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DIREITO DO MAR V.3 reflexões, tendências e perspectivas André de Paiva Toledo Leonardo de Camargo Subtil Thiago Carvalho Borges Tiago V. Zanella [ORGS.]

DIREITO DO MAR DIREITO DO MAR - Moovin …...DIREITO DO MAR V.3 reflexões, tendências e perspectivas ISBN 978-65-5059-056-7 editora 1. ASPECTOS JURÍDICO-AMBIENTAIS DO DESCOMISSIONAMENTO

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ISBN 978-65-5059-056-7

editora

1. ASPECTOS JURÍDICO-AMBIENTAIS DO DESCOMISSIONAMENTO DE SISTEMAS DE PRODUÇÃO MARÍTIMA DE PETRÓLEO EM ÁGUAS SOB JURISDIÇÃO NACIONALAlessandra Deslandes Fogiato

2. A VISÃO JURÍDICA DOS JUÍZES BRASILEIROS MEMBROS DA CORTE INTERNACIONAL DE JUSTIÇA SOBRE CASOS DE DIREITO DO MAR JULGADOS NA CORTE MUNDIALAlex Silva Oliveira

3. ESPIONAGEM NO MAR TERRITORIAL: COMPLEXIDADES E DIVERGÊNCIAS INTERPRETATIVAS Alex Silva OliveiraGiulia Ferrigno Poli Ide Alves

4. INDENIZAÇÃO PRÉ-FIXADA OU CLÁUSULA PENAL? UMA ANÁLISE DA CLÁUSULA DA DEMURRAGE, OU SOBRE ESTADIA, DE CONTAINERS NOS CONTRATOS DE TRANSPORTE DE MERCADORIAS, À LUZ DAS OBRIGAÇÕES NO DIREITO BRASILEIROAlexandre Costa da Fonseca

5. OBJETIVO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 14: PANORAMA GERAL DA PARTICIPAÇÃO BRASILEIRA (2012-2018)Ana Carolina Silva NobreFelipe Kern Moreira

6. AS MEDIDAS PROVISÓRIAS PRESCRITAS POR ÓRGÃO INCOMPETENTE: UMA ANÁLISE DO CONTENCIOSO INTERNACIONALAndré de Paiva Toledo

7. O CASO 26 DO TRIBUNAL INTERNACIONAL DO DIREITO DO MAR COMPREENDIDO À LUZ DA HISTÓRIA DAS RELAÇÕES GEOPOLÍTICAS ENTRE RÚSSIA E UCRÂNIA NA CRIMEIAAndré de Paiva ToledoLillie Lima Vieira

8. A INCONVENIÊNCIA DAS BANDEIRAS DE CONVENIÊNCIA: À LUZ DOS DIREITOS HUMANOSCarmen Lucia Sarmento PimentaLucas Sarmento Pimenta

9. COMPLEXIDADES JURÍDICAS RELATIVAS À EXECUÇÃO DA LEI E AO USO DA FORÇA NO MAR: UMA ANÁLISE DO CASO UCRÂNIA V. RÚSSIA NO TRIBUNAL INTERNACIONAL DE DIREITO DO MARHenrique Jerônimo Bezerra MarcosEduardo Cavalcanti de Mello Filho

10. DIREITO DOS ANIMAIS E A PESCA BALEEIRA NA ANTÁRTIDA: CONFLITOS DA REPRESENTAÇÃO DA AUSTRÁLIA X JAPÃOGianno Lopes Nepomuceno

11. PROTEÇÃO AO MEIO AMBIENTE MARINHO E O CÓDIGO POLAR: O USO E TRANSPORTE DO HEAVY FUEL OIL (HFO) NO ÁRTICOIsabella Sousa de Araujo Mochel

12. UMA ABORDAGEM DE GEOCIÊNCIAS E DE GEODIREITO DO MAR TERRITORIAL, RECURSOS NATURAIS DA ZONA ECONÔMICA EXCLUSIVA E DA PLATAFORMA CONTINENTAL BRASILEIRAJorge Kleber Teixeira Silva

13. O PRINCÍPIO DA LIBERDADE DE NAVEGAÇÃO EM ALTO-MAR À LUZDO CASO M/V NORSTARJúlia Machado AguiarLucas Carlos Lima

14. A CONCILIAÇÃO COMPULSÓRIA NA CONVENÇÃO DE MONTEGO BAY: UM ESTUDO COMPARADO ENTRE O CASO TIMOR-LESTE VS. AUSTRÁLIA E O CASO JAN MAYEN (NORUEGA VS. ISLÂNDIA)Júlia Schütz VeigaMariana Passos BeraldoManuela Bocayuva Carvalho

