.

    Pela importncia da SV n 13:

    Muita ateno nesse ponto: aps a edio da Smula Vinculante

    em comento, o Supremo Tribunal Federal afirmou que a nomeao de parentes para cargos polticos no implica ofensa aos princpios que

    regem a Administrao Pblica, em face de sua natureza

    eminentemente poltica, e que, nos termos da Smula Vinculante 13,

    $ QRPHDomR GH F{QMXJH FRPSDQKHLUR RX SDUHQWH HP OLQKD UHWDcolateral ou por afinidade, at o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurdica, investido em cargo de direo, chefia ou assessoramento, para o exerccio de cargo em comisso ou de confiana, ou, ainda, de funo gratificada na Administrao Pblica direta e indireta, em qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos municpios, compreendido RDMXVWHPHGLDQWHGHVLJQDo}HVUHFtSURFDVYLRODD&RQVWLWXLomR)HGHUDO

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    as nomeaes para cargos polticos no esto compreendidas nas

    KLSyWHVHV QHOD HOHQFDGDV (RCL 6650, divulgado no Informativo STF 524).

    Portanto, olho aberto, meus amigos: no ofende o princpio da

    moralidade a nomeao de parentes para o exerccio de cargo poltico,

    como o de cnjuge de Governador para cargo de Secretrio de Estado.

    Assim, o gabarito a letra G

    17) (UEG- 2008- AGENTE DE POLCIA) A Administrao Pblica

    tem de tratar a todos os administrados sem discriminao. Os

    posicionamentos polticos ou ideolgicos no podem interferir na

    atuao administrativa. Os preceitos citados correspondem ao princpio

    da

    a) eficincia.

    b) legalidade.

    c) moralidade.

    d) impessoalidade.

    Segundo o princpio da impessoalidade a Administrao no

    pode praticar qualquer ato com vistas a prejudicar ou beneficiar

    algum, nem a atender o interesse do prprio agente, o agir deve ser

    impessoal, pois os agentes pblicos devem visar, to somente, o

    interesse pblico.

    *DEDULWR/HWUDD

    Vamos em frente, passamos agora ao princpio da

    publicidade.

    Nas palavras de Zannoni (2011, p. 45), o princpio da

    SXEOLFLGDGHLPS}HWUDQVSDUrQFLDDRVDWRVDGPLQLVWUDWLYRVVRESHQDGHLQHILFiFLDUHVVDOYDGDVDVKLSyWHVHVGHVLJLORSUHYLVWDVHPOHL

    Se todo poder emana do povo, nada mais lgico do que dar a

    mais ampla publicidade aos atos editados pela Administrao Pblica,

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    seja por meio de boletins internos, por certides, pelo dirio oficial ou

    mesmo pela internet. por isso que a Constituio traz em seu bojo o

    art. 5, XXXIII:

    Com se percebe da redao do dispositivo, em certos casos, a

    prpria Constituio impe o dever do sigilo. Como assim? A prpria

    Constituio impe o sigilo?

    Isso mesmo, em certos casos a CF impe o sigilo. So eles: para

    proteger a intimidade do indivduo (art. 5, X) e para promover a

    segurana da sociedade e do Estado.

    Outro regramento constitucional relacionado ao princpio da

    publicidade o direito dos indivduos de petio aos Poderes Pblicos

    em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder e a

    obteno de certides em reparties pblicas, para defesa de direitos e

    esclarecimento de situaes de interesse pessoal, tudo isso

    independentemente do pagamento de taxas (art. 5, XXXIV).

    Se as informaes relativas pessoa do solicitante, constantes

    de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de

    carter pblico, no forem fornecidas, o indivduo poder se valer do

    habeas data perante o Poder Judicirio, para que este intervenha e

    determine o fornecimento da informao (art. 5, LXXII, da CF).

    No podemos concluir o princpio da publicidade sem estudarmos

    o art. 37, 1, da CF:

    XXXIII - todos tm direito a receber dos rgos pblicos informaes de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que sero prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindvel segurana da sociedade e do Estado;

    1 - A publicidade dos atos, programas, obras, servios e campanhas dos rgos pblicos dever ter carter educativo, informativo ou de orientao social, dela no podendo constar nomes, smbolos ou imagens que caracterizem promoo pessoal de autoridades ou servidores pblicos.

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    Como se v, a publicidade deve ter carter educativo,

    informativo ou de orientao social.

