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EDITORA JUSPODIVM PRINCIPAIS ATUALIZAÇÕES JURISPRUDENCIAIS E LEGISLATIVAS MANUAL DE DIREITO CONSTITUCIONAL - NATHALIA MASSON 7ª edição (2019) NATHALIA MASSON Manual de DIREITO CONSTITUCIONAL PRINCIPAIS ATUALIZAÇÕES DA 6ª PARA A 7ª EDIÇÃO Estimado leitor, Este arquivo é uma diretriz indicativa das principais modificações que foram feitas para a 7ª edição (lançada no início do ano de 2019) do nosso Manual de Direito Constitucional. Não é um documento exaustivo: existem alterações que aqui não foram citadas. Procurei sinalizar as mais notáveis e valorosas para seu estudo; aquelas que realmente impactaram na obra (ou na interpretação até então predominante sobre certo assunto). Algumas reiterações na jurisprudência do STF também foram mencionadas, em razão da importância do tópico e do meu desejo de lhe revelar que nossa Corte Suprema seguiu pacífica relativamente àquela temática. Me preocupei em indicar, ainda, ações cujo julgamento encontra-se suspenso: certamente no transcorrer deste ano o STF decidirá em definitivo algumas delas, promovendo viradas paradigmáticas que vão transfigurar entendimentos que considerávamos sólidos. Preocupe-se em acompanhá-las. Em suma: utilize este material para atualizar sua edição anterior do nosso Manual, meu caro leitor. Esteja certo que em todos os próximos anos faremos esse mesmo trabalho, na tentativa de lhe manter informado das novidades fundamentais! Afinal, o desígnio central que orientou a produção deste documento foi o de abrir um novo canal de comunicação entre nós, reforçando nossa ligação mais elementar: a de estudar e pensar um Direito Constitucional vivo e dinâmico! Com abraços fraternos, despeço-me desejando-lhe um ano de 2019 marcado pela dedicação, pelo esforço e pela vontade de realizar seus sonhos! Nathalia Masson

DIREITO CONSTITUCIONAL€¦ · Marco Aurélio Bellizze, julgado em 08/05/2018 e noticiado no informativo 628 2. STJ, HC 402.752, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 15/05/2018

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Page 1: DIREITO CONSTITUCIONAL€¦ · Marco Aurélio Bellizze, julgado em 08/05/2018 e noticiado no informativo 628 2. STJ, HC 402.752, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 15/05/2018

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PRINCIPAIS ATUALIZAÇÕES JURISPRUDENCIAIS E LEGISLATIVAS MANUAL DE DIREITO CONSTITUCIONAL - NATHALIA MASSON 7ª edição (2019)

NATHALIA MASSON

Manual de

DIREITO

CONSTITUCIONAL

PRINCIPAIS ATUALIZAÇÕES DA 6ª PARA A 7ª EDIÇÃO

Estimado leitor,

Este arquivo é uma diretriz indicativa das principais modificações que foram feitas para a 7ª edição (lançada no início do ano de 2019) do nosso Manual de Direito Constitucional. Não é um documento exaustivo: existem alterações que aqui não foram citadas. Procurei sinalizar as mais notáveis e valorosas para seu estudo; aquelas que realmente impactaram na obra (ou na interpretação até então predominante sobre certo assunto).

Algumas reiterações na jurisprudência do STF também foram mencionadas, em razão da importância do tópico e do meu desejo de lhe revelar que nossa Corte Suprema seguiu pacífica relativamente àquela temática.

Me preocupei em indicar, ainda, ações cujo julgamento encontra-se suspenso: certamente no transcorrer deste ano o STF decidirá em definitivo algumas delas, promovendo viradas paradigmáticas que vão transfigurar entendimentos que considerávamos sólidos. Preocupe-se em acompanhá-las.

Em suma: utilize este material para atualizar sua edição anterior do nosso Manual, meu caro leitor. Esteja certo que em todos os próximos anos faremos esse mesmo trabalho, na tentativa de lhe manter informado das novidades fundamentais! Afinal, o desígnio central que orientou a produção deste documento foi o de abrir um novo canal de comunicação entre nós, reforçando nossa ligação mais elementar: a de estudar e pensar um Direito Constitucional vivo e dinâmico!

Com abraços fraternos, despeço-me desejando-lhe um ano de 2019 marcado pela dedicação, pelo esforço e pela vontade de realizar seus sonhos!

Nathalia Masson

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1ª ATUALIZAÇÃO: QUESTÕES NOVAS

- Em todos os capítulos foram inseridas questões do ano de 2018 com o gabarito

devidamente comentado.

2ª ATUALIZAÇÃO: ESQUEMAS

- Os seguintes capítulos foram complementados com novos esquemas/tabelas:

Cap. 05 (“Diretos e garantias individuais”)

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Cap. 12 (“Poder Legislativo”)

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Cap. 14 (“Poder Executivo” – atualização do esquema sobre foro dos Ministros

de Estado)

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Cap. 14 (“Poder Executivo” – atualização do esquema sobre responsabilização

dos Governadores)

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3ª ATUALIZAÇÃO: PRINCIPAIS INOVAÇÕES JURISPRUDENCIAIS

- Muitas foram as decisões proferidas por nossa Corte Suprema no ano de 2018. Neste item do arquivo listaremos, dentre as que foram inseridas na 7ª edição do Manual, as que reputamos mais relevantes.

Cap. 5: (“Direitos e Garantias Individuais”):

-

Mais recentemente, novas discussões a respeito desse relevante tema foram

prolatadas pelo Superior Tribunal de Justiça no julgamento de dois novos casos

interessantes.

O primeiro deles trata do direito ao esquecimento e a proteção da intimidade

em ambiente virtual. Por maioria, a 3ª Turma do STJ, determinou que os principais

sites que oferecem ferramentas de pesquisa na internet realizassem a desindexação de

conteúdos desabonadores referentes a certa pessoa, de modo que os resultados de

busca pelo seu nome deixassem de aparecer relacionados aos termos “fraude em

concurso para juiz”. A autora da ação sustentou ter sofrido danos sociais em razão de

notícias publicadas em 2007 que relacionavam o seu nome como participante de uma

suposta fraude no concurso da carreira da magistratura do Rio de Janeiro daquele ano.

E que, a despeito de ter sido inocentada da acusação pelo CNJ, passada mais de uma

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década do fato, as diversas notícias disponíveis online a seu respeito estariam

causando abalos à sua honra e dignidade.

