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8/3/2019 Direito Das Coisas 2011
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PS-GRADUAO EM DIREITO CIVI L
DIREITO DAS COISAS:UMA ABORDAGEM CONSTITUCIONAL ESOCIOLGICAProf. Ms. Azor Lopes da Silva JniorDoutorando em Sociologia (UNESP
FCLAr)
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CARACTERSTICAS DOS DIREITOS REAIS
1 poder de senhoria exercido pelo titular sobre a coisa
(bem, no sentido no axiolgico).2 atributivo, porque titularidade ao sujeito.
3 Tem como corolrio o direito de sequela e tem eficciaerga omnes.
4 limitado (numerus clausus) por tipicidade estrita.
5 Somente os direitos reais podem ser objeto de usucapio.
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MANIFESTO COMUNISTAKarl Marx e Friedrich Engels
Londres, 24 de junho de 1848
A caracterstica particular do comunismo no a abolio dapropriedade em geral, mas a abolio da propriedadeburguesa. Mas a propriedade privada atual, a propriedade
burguesa, a expresso final do sistema de produo eapropriao que baseado em antagonismos de classes, naexplorao de muitos por poucos. Nesse sentido, a teoria doscomunistas pode ser resumida nessa frase: abolio dapropriedade privada.[...]
Mas o trabalho assalariado cria propriedade para otrabalhador? De modo algum. Cria capital, ou seja, aqueletipo de propriedade que explora o trabalho assalariado e ques pode aumentar sob a condio de produzir novo trabalhoassalariado, a fim de explor-lo novamente. A propriedade
em sua forma atual baseia-se no antagonismo entre o capitale o trabalho assalariado. Examinemos os dois termos desse
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Horrorizai-vos porque queremos abolir a propriedade privada. Mas,em nossa sociedade, a propriedade privada j foi abolida para novedcimos da populao; se ela existe para alguns poucos precisamente porque no existe para esses nove dcimos. Acusai-
nos, portanto, de procurar destruir uma forma de propriedade cujacondio de existncia a abolio de qualquer propriedade para aimensa maioria da sociedade.
Em suma, acusai-nos de abolir a vossa propriedade. Pois bem, exatamente isso que temos em mente.
Desde o momento em que o trabalho no pode mais ser convertidoem capital, em dinheiro, em renda da terra, num poder social capazde ser monopolizado, isto , desde o momento em que a propriedadeindividual no pode ser transformada em propriedade burguesa, emcapital, dizeis que a individualidade est suprimida.
Deveis, pois, admitir que por indivduo entendeis apenas o burgus,o proprietrio burgus. Sem dvida, esse indivduo deve sersuprimido.
O comunismo no priva ningum do poder de apropriar-se dos
produtos da sociedade; o que faz priv-lo do poder de subjugar otrabalho alheio por meio dessa apropriao.
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Teoria SUBJETIVA (Savigny): corpus e animus o animus que distingue o possuidor do
detentor.
Teoria OBJETIVA (Ihering): Omnia ut dominum
gessisse(ter tudo feito como real proprietrio).
DA POSSE E DA PROPRIEDADE
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REFERENCIAIS TERICOS
Trait de la Possession en DroitRomain, Paris: Auguste Durand, 1866)
Friedrich Carl von Savigny (1779-1861) Rudolf von Ihering (1818-1892)
Teoria Simplificada da Posse.Bauru: Edipro, 2002.
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REFERENCIAIS TERICOS1. A posse como objeto de direito
2. A posse como condio de origem de um direito
3. A posse como fundamento de um direito
4. A posse como Direito
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REFERENCIAIS TERICOS1. TEORIA PURA DO DIREITO (HANS KELSEN)
1.1. A Justia e o Direito Natural
1.1.1. A frmula do suum cuiqueDar a cada um o que seu.
1.1.2. A Regra de Ouro
No fazer aos outros o que no gostaria que lhe fizessem1.1.3. O Imperativo Categrico de Kant
Aja de modo que sua moral possa ser uma lei universal
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DA POSSE E SUACLASSIFICAOPosse deteno
Posse Direta posse indireta
Posse Justa posse injusta
Posse composse
Posse de boa-f posse de m-f
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Art. 1.196. Considera-sepossuidor todo aquele que tem
de fato o exerccio, pleno ou no,de algum dos poderes inerentes propriedade.
DA POSSE E SUACLASSIFICAO
O legislador brasileiro, ao adotar a Teoria Objetiva de Ihering, definiu a posse como oexerccio de algum dos poderes inerentes propriedade (art. 1.196 do CC). O art. 1.219do CC reconheceu o direito indenizao pelas benfeitorias teis e necessrias, no caso
do possuidor de boa-f, alm do direito de reteno. O correlato direito indenizaopelas construes previsto no art. 1.255 do CC. O particular jamais exerce poderes depropriedade (art. 1.196 do CC) sobre imvel pblico, impassvel de usucapio (art. 183, 3, da CF). No poder, portanto, ser considerado possuidor dessas reas, seno merodetentor. Essa impossibilidade, por si s, afasta a viabilidade de indenizao por acessesou benfeitorias, pois no prescindem da posse de boa-f (arts. 1.219 e 1.255 do CC) (REsp945055 / DF. Relator Ministro HERMAN BENJAMIN. SEGUNDA TURMA. 02/06/2009).
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Art. 1.197. A posse direta, de
pessoa que tem a coisa em seu
poder, temporariamente, em
virtude de direito pessoal, ou real,
no anula a indireta, de quemaquela foi havida, podendo o
possuidor direto defender a sua
DA POSSE E SUA CL ASSIFICAO
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Art. 1.198. Considera-se detentor aquele
que, achando-se em relao de
dependncia para com outro, conserva a
posse em nome deste e em cumprimento
de ordens ou instrues suas.
Pargrafo nico - Aquele que comeou a
comportar-se do modo como prescreve
este artigo, em relao ao bem e outra
pessoa, presume-se detentor, at que
DA POSSE E SUACLASSIFICAO
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Art. 1.199. Se duas ou mais pessoas
possurem coisa indivisa, podercada uma exercer sobre ela atos
possessrios, contanto que no
excluam os dos outroscompossuidores.
DA POSSE E SUACLASSIFICAO
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Art. 1.200. justa a posse que no for
violenta, clandestina ou precria.
Art. 1.201. de boa-f a posse, se opossuidor ignora o vcio, ou o obstculo
que impede a aquisio da coisa.
Pargrafo nico - O possuidor com justottulo tem por si a presuno de boa-f,
salvo prova em contrrio, ou quando a lei
expressamente no admite esta
DA POSSE E SUACLASSIFICAO
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Art. 1.202. A posse de boa-f sperde este carter no caso e desde omomento em que as circunstncias
faam presumir que o possuidor noignora que possuiindevidamente.
Art. 1.203. Salvo prova em contrrio,entende-se manter a posse o
mesmo carter com que foiad uirida.
DA POSSE E SUACLASSIFICAO
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Art. 1.204. Adquire-se a posse desde o momento emque se torna possvel o exerccio, em nome prprio, de
qualquer dos poderes inerentes propriedade.
Art. 1.205. A posse pode ser adquirida:
I - pela prpria pessoa que a pretende ou por seu
representante;
II - por terceiro sem mandato, dependendo deratificao.
Art. 1.206. A posse transmite-se aos herdeiros ou
DA POSSE E SUA AQUISIO
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Art. 1.207. O sucessor universal continua de direitoa posse do seu antecessor; e ao sucessor singular
facultado unir sua posse do antecessor, para os
efeitos legais.
Art. 1.208. No induzem posse os atos de mera
permisso ou tolerncia assim como no
autorizam a sua aquisio os atos violentos, ouclandestinos, seno depois de cessar a violncia ou
a clandestinidade.
DA POSSE E SUA AQUISIO
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Art. 1.210. O possuidor tem direito a ser mantidona posse em caso de turbao, restitudo no deesbulho, e segurado de violncia iminente, se
tiver justo receio de ser molestado.
1 O possuidor turbado, ou esbulhado, podermanter-se ou restituir-se por sua prpria fora,
contanto que o faa logo; os atos de defesa, oude desforo, no podem ir alm do indispensvel manuteno, ou restituio da posse.
2 No obsta manuteno ou reintegrao na
DOS EFEITOS DA POSSE
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Art. 1.217. O possuidor de boa-f noresponde pela perda ou deteriorao da
coisa, a que no der causa.
Art. 1.218. O possuidor de m-f
responde pela perda, ou deteriorao dacoisa, ainda que acidentais, salvo seprovar que de igual modo se teriam
dado, estando ela na posse do
DOS EFEITOS DA POSSE
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Art. 1.219. O possuidor de boa-f tem direito indenizao das benfeitorias necessrias eteis, bem como, quanto s volupturias, se
no lhe forem pagas, a levant-las, quando opuder sem detrimento da coisa, e poder exercero direito de reteno pelo valor das benfeitoriasnecessrias e teis.
Art. 1.220. Ao possuidor de m-f seroressarcidas somente as benfeitorias
necessrias; no lhe assiste o direito de
DOS EFEITOS DA POSSE
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Art. 1.223. Perde-se a posse quandocessa, embora contra a vontade dopossuidor, o poder sobre o bem, ao
qual se refere o art. 1.196.
Art. 1.224. S se considera perdida a
posse para quem no presenciou oesbulho, quando, tendo notcia dele,se abstm de retornar a coisa, ou,
tentando recuper-la, violentamente
DA PERDA DA POSSE
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DA POSSE E SUA CL ASSIFICAOa) A posse direta no anula a indireta; portanto, o
possuidor direto poder defender a sua posse, aindaque seja contra o possuidor indireto.
b) A posse de boa-f s perde esse carter quando dotrnsito em julgado da sentena proferida em aopossessria.
c) Sendo possuidor todo aquele que tem de fato oexerccio, pleno ou no, de algum dos poderesinerentes propriedade, no possvel adquirir possemediante representao.
d) O possuidor pode intentar ao de esbulho contraquem tenha praticado tal ato, mas no pode intent-la contra o terceiro que tenha recebido a coisa esbulhada,ainda sabendo que o era, por no ser o terceiro uma
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DA POSSE E SUA CL ASSIFICAOSmula 621 do STF
No enseja embargos de terceiro penhora a promessa decompra e venda no inscrita no registro de imveis.
