Aula 00 Noções de Direito Administrativo

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    Teoria e exerccios coment ados.

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    AULA 00: Princpios da Administrao

    Pblica

    SUMARIO

    1. A P R E S E N T A O 1

    2. C R O N O G R A M A 3

    3. IN T R O D U O A U L A I N A U G U R A L 5

    4. P R IN C P IO S D A A D M IN IS T R A O 5

    4.1 P r i n c p i o s b a s i l a r e s 6

    4.2 P r i n c p i o s d o a r t . 37, c a p u t , d a CF . 13

    4.3 O u t r o s p r i n c p io s c o n s a g r a d o s . 4 2

    5. R E S U M O D A A U L A 58

    6. Q U E S T E S P A R A F IX A O 61

    7. R E F E R N C IA S 83

    1. Apresentao

    Bem vindos ao curso de noes de Direito Administrativo,

    preparatrio para o concurso do TRF-4a Regio - Tcnico JudicirioAdministrativo.

    A remunerao para Tcnico Judicirio Administrativo de R$

    5.007,82. As provas sero realizadas no dia 27 de julho de 2014.

    O concurso ser realizado pela FCC.

    E isso no est muito longe pra voc no, meu amigo, tenha isso

    em mente: SE VOC ESTUDAR, VOC VAI PASSAR E SE VOC PASSAR,

    VOC VAI SER CHAMADO!

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    Hoje eu estou aqui desse lado, tentando passar o caminho das

    pedras pra voc, mas lembre-se de que eu j estive a, onde voc est

    agora.

    Pra voc me conhecer melhor, vou falar um pouco de mim.

    Meu nome Daniel Mesquita, sou formado em Direito pela

    Universidade de Braslia (UnB) e ps-graduado em direito pblico. A

    minha vida no mundo dos concursos teve incio em 2005, quando me

    preparei para o concurso de tcnico administrativo - rea judiciria - do

    Superior Tribunal de Justia. J nesse concurso, obtive xito e trabalhei

    por dois anos no Tribunal, na assessoria de Ministro da ia Turma.

    Em seguida, passei para o concurso de analista do Tribunal

    Superior Eleitoral (CESPE/UnB), na quarta colocao.

    A partir da, meu estudo foi focado para as provas de advogado

    pblico (AGU, procuradorias estaduais, defensorias pblicas etc.), pois

    sempre tive como objetivo a carreira de Procurador de Estado ou do

    Distrito Federal.

    Nem tudo na vida so louros. Nessa fase obtive muitas derrotase reprovaes nos concursos. Desanimei por algumas vezes, mas

    continuei firme em meu objetivo, pois s no passa em concurso quem

    pra de estudar!

    E essa atitude rendeu frutos, logo fui aprovado no concurso de

    Procurador Federal - AGU.

    Continuei estudando, pois ainda faltava mais um degrau:

    Procuradoria de Estado ou do Distrito Federal.

    Foi ento que todo o suor, dedicao, disciplina, renncia e

    privaes deram o resultado esperado, logrei aprovao no concurso de

    Procurador do Distrito Federal. Tomei posse em 2009 e exero essa

    funo at hoje.

    No posso deixar de mencionar tambm a minha experincia

    como membro de bancas de concursos pblicos. A participao na

    elaborao de diversas provas de concursos, inclusive para tribunais,

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    me fez perceber o nvel de cobrana do contedo nas provas, as

    matrias mais recorrentes e os erros mais comuns dos candidatos.

    Espero que a minha experincia possa ajud-lo no estudo do

    direito administrativo.

    Vamos tomar cuidado com os erros mais comuns, aprofundar

    nos contedos mais recorrentes e dar a matria na medida certa, assim

    como um bom mdico prescreve um medicamento.

    Para que esse medicamento seja suficiente, ele deve atacar

    todos os sintomas e, ao mesmo tempo, deve ser eficiente contra o foco

    da doena. Isso quer dizer que no podemos deixar nenhum ponto do

    edital para trs.

    Alm disso, buscarei usar muitos recursos visuais para que a

    apreenso do contedo venha mais facilmente.

    Para reforar a aprendizagem, resumirei o contedo

    apresentado ao final de cada aula e apresentarei as questes

    mencionadas ao longo da aula em tpico separado, para que voc possa

    resolv-las na vspera da prova.Todos esses instrumentos voc ter a sua disposio para

    encarar a batalha.

    2. Cronograma

    Num concurso com muitoEinscritos como esse, voc no pode

    perder tempo e deve lutar com as armas certas. A principal arma para

    voc vencer essa batalha o planejamento.

    Nesse curso sero ministradas 14 aulas de direito administrativo,

    cada uma com os seguintes temas, de acordo com os pontos previstos

    no edital:

    Aula 00 -19/05/2014

    Princpios bsicos da Administrao pblica.

    Aula 01 -19/05/2014

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    Administrao pblica. Caractersticas. Modos de Atuao.

    Personalidade Jurdica do Estado. rgos

    Aula 02 -19/05/2014

    Atos Administrativos. Atos interna corporis. Atos legislativos. Atos

    polticos. Atos administrativos vinculados. Atos administrativos

    discricionrios. Invalidao dos atos administrativos. Revogao.

    Anulao. Efeitos decorrentes.

    Aula 03 -21/05/2014

    Poderes Administrativos.

    Aula 04 -26/05/2014

    Agentes Pblicos: e Cargos pblicos

    Aula 05 -27/05/2014

    Lei n 8.112/1990: Do provimento. Da vacncia.

    Aula 06 -28/05/2014

    Lei n 8.112/1990:Direitos e vantagens;

    Aula 07 -02/06/2014

    Lei n 8.112/1990: Do regime disciplinar. Do processoadministrativo disciplinar.

    Aula 08 -03/06/2014

    Contratos: Lei n 8.666/1993: Caractersticas do contrato

    administrativo. Formalizao e fiscalizao do contrato. Aspectos

    oramentrios e financeiros da execuo do contrato. Sano

    administrativa. Garantia contratual. Alterao do objeto. Prorrogao do

    prazo de vigncia e de execuo.Aula 09 -04/06/2014

    Lei n 8.666/1993: Conceito, finalidade, princpios, objeto,

    obrigatoriedade, modalidades, procedimentos, anulao e revogao.

    Aula 10 -09/06/2014

    Licitao: dispensa, inexigibilidade e vedaes, sanes.

    Aula 11 -10/06/2014

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    prego presencial e eletrnico, sistema de registro de preos. Lei

    n 10.520/2002.

    Aula 12 -11/06/2014

    Processo Administrativo (Lei n 9.784/99).

    Aula 13 -16/06/2014

    Controle da Administrao. Controle Administrativo, judicial e

    legislativo. Meios de controle administrativos. Controle comum. Controle

    especial.

    Com base nesse cronograma, voc j pode planejar o seu estudo,

    dividindo o tempo que voc tem at a prova pelas matrias

    apresentadas. Dedique-se mais s matrias que tem maior peso e

    naquelas em que voc no tem muito conhecimento. Faa uma escala

    de estudos e cumpra-a.

    Se voc seguir essas dicas, no tem erro, voc vai passar!

    3. Introduo aula Inaugural

    Nesta aula inaugural de Noes de Direito Administrativo para o

    concurso TRF-04, vamos abordar um tema importante da matria:

    "Princpios bsicos da Administrao pblica."

    No se esquea que, ao final, voc ter um resumo da aula e as

    questes tratadas ao longo dela. Use esses dois pontos da aula na

    vspera da prova!

    Programe-se para ler os resumos na semana que antecede a

    prova. Lembre-se: o planejamento fundamental.

    Chega de papo, vamos a luta!

    Sem mais delongas, vamos luta! Rumo aprovao!

    4. Princpios da Administrao

    A primeira coisa que voc deve saber que o sobre os princpios

    da Administrao Pblica que o regime jurdico administrativo est

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    fundado, basicamente, sobre dois princpios: o da supremacia do

    interesse pblico sobre o privado (ou princpio do interesse pblico) e o

    da indisponibilidade, pela administrao, dos interesses pblicos.

    O segundo ponto que voc deve saber sobre os princpios da

    Administrao Pblica a palavra LIMPE, ou seja, a sigla que designa

    os princpios constitucionais expressos no caput do art. 37 da

    Constituio, assim redigido:

    Art. 37. A administrao pblica direta e indireta de qualquer dos Poderes daUnio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios obedecer aosprincpios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficinciae, tambm, ao seguinte:

    Assim, LIMPE = Princpios constitucionais da legalidade, da

    impessoalidade, da moralidade, da publicidade e da eficincia.

    Vistos os pontos fundamentais, que voc no pode esquecer nem

    por decreto, passamos agora para a anlise de cada um dos princpios

    do direito administrativo.

