Slides Noções Gerais de Direito Administrativo

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  • 8/18/2019 Slides Noções Gerais de Direito Administrativo

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    € Na d€cada de 50: Brand•o Cavalcanti

    € ‚O direito administrativo € o conjunto de princ•pios e normas jur•dicas que presidem ao

     funcionamento das atividades do Estado, ‚

    organizaƒ„o e ao funcionamento dos serviƒos

     p…blicos, e ‚s relaƒ†es de administraƒ„o com osindiv•duosƒ.

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    € Em Portugal, Marcelo Caetano conceitua:

    € ‚O Direito administrativo, € o sistema dasnormas jur•dicas que disciplinam as relaƒ†es

     pelas quais o Estado, ou pessoa que com ele

    coopere, exerƒa a iniciativa de prosseguir 

    interesses colectivos utilizando o privil€gio da

    execuƒ„o pr€viaƒ

    € J. Cretella Jr. define o direito administrativocomo:

    € ‚o ramo do direito p…blico interno que regula aatividade e as relaƒ†es jur•dicas das pessoas

     p…blicas e a instituiƒ„o de meios e ‡rg„os

    relativos ‚ aƒ„o dessas pessoaƒ

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    € Atualmente Maria Sylvia Zanella Di Pietro:

    € " Ramo do Direito P…blico que tem por objeto os‡rg„os e pessoas jur•dicas administrativas que

    integram a Administraƒ„o P…blica, a atividade

     jur•dica n„o contenciosa que exerce e os bens de

    que se utiliza para a consecuƒ„o de seus fins, de

    natureza p…blica".

    € Odete Medauar apresenta simples no„•o do que €o direito administrativo.

    € ‚o direito administrativo € o conjunto de normase princ•pios que regem a atuaƒ„o da

     Administraƒ„o P…blicaƒ

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    € Hely Lopes Meirelles assim definia o direitoadministrativo:

    € ˆ...conjunto harm‰nico de princ•pios jur•dicos

    que regem os ‡rg„os, os agentes e as atividades

     p…blicas tendentes a realizar concreta, direta e

    imediatamente os fins desejados pelo Estadoƒ

    € Hely Lopes Meirelles assim definia o direitoadministrativo:

     Pela express„o ˆConjunto harm‰nico de

     princ•pios jur•dicos...Š,

    o autor expressa o car…ter cient†fico do direitoadministrativo pois seu significado quer dizer a

    sistematiza„•o de normas doutrin…rias de Direito.S•o os princ†pios jur†dicos pr‡prios do direitoadministrativo;

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    € Hely Lopes Meirelles assim definia o direitoadministrativo:

    ˆque regem os ‡rg„os, os agentes...Š 

    demonstra que a estrutura e que o pessoal doservi„o pˆblico ser•o ordenados pelas normascontidas nos princ†pios;ˆe as atividades p…blicas...Š 

    realizadas pela Administra„•o Pˆblica, nessa

    qualidade, e n•o aquelas excepcionais realizadas emigualdade com o particular.

    € Hely Lopes Meirelles assim definia o direitoadministrativo:

    ˆtendentes a realizar concreta, direta e

    imediatamente os fins desejados pelo EstadoŠ 

    expressa a caracteriza„•o e a delimita„•o do objetodo Direito Administrativo.Por trabalhar concreta, direta e imediatamente nos

    fins desejados pelo Estado, o Direito Administrativoafasta-se das atividades abstrata, indireta e mediatado mesmo consistentes em legislar, jurisdicionar e praticar a„‰es sociais.

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     Conclus•o sobre o conceito de Hely Lopes Meirelles:

    €  O Direito Administrativo n•o deve dizer quais s•o os fins doEstado.

    €  A ele cabem os aspectos dinŠmicos e funcionais defuncionamento do pr‡prio Estado.

    €  O Direito Administrativo est… presente em todas asatividades concernentes ‹s fun„‰es estatais. Ou seja, nasfun„‰es legislativa, administrativa e jurisdicional, ele estar… presente no que concerne ‹ organiza„•o e funcionamento de

    seus servi„os, ‹ administra„•o de seus bens, ‹ regŒncia deseu pessoal e ‹ formaliza„•o dos seus atos de administra„•o.

    € O Direito Administrativo surgiu entre o finaldo s€culo XVIII e in†cio do s€culo XIX, entrea decadŒncia do Estado Absolutista e aimplanta„•o do Estado de Direito.

    € Foi durante a Revolu„•o Francesa, per†odo emque se buscava a menor arbitrariedade estatal e a

    maior prote„•o dos direitos fundamentais doscidad•os, que apareceram os primeiros alicercesdesta nova ciŒncia jur†dica.

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    € Diante do contexto hist‡rico, podemos afirmar que oDireito Administrativo surgiu com um prop‡sito

     bastante espec†fico e determinado:   tentarreequilibrar as prerrogativas do Poder P€blicocom as garantias dos administrados.

    € O Direito Administrativo nasce atrelado ao DireitoConstitucional, pois enquanto ao primeiro cabeexecutar as tarefas (atividade dinŠmica), ao segundo

    cabe determinar e planeja os trabalhos (atividadeest…tica).

    € As transforma„‰es sociais e os desafiosimpostos ao Poder Pˆblico tornaram oDireito Administrativo um influente fator demudan„a da pr‡pria gest•o das atividadesrotineiras do Estado.

    €  preciso atentar ‹ verdadeira revolu„•o da

    importŠncia do estudo desta disciplina jur†dica, fundamental para o entendimento do pr‡prio Estado.

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    € Quanto maior a participa„•o popular na condu„•oda atividade administrativa e a sujei„•o do Estado‹s leis, maior ser… a incidŒncia de normas dedireito pˆblico e a preocupa„•o com o estudo doDireito Administrativo.

    € Quanto mais democr…tico for o ambienteinstitucional vivenciado um pa†s, mais seuscidad•os-administrados poder•o exigir o exato

    cumprimento do Direito Administrativo.

    € Conclus•o:

    Podemos afirmar que h• pa‚ses onde o DireitoAdministrativo ƒ pouco avan„ado e outros pa‚sesonde ƒ muito evolu‚do.Quanto mais fun„…es s†o dadas ao Estado,maiores ser†o as atribui„…es do DireitoAdministrativo.

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    € Embora o direto seja uno, n•o podendoser fatiado, a sua cl…ssica divis•o emdireito pˆblico e direito privado, proposta

     pelo jurista romano Ulpiano, ajuda acompreender melhor as diferentes fun„‰esdeste ramo da ciŒncia social.

    € Embora o direto seja uno, n•o podendoser fatiado, a sua cl…ssica divis•o emdireito pˆblico e direito privado, proposta

     pelo jurista romano Ulpiano, ajuda acompreender melhor as diferentes fun„‰esdeste ramo da ciŒncia social.

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    € Para fins did…ticos, a ciŒncia jur†dicacomporta uma divis•o em direito pˆblicoe privado.

    € O direito pˆblico, por sua vez, sob uma ‡timacontemporŠnea e globalizada, ainda permiteuma subdivis•o em direito pˆblico externo edireito pˆblico interno.

    € Direito p€blico:regula as rela„‰es em que o Estado € parte, ouseja, rela„‰es entre governantes e governados, emuma perspectiva vertical, regendo sua organiza„•o,atuando com supremacia e visando sempre ointeresse pˆblico. S•o considerados ramos dodireito pˆblico as seguintes …reas: constitucional,tribut…rio, penal, processual, econŽmico, financeiro,ambiental, urban†stico, eleitoral, etc.

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    € Direito privado:regula as rela„‰es entre particular e particular, emuma perspectiva horizontal, atuando com igualdade.S•o considerados ramos do direito privado asseguintes …reas: civil, empresarial, trabalho.

    € Direito p€blico interno:aborda as atividades administrativas tendo em vistaos fins interiores do Estado.€ Direito p€blico externo:regula as rela„‰es entre pa†ses diferentes.

    € Portanto, tendo em vista as caracter‚sticasapresentadas, infere-se com facilidade que oDireito Administrativo pertence ƒ ramo do direitop€blico interno.

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    O Direito Administrativo faz parte do bloco monol†ticodo Direito que, como j… se sabe, € dividido em doisramos principais (pˆblico e privado) com objetivosdid…ticos, para facilitar a sua compreens•o e estudo.

    Direito Constitucional:

    Em raz•o de tratarem do Estado, o DireitoAdministrativo e o Direito Constitucional possuemmuito em comum. No entanto, o Direito Constitucionaltrata da estrutura estatal e da institui„•o pol†tica dogoverno.

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    Direito Constitucional:

    € O Direito Administrativo tem como objetivo regular aorganiza„•o interna dos ‡rg•os da Administra„•oPˆblica, seu pessoal, servi„os e funcionamento quesatisfa„a as finalidades constitucionalmentedeterminadas.

    Direito Constitucional:€ O Direito Constitucional estabelece a estrutura

    est…tica do Estado e o Direito Administrativo a suadinŠmica. Enquanto O Direito Constitucional d… oslineamentos gerais do Estado, institui os seus

     principais ‡rg•os e define os direitos e as garantiasfundamentais dos indiv†duos, o DireitoAdministrativo disciplina os servi„os pˆblicos e asrela„‰es entre a Administra„•o e os cidad•os deacordo com os princ†pios constitucionais.

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    Direito Constitucional:Por fim...€ O direito administrativo nasce da pr‡pria constitui„•o

    que institui os poderes e seus ‡rg•os, cada qual comsua fun„•o precisamente delineada.

    € S•o de se frisar alguns pontos de extrema influŒnciado direito constitucional no direito administrativo:direitos e deveres do servidor pˆblico; limites da

    atua„•o estatal em raz•o dos direitos e garantiasfundamentais, dentre outros.

    Direito Tribut•rio e Financeiro€ O Direito Administrativo tem com o Direito

    Tribut…rio e com o Direito Financeiro uma rela„•o defundamental importŠncia.