A questão dividiu o Colegiado. Isto porque, o STJ possui entendimento consolidado

no sentido de “afastar a responsabilidade de buscadores da internet pelos resultados

de busca apresentados, reconhecendo a impossibilidade de lhe atribuir a função de

censor e impondo ao prejudicado o direcionamento de sua pretensão contra os

provedores de conteúdo, responsáveis pela disponibilização do conteúdo indevido na

internet”. Apesar disso, prevaleceu a convicção de que o Poder Judiciário pode e deve

intervir em situações excepcionais para “fazer cessar o vínculo criado, nos bancos de

dados dos provedores de busca, entre dados pessoais e resultados da busca, que não

guardam relevância para interesse público à informação, seja pelo conteúdo

eminentemente privado, seja pelo decurso do tempo1”.

O segundo precedente que merece destaque na atual jurisprudência do Superior

Tribunal de Justiça refere-se à uma decisão monocrática que concedeu ordem de

habeas corpus para diminuir a pena de um indivíduo condenado por tráfico de drogas.

Com fundamento na tese do direito ao esquecimento, o Ministro Rogerio Schietti Cruz

julgou inadequada a exasperação da pena-base do paciente por considerar que a

existência de condenação anterior, cuja pena fora extinta há mais de 25 anos, impede

o reconhecimento de maus antecedentes. O relator observou também que

(...) o reconhecimento do direito ao esquecimento dos condenados

que cumpriram integralmente a pena e, sobretudo, dos que foram

absolvidos em processo criminal, além de sinalizar uma evolução

cultural da sociedade, confere concretude a um ordenamento jurídico

que, entre a memória que é a conexão do presente com o passado e a

esperança que é o vínculo do futuro com o presente, fez clara opção

pela segunda.

E é por essa ótica que o direito ao esquecimento revela sua maior

nobreza, pois afirma-se, na verdade, como um direito à esperança, em

absoluta sintonia com a presunção legal e constitucional de

regenerabilidade da pessoa humana2.

1. REsp 1.660.168-RJ, Terceira Turma, Rel. Min. Nancy Andrighi, Rel. Ac.. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 08/05/2018 e

noticiado no informativo 628

2. STJ, HC 402.752, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 15/05/2018.

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Com efeito, a jurisprudência dos tribunais superiores e do STF é pacífica em

reconhecer a possibilidade da fixação da pena-base acima do mínimo legal quando o

réu possui outras condenações criminais cuja pena tenha sido extinta há mais de cinco

anos (art. 64, inciso I, do Código Penal). Isto porque, embora esse período de

depuração afaste os efeitos da reincidência, não o faz quanto aos maus antecedentes.

A controvérsia que o STJ enfrentou residia em saber se os efeitos dos maus

antecedentes devem se prolongar no tempo ad aeternum, acompanhando o indivíduo

por toda a sua vida ou se é necessário respeitar uma limitação temporal. As Turmas do

STF3 têm se dividido ao apreciar a questão, manifestando-se ora pela caducidade dos

maus antecedentes, ora pela não caducidade. Essa polêmica, contudo, pode ser

dirimida ainda em 2019, quando a Corte deverá proferir um pronunciamento definitivo

a respeito no julgamento do RE 593.8184 (com repercussão geral reconhecida) que

aborda exatamente esse assunto. Aguardemos.

(iii) No curso da Intervenção Federal decretada no Estado do Rio (em fevereiro de 2018

pelo então Presidente da República Michel Temer5), integrantes do Governo manifestaram a

3 Precedente favorável à caducidade: Habeas corpus. 2. Tráfico de entorpecentes. Condenação. 3. Aumento da pena-base.

Não aplicação da causa de diminuição do § 4º do art. 33, da Lei 11.343/06. 4. Período depurador de 5 anos estabelecido pelo

art. 64, I, do CP. Maus antecedentes não caracterizados. Decorridos mais de 5 anos desde a extinção da pena da condenação

anterior (CP, art. 64, I), não é possível alargar a interpretação de modo a permitir o reconhecimento dos maus antecedentes.

Aplicação do princípio da razoabilidade, proporcionalidade e dignidade da pessoa humana. 5. Direito ao esquecimento. 6.

Fixação do regime prisional inicial fechado com base na vedação da Lei 8.072/90. Inconstitucionalidade. 7. Ordem

concedida. (HC 126.315, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, julgado em 15/09/2015). Mais recentemente: HC

138.802, Rel.: Min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, julgado em 25/04/2017.

Precedente contrário à caducidade: Penal. Habeas Corpus substitutivo de revisão criminal. Crime de Furto. Maus

antecedentes. Peculiaridades da causa que autorizam a concessão da ordem de ofício. 1. A Primeira Turma do STF já decidiu

que condenações anteriores, alcançadas pelo decurso do prazo de 5 anos, embora afastem a reincidência, não impedem

os maus antecedentes. Precedente: ARE 925.136-AgR, Rel. Min. Edson Fachin. 2. Situação concreta em que o paciente está

condenado a 2 anos, 7 meses e 15 dias de reclusão, em regime fechado, por furto qualificado de um botijão de gás. Nessas

condições, ante o reduzido grau de reprovabilidade da conduta e atento à tese adotada pelo Plenário, nos HCs 123.734,

123.533 e 123.108, Rel. Min. Luís Roberto Barroso, a ordem deve ser concedida de ofício para, na linha de precedente

recente desta Primeira Turma (HC 137.217), fixar desde logo o regime aberto. 3. Habeas Corpus não conhecido. Ordem

concedida de ofício para fixar o regime aberto. (HC 144209, Rel. Min. Marco Aurélio, Rel. p/ acórdão: Min. Roberto Barroso,

Primeira Turma, julgado em 27/11/2018).

4. “Matéria penal. Fixação da pena-base. Circunstâncias judiciais. Maus antecedentes. Sentença condenatória extinta há mais

de cinco anos. Princípio da presunção de não-culpabilidade. Manifestação pelo reconhecimento do requisito de repercussão

geral para apreciação do recurso extraordinário. Tema 150 - RE 593818 RG, Rel. Min. Roberto Barroso (marcado para

apreciação em fevereiro de 2019). 5. Decreto n° 9.288/2018.