    4.1 Princpios basilares

    Como vimos, os princpios basilares so o da supremacia do

    interesse pblico sobre o particular (ou princpio do interesse

    pblico) e o da indisponibilidade.

    Pelo primeiro, entendemos que sempre que houver conflito entre

    interesse pblico e o particular deve prevalecer o interesse pblico, que

    representa a coletividade.

    A supremacia do interesse pblico orienta todo o regime jurdico

    administrativo. Em decorrncia desse princpio, a Administrao Pblica

    goza de poderes e prerrogativas especiais com relao aos

    administrados, o que faz com que o poder pblico possa atuar imediata

    e diretamente em defesa do interesse coletivo, fazendo prevalecer a

    vontade geral sobre a vontade individual.

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    Diz-se, portanto, que a relao entre Estado - indivduo de

    verticalidade. As ordens do Estado se impem aos indivduos de forma

    unilateral.

    Isso no quer dizer que os entes pblicos podem fazer o que

    bem entendem com os indivduos. A supremacia no absoluta, deve

    respeitar os direitos individuais e coletivos previstos na Constituio (p.

    ex.: liberdade, propriedade, devido processo legal, moradia, sade etc)

    e devem ser exercidas sempre visando o interesse pblico.

    ALERTA MXIMO! ALERTA MXIMO!

    Nunca se esquea: o princpio da supremacia do interesse

    pblico sobre o privado limitado tambm pela proporcionalidade,

    ou seja, o ato praticado pelo administrador s ser legtimo se o meio

    utilizado por ele for adequado para atender ao fim perseguido.

    Se ele abusar, tomar uma medida gravosa ao administrado e

    desnecessria ou se escolher um meio inadequado, o princpio da

    supremacia no vai proteger esse administrador.

    Voc j ouviu falar em interesse pblico primrio? Existeinteresse pblico secundrio?

    Existe sim, meus caros, leia com ateno.

    O interesse pblico primrio coincide com a realizao de

    polticas pblicas voltadas para o bem estar social. Pode ser

    compreendido como o prprio interesse social, o interesse da

    coletividade como um todo.

    O interesse pblico secundrio decorre do fato de que o Estadotambm uma pessoa jurdica que pode ter interesses prprios,

    particulares. Esses interesses existem e devem conviver no contexto

    dos demais interesses individuais. De regra, o interesse secundrio tem

    cunho patrimonial.

    Por fim, no a toa que o princpio da supremacia do interesse

    pblico um princpio basilar do direito administrativo. em razo do

    que existe o poder de polcia (que "o poder de que dispe a

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    administrao pblica para condicionar ou restringir o uso de bens e o

    exerccio de direitos ou atividades pelo particular, em prol do bem-estar

    da coletividade" - Marcelo Alexandrino 2010, p. 239). Alm disso, em

    razo dele que se diz que o poder pblico tem a seu dispor as clusulas

    exorbitantes e pode desapropriar bens particulares.

    Vamos agora ao princpio da indisponibilidade do interesse

    pblico?

    No esmorea, guerreiro!

    Esse princpio decorre da ideia de que os interesses da

    Administrao no so de uma pessoa ou de um agente, mas de toda a

    coletividade. Por isso, eles no podem ser apropriados ou alienados por

    ningum, pois no pertencem a ningum de forma especfica.

    Nas palavras de Bandeira de Melo (2010, p. 74), nem mesmo "o

    prprio rgo administrativo que os representa no tem disponibilidade

    sobre eles, no sentido de que lhe incumbe apenas cur-los - o que

    tambm um dever - na estrita conformidade do que predispuser a

    intentio legis". Continua o autor, afirmando que a noo deadministrao ope-se ideia de propriedade.

    Importante ter em mente, que a Administrao no titular de

    qualquer interesse pblico. O titular desses interesses o Estado, pois

    este constitudo pelo povo e, como vimos, todo poder emana do povo.

    a partir da indisponibilidade do interesse pblico que surgem

    os princpios da legalidade, da finalidade, da razoabilidade, da

    proporcionalidade, da motivao, da responsabilidade do Estado, dacontinuidade do servio pblico, do controle dos atos administrativos,

    da isonomia, da publicidade e da inalienabilidade dos interesses

    pblicos.

    ( \Questes de

    concurso

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    1. (VUNESP - 2012 - SPTrans - Advogado Pleno - Trabalhista)

    "Os bens e interesses pblicos no pertencem Administrao nem a

    seus agentes. Cabe-lhes apenas geri-los, conserv-los e por eles velar

    em prol da coletividade, esta sim a verdadeira titular dos direitos e

    interesses pblicos." (Jos dos Santos Carvalho Filho in Manual de

    Direito Administrativo)

    A conceituao acima reproduzida trata de um dos princpios do

    direito administrativo. Assinale a alternativa que contm um princpio

    que corretamente representa essa conceituao doutrinria.

    a) Autotutela.

    b) Eficincia.

    c) Indisponibilidade.

    d) Proteo confiana

    e) Precauo.

    Acabamos de estudar que o principio da indisponibilidade dointeresse pblico decorre da ideia de que os interesses da

    Administrao no so de uma pessoa ou de um agente, mas de toda a

    coletividade. Por isso, eles no podem ser apropriados ou alienados por

    ningum, pois no pertencem a ningum de forma especfica. Essa ideia

    traduz com exatido o enunciado da questo. Portanto, letra C o

    gabarito.

    Gabarito: C

    2. (ESAF/AFC/CGU/2006) A primordial fonte formal do Direito

    Administrativo no Brasil :

    a) a lei.

    b) a doutrina.

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    c) a jurisprudncia.

    d) os costumes.

    e) o vade-mcum.

    Resposta:

    Pessoal, se o princpio da legalidade significa a subordinao

    da Administrao s imposies legais, isso nos leva a crer que a lei o

    fundamento para os atos regulados pelo Direito Administrativo. fonte

    formal porque esse termo indica o local onde se encontram os

    dispositivos jurdicos e onde os destinatrios das normas devem

    pesquisar para tomar conhecimento das normas que o regem. Para o

    Direito Administrativo, a lei.

    Resposta: letra "a".

    3. (FCC - 2008 - TCE-AL - Procurador) O regime jurdico

    administrativo possui peculiaridades, dentre as quais podem ser

    destacados alguns princpios fundamentais que o tipificam. Em relao a

    estes, pode-se afirmar que o princpio daa) supremacia do interesse pblico informa as atividades da

    administrao pblica, tendo evoludo para somente ser aplicado aos

    atos discricionrios.

    b) supremacia do interesse pblico informa as atividades da

    administrao pblica e pode ser aplicado para excepcionar o princpio

    da legalidade estrita, a fim de melhor representar a tutela do interesse

    comum.c) legalidade estrita significa que a administrao pblica deve observar

    o contedo das normas impostas exclusivamente por meio de leis

    formais.

    d) indisponibilidade do interesse pblico destina-se a restringir a edio

    de atos discricionrios, que s podem ser realizados com expressa

    autorizao legislativa.

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    e) indisponibilidade do interesse pblico destina-se a restringir a

    atuao da administrao pblica, que deve agir nas hipteses e limites

    constitucionais e legais.

    Resposta:

    Pessoal, indiretamente, essa uma questo que nos remente

    ao princpio da legalidade associado ao da indisponibilidade do interesse

    pblico. Lembre-se de que TODOS os atos da Administrao devem

    estar previstos em lei e essa regra no pode ser excepcionada sob o

    argumento de proteo ao interesse pblico.

    Resposta: letra "e".

    4. (FCC - 2012 - TJ-RJ - Comissrio da Infncia e da

    Juventude) O princpio da supremacia do interesse pblico

    a) informa toda a atuao da Administrao Pblica e se sobrepe a

    todos os demais princpios e a todo e qualquer interesse individual.

    b) est presente na elaborao da lei e no exerccio da funo

    administrativa, esta que sempre deve visar ao interesse pblico.c) informa toda a atuao da Administrao Pblica, recomendando,

    ainda que excepcionalmente, o descumprimento de norma legal, desde

    que se comprove que o interesse pblico restar melhor atendido.

    d) traduz-se no poder da Administrao Pblica de se sobrepor

    discricionariamente sobre os interesses individuais, dispensando a

    adoo de formalidades legalmente previstas.

    e) est presente na atuao da Administrao Pblica e se

    consubstancia na presuno de veracidade dos atos praticados pelo

    Poder Pblico.

    Resposta:

    O Princpio da supremacia do interesse pblico orienta todo o

    regime jurdico administrativo. Porm, no um princpio absoluto,

    devendo ser respeitado os direitos individuais e coletivos previstos na

    Constituio. Tampouco se sobrepe aos demais princpios, lembrando

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    que o princpio da supremacia do interesse pblico sobre o privado

    limitado tambm pela proporcionalidade. Alternativa "a" errada.