Smula 84 do STJ admissivel a oposio de embargos de terceiro fundadosem alegao de posse advinda do compromisso de compra evenda de imovel, ainda que desprovido do registro.
admissvel, portanto, a oposio de embargos de terceirofundados em alegao de posse indireta advinda do
compromisso de compra e venda de imvel, ainda quedesprovido do registro. As hipteses em que se constatarm-f devero ser adequadamente combatidas pelo PoderJudicirio, o que no ocorre neste processo (RECURSO ESPECIALN 908.137 RS. 20/10/2009. Ministra NANCY ANDRIGHI ).
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DA POSSE E SUA CL ASSIFICAODECRETO-LEI N 58, DE 10 DE DEZEMBRO DE1937.
Regulamento Dispe sobre o loteamento e a venda deterrenos para pagamento em prestaes.
Art. 22. Os contratos, sem clusula de arrependimento,de compromisso de compra e venda e cesso dedireitos de imveis no loteados, cujo preo tenha sido
pago no ato de sua constituio ou deva s-lo em uma,ou mais prestaes, desde que, inscritos a qualquertempo, atribuem aos compromissos direito realoponvel a terceiros, e lhes conferem o direito deadjudicao compulsria nos termos dos artigos 16
desta lei, 640 e 641 do Cdigo de Processo Civil.
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PROTEO CONSTITUCIONAL DAPROPRIEDADEDOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
Art. 5 Todos so iguais perante a lei, sem distino de qualquer natureza, garantindo-
se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no Pas a inviolabilidade do direito
vida, liberdade, igualdade, segurana e propriedade, nos termos seguintes:
[...]
XXII - garantido o direito de propriedade;
XXIII - a propriedade atender a sua funo social;
XXIV - a lei estabelecer o procedimento para desapropriao por necessidade ou
utilidade pblica, ou por interesse social, mediante justa e prvia indenizao em
dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituio;
XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela
famlia, no ser objeto de penhora para pagamento de dbitos decorrentes de sua
atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento;
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PROTEO CONSTITUCIONAL DAPROPRIEDADEREsp 1007070 / RS. Ministro MASSAMI UYEDA . DJe 01/10/2010 LEXSTJ
vol. 256 p. 78No h, at o momento, no ordenamento jurdico nacional, lei que defina, para efeitos de
impenhorabilidade, o que seja "pequena propriedade rural". A despeito da lacuna legislativa, certo que referido direito fundamental, conforme preceitua o 1, do artigo 5 da Constituio Federal,
tem aplicao imediata. Deve-se, por conseqncia, extrair das leis postas de cunho agrrio
exegese que permita conferir proteo propriedade rural (tida por pequena - conceito, como visto,
indefinido) e trabalhada pela famlia.
O conceito de mdulo rural, ainda que absolutamente distinto da definio de frao mnima deparcelamento, seja quanto ao contedo, seja quanto finalidade dos institutos, conforme, alis, esta a.
Corte j decidiu (ut REsp 66672/RS, Relator Ministro Ruy Rosado de Aguiar, DJ. 15/08/1995), , na
prtica, indistintamente tomado por aquela.
A definio do mdulo fiscal efetuada pelo Estatuto da Terra, alm de considerar os fatores especficos
da explorao econmica prpria da regio, imprescindveis para o bom desenvolvimento da atividadeagrcola pelo proprietrio do imvel, utiliza tambm, em sua mensurao, o conceito de propriedade
familiar (mdulo rural), como visto, necessrio, indiscutivelmente, caracterizao da pequena
propriedade rural para efeito de impenhorabilidade.
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PROTEO CONSTITUCIONAL DAPROPRIEDADEREsp 1007070 / RS. Ministro MASSAMI UYEDA . DJe 01/10/2010 LEXSTJ
vol. 256 p. 78Por definio legal, um mdulo fiscal deve abranger, de acordo com as condies especficas decada regio, uma poro de terras, mnima e suficiente, em que a explorao da atividade
agropecuria mostre-se economicamente vivel pelo agricultor e sua famlia, o que, como visto,
bem atende ao preceito constitucional afeto impenhorabilidade.
A Lei n. 8.629/93, ao regulamentar o artigo 185 da Constituio Federal, que, ressalte-se, trata
de desapropriao para fins de reforma agrria, e definir o que seja "pequena propriedaderural", o fez to-somente para efeitos daquela lei.
Veja-se que, se um mdulo fiscal, definido pelo Estatuto da Terra, compreende a extenso de
terras rurais, mnima, suficiente e necessria, de acordo com as especificidades da regio, para
que o proprietrio e sua famlia desenvolvam a atividade econmica inerente ao campo, no h
razo para se adotar o conceito de pequena propriedade rural constante da Lei n. 8.626/93
(voltado desapropriao para fins de reforma agrria), o qual simplesmente multiplica
em at quatro vezes a poro de terra que se reputa mnima e suficiente.
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PROTEO CONSTITUCIONAL DAPROPRIEDADELEI N 8.009, DE 29 DE MARO DE 1990.
Dispe sobre a impenhorabilidade do bem de famlia.
Art. 1 O imvel residencial prprio do casal, ou da entidade familiar, impenhorvel e no
responder por qualquer tipo de dvida civil, comercial, fiscal, previdenciria ou de outra
natureza, contrada pelos cnjuges ou pelos pais ou filhos que sejam seus proprietrios e nele
residam, salvo nas hipteses previstas nesta lei.Pargrafo nico. A impenhorabilidade compreende o imvel sobre o qual se assentam a
construo, as plantaes, as benfeitorias de qualquer natureza e todos os equipamentos,
inclusive os de uso profissional, ou mveis que guarnecem a casa, desde que quitados.
Art. 4 [...]
2 Quando a residncia familiar constituir-se em imvel rural, a impenhorabilidade restringir-
se- sede de moradia, com os respectivos bens mveis, e, nos casos do art. 5, inciso XXVI, da
Constituio, rea limitada como pequena propriedade rural.
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PROTEO CONSTITUCIONAL DAPROPRIEDADELEI N 8.629, DE 25 DE FEVEREIRO DE 1993.
Dispe sobre a regulamentao dos dispositivos constitucionais relativos reforma
agrria, previstos no Captulo III, Ttulo VII, da Constituio Federal.
Art. 1 Esta lei regulamenta e disciplina disposies relativas reforma agrria,
previstas no Captulo III, Ttulo VII, da Constituio Federal.
Art. 2 A propriedade rural que no cumprir a funo social prevista no art. 9
passvel de desapropriao, nos termos desta lei, respeitados os dispositivos
constitucionais.
1 Compete Unio desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrria,
o imvel rural que no esteja cumprindo sua funo social.
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PROTEO CONSTITUCIONAL DAPROPRIEDADELEI N 8.629, DE 25 DE FEVEREIRO DE 1993.
Dispe sobre a regulamentao dos dispositivos constitucionais relativos reformaagrria, previstos no Captulo III, Ttulo VII, da Constituio Federal.
Art. 4 Para os efeitos desta lei, conceituam-se:
I - Imvel Rural - o prdio rstico de rea contnua, qualquer que seja a sua localizao,
que se destine ou possa se destinar explorao agrcola, pecuria, extrativa vegetal,
florestal ou agro-industrial;
II - Pequena Propriedade - o imvel rural:
a) de rea compreendida entre 1 (um) e 4 (quatro) mdulos fiscais;
III - Mdia Propriedade - o imvel rural:
a) de rea superior a 4 (quatro) e at 15 (quinze) mdulos fiscais;
Pargrafo nico. So insuscetveis de desapropriao para fins de reforma agrria a
pequena e a mdia propriedade rural, desde que o seu proprietrio no possua outra
propriedade rural.
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PROTEO CONSTITUCIONAL DAPROPRIEDADELEI N 8.629, DE 25 DE FEVEREIRO DE 1993.
Dispe sobre a regulamentao dos dispositivos constitucionais relativos reformaagrria, previstos no Captulo III, Ttulo VII, da Constituio Federal.
Art. 2. [...]
6. O imvel rural de domnio pblico ou particular objeto de esbulho possessrio ou invaso
motivada por conflito agrrio ou fundirio de carter coletivo no ser vistoriado, avaliado ou
desapropriado nos dois anos seguintes sua desocupao, ou no dobro desse prazo, em caso de
reincidncia; e dever ser apurada a responsabilidade civil e administrativa de quem concorra com
qualquer ato omissivo ou comissivo que propicie o descumprimento dessas vedaes. (
Includo pela Medida Provisria n 2.183-56, de 2001, combatido pela ADI 2.213-DF)
SMULA 354 STJ (25/06/2008)
A invaso do imvel causa de suspenso do processo expropriatrio para fins
de reforma agrria.
http://var/www/apps/conversion/current/tmp/scratch25030/STF_FUN??O%20SOCIAL%20DA%20PROPRIEDADE.pdfhttp://var/www/apps/conversion/current/tmp/scratch25030/STF_FUN??O%20SOCIAL%20DA%20PROPRIEDADE.pdf8/3/2019 Direito Das Coisas 2011
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CONCEITO DE MDULO FISCAL.
Unidade de medida expressa em hectares, fixada para cada municpio, considerando os
seguintes fatores:
Tipo de explorao predominante no municpio;
Renda obtida com a explorao predominante;
Outras exploraes existentes no municpio que, embora no predominantes, sejamsignificativas em funo da renda ou da rea utilizada; e
Conceito de propriedade familiar.
O Mdulo Fiscal, vigente de cada municpio, foi fixado pelos seguintes atos normativos: Instrues
Especiais/INCRA N 19/80, 20/80, 23/82, 27/83, 29/84, 32/85, 33/86 e 37/87; Portaria/MIRAD n 665/88 e
33/89; Portaria MA n 167/89; Instruo Especial/INCRA n 39/90, Portaria Interministerial MEFP/MARA n
308/91 e n 404/93; Instruo Especial INCRA n 51/97, Instruo Especial INCRA N 1/2001e Instruo
Especial INCRA N 03/2005.
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FUNO SOCIAL DA PROPRIEDADELEI N 4.504, DE 30 DE NOVEMBRO DE 1964.
Estatuto da Terra
Art. 2 assegurada a todos a oportunidade de acesso propriedade da terra,
condicionada pela sua funo social, na forma prevista nesta Lei.
1 A propriedade da terra desempenha integralmente a sua funo socialquando, simultaneamente:
a) favorece o bem-estar dos proprietrios e dos trabalhadores que nela labutam,
assim como de suas famlias;
b) mantm nveis satisfatrios de produtividade;
c) assegura a conservao dos recursos naturais;d) observa as disposies legais que regulam as justas relaes de trabalho entre
os que a possuem e a cultivem.