    € Basta admitirmos que a tributa„•o € realizada a partir de rela„‰es jur†dicas em virtude das quais o Estadoir… arrecadar os seus recursos indispens…veis aofuncionamento da estrutura pˆblica e o segundodisciplinar… como os mesmos ser•o empregados, tudoconforme a Constitui„•o e as Leis.

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    Direito Tribut•rio e Financeiro€ O Direito Tribut…rio nasce da necessidade de se

    fornecer recursos para o funcionamento da m…quinaadministrativa e de se criar mecanismos que protejamos cidad•os da Šnsia arrecadadora do Poder Pˆblico.

    € O direito tribut…rio estabelece limites ‹ atividadetribut…ria estatal e protege o cidad•o contra qualquer modelo desregrado e confiscat‡rio que porventura

    venha a ser criado.

    Direito Tribut•rio e Financeiro€ O Direito Financeiro, por sua vez, surge no mundo do

    direito para disciplinar os gastos do que € arrecadado pela Administra„•o com os tributos.

    € Cuida da disciplina das receitas e das despesas doEstado, que comp‰em a fun„•o administrativa.

     Ambas as atividades de realiza„•o de receitas eefetiva„•o de despesas s•o eminentementeadministrativas.

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    Direito Penal

    € O Direito Administrativo € bastante distinto doDireito Penal.

    € De qualquer forma, a lei penal ,como nos casos decrimes contra a Administra„•o Pˆblica, subordina adefini„•o do delito ‹ conceitua„•o de atos e fatosadministrativos.

    Direito Processual

    € A rela„•o do Direito Administrativo com o DireitoProcessual € bastante pr‡xima. Nos aspectos dos

     processos civil e penal a rela„•o se d… na pr‡priaregulamenta„•o das respectivas jurisdi„‰es. Nos

     processos administrativos s•o utilizados princ†pioscaracter†sticos de processo comum.

    € Nos pa†ses do contencioso administrativo, € falado arespeito do direito administrativo processual.

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    Direito do Trabalho€ O Direito do Trabalho muito se aproxima do Direito

    Administrativo em raz•o do fato das rela„‰es dosempregadores com os empregados passaram do setor 

     privado para o dom†nio pˆblico em virtude de suaregulamenta„•o e fiscaliza„•o pelo Estado.

    € Hoje em dia, especialmente, h… lei que permite acontrata„•o pelo Poder Pˆblico de empregados

     pˆblicos sem deixar de existirem os servidoresocupantes de cargos pˆblicos.

    Direito Eleitoral

    € As rela„‰es do Direito Administrativo com o DireitoEleitoral se d•o em virtude da proximidade do

     primeiro com diferentes pontos da organiza„•o davota„•o e apura„•o dos pleitos, no pr‡priofuncionamento dos partidos pol†ticos, na disciplina da

     propaganda partid…ria, dentre outros.

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    Direito Civil

    € As rela„‰es entre o Direito Civil e o DireitoAdministrativo s•o muito pr‡ximas, principalmenteno que se refere aos contratos e obriga„‰es do Poder Pˆblico com os particulares.

    €  Isto sem se falar tamb€m nos bens pˆblicos, nas pessoas pˆblicas e na responsabilidade civil do

    Estado, todos tratados pelo C‡digo Civil.

    Direito Econ‡mico

    € A rela„•o do Estado com a economia particular teriadado surgimento ao direito econŽmico

    € Tanto o direito financeiro, quanto o tribut…rio e oeconŽmico seriam especifica„‰es ou especializa„‰es

    do pr‡prio direito administrativo. Isto porque seriamdireitos que se destacaram do pr‡prio direitoadministrativo.

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    € S•o v…rias as fontes do Direito Administrativo,todas elas dando sua contribui„•o em especial

     para a constru„•o desta ramifica„•o da ciŒncia jur†dica.

    € Diante da ausŒncia de uma codifica„•o espec†fica,as fontes no Direito Administrativo possuem umaimportŠncia muito grande, servindo de paradigma

     para interpreta„•o e solu„•o dos problemas

    envolvidos.

    € As fontes podem ser:

    € Prim•rias  s•o as principais, onde nasce o direito, bebedouro imediato de fundamento da norma;

    € Secund•rias   s•o as acess‡rias, funcionando de

    aux†lio com rela„•o ‹s prim…rias, estandosubordinadas ‹quelas.

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    As fontes podem ser:

    Prim•rias Lei

    Secund•rias JurisprudˆnciaCostumesDoutrina

    Princ‚pios Gerai do Direito

    Lei:

    € A fonte prim…ria do Direito Administrativo consistenas leis em sentido amplo (lato sensu), ou seja,qualquer das esp€cies normativas previstas no art. 59da Constitui„•o Federal de 1988.

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    Jurisprudˆncia:

    € S•o os julgamentos reiterados dos nossos tribunais namesma dire„•o, no mesmo sentido, servindo apenascomo uma orienta„•o decis‡ria.

    € Tanto a jurisprudŒncia quanto as sˆmulas editadas pelos tribunais superiores s•o consideradas apenascomo fontes secund…rias.

    Jurisprudˆncia:

    € Com o advento da Emenda Constitucional n45/04, foi inserido no art. 103-A da CF/88 asˆmula com efeitos vinculantes.

    € Devido ‹ sua for„a cogente para agentes, ‡rg•os e

    entidades administrativas, a doutrina maisabalizada vem entendendo tratar-se de umanova fonte prim…ria diante do ordenamento

     jur†dico p…trio.

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    Jurisprudˆncia:

    € Com o advento da Emenda Constitucional n45/04, foi inserido no art. 103-A da CF/88 asˆmula com efeitos vinculantes.

    € Devido ‹ sua for„a cogente para agentes, ‡rg•os eentidades administrativas, a doutrina maisabalizada vem entendendo tratar-se de uma

    nova fonte prim…ria diante do ordenamento jur†dico p…trio.

    Doutrina:

    o resultado dos trabalhos dos estudiosos daciŒncia jur†dica, retratados em livros, artigos,

     pareceres, dentre outros.

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    Costumes:€  a pr…tica habitual, corriqueira e generalizada de

    determinadas condutas humanas, acreditando seremelas obrigat‡rias.

    € Costuma-se distinguir dois elementos da fonteconsuetudin…ria: o primeiro € o aspecto

     psicol‡gico, que consiste em praticar determinadoato pensando de forma convicta que € o correto;

    o segundo € o aspecto f†sico, que consiste naa„•o humana de pratic…-lo reiteradamente.

    Princ‚pios Gerais do Direito:

    € S•o as balizas, os alicerces do ordenamento jur†dico; podem ser expressos ou impl†citos.

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    € As denomina„‰es Estado, Governo eAdministra„•o Pˆblica n•o s•o consideradassinŽnimas, possuindo cada uma delas peculiaridadesque as tornam diferentes entre si.

    € Estado€   Quando falamos em uma sociedade politicamente

    organizada, a primeira imagem que nos vem ‹cabe„a € a palavra Estado. Todavia, por de tr…sdeste aglomerado de letras, se esconde toda umaevolu„•o pol†tica, social e jur†dica que perduroudurante s€culos, onde inˆmeras tentativas deestruturar a vida em coletividade foram testadas,at€ chegarmos ao modelo de hoje por n‡sutilizados.

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    € Conceito de Estado

    €  Podemos conceituar Estado como sendo uma pessoa jur†dica de direito pˆblico interno, com personalidade jur†dica pr‡pria, apta a ser sujeito de direitos eobriga„‰es.

    € Poderes do Estado

    €   Basicamente, trŒs foram os personagens que deram suacontribui„•o filos‡fica para a forma„•o do Estado:Arist‡teles (A pol†tica, 340 a.C.), John Locke (Segundotratado sobre o governo, 1690) e Montesquieu (O esp†rito dasleis, 1748).

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    € Poderes do Estado

    €  Todos focalizavam suas utopias em um Estado com um Poder organizado de forma descentralizada, com distribui„‰es prec†puas de fun„‰es, independentes e harmŽnicos entre si.

    €   Esta moldura estatal encontra-se recepcionada pelaConstitui„•o Federal de 1988 em seu art. 2, ondemenciona a existŒncia dos Poderes do Legislativo,Executivo e Judici…rio.

    € Poderes do Estado€  O texto normativo trata expressamente dos Poderes da

    Uni•o, todos harmŽnicos e com graus de independŒncia entresi, trazendo como pano de fundo a teoria ou sistema norte-americano de freios e contrapesos (checks and balances).

    €  TrŒs s•o os Poderes Estatais, o Legislativo, o Executivo e o

    Judici…rio, todos com suas fun„‰es principais, t†picas,inerentes a sua pr‡pria essŒncia, e desfrutando, tamb€m,de fun„‰es secund…rias, at†picas.

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    € Poder Legislativo:€ Cabem duas fun„‰es prec†puas: (t†picas)

    1.   inova„•o da ordem jur†dica, ou seja, elabora„•o deleis lato sensu, abstratas e de ordem geral (art.59) e

    € Poder Legislativo:

    2.   fiscaliza„•o, que pode ser de car…ter pol†tico-administrativo, exercido pelas comiss‰es, por exemplo, Comiss•o Parlamentar de Inqu€rito  CPI e Comiss•o de Constitui„•o e Justi„a CCJ(art. 58), ou de car…ter econŽmico-financeiro,auxiliado pelo Tribunal de Contas (art. 70).

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    € Poder Legislativo:€ Pode tamb€m julgar e administrar-se

    internamente, s•o suas fun„‰es at†picas.€ A princ†pio pode parecer estranho o Legislativo julgando, papel tradicionalmente direcionado aoJudici…rio, mas a Carta Constitucional permite talsitua„•o, € o caso do Senado Federal processar e

     julgar o Presidente e o Vice-Presidente da Repˆblica

    nos crimes de responsabilidade (art. 52, I).

    € Poder Legislativo:€ Pode tamb€m julgar e administrar-se

    internamente, s•o suas fun„‰es at†picas.€ A princ†pio pode parecer estranho o Legislativo julgando, papel tradicionalmente direcionado aoJudici…rio, mas a Carta Constitucional permite talsitua„•o, € o caso do Senado Federal processar e

     julgar o Presidente e o Vice-Presidente da Repˆblicanos crimes de responsabilidade (art. 52, I).