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intenção de requisitar ao Poder Judiciário mandados de busca e apreensão coletivos6 a fim de

viabilizar operações engendradas pelas forças de segurança na capital carioca. O assunto gerou

muita polêmica e dividiu opiniões. Os que se afirmam contrários à adoção de medida de tal

natureza sustentam que permitir a invasão indiscriminada de qualquer domicílio nas

localidades em que as operações são executadas, viola frontalmente não apenas a lei, mas

principalmente a Constituição Federal. O Código de Processo Penal (art. 243) enuncia de modo

claro os requisitos do mandado de busca e apreensão, que deve conter a especificação do

endereço e do morador, além de indicar o objetivo da busca e seus limites. Mandados que não

cumprirem tais requisitos serão, portanto, inconstitucionais por flagrante infringência ao

direito individual à inviolabilidade de domicílio, descrito no inciso XI do art. 5°, CF/88. Os

críticos destacam, também, que tais mandados usualmente atingem comunidades carentes,

fato que indica evidente e inaceitável seletividade – até porque, sabe-se que os chefes de

organizações criminosas muitas vezes se ocultam em bairros de elite; nada obstante, a medida

nunca é requerida em relação às regiões nobres. De outro lado, os posicionamentos favoráveis

à medida apontaram que a ordem de busca genérica é plenamente justificável face à

excepcionalidade da situação ocasionada pela grave crise da segurança pública enfrentada

pelo Estado do Rio de Janeiro.

Muito embora o Governo tenha abandonado a ideia de utilizar os mandados genéricos

durante a intervenção, o problema lançou luz nessa questão de extrema relevância no âmbito

dos direitos e garantias fundamentais. Por isso, o pronunciamento do Supremo Tribunal

Federal a respeito do assunto terá acentuada importância e deverá ocorrer por ocasião do

julgamento do Habeas Corpus Coletivo7 154.118 (Rel. Min. Gilmar Mendes), impetrado em

favor de todos os cidadãos moradores das regiões que possivelmente serão prejudicadas pela

eventual expedição de mandado genérico. Importante destacar que em parecer exarado no

referido writ, a Procuradoria Geral da República já opinou contrariamente à concessão da

ordem e favorável à possibilidade da medida considerando que a “inviolabilidade de domicílio

e a presunção de inocência hão de ser conciliadas com a tutela da segurança pública, todos

bens caros à CF/88, pelo que não há como se obstar em absoluto que os juízes criminais

possam, com base nos elementos que lhes são levados, decidirem se deferem, ou não,

mandados de busca coletivos, em determinada área de determinada cidade”. Por sua vez, o

Ministro Celso de Mello, apontou em entrevista que qualquer mandado de busca e apreensão

deve indicar onde a medida será cumprida. Ao ser questionado acerca da intenção do Governo

Michel Temer de requisitar mandados de busca e apreensão coletivos em operações em

comunidades carentes do Rio de Janeiro, o Ministro lembrou que o Processo Penal é a

salvaguarda das pessoas em geral e citou a regra legal, afirmando que “A lei é clara. O Código

6. Que, posteriormente, acabou recebendo do governo a intitulação “mandados com múltiplos alvos”, no intuito de conter a

enxurrada de críticas.

7. Mais informações sobre o cabimento de HC Coletivo no capítulo 9 desta obra, item 2.10.

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de Processo Penal, em seu artigo 243, exige que do mandado de busca e apreensão conste,

sempre que possível, o local objeto da busca. Essa é uma medida invasiva, intrusiva”.

O tema é controverso. Aguardemos a apreciação definitiva da nossa Corte Suprema sobre o

tema.

(iii) A 1ª Turma do STF, no MS 33.340, por maioria, entendeu que o envio de informações

ao TCU relativas a operações de crédito, originárias de recursos públicos, não é coberto pelo

sigilo bancário e que o acesso a tais dados é imprescindível à atuação do TCU na fiscalização

das atividades do BNDES. Em outras palavras, o repasse de informações para que o TCU atue

como órgão de controle externo não representa quebra de sigilo e sua negativa inviabilizaria o

pleno desempenho da missão constitucional da Corte de Contas.

- (v) O Plenário do STF, no MS 21.729, contudo, determinou que o MP está apto a

requisitar a quebra desse sigilo quando as informações bancárias forem referentes a

empréstimos e financiamentos concedidos com dinheiro público, pois neste caso os

dados não estão protegidos pelo direito à privacidade – afinal, não se pode alegar

sigilo diante do princípio da publicidade que rege a Administração Pública8. Tal

entendimento foi reforçado em decisão de setembro de 2017, quando a 2ª Turma

confirmou, no julgamento do Recurso Ordinário em Habeas Corpus (RHC) 133.118, que

o Ministério Público tem legitimidade para requisitar, diretamente às instituições

financeiras, informações bancárias de Município.

- (viii) Recomendamos que o leitor acompanhe a controvérsia suscitada no RE

1.055.941 a respeito da possibilidade de o Ministério Público obter diretamente dados

bancários e fiscais de contribuintes junto ao Fisco para fins penais. Em sua

manifestação no Plenário Virtual, o relator do recurso, Ministro Dias Toffoli, pontuou

que o STF, no julgamento das ADIs 2.390, ADI 2.286, ADI 2.397 e ADI 2859 (acima

comentado), no qual julgou constitucional o artigo 6º da LC 105/20019, “apenas

tangenciou” nos debates a possibilidade do compartilhamento das informações globais

8. Segundo o STF: “Não cabe ao Banco do Brasil negar, ao Ministério Público, informações sobre nomes de beneficiários de

empréstimos concedidos pela instituição, com recursos subsidiados pelo erário federal, sob invocação do sigilo bancário, em

se tratando de requisição de informações e documentos para instruir procedimento administrativo instaurado em defesa do

patrimônio público. Princípio da publicidade, art. 37 da Constituição. 6. No caso concreto, os empréstimos concedidos eram

verdadeiros financiamentos públicos, porquanto o Banco do Brasil os realizou na condição de executor da política creditícia

e financeira do Governo Federal, que deliberou sobre sua concessão e ainda se comprometeu a proceder à equalização da

taxa de juros, sob a forma de subvenção econômica ao setor produtivo, de acordo com a Lei nº 8.427/1992”.

9. Ver novamente os Informativos 814 e 815, STF.

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obtidas pelo Fisco para fins penais. Agora, o STF vai decidir se é constitucional o

compartilhamento com o Ministério Público, para fins penais, dos dados bancários e

fiscais de contribuintes obtidos pelo Fisco no exercício do dever de fiscalizar, sem a

intermediação prévia do Poder Judiciário. O Recurso teve sua repercussão geral

reconhecida pela Corte em abril de 2018 e ainda está pendente de julgamento10.