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FUNO SOCIAL DA PROPRIEDADELEI N 4.504, DE 30 DE NOVEMBRO DE 1964.
Estatuto da Terra
2 dever do Poder Pblico:
a) promover e criar as condies de acesso do trabalhador rural propriedade da
terra economicamente til, de preferncia nas regies onde habita, ou, quando ascircunstncias regionais, o aconselhem em zonas previamente ajustadas na forma
do disposto na regulamentao desta Lei;
b) zelar para que a propriedade da terra desempenhe sua funo social,
estimulando planos para a sua racional utilizao, promovendo a justaremunerao e o acesso do trabalhador aos benefcios do aumento da
produtividade e ao bem-estar coletivo.
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FUNO SOCIAL DA PROPRIEDADELEI N 4.504, DE 30 DE NOVEMBRO DE 1964.
Estatuto da Terra
Art. 12. propriedade privada da terra cabe intrinsecamente uma funo social e
seu uso condicionado ao bem-estar coletivo previsto na Constituio Federal e
caracterizado nesta Lei.Art. 13. O Poder Pblico promover a gradativa extino das formas de ocupao
e de explorao da terra que contrariem sua funo social.
Art. 16. A Reforma Agrria visa a estabelecer um sistema de relaes entre o
homem, a propriedade rural e o uso da terra, capaz de promover a justia social,
o progresso e o bem-estar do trabalhador rural e o desenvolvimento econmicodo pas, com a gradual extino do minifndio e do latifndio.
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PROTEO CONSTITUCIONAL DAPROPRIEDADEDOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
Art. 153. Compete Unio instituir impostos sobre: [...]
VI - propriedade territorial rural;
[...]
4 O imposto previsto no inciso VI do caput:
I - ser progressivo e ter suas alquotas fixadas de forma a desestimular a
manuteno de propriedades improdutivas;
II - no incidir sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as explore
o proprietrio que no possua outro imvel;
III - ser fiscalizado e cobrado pelos Municpios que assim optarem, na forma da
lei, desde que no implique reduo do imposto ou qualquer outra forma de
renncia fiscal.
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PROTEO CONSTITUCIONAL DAPROPRIEDADEDOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
Art. 156. Compete aos Municpios instituir impostos sobre:
I - propriedade predial e territorial urbana;
1 Sem prejuzo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, 4,
inciso II, o imposto previsto no inciso I poder:
I - ser progressivo em razo do valor do imvel; e
II - ter alquotas diferentes de acordo com a localizao e o uso do imvel.
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PROTEO CONSTITUCIONAL DAPROPRIEDADETTULO VII
DA ORDEM ECONMICA E FINANCEIRA
CAPTULO I
DOS PRINCPIOS GERAIS DA ATIVIDADE ECONMICA
Art. 170. A ordem econmica, fundada na valorizao do trabalho humano e nalivre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existncia digna, conforme os
ditames da justia social, observados os seguintes princpios:
[...]
II - propriedade privada;
III - funo social da propriedade;.
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PROTEO CONSTITUCIONAL DAPROPRIEDADEArt. 176. As jazidas, em lavra ou no, e demais recursos minerais e os potenciais
de energia hidrulica constituem propriedade distinta da do solo, para efeito de
explorao ou aproveitamento, e pertencem Unio, garantida ao concessionrio
a propriedade do produto da lavra.
[...] 2 - assegurada participao ao proprietrio do solo nos resultados da lavra,
na forma e no valor que dispuser a lei.
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PROTEO CONSTITUCIONAL DAPROPRIEDADEArt. 182. A poltica de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Pblico
municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o
pleno desenvolvimento das funes sociais da cidade e garantir o bem- estar
de seus habitantes.
1 - O plano diretor, aprovado pela Cmara Municipal, obrigatrio para
cidades com mais de vinte mil habitantes, o instrumento bsico da poltica de
desenvolvimento e de expanso urbana.
2 - A propriedade urbana cumpre sua funo social quando atende s
exigncias fundamentais de ordenao da cidade expressas no plano diretor.
3 - As desapropriaes de imveis urbanos sero feitas com prvia e justa
indenizao em dinheiro.
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PROTEO CONSTITUCIONAL DAPROPRIEDADEArt. 182. [...] 4 - facultado ao Poder Pblico municipal, mediante lei especfica para rea
Acrescentada no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietrio
do solo urbano no edificado, subutilizado ou no utilizado, que promova seu
adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:
I - parcelamento ou edificao compulsrios;
II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no
tempo;
III - desapropriao com pagamento mediante ttulos da dvida pblica de
emisso previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate deat dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real
da indenizao e os juros legais.
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PROTEO CONSTITUCIONAL DAPROPRIEDADEArt. 183. Aquele que possuir como sua rea urbana de at duzentos e
cinqenta metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem
oposio, utilizando-a para sua moradia ou de sua famlia, adquirir-lhe- o
domnio, desde que no seja proprietrio de outro imvel urbano ou rural.
1 - O ttulo de domnio e a concesso de uso sero conferidos ao homem ou
mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil.
2 - Esse direito no ser reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez.
3 - Os imveis pblicos no sero adquiridos por usucapio.
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PROTEO CONSTITUCIONAL DAPROPRIEDADECAPTULO III
DA POLTICA AGRCOLA E FUNDIRIA E DA REFORMA AGRRIA
Art. 184. Compete Unio desapropriar por interesse social, para fins de
reforma agrria, o imvel rural que no esteja cumprindo sua funo social,
mediante prvia e justa indenizao em ttulos da dvida agrria, com clusula
de preservao do valor real, resgatveis no prazo de at vinte anos, a partir
do segundo ano de sua emisso, e cuja utilizao ser definida em lei.
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PROTEO CONSTITUCIONAL DAPROPRIEDADECAPTULO III
DA POLTICA AGRCOLA E FUNDIRIA E DA REFORMA AGRRIA
1 - As benfeitorias teis e necessrias sero indenizadas em dinheiro.
2 - O decreto que declarar o imvel como de interesse social, para fins de
reforma agrria, autoriza a Unio a propor a ao de desapropriao.
3 - Cabe lei complementar estabelecer procedimento contraditrio
especial, de rito sumrio, para o processo judicial de desapropriao.
4 - O oramento fixar anualmente o volume total de ttulos da dvida
agrria, assim como o montante de recursos para atender ao programa dereforma agrria no exerccio.
5 - So isentas de impostos federais, estaduais e municipais as operaes de
transferncia de imveis desapropriados para fins de reforma agrria.
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PROTEO CONSTITUCIONAL DAPROPRIEDADECAPTULO III
DA POLTICA AGRCOLA E FUNDIRIA E DA REFORMA AGRRIA
Art. 185. So insuscetveis de desapropriao para fins de reforma agrria:
I - a pequena e mdia propriedade rural, assim definida em lei, desde que seu
proprietrio no possua outra;
II - a propriedade produtiva.
Pargrafo nico. A lei garantir tratamento especial propriedade produtiva e
fixar normas para o cumprimento dos requisitos relativos a sua funo social.
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PROTEO CONSTITUCIONAL DAPROPRIEDADECAPTULO III
DA POLTICA AGRCOLA E FUNDIRIA E DA REFORMA AGRRIA
Art. 186. A funo social cumprida quando a propriedade rural atende,
simultaneamente, segundo critrios e graus de exigncia estabelecidos em lei,
aos seguintes requisitos:
I - aproveitamento racional e adequado;
II - utilizao adequada dos recursos naturais disponveis e preservao do
meio ambiente;
III - observncia das disposies que regulam as relaes de trabalho;IV - explorao que favorea o bem-estar dos proprietrios e dos
trabalhadores.
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PROTEO CONSTITUCIONAL DA PROPRIEDADELEI N 8.629, DE 25 DE FEVEREIRO DE 1993.
Dispe sobre a regulamentao dos dispositivos constitucionaisrelativos reforma agrria, previstos no Captulo III, Ttulo VII, da
Constituio Federal.
Art. 9 A funo social cumprida quando a propriedade rural atende,
simultaneamente, segundo graus e critrios estabelecidos nesta lei, os
seguintes requisitos:I - aproveitamento racional e adequado;
II - utilizao adequada dos recursos naturais disponveis e preservao do
meio ambiente;
III - observncia das disposies que regulam as relaes de trabalho;
IV - explorao que favorea o bem-estar dos proprietrios e dos
trabalhadores.
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PROTEO CONSTITUCIONAL DA PROPRIEDADELEI N 8.629, DE 25 DE FEVEREIRO DE 1993.
Dispe sobre a regulamentao dos dispositivos constitucionais relativos reforma agrria, previstos no Captulo III, Ttulo VII, da Constituio Federal.
Art. 9 [...]
1 Considera-se racional e adequado o aproveitamento que atinja os graus
de utilizao da terra e de eficincia na explorao especificados nos 1 a 7
do art. 6 desta lei.
2 Considera-se adequada a utilizao dos recursos naturais disponveis
quando a explorao se faz respeitando a vocao natural da terra, de modo a
manter o potencial produtivo da propriedade.
3 Considera-se preservao do meio ambiente a manuteno das
caractersticas prprias do meio natural e da qualidade dos recursosambientais, na medida adequada manuteno do equilbrio ecolgico da
propriedade e da sade e qualidade de vida das comunidades vizinhas.
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PROTEO CONSTITUCIONAL DA PROPRIEDADELEI N 8.629, DE 25 DE FEVEREIRO DE 1993.
Dispe sobre a regulamentao dos dispositivos constitucionaisrelativos reforma agrria, previstos no Captulo III, Ttulo VII, da
Constituio Federal.
Art. 9 [...]
4 A observncia das disposies que regulam as relaes de trabalho implica
tanto o respeito s leis trabalhistas e aos contratos coletivos de trabalho, como
s disposies que disciplinam os contratos de arrendamento e parceria rurais.
5 A explorao que favorece o bem-estar dos proprietrios e trabalhadores
rurais a que objetiva o atendimento das necessidades bsicas dos que
trabalham a terra, observa as normas de segurana do trabalho e no provoca
conflitos e tenses sociais no imvel.