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    €  Poder Executivo:

    € Sua fun„•o essencial (t†pica) € de aplicar a lei aocaso concreto, administrando a coisa pˆblica.

    € Desta forma, suas a„‰es s•o diretas, concretas,individuais e revis…veis.

    € A fun„•o at†pica deste Poder se faz tamb€m por meiode julgamentos, por exemplo, os contenciososadministrativos e tribut…rios, e a elabora„•onormativa, como a famigerada Medida Provis‡riaem caso de relevŠncia e urgŒncia (art. 62) e aelabora„•o das Leis Delegadas (art. 68).

    € Poder Judici•rio:

    € Cabe por natureza a aplica„•o da lei ao caso concreto,substituindo a vontade das partes resolvendo oconflito de interesses com for„a coercitiva. Assimsendo, seus atos s•o indiretos, concretos eindividuais.

    € Cabe ainda ao Judici…rio, como fun„‰es   at‚picas,

    sua pr‡pria administra„•o interna (art. 99) e aelabora„•o normativa, por exemplo, disciplinando acerca de seu regimento interno (art. 96, I, ‚aƒ).

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    € Estado se comp…e de 3 elementos:

    Popula„•o (homogŒnea)

    Territ‡rio ( certo, irrestrito, inalien…vel)

    Governo (soberano)

    € Elementos do Estado:

    € Popula„†o ou Povo   € componente humano. imposs†vel se pensar em um Estado sem pessoas que l…habitem.

    € Todavia acrescentamos a caracter†stica dehomogeneidade para dar perfei„•o ao elemento.

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    € Elementos do Estado:

    € Territ‰rio   € o elemento espacial.

    € As pessoas n•o podem ficar espalhadas ao vento,devem fazer parte de algum espa„o f†sico edelimitado, com o fim de demarcar a …rea as quais

     pertencem.

    € O termo abrange tamb€m o subsolo, espa„o a€reo,mar territorial e plataforma continental. Podemosconsiderar ainda como territ‡rio, em uma fic„•o

     jur†dica, as aeronaves e embarca„‰es pˆblicas brasileiras.

    € Elementos do Estado:

    € Governo  € o comando, a gest•o, a dire„•o da pessoa jur†dica, logo, s•o as decis‰es pol†ticas.

    € Essa vontade estatal € manifestada pelo exerc†ciode seus trŒs Poderes, cada qual com suasatividades funcionais.

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    € Elementos do Estado:

    € Governo Soberano:

    € Caracter†sticas da Soberania:

    Una

    Indivis†vel

    Inalien…vel

    Imprescrit†vel

    € Administra„†o P€blica

    Subjetivo: ‡rg•os/pessoas

    Administra„•o Pˆblica

    Objetivo: fun„•o/atividade

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    € Administra„†o P€blica

    €   Admite dois significados diversos, podendo ser utilizada no sentido subjetivo e no sentido material.

    € O  critƒrio formal, orgŠnico ou subjetivo  representatanto o aparelhamento, a estrutura, os ‡rg•os, quantoos agentes, as pessoas jur†dicas, ou seja, € toda am…quina administrativa (conjunto de ‡rg•os e

     pessoas) dispon†vel.

    € Geralmente € escrito com letras maiˆsculas:Administra„•o Pˆblica.

    € Administra„†o P€blica

    € O critƒrio material ou objetivo representa a atividadede administrar, ou seja, € a fun„•o administrativadesempenhada pelo Estado com prerrogativasnecess…rias para atingir o interesse pˆblico.

    € Geralmente € grafada com letras minˆsculas:

    administra„•o pˆblica.

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    € Administra„†o P€blica

    € A express•o Administra„•o Pˆblica pode, ainda, seapresentar em dois sentidos distintos, podendo ser utilizada no sentido amplo e no sentido restrito.

    € Administra„†o P€blica

    € SENTIDOS DA ADMINISTRA‘’O P“BLICA

    € A Administra„•o Pˆblica pode ser entendida em doissentidos:

    objetivo

    subjetivo

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    € Administra„†o P€blica

    € SENTIDOS DA ADMINISTRA‘’O P“BLICA

    € Sentido objetivo:

    € Jos€ dos Santos Carvalho Filho, ‚o verbo administrarindica   gerir,   zelar, enfim uma a„•o dinŠmica desupervis•o.

    € O adjetivo  p€blica pode significar n•o s‡ algo ligado

    ao Poder P€blico, como tamb€m a  coletividade ou aop€blico em geral.

    € Administra„†o P€blica

    € SENTIDOS DA ADMINISTRA‘’O P“BLICA

    € Sentido objetivo:

    € Trata-se da pr‡pria gest•o dos interesses pˆblicosexecutada pelo Estado, seja atrav€s da  presta„†o deservi„os p€blicos, seja por sua  organiza„†o interna,ou ainda pela interven„†o no campo privado, algumas

    vezes at€ de forma restritiva (poder de pol†cia).

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    € Administra„†o P€blica

    € SENTIDOS DA ADMINISTRA‘’O P“BLICA

    € Sentido objetivo:

    €  Seja qual for a hip‡tese da administra„•o da coisa pˆblica, € inafast…vel a conclus•o de que a  destinat•riaˆltima dessa gest•o h… de ser a pr‡pria sociedade, aindaque a atividade beneficie, de forma imediata, o Estado.

    €  que n•o se pode conceber o destino da fun„•o pˆblica

    que n•o seja voltado aos indiv†duos, com vistas a sua prote„•o, seguran„a e bem-estar.

    € Essa ƒ a administra„†o p€blica, no sentido objetivo

    € Administra„†o P€blica

    € SENTIDOS DA ADMINISTRA‘’O P“BLICA

    € Sentido objetivo:

    € A fun„•o da administra„•o pˆblica ao zelar e cuidar dos bens da coletividade € chamada de fun„•oadministrativa.

    €  Diante dessas coloca„…es, sob o aspecto material,quais s†o as atividades exercidas pela administra„†op€blica?

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    € Administra„†o P€blica

    € SENTIDOS DA ADMINISTRA‘’O P“BLICA

    € Sentido objetivo:

    € As principais atividades administrativas s•o:

    a)   Servi„o pˆblico

     b)   Poder de pol†cia

    c)   Fomento

    d)   Interven„•o no dom†nio econŽmico

    e)   Gest•o de bens pˆblicosf)   Interven„•o no direito de propriedade do particular 

    € Administra„†o P€blica

    € SENTIDOS DA ADMINISTRA‘’O P“BLICA

    Servi„o p€blico:   O servi„o pˆblico est… previsto noartigo 175 da Constitui„•o Federal de 1988, que reza oseguinte: ‚incumbe ao Poder P…blico, na forma da lei,diretamente ou sob regime de concess„o ou permiss„o,

    sempre atrav€s de licitaƒ„o, a prestaƒ„o de serviƒos p…blicosƒ.

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    € Administra„†o P€blica

    € SENTIDOS DA ADMINISTRA‘’O P“BLICA

    Poder de pol‚cia:   € o poder de fiscaliza„•o daAdministra„•o.

    Quem cria obriga„‰es para o particular € a lei e quem criaa lei € o legislador.

    Assim a lei imp‰e obriga„‰es para o particular e cabe ‹

    Administra„•o   fiscalizar   se estes particulares est•ocumprindo a lei.

    € Administra„†o P€blica

    € SENTIDOS DA ADMINISTRA‘’O P“BLICA

    Fomento: consiste no incentivo que a Administra„•o faza particulares especiais visando um bem comum.

    Est… diretamente ligado ao terceiro setor, que s•o particulares especiais, os quais buscam interesses

     pˆblicos, e por esse motivo s•o incentivados pelaAdministra„•o a continuarem exercendo essas atividades.Exemplo:   organiza„‰es sociais que buscam interessessociais sem fins lucrativos.

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    € Administra„†o P€blica

    € SENTIDOS DA ADMINISTRA‘’O P“BLICA

    Interven„†o no dom‚nio econ‡mico: € aquela atividadeem que a Administra„•o atua por meios diretos eindiretos no mercado capitalista.

    A Administra„•o vai   regulamentar   esse   mercado,apenas no caso de ser verificado relevante interesse

    coletivo ou algum fator ligado ‹ seguran„a nacional.Essa interven„•o est… prevista no artigo 173 da CF/88,que disp‰e: ‚ressalvados os casos previstos...€

    € Administra„†o P€blica

    € SENTIDOS DA ADMINISTRA‘’O P“BLICA

    Gest†o de bens p€blicos: atividade de cuidar para que autiliza„•o do bem pˆblico esteja em conformidade aointeresse social a que deve servir.

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    € Administra„†o P€blica

    € SENTIDOS DA ADMINISTRA‘’O P“BLICA

    Interven„†o no direito de propriedade do particular:o direito de propriedade esta assegurado pelo artigo 5,XXII da CF/88 e consiste num direito e garantiafundamental.

     No entanto, esse direito n•o € absoluto sofrendo, por suavez, diversos condicionamentos e limita„‰es advindasdessa atividade administrativa.Exemplo:   desapropria„•o, tombamento, requisi„•oadministrativa, limita„•o administrativa, servid•oadministrativa, etc.

    € Administra„†o P€blica

    € SENTIDOS DA ADMINISTRA‘’O P“BLICA

    Sentido subjetivo:

    Jos€ dos Santos Carvalho Filho sustenta que ‚a express•o pode tamb‚m significar o conjunto de agentes, ƒrg•os e

     pessoas jur„dicas que tenham a incumb…ncia de executar 

    as atividades administrativas€.

    Toma-se aqui em considera„•o o sujeito da fun„•oadministrativa, ou seja, quem a exerce de fato.