15. A OPERAÇÃO AQUARIUS: A INFLUÊNCIA DAS POLÍTICAS MIGRATÓRIAS DA UNIÃO EUROPEIA NA ROTA DO MEDITERRÂNEO CENTRALJúlia Schütz VeigaIsabella Caminoto

16. RESTRIÇÕES AO DEVER DE CONSERVAR OS RECURSOS MARINHOS NO ALTO MAR EM CASOS DE POLUIÇÃO SONORA CAUSADA POR ATIVIDADES MILITARES BRASILEIRASLarissa Maria Medeiros Coutinho

17. IMPRESCINDIBILIDADE E AVANÇOS DA CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O DIREITO DO MAR: NA SALVAGUARDA DO DIREITO FUNDAMENTAL AO MEIO AMBIENTE ECOLOGICAMENTE EQUILIBRADOLucas Sarmento PimentaCarmen Lucia Sarmento Pimenta

18. A CONSERVAÇÃO DOS RECURSOS MARINHOS VIVOS NO OCEANO AUSTRAL: INTERSECÇÕES ENTRE ATS E UNCLOSLuciano Vaz FerreiraCarla Froener Ferreira

19. O ESTATUTO JURÍDICO DA AUTORIDADE INTERNACIONAL DOS FUNDOS MARINHOS (ISA) E A PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIO COMUM DA HUMANIDADELeonardo de Camargo SubtilMario Henrique da Rocha

20. O SISTEMA DE RESOLUÇÃO DE CONFLITOS NO DIREITO DO MAR E A FRAGMENTAÇÃO DO DIREITO INTERNACIONALMilena Barbosa de MeloRaissa Maria dos SantosSilvia Cristina da Silva

21. A CONVENÇÃO DE BASILEIA E A INDÚSTRIA OFFSHORE NO BRASILNathália de Oliveira Souza

22. IMPACTOS ECONÔMICOS E AMBIENTAIS DA EXPLORAÇÃO DOS RECURSOS MINERAIS NA ÁREA ALÉM DAS JURISDIÇÕES NACIONAISLeonardo de Camargo SubtilPoliana Lovatto

23. OS PRINCÍPIOS DA CONVENÇÃO DA UNESCO SOBRE A PROTEÇÃO DOS BENS CULTURAIS SUBAQUÁTICOS Raíssa Luana Rocha Siqueira Paiva

Os organizadores

LEONARDO DE CAMARGO SUBTILDoutor summa cum laude em Direito Internacional pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS (2016). Doutorando em Direito Internacional na Universidade de Genebra (2015- ), com tese voltada à resolução de controvérsias e Direito Internacional do Mar na Améri-ca Latina. Trabalhou como Pesquisador do Tribunal Internacional de Direito do Mar, Hamburgo, Alemanha (2015-2016), Nippon Fellowship Programme, voltado ao desenvolvimento de recursos técnicos para a resolução de controvérsias em Di-reito do Mar, apontado pela Universidade de Genebra (UNIGE). Mestre em Direito Público pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Membro Funda-dor e Diretor do Instituto Brasileiro de Direito do Mar (IBDMAR). Membro da Sociedade Suíça de Direito Internacio-nal (SSDI). Professor convidado na Escola Superior da Magistratura Federal do Rio Grande do Sul (ESMAFE) e no LLM em Di-reito Ambiental da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS).

ANDRÉ DE PAIVA TOLEDODoutor em Direito pela Université Pan-théon-Assas Paris II (Sorbonne). Mestre e Bacharel em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Profes-sor do Programa de Pós-Graduação em Direito da Escola Superior Dom Helder Câmara. Coordenador do Grupo de Estu-dos em Direito Internacional Público (GE-DIP) e do Grupo de Estudos em Direito do Mar (GEDIMAR). Diretor do Instituto Brasileiro de Direito do Mar (IBDMAR). Membro Associado do Institut de Recher-che en Droit International et Européen de la Sorbonne (IREDIES). Membro da Soci-été Française pour le Droit International (SFDI). Advogado. Tabelião do 1º Ofício de Notas de Campos Altos - MG.

THIAGO CARVALHO BORGESDoutor em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia (2019). Mestre em Direito pela Universidade de Coimbra, Portugal (2004). Graduado em Direito pela Uni-versidade Católica do Salvador (2000). Doutorando em Direito Internacional pela Universidade de São Paulo. Atual-mente é professor da Faculdade Baiana de Direito. Tem experiência na área de Direito, com ênfase em Direito Interna-cional Público, atuando principalmente nos seguintes temas: relações entre o direito internacional e o direito interno, Nações Unidas e organismos internacio-nais, direito do mar, constituição e trata-do. Presidente do Instituto Brasileiro de Direito do Mar (2016-2018).