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PROTEO CONSTITUCIONAL DAPROPRIEDADECAPTULO III
DA POLTICA AGRCOLA E FUNDIRIA E DA REFORMA AGRRIA
Art. 189. Os beneficirios da distribuio de imveis rurais pela reforma agrria
recebero ttulos de domnio ou de concesso de uso, inegociveis pelo
prazo de dez anos.
Pargrafo nico. O ttulo de domnio e a concesso de uso sero conferidos ao
homem ou mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil, nos
termos e condies previstos em lei.
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PROTEO CONSTITUCIONAL DAPROPRIEDADECAPTULO III
DA POLTICA AGRCOLA E FUNDIRIA E DA REFORMA AGRRIA
Art. 191. Aquele que, no sendo proprietrio de imvel rural ou urbano, possua
como seu, por cinco anos ininterruptos, sem oposio, rea de terra, em zona
rural, no superior a cinqenta hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho
ou de sua famlia, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe- a propriedade.
Pargrafo nico. Os imveis pblicos no sero adquiridos por usucapio.
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PROTEO CONSTITUCIONAL DAPROPRIEDADEATO DAS DISPOSIES CONSTITUCIONAIS TRANSITRIAS
Art. 49. A lei dispor sobre o instituto da enfiteuse em imveis urbanos, sendo facultada
aos foreiros, no caso de sua extino, a remio dos aforamentos mediante aquisio
do domnio direto, na conformidade do que dispuserem os respectivos contratos.
1 - Quando no existir clusula contratual, sero adotados os critrios e bases hojevigentes na legislao especial dos imveis da Unio.
2 - Os direitos dos atuais ocupantes inscritos ficam assegurados pela aplicao de
outra modalidade de contrato.
3 - A enfiteuse continuar sendo aplicada aos terrenos de marinha e seus acrescidos,
situados na faixa de segurana, a partir da orla martima.
4 - Remido o foro, o antigo titular do domnio direto dever, no prazo de noventa dias,
sob pena de responsabilidade, confiar guarda do registro de imveis competente toda
a documentao a ele relativa.
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DOS DIREITOS REAISArt. 1.225. So direitos reais:
I - a propriedade;II - a superfcie;III - as servides;IV - o usufruto;V - o uso;
VI - a habitao;VII - o direito do promitente comprador do imvel;VIII - o penhor;IX - a hipoteca;X - a anticrese.XI - a concesso de uso especial para fins de moradia; (*)XII - a concesso de direito real de uso. (*)
(*) Acrescentados pela Lei n 11.481, de 31.05.07PASSU CHUPU CP CHUM
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Art. 1.228.
2 So defesos os atos que no
trazem ao proprietrio qualquercomodidade, ou utilidade, e sejam
animados pela inteno deprejudicar outrem.
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Art. 1.228.
3 O proprietrio pode ser privado da
coisa, nos casos de desapropriao, pornecessidade ou utilidade pblica ou
interesse social, bem como no de
requisio, em caso de perigo pblicoiminente.
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Art. 1.229. A propriedade do solo abrange
a do espao areo e subsolo
correspondentes, em altura e profundidadeteis ao seu exerccio, no podendo o
proprietrio opor-se a atividades que sejam
realizadas, por terceiros, a uma altura ouprofundidade tais, que no tenha ele
interesse legtimo em impedi-las.
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Art. 1.231. A propriedade presume-se
plena e exclusiva, at prova em contrrio.
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Art. 1.232. Os frutos e mais
produtos da coisa pertencem,ainda quando separados, ao seu
proprietrio, salvo se, por preceito
jurdico especial, couberem a
outrem.
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CDIGO DE PROCESSO CIVIL
CAPTULO IV
DA EXECUO POR QUANTIA
CERTA CONTRA DEVEDOR SOLVENTE
SEO IDA PENHORA, DA AVALIAO E DA EXPROPRIAO DE BENS
SUBSEO I
DAS DISPOSIES GERAIS
Art. 646 - A execuo por quantia certa tem por
objeto expropriar bens do devedor, a fim de
satisfazer o direito do credor (art. 591).
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Art. 647 - A expropriao consiste:I - na adjudicao em favor do exeqente
ou das pessoas indicadas no 2 do art.
685-A desta Lei;II - na alienao por iniciativa particular;
III - na alienao em hasta pblica;
IV - no usufruto de bem mvel ou imvel.
(Redao dada pela Lei n 11.382, de 2006)
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Art. 648 - No esto sujeitos
execuo os bens que a leiconsidera impenhorveis ou
inalienveis.
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Art. 649 - So absolutamente impenhorveis:
I - os bens inalienveis e os declarados, por ato
voluntrio, no sujeitos execuo;
II - os mveis, pertences e utilidades domsticasque guarnecem a residncia do executado, salvo os
de elevado valor ou que ultrapassem as
necessidades comuns correspondentes a um mdiopadro de vida;
III - os vesturios, bem como os pertences de uso
pessoal do executado, salvo se de elevado valor;
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Art. 649 - So absolutamente impenhorveis:
IV - os vencimentos, subsdios, soldos, salrios,
remuneraes, proventos de aposentadoria, penses,
peclios e montepios; as quantias recebidas por liberalidadede terceiro e destinadas ao sustento do devedor e sua
famlia, os ganhos de trabalhador autnomo e os honorrios
de profissional liberal, observado o disposto no 3 o deste
artigo;V - os livros, as mquinas, as ferramentas, os utenslios, os
instrumentos ou outros bens mveis necessrios ou teis ao
exerccio de qualquer profisso;
VI - o seguro de vida;
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Art. 649 - So absolutamente impenhorveis:
VII - os materiais necessrios para obras em
andamento, salvo se essas forem penhoradas;
VIII - a pequena propriedade rural, assim definida emlei, desde que trabalhada pela famlia;
IX - os recursos pblicos recebidos por instituies
privadas para aplicao compulsria em educao,
sade ou assistncia social;
X - at o limite de 40 (quarenta) salrios mnimos, a
quantia depositada em caderneta de poupana.
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Art. 649 - So absolutamente
impenhorveis:
1 A impenhorabilidade no oponvel cobrana do crdito
concedido para a aquisio do prprio
bem.
2 O dis osto no inciso IV do ca ut
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Art. 650. Podem ser penhorados, falta de outrosbens, os frutos e rendimentos dos bens
inalienveis, salvo se destinados satisfao de
prestao alimentcia.
Pargrafo nico. (VETADO).
Art. 651. Antes de adjudicados ou alienados os
bens, pode o executado, a todo tempo, remir a
execuo, pagando ou consignando a importncia
atualizada da dvida, mais juros, custas e
honorrios advocatcios.
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1. REGISTROArt. 1.227 e 1.245 1.247 do Cdigo Civil ; Arts. 167 288 da Lei n. 6.015/1973 (LRP).
2. USUCAPIOArt. 183 da Constituio Federal ; Arts. 1.238 1.244 do Cdigo Civil ; Art. 167, I, 28, da LRP
3. ACESSOILHAS Art. 1.249 do Cdigo Civil
ALUVIO Art. 1.250 do Cdigo CivilAVULSO Art. 1.251 do Cdigo CivilLVEO ABANDONADO Art. 1.252 do Cdigo Civil
CONSTRUES E PLANTAES Art. 1.253 1.259 do Cdigo Civil
4. SUCESSOArt. 5, XXX da Constituio Federal ; Art. 1.784 do Cdigo Civil (DROIT DE LA SAISINE )
MODOS DE AQUISIO DA AQUISIO DAPROPRIEDADE IMVEL
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Art. 1.227. Os direitos reais sobre
imveis constitudos, ou
transmitidos por atos entre vivos, s
se adquirem com o registro no
Cartrio de Registro de Imveis
dos referidos ttulos (arts. 1.245 a
1 247) salvo os casos expressos
DO REGISTRO
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Art. 1.245. Transfere-se entre vivos a propriedade mediante oregistro do ttulo translativo no Registro de Imveis.
1 Enquanto no se registrar o ttulo translativo, o alienantecontinua a ser havido como dono do imvel.
2 Enquanto no se promover, por meio de ao prpria, adecretao de invalidade do registro, e o respectivocancelamento, o adquirente continua a ser havido comodono do imvel.
Art. 1.246. O registro eficaz desde o momento em que seapresentar o ttulo ao oficial do registro, e este o prenotar noprotocolo.
Art. 1.247. Se o teor do registro no exprimir a verdade, podero interessado reclamar que se retifique ou anule.
Pargrafo nico - Cancelado o registro, poder o proprietrioreivindicar o imvel, independentemente da boa-f ou do
ttulo do terceiro adquirente.
DO REGISTRO
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DO REGISTRO - LEI N 6.015, DE 31 DE DEZEMBRO DE1973.Art. 167 - No Registro de Imveis, alm da matrcula, sero feitos:
I - o registro: (40 casos);II - a averbao: (28 casos).
Art. 173 - Haver, no Registro de Imveis, os seguintes livros:I - Livro n 1 - Protocolo;
II - Livro n 2 - Registro Geral;III - Livro n 3 - Registro Auxiliar;IV - Livro n 4 - Indicador Real;V - Livro n 5 - Indicador Pessoal.
Art. 176 - O Livro n 2 - Registro Geral - ser destinado, matrcula dos
imveis e ao registro ou averbao dos atos relacionados no art.167 e no atribudos ao Livro n 3.Art. 177 - O Livro n 3 - Registro Auxiliar - ser destinado ao registro dos
atos que, sendo atribudos ao Registro de Imveis por disposiolegal, no digam respeito diretamente a imvel matriculado.
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DA AVERBAO PREMONITRIA - Lei11.382/06Art. 615-A. O exeqente poder, no ato da distribuio, obter certido comprobatria do
ajuizamento da execuo, com identificao das partes e valor da causa, para finsde averbao no registro de imveis, registro de veculos ou registro de outros benssujeitos penhora ou arresto.
1. O exeqente dever comunicar ao juzo as averbaes efetivadas, no prazo de 10(dez) dias de sua concretizao.
2. Formalizada penhora sobre bens suficientes para cobrir o valor da dvida, serdeterminado o cancelamento das averbaes de que trata este artigo relativasqueles que no tenham sido penhorados.
3. Presume-se em fraude execuo a alienao ou onerao de bens efetuada aps aaverbao (art. 593).
4. O exeqente que promover averbao manifestamente indevida indenizar a partecontrria, nos termos do 2o do art. 18 desta Lei, processando-se o incidente emautos apartados.