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    € Administra„†o P€blica

    € SENTIDOS DA ADMINISTRA‘’O P“BLICA

    Sentido subjetivo:

    Maria Sylvia Zanella Di Pietro diz que a Administra„•oPˆblica ‚no sentido subjetivo, formal ou org†nico, eladesigna os entes que exercem a atividade administrativa;

    compreende pessoas jur„dicas, ƒrg•os e agentes p‡blicos

    incumbidos de exercer uma das funˆ‰es em que se

    triparte a atividade estatal: a funˆ•o administrativaƒ

    € Sistemas Administrativos

    € Sistemas administrativos significa de que formaser… efetivado o mecanismo controle dos atos dosadministradores. Podemos indicar a existŒncia dedois sistemas administrativos:

    Sistema do contencioso administrativo e

    Sistema da jurisdi„•o una

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    € Sistemas Administrativos

    € O sistema do contencioso administrativo ou sistemafrancŒs, consiste em afirmar que os atos praticados pelaAdministra„•o Pˆblica devem ser   reapreciados porela pr‰pria, sendo desnecess…ria a interferŒncia doPoder Judici…rio.

    € Significa atestar que a fun„•o jurisdicional tamb€m€ exercida pela Administra„•o Pˆblica, n•o sendoexclusiva daqueles que pertencem aos quadros doPoder Judici…rio.

    € Sistemas Administrativos

    € Em suma, € como se existisse ao lado do Poder Judici…rio um foro especial, encarregado de julgar, emcar…ter definitivo, apenas causas envolvendointeresses da pr‡pria Administra„•o Pˆblica.

    €   Podemos afirmar que nos pa†ses onde vigora osistema do contencioso administrativo h… uma

    dualidade de jurisdi„†o, ou seja, a coexistŒncia deuma justi„a de car…ter administrativo e uma justi„acom fei„‰es judici…rias.

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    € Sistemas Administrativos

    € O   sistema da jurisdi„†o una, tamb€m denominadode sistema inglŒs, consiste em afirmar que somenteo Poder Judici…rio possui a competŒncia de julgar com Šnimo definitivo as lides propostas, detendo omonop‰lio da jurisdi„†o.

    € Mesmo as causas apreciadas e decididas na esferada Administra„•o Pˆblica podem ser revistas peloPoder Judici…rio, tendo em vista o princ†pioconstitucional da   inafastabilidade da fun„†o

     jurisdicional (art. 5, XXXV da CF/88).

    € Sistemas Administrativos

    € Neste sistema, a   €ltima palavra   € sempre doPoder Judici…rio, somente ele decide com trŠnsitoem julgado, tornando irrevers†vel o entendimentoexposto na senten„a, sendo o ˆnico detentor dadenominada fun„•o jurisdicional.

    € Mesmo assim, ainda € poss†vel falar em  coisa julgada

    administrativa, para aquelas situa„‰es onde n•o cabemais recurso na seara administrativa, podendo,todavia, sempre recorrer ‹s vias jurisdicionais para ter reapreciado a causa.

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    € Administra„†o P€blica como ATIVIDADE

    € Leon Duguit com a chamada ‚Escola de Servi„oPˆblicoƒ que apresentou um conceito amploequivalendo o servi„o pˆblico a   todas as atividadesexercidas pelo Estado,   ou, quando menos, a umsinŽnimo da pr‡pria Administra„•o Pˆblica. (crit€rioorgŠnico ou subjetivo)

    € Administra„†o P€blica como ATIVIDADE

    €  Uma vers•o um pouco mais restritiva, no sentido deque servi„os pˆblicos seriam   todas as atividadesexercidas pelo Estado em regime jur‚dico de DireitoP€blico por uma decis•o pol†tica dos ‡rg•os de dire„•odo Estado (crit€rio formal)

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    € Administra„†o P€blica como ATIVIDADE

    € A evolu„•o da no„•o de servi„o pˆblico demonstra adificuldade de fixa„•o de um conceito preciso.

    Extra†mos quatro sentidos de ‚servi„os pˆblicosƒ

    € a) concep„•o ampl†ssima

    € b) concep„•o ampla

    € c) concep„•o restrita€ d) concep„•o restrit†ssima

    € Administra„†o P€blica como ATIVIDADE

    € A evolu„•o da no„•o de servi„o pˆblico demonstra adificuldade de fixa„•o de um conceito preciso.

    Extra†mos quatro sentidos de ‚servi„os pˆblicosƒ

    € a) concep„•o ampl†ssima

    € b) concep„•o ampla€ c) concep„•o restrita

    € d) concep„•o restrit†ssima

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    € Administra„†o P€blica ‹ SERVIŒO PBLICO

    a) concep„†o ampl‚ssima:   defendida pela Escola doservi„o pˆblico, com algumas varia„‰es, consideraservi„o pˆblico toda e qualquer atividade exercida peloEstado. Essa no„•o cl…ssica € criticada por inserir noconceito de servi„o pˆblico as atividades legislativa e

     jurisdicional, o que retiraria a utilidade do conceito.

    € Administra„†o P€blica ‹ SERVIŒO PBLICO

    b) concep„†o ampla:  servi„o pˆblico € toda atividade prestacional voltada ao cidad•o, independentemente datitularidade exclusiva do Estado e da forma deremunera„•o.

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    € Administra„†o P€blica ‹ SERVIŒO PBLICO

    c) concep„†o restrita:   servi„o pˆblico abrange asatividades prestacionais do Estado prestadas aoscidad•os, de forma individualizada e com frui„•oquantificada. Este conceito n•o considera como servi„o

     pˆblico o denominado servi„o  uti universi, mas apenas oservi„o  uti singuli.

    € Administra„†o P€blica ‹ SERVIŒO PBLICO

    d) concep„†o restrit‚ssima: servi„o pˆblico € a atividade prestacional de titularidade do Estado, prestada medianteconcess•o ou permiss•o, remunerada por taxa ou tarifa.

     Nesta no„•o, est•o exclu†dos os servi„os uti universi e osservi„os sociais, que n•o s•o da titularidade exclusiva do

    Estado.

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    € Fun„†o administrativa do Estado. No Estado Democr…tico de Direito, a fun„•o administrativa €a atividade desempenhada pelas pessoas estatais, sujeitas acontrole jurisdicional, no fiel cumprimento do dever dealcan„ar o interesse pˆblico.Essa fun„•o € marcada pela conjuga„•o de dois princ†pioscaracterizadores do regime jur†dico administrativo, quaissejam:€ o princ‚pio da supremacia do interesse p€blico€ o princ‚pio da indisponibilidade do interesse p€blico.

    € Fun„†o administrativa do Estado.

    € O  princ‚pio da prevalˆncia do interesse p€blico  sobre ointeresse particular assegura a quem exerce a competŒnciaadministrativa uma posi„•o de privil€gio e supremacia a fimde que as necessidades sociais sejam alcan„adas e, dessemodo, a finalidade pˆblica seja cumprida.

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    € Fun„†o administrativa do Estado.

    € O  princ‚pio da indisponibilidade do interesse p€blico pelo titular de competŒncia administrativa determina asubordina„•o da atividade administrativa aos princ†pios

     jur†dicos que vinculam ‹ concretiza„•o do interesse pˆblico.

    € Fun„†o administrativa do Estado.

    Conceituando:

    € Para o autor Mar„al Justen Filho ‚a funˆ•o administrativacompreende atividades de fornecimento de utilidades

    materiais de interesse coletivo (coleta de lixo, por exemplo),

    mas tamb‚m abrange atuaˆ•o de cunho jur„dico, imaterial 

    (regulamentaˆ•o de poluiˆ•o sonora, por exemplo). Como

     se n•o bastasse, compreende a decis•o de lit„gios, inclusive

    entre particulares (disputas quanto a competiˆ•o desleal,

    levada Š apreciaˆ•o do CADE)ƒ

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    € Fun„†o administrativa do Estado.Conceituando:

    €  Hely Lopes Meirelles : ‚a natureza da administraˆ•o p‡blica ‚ ade um m‡nus p‡blico para quem a exerce, isto ‚, a de um encargo de

    defesa, conservaˆ•o e aprimoramento dos bens, serviˆos e interesses

    da coletividade. Como tal, imp‰e-se ao administrador p‡blico a

    obrigaˆ•o de cumprir fielmente os preceitos do Direito e da Moral 

    administrativa que regem a sua atuaˆ•o. Ao ser investido em funˆ•o

    ou cargo p‡blico, todo agente do poder assume para com a

    coletividade o compromisso de bem servi-la, porque outro n•o ‚ o

    desejo do povo, como leg„timo destinat‹rio dos bens, serviˆos einteresses administrados pelo Estadoƒ

    € Fun„†o administrativa do Estado.

    Conceituando:

    €  Hely Lopes Meirelles : ‚a natureza da administraˆ•o p‡blica ‚ ade um m‡nus p‡blico para quem a exerce, isto ‚, a de um encargo de

    defesa, conservaˆ•o e aprimoramento dos bens, serviˆos e interesses

    da coletividade. Como tal, imp‰e-se ao administrador p‡blico a

    obrigaˆ•o de cumprir fielmente os preceitos do Direito e da Moral 

    administrativa que regem a sua atuaˆ•o. Ao ser investido em funˆ•o

    ou cargo p‡blico, todo agente do poder assume para com acoletividade o compromisso de bem servi-la, porque outro n•o ‚ o

    desejo do povo, como leg„timo destinat‹rio dos bens, serviˆos e

    interesses administrados pelo Estadoƒ

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    € Fun„†o administrativa do Estado.Conceituando:

    €   Neste sentido Hely Lopes Meirelles enfatiza que os finsda administra„•o pˆblica resumem-se num ˆnico objetivo:o bem comum da coletividade administrada.

    € Toda atividade do administrador pˆblico deve ser orientada para esse objetivo. Se dele o administrador se afasta oudesvia, trai o mandato de que est… investido, porque acomunidade n•o institui a Administra„•o sen•o como meio

    de atingir o bem-estar social.

    € Conceituando:

    €   Podemos conceituar princ†pio como sendo um conjuntonormas jur†dicas informadoras dotadas de valor normativo.