    Voc j percebeu que o princpio da supremacia est presente na

    aplicao da lei e na prpria elaborao da lei (pois ambas as atividades

    so motoras do Estado). Tambm est correta a afirmao de que esse

    princpio sempre deve visar o interesse pblico, coletivo. Alternativa "b"

    correta.

    Volto a dizer, a supremacia no absoluta, deve respeitar os

    direitos individuais e coletivos previstos na Constituio, na norma

    legal, no podendo descumpri-la e nem dispensar nenhuma formalidade

    legal. Letra "c" e "d" erradas.

    Os institutos apontados na letra "e" so distintos, tendo em vista

    a presuno de veracidade dos atos administrativos no se confunde

    com o princpio da supremacia do interesse pblico. Letra "e" errada.

    Gabarito: Letra "b".

    5. (FCC - 2010 - TRE-AM - Analista Judicirio - rea

    Administrativa) A respeito dos princpios bsicos da Administrao, correto afirmar:

    a) Em razo do princpio da moralidade o administrador pblico deve

    exercer as suas atividades administrativas com presteza, perfeio e

    rendimento funcional.

    b) Os princpios da segurana jurdica e da supremacia do interesse

    pblico no esto expressamente previstos na Constituio Federal.

    c) A publicidade elemento formativo do ato e serve para convalidarato praticado com irregularidade quanto origem.

    d) Por fora do princpio da publicidade todo e qualquer ato

    administrativo, sem exceo, deve ser publicado em jornal oficial.

    e) O princpio da segurana jurdica permite a aplicao retroativa de

    nova interpretao de norma administrativa.

    Resposta:

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    O item "a" est errado, pois traz a definio do princpio da

    eficincia.

    O item "b" est correto, o princpio da segurana jurdica no est

    no LIMPE (veja que o enunciado da questo informa "princpios bsicos

    da Administrao"), est apenas no art. 2 da Lei 9.784/99 e, de forma

    reflexa, no art. 5, XXXVI, da Constituio. Do mesmo modo, o princpio

    da supremacia do interesse pblico no est expresso na Constituio

    como princpio bsico da Administrao, ele est implcito no

    ordenamento jurdico.

    O item "c" est errado, pois a publicidade no elemento

    formativo do ato, mas sim elemento que d eficcia ao ato. Os

    elementos formativos do ato so: sujeito, motivo, objeto, forma e

    finalidade.

    O item "d" tambm est errado, o ato no precisa ser publicado em

    jornal oficial para atender ao princpio da publicidade, o atendimento a

    este princpio pode se dar de diversas maneiras (p. ex: se a lei no

    exige a publicao em dirio oficial, atender ao princpio da publicidadea fixao do ato em local pblico na repartio ou no site do rgo ou

    do ente pblico).

    Por fim, o item "e" errado, pois o princpio da segurana jurdica

    probe a aplicao retroativa de nova interpretao de norma. Desse

    modo, o gabarito a letra "b".

    4.2 Princpios do art. 37, caput, da CF.Passemos agora a tratar dos princpios do LIMPE.

    O princpio da legalidade existe, justamente, para consagrar o

    princpio da indisponibilidade do interesse pblico. Se esse interesse

    no pode ser alienado pela Administrao, ele deve ser curado, tratado,

    cuidado, promovido, nos termos da vontade geral e nos limites

    conferidos pelo povo.

    E como o povo confere limites aos atos da Administrao?

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    Por meio da edio de leis!

    por isso que o princpio da legalidade significa a subordinao

    da Administrao s imposies legais.

    Diferentemente das aes privadas dos indivduos, em que

    ningum obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa seno em

    virtude de lei (autonomia da vontade), no princpio da legalidade da

    Administrao Pblica, esta s pode realizar, fazer ou editar o que a lei

    expressamente permite.

    Num Estado de Direito, as aes da Administrao so definidas

    e autorizadas previamente pelo povo, por meio de leis aprovadas pela

    vontade geral.

    Na jurisprudncia do STF, encontramos casos clssicos em que

    se decidiu com fundamento no princpio da legalidade. Dentre eles, no

    MS 26.955, o Tribunal decidiu que "a alterao de atribuies de cargo

    pblico somente pode ocorrer por intermdio de lei formal".

    Mas e se a lei no define exatamente como o administrador deve

    agir?Nesse caso, o gestor deve observar as demais fontes do direito

    administrativo. Ele no pode realizar o ato de modo ilgico ou

    incongruente. Deve se pautar nos princpios gerais da Administrao

    para agir de modo razovel, escolhendo a melhor opo dentre as

    hipteses oferecidas na legislao (princpio da razoabilidade).

    Toda competncia conferida por lei deve obedecer a certo fim.

    Por isso o agir da Administrao deve ser adequado ao que se pretendeatingir, ou seja, deve haver uma correlao entre os meios adotados e

    os fins almejados (mais uma vez, o princpio da proporcionalidade se

    aplica).

    Tamanha a importncia do princpio da legalidade para a

    Administrao Pblica que Di Pietro (2009, p. 63) afirma que os

    princpios fundamentais do direito administrativo so o da legalidade e o

    da supremacia do interesse pblico sobre o particular.

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    Se a banca afirmar que esses so os princpios basilares do

    direito administrativo, a alternativa no estar errada, pois estar

    adotando a posio de Di Pietro. Entretanto, como vimos acima, a

    posio de Bandeira de Mello, no sentido de que os princpios basilares

    so a supremacia do interesse pblico sobre o particular e a

    indisponibilidade do interesse pblico, que vem sendo cobrado, pois

    deste ltimo que surge o princpio da legalidade.

    ( \

    Questes deconcurso

    6. (FCC - 2013 - TRT - 12a Regio - Analista Judicirio) A

    respeito dos princpios bsicos aplicveis Administrao pblica,

    considere:

    I. Uma das representaes do princpio da eficincia pode ser

    identificada com a edio da Emenda Constitucional no 45/2004, que

    introduziu, entre os direitos e garantias fundamentais, a razovel

    durao do processo e os meios que garantam a celeridade de suatramitao.

    II. O princpio da supremacia do interesse pblico se sobrepe ao

    princpio da legalidade, autorizando a Administrao a impor restries

    a direito individuais sempre que o interesse coletivo assim justificar.

    III. O princpio da segurana jurdica impede que a Administrao

    reveja, por critrio de convenincia e oportunidade, os atos por ela

    praticados, obrigando a submisso ao Poder Judicirio.

    Est correto o que consta em

    a) I, apenas.

    b) I, II e III.

    c) I e III, apenas.

    d) II e III, apenas.

    e) I e III, apenas.

    Resposta:

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    Vamos uma por uma.

    I - a Emenda 45/2004, conhecida com a emenda da reforma do

    Judicirio, veio implementar vrias mudanas almejando desafogar os

    tribunais e conferir maior celeridade aos processos. Os novos

    mecanismo implementados so um demonstrao da tentativa de

    aumentar a eficincia da Administrao judicirio; portanto, esse item

    est correto.

    II - O princpio da legalidade no pode ser colocado de lado em

    favor de opes realizadas pelo Administrador sob o mero argumento

    de defesa do interesse pblico. Imagina a grande margem de

    arbitrariedade que essa medida poderia gerar! Questo errada, pessoal.

    III - A Administrao Pblica pode rever seus ato respeitada de

    convenincia e oportunidade (revogao) e, quando houver nulidade

    (ilegalidade), caber anulao. Alm disso, nesse caso, no h

    submisso do Judicirio, pois este tem o poder de analisar a legalidade

    dos atos administrativos.

    Por fim, resposta, letra "a".

    7. (FCC - 2012 - TRE-SP - Analista Judicirio) De acordo com

    a Constituio Federal, constituem princpios aplicveis Administrao

    Pblica os da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e

    eficincia. Tais princpios aplicam-se s entidades

    a) de direito pblico, excludas as empresas pblicas e sociedades de

    economia mista que atuam em regime de competio no mercado.

    b) de direito pblico e privado, exceto o princpio da eficincia que

    dirigido s entidades da Administrao indireta que atuam em regime

    de competio no mercado.

    c) integrantes da Administrao Pblica direta e indireta e s entidades

    privadas que recebam recursos ou subveno pblica.

    d) integrantes da Administrao Pblica direta e indireta,

    independentemente da natureza pblica ou privada da entidade.

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    e) pblicas ou privadas, prestadoras de servio pblico, ainda que no

    integrantes da Administrao Pblica.