5. Os tribunais podero expedir instrues sobre o cumprimento deste artigo.
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DA AVERBAOPREMONITRIA1. (a) O exeqente (credor) distribui a ao de execuo;
2. Obtm uma certido comprobatria do ajuizamento da
ao com dados sobre o executado;
3. Leva a certido capeada por um requerimento dirigido aooficial do registro de imveis solicitando a averbao
premonitria;
4. No prazo de dez dias da efetivao da averbao, o
exeqente deve comunicar ao juiz as averbaes feitas.
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DA AVERBAOPREMONITRIA(Entrevista concedida pelo editor do BE, Srgio Jacomino, ao jornalista Vinicius Konchiski, doJornal Agora So Paulo, a respeito da Lei 11 .382, de 2006)Por outro lado, no existe prazo para a averbao, porm recomenda-se,enfaticamente, que os procedimentos sejam feitos imediatamente aps adistribuio, pois o tempo milita contra os interesses do exeqente.
Como se dar a inverso do nus da prova? Se o exeqente no diligenciar a
averbao premonitria, ocorrendo a alienao do bem imvel, presume-seque quem o adquiriu o fez de boa-f, cabendo, nesse caso, ao exeqente, onus de provar que a aquisio se deu em fraude.
Isso muito difcil, demanda produo de provas, atrasa a execuo,aumentam os custos, etc. Se, entretanto, a averbao for feita, ento o sistemamarca indelevelmente o imvel e a alienao, nesses casos, se presumir em
fraude (art. 593 do CPC).
Registrar ou no eis a questo. Com a lei em vigor, recomenda-se queaverbao seja feita imediatamente.
Teses relativas Lei 11 .382/06 aprovadas, por
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TESE 1 - O Magistrado deve, ex officio, j no despacho inicial,determinar a intimao do executado para indicar quais so, quantovalem e onde se encontram seus bens.
TESE 2 - Feita a averbao premonitria, havendo mais tarde apenhora do mesmo bem, no imprescindvel nova averbao.
TESE 3 - A alienao por iniciativa particular no precisa ser feita, no
mnimo, pelo valor da avaliao.TESE 4 - admissvel averbao premonitria no cumprimento desentena.
TESE 5 - No se aplica a presuno de veracidade, oriunda da revelia,nos embargos execuo.
TESE 6 - No se aplicam penhora, para pagamento de prestaoalimentcia, as hipteses de impenhorabilidade previstas nos incisos doartigo 649 do Cdigo de Processo Civil ou em legislao especial.
maioria de votos, pelos magistrados do Estado deSo Paulo
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DA (O) USUCAPIOA
usucapio ... ?O
usucapio ... ?
Cdigo Civil de 1916 (LEI N 3.071, DE 1 DE JANEIRO DE 1916)
Art. 530. Adquire-se a propriedade imvel:
III - pelo usucapio;
Cdigo Civil Atual (LEI N 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002)
CAPTULO II DA AQUISIO DA PROPRIEDADE IMVEL
SEO I DA USUCAPIO
Art. 1.238. [...]
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DA (O) USUCAPIOOrigem Romana:
1. A USUCAPIO (capere: tomar +usus: uso): garantida somente aos
cidados (Lei das XII Tbuas) quetivessem a posse de imvel por 2 anosou 1 ano de coisa mvel.
1. A LONGI TEMPORIS PRAESCRIPTIO:meio de defesa da posse por cidadosou estrangeiros pelo perodo de 10 anosentre presentes e 20 anos entreausentes.
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BENS PBLICOSCRFB Art. 183 [...]
3 - Os imveis pblicos no sero adquiridos por usucapio.
Bens Materialmente Pblicos xFormalmente PblicosPrincpio da Funo Social da terraCRFB Artigo 5, XXIII - a propriedade atender a sua funo social;
Diferena entre Res Nullius e Terra Devoluta1. Lei n. 601, de 18 de setembro de 1850 (Decreto n. 1.318, de 30 de
janeiro de 1854)
2. CF de 1988, Art. 188 "A destinao de terras pblicas e devolutas...
3. Processo Discriminatrio das terras devolutas da Unio (Lei n. 6.383, de 7 de dezembro de 1976)
BENS INUSUCAPVEIS
http://var/www/apps/conversion/current/tmp/scratch25030/LEI%206383_76_PROCESSO%20DISCRIMINAT?RIO%20TERRAS%20DEVOLUTAS.dochttp://var/www/apps/conversion/current/tmp/scratch25030/LEI%206383_76_PROCESSO%20DISCRIMINAT?RIO%20TERRAS%20DEVOLUTAS.doc8/3/2019 Direito Das Coisas 2011
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HERANA COM CLUSULA DE INALIENABILIDADE
Art. 1.911. A clusula de inalienabilidade,
imposta aos bens por ato de liberalidade,implica impenhorabilidade eincomunicabilidade.
Pargrafo nico - No caso de desapropriaode bens clausulados, ou de sua alienao,por convenincia econmica do donatrioou do herdeiro, mediante autorizaojudicial, o produto da venda converter-se- em outros bens, sobre os uais incidiro
BENS INUSUCAPVEIS
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TEORIA DA INTERVERSO DA POSSE
Art. 1.203. Salvo prova emcontrrio, entende-semanter a posse o mesmocarter com que foiadquirida.
BENS INUSUCAPVEIS
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Bem de Famlia
Art. 1.711. Podem os cnjuges, ou a
entidade familiar, medianteescritura pblica ou testamento,
destinar parte de seu patrimnio
para instituir bem de famlia, desde
que no ultrapasse um tero do
BENS INUSUCAPVEIS
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1. Usucapio Extraordinrio de 15 anos (Art.1.238, caput, Cdigo Civil);
2. Usucapio Extraordinrio de 10 anos (Art.1.238, P.., Cdigo Civil);
3. Usucapio Ordinrio (Art. 1.242, caput,Cdigo Civil);4. Usucapio Documental ou Tabular (Art.
1.242, pargrafo nico, C. Civil);
5. Usucapio pro misero de rea Urbana(CF/88, Art. 183; Art. 1.240, C. Civil; Art. 9,Estatuto da Cidade Lei n. 10.257/2001);
6. Usucapio pro misero de ConstruoUrbana (Art. 9, Estatuto da Cidade Lei n.
10.257/2001);
USUCAPI O -ESPCIES
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1. Usucapio Extraordinrio de 15 anos (Art.
1.238, caput, Cdigo Civil);
Art. 1.238. Aquele que, por quinze anos, sem
interrupo, nem oposio, possuir como seu um
imvel, adquire-lhe a propriedade,
independentemente de ttulo e boa-f;
podendo requerer ao juiz que assim o declare por
USUCAPI O -ESPCIES
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Art. 1.200. justa a posse que no for violenta,clandestina ou precria.
Art. 1.201. de boa-f a posse, se o possuidorignora o vcio, ou o obstculo que impede aaquisio da coisa.
Pargrafo nico - O possuidor com justo ttulotem por si a presuno de boa-f, salvo provaem contrrio, ou quando a lei expressamente
no admite esta presuno.
BOA-F E JUSTO TTULO
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2. Usucapio Extraordinrio de
10 anos (Art. 1.238, P..,Cdigo Civil);
Art. 1.238. [...]. Pargrafo nico - O
prazo estabelecido neste artigo
USUCAPI O -ESPCIES
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3. Usucapio Ordinrio (Art. 1.242, caput,Cdigo Civil)
Art. 1.242. Adquire tambm apropriedade do imvel aquele que,contnua e incontestadamente, com
justo ttulo e boa-f, o possuir pordez anos.
USUCAPI O -ESPCIES
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4. Usucapio Documental ou Tabular (Art.1.242, pargrafo nico, C. Civil);
Art. 1.242. [...] Pargrafo nico - Serde cinco anos o prazo previstoneste artigo se o imvel houver sido
adquirido, onerosamente, combase no registro constante dorespectivo cartrio, canceladaposteriormente, desde que os
possuidores nele tiverem
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Usucapio Documental ou
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TEORIA DA APARNCIA
Bona fides est primum mobice et spiritusvivificans commercii
(A boa-f o primeiro mvel e o espritovivificador do comrcio).
Tabular
Usucapio Documental ou
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PRINCPIO DA CONVALESCENA REGISTRAL OU TABULARLEI N 6.015, DE 31 DE DEZEMBRO DE 1973.
Art. 214 - As nulidades de pleno direito do registro, uma vezprovadas, invalidam-no, independentemente de aodireta.
1 A nulidade ser decretada depois de ouvidos os atingidos.
2 Da deciso tomada no caso do 1 caber apelao ouagravo conforme o caso.
3 Se o juiz entender que a supervenincia de novosregistros poder causar danos de difcil reparao poderdeterminar de ofcio, a qualquer momento, ainda que semoitiva das partes, o bloqueio da matrcula do imvel.
Tabular
Usucapio Documental ou
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PRINCPIO DA CONVALESCENA REGISTRAL OU TABULAR
LEI N 6.015, DE 31 DE DEZEMBRO DE 1973.Art. 214 [...]
4 Bloqueada a matrcula, o oficial no poder mais nelapraticar qualquer ato, salvo com autorizao judicial,permitindo-se, todavia, aos interessados a prenotao deseus ttulos, que ficaro com o prazo prorrogado at asoluo do bloqueio.
5 A nulidade no ser decretada se atingir terceiro de boa-fque j tiver preenchido as condies de usucapio doimvel.
Art. 216 - O registro poder tambm ser retificado ou anuladopor sentena em processo contencioso, ou por efeito dojulgado em ao de anulao ou de declarao denulidade de ato jurdico, ou de julgado sobre fraude execuo.
(pargrafos includos pela Lei n 10.931, de 2004)
Tabular
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5. Usucapio pro misero de reaUrbana (CF/88, Art. 183)
CRFB Art. 183 - Aquele que possuir como sua reaurbana de at duzentos e cinqenta metrosquadrados, por cinco anos, ininterruptamente esem oposio, utilizando-a para sua moradiaou de sua famlia, adquirir-lhe- o domnio, desdeque no seja proprietrio de outro imvelurbano ou rural.
-
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5. Usucapio pro misero de reaUrbana (Art. 1.240, C. Civil)
CC Art. 1.240. Aquele que possuir, comosua, rea urbana de at duzentos ecinqenta metros quadrados, por cincoanos ininterruptamente e sem oposio,
utilizando-a para sua moradia ou de suafamlia, adquirir-lhe- o domnio, desdeque no seja proprietrio de outro imvelurbano ou rural.