Aguardemos.

10. “TEMA 990 STF - Processual Penal. Compartilhamento com o Ministério Público, para fins penais, dos dados bancários e

fiscais do contribuinte, obtidos pelo Fisco no legítimo exercício de seu dever de fiscalizar, sem a intermediação do Poder

Judiciário. Transferência de informações em face da proteção constitucional da intimidade e do sigilo de dados. Art. 5º,

incisos X e XII, da Constituição Federal. Questão eminentemente constitucional. Matéria passível de repetição em inúmeros

processos, a repercutir na esfera do interesse público. Tema com repercussão geral”. (RE 1055941, Rel. Min. Dias Toffoli,

julgado em 12/04/2018).

11 ADI 5617/DF, Rel. Min. Edson Fachin, julgada em 15/3/2018 e noticiada no Informativo 894.

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- 4.4. Igualdade e identidade de gênero

Nada obstante as significativas transformações vivenciadas pela sociedade brasileira

nas três décadas de vigência da Constituição Cidadã de 1988 — seja no âmbito fático, seja no

espectro jurídico ou mesmo no universo de valores compartilhados pelos indivíduos —, o

debate a respeito da sexualidade e as diferentes formas de vivência das relações afetivas

pouco avançou.

Certamente isso se deve ao potencial divisivo e polarizador do assunto. Felizmente, no

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entanto, na seara constitucional a abordagem de tais questões tem se apresentado. Louva-se,

aliás, o fato de estar sendo conduzida pelo STF, no exercício do seu papel contramajoritário12,

de modo dissociado de dogmas ou paradigmas morais e religiosos.

Para repassarmos os principais pronunciamentos de nossa Corte Suprema acerca do tema,

lembremos que já em 200313, o Ministro Marco Aurélio, na condição de Presidente da Corte,

reconheceu direitos previdenciários a casais homoafetivos em decisão que pode ser apontada

como o embrião do entendimento de que entidade familiar não pode ser compreendida tão

somente como a união estável entre um homem e uma mulher – percepção que restou

consolidada alguns anos depois, em 2011, no julgamento da ADI 4.277 e da ADPF 13214.

Baseando-se em princípios cruciais (como os da dignidade da pessoa humana, da liberdade, da

autodeterminação, da igualdade, do pluralismo, da intimidade, da não discriminação e da

busca da felicidade) – foi reconhecido, por unanimidade, a qualquer pessoa o direito

fundamental à orientação sexual, proclamando-se a plena legitimidade jurídica da união

homoafetiva como entidade familiar. Ademais, não nos esqueçamos que foi esta a decisão que

oportunizou ao Conselho Nacional de Justiça a edição da Resolução n.º 175/2013, que proibiu,

em todo o país, que cartórios se recusassem a realizar o casamento entre casais do mesmo

sexo15.

O direito de cada pessoa vivenciar livremente a sua sexualidade representa, portanto,

uma faceta do direito à liberdade, à igualdade e à dignidade, vez que traduz-se no direito de

gerir a própria vida de maneira a alcançar maior bem-estar, sem que isto possa resultar em

quaisquer restrições de direitos. Foi nesse contexto que o STF ratificou que casais

homoafetivos possuem o direito de adotar crianças consoante as mesmas regras instituídas

para casais heteroafetivos. Ao negar seguimento ao Recurso Extraordinário (RE) 846.10216

interposto pelo o Ministério Público do Paraná – em que se sustentava a possibilidade de, em

processo de adoção, delimitar o sexo e a idade da criança a ser adotada por casais do mesmo

12. De acordo com Roberto Barroso, em sua atuação contramajoritária o Supremo Tribunal funciona como “instrumento de

mediação de forças políticas e de proteção dos direitos fundamentais”. No desempenho desse papel, a Corte Constitucional

age com um olhar atento às demandas da sociedade. Isso não significa, entretanto, em converter o “Judiciário em mais um

canal de política majoritária, subserviente à opinião pública ou pautado pelas pressões da mídia”. Ao contrário, o exercício

da jurisdição constitucional de forma correta e justa nem sempre trará popularidade à Corte. Para ilustrar, pensemos em

duas importantes decisões contrárias à opinião pública dominante que foram proferidas pelo STF: a que reconheceu as

uniões homoafetivas como entidades familiares e a que descriminalizou a interrupção da gestação de fetos anencefálicos.

Para o aprofundamento do assunto, recomendamos a leitura do texto do Ministro Barroso: “STF entre seus papeis

contramajoritário e representativo”. Disponível em <https://www.conjur.com.br/2013-jan-03/retrospectiva-2012-stf-entre-

papeis-contramajoritario-representativo>. Acesso em 15.12.2018.

13. STF - Petição 1.984-9 Rio Grande do Sul, Rel. Min. Marco Aurélio, julgada em fevereiro de 2003.

14

15 Para maiores informações, remetemos o leitor ao Capítulo 21 (Ordem Social), onde o assunto é mais detidamente analisado.

16 RE 846.102, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 05/03/2015.

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sexo – a Ministra Carmen Lúcia afirmou que o preenchimento dos requisitos estabelecidos

pelo Estatuto da Criança e do Adolescente é suficiente para qualquer pessoa estar habilitada à

adoção, independentemente da sua orientação sexual.

Nota-se que a visão estigmatizada construída socialmente a respeito da diversidade sexual

permeia, inclusive, instituições públicas e contribui amplamente para a perpetuação do

preconceito e da intolerância. Exemplo disso é que em 2017, o então Procurador-Geral da

República, Rodrigo Janot, ajuizou no STF diversas Arguições de Descumprimento de Preceito

Fundamental (ADPFs 460, 462, 465, 466 e 467) contra leis municipais que vedam políticas de

ensino sobre diversidade de gênero e orientação sexual. Distribuída ao Ministro Luís Roberto

Barroso, a ADPF 465 – que questiona dispositivo previsto na Lei 2.243/2016, do Município

Palmas no Tocantins – teve a medida cautelar deferida já em 2018 para suspender os efeitos

da norma impugnada, no trecho em que veda o ensino sobre gênero e sexualidade. O relator

asseverou ser dever do Estado assegurar um ensino plural, que prepare os indivíduos para a

vida em sociedade, sendo a educação o principal instrumento de superação da

incompreensão, do preconceito e da intolerância.