TIAGO VINICIUS ZANELLADoutor em Ciências Jurídico-Interna-cionais e Europeias pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (FDL); Mestre em Direito Internacional e Rela-ções Internacionais pela FDL; Advoga-do; graduado em Direito pela Faculda-de de Direito de Curitiba; graduado em Relações Internacionais pelo UNICURI-TIBA; professor de Direito Internacional e Direito do Mar; Presidente do IBDmar; Pós doutorando na Escola de Guerra Naval (EGN).

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Plácido Arraes

Tales Leon de Marco

Bárbara Rodrigues

Letícia Robini(Imagem por John Cahil Rom, via Pexels)

Enzo Zaquel PratesLeda Érica CâmaraNathalia Torres

Editor Chefe

Editor

Produtora Editorial

Capa, projeto gráfico

Diagramação

Apoio:

Todos os direitos reservados.

Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida, por quaisquer meios, sem a autorização prévia do Grupo D’Plácido.

Catalogação na Publicação (CIP)Ficha catalográfica

Direito do mar: reflexões, tendências e perspectivas - volume 3. TOLEDO, Andre de Paiva; SUBTIL, Leonardo de Camargo; BORGES, Thiago Carvalho; ZANELLA, Tiago V.. [Orgs.] -- Belo Horizonte: Editora D’Plácido, 2019.612 p.

ISBN: 978-65-5059-056-7

1. Direito. 2. Direito Internacional. I. Título.

CDD341.1 CDU341

W W W . E D I T O R A D P L A C I D O . C O M . B R

Belo HorizonteAv. Brasil, 1843,

Savassi, Belo Horizonte, MGTel.: 31 3261 2801

CEP 30140-007

São PauloAv. Paulista, 2444, 8º andar, cj 82Bela Vista – São Paulo, SPCEP 01310-933

Copyright © 2019, D’Plácido Editora.Copyright © 2019, Os Autores.

Sumár io

Apresentação 9

1. Aspectos jurídico-ambientais do descomissionamento de sistemas de produção marítima de petróleo em águas sob jurisdição nacional 13Alessandra Deslandes Fogiato

2. A visão jurídica dos juízes brasileiros membros da Corte Internacional de Justiça sobre casos de direito do mar julgados na Corte Mundial 25Alex Silva Oliveira

3. Espionagem no mar territorial: complexidades e divergências interpretativas 69Alex Silva OliveiraGiulia Ferrigno Poli Ide Alves

4. Indenização pré-fixada ou cláusula penal? umas análise da cláusula da Demurrage, ou sobre estadia, de containers nos contratos de transporte de mercadorias, à luz das obrigações no direito brasileiro 97Alexandre Costa da Fonseca

5. Objetivo de desenvolvimento sustentável 14: panorama geral da participação brasileira (2012-2018) 123Ana Carolina Silva NobreFelipe Kern Moreira

6. As medidas provisórias prescritas por órgão incompetente: uma análise do contencioso internacional 163André de Paiva Toledo

7. O caso 26 do Tribunal Internacional do Direito do mar compreendido à luz da história das relações geopolíticas entre Rússia e Ucrânia na Crimeia 193André de Paiva ToledoLillie Lima Vieira

8. A inconveniência das bandeiras de conveniência: à luz dos direitos humanos 217Carmen Lucia Sarmento PimentaLucas Sarmento Pimenta

9. Complexidades jurídicas relativas à execução da lei e ao uso da força no mar: uma análise do caso Ucrânia v. Rússia no Tribunal Internacional de Direito do mar 237Henrique Jerônimo Bezerra MarcosEduardo Cavalcanti de Mello Filho

10. Direito dos animais e a pesca baleeira na Antártida: conflitos da representação da Austrália x Japão 263Gianno Lopes Nepomuceno

11. Proteção ao meio ambiente marinho e o código polar: o uso e transporte do heavy fuel oil (hfo) no ártico 285Isabella Sousa de Araujo Mochel

12. Uma abordagem de geociências e de geodireito do mar territorial, recursos naturais da zona econômica exclusiva e da plataforma continental brasileira 323Jorge Kleber Teixeira Silva

13. O princípio da liberdade de navegação em alto-mar à luz do caso M/V Norstar 341Júlia Machado Aguiar Lucas Carlos Lima

14. A conciliação compulsória na convenção de Montego Bay: um estudo comparado entre o caso Timor-Leste vs. Austrália e o caso Jan Mayen (Noruega vs. Islândia) 357Júlia Schütz VeigaMariana Passos BeraldoManuela Bocayuva Carvalho

15. A Operação Aquarius: a influência das políticas migratórias da União Europeia na rota do mediterrâneo central 399Júlia Schütz VeigaIsabella Caminoto

16. Restrições ao dever de conservar os recursos marinhos no alto