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6. Usucapio pro misero deConstruo Urbana (Art. 9, Estatuto
da Cidade)
Art. 9 Aquele que possuir como sua rea ouedificao urbana de at duzentos ecinqenta metros quadrados, por cincoanos, ininterruptamente e sem oposio,utilizando-a para sua moradia ou de suafamlia, adquirir-lhe- o domnio, desdeque no seja proprietrio de outro imvelurbano ou rural.
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7. Usucapio Coletivo (Art.1.228, 4, C. Civil)
4 O proprietrio tambm pode ser privadoda coisa se o imvel reivindicado consistirem extensa rea, na posse ininterrupta e
de boa-f, por mais de cinco anos, deconsidervel nmero de pessoas, e estasnela houverem realizado, em conjunto ouseparadamente, obras e serviosconsiderados pelo juiz de interesse social
e econmico relevante
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7. Usucapio Coletivo (Art. 10,Estatuto da Cidade)
Art. 10. As reas urbanas com mais de duzentos ecinqenta metros quadrados, ocupadas porpopulao de baixa renda para sua moradia, porcinco anos, ininterruptamente e sem oposio,onde no for possvel identificar os terrenos
ocupados por cada possuidor, so susceptveis deserem usucapidas coletivamente, desde que ospossuidores no sejam proprietrios de outroimvel urbano ou rural.
1. O ossuidor ode, ara o fim de contar o razo
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7. Usucapio Coletivo (Art. 10,Estatuto da Cidade)
Art. 10. [...]
3. Na sentena, o juiz atribuir igual frao idealde terreno a cada possuidor, independentementeda dimenso do terreno que cada um ocupe,salvo hiptese de acordo escrito entre oscondminos, estabelecendo fraes ideaisdiferenciadas.
4. O condomnio especial constitudo indivisvel,
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DOS DIREITOS REAIS
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A SUPERFCIEArt. 1.225. So direitos reais:II - a superfcie (Arts. 1.369 1.377)
o direito real autnomo, distinto do de
propriedade, de construir ou plantar em terrenoalheio por prazo determinado. Pode serinstituda em propriedade urbana ou rural. Asuperfcie confere propriedade ao superficirio(propriedade superficiria), de naturezaresolvel, pois se resolve decorrido o tempodeterminado no contrato (CC 1375). Asuperfcie impe ao titular do domnio pleno asuspenso do efeito aquisitivo da acesso
(superficie solo cedit). Terminado o tempo
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A SUPERFCIE Cdigo CivilArt. 1.369. O proprietrio pode conceder a outrem o direito deconstruir ou de plantar em seu terreno, por tempodeterminado, mediante escritura pblica devidamenteregistrada no Cartrio de Registro de Imveis.
Pargrafo nico - O direito de superfcie no autoriza obra nosubsolo, salvo se for inerente ao objeto da concesso.
Art. 1.370. A concesso da superfcie ser gratuita ouonerosa; se onerosa, estipularo as partes se o pagamentoser feito de uma s vez, ou parceladamente.
Art. 1.371. O superficirio responder pelos encargos etributos que incidirem sobre o imvel.
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A SUPERFCIE Cdigo Civil
Art. 1.372. O direito de superfcie pode transferir-se aterceiros e, por morte do superficirio, aos seus herdeiros.
Pargrafo nico - No poder ser estipulado pelo concedente,a nenhum ttulo, qualquer pagamento pela transferncia.
Art. 1.373. Em caso de alienao do imvel ou do direito desuperfcie, o superficirio ou o proprietrio tem direito depreferncia, em igualdade de condies.
Art. 1.374. Antes do termo final, resolver-se- a concesso seo superficirio der ao terreno destinao diversa daquelapara que foi concedida.
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A SUPERFCIE Cdigo Civil
Art. 1.375. Extinta a concesso, o proprietrio passar a tera propriedade plena sobre o terreno, construo ouplantao, independentemente de indenizao, se aspartes no houverem estipulado o contrrio.
Art. 1.376. No caso de extino do direito de superfcie emconseqncia de desapropriao, a indenizao cabe aoproprietrio e ao superficirio, no valor correspondente aodireito real de cada um.
Art. 1.377. O direito de superfcie, constitudo por pessoajurdica de direito pblico interno, rege-se por este Cdigo,no que no for diversamente disciplinado em lei especial.
DOS DIREITOS REAIS
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DOS DIREITOS REAISA SUPERFCIE Estatuto das Cidades
LEI n 10.257, de 10 de julho de 2001.Art. 21. O proprietrio urbano poder conceder a outrem odireito de superfcie do seu terreno, por tempodeterminado ou indeterminado, mediante escritura
pblica registrada no cartrio de registro de imveis.
1. O direito de superfcie abrange o direito de utilizar osolo, o subsolo ou o espao areo relativo ao terreno, naforma estabelecida no contrato respectivo, atendida a
legislao urbanstica.
2. A concesso do direito de superfcie poder sergratuita ou onerosa.
DOS DIREITOS REAIS
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Art. 21. [...]
3. O superficirio responder integralmente pelos encargos e tributos queincidirem sobre a propriedade superficiria, arcando, ainda, proporcionalmente sua parcela de ocupao efetiva, com os encargos e tributos sobre a rea
objeto da concesso do direito de superfcie, salvo disposio em contrrio docontrato respectivo.
4. O direito de superfcie pode ser transferido a terceiros, obedecidos ostermos do contrato respectivo.
5. Por morte do superficirio, os seus direitos transmitem-se a seus
herdeiros.
Art. 22. Em caso de alienao do terreno, ou do direito de superfcie, osuperficirio e o proprietrio, respectivamente, tero direito de preferncia, emigualdade de condies oferta de terceiros.
OS OS SA SUPERFCIE Estatuto das Cidades
LEI n 10.257, de 10 de julho de 2001.
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Art. 23. Extingue-se o direito de superfcie:
I pelo advento do termo;
II pelo descumprimento das obrigaes contratuais assumidas pelosuperficirio.
Art. 24. Extinto o direito de superfcie, o proprietrio recuperar o pleno domniodo terreno, bem como das acesses e benfeitorias introduzidas no imvel,independentemente de indenizao, se as partes no houverem estipulado ocontrrio no respectivo contrato.
1. Antes do termo final do contrato, extinguir-se- o direito de superfcie se osuperficirio der ao terreno destinao diversa daquela para a qual forconcedida.
2. A extino do direito de superfcie ser averbada no cartrio de registro deimveis.
A SUPERFCIE Estatuto das Cidades
LEI n 10.257, de 10 de julho de 2001.
DOS DIREITOS REAIS
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Em virtude da omisso do Estatuto da Cidade e do CdigoCivil quanto natureza jurdica do modelo, repercute-se nadoutrina uma polmica. Seria o direito real de superfcie umaverdadeira propriedade ou um direito real em coisa alheia?
A resposta : ambos.
O direito de superfcie um direito real sobre coisaalheia(lote ou gleba), pois sua formao resulta de umaconcesso do titular da propriedade para fins de futuraedificao (sobre ou sob o solo) ou plantao, que, quandoconcretizada pelo superficirio (concessionrio), converter odireito inicialmente incorpreo, em um bem materialmenteautnomo propriedade do solo do concedente
(ROSENVALD, Nelson. Direitos Reais. Lmen Jris Editora, p.
403.).
DOS DIREITOS REAISA SUPERFCIE Estatuto das Cidades x Cdigo Civil
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I Jornada de Direito CivilCentro de Estudos Judicirios do Conselho da
Justia Federal
11 a 13 de setembro de 2002
ENUNCIADO N 93
As normas previstas no Cdigo Civil, regulando odireito de superfcie, no revogam as normasrelativas a direito de superfcie constantes doEstatuto da Cidade (Lei n 10.257/2001), por serinstrumento de poltica urbana.
DOS DIREITOS REAISA SUPERFCIE Estatuto das Cidades x Cdigo Civil
DOS DIREITOS REAISDa constituio das servides (Arts 1 378-
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Da constituio das servides (Arts. 1.378-1.389)
Art. 1.378. A servido proporciona utilidade para oprdio dominante, e grava o prdio serviente,que pertence a diverso dono, e constitui-se mediantedeclarao expressa dos proprietrios, ou por
testamento, e subseqente registro no Cartrio deRegistro de Imveis.
uma das espcies de direito real sobre coisaalheia, ius in re aliena, que tem como titular o donodo prdio dominante em desfavor do prdioserviente. direito real diverso da propriedade, quese liga ao domnio exercido pelo titular do prdiodominante, acrescentando a este o exerccio de mais
um direito real que vem de se constituir em nus
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Do Usufruto (Arts. 1.390-1.411)
Art. 1.390. O usufruto pode recair em um ou maisbens, mveis ou imveis, em um patrimnio inteiro,ou parte deste, abrangendo-lhe, no todo ou emparte, os frutos e utilidades.
Art. 1.391. O usufruto de imveis, quando no resultede usucapio, constituir-se- mediante registro noCartrio de Registro de Imveis.
um dos chamados direitos reais sobre coisa alheia (ius in re aliena). posio jurdica subjetiva ativa, complexa e absoluta, que tem comotitular uma pessoa fsica ou jurdica, em virtude de restrio negocialou limitao legal ao domnio (propriedade plena) de outra pessoa da qual excludo o exerccio dos poderes faculdades epretenses e imunidades respeitantes utilizao e aodesfrutamento da coisa objeto do domnio em benefcio da primeira
essoa a uem tem orariamente transferido o exerccio da uelas
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Do Usufruto (Arts. 1.390-1.411)
Art. 1.652. O cnjuge, que estiver na posse dos bens particulares dooutro, ser para com este e seus herdeiros responsvel: I - comousufruturio, se o rendimento for comum;
Art. 1.689. O pai e a me, enquanto no exerccio do poder familiar: I - sousufruturios dos bens dos filhos;
Art. 1.816. [...] Pargrafo nico - O excludo da sucesso no ter direitoao usufruto ou administrao dos bens que a seus sucessorescouberem na herana, nem sucesso eventual desses bens.
Art. 1.921. O legado de usufruto, sem fixao de tempo, entende-sedeixado ao legatrio por toda a sua vida.
Art. 1.831. Ao cnjuge sobrevivente, qualquer que seja o regime de bens,ser assegurado, sem prejuzo da participao que lhe caiba na herana,o direito real de habitao relativamente ao imvel destinado residncia da famlia, desde que seja o nico daquela natureza ainventariar.