    MUITO CUIDADO: a vedao de utilizao de publicidade

    institucional para promoo pessoal decorre do princpio da

    impessoalidade.

    Passemos ento ao derradeiro princpio expresso no art. 37,

    caput, da Constituio Federal, o princpio da eficincia.

    Esse princpio consagra a busca de resultados positivos, seja sob

    o enfoque do agente pblico, que deve exercer suas funes da melhor

    forma possvel, seja sob enfoque da prpria estrutura administrativa,

    que deve sempre buscar prestar os melhores servios pblicos, com os

    recursos disponveis.

    Isso quer dizer que os servios pblicos devem ser prestados

    com presteza, agilidade, perfeio, adequao e efetividade. Devem

    atingir os objetivos e metas, utilizando um mnimo de recursos para

    obter o mximo de resultados.

    Conforme informamos acima, esse princpio foi inserido no caput

    do art. 37 apenas com a reforma administrativa de 1998 (EC n 19).

    Essa emenda constitucional no s inseriu o princpio da eficincia na

    Constituio, buscou promover uma reforma administrativa do Estado,

    de modo que ele deixasse de ser um Estado burocratizado e passasse a

    ser um Estado gerencial, focado na persecuo de resultados.

    Vamos treinar um pouco?

    18) (FCC - 2011 - TRT - 1 REGIO (RJ) - Tcnico Judicirio -

    Segurana) Analise as seguintes proposies, extradas dos

    ensinamentos dos respectivos Juristas Jos dos Santos Carvalho Filho e

    Celso Antnio Bandeira de Mello:

    Questes de concurso

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    I. O ncleo desse princpio a procura de produtividade e

    economicidade e, o que mais importante, a exigncia de reduzir os

    desperdcios de dinheiro pblico, o que impe a execuo dos servios

    pblicos com presteza, perfeio e rendimento funcional.

    II. No texto constitucional h algumas referncias a aplicaes

    concretas deste princpio, como por exemplo, no art. 37, II, ao exigir

    que o ingresso no cargo, funo ou emprego pblico depende de

    concurso, exatamente para que todos possam disputar-lhes o acesso

    em plena igualdade.

    As assertivas I e II tratam, respectivamente, dos seguintes

    princpios da Administrao Pblica:

    a) moralidade e legalidade.

    b) eficincia e impessoalidade.

    c) legalidade e publicidade.

    d) eficincia e legalidade.

    e) legalidade e moralidade.

    O primeiro conceito o do princpio da eficincia, pois ele fala em

    reduzir os desperdcios de dinheiro pblico H HP execuo dos servios pblicos com presteza, perfeio e rendimento funcional.

    O item II, por sua vez, traz um exemplo de aplicao do princpio

    da impessoalidade. O concurso pblico, assim como a licitao, so

    exemplos de aplicao do princpio da impessoalidade na Administrao,

    pois esta selecionar um servidor pblico ou um fornecedor, por meio

    de critrios objetivos, abertos a todos aqueles que preencherem as

    exigncias previamente estabelecidas e que, ao final, se apresentarem

    como os melhores agentes ou fornecedores para a Administrao.

    Desse modo, o gabarito o LWHPE

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    19) (FCC - 2012 - DPE-SP - Defensor Pblico) Com relao aos

    princpios constitucionais da Administrao Pblica, est em

    conformidade com a

    a) moralidade o ato administrativo praticado por agente pblico

    em favorecimento prprio, desde que revestido de legalidade.

    b) eficincia a prestao de servio pblico que satisfaa em

    parte s necessidades dos administrados, desde que realizados com

    rapidez e prontido.

    c) publicidade o sigilo imprescindvel segurana da sociedade

    e do Estado ou o indispensvel defesa da intimidade.

    d) impessoalidade a violao da ordem cronolgica dos

    precatrios para o pagamento dos crditos de natureza comum.

    e) legalidade a inobservncia a quaisquer atos normativos que

    no sejam lei em sentido estrito e provindos de autoridades

    administrativas.

    Aqui, meus caros alunos, acredito que vocs acertaram. O

    princpio da publicidade no busca apenas a ampla divulgao de

    informaes de maneira indiscriminada. Esse princpio encontra limites

    na proteo intimidade na proteo e segurana do Estado e da

    sociedade.

    Resposta: C

    20) (FCC - 2010 - MPE-SE - Analista - Direito) Sobre o princpio

    da publicidade, correto afirmar:

    a) A veiculao de notcias de atos da Administrao pela

    imprensa falada, escrita e televisivada atende ao princpio da

    publicidade.

    b) Se a lei no exigir a publicao em rgo oficial, a publicidade

    ter sido alcanada com a simples afixao do ato em quadro de

    editais, colocado em local de fcil acesso do rgo expedidor.