É na escola que se pode aprender que todos as pessoas são dignas de igual respeito e

consideração. O não enfrentamento do estigma e do preconceito nas escolas, principal espaço

de aquisição de conhecimento e de socialização das crianças, contribui para a perpetuação de

tais condutas e para a sistemática violação da autoestima e da dignidade de crianças e jovens.

Não tratar de gênero e de sexualidade na escola viola, portanto, o princípio da proteção

integral assegurado pela Constituição17.

Classificado por Maria Berenice Dias como um direito humano fundamental de primeira

geração, o direito à sexualidade diz respeito à intimidade e à vida privada das pessoas. Em sua

opinião, a “sexualidade integra a própria condição humana. Ninguém pode realizar-se como

ser humano se não tiver assegurado o respeito ao exercício da sua sexualidade, conceito que

compreende tanto a liberdade sexual como a liberdade à livre orientação sexual”18.

Frise-se, aliás, que esse direito abrange o de ostentar um nome que esteja em

consonância com a sua identidade sexual. Em razão disso, o STF19 reconheceu às pessoas

transgêneros o direito a alteração, no assento de registro civil de nome e gênero, ainda que

não realizado procedimento cirúrgico de transgenitalização ou de redesignação sexual. A

decisão foi proferida no âmbito da ADI 4275 que contou com sustentação oral feita por Gisele

17 ADPF 465 (MC), Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 24/08/2018

18

http://www.mariaberenice.com.br/manager/arq/(cod2_650)16__liberdade_sexual_e_direitos_humanos.pdf>. Acesso em

15.12.2018

19 ADI 4275/DF, Rel. orig. Min. Marco Aurélio, Red. p/ o acórdão Min. Edson Fachin, julgada em 28/2 e 1º/3/2018 e noticiada

no Informativo 892.

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Alessandra Schmidt e Silva, primeira advogada transexual20 a ser ouvida no Plenário da Corte.

Ajuizada pela Procuradoria Geral da República, a ação direta propugnou pela

interpretação conforme à Constituição Federal ao art. 58 da Lei 6.015/1973, que dispõe sobre

os registros públicos, no sentido de ser possível a alteração de prenome e gênero no registro

civil mediante averbação no registro original, independentemente de cirurgia de

transgenitalização. Entre os argumentos expostos, o PGR afirmou que “impor a cidadão a

manutenção de prenome em descompasso com a própria identidade atenta contra a

dignidade e compromete a interlocução com terceiros, em espaços públicos e privados”.

A Corte, em decisão unânime e histórica, reconheceu aos transgêneros, que assim o

desejarem, independentemente da cirurgia de transgenitalização, ou da realização de

tratamentos hormonais ou patologizantes, o direito à substituição de prenome e sexo

diretamente no registro civil.

Divergência, contudo, estabeleceu-se entre os Ministros no que se refere à necessidade

de decisão judicial para que tal mudança seja efetivada. Por fim, prevaleceu a tese a favor da

dispensa de ordem judicial. Destarte, restou assentado o entendimento de que

A identidade de gênero é manifestação da própria personalidade da pessoa humana e, como

tal, cabe ao Estado apenas o papel de reconhecê-la, nunca de constituí-la. A pessoa não deve

provar o que é, e o Estado não deve condicionar a expressão da identidade a qualquer tipo de

modelo, ainda que meramente procedimental.

Por último, vale destacar as palavras da então Presidente do Supremo, Ministra Cármen

Lúcia, considerando que o julgamento “marca mais um passo na caminhada pela efetivação

material do princípio da igualdade, no sentido da não discriminação e do não preconceito”.

Baseando seu voto no direito à honra, à imagem, à vida privada, bem como nos princípios

constitucionais da igualdade material, da liberdade, da dignidade e no direito de ser diferente,

ela afirmou “O Estado há que registrar o que a pessoa é, e não o que acha que cada um de

nós deveria ser, segundo a sua conveniência”.

20 Fonte:

http://www.ibdfam.org.br/noticias/6548/STF+reconhece+%C3%A0s+pessoas+trans+o+direito+de+altera%C3%A7%C3%A3o

+no+registro+civil+sem+necessidade+de+cirurgia+de+transgenitaliza%C3%A7%C3%A3o> Acesso em 15.12.2018

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21. RE 630.733, Plenário, Rel. Min. Gilmar Mendes.

22. RE 1058333-PR, Plenário,

23. Artigo 12 da Convenção Americana de Direitos Humanos “Liberdade de consciência e de religião 1. Toda pessoa tem direito

à liberdade de consciência e de religião. Esse direito implica a liberdade de conservar sua religião ou suas crenças, ou de

mudar de religião ou de crenças, bem como a liberdade de professar e divulgar sua religião ou suas crenças, individual ou

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coletivamente, tanto em público como em privado.”

24. “No que toca especificamente à liberdade de expressão religiosa, cumpre reconhecer, nas hipóteses de religiões que se

alçam a universais, que o discurso proselitista é da essência de seu integral exercício. De tal modo, a finalidade de alcançar o

outro, mediante persuasão, configura comportamento intrínseco a religiões de tal natureza. Para a consecução de tal

objetivo, não se revela ilícito, por si só, a comparação entre diversas religiões, inclusive com explicitação de certa

hierarquização ou animosidade entre elas”. (RHC 134682, Rel. Min. Edson Fachin, Primeira Turma, julgado em 29/11/2016 e

noticiada no Informativo 849)

25. ADI 2566, rel. p/ o ac. Min. Edson Fachin, julgada em 16/5/2018 e noticiada no Informativo 902.

26. HC 82.424- STF, Plenário, Rel. p/ o ac. Min. Maurício Corrêa, julgado em 17/9/2003.

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27. RHC 134682, Rel. Min. Edson Fachin, Primeira Turma, julgado em 29/11/2016 e noticiado no Informativo 849.

28. RHC 146.303/RJ, rel. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Dias Toffoli, julgado em 6/3/2018 e noticiado no Informativo 893.

29. Discurso proferido em 10 de dezembro de 2018 pela Ministra Rosa Weber, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, na

sessão solene de diplomação de Jair Bolsonaro e Hamilton Mourão como presidente e vice-presidente da República eleitos.

Disponível em: < http://www.justicaeleitoral.jus.br/arquivos/discurso-ministra-rosa-weber-sessao-solene-diplomacao-jair-

bolsonaro-10-12-2018>. Acesso em: 12.12.2018.

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Aguardemos o pronunciamento da Corte diante destes instigantes debates.