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Do Uso (Arts. 1.412-1.413)Art. 1.412. O usurio usar da coisa e perceber os seus frutos, quanto oexigirem as necessidades suas e de sua famlia. 1 Avaliar-se-o as necessidades pessoais do usurio conforme a suacondio social e o lugar onde viver. 2 As necessidades da famlia do usurio compreendem as de seucnjuge, dos filhos solteiros e das pessoas de seu servio domstico.Art. 1.413. So aplicveis ao uso, no que no for contrrio sua natureza,
as disposies relativas ao usufruto.
Uso direito real sobre bem mvel ou imvel de propriedade deterceiro, institudo exclusivamente ex voluntate, pelo qual o usurio tem odireito de gozar da coisa e perceber seus frutos (naturais ou civis), maslimitadamente (modica perceptio) ao necessrio sua vida e de sua
famlia (tantum necessitat servit). Configura uma espcie de usufrutolimitado, apequenado. [...] O direito de uso indivisvel epersonalssimo, no sentido de que no pode ser objeto de cesso, nempode ser transferido ou alienado por qualquer outro negcio jurdico. [...]O direito de uso temporrio. [...] Podem ser objeto do uso as coisasmveis e imveis, desde que infungveis(NERY JUNIOR).
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Da Habitao (Arts. 1.414-1.416)
O direito real de habitao ainda mais restrito. atribudoao habitador o direito personalssimo e temporrio de residirem imvel, no podendo ser cedido nem mesmo seu exerccio.[...] Salvo o direito legal de habitao que surge com aabertura da sucesso, embora passvel de registro do formal
de partilha para eficcia erga omnes, o direito de habitaosomente se torna direito real com o registro imobilirio.Enquanto no registrado, existe mera relao obrigacionalentre instituidor e institudo, sem eficcia real (VENOSA,2002).
Art. 1.831. Ao cnjuge sobrevivente, qualquer que seja oregime de bens, ser assegurado, sem prejuzo da participaoque lhe caiba na herana, o direito real de habitaorelativamente ao imvel destinado residncia da famlia,
desde que seja o nico daquela natureza a inventariar.
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Da Habitao (Arts. 1.414-1.416)
Art. 1.414. Quando o uso consistir no direito de habitargratuitamente casa alheia, o titular deste direito no apode alugar, nem emprestar, mas simplesmente ocup-lacom sua famlia.
Art. 1.415. Se o direito real de habitao for conferido amais de uma pessoa, qualquer delas que sozinha habite acasa no ter de pagar aluguel outra, ou s outras, masno as pode inibir de exercerem, querendo, o direito, que
tambm lhes compete, de habit-la.
Art. 1.416. So aplicveis habitao, no que no forcontrrio sua natureza, as disposies relativas aousufruto.
DOS DIREITOS REAISDo Direito do Promitente Comprador (Arts 1 417-
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Do Direito do Promitente Comprador (Arts. 1.417-1.418)
O promitente vendedor conserva to somente a nuapropriedade, at que todo o preo seja pago. [...] Ocompromisso registrado confere ao adquirente direitode seqela. [...] Essa execuo especfica de outorga de
escritura no fica afastada nem mesmo perante aausncia de registro, ou de outros requisitos do contrato,pois no caso torna-se vivel recorrer ao deconhecimento, com ndole cominatria, de obrigao defazer, para obteno de deciso nos termos do art. 639 do
CPC*. (VENOSA)
* Art. 639 - Se aquele que se comprometeu a concluir um contrato nocumprir a obrigao, a outra parte, sendo isso possvel e no excludopelo ttulo, poder obter uma sentena que produza o mesmo efeito docontrato a ser firmado. (Revogado pela Lei n 11.232, de 22.12.05).
DOS DIREITOS REAISDo Direito do Promitente Comprador (Arts 1 417-
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Do Direito do Promitente Comprador (Arts. 1.4171.418)
Art. 1.417. Mediante promessa de compra e venda,em que se no pactuou arrependimento,celebrada por instrumento pblico ou particular, eregistrada no Cartrio de Registro de Imveis,adquire o promitente comprador direito real aquisio do imvel.
Art. 1.418. O promitente comprador, titular de direito
real, pode exigir do promitente vendedor, ou deterceiros, a quem os direitos deste forem cedidos, aoutorga da escritura definitiva de compra e venda,conforme o disposto no instrumento preliminar; e, sehouver recusa, requerer ao juiz a adjudicao do
imvel
DOS DIREITOS REAIS DE GARANTIADo Penhor da Hipoteca e da Anticrese (Arts 1 431-
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Do Penhor, da Hipoteca e da Anticrese (Arts. 1.4311.510)
Garantia Real: no se confundem com a obrigaocontratual.
Direito de Prelao: situao privilegiada do credor deobrigao com garantia real:
Art. 961. O crdito real prefere ao pessoal de qualquerespcie; o crdito pessoal privilegiado, ao simples; e oprivilgio especial, ao geral.
Exceo: crditos trabalhistas, fiscais, custas de
execuo da hipoteca, impostos e taxas (Cf. Art. 955 a965 CC).
Princpio da Especialidade: exige-se ateno sdeclaraes exigidas no artigo 1.424 para oposio de
eficcia erga omnes
DOS DIREITOS REAIS DE GARANTIADo Penhor da Hipoteca e da Anticrese (Arts 1 431-
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Do Penhor, da Hipoteca e da Anticrese (Arts. 1.4311.510)
Princpio da Indivisibilidade: o gravame s desaparececom a remio da dvida.
Princpio da Prioridade: permite que se adquiramhipotecas sem se temer posterior inscrio ou posteriores
inscries (Qui est prior tempore potior est iure, Cf. Art.759).
Anulabilidade do ato: no caso de inexistente outorgaconjugal (Art. 1.649).
Proibio do Pacto Comissrio: o credor no pode ficarcom a coisa dada em garantia, mas possvel, aps ovencimento da dvida, a dao em pagamento.
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Do Penhor, da Hipoteca e da Anticrese (Arts. 1.4311.510)
Art. 1.419. Nas dvidas garantidas por penhor, anticrese ouhipoteca, o bem dado em garantia fica sujeito, por vnculoreal, ao cumprimento da obrigao.
Art. 1.420. S aquele que pode alienar poder empenhar,
hipotecar ou dar em anticrese; s os bens que se podemalienar podero ser dados em penhor, anticrese ou hipoteca.
1 A propriedade superveniente torna eficaz, desde oregistro, as garantias reais estabelecidas por quem no era
dono.
2 A coisa comum a dois ou mais proprietrios no podeser dada em garantia real, na sua totalidade, sem oconsentimento de todos; mas cada um pode individualmentedar em garantia real a parte que tiver.
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Do Penhor, da Hipoteca e da Anticrese (Arts. 1.4311.510)
Art. 1.421. O pagamento de uma ou mais prestaes dadvida no importa exonerao correspondente da garantia,ainda que esta compreenda vrios bens, salvo disposioexpressa no ttulo ou na quitao.
Art. 1.422. O credor hipotecrio e o pignoratcio tm odireito de excutir a coisa hipotecada ou empenhada, epreferir, no pagamento, a outros credores, observada,quanto hipoteca, a prioridade no registro.
Pargrafo nico - Excetuam-se da regra estabelecidaneste artigo as dvidas que, em virtude de outras leis,devam ser pagas precipuamente a quaisquer outroscrditos.
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Do Penhor, da Hipoteca e da Anticrese (Arts. 1.4311.510)
Art. 1.423. O credor anticrtico tem direito a reter emseu poder o bem, enquanto a dvida no for paga;extingue-se esse direito decorridos quinze anos da datade sua constituio.
Art. 1.424. Os contratos de penhor, anticrese ou hipotecadeclararo, sob pena de no terem eficcia:
I - o valor do crdito, sua estimao, ou valor mximo;
II - o prazo fixado para pagamento;III - a taxa dos juros, se houver;IV - o bem dado em garantia com as suas especificaes..
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Do Penhor, da Hipoteca e da Anticrese (Arts. 1.4311.510)
Art. 1.425. A dvida considera-se vencida:
I - se, deteriorando-se, ou depreciando-se o bem dado emsegurana, desfalcar a garantia, e o devedor, intimado, noa reforar ou substituir;
II - se o devedor cair em insolvncia ou falir;III - se as prestaes no forem pontualmente pagas, todavez que deste modo se achar estipulado o pagamento.Neste caso, o recebimento posterior da prestao atrasadaimporta renncia do credor ao seu direito de execuo
imediata;IV - se perecer o bem dado em garantia, e no forsubstitudo;V - se se desapropriar o bem dado em garantia, hiptese naqual se depositar a parte do preo que for necessria para
o pagamento integral do credor
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Do Penhor, da Hipoteca e da Anticrese (Arts. 1.4311.510)
Art. 1.425. [...]
1 Nos casos de perecimento da coisa dada em garantia,esta se sub-rogar na indenizao do seguro, ou no
ressarcimento do dano, em benefcio do credor, a quemassistir sobre ela preferncia at seu completo reembolso. 2 Nos casos dos incisos IV e V, s se vencer a hipotecaantes do prazo estipulado, se o perecimento, ou adesapropriao recair sobre o bem dado em garantia, e
esta no abranger outras; subsistindo, no caso contrrio, advida reduzida, com a respectiva garantia sobre os demaisbens, no desapropriados ou destrudos.
DOS DIREITOS REAIS DE GARANTIADo Penhor, da Hipoteca e da Anticrese (Arts. 1.431-
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Do Penhor, da Hipoteca e da Anticrese (Arts. 1.4311.510)
Art. 1.426. Nas hipteses do artigo anterior, de vencimentoantecipado da dvida, no se compreendem os juroscorrespondentes ao tempo ainda no decorrido.
Art. 1.427. Salvo clusula expressa, o terceiro que prestagarantia real por dvida alheia no fica obrigado a substitu-la,ou refor-la, quando, sem culpa sua, se perca, deteriore, oudesvalorize.
Art. 1.428. nula a clusula que autoriza o credorpignoratcio, anticrtico ou hipotecrio a ficar com o objeto da
garantia, se a dvida no for paga no vencimento.
Pargrafo nico - Aps o vencimento, poder o devedor dar acoisa em pagamento da dvida.