    €   Œ Princ„pios de uma ci…ncia s•o as proposiˆ‰es b‹sicas,

     fundamentais, t„picas que condicionam todas as

    estruturaˆ‰es subsequentes. Princ„pios, neste sentido, s•o

    os alicerces, os fundamentos da ci…ncia.   ‚

    Jos€ Cretella Jˆnior. Filosofia do Direito Administrativo. Riode Janeiro: Forense, 1999).

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    € Princ‚pios, Normas e Regras

    As normas jur†dicas s•o gŒnero, das quais princ†pios eregras s•o esp€cies.

    Princ‚pios Regras

    alto grau de abstra„•o pouco grau de abstra„•o

     pouca densidade normativa alta densidade normativa

     precisa de norma concretizadora aplica„•o direta

    em caso de conflito: crit€rio do peso em caso de conflito: crit€rio davalidade

    € Finalidade

    €   Os princ†pios da Administra„•o Pˆblica possuem trŒsgrandes importantes fun„‰es dentro do regime jur†dico-administrativo:

    fun„†o fundamentadora,

    fun„†o interpretativa e

    fun„†o integrativa.

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    € Finalidade

    €   A   fun„†o fundamentadora   est… atrelada ‹ ideia devetores informativos de todo o sistema jur†dico-administrativo. Em cl…ssica passagem, Celso AntŽnioBandeira de Mello nos ensina que violar um princ†pio €muito mais grave do que violar uma regra espec†fica,devido ao car…ter de diretriz que norteia os princ†pios.

    € Finalidade

    €   A   fun„†o interpretativa   est… atrelada ‹ ideia de dˆvidasobre a aplicabilidade de uma determinada regra.

    € Havendo ambiguidade normativa, o aplicador do direitodeve se socorrer dos princ†pios do Direito Administrativoa fim de alcan„ar a melhor interpreta„•o do dispositivoem an…lise.

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    € Finalidade

    €   A  fun„†o integrativa   est… vinculada ‹ ideia de lacuna deregra espec†fica para a solu„•o de determinado caso emconcreto.

    € Ex: art. 4 da Lei n 12.376/10 (Lei de Introdu„•o ‹s Normas do Direito Brasileiro - LINDB), afirmando quena omiss•o da lei, o juiz decidir… o caso de acordo com aanalogia, os costumes e os princ†pios gerais de direito.

    € Organograma dos Princ‚pios da Administra„†o P€blica

    PRINC”PIOS DAADMINISTRA‘’O

    P“BLICA

    Princ†piosConstitucionais

    B•sicos (art. 37 CF)

    Expl‚citos

    Impl‚citos

    Princ†pios

    Infraconstitucionais

    Expl‚citos

    Impl‚citos

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    € Organograma dos Princ‚pios da Administra„†o P€blica

    Princ†piosConstitucionais

    CF/88

    Art. 37. A administra„•o pˆblica direta eindireta de qualquer dos Poderes da Uni•o,dos Estados, do Distrito Federal e dosMunic†pios obedecer… aos princ†pios delegalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiŒncia e, tamb€m, aoseguinte:

    € Organograma dos Princ‚pios da Administra„†o P€blica

    Princ†piosConstitucionais

    Princ†pio da Legalidade

    Princ†pio da Impessoalidade

    Princ†pio da Moralidade

    Princ†pio da Publicidade

    Princ†pio da EficiŒncia

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    € Organograma dos Princ‚pios da Administra„†o P€blica

    Princ†piosConstitucionais

    Princ†pio da Legalidade

    Princ†pio da Impessoalidade

    Princ†pio da Moralidade

    Princ†pio da Publicidade

    Princ†pio da EficiŒncia

    € Princ‚pio da Legalidade

    €   o princ†pio basilar do Estado de Direito.

    €   a atua„•o da Administra„•o Pˆblica (‡rg•os/agentes)dentro dos parŠmetros definidos em lei, sendo vedadasua atua„•o sem pr€via e expressa permiss•o legislativa.

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    € Princ‚pio da Legalidade

    € N•o confunda!   legalidade privada com  legalidade p‡blica

    LegalidadePˆblica

    LegalidadePrivada

    € Princ‚pio da Legalidade

    € N•o confunda!   legalidade privada com  legalidade p‡blica

    AoAdministradors‡ € permitido

    fazer o que

    estiver previstoem lei

    Ao particular € permitido fazer

    tudo o que a

    legisla„•o n•o pro†ba

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    € Princ‚pio da Legalidade

    € N•o confunda!   princ„pio da legalidade com o   princ„pio dareserva de lei

    Princ†pioda

    Legalidade

    Princ†pioda Reserva

    Legal

    € Princ‚pio da Legalidade

    € N•o confunda!   princ„pio da legalidade com o   princ„pio dareserva de lei

    a submiss•o daAdministra„•o

    Pˆblica(‡rg•os/agentes)

    aos imp€rios dalegisla„•o

    a limita„•o ‹ formade regulamenta„•ode determinadas

    mat€rias cujanatureza € indicada pela legisla„•o (ex.

    37, XIX, CF)

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    € Princ‚pio da Legalidade

    € N•o confunda!   princ„pio da legalidade com o   princ„pio dareserva de lei

    CF/88

    Art. 37. (...) XIX - somente por lei espec†fica poder… ser criada autarquia e autorizada ainstitui„•o de empresa pˆblica, de sociedadede economia mista e de funda„•o, cabendo ‹

    lei complementar, neste ˆltimo caso, definir as…reas de atua„•o;

    € Princ‚pio da Impessoalidade

    €   O princ†pio da impessoalidade admite ser analisadosob trŒs ‡ticas diferentes:

    Impessoalidade

    Finalidade

    Imputa„•oIsonomia

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    € Princ‚pio da Impessoalidade

    € Sob a ‡tica da   finalidade, € a atua„•o impessoal egen€rica da Administra„•o Pˆblica, visando a satisfa„•o dointeresse coletivo, sem corresponder ao atendimento dointeresse exclusivo do administrado.

    Art. 37. (...) 1–. A publicidade dos atos, programas, obras,servi„os e campanhas dos ‡rg•os pˆblicos dever… ter car…ter educativo, informativo ou de orienta„•o social,

    dela n•o podendo constar nomes, s†mbolos ouimagens que caracterizem promo„•o pessoal deautoridades ou servidores pˆblicos.

    € Princ‚pio da Impessoalidade€ Sob a ‡tica da imputaƒ„o, o ato praticado € atribu†do ao ‡rg•o

    (pessoa jur†dica) e n•o ao agente pˆblico (pessoa f†sica).€ Desta forma, a responsabilidade civil recair… sob a entidade no

    qual o agente pˆblico emprega sua for„a de trabalho.

    € Por€m, o direito de regresso oferece a possibilidade de a pessoa jur†dica agir contra o respons…vel pelo dano.

    Art. 37. (...)

    6–. As pessoas jur†dicas de direito pˆblico e as dedireito privado prestadoras de servi„o pˆblicoresponder•o pelos danos que seus agentes, nestaqualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito deregresso contra o respons…vel nos casos de dolo ou culpa..

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    € Princ‚pio da Impessoalidade

    € Sob a ‡tica da isonomia, € o tratamento igualit…rio dispensadoa todos os administrados, independentemente de qualquer interesse pol†tico.

    Art. 5 Todos s•o iguais perante a lei, sem distin„•o dequalquer natureza...

    € Princ‚pio da Moralidade

    €  a atua„•o administrativa baseada na boa f€, emconsonŠncia com a moral, os princ†pios €ticos e a lealdade,n•o podendo contrariar os bons costumes, a honestidade e osdeveres de boa administra„•o.

    €   O princ†pio da moralidade n•o se refere a moral comum,mas aquela moral tirada da conduta interna daAdministra„•o Pˆblica.

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    € Princ‚pio da Moralidade

    MORALIDADECOMUM

    MORALIDADEADMINISTRATIVA

    € Princ‚pio da Moralidade

    o certo e o errado,o correto e o

    incorreto, € o sensocomum

    mais rigorosa, € a boa-f€ da

    administra„•o, € amelhor escolha

     poss†vel, € umaadministra„•o

    eficiente.

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    € Princ‚pio da Moralidade

    €  Hely Lopes Meirelles

    Œ... o agente administrativo, como ser humano dotado de

    capacidade de atuar, deve, necessariamente, distinguir o

     Bem do Mal, o Honesto do Desonesto. E ao atuar, n•o

     poder‹ desprezar o elemento ‚tico da sua conduta.

     Assim, n•o ter‹ que decidir somente entre o legal e o

    ilegal, o justo do injusto, o conveniente e o inconveniente,

    o oportuno e o inoportuno, mas tamb‚m entre o honesto e

    o desonesto.€

    (MEIRELLES, 2012, p‹g. 90).

    € Princ‚pio da Moralidade

    moral subjetiva

    ou

     boa f€ subjetiva

    moral jur†dica

    ou

     boa f€ objetiva

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    € Princ‚pio da Moralidade

    Boa fƒ subjetiva   trabalha a ideia deinvestiga„•o sobre a   real   inten„†o   evontade   do agente administrativo,

     principalmente no que concerne aoconhecimento ou desconhecimento do queera l†cito ou n•o.

    € Princ‚pio da Moralidade

    € Princ†pio da Moralidade Administrativa..AVI

    Boa-fƒ objetiva  ocorre por meio de umainvestiga„•o do   comportamento doagente, n•o tendo importŠncia a suainten„•o.Observa-se, conforme a doutrinamajorit…ria para o Direito Administrativo,que o realmente importante € a atitude en•o a inten„•o do agente.

    Princ•pio da Moralidade Administrativa..mp4

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    € Princ‚pio da Publicidade

    €  a atua„•o transparente dos atos da Administra„•o Pˆblica,facilitando seu controle.

    € O princ†pio constitucional oferece a oportunidade das pessoas de obterem informa„‰es, certid‰es e atestados daAdministra„•o Pˆblica, al€m de apresentarem peti„•o sem o

     pagamento de taxas.€ Tais informa„‰es dever•o se prestadas dentro do prazo

    estipulado sob pena de responsabilidade.