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    c) As edies eletrnicas do Dirio Oficial da Unio so

    meramente informativas, no produzindo, em nenhuma hiptese, os

    mesmos efeitos que as edies impressas.

    d) A publicao de atos, contratos e outros instrumentos

    jurdicos, inclusive os normativos, pode ser resumida.

    e) A publicidade elemento formativo do administrativo.

    Com relao ao item a, o mesmo encontra-se incorreto, pois para

    atender ao princpio da publicidade necessrio divulgao oficial. O

    item b, por sua vez, correto, pois nos casos em que a lei no exige a

    publicao em rgo oficial, normalmente os atos internos, como a

    simples fixao do mesmo em quadro de editais, satisfaz o princpio da

    publicidade. O item c est incorreto, pois a forma eletrnica do dirio

    oficial uma das formas de divulgao oficial. A letra d est errada,

    pois os instrumentos normativos no podem ser publicados de forma

    resumida. Por fim, a publicidade no elemento que formativo do ato

    administrativo, mas elemento que d eficcia ao ato. Desse modo, o

    gabarito da questo a letra b.

    21) (FCC - 2012 - TRE-PR - Analista Judicirio) A eficincia, na

    lio de Hely Lopes Meirelles, um dever que se impe a todo agente

    pblico de realizar suas atribuies com presteza, perfeio e

    rendimento funcional. o mais moderno princpio da funo

    administrativa, que j no se contenta em ser desempenhada apenas

    com legalidade, exigindo resultados positivos para o servio pblico e

    satisfatrio atendimento das necessidades da comunidade e de seus

    membros. (Direito Administrativo Brasileiro. So Paulo, Malheiros,

    2003. p. 102).

    Infere-se que o princpio da eficincia

    a) passou a se sobrepor aos demais princpios que regem a

    administrao pblica, aps ter sua previso inserida em nvel

    constitucional.

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    b) deve ser aplicado apenas quanto ao modo de atuao do agente

    pblico, no podendo incidir quando se trata de organizar e estruturar a

    administrao pblica.

    c) deve nortear a atuao da administrao pblica e a organizao

    de sua estrutura, somando-se aos demais princpios impostos quela e

    no se sobrepondo aos mesmos, especialmente ao da legalidade.

    d) autoriza a atuao da administrao pblica dissonante de

    previso legal quando for possvel comprovar que assim sero

    alcanados melhores resultados na prestao do servio pblico.

    e) traduz valor material absoluto, de modo que alcanou status

    jurdico supraconstitucional, autorizando a preterio dos demais

    princpios que norteiam a administrao pblica, a fim de alcanar os

    melhores resultados.

    O princpio da eficincia consagra a busca de resultados

    positivos, seja sob o enfoque do agente pblico, que deve exercer suas

    funes da melhor forma possvel, seja sob enfoque da prpria

    estrutura administrativa, que deve sempre buscar prestar os melhores

    servios pblicos, com os recursos disponveis. Porm o princpio da

    eficincia no se sobrepe a nenhum outro princpio, afinal nenhum

    princpio hierarquicamente superior a outro.

    *DEDULWR/HWUDF

    22) (FCC - 2011 - TRT - 1 REGIO - Analista Judicirio -

    Psicologia) No tocante Administrao Pblica, o direcionamento da

    atividade e dos servios pblicos efetividade do bem comum, a

    imparcialidade, a neutralidade, a participao e aproximao dos

    servios pblicos da populao, a eficcia, a desburocratizao e a

    busca da qualidade so caractersticas do princpio da

    a) publicidade.

    b) legalidade.

    c) impessoalidade.

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    d) moralidade.

    e) eficincia.

    $ GLFD HVWi QD TXHVWmR 2 XVR GDV SDODYUDV HIHWLYLGDGH HHILFLrQFLDQRVUHPHWHWDPEpPMXVWDPHQWHDRSULQFtSLRGDHILFLrQFLDeele TXHP impe Administrao Pblica direta e indireta e a seus agentes a persecuo do bem comum, por meio do exerccio de suas

    competncias de forma imparcial, neutra, transparente, participativa,

    eficaz, sem burocracia, e sempre em busca da qualidade, primando pela

    adoo dos critrios legais e morais necessrios para a melhor

    utilizao possvel dos recursos pblicos, de maneira a evitar

    desperdcios e garantir-se uma maior rentabilidade social", de acordo

    com as palavras de Marcelo Alexandrino e Vicente Greco.