DOS DIREITOS REAIS DE GARANTIADo Penhor (Arts 1 431 1 572)
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Do Penhor (Arts. 1.431-1.572)
Art. 1.431. Constitui-se o penhor pela transfernciaefetiva da posse que, em garantia do dbito aocredor ou a quem o represente, faz o devedor, ou algumpor ele, de uma coisa mvel, suscetvel de alienao.
Pargrafo nico - No penhor rural, industrial, mercantil ede veculos, as coisas empenhadas continuam em poderdo devedor, que as deve guardar e conservar.
Art. 1.432. O instrumento do penhor dever ser levado aregistro, por qualquer dos contratantes; o do penhorcomum ser registrado no Cartrio de Ttulos eDocumentos.
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Do Penhor (Arts. 1.431-1.572)
Art. 1.438. Constitui-se o penhor rural medianteinstrumento pblico ou particular, registrado noCartrio de Registro de Imveis da circunscrio emque estiverem situadas as coisas empenhadas.
Art. 1.443. O penhor agrcola que recai sobre colheitapendente, ou em via de formao, abrange aimediatamente seguinte, no caso de frustrar-se ou serinsuficiente a que se deu em garantia.
Art. 1.444. Podem ser objeto de penhor os animais queintegram a atividade pastoril, agrcola ou de lacticnios.
DOS DIREITOS REAIS DE GARANTIADo Penhor Industrial e Mercantil; Direitos e Ttulos de
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Do Penhor Industrial e Mercantil; Direitos e Ttulos deCrdito
Art. 1.447. Podem ser objeto de penhor mquinas,aparelhos, materiais, instrumentos, instalados e emfuncionamento, com os acessrios ou sem eles; animais,utilizados na indstria; sal e bens destinados exploraodas salinas; produtos de suinocultura, animais destinados industrializao de carnes e derivados; matrias-primase produtos industrializados.
Art. 1.451. Podem ser objeto de penhor direitos,
suscetveis de cesso, sobre coisas mveis.Art. 1.452. Constitui-se o penhor de direito medianteinstrumento pblico ou particular, registrado no Registrode Ttulos e Documentos.
DOS DIREITOS REAIS DE GARANTIADO PENHOR DE VECULOS
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DO PENHOR DE VECULOS
Art. 1.461. Podem ser objeto de penhor os veculosempregados em qualquer espcie de transporte ouconduo.
Art. 1.462. Constitui-se o penhor, a que se refere o artigoantecedente, mediante instrumento pblico ou particular,registrado no Cartrio de Ttulos e Documentos dodomiclio do devedor, e anotado no certificado depropriedade.
DOS DIREITOS REAIS DE GARANTIADO PENHOR LEGAL
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DO PENHOR LEGAL
Art. 1.467. So credores pignoratcios,independentemente de conveno:
I - os hospedeiros, ou fornecedores de pousada ou
alimento, sobre as bagagens, mveis, jias ou dinheiroque os seus consumidores ou fregueses tiverem consigonas respectivas casas ou estabelecimentos, pelasdespesas ou consumo que a tiverem feito;
II - o dono do prdio rstico ou urbano, sobre os bensmveis que o rendeiro ou inquilino tiver guarnecendo omesmo prdio, pelos aluguis ou rendas.
DOS DIREITOS REAIS DE GARANTIADa Hipoteca
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Da Hipoteca
Art. 1.473. Podem ser objeto de hipoteca:
I - os imveis e os acessrios dos imveis conjuntamente comeles;
II - o domnio direto;III - o domnio til;
A enfiteuse [espcie de arrendamento perptuo mediante pagamento de foroanual, o laudmio] desmembra o domnio pleno da propriedade imvel em duas
partes: o domnio direto [enfiteuta/foreiro] e o domnio til[senhorio].
Cdigo Civil de 1916: Art. 678. D-se a enfiteuse, aforamento ouemprazamento, quando por ato entre vivos, ou de ltima vontade, o proprietrioatribui a outrem o domnio til do imvel, pagando a pessoa, que o adquire, eassim se constitui enfiteuta, ao senhorio direto uma penso, ou foro, anual, certoe invarivel
DOS DIREITOS REAIS DE GARANTIADa Hipoteca
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Da Hipoteca
Art. 1.473. Podem ser objeto de hipoteca:I - os imveis e os acessrios dos imveis conjuntamente comeles;II - o domnio direto;III - o domnio til;
IV - as estradas de ferro;V - os recursos naturais a que se refere o art. 1.230,independentemente do solo onde se acham;VI - os navios;VII - as aeronaves.
VIII - o direito de uso especial para fins de moradia; Lei n 11.481, de31.05.07.IX - o direito real de uso; Lei n 11.481, de 31.05.07.X - a propriedade superficiria. Lei n 11.481, de 31.05.07.
DOS DIREITOS REAIS DE GARANTIADa Anticrese
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Da Anticrese
Art. 1.506. Pode o devedor ou outrem por ele, com a entrega doimvel ao credor, ceder-lhe o direito de perceber, emcompensao da dvida, os frutos e rendimentos.
A palavra anticrese deriva do grego anti (contra) e chresis
(uso). [...] A anticrese instituio paralela ao penhor e hipoteca, ficando a meio caminho entre ambos. Enquanto nopenhor tpico se transfere a posse da coisa ao credor, que delano se pode utilizar, e na hipoteca o bem continua na posse dodevedor, na anticrese o credor assume necessariamente a possedo bem para usufruir seus frutos, a fim de amortizar a dvida oureceber juros (VENOSA, 2002)
LEI N 9.514, DE 20 DE NOVEMBRO DE 1997 (Sistema FinanceiroImobilirio).
Art. 17. [...] 3 As operaes do SFI que envolvam locao podero sergarantidas suplementarmente por anticrese.
DOS DIREITOS REAIS - INOVAODa concesso de uso especial para fins de moradia Art 1 225 XI
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Da concesso de uso especial para fins de moradia Art. 1.225, XI
A concesso de uso especial para finsde moradia voltada ao imvel pblicourbano relaciona-se de forma direta ao
princpio constitucional da funo socialda propriedade encartado nos artigos5, XXIII, 170, III e 182, 2, da
Constituio Federal de 1988.(ALMEIDA, Washington Carlos de)
DOS DIREITOS REAIS - INOVAODa concesso de direito real de uso Art 1 225 XII
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Da concesso de direito real de uso Art. 1.225, XII
Concesso de direito real de uso ocontrato pelo qual a Administraotransfere o uso remunerado ou gratuito
de terreno pblico a particular, comodireito real resolvel, para que dele seutilize em fins especficos de
urbanizao, industrializao,edificao, cultivo ou qualquer outraexplorao de interesse social.(MEIRELLES)
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Questes para Debates
Prof. M.Sc. Azor Lopes da Silva Jnior
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Ao sustentar a transformao geral da concepojurdica da propriedade, que deixa de ser um direitosubjetivo do proprietrio para converter-se emfuno social do possuidor da riqueza, Leon Duguit
parte da premissa de que a propriedade umainstituio jurdica que, como qualquer outra,formou-se para responder a uma necessidadeeconmica, e estas necessidades, transformando-seem necessidades sociais, transformam a propriedade
em funo social, considerando a interdependnciados elementos sociais. Assim, a propriedade evoluide acordo com as modificaes das necessidadeseconmicas. [...] De acordo com Duguit, um dos
grandes defeitos da concepo individualista e
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O primeiro que, tendo cercado um terreno, se lembrou de dizer: Isto meu, e encontroupessoas bastantes simples para o acreditar, foi o verdadeiro fundador da sociedade civil.
Quantos crimes, guerras, assassnios, misrias e horrores no teria poupado ao gnerohumano aquele que, arrancando as estacas ou tapando os buracos, tivesse gritado aosseus semelhantes: Livrai-vos de escutar esse impostor; estareis perdidos seesquecerdes que os frutos so de todos, e a terra de ningum!.
O que o homem perde, atravs do contrato social, a sua liberdade natural e um direitosem limites a tudo aquilo que o tenta e que ele pode obter: o que ganha a liberdadecivil e a propriedade de tudo aquilo que possui. Para no se enganar nestas
compensaes, precisa distinguir bem a liberdade natural, que no tem outros limites ano ser as foras do individuo, da liberdade civil, que limitada pela vontade geral, e aposse, que no outra coisa seno o efeito da fora ou o direito do primeiro ocupante dapropriedade que no pode ser fundamentada a no ser num ttulo positivo.
O direito de primeiro ocupante, ainda que mais real que o do mais forte, s se converteem verdadeiro direito depois de estabelecido o de propriedade. Todo o homem temnaturalmente direito a tudo que o lhe necessrio; mas o ato positivo que o tornaproprietrio de algum bem o exclui de todo o resto; estando feita a sua parte, a ela sedeve limitar, e no tem mais direito comunidade. Eis por que o direito de primeiroocupante, assaz dbil no estado de natureza, para todo homem civil, respeitvel.(ROUSSEAU, Jean-Jacques. Discurs sur lorigine et les fondements de linegalite parmiles hommes. Paris: Flammarion, 2007)
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Existemvaliosas atividades humanas que requerem o motivo do lucro e a atmosfera da
propriedade privada de riqueza para que possam dar os seus frutos (Keynes,1983, p. 254).
Art. 1228 - O proprietrio tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e odireito de reav-la do poder de quem quer que injustamente a possua oudetenha.
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detenha. 1 - O direito de propriedade deve ser exercido em consonncia com as suasfinalidades econmicas e sociais e de modo que sejam preservados, de
conformidade com o estabelecido em lei especial, a flora, a fauna, as belezasnaturais, o equilbrio ecolgico e o patrimnio histrico e artstico, bem comoevitada a poluio do ar e das guas. 2 - So defesos os atos que no trazem ao proprietrio qualquer comodidade,ou utilidade, e sejam animados pela inteno de prejudicar outrem. 3 - O proprietrio pode ser privado da coisa, nos casos de desapropriao,por necessidade ou utilidade pblica ou interesse social, bem como no de
requisio, em caso de perigo pblico iminente. 4 - O proprietrio tambm pode ser privado da coisa se o imvel reivindicadoconsistir em extensa rea, na posse ininterrupta e de boa-f, por mais de cincoanos, de considervel nmero de pessoas, e estas nela houverem realizado, emconjunto ou separadamente, obras e servios considerados pelo juiz deinteresse social e econmico relevante. 5 - No caso do pargrafo antecedente, o juiz fixar a justa indenizao devida
ao proprietrio; pago o preo, valer a sentena como ttulo para o registro doimvel em nome dos possuidores.