30. Nesse sentido: TOURINHO FILHO, Fernando da Costa. Processo Penal, Vol. III, 2011, p. 300.

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Em homenagem à segurança jurídica, o Tribunal Supremo, em modulação temporal de efeitos,

confirmou a validade dos interrogatórios realizados até a data de julgamento, ainda que o

interrogado tenha sido conduzido coercitivamente para participar do ato.

31. ADPF 395 (MC) / ADPF 444 (MC), Rel. Ministro Gilmar Mendes, julgadas em 19/12/2017.

32. ADPF 395/DF e ADPF 444/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgados em 13 e 14/6/2018 e noticiadas no Informativo 906.

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33. MARINONI, Luiz Guilherme; ARENHART, Sérgio Cruz; MITIDIERO, Daniel. Novo código de processo civil comentado. 3ª ed. São

Paulo: Revista dos Tribunais, 2017, p. 284.

34. “As modernas regras de processo, no entanto, ainda respaldadas pela busca da efetividade jurisdicional, em nenhuma

circunstância, poderão se distanciar dos ditames constitucionais, apenas sendo possível a implementação de comandos não

discricionários ou que restrinjam direitos individuais de forma razoável. Assim, no caso concreto, após esgotados todos os

meios típicos de satisfação da dívida, para assegurar o cumprimento de ordem judicial, deve o magistrado eleger medida

que seja necessária, lógica e proporcional. Não sendo adequada e necessária, ainda que sob o escudo da busca pela

efetivação das decisões judiciais, será contrária à ordem jurídica”. Trecho da ementa do RHC 97.876-SP, STJ.

35. STJ - RHC 97.876-SP, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, por unanimidade, julgado em 05/06/2018 e noticiado no Informativo 631

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Cap. 6 (“Direitos Sociais”):

-

36. Trecho retirado da petição inicial da ADI 5941

37. ADI 5941 (MC), Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 17/05/2018

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38. RE 629.053, Rel. Min. Marco Aurélio, red. p/ ac. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 10/10/2018 e noticiado no

Informativo 919.

39. RE 566.471 (RG)-RN, Rel. Min. Marco Aurélio, reconhecida a repercussão geral em 03.12.2007.

40. RE 657.718 (RG)-MG, Rel. Min. Marco Aurélio, reconhecida a repercussão geral em 17.11.2011.

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Cap. 8 (“Direitos Políticos e Partidos Políticos”):

41. STJ - EDcl no REsp 1.657.156, Rel. Min. Benedito Gonçalves, Primeira Sessão, julgado em 12/09/2018 e noticiado no

Informativo 633.

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Cap. 9 (“Ações Constitucionais”):

42. STJ - RHC 97.876-SP, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, por unanimidade, julgado em 05/06/2018 e noticiado no Informativo 631

43. Noticiado no informativo 888 do STF.

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No julgamento de um importante um caso concreto envolvendo o ex-ministro Antonio Palocci

Filho, o Supremo Tribunal Federal, em sua composição Plenária, concluiu por maioria de votos

que o relator de um habeas corpus pode decidir de ofício encaminhá-lo para julgamento ao

Plenário da Corte, não havendo necessidade de fundamentar sua decisão. Essa possibilidade

encontra-se prevista no art. 6º, II, “c” e no art. 21, XI, do Regimento Interno do STF. (HC

143.333/PR, Rel. Min. Edson Fachin, Plenário, julgado em 11 e 12/4/2018 e noticiado no

Informativo 897.

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44. STF - HC 157.604/RJ, Rel. Min. Gilmar Mendes, 2ª Turma, julgado em 4/9/2018 e noticiado no Informativo 914; HC

129.802/CE, Rel. Min. Edson Fachin, Tribunal Pleno, julgado em 18/12/2016; HC 118.459 AgR, Rel. Min. Ricardo

Lewandowski, Tribunal Pleno, julgado em 24/10/2013; (HC 97.009, Rel. Min. Marco Aurélio, Rel. p/ Acórdão: Min. Teori

Zavascki, Tribunal Pleno , julgado em 25/04/2013 45. STJ - AgRg no HC 463.728/SP, Rel. Min. Nefi Cordeiro, 6ª Turma, julgado em 02/10/2018; AgRg no HC 445.206/GO, Rel. Min.

Reynaldo Soares da Fonseca, 5ª Turma, julgado em 15/05/2018.

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Por fim, e para confirmar que o legislador segue atento e sensível à questão, vale informar que

em 20.12.2018 tivemos a edição da Lei nº 13.769/2018, que incluiu o art. 318-A no CPP, que

reafirmou a citada decisão do STF, ao prever: “Art. 318-A. A prisão preventiva imposta à

mulher gestante ou que for mãe ou responsável por crianças ou pessoas com deficiência será

substituída por prisão domiciliar, desde que: I - não tenha cometido crime com violência ou

grave ameaça a pessoa; II - não tenha cometido o crime contra seu filho ou dependente”47.

46. Antes da Lei 13.257/2016, para o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar exigia-se que a mulher estivesse gestante

a partir do 7º (sétimo) mês de gravidez ou que a gravidez fosse de alto risco. Agora, é suficiente que a investigada ou ré

esteja grávida para ter direito à prisão domiciliar, sendo desnecessário comprovar o tempo mínimo de gravidez ou o risco à

saúde da mulher ou do feto. Ademais, a Lei 13.257 acrescentou os incisos V e VI ao art. 318 do CPP: “Art. 318. Poderá o juiz

substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for: (...) V- mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade

incompletos; VI - homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12 (doze) anos de idade

incompletos”.

47. A única diferença entre a decisão do STF de fevereiro de 2018 para a construção legislativa de dezembro (Lei 13.769) refere-

se ao fato de que a Corte explicitou a possibilidade de a conversão não se dar em situações excepcionalíssimas, as quais

deverão ser devidamente fundamentadas pelos juízes que denegarem a conversão – enquanto o legislador não trouxe tão

previsão. Pensamos que um juiz poderá inadmitir a conversão e argumentar que está diante de uma situação

excepcionalíssima, tendo por base a decisão do STF que o autorizou a assim proceder.

48. STF - RMS 32.482/DF, Rel. orig. Min. Teori Zavaski, red. p/ o ac. Min. Edson Fachin, Segunda Turma, julgado em 21/8/2018 e

noticiado no Informativo 912.