    Resposta: letra E

    23) (FCC - 2011 - TRT - 23 REGIO (MT) - Analista Judicirio -

    rea Judiciria) O direcionamento da atividade e dos servios pblicos

    efetividade do bem-comum caracterstica bsica do Princpio da

    a) Eficincia.

    b) Legalidade.

    c) Impessoalidade.

    d) Moralidade.

    e) Proporcionalidade.

    Dispensa maiores comentrios, vocs j conseguem justificar a

    escolha correta: letra A

    24) (FCC - 2012 - TRT - 6 Regio- PE - Tcnico Judicirio -

    rea Administrativa) Pode-se, sem pretender esgotar o conceito, definir

    o princpio da eficincia como princpio

    a) constitucional que rege a Administrao Pblica, do qual se

    retira especificamente a presuno absoluta de legalidade de seus atos.

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    b) infralegal dirigido Administrao Pblica para que ela seja

    gerida de modo impessoal e transparente, dando publicidade a todos os

    seus atos.

    c) infralegal que positivou a supremacia do interesse pblico,

    permitindo que a deciso da Administrao sempre se sobreponha ao

    interesse do particular.

    d) constitucional que se presta a exigir a atuao da

    Administrao Pblica condizente com a moralidade, na medida em que

    esta no encontra guarida expressa no texto constitucional.

    e) constitucional dirigido Administrao Pblica para que seja

    organizada e dirigida de modo a alcanar os melhores resultados no

    desempenho de suas funes.

    O escopo maior do princpio constitucional da eficincia

    racionalizar a mquina administrativa e aperfeioar a prestao do

    servio pblico.

    Resposta: letra E.

    25) (FCC - 2012 - TJ-PE - Tcnico Judicirio) Tendo em vista os

    princpios constitucionais que regem a Administrao Pblica

    INCORRETO afirmar que a

    a) eficincia, alm de desempenhada com legalidade, exige

    resultados positivos para o servio pblico e satisfatrio atendimento

    das necessidades da comunidade e de seus membros.

    b) lei para o particular significa pode fazer assim, e para o

    administrador pblico significa deve fazer assim.

    c) moral administrativa o conjunto de regras que, para disciplinar

    o exerccio do poder discricionrio da Administrao, o superior

    hierrquico impe aos seus subordinados.

    d) publicidade no elemento formativo do ato; requisito de

    eficcia e moralidade

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    e) impessoalidade permite ao administrador pblico buscar

    objetivos ainda que sem finalidade pblica e no interesse de terceiros.

    O examinador pede a alternativa INCORRETA, como j

    estudamos todos os princpios, ficou bvio que a alternDWLYD H HVWierrada, afinal: segundo o princpio da impessoalidade, a

    Administrao no pode praticar qualquer ato com vistas a prejudicar

    ou beneficiar algum, nem a atender o interesse do prprio agente, o

    agir deve ser impessoal, pois os agentes pblicos devem visar, to

    somente, o interesse pblico.

    *DEDULWR/HWUDH

    4.3 Outros princpios consagrados.

    Passemos agora a outros princpios consagrados da

    Administrao Pblica, mas que no esto insertos no art. 37, caput,

    muito embora alguns deles tenham previso constitucional em outros

    dispositivos.

    Comeamos pelo princpio da finalidade.

    Segundo esse princpio, todas as aes da Administrao devem

    ser praticadas visando o interesse pblico. Mais uma vez retomamos ao

    fundamento de nosso Estado de Direito: a finalidade perseguida pelo

    gestor aquela conferida previamente pelo titular do poder o povo atravs das leis.

    Seja a finalidade concebida em sentido amplo (interesse

    pblico), seja a concebida em sentido estrito (definida por lei), ambas

    decorrem da vontade geral.

    por isso que Bandeira de Mello afirma que o princpio da

    finalidade est contido no princpio da legalidade, pois o primeiro

    corresponde aplicao da lei tal que ela .

    Segundo Meirelles (1998, p. 87-88), o princpio da finalidade se

    confunde com o da impessoalidade, na medida em que ambos

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    caminham para a concretizao do que exige a lei e o interesse pblico

    e no a fins pessoais.

    Voc sabia que h um nome especfico para aquele que age em

    desvio de finalidade (que age buscando fim diverso do interesse pblico

    ou do fim previsto em lei)?