    € Princ‚pio da Publicidade

    CF/88Art. 5–. (...)XXXIII - todos tŒm direito a receber dos ‡rg•os pˆblicos informa„‰esde seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que ser•o

     prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade,ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescind†vel ‹ seguran„a dasociedade e do Estado.XXXIV - s•o a todos assegurados, independentemente do

     pagamento de taxas:

    a) o direito de peti„•o aos Poderes P b̂licos em defesa dedireitos ou contra ilegalidadeou abuso de poder; b) a obten„•o de certid‰es em reparti„‰es pˆblicas, para defesade direitos e esclarecimento de situa„‰es de interesse pessoal;

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    € Princ‚pio da Publicidade

    € Exce„‰es ao princ†pio da publicidade:€ exemplos: em nome da seguran„a da sociedade e do estado,

     poder… ser negada a publicidade (art. 5, XXXIII, CF); atos processuais correm em sigilo na forma da lei, logo, o processo administrativo tamb€m pode ser sigiloso (art. 5, LX,CF).

    €   Lei n 12.527/11 respons…vel pela regulamenta„•o doacesso aos documentos pˆblicos de interesse particular ou

    coletivo, possibilitando a sua restri„•o em raz•o daseguran„a pˆblica.

    € Princ‚pio da Eficiˆncia

    €   Muito embora o Princ†pio da EficiŒncia tenha sidooficialmente inserido no texto constitucional pela EC19/98, denominada de reforma administrativa, osgestores pˆblicos j… utilizavam sua premissa como vetor nacondu„•o do interesse pˆblico.

    € Oportuno lembrar que o art. 2 da Lei n 9.784/99,

    respons…vel pela regulamenta„•o do processo administrativona seara federal, tamb€m traz a previs•o da eficiŒncia como princ†pio a ser necessariamente observado.

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    € Princ‚pio da Eficiˆncia

    € Sob a ‡tica do agente pˆblico, significa afirmar quedeve buscar a consecu„•o do melhor resultado poss†vel.

    € Sob a ‡tica da forma de organiza„•o, significa afirmar que deve a Administra„•o Pˆblica atentar para os padr‰esmodernos de gest•o ou administra„•o, vencendo o peso

     burocr…tico, atualizando-se e modernizando-se.

    € Organograma dos Princ‚pios da Administra„†o P€blica

    PRINC”PIOS DAADMINISTRA‘’O

    P“BLICA

    Princ†piosConstitucionais

    B•sicos (art. 37 CF)

    Expl‚citos

    Impl‚citos

    Princ†piosInfraconstitucionais

    Expl‚citos

    Impl‚citos

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    € Organograma dos Princ‚pios da Administra„†o P€blica

    Princ†piosConstitucionais

    Impl‚citos

    Princ†pio da Isonomia

    Princ†pio do Duplo Grau de Jurisdi„•o

    Princ†pio do Interesse Pˆblico

    Princ†pio da Hierarquia

    Princ†pio da Presun„•o de Legitimidade

    Princ†pio da Especialidade

    Princ†pio da Autotutela

    € Princ‚pios Constitucionais Impl‚citos

    €   Al€m dos princ†pios expl†citos, ao longo do textoconstitucional tamb€m podem ser encontrados diversos

     princ†pios impl†citos da Administra„•o Pˆblica, ajudando,igualmente, na boa condu„•o do interesse pˆblico.

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    €  Princ‚pio da Isonomia

    € O princ†pio da isonomia encontra seu fundamento geral noart. 5, caput da Constitui„•o Federal de 1988.

    € Na esfera administrativa, significa afirmar a existŒnciade um dever geral de prestar tratamento uniforme paratodos aqueles que se encontrem em uma situa„•o deigualdade e equivalŒncia.

    € Podemos encontrar a incidŒncia do princ†pio daisonomia servindo de fundamento valorativo para

    diversos institutos administrativos, tais como o concurso pˆblico e a licita„•o.

    €  Princ‚pio da Isonomia

    € Sobre concursos pˆblicos existem diversos entendimentos j… pacificados dos tribunais superiores trazendo como panode fundo o princ†pio da isonomia.

    Sˆmula 683, STFO limite de idade para a inscri„•o em concurso pˆblico s‡ selegitima em face do art. 7, XXX, da Constitui„•o, quando

     possa ser justificado pela natureza das atribui„‰es do cargo a

    ser preenchido.

    Sˆmula 685, STFS‡ por lei se pode sujeitar a exame psicot€cnico ahabilita„•o de candidato em cargo pˆblico.

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    €  Princ‚pio da Isonomia

    € OBSERVA‘’O:€  A idade m†nima em concurso pˆblico € poss†vel, devendo

    ser compat†vel com o exerc†cio do cargo ofertado.Todavia, a idade m…xima n•o € bem vista por  grande parcela dos administrativistas, sendo muitocriticado. Atualmente se entende que n•o € o edital dosconcursos pˆblicos quem devem trazer as exigŒncias deidade, altura, peso, mas sim as leis dos respectivoscargos. Caso determinadas exigŒncias n•o venham

    expressas no edital, n•o podem ser cobradas durante arealiza„•o do certame, sendo pass†vel de controle

     jurisdicional.

    €  Princ‚pio da Isonomia

    € OBSERVA‘’O:

    €   Fator discriminat‡rio: primeiro se olha para o fator discrimina„•o, somente em um segundo momento severifica se esta discrimina„•o € compat†vel com oobjetivo da norma.

    € Por exemplo, em concurso pˆblico de salva vidas € vedadaa participa„•o de deficientes f†sicos, (1 fator de

    discrimina„•o): os deficientes f†sicos est•o exclu†dos, (2fator de discrimina„•o): € compat†vel, pois n•o h… comoum deficiente f†sico exercer o cargo de salva vidas, €um tratamento legitimamente isonŽmico.

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    €   Princ‚pio do Duplo Grau de Jurisdi„†o

    €   Assegura a possibilidade de revis•o das decis‰es judiciais,atrav€s do sistema recursal, onde as decis‰es do Ju†zo a quo

     podem ser reapreciadas pelo ju†zo ad quem.

    €  o direito que possui a parte de buscar o reexame da causa por ‡rg•o jurisdicional de instŠncia superior.

    €   Princ‚pio do Duplo Grau de Jurisdi„†o

    € OBSERVA‘’O: DivergŒncia quanto ao fato do princ†piodo duplo grau de jurisdi„•o possuir naturezaconstitucional.

    € Nestor T•vora  - princ†pio que n•o est… contempladoexpressamente na Constitui„•o Federal, decorrendo da

    estrutura orgŠnica e final†stica do Poder Judici…rio.€ Para   Guilherme de Souza Nucci, trata-se de um

     princ†pio consagrado na Constitui„•o Federal na medidaem que o Poder Judici…rio est… estruturado em instŠncias.

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    €   Princ‚pio do Interesse P€blico

    €   A principal finalidade da lei € a satisfa„•o dointeresse pˆblico. Cada norma tem por escopo asatisfa„•o de um determinado interesse pˆblico.

    € Podemos conceituar interesse pˆblico como sendoaquele resultante do conjunto de interesses dosindiv†duos que comp‰e determinada sociedade

    €   Princ‚pio do Interesse P€blico

    €   A principal finalidade da lei € a satisfa„•o dointeresse pˆblico. Cada norma tem por escopo asatisfa„•o de um determinado interesse pˆblico.

    € Podemos conceituar interesse pˆblico como sendoaquele resultante do conjunto de interesses dos

    indiv†duos que comp‰e determinada sociedade

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    € Princ‚pio do Interesse P€blico

    interesse pˆblico prim…rio

    interesse pˆblicosecund…rio

    € Princ‚pio do Interesse P€blico

    PRIM—RIO

    interesse dacoletividade

    SECUND—RIO

    interesse da pessoa jur†dica

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    €   Princ‚pio da Hierarquia

    €   Os ‡rg•os da Administra„•o Pˆblica est•o organizadoscom atribui„‰es definidas em lei, gerando entre eles umarela„•o de coordena„•o e subordina„•o.

    €   Como consequŒncia, surge a possibilidade de revis•odos atos subordinados, delega„•o e avoca„•o deatribui„‰es, aplica„•o de penalidades administrativas,dentre outros.

    €  Essa rela„•o de hierarquia € encontrada apenas na searaadministrativa, n•o havendo sua incidŒncia nas esferas

    legislativas e jurisdicionais quando exercidas suas fun„‰est†picas.

    €   Princ‚pio da Presun„†o de Legitimidade

    €   Os atos administrativos gozam de uma presun„•o delegitimidade, ou seja, de que foram praticados emconformidade com o ordenamento jur†dico.

    €  A fundamenta„•o reside no fato de que os atos da searaadministrativa existem para aplicar a lei, dar materialidadee concretude ‹ norma em abstrato.

    € Desta forma, tendo em vista seu car…ter exclusivamente de

    execu„•o, tais atos s•o dotados do benef†cio democr…ticoda legitimidade.OBSERVA‘’O: Tal presun„•o possui natureza relativa (iuristantum), sendo considerados v…lidos at€ prova em contr…rio, cabendoao particular o Žnus do questionamento sobre a ilegalidade.

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    €   Princ‚pio da Autotutela

    € Tamb€m denominado de princ†pio dasindicabilidade, significa afirmar que a Administra„•oPˆblica tem o poder de regular e verificar seus

     pr‡prios atos sem a necessidade da provoca„•o jurisdicional.

    € Esta possibilidade conferida ao Estado de rever ecorrigir seus pr‡prios atos administrativos pode ocorrer mediante um controle de legalidade, ocasionando a

    anula„•o do ato, ou um controle de m€rito, ocasionandouma revoga„•o do ato.

    €   Princ‚pio da Autotutela

    € Por€m, entende-se que n•o se trata de uma simplesfaculdade, mas de uma obriga„•o, tendo em vista aointeresse pˆblico em an…lise.

    € Desta forma, o princ†pio da autotutela cont€m, naverdade, um poder-dever de verificar e rever seus pr‡priosatos.