49. STJ - AgRg na PET no REsp 1066996/DF, Rel. Ministro Nefi Cordeiro, Sexta Turma, julgado em 28/04/2015.

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Cap. 10 (“Organização Político-Administrativa do Estado”):

Relativamente a este inciso vale destacar que são inconstitucionais as leis estaduais,

distritais que versem sobre , inclusive bingos e loterias (tendo o

STF editado a súmula vinculante nº 0250 a fim de firmar este entendimento). Vale informar que,

apesar de SV 02 somente mencionar que os Estados e o DF não podem tratar do tema, o STF

confirmou (em outubro de 2018, na ADPF 337, noticiada no Informativo 920), que também é

inconstitucional lei municipal que cria concurso de prognósticos de múltiplas chances (loteria)

em âmbito local.

50. Súmula vinculante nº 2, STF: “É inconstitucional a lei ou ato normativo estadual ou distrital que disponha sobre sistemas de

consórcios e sorteios, inclusive bingos e loterias”.

51. Relatada pelo Min. Luiz Fux e noticiada no INF 856.

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(13) Por último, vale rememorar a decisão prolatada pela 2ª Turma do STF, no RE 1.052.719

AgR/PB52, no qual a Corte determinou a constitucionalidade de lei municipal que proíbe a

conferência de mercadorias realizada na saída de estabelecimentos comerciais localizados na

cidade. Entendeu a Corte que lei municipal que estabeleça não mais ser possível nova

conferência de mercadorias na saída depois de o cliente efetuar o pagamento nas caixas

registradoras da empresa é constitucional e não viola competência da União. Afinal, os

Municípios possuem competência para legislar sobre assuntos de interesse local, ainda que, de

modo reflexo, tratem de direito comercial ou do consumidor.

Cap. 12 (“Poder Legislativo”):

52. Relatado pelo Min. Ricardo Lewandowski, julgado em setembro de 2018 e noticiado no Informativo 917.

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O posicionamento do Min. Gilmar foi confirmado pelo Plenário em junho de 2018, quando a

Corte, por maioria, julgou procedente o pedido formulado nas referidas arguições de

descumprimento de preceito fundamental (ADPFs 395 e 444) para declarar a não recepção da

expressão “para o interrogatório” constante do art. 260 do CPP, e a incompatibilidade com a

Constituição Federal da condução coercitiva de investigados ou de réus para interrogatório,

sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de ilicitude

das provas obtidas, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado (ver Informativo 905).

53. Insta informar que em 5 de dezembro de 2016 foi promulgada a Lei nº 13.367, que alterou a Lei n° 1.579, de 18 de março de

1952, que dispõe sobre as Comissões Parlamentares de Inquérito.

54. De acordo com o site do STF: “Por unanimidade, o Plenário do Supremo Tribunal Federal, na sessão desta quinta-feira (26),

concedeu Mandado de Segurança (MS) 25.940 para determinar ao Senado Federal a retirada de dados de sua página na

Internet referentes à empresa Skymaster Airlines Ltda e diversos empresários. As informações disponibilizadas no site do

Senado foram obtidas mediante quebra dos sigilos bancário e fiscal da empresa, determinada pela Comissão Parlamentar

Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios. (...) No pedido, os advogados da empresa alegavam que o acesso à íntegra do

relatório da CPMI, bem como do voto em separado, possibilitavam a visualização e irrestrito conhecimento quanto aos

valores informados pelos seus clientes e dados bancários, cujo sigilo é assegurado pela Constituição Federal. Em seu voto, o

relator reiterou os fundamentos utilizados para a concessão do pedido de liminar, no sentido de que os dados obtidos por

meio de quebra de sigilo possuem destinação única e, por isso, devem ser mantidos sob reserva, restritos ao processo

investigatório em curso. Todos os ministros presentes à sessão acompanharam o relator”.

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55. Inq. 3357, STF, Rel. Celso de Mello, noticiado no Informativo 758.

56. Vale destacar que o Ministro Alexandre de Moraes ficou parcialmente vencido, tendo salientado, com relação ao então

Senador, que até que a jurisprudência fosse alterada, era entendimento do STF que parlamentar federal, mesmo se

licenciado para ocupar cargo de secretário estadual, por exemplo, detinha foro junto à Corte Suprema. Realmente era

entendimento do STF. Parece-nos, no entanto, que a citada decisão promoveu uma virada neste ponto da jurisprudência.

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57. A expressão engloba qualquer crime comum, incluindo os dolosos contra a vida. Conforme dispõe a súmula vinculante 45, a

competência constitucional do Tribunal do Júri só prevalece sobre o foro por prerrogativa de função estabelecido

exclusivamente pela constituição estadual, não prevalecendo diante do foro que tenha sido estabelecido na Constituição

Federal.

58. Não há foro especial para ações de natureza civil.

59. Rcl 1.150-PR, STF, Rel. Min. Gilmar Mendes. Nesse mesmo sentido, o autor: “Mesmo os inquéritos policiais devem correr no

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Supremo Tribunal. Se estão tendo curso em outra instância, cabe reclamação para obviar a usurpação de competência”

(MENDES, Gilmar Ferreira; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet COELHO, Inocêncio Mártires. Curso de Direito Constitucional. 5ª

ed. São Paulo: Saraiva, 2010, p. 1.034).

60. Karl Larenz, in Metodologia da ciência do direito.

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61. MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. 26ª ed. São Paulo: Atlas, 2010, p. 454.

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62. Súmula nº 394, STF: “Cometido o crime durante o exercício funcional, prevalece a competência especial por prerrogativa de

função, ainda que o inquérito ou a ação penal sejam iniciados após a cessação daquele exercício”.

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63. Noticiada no Informativo 606, STF.

64. Noticiada no Informativo 754, STF.

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Cap. 13 (“Processo Legislativo”):

65. Conforme a súmula nº 451, STF: “A competência especial por prerrogativa de função não se estende ao crime cometido

após a cessação definitiva do exercício funcional”.

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Cap. 14 (“Poder Executivo”):

66. Ao leitor que se interesse por estudar mais detalhadamente a importante decisão que o STF prolatou em maio/2018, na AP

(QO) 937, acerca do foro especial por prerrogativa de função, recomendamos que visite o item 6.6.3 do Capítulo 12 (Poder

Legislativo).

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67. Vale lembrar que as autoridades possuidoras de foro especial inscrito na Constituição Federal não irão a júri, sendo

julgadas pelo tribunal constitucionalmente estatuído. Por outro lado, aquelas autoridades cujo foro privilegiado é

estabelecido exclusivamente na Constituição estadual (como ocorre, via de regra, com vice-governadores, por exemplo),

caso pratiquem crime doloso contra a vida irão a júri. É este o exato teor da súmula vinculante 45 do STF: “A competência

constitucional do tribunal do júri prevalece sobre o foro por prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela

constituição estadual”.