    H sim, chamamos isso de desvio de poder. A autoridade age

    dentro dos limites da sua competncia, mas o ato no atende ao

    interesse pblico ou ao fim visado na norma. Por essa razo, o ato no

    pode ser sanado, devendo ser extirpado do mundo jurdico pela

    anulao.

    Ao falarmos do princpio da legalidade, demos uma pincelada nos

    princpios da razoabilidade e da proporcionalidade, que decorrem

    daquele.

    Pelo princpio da razoabilidade, a Administrao deve atuar,

    no exerccio dos atos discricionrios (atos que a lei tenha dado certa

    margem de liberdade ao administrador), obedecendo critrios aceitveis

    do ponto de vista racional, ou seja, com bom-senso, prudncia e

    racionalidade. Assim, esse princpio um dos limites do ato

    discricionrio.

    O princpio da razoabilidade ganhou definio constitucional com

    a Emenda Constitucional 45 que tratou da reforma do Poder Judicirio ao inserir, no art. 5, determinao para que os processos tenham durao razovel no mbito administrativo e judicial (inciso LXXVIII).

    Outro limite para a discricionariedade que tambm decorre do

    princpio da legalidade o da proporcionalidade.

    Como vimos acima, a Administrao deve editar seus atos na

    medida necessria para alcanar os fins legais.

    A proporcionalidade pode ser entendida como o meio adequado

    (exigvel ou necessrio), ou seja, a relao lgica entre o que se busca

    e o instrumento que se edita para o resultado. Nesse enfoque, a

    Administrao s deve promover algum ato se houver uma necessidade

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    real para a sua edio. No pode o poder pblico, por exemplo,

    construir uma ponte em um local onde no h estrada que leve um

    veculo at a ponte.

    Noutro giro, a proporcionalidade tambm apurada sob o

    enfoque da proporcionalidade em sentido estrito, ou seja, pela avaliao

    entre o meio utilizado e o fim almejado. Os meios utilizados devem ser

    os estritamente necessrios para se promover a alterao buscada pelo

    poder pblico. No se podem tolerar gastos excessivos para a execuo

    de pequenas tarefas. A Administrao no pode, por exemplo, comprar

    armas de fogo para exterminar os ratos de um prdio pblico.

    Voc ver nas prximas aulas que, em regra, o Poder Judicirio

    no pode interferir no juzo de discricionariedade do administrador. Se a

    lei conferiu alguma margem de liberdade para a prtica de determinado

    ato administrativo o gestor quem deve fazer um juzo de convenincia

    e oportunidade para preencher a lacuna e praticar o ato.

    Esse juzo de convenincia e oportunidade chamado de mrito

    administrativo.

    Em situaes excepcionais, contudo, o Poder Judicirio,

    verificando tratar-se de caso esdrxulo, pode realizar um critrio de

    proporcionalidade e de razoabilidade para avaliar o ato discricionrio do

    administrador e retir-lo do mundo jurdico, caso ele seja

    desproporcional ou desarrazoado.

    Tanto o princpio da razoabilidade como o da proporcionalidade

    decorrem do devido processo legal material e da legalidade (art. 5,

    LIV, e 37, caput, da CF).

    Embora represente a melhor tcnica, alguns doutrinadores

    apresentam os princpios da razoabilidade e da proporcionalidade como

    sinnimos. Assim, se em sua prova o examinador afirmar que

    razoabilidade a adequao entre meios e fins, assinale correto.

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    So muitos os princpios, no so? Pois , a vida de concursando

    dura! No se preocupe, transporemos esse muro juntos, venha

    comigo para os ltimos princpios!

    A doutrina destaca tambm o princpio da motivao.

    Segundo Di Pietro (2009, p. 80), o princpio da motivao exige

    que a Administrao Pblica indique os fundamentos de fato e de direito

    de suas decises, justificando-as.

    A sua obrigatoriedade se justifica tanto nos atos discricionrios

    como nos atos vinculados, porquanto o titular do poder o povo tem o direito de saber quais as razes que esto ensejando a edio de atos

    pelo poder pblico. Atravs da motivao, o cidado pode impugnar o

    ato perante o Poder Judicirio ou questionar o gestor acerca de suas

    decises.

    Em suma, a motivao um instrumento necessrio para que o

    controle dos atos administrativos seja exercido.

    A motivao encontra previso na CF para os julgamentos do

    Judicirio (art. 93, X). As decises judiciais no fundamentadas sero

    nulas.