    Resposta:

    Alm de muita ateno, observe que o enunciado pede DE

    ACORDO COM A C.F., imprescindvel que voc tenha conhecimento

    desse artigo:

    Art. 37. A administrao pblica direta e indireta de qualquer dos Poderesda U nio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios obedecer aosprincpios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade eeficincia e, tambm, ao seguinte:

    Gabarito: Letra "d".

    8. (FCC - 2012 - TCE-AP - Analista de Controle Externo) De

    acordo com a Constituio Federal, os princpios da Administrao

    Pblica aplicam-se

    a) s entidades integrantes da Administrao direta e indireta de

    qualquer dos Poderes.b) Administrao direta, autrquica e fundacional, exclusivamente.

    c) s entidades da Administrao direta e indireta, exceto s sociedades

    de economia mista exploradoras de atividade econmica.

    d) Administrao direta, integralmente, e indireta de todos os

    poderes e s entidades privadas que recebem recursos pblicos,

    parcialmente.

    e) Administrao direta, exclusivamente, sujeitando- se as entidades

    da Administrao indireta ao controle externo exercido pelo Tribunal de

    Contas.

    Resposta:

    Essa questo tem grandes chances de cair na sua prova! Leia

    mais uma vez:

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    Art. 37. A administrao pblica direta e indireta de qualquer dos Poderesda Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios obedecer aosprincpios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade eeficincia e, tambm, ao seguinte:

    Gabarito: Letra "a".

    9. (FCC - 2012 - MPE-AP - Tcnico Ministerial - Auxiliar

    Administrativo) O Prefeito de determinado Municpio, a fim de realizar

    promoo pessoal, utilizou-se de smbolo e de slogan que mencionam o

    seu sobrenome na publicidade institucional do Municpio. A utilizao de

    publicidade governamental para promoo pessoal de agente pblico

    viola o disposto no artigo 37, 1o, da Constituio Federal, ora

    transcrito: "A publicidade dos atos, programas, obras, servios e

    campanhas dos rgos pblicos dever ter carter educativo,

    informativo ou de orientao social, dela no podendo constar nomes,

    smbolos ou imagens que caracterizem promoo pessoal de

    autoridades ou servidores pblicos". O fato narrado constitui violao aoseguinte princpio da Administrao Pblica, dentre outros:

    a) Eficincia

    b) Publicidade

    c) Razoabilidade

    d) Impessoalidade

    e) Supremacia do interesse pblico.

    Resposta:

    Essa uma boa questo! Porque ele se referiu a

    publicidade, talvez o candidato fique confuso e pense em marcar a letra

    "b". Porm, no se engane. Perceba que o slogan do municpio ficou

    pessoal, ou seja, foi ligada a uma figura pblica, perdeu seu carter

    genrico e neutro, tendo a impessoalidade sido afetada.

    Resposta: letra "d".

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    10. (FCC - 2013 - Caixa - Engenheiro Civil) Considere a

    seguinte situao hipottica: Lei Municipal atribuiu a hospital pblico o

    sobrenome do ento Prefeito, como inclusive era conhecido na

    Municipalidade e quando ainda exercia seu mandato, ou seja, a

    introduo da norma no ordenamento jurdico municipal operou- se em

    plena vigncia do mandato eletivo do citado Prefeito, que no obstante

    detivesse o poder de veto, sancionou a lei. A situao narrada fere

    especificamente o seguinte princpio da Administrao Pblica:

    a) Autotutela.

    b) Eficincia.

    c) Publicidade.

    d) Especialidade.

    e) Impessoalidade.

    Resposta:

    A sua banca gosta desse tipo de pergunta! Essa aqui dispensa

    grandes comentrios, no mesmo? Essa vedao constitucional e

    encontra-se no artigo 37, pargrafo 1.Resposta: letra E

    11. (FCC - 2013 - TJ-PE - Juiz) A Constituio Federal vigente

    prev, no caput de seu art. 37, a observncia, pela Administrao

    Pblica, do princpio da legalidade. Interpretando-se essa norma em

    harmonia com os demais dispositivos constitucionais, tem- se que

    a) os Municpios, por uma questo de hierarquia, devem antes atender

    ao disposto em leis estaduais ou federais, do que ao disposto em leis

    municipais.

    b) o Chefe do Poder Executivo participa do processo legislativo, tendo

    iniciativa privativa para propor certos projetos de lei, como aqueles

    sobre criao de cargos pblicos na Administrao direta federal.

    c) a extino de cargos pblicos, em qualquer hiptese, depende de lei.

    d) a Administrao livre para agir na ausncia de previso legislativa.

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    e) cabvel a delegao do Congresso Nacional para que o Presidente

    da Repblica disponha sobre diretrizes oramentrias.

    Resposta:

    Vamos aprofundar nosso estudo sobre o princpio da legalidade?

    Letra (A). No h hierarquia entre leis federais, estaduais e

    municipais. Logo, est INCORRETA.

    Letra (B). Est de acordo com o art. 61, 1, inciso II, alnea "a",

    da CF. Logo, est CORRETA.

    Letra (C). Se forem cargos pblicos vagos, pode ser por meio de

    decreto. Logo, est INCORRETA.

    Letra (D). A Administrao s pode agir quando a lei autoriza.

    Logo, est INCORRETA.

    Letra (E). No sero objeto de delegao os atos de competncia

    exclusiva do Congresso Nacional, os de competncia privativa da

    Cmara dos Deputados ou do Senado Federal, a matria reservada lei

    complementar, nem a legislao sobre planos plurianuais, diretrizes

    oramentrias e oramentos (art. 68, 1, inciso III, da CF). Logo, estINCORRETA.

    Resposta: letra B

    12. (VUNESP - 2011 - SAP-SP - Analista Administrativo) So

    princpios bsicos da Administrao Pblica previstos na Constituio

    Federal:

    a) legalidade, impessoalidade e eficincia.

    b) moralidade, determinismo e eficincia.

    c) inconformismo, legalidade e publicidade.

    d) publicidade, eficincia e inconformismo.

    e) impessoalidade, publicidade e determinismo.

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    No se esqueam da palavra LIMPE. Ela nos lembra dos princpios

    expressos no caput do art. 37 da Constituio. Legalidade,

    Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficincia.

    Gabarito: A

    13. (FCC - 2011 - DPE-RS - Defensor Pblico) Na relao dos

    princpios expressos no artigo 37, caput, da Constituio da Repblica

    Federativa do Brasil, NO consta o princpio da

    a) moralidade.

    b) eficincia.

    c) probidade.

    d) legalidade.

    e) impessoalidade.

    Resposta:

    E importante que voc se lembre que os princpios da

    Administrao Pblica expressos no caputdo art. 37 da Constituio so

    representados pela palavra LIMPE. Confira a redao do dispositivo

    Art. 37. A administrao pblica direta e indireta de qualquer dos Poderesda Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios obedecer aosprincpios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade eeficincia e, tambm, ao seguinte:

    Assim, LIMPE = Princpios constitucionais da legalidade, da

    impessoalidade, da moralidade, da publicidade e da eficincia.

    Fica fcil perceber que o princpio da probidade no consta do

    dispositivo. Gabarito: Letra "c".

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    Segundo o princpio da impessoalidade a Administrao no

    pode praticar qualquer ato com vistas a prejudicar ou beneficiar

    algum, nem a atender o interesse do prprio agente, o agir deve ser

    impessoal, pois os agentes pblicos devem visar, to somente, o

    interesse pblico.

    Por isso que se diz que o princpio da impessoalidade se

    confunde com o da finalidade, pois ato administrativo que no visa o

    interesse pblico viola tanto o princpio da impessoalidade como o da

    finalidade.

    Entretanto, outro aspecto do princpio da impessoalidade

    exclusivo e inconfundvel: esse princpio tambm informa que os atos

    realizados no mbito da Administrao no so praticados por Fulano,

    Beltrano ou Cicrano, mas pelo rgo ao qual o agente se vincula.

    As regras constitucionais que impem a realizao do concurso

    pblico para provimento de cargos na Administrao Pblica (art. 37,

    II) e a que determina que as contrataes devem ser precedidas de

    licitao (art. 37, XXI) decorrem do princpio da impessoalidade.Em ateno ao princpio da impessoalidade, deve ser

    rechaada toda forma de utilizao de publicidade institucional para

    promoo pessoal de polticos.

    Caro amigo, nesse momento voc deve ligar o SINAL DE

    ALERTA! Pois vamos tratar de um dos princpios mais cobrados nos

    ltimos concursos: o princpio da moralidade!

    O princpio da moralidade impe ao administrador o dever de

    sempre agir com lealdade, boa-f e tica. Alm de obedecer aos limites

    da lei, o gestor deve verificar se o ato no ofende a moral, os bons

    costumes, os princpios de justia, de equidade e, por fim, a ideia de

    honestidade.