    Sˆmula 346, STF

    AAdministra„•o Pˆblica pode declarar a nulidadedos seus pr‡prios atos.Sˆmula 473, STFA Administra„•o pode anular seus pr‡prios atos, quando eivados de v†ciosque os tornem ilegais, porque deles n•o se originam direitos; ou revog…-los,

     por motivo de conveniŒncia ou oportunidade, respeitados os direitosadquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a aprecia„•ojudicial.

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    € Organograma dos Princ‚pios da Administra„†o P€blica

    PRINC”PIOS DAADMINISTRA‘’O

    P“BLICA

    Princ†piosConstitucionais

    B•sicos (art. 37 CF)

    Expl‚citos

    Impl‚citos

    Princ†piosInfraconstitucionais

    Expl‚citos

    Impl‚citos

    € Organograma dos Princ‚pios da Administra„†o P€blica

    Princ†piosInfra

    constitucionais

    Expl‚citos

    Improbidade Administrativa: Art. 4Ž, Lei nŽ 8.429/92

    Licita„‰es e Contratos: Art. 3Ž, Lei nŽ 8.666/93

    Servi„os Pˆblicos: Art. 6Ž, 1Ž, Lei nŽ 8.987/95

    Processo Administrativo: Art. 2Ž, Lei nŽ 9.784/99

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    €   Princ‚pios Infraconstitucionais Expl‚citos

    €   O ordenamento jur†dico administrativo revela inˆmeros princ†pios expl†citos, servindo para regulamentar aquelatem…tica em especial, como tamb€m funciona de vetor interpretativo para a Administra„•o Pˆblica.

    Sˆmula 346, STFAAdministra„•o Pˆblica pode declarar a nulidadedos seus pr‡prios atos.Sˆmula 473, STF

    A Administra„•o pode anular seus pr‡prios atos, quando eivados de v†ciosque os tornem ilegais, porque deles n•o se originam direitos; ou revog…-los, por motivo de conveniŒncia ou oportunidade, respeitados os direitosadquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a aprecia„•ojudicial.

    €   Princ‚pios Infraconstitucionais Expl‚citos

    €   Lei de Improbidade Administrativa n– 8.429/92 (LIA)

    Art. 4– Os agentes pˆblicos de qualquer n†vel ou hierarquias•o obrigados a velar pela estrita observŠncia dos princ†pios de legalidade, impessoalidade, moralidade e

     publicidade no trato dos assuntos que lhe s•o afetos.

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    €   Princ‚pios Infraconstitucionais Expl‚citos

    €   Lei de Licita„‰es e Contratos Administrativos n– 8.666/93

    Art. 3– A licita„•o destina-se a garantir a observŠncia do princ†pio constitucional da isonomia, a sele„•o da propostamais vantajosa para a administra„•o e a promo„•o dodesenvolvimento nacional sustent…vel e ser… processada e

     julgada em estrita conformidade com os princ†pios b…sicos dalegalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade,

    da publicidade, da probidade administrativa, da vincula„•o aoinstrumento convocat‡rio, do julgamento objetivo e dos que lhess•o correlatos.

    €   Princ‚pios Infraconstitucionais Expl‚citos

    € Lei dos Servi„os Pˆblicos n– 8.987/95

    € Disp‰e sobre o regime de concess•o e permiss•o da presta„•o de servi„os pˆblicos previsto no art. 175 daConstitui„•o Federal, e d… outras providŒncias.

    Art. 6– (...) 1 Servi„o adequado € o que satisfaz as condi„‰es de

    regularidade, continuidade, eficiŒncia, seguran„a,atualidade, generalidade, cortesia na sua presta„•o emodicidade das tarifas.

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    €   Princ‚pios Infraconstitucionais Expl‚citos

    € Lei do Processo Administrativo Federal n– 9.784/99

    € Regula o processo administrativo no Šmbito daAdministra„•o Pˆblica Federal.

    Art. 2– A Administra„•o Pˆblica obedecer…, dentre outros,aos princ†pios da legalidade, finalidade, motiva„•o,razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampladefesa, contradit‡rio, seguran„a jur†dica, interesse pˆblico e

    eficiŒncia.

    € Organograma dos Princ‚pios da Administra„†o P€blica

    Princ†piosInfra

    constitucionais

    Impl‚citos

    Princ†pio da Supremacia do Interesse Pˆblico

    Princ†pio da Indisponibilidade do Interesse Pˆblico

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    € Princ‚pios Infraconstitucionais Impl‚citos

    €   O ordenamento jur†dico administrativo tamb€m revelainˆmeros princ†pios impl†citos, servindo pararegulamentar aquele assunto em especial, comotamb€m funciona de vetor interpretativo para aAdministra„•o Pˆblica.

    € Dentre eles podemos citar dois em especial, o princ†pio dasupremacia do interesse pˆblico e o princ†pio daindisponibilidade do interesse pˆblico, pois mesmo

    sendo impl†citos funcionam de referŒncia para todos osdemais.

    € Princ‚pio da Supremacia do Interesse P€blico

    €   O princ†pio da supremacia do interesse pˆblico retrataque os interesses da coletividade possuem uma carga deimportŠncia maior do que os interesses dos particulares.Esta superioridade do interesse estatal em face dosinteresses privados € plenamente justific…vel emdecorrŒncia da fun„•o coletiva das a„‰es dos agentes

     pˆblicos.

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    € Princ‚pio da Supremacia do Interesse P€blico

    € A fim de legitimar a desigualdade jur†dica entre o exerc†cioda fun„•o estatal e a esfera privada, o ordenamento

     jur†dico prevŒ uma s€rie de prerrogativas inerentes aoPoder Pˆblico, tais como a presun„•o de legitimidade dosatos administrativos, a desapropria„•o, a requisi„•o de

     bens, os prazos processuais diferenciados, as cl…usulasexorbitantes em contratos administrativos, dentre outros.

    € Princ‚pio da Indisponibilidade do Interesse P€blico

    €   O princ†pio da indisponibilidade do interesse pˆblicoretrata que o interesse da coletividade n•o pode ser afastado em decorrŒncia do interesse dos gestoresestatais.

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    € Princ‚pio da Indisponibilidade do Interesse P€blico

    €   O interesse pˆblico € indispon†vel, € obrigado a ser seguido, n•o podendo ser dispensado em face do proveitoalheio.

    € No exerc†cio da fun„•o pˆblica os agentes pˆblicosagem n•o em nome pr‡prio, mas em nome dacoletividade, fazendo valer o interesse coletivo.

    € Por exemplo, n•o pode deixar de realizar concurso quandonecess…rio, n•o pode deixar de licitar quando necess…rio,

    dentre outros.

    € Princ‚pio da Indisponibilidade do Interesse P€blico

    €  OBSSERVA‘˜ES:€  Celso AntŽnio Bandeira de Mello ensina que os Princ†pios

    Infraconstitucionais Impl†citos podem ser denominados de superprinc„pios ou supraprinc„pios.

    €  Ambos os princ†pios possuem conota„•o relativa ( juris tantum), en•o absolutas ( juris et de jure).

    €  Desta forma, n•o existe supremacia absoluta do interesse

     pˆblico sobre o privado, nem indisponibilidade absoluta dointeresse pˆblico. Exemplos: art. 10, par…grafo ˆnico, Lei n10.259/01 (Juizados Especiais Federais); art. 23-A, Lei n–8.987/95 (Concess•o de Servi„os Pˆblicos).

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    € Organograma dos Princ‚pios da Administra„†o P€blica

    PRINC”PIOS DAADMINISTRA‘’O

    P“BLICA

    Princ†piosConstitucionais

    B•sicos (art. 37 CF)

    Expl‚citos

    Impl‚citos

    Princ†piosInfraconstitucionais

    Expl‚citos

    Impl‚citos

    € Organograma dos Princ‚pios da Administra„†o P€blica

    Princ†piosConstitucionais

    Impl‚citos

    Princ†pio do Devido Processo Legal

    Princ†pio do Contradit‡rio e Ampla DefesaPrinc†pio da Veda„•o da Prova Il†citaPrinc†pio da Presun„•o de InocŒnciaPrinc†pio da Razo…vel Dura„•o do ProcessoPrinc†pio do Concurso PˆblicoPrinc†pio da Licita„•o

    Princ†pio da Participa„•o Popular Princ†pio da Motiva„•o das Decis‰es Administrativas

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    €   Princ‚pios Constitucionais Impl‚citos

    €   Ao longo do texto constitucional tamb€m podem ser encontrados diversos princ†pios expl†citos ligados aAdministra„•o Pˆblica

    Sˆmula 346, STFAAdministra„•o Pˆblica pode declarar a nulidadedos seus pr‡prios atos.Sˆmula 473, STF A Administra„•o pode anular seus pr‡prios atos, quando

    eivados de v†ciosque os tornem ilegais, porque deles n•o se originam direitos; ou revog…-los, por motivo de conveniŒncia ou oportunidade, respeitados os direitosadquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a aprecia„•ojudicial.

    €   Princ‚pio do Devido Processo Legal (art. 5, LIV, CF)

    €   O devido processo legal ou   due process of law   €aquele estabelecido em lei, configurando umaverdadeira garantia para ambas as partes, ondevisualizam um processo administrativo tipificado edeterminado, sem supress•o de atos essenciais.

    CF/88

    Art. 5– (...)LIV - ningu€m ser… privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;

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    €   Princ‚pio do Contradit‰rio e da Ampla Defesa

    €   Contradit‡rio € a ciŒncia, € a bilateralidade, € oconhecimento de todos os atos praticados no processoadministrativo. Deve ser dada a possibilidade das

     partes influ†rem no convencimento do magistrado(binŽmio: ciŒncia e participa„•o).

    Art. 5– (...)LV aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, eaos acusados em geral s•o assegurados o contradit‡rio e

    ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;

    €   Princ‚pio do Contradit‰rio e da Ampla Defesa

    €   Para toda alega„•o f…tica ou apresenta„•o de prova,feito no processo por uma das partes, gera para oadvers…rio o direito de se manifestar, ocasionando umequil†brio entre a for„a imperativa do Estado e amanuten„•o do estado de inocŒncia.