68. Vice-Governador não tem prerrogativa de foro no STJ – será julgado pelo TJ do seu Estado, com base na Constituição

Estadual, mesmo em caso de substituição (que é temporária) do Governador. Porém, no caso de sucessão (vacância do

cargo) o Vice recebe a prerrogativa de Governador.

69. Art. 105, I, “a” CF/88.

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Cap. 16 (“Funções Essenciais à Justiça”):

70. Vale conferir a decisão prolatada na ADI 4.261-RO, STF, relatada pelo Min. Carlos Ayres Britto e noticiada no Informativo

594, STF.

71. Julgada em junho de 2018.

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Cap. 17 (“Controle de Constitucionalidade”):

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72. Lembremos que a eficácia erga omnes das decisões do STF em sede de controle difuso ainda é algo

incipiente na jurisprudência da Corte, sendo fruto de uma mutação constitucional do art. 52, X,

CF/88 (determinada em novembro de 2017, nas ADIs 3406 e 3470), que ainda precisa ser melhor

delineada pelo Tribunal Supremo.

73. ADI 3406/RJ e ADI 3470/RJ, Rel. Min. Rosa Weber, julgados em 29/11/2017 e noticiados no Informativo 886

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74. Trecho retirado do Informativo 886 do STF.

75. ADI 5084, relatada pela Min. Rosa Weber.

76. ADI 4420 ED-AgR, Rel. Min. Roberto Barroso, Plenário, julgado em 05/04/2018

77. Art. 103-A, § 2º e art. 103-B, § 4º da CF/88

78. Julgada em 25/4/2018 e noticiada no Informativo 899.

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79. Rel. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, julgada em 26/4/2018 e noticiada no Informativo 899.

80. ADI 3.706-MS, relatada pelo Min. Gilmar Mendes.

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Cap. 21 (“Ordem Social”):

81. Trecho retirado do Informativo 892 do STF.

82. Fonte: Acordo judicial sobre planos econômicos é homologado pelo Supremo Tribunal Federal. Disponível em:

<http://www.mpf.mp.br/pgr/noticias-pgr/acordo-judicial-sobre-planos-economicos-e-homologado-pelo-supremo-tribunal-

federal>. Acesso em: 25.12.2018

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Dispondo a respeito do , a Constituição da República estabelece no art. 207

que as obedecerão ao princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, sendo instituições possuidoras de: (i) autonomia didático-científica (de caráter principal, significa a liberdade no ato de ensinar, divulgar ideias e pensamentos); (ii) autonomia administrativa (de caráter acessório, assegura o direito de administrar seus assuntos internos e fixar a disciplina regente de suas relações com docentes, discentes e funcionários); e (iii) autonomia de gestão financeira e patrimonial (de caráter instrumental, representa a liberdade para gerir e utilizar seus bens e recursos próprios – o que não exime a instituição de, posteriormente, sofrer controle interno e externo quanto aos gastos).

A preocupação do constituinte originário com a educação é evidenciada pelo sistema de princípios e garantias assegurados pelo texto constitucional nos arts. 206 e 208. Os princípios alicerçam o exercício do ensino e prescrevem:

83. De acordo com o MEC “A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento de caráter normativo que define o

conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e

modalidades da Educação Básica. (...) a Base deve nortear os currículos dos sistemas e redes de ensino das Unidades

Federativas, como também as propostas pedagógicas de todas as escolas públicas e privadas de Educação Infantil, Ensino

Fundamental e Ensino Médio, em todo o Brasil. A Base estabelece conhecimentos, competências e habilidades que se espera

que todos os estudantes desenvolvam ao longo da escolaridade básica. Orientada pelos princípios éticos, políticos e estéticos

traçados pelas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica, a Base soma-se aos propósitos que direcionam a

educação brasileira para a formação humana integral e para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva”.

Diponível em <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/>. Acesso em 19/12/2018

84. A tese proposta pelo relator originário da ação (Min. Roberto Barroso) e que ficou, infelizmente, vencida, era a seguinte: “o

ensino religioso ministrado em escolas públicas deve ser de matricula efetivamente facultativa e ter caráter não

confessional, sendo vedada a admissão de professores na qualidade de representantes das religiões para ministrá-lo”.

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85. Vale recordar o teor da súmula vinculante nº 12 do STF, que determina: “A cobrança de taxa de matrícula nas universidades

públicas viola o disposto no art. 206, IV, da Constituição Federal.”

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86. RE 554.075 AgR, Rel. Min.ª Cármen Lúcia, julgado em 30/06/2009.

87. Noticiado no Informativo 737, STF.

88. RE 597.872 AgR, Rel. Min. Marco Aurélio, Primeira Turma, julgado em 03/06/2014

89. RE 500.171, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Tribunal Pleno, julgamento em 13/08/2008, com repercussão geral

reconhecida.

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90. Noticiado no Informativo 862, STF.

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91. Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 24/10/2018 e noticiado no Informativo 921.

92. ADPF 292/DF, Rel. Min. Luiz Fux e ADC 17/DF, Rel. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Roberto Barroso, jugados em

01/08/2018 e noticiadas no Informativo 909.

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93. Art. 246 do Código Penal: Deixar, sem justa causa, de prover à instrução primária de filho em idade escolar:

Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.

94. Relator original Min. Roberto Barroso, red. p/ o acórdão Min. Alexandre de Moraes, julgado em 12/9/2018 e noticiado no

Informativo 915.

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95. Fonte: Conjur: Ensino domiciliar só pode ser autorizado por lei específica, decide Supremo. Disponível em:

<https://www.conjur.com.br/2018-set-12/ensino-domiciliar-autorizado-lei-decide-supremo>. Acesso em 23.12.2018

96. A tese proposta pelo relator originário da ação (Min. Roberto Barroso) e que ficou, infelizmente, vencida, era a seguinte: “o

ensino religioso ministrado em escolas públicas deve ser de matricula efetivamente facultativa e ter caráter não

confessional, sendo vedada a admissão de professores na qualidade de representantes das religiões para ministrá-lo”.

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97. ADI 4439/DF, Rel. orig. Min. Roberto Barroso, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, julgada em 27/9/2017 e noticiada no

Informativo 879.