    O tema que mais vem sendo cobrado em concursos quanto ao

    princpio da moralidade a Smula Vinculante 13 do STF, que veda a

    prtica do nepotismo na Administrao Pblica.

    Prof. Daniel M esquit a

    Twit ter: @danielmqt

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    A partir da edio dessa smula restou consagrado o

    entendimento de que no preciso de lei em sentido formal para se

    punir um indivduo por nomear parentes para cargos pblicos. Isso

    porque, essa prtica viola frontalmente os princpios constitucionais da

    moralidade e da impessoalidade.

    Pela importncia da SV n 13, transcrevemos a sua redao:

    "A nomeao de cnjuge, companheiro ou parente em linha reta,col ateral ou por afinidade, at o terceiro grau, inclusive, da autoridadenomeante ou de servidor da mesma pessoa jurdica, investido em cargo

    de direo, chefia ou assessoramento, para o exerccio de cargo emcomisso ou de confiana, ou, ainda, de funo gratificada naAdministrao Pblica direta e indireta, em qualquer dos Poderes daUn i o, dos Estados, do Distrito Federal e dos municpios, compreendidoo ajuste mediante designaes recprocas, viola a Constituio Federal."

    Como se v, a smula vinculante impede a nomeao de

    cnjuge, companheiro ou parente da autoridade nomeante ou de

    servidor da mesma pessoa jurdica para exerccio de cargo em

    comisso, de confiana ou de funo gratificada em qualquer rgo dequaisquer dos poderes e de quaisquer dos entes estatais.

    A smula considera prtica imoral a nomeao de parentes

    colaterais em at terceiro grau.

    O texto veda, tambm, o nepotismo cruzado ao informar que

    a smula alcana as "designaes recprocas", ou seja, a SV n 13 veda

    a nomeao de um parente de Fulano, que presidente da FUNASA,

    por exemplo, para o exerccio de um cargo em comisso no INSS

    enquanto, ao mesmo tempo, Beltrano, que parente do presidente do

    INSS, nomeado para exerccio de cargo em comisso na FUNASA.

    Muita ateno nesse ponto: aps a edio da Smula Vinculante

    em comento, o Supremo Tribunal Federal afirmou que "a nomeao de

    parentes para cargos polticos no implica ofensa aos princpios que

    regem a Administrao Pblica, em face de sua natureza

    eminentemente poltica, e que, nos termos da Smula Vinculante 13,

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    as nomeaes para cargos polticos no esto compreendidas nas

    hipteses nela elencadas" (RCL 6650, divulgado no Informativo STF

    524).

    MUITO IMPORTANTE!!!!

    No mbito do Distrito Federal, foi editado o Decreto n 32751/11,

    que busca interpretar a Smula Vinculante n 13, coibindo o nepotismo

    no DF.

    Destaco dessa norma, os arts. 3 e 4. Leia com ateno:

    Art. 3 So proibidas as nomeaes, contrataes ou designaes paracargo em comisso ou funo de confiana e atendimento a necessidade

    temporria de excepcional interesse pblico, de:I - familiar de autoridade administrativa (=Governador e Vice Governador),no mbito de toda a Administrao Pblica Direta e Indireta do PoderExecutivo do Distrito Federal;II - familiar de ocupante de cargo em comisso ou funo de confiana, nombito do mesmo rgo ou entidade.1 Aplicam-se tambm as vedaes deste Decreto quando existirem

    circunstncias caracterizadoras de ajuste para burlar as restries aonepotismo, especialmente mediante nomeaes ou designaes recprocas,envolvendo rgo ou entidade da Administrao Pblica do Distrito Federal.2 vedada ainda a contratao direta, sem licitao, por rgo ou

    entidade da Administrao Pblica do Distrito Federal, de pessoa jurdica naqual haja administrador ou scio com poder de direo que seja familiar dequalquer autoridade administrativa e, no mbito do mesmo rgo ouentidade, de familiar de ocupante de cargo em comisso ou funo deconfiana.3 As vedaes deste artigo estendem-se s relaes homoafetivas.

    Art. 4 No se incluem nas vedaes deste Decreto as nomeaes,designaes ou contrataes:I - de servidores ocupantes de cargo de provimento efetivo, bem como

    de empregados permanentes, inclusive aposentados, observada acompatibilidade do grau de escolaridade do cargo ou emprego de origem, ou

    a compatibilidade da atividade que lhe seja afeta e a complexidade inerenteao cargo em comisso ou funo comissionada a ocupar, alm da qualificaoprofissional do servidor ou empregado;II - realizadas anteriormente ao incio do vnculo familiar entre o

    agente pblico e o nomeado, designado ou contratado, desde que no secaracterize ajuste prvio para burlar a vedao do nepotismo;III - de pessoa j em exerccio no mesmo rgo ou entidade antes do incio

    do vnculo familiar com o agente pblico, para cargo, funo ou emprego denvel hierrquico igual ou mais baixo que o anteriormente ocupado;IV - para atendimento a necessidade temporria de excepcional interessepblico, quando precedidas de regular processo seletivo.

    Pargrafo nico. Em qualquer caso, vedada a manuteno de familiarocupante de cargo em comisso ou funo de confiana sob subordinao

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    imediata da autoridade administrativa.

    Como se v, vedada a nomeao de parente, at o terceiro grau,

    de autoridade administrativa (= do Governador e do Vice) para

    qualquer cargo em comisso ou funo de confiana no mbito de toda

    a Administrao Pblica do Poder Executivo do Distrito Federal.

    Com relao aos demais agentes pblicos ocupantes de funo de

    confiana ou cargo em comisso, no possvel a nomeao de

    parentes desses agentes para exerccio de funo de confiana ou cargo

    em comisso dentro do mesmo rgo do parente.

    Portanto, olho aberto, meus amigos: no ofende o princpio da

    moralidade a nomeao de parentes para o exerccio de cargo poltico,

    como o de Secretrio de Estado, Ministro, presidente de autarquia, etc.

    Outro enfoque do princpio da moralidade que a sua

    inobservncia constitui ato de improbidade administrativa (art. 37,

    4, da CF).

    Mas o que seriam "atos de improbidade"?

    A Lei n 8.429/92 responde essa questo ao afirmar que

    constitui ato de improbidade:

    (a) auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em

    razo do exerccio de cargo, mandato, funo, emprego ou atividade (=

    enriquecimento ilcito - art. 9);

    (b) qualquer ao ou o i isso, dolosa ou culposa, que enseje

    perda patrimonial, desvio, apropriao, malbaratamento ou dilapidaodos bens ou haveres de entidades pblicas (= causam prejuzo ao

    errio - art. 10);

    (c) qualquer ao ou omisso que viole os deveres de

    honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade s instituies (=

    atentam contra os princpios da Administrao Pblica - art. 11).

    Apesar da redao clara da lei e da Constituio, que no

    excluem qualquer autoridade das sanes pela prtica de improbidade,

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    num julgamento pouco moralizador, o Supremo Tribunal Federal

    entendeu que o Presidente da Repblica e os Ministros no

    respondem por improbidade administrativa com base na Lei 8.429/92

    (RCL 2138: divulgado no Informativo STF n 471, julgado em

    13.06.2007).

    Por outro lado, o Superior Tribunal de Justia entende que "os

    prefeitos podem ser processados por seus atos pela Lei n

    8.429/92" (RESP 12433779 - AgRg, julgado em 21.06.2011).

    Sobre o princpio da moralidade, vale apreciar as seguintes

    questes:

    (---------------------------------------\

    Questes deconcurso

    14. (VUNESP - 2014 - DPE-MS - Defensor Pblico) A

    administrao pblica direta e indireta de qualquer dos Poderes

    da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios

    obedecer aos princpios de legalidade, impessoalidade,moralidade, publicidade e

    (A) eficincia.

    (B) presuno de eficcia.

    (C) segurana jurdica.

    (D) proporcionalidade.

    (E) razoabilidade.

    Essa uma daquelas questes proibidas de errar, hein? Entao

    vamos treinar! Levem para a prova o LIMPE que representa os

    princpios expressos no art. 37 da Constituio Federal.