    Lei n– 9.784/99

    Art. 2– A Administra„•o Pˆblica obedecer… dentre outros,aos princ†pios da legalidade, finalidade, motiva„•o,razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa,contradit‡rio, seguran„a jur†dica, interesse pˆblico eeficiŒncia.

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    €   Princ‚pio do Contradit‰rio e da Ampla Defesa

    €   Ampla defesa € dar a chance, a oportunidade para a outra parte envolvida no lit†gio se defender das alega„‰esrealizadas. Deve ser assegurada a ampla possibilidade dedefesa, lan„ando-se m•o dos meios e recursos dispon†veis.

    €   Princ‚pio do Contradit‰rio e da Ampla Defesa

    €   A doutrina costuma fazer uma divis•o did…tica doassunto: determina a ampla defesa como o gŒnero, enomeia a defesa t€cnica e autotutela como esp€cies.

    Ampla Defesa   Defesa t€cnica realizada por profissional habilitado

    Autodefesa realizada pelo pr‡prio imputado

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    €   Princ‚pio do Contradit‰rio e da Ampla Defesa

    OBSERVA‘’O

    €   Com rela„•o ‹ tem…tica da ampla defesa h… um choque deentendimento sumular entre os dois principais tribunaissuperiores do pa†s. A   S€mula 343 do STJ   menciona que ‚‚obrigatƒria a presenˆa de advogado em todas as fases do

     processo administrativo disciplinar ƒ.

    €   Princ‚pio do Contradit‰rio e da Ampla Defesa

    OBSERVA‘’O

    €   Por sua vez, a S€mula Vinculante 5 do STF  nos ensina que‚a falta de defesa t‚cnica por advogado no processoadministrativo disciplinar n•o ofende a Constituî •oƒ.

    €   Muito embora a sˆmula com efeitos vinculantes tenha for„acogente nos termos do art. 103-A da CF e parcela significativa dadoutrina administrativista se incline neste sentido, entendo que pela obrigatoriedade da presen„a do advogado em processosadministrativos disciplinares.

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    €   Princ‚pio da Veda„†o da Prova Il‚cita

    €   Assim como na esfera jurisdicional, a produ„•o probat‡ria na …rea administrativa tamb€m deve ser obtidade forma l†cita, seguindo as normas previamenteestabelecidas.

    CF/88Art. 5– (...)LVI - s•o inadmiss†veis, no processo, as provas obtidas por meios il†citos;

    Lei n 9.784/99Art. 30. S•o inadmiss†veis no processo administrativo as provas obtidas por meios il†citos.

    €   Princ‚pio da Veda„†o da Prova Il‚cita

    OBSERVA‘’O:

    €  No julgamento do MS 14405/DF, o STJ entendeu queapesar dos sigilos de correspondŒncia e dados telefŽnicoss‡ poderem ser quebrados nos casos de investiga„•ocriminal ou instru„•o de processos penais, tais provas

     podem ser emprestadas para Processo AdministrativoDisciplinar (PAD).

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    €   Princ‚pio da Presun„†o de Inocˆncia

    €   Na esfera administrativa tamb€m somos todos presumivelmente inocentes at€ o trŠnsito em julgado dadecis•o final acusat‡ria.

    € Vale ressaltar que, mesmo exaurido a viaadministrativa, ap‡s o trŠnsito em julgado da decis•o,ainda € poss†vel invocar a esfera jurisdicional, nos termosdo princ†pio da inafastabilidade.

    CF/88

    Art. 5– (...)LVII - ningu€m ser… considerado culpado at€ o trŠnsitoem julgado de senten„a penal condenat‡ria;

    €   Princ‚pio da Razo•vel Dura„†o do Processo

    €   O princ†pio da razo…vel dura„•o do processo, tamb€mdenominado de princ†pio da celeridade processual, foiintroduzido pela EC 45/04. A agilidade e adesburocratiza„•o do processo devem caminhar sempre

     juntas com a manuten„•o das garantias fundamentais docidad•o.

    CF/88Art. 5– (...)LXXVIII - a todos, no Šmbito judicial e administrativo,s•o assegurados a razo…vel dura„•o do processo e osmeios que garantam a celeridade de sua tramita„•o.

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    €   Princ‚pio do Concurso P€blico

    €   O princ†pio do concurso pˆblico tem por escopo preservar a moralidade pˆblica, pois atrav€s do sistemade m€rito, com crit€rios objetivos e t€cnicos, selecionaaqueles candidatos mais preparados para melhor desempenhar a fun„•o administrativa.

    CF/88Art. 37. (...)II - a investidura em cargo ou emprego pˆblico depende de aprova„•o

     pr€via em concurso pˆblico de provas ou de provas e t†tulos, deacordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego,na forma prevista em lei, ressalvadas as nomea„‰es para cargoem comiss•o declarado em lei de livre nomea„•o e exonera„•o;

    €   Princ‚pio da Licita„†o

    €   A licita„•o pˆblica tem conteˆdo principiol‡gico namedida em que, atrav€s da escolha da proposta maisvantajosa para a administra„•o, assegurandooportunidades iguais a todos os interessados, garante aobservŠncia da isonomia constitucional.

    CF/88

    Art. 37. (...)XXI - ressalvados os casos especificados na legisla„•o, as obras, servi„os,compras e aliena„‰es ser•o contratados mediante processo de licita„•o

     pˆblica que assegure igualdade de condi„‰es a todos os concorrentes, comcl…usulas que estabele„am obriga„‰es de pagamento, mantidas as condi„‰esefetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitir… asexigŒncias de qualifica„•o t€cnica e econŽmica indispens…veis ‹ garantia documprimento das obriga„‰es.

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    €   Princ‚pio da Participa„†o Popular

    €   O princ†pio da participa„•o popular € inerente ao pr‡prio Estado Democr…tico de Direito, pois atrav€s deinˆmeras ferramentas colocadas ‹ disposi„•o da sociedade,o administrado exerce um maior controle sobre acondu„•o do interesse pˆblico.

    €  Dentre eles est•o o direito de denunciar irregularidades‹s ouvidorias e corregedorias junto aos ‡rg•os

     pˆblicos, o acesso ‹s informa„‰es sobre atos do governo,

    a representa„•o contra atos irregulares doas agentes pˆblicos.

    €   Princ‚pio da Participa„†o Popular

    €  CF/88Art. 37. (...) 3 A lei disciplinar… as formas de participa„•o do usu…rio naadministra„•o pˆblica direta e indireta, regulando especialmente:I - as reclama„‰es relativas ‹ presta„•o dos servi„os pˆblicosem geral, asseguradas a manuten„•o de servi„os deatendimento ao usu…rio e a avalia„•o peri‡dica, externa einterna, da qualidade dos servi„os;

    II - o acesso dos usu…rios a registros administrativos e ainforma„‰es sobre atos de governo, observado o disposto no art.5, X e XXXIII;III - a disciplina da representa„•o contra o exerc†cio negligente ouabusivo de cargo, emprego ou fun„•o na administra„•o pˆblica.

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    €   Princ‚pio da Participa„†o Popular

    Lei n 9.784/99Art. 31. Quando a mat€ria do processo envolver assunto deinteresse geral, o ‡rg•o competente poder…, mediante despachomotivado, abrir per†odo de consulta pˆblica para manifesta„•ode terceiros, antes da decis•o do pedido, se n•o houver preju†zo

     para a parte interessada.

    Art. 32. Antes da tomada de decis•o, a ju†zo da autoridade,diante da relevŠncia da quest•o, poder… ser realizada audiŒncia

     pˆblica para debates sobre a mat€ria do processo.

    €   Princ‚pio da Participa„†o Popular

    Lei n 9.784/99Art. 31. Quando a mat€ria do processo envolver assunto deinteresse geral, o ‡rg•o competente poder…, mediante despachomotivado, abrir per†odo de consulta pˆblica para manifesta„•ode terceiros, antes da decis•o do pedido, se n•o houver preju†zo

     para a parte interessada.

    Art. 32. Antes da tomada de decis•o, a ju†zo da autoridade,diante da relevŠncia da quest•o, poder… ser realizada audiŒncia

     pˆblica para debates sobre a mat€ria do processo.

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    €   Princ‚pio da Participa„†o Popular

    Lei n 10.257/01Art. 40. O plano diretor, aprovado por lei municipal, € oinstrumento b…sico da pol†tica de desenvolvimento e expans•ourbana. 4 No processo de elabora„•o do plano diretor e nafiscaliza„•o de sua implementa„•o, os Poderes Legislativo eExecutivo municipais garantir•o:I a promo„•o de audiŒncias pˆblicas e debates com a

     participa„•o da popula„•o e de associa„‰es representativasdos v…rios segmentos da comunidade;

    Art. 43. Para garantir a gest•o democr…tica da cidade, dever•o ser utilizados, entre outros, os seguintes instrumentos:(...)II debates, audiŒncias e consultas pˆblicas;

    €   Princ‚pio da Motiva„†o das Decis…es Administrativas

    €   Os atos administrativos devem ser motivados. Comoas decis‰es exaradas na seara administrativa nada maiss•o do que atos administrativos dotados de car…ter resolutivo, tamb€m necessitam ser motivados.

    CF/88Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo TribunalFederal, dispor… sobre o Estatuto da Magistratura, observados osseguintes princ†pios:(...)X - as decis‰es administrativas dos tribunais ser•o motivadas e emsess•o pˆblica, sendo as disciplinares tomadas pelo voto da maioriaabsoluta de seus membros;

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    €   Princ‚pio da Motiva„†o das Decis…es Administrativas

    Lei n– 9.784/99Art. 2– A Administra„•o Pˆblica obedecer… dentre outros,aos princ†pios da legalidade, finalidade, motiva„•o,razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampladefesa, contradit‡rio, seguran„a jur†dica, interesse pˆblico eeficiŒncia.Par…grafo ˆnico. Nos processos administrativos ser•oobservados, entre outros, os crit€rios de:VII - indica„•o dos pressupostos de fato e de direito

    que dete