    A CF, entretanto, omissa em relao aos julgamentos

    administrativos. Assim, entende-se que o princpio da motivao um

    princpio constitucional implcito, decorrente dos princpios da

    legalidade, da ampla defesa, do contraditrio, do acesso justia e do

    Estado Democrtico de Direito, porquanto a motivao o elemento

    que ensejar o controle dos atos administrativos.

    A doutrina majoritria entende que a motivao obrigatria em

    todos os atos administrativos (Di Pietro, 2009, p. 81 e Bandeira de

    Mello, 2010, p. 403-404).

    Importante consignar, por fim, que a motivao deve ser prvia

    ou concomitante edio do ato.

    Vamos tratar agora do princpio da autotutela.

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    Esse princpio dispe que a Administrao deve exercer o

    controle interno de seus prprios atos, anulando-os, quando eivados de

    ilegalidade, ou revogando-os, por razes de convenincia e

    oportunidade (=mrito).

    Indispensvel, nesse ponto, a transcrio das Smulas ns 346 e

    473, ambas do STF:

    0XLWR HPERUD DV V~PXODV GLJDP TXH D $GPLQLVWUDomR SRGHanular os atos eivados de vcios de legalidade, a doutrina entende que a

    autotutela no uma faculdade, mas um dever. Por isso, onde est

    HVFULWRSRGHYRFrGHYHOHUGHYH Mas ser que todo ato ilegal ser anulado?

    No, o art. 55 da Lei 9.784/99 prev o instituto da convalidao.

    Obviamente, a autotutela no a nica espcie de controle dos atos

    administrativos no Brasil. H tambm o controle exercido pelo Poder

    Legislativo, com o auxlio do TCU e o controle jurisdicional.

    Essas modalidades de controle sero aprofundadas nas ltimas

    aulas de nosso curso, mas voc j deve saber, desde agora, que os atos

    administrativos podem ser revisados, a qualquer tempo, pelo Poder

    Judicirio, desde que este seja provocado e que, de modo geral, se

    alegue vcio de legalidade.

    Alguns autores informam que esse o princpio do controle

    judicial dos atos administrativos.

    Como o Brasil adota a jurisdio una (s o Judicirio d a palavra

    final), no necessrio esperar o fim de um processo administrativo

    Smula 346: A Administrao Pblica pode declarar a nulidade de seus prprios atos. Smula 473: A Administrao pode anular seus prprios atos, quando eivados de vcios que os tornam ilegais, porque deles no se originam direitos; ou revog-los, por motivo de convenincia ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciao judicial.

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    que avalie a legalidade de um ato administrativo para se ingressar

    perante o Poder Judicirio questionando o mesmo ato.

    Para que no passe em branco outros princpios que quase nunca so cobrados em concursos vou apresentar os conceitos de cada um deles de forma bem direta:

    Princpio da responsabilidade objetiva ou da ampla

    responsabilidade do Estado: a Administrao deve reparar o dano

    causado no administrado em razo da atividade administrativa,

    independentemente da existncia de dolo ou culpa do agente (art. 37,

    6, da CF). Esse tema ser melhor explorado em aula prpria.

    Princpio da segurana jurdica: esse princpio tem previso

    constitucional expressa (art. 5, XXXVI) e tambm est previsto no art.

    2 da Lei n 9.784/99. Ele veda a aplicao retroativa de nova

    legislao ou de sua interpretao, de modo a prejudicar terceiros. Com

    isso, resguarda-se a estabilidade das relaes, consagra-se a boa-f e a

    confiana depositada pelos indivduos no comportamento do Estado.

    Com relao confiana, entende-se que, a partir dela, ao

    cidado conferida uma calculabilidade e uma previsibilidade com

    relao aos efeitos jurdicos dos atos administrativos.

    Decorrem desse princpio institutos como a decadncia e a

    consolidao dos efeitos dos atos praticados h muito tempo.

    Princpio da especialidade: as entidades da administrao

    indireta no podem se desviar de seus objetivos definidos em lei

    instituidora.

    Princpio da tutela ou do controle: esse princpio decorre do

    princpio da especialidade, pois dispe que a Administrao Pblica

    direta fiscaliza as atividades exercidas pela Administrao indireta.

    Repare bem: o princpio da tutela ou do controle est mais ligado

    ao princpio da especialidade do que ao princpio da autotutela ou do

    controle judicial dos atos administrativos.

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