    Gabarito: A

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    15. (VUNESP - 2012 - DPE-MS - Defensor Pblico) "A

    nomeao de cnjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral

    ou por afinidade, at o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante

    ou de servidor da mesma pessoa jurdica investido em cargo de direo,

    chefia ou assessoramento, para o exerccio de cargo em comisso ou de

    confiana ou, ainda, de funo gratificada na administrao pblica

    direta e indireta em qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do

    Distrito Federal e dos Municpios, compreendido o ajuste mediante

    designaes recprocas, viola a Constituio Federal". Este o teor da

    Smula Vinculante n. 13, do Supremo Tribunal Federal, editada com

    base no entendimento de que no necessria a edio de lei formal

    para que seja vedado o nepotismo, pois este decorre diretamente de

    princpios constitucionais, sobretudo do princpio da

    a) impessoalidade.

    b) eficincia.

    c) publicidade.

    d) moralidade

    Acabamos de estudar que a prtica do nepotismo afronta

    diretamente o princpio da moralidade. Tranquilo, no mesmo?

    Gabarito: D

    16. (FCC - 2012 - TST - Tcnico Judicirio - Area Administrativa)

    Segundo a literalidade do caput do art. 37 da Constituio de 1988, a

    Administrao pblica obedecer, entre outros, ao princpio da

    a) proporcionalidade.

    b) razoabilidade.

    c) igualdade.

    d) moralidade.

    e) boa-f.

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    Resposta:

    Para resolver essa questo, basta lembrar-se do LIMPE! M de

    moralidade. o nico princpio expresso que consta nas opes dadas.

    Resposta: letra D

    17. (FCC - 2011 - TRE-AP - Analista Judicirio - Area Judiciria)

    A conduta do agente pblico que se vale da publicidade oficial para

    realizar promoo pessoal atenta contra os seguintes princpios da

    Administrao Pblica:

    a) razoabilidade e legalidade.

    b) eficincia e publicidade.

    c) publicidade e proporcionalidade.

    d) motivao e eficincia.

    e) impessoalidade e moralidade.

    Resposta:

    Se o sujeito se valeu de publicidade oficial para promoo

    pessoal, esse ato viola o princpio da impessoalidade, a obra no dele,mas do povo, feita em nome do povo e com o dinheiro do povo. Noutro

    giro, ao se valer do dinheiro pblico gasto na obra para se

    autopromover, o agente pblico pratica ato imoral, contrrio

    honestidade, violando, assim, o princpio da moralidade. Por isso, o

    gabarito a letra "e".

    18. (FCC - 2011 - TRT - 23a REGIO (MT) - Tcnico Judicirio -Area Administrativa) O Jurista Celso Antnio Bandeira de Mello

    apresenta o seguinte conceito para um dos princpios bsicos da

    Administrao Pblica: De acordo com ele, a Administrao e seus

    agentes tm de atuar na conformidade de princpios ticos. (...)

    Compreendem-se em seu mbito, como evidente, os chamados

    princpios da lealdade e boa-f. Trata-se do princpio da:

    a) motivao.

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    b) eficincia.

    c) legalidade.

    d) razoabilidade.

    e) moralidade.

    Resposta:

    No preciso muito esforo para concluir que o trecho de Celso

    Antnio trata da moralidade. O princpio da moralidade impe ao

    administrador o dever de sempre agir com lealdade, boa-f e tica.

    Alm de obedecer aos limites da lei, o gestor deve verificar se o ato no

    ofende a moral, os bons costumes, os princpios de justia, de equidade

    e, por fim, a ideia de honestidade.

    Assim, o gabarito a letra "e".

    19. (FCC - 2008 - MPE-RS - Assessor - Direito) Considerando os

    princpios fundamentais da administrao pblica, analise:

    I. Dever pelo qual o funcionrio deve servir Administrao com

    honestidade, procedendo no exerccio de suas funes sempre nointuito de realizar os interesses pblicos, sem aproveitar os poderes ou

    facilidades delas decorrentes em proveito pessoal ou de outrem a quem

    queira favorecer.

    II. resultante dos princpios basilares da legalidade e moralidade,

    como tambm o melhor cumprimento dos fins da administrao.

    As afirmaes acima dizem respeito, tecnicamente, ao princpio da:

    a) probidade administrativa, em ambos os casos.b) impessoalidade e da eficincia, respectivamente.

    c) legalidade e da finalidade, respectivamente.

    d) eficincia e probidade administrativa, respectivamente.

    e) finalidade, em ambos os casos.

    Resposta:

    Pessoal, a lio que essa questo nos passa que o princpio da

    moralidade est intimamente ligado a noo de probidade

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    administrativa, no esqueam isso! Alm do mais, condio

    necessria para a persecuo do interesse pblico.

    Resposta: letra "a".

    20. (FCC - 2010 - PGE-AM - Procurador) NAO situao que

    configura nepotismo, a sofrer a incidncia da Smula Vinculante no 13,

    editada pelo Supremo Tribunal Federal, a nomeao de

    a) sobrinho de Secretrio de Estado para cargo de dirigente de

    autarquia estadual.

    b) cunhado de Presidente da Assembleia Legislativa para cargo de

    assessor da Presidncia do Tribunal de Justia.

    c) irmo adotivo de Secretrio de Estado para cargo de diretor na

    respectiva Secretaria.

    d) cnjuge de Governador para cargo de Secretrio de Estado.

    e) sogro de Deputado Estadual, para cargo de assessor em gabinete de

    outro Deputado Estadual.

    Resposta: Pela importncia da SV n 13:

    "A nomeao de cnjuge, companheiro ou parente em linha reta,colateral ou por afinidade, at o terceiro grau, inclusive, da autoridadenomeante ou de servidor da mesma pessoa jurdica, investido em cargode direo, chefia ou assessoramento, para o exerccio de cargo emcomisso ou de confiana, ou, ainda, de funo gratificada naAdministrao Pblica direta e indireta, em qualquer dos Poderes daUnio, dos Estados, do Distrito Federal e dos municpios, compreendidoo ajuste mediante designaes recprocas, viola a Constituio Federal."

    Muita ateno nesse ponto: aps a edio da Smula Vinculante

    em comento, o Supremo Tribunal Federal afirmou que "a nomeao de

    parentes para cargos polticos no implica ofensa aos princpios que

    regem a Administrao Pblica, em face de sua natureza

    eminentemente poltica, e que, nos termos da Smula Vinculante 13,

    as nomeaes para cargos polticos no esto compreendidas nas

    hipteses nela elencadas" (RCL 6650, divulgado no Informativo STF

    524).

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    Portanto, olho aberto, meus amigos: no ofende o princpio da

    moralidade a nomeao de parentes para o exerccio de cargo poltico,

    como o de cnjuge de Governador para cargo de Secretrio de Estado.

    Assim, o gabarito a letra "d".

    21. (UEG- 2008- AGENTE DE POLCIA) A Administrao Pblica

    tem de tratar a todos os administrados sem discriminao. Os

    posicionamentos polticos ou ideolgicos no podem interferir na

    atuao administrativa. Os preceitos citados correspondem ao princpio

    da

    a) eficincia.

    b) legalidade.

    c) moralidade.

    d) impessoalidade.

    Resposta:

    Segundo o princpio da impessoalidade a Administrao no

    pode praticar qualquer ato com vistas a prejudicar ou beneficiaralgum, nem a atender o interesse do prprio agente, o agir deve ser

    impessoal, pois os agentes pblicos devem visar, to somente, o

    interesse pblico.

    Gabarito: Letra "D".

    Vamos em frente, passamos agora ao princpio da

    publicidade.Nas palavras de Zannoni (2011, p. 45), o princpio da

    publicidade impe "transparncia aos atos administrativos, sob pena de

    ineficcia, ressalvadas as hipteses de sigilo previstas em lei".

    Se todo poder emana do povo, nada mais lgico do que dar a

    mais ampla publicidade aos atos editados pela Administrao Pblica,

    seja por meio de boletins internos, por certides, pelo dirio oficial ou

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    mesmo pela internet. E por isso que a Constituio traz em seu bojo o

    art. 5, XXXIII:

    r

    v

    XXXIII - todos tm direito a receber dos rgos pblicos informaes deseu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que seroprestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadasaque las cujo sigilo seja imprescindvel segurana da sociedade e doEstado;

    Com se percebe da redao do dispositivo, em certos casos, a

    prpria Constituio impe o dever do sigilo. Como assim? A prpria

    Constituio impe o sigilo?

    Isso mesmo, em certos casos a CF impe o sigilo. So eles: para

    proteger a intimidade do indivduo (art. 5, X) e para promover a

    segurana da sociedade e do Estado.

    Outro regramento constitucional relacionado ao princpio da

    publicidade o direito dos indivduos de petio aos Poderes Pblicos

    em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder e a

    obteno de certides em reparties pblicas, para defesa de direitos e

    esclarecimento de situaes de interesse pessoal, tudo issoindependentemente do pagamento de taxas (art. 5, XXXIV).

    Se as informaes relativas pessoa do solicitante, constantes

    de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de

    carter pblico, no forem fornecidas, o indivduo poder se valer do

    habeas data perante o Poder Judicirio, para que este intervenha e

    determine o fornecimento da informao (art. 5, LXXII, da CF).

    No podemos concluir o princpio da publicidade sem estudarmos

    o art. 37, 1, da CF:

    1 - A publicidade dos atos, programas, obras, servios e campanhasdos rgos pblicos dever ter carter educativo, informativo ou deorientao social, dela no podendo constar nomes, smbolos ou imagensque caracterizem promoo pessoal de autoridades ou servidorespbl icos.

    V____________________________________________________________________

    Como se v, a publicidade deve ter carter educativo,

    informativo ou de orientao social.

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    MUITO CUIDADO: a vedao de utilizao de publicidade

    institucional para promoo pessoal decorre do princpio da

    impessoalidade.

    Passemos ento ao derradeiro princpio expresso no art. 37,

    caput,da Constituio Federal, o princpio da eficincia.

    Esse princpio consagra a busca de resultados positivos, seja sob

    o enfoque do agente pblico, que deve exercer suas funes da melhor

    forma possvel, seja sob enfoque da prpria estrutura administrativa,

    que deve sempre buscar prestar os melhores servios pblicos, com os

    recursos disponveis.

    Isso quer dizer que os servios pblicos devem ser prestados

    com presteza, agilidade, perfeio, adequao e efetividade. Devem

    atingir os objetivos e metas, utilizando um mnimo de recursos para

    obter o mximo de resultados.

    Conforme informamos acima, esse princpio foi inserido no caput

    do art. 37 apenas com a reforma administrativa de 1998 (EC n 19).

    Essa emenda constitucional no s inseriu o princpio da eficincia naConstituio, buscou promover uma reforma administrativa do Estado,

    de modo que ele deixasse de ser um Estado burocratizado e passasse a

    ser um Estado gerencial, focado na persecuo de resultados.

    Vamos treinar um pouco?( \

    Questes deconcurso

    22. (FCC - 2011 - TRT - 1a REGIO (RJ) - Tcnico Judicirio -Segurana) Analise as seguintes proposies, extradas dos

    ensinamentos dos respectivos Juristas Jos dos Santos Carvalho Filho e

    Celso Antnio Bandeira de Mello:

    I. O ncleo desse princpio a procura de produtividade e

    economicidade e, o que mais importante, a exigncia de reduzir os

    desperdcios de dinheiro pblico, o que impe a execuo dos servios

    pblicos com presteza, perfeio e rendimento funcional.

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    II. No texto constitucional h algumas referncias a aplicaes

    concretas deste princpio, como por exemplo, no art. 37, II, ao exigir

    que o ingresso no cargo, funo ou emprego pblico depende de

    concurso, exatamente para que todos possam disputar-lhes o acesso

    em plena igualdade.

    As assertivas I e II tratam, respectivamente, dos seguintes

    princpios da Administrao Pblica:

    a) moralidade e legalidade.

    b) eficincia e impessoalidade.

    c) legalidade e publicidade.

    d) eficincia e legalidade.

    e) legalidade e moralidade.

    Resposta:

    O primeiro conceito o do princpio da eficincia, pois ele fala em

    "reduzir os desperdcios de dinheiro pblico" e em "execuo dos

    servios pblicos com presteza, perfeio e rendimento funcional".

    O item II, por sua vez, traz um exemplo de aplicao do princpioda impessoalidade. O concurso pblico, assim como a licitao, so

    exemplos de aplicao do princpio da impessoalidade na Administrao,

    pois esta selecionar um servidor pblico ou um fornecedor, por meio

    de critrios objetivos, abertos a todos aqueles que preencherem as

    exigncias previamente estabelecidas e que, ao final, se apresentarem

    como os melhores agentes ou fornecedores para a Administrao.

    Desse modo, o gabarito o item "b".

    23. (FCC - 2012 - DPE-SP - Defensor Pblico) Com relao aos

    princpios constitucionais da Administrao Pblica, est em

    conformidade com a

    a) moralidade o ato administrativo praticado por agente pblico em

    favorecimento prprio, desde que revestido de legalidade.

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    b) eficincia a prestao de servio pblico que satisfaa em parte s

    necessidades dos administrados, desde que realizados com rapidez e

    prontido.

    c) publicidade o sigilo imprescindvel segurana da sociedade e do

    Estado ou o indispensvel defesa da intimidade.

    d) impessoalidade a violao da ordem cronolgica dos precatrios para

    o pagamento dos crditos de natureza comum.

    e) legalidade a inobservncia a quaisquer atos normativos que no

    sejam lei em sentido estrito e provindos de autoridades administrativas.

    Resposta:

    Aqui, meus caros alunos, acredito que vocs acertaram. O

    princpio da publicidade no busca apenas a ampla divulgao de

    informaes de maneira indiscriminada. Esse princpio encontra limites

    na proteo intimidade na proteo e segurana do Estado e da

    sociedade.

    Resposta: C

    24. (FCC - 2010 - MPE-SE - Analista - Direito) Sobre o princpio

    da publicidade, correto afirmar:

    a) A veiculao de notcias de atos da Administrao pela imprensa

    falada, escrita e televisivada atende ao princpio da publicidade.

    b) Se a lei no exigir a publicao em rgo oficial, a publicidade ter

    sido alcanada com a simples afixao do ato em quadro de editais,

    colocado em local de fcil acesso do rgo expedidor.

    c) As edies eletrnicas do Dirio Oficial da Unio so meramente

    informativas, no produzindo, em nenhuma hiptese, os mesmos

    efeitos que as edies impressas.

    d) A publicao de atos, contratos e outros instrumentos jurdicos,

    inclusive os normativos, pode ser resumida.

    e) A publicidade elemento formativo do administrativo.

    Resposta:

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    Com relao ao item a, o mesmo encontra-se incorreto, pois para

    atender ao princpio da publicidade necessrio divulgao oficial. O

    item b, por sua vez, correto, pois nos casos em que a lei no exige a

    publicao em rgo oficial, normalmente os atos internos, como a

    simples fixao do mesmo em quadro de editais, satisfaz o princpio da

    publicidade. O item c est incorreto, pois a forma eletrnica do dirio

    oficial uma das formas de divulgao oficial. A letra d est errada,

    pois os instrumentos normativos no podem ser publicados de forma

    resumida. Por fim, a publicidade no elemento que formativo do ato

    administrativo, mas elemento que d eficcia ao ato.

    Desse modo, o gabarito da questo a letra b.

    25. (FCC - 2012 - TRE-PR - Analista Judicirio) A eficincia, na

    lio de Hely Lopes Meirelles, um dever que se impe a todo agente

    pblico de realizar suas atribuies com presteza, perfeio e

    rendimento funcional. o mais moderno princpio da funo

    administrativa, que j no se contenta em ser desempenhada apenascom legalidade, exigindo resultados positivos para o servio pblico e

    satisfatrio atendimento das necessidades da comunidade e de seus

    membros. (Direito Administrativo Brasileiro. So Paulo, Malheiros,

    2003. p. 102). Infere-se que o princpio da eficincia

    a) passou a se sobrepor aos demais princpios que regem a

    administrao pblica, aps ter sua previso inserida em nvel

    constitucional.b) deve ser aplicado apenas quanto ao modo de atuao do agente

    pblico, no podendo incidir quando se trata de organizar e estruturar a

    administrao pblica.

    c) deve nortear a atuao da administrao pblica e a organizao de

    sua estrutura, somando-se aos demais princpios impostos quela e no

    se sobrepondo aos mesmos, especialmente ao da legalidade.

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    d) autoriza a atuao da administrao pblica dissonante de previso

    legal quando for possvel comprovar que assim sero alcanados

    melhores resultados na prestao do servio pblico.

    e) traduz valor material absoluto, de modo que alcanou status jurdico

    supraconstitucional, autorizando a preterio dos demais princpios que

    norteiam a administrao pblica, a fim de alcanar os melhores

    resultados.

    Resposta:

    O princpio da eficincia consagra a busca de resultados

    positivos, seja sob o enfoque do agente pblico, que deve exercer suas

    funes da melhor forma possvel, seja sob enfoque da prpria

    estrutura administrativa, que deve sempre buscar prestar os melhores

    servios pblicos, com os recursos disponveis. Porm o princpio da

    eficincia no se sobrepe a nenhum outro princpio, afinal nenhum

    princpio hierarquicamente superior a outro.

    Gabarito: Letra "c".

    26. (FCC - 2011 - TRT - 1a REGIO - Analista Judicirio -

    Psicologia) No tocante Administrao Pblica, o direcionamento da

    atividade e dos servios pblicos efetividade do bem comum, a

    imparcialidade, a neutralidade, a participao e aproximao dos

    servios pblicos da populao, a eficcia, a desburocratizao e a

    busca da qualidade so caractersticas do princpio da

    a) publicidade.b) legalidade.

    c) impessoalidade.

    d) moralidade.

    e) eficincia.

    Resposta:

    A dica est na questo. O uso das palavras "efetividade" e

    "eficincia" nos remete tambm justamente ao princpio da eficincia.

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    ele quem "impe Administrao Pblica direta e indireta e a seus

    agentes a persecuo do bem comum, por meio do exerccio de suas

    competncias de forma imparcial, neutra, transparente, participativa,

    eficaz, sem burocracia, e sempre em busca da qualidade, primando pela

    adoo dos critrios legais e morais necessrios para a melhor

    utilizao possvel dos recursos pblicos, de maneira a evitar

    desperdcios e garantir-se uma maior rentabilidade social", de acordo

    com as palavras de Marcelo Alexandrino e Vicente Greco.

    Resposta: letra E

    27. (FCC - 2011 - TRT - 23a REGIO (MT) - Analista Judicirio -

    rea Judiciria) O direcionamento da atividade e dos servios pblicos

    efetividade do bem-comum caracterstica bsica do Princpio da

    a) Eficincia.

    b) Legalidade.

    c) Impessoalidade.

    d) Moralidade.e) Proporcionalidade.

    Resposta:

    Dispensa maiores comentrios, vocs j conseguem justificar a

    escolha correta: letra A

    28. (FCC - 2012 - TRT - 6a Regio- PE - Tcnico Judicirio -

    rea Administrativa) Pode-se, sem pretender esgotar o conceito, definiro princpio da eficincia como princpio

    a) constitucional que rege a Administrao Pblica, do qual se retira

    especificamente a presuno absoluta de legalidade de seus atos.

    b) infralegal dirigido Administrao Pblica para que ela seja gerida de

    modo impessoal e transparente, dando publicidade a todos os seus

    atos.

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    c) infralegal que positivou a supremacia do interesse pblico,

    permitindo que a deciso da Administrao sempre se sobreponha ao

    interesse do particular.

    d) constitucional que se presta a exigir a atuao da Administrao

    Pblica condizente com a moralidade, na medida em que esta no

    encontra guarida expressa no texto constitucional.

    e) constitucional dirigido Administrao Pblica para que seja

    organizada e dirigida de modo a alcanar os melhores resultados no

    desempenho de suas funes.

    Resposta:

    O escopo maior do princpio constitucional da eficincia

    racionalizar a mquina administrativa e aperfeioar a prestao do

    servio pblico.

    Resposta: letra E.

    29. (FCC - 2012 - TJ-PE - Tcnico Judicirio) Tendo em vista os

    princpios constitucionais que regem a Administrao Pblica INCORRETO afirmar que a

    a) eficincia, alm de desempenhada com legalidade, exige resultados

    positivos para o servio pblico e satisfatrio atendimento das

    necessidades da comunidade e de seus membros.

    b) lei para o particular significa pode fazer assim, e para o

    administrador pblico significa deve fazer assim.

    c) moral administrativa o conjunto de regras que, para disciplinar o

    exerccio do poder discricionrio da Administrao, o superior

    hierrquico impe aos seus subordinados.

    d) publicidade no elemento formativo do ato; requisito de eficcia

    e moralidade.

    e) impessoalidade permite ao administrador pblico buscar objetivos

    ainda que sem finalidade pblica e no interesse de terceiros.

    Resposta:

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    O examinador pede a alternativa INCORRETA, como j

    estudamos todos os princpios, ficou bvio que a alternativa "e" est

    errada, afinal: segundo o princpio da impessoalidade, a

    Administrao no pode praticar qualquer ato com vistas a prejudicar

    ou beneficiar algum, nem a atender o interesse do prprio agente, o

    agir deve ser impessoal, pois os agentes pblicos devem visar, to

    somente, o interesse pblico.

    Gabarito: Letra "e".

    30. (VUNESP - 2007 - OAB-SP - Exame de Ordem - 2 - Primeira

    Fase) Sobre os princpios da Administrao Pblica, correto afirmar

    que

    a) segundo o princpio da legalidade, a Administrao Pblica pode,

    por meio de simples ato administrativo, criar obrigaes ou impor

    vedaes, desde que a lei no as proba.

    b) conseqncia do princpio da impessoalidade a regra dopargrafo 1., do artigo 37 da CF, que probe a publicidade de atos de

    governo que se caracterizem como promoo pessoal do administrador.

    c) os princpios da moralidade, da razoabilidade e da eficincia

    necessitam de regulamentao legal para que sejam aplicveis a casos

    concretos.

    d) o princpio da publicidade veda em qualquer hiptese seja

    atribudo sigilo aos atos praticados pela Administrao Pblica.

    Essa questo bem tranquila. Vamos ver?

    A) Questo incorreta. De acordo com o princpio da legalidade, a

    Administrao Pblica cria obrigaes ou impe vedaes por

    meio de lei.

    B) Perfeito. Isso mesmo! J estudamos isso logo acima, certo?

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    C) Questo incorreta. Tais princpios no necessitam de

    regulamentados por lei formal para que sejam aplicveis.

    D) Questo incorreta. Tal vedao no absoluta.

    Gabarito: B

    31. (FCC - 2013 - TRT - 15a Regio - Tcnico Judicirio - Area

    Administrativa) Os princpios que regem a Administrao pblica podem

    ser expressos ou implcitos. A propsito deles possvel afirmar que:

    a) moralidade, legalidade, publicidade e impessoalidade so princpios

    expressos, assim como a eficincia, hierarquicamente superior aos

    demais.

    b) supremacia do interesse pblico no consta como princpio expresso,

    mas informa a atuao da Administrao pblica assim como os demais

    princpios, tais como eficincia, legalidade e moralidade.

    c) os princpios da moralidade, legalidade, supremacia do interesse

    pblico e indisponibilidade do interesse pblico so expressos e, comotal, hierarquicamente superiores aos implcitos.

    d) eficincia, moralidade, legalidade, impessoalidade e indisponibilidade

    do interesse pblico so princpios expressos e, como tal,

    hierarquicamente superiores aos implcitos.

    Resposta:

    O regime jurdico administrativo est fundado, basicamente,

    sobre dois princpios: o (1) da supremacia do interesse pblico sobre o

    privado (ou princpio do interesse pblico) e o (2) da indisponibilidade,

    pela administrao, dos interesses pblicos, esses princpios esto

    implcitos no ordenamento jurdico.

    Como j sambemos so princpios expressos, aqueles previstos

    no art. 37 da Constituio Federal, a saber: (1) legalidade, (2)

    impessoalidade, (3) moralidade, (4) publicidade e (5) eficincia - esse

    acrescentado pela Emenda Constitucional n 19/98.

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    Portanto a resposta correta a alternativa "b".

    4.3 Outros princpios consagrados.

    Passemos agora a outros princpios consagrados da

    Administrao Pblica, mas que no esto insertos no art. 37, caput,

    muito embora alguns deles tenham previso constitucional em outros

    dispositivos.

    Comeamos pelo princpio da finalidade.

    Segundo esse princpio, todas as aes da Administrao devem

    ser praticadas visando o interesse pblico. Mais uma vez retomamos ao

    fundamento de nosso Estado de Direito: a finalidade perseguida pelo

    gestor aquela conferida previamente pelo titular do poder - o povo -

    atravs das leis.

    Seja a finalidade concebida em sentido amplo (interesse

    pblico), seja a concebida em sentido estrito (definida por lei), ambas

    decorrem da vontade geral.

    por isso que Bandeira de Mello afirma que o princpio dafinalidade est contido no princpio da legalidade, pois o primeiro

    corresponde aplicao da lei tal que ela .

    Segundo Meirelles (1998, p. 87-88), o princpio da finalidade se

    confunde com o da impessoalidade, na medida em que ambos

    caminham para a concretizao do que exige a lei e o interesse pblico

    e no a fins pessoais.

    Voc sabia que h um nome especfico para aquele que age emdesvio de finalidade (que age buscando fim diverso do interesse pblico

    ou do fim previsto em lei)?

    H sim, chamamos isso de desvio de poder. A autoridade age

    dentro dos limites da sua competncia, mas o ato no atende ao

    interesse pblico ou ao fim visado na norma. Por essa razo, o ato no

    pode ser sanado, devendo ser extirpado do mundo jurdico pela

    anulao.

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    Ao falarmos do princpio da legalidade, demos uma pincelada nos

    princpios da razoabilidade e da proporcionalidade, que decorrem

    daquele.

    Pelo princpio da razoabilidade, a Administrao deve atuar,

    no exerccio dos atos discricionrios (atos que a lei tenha dado certa

    margem de liberdade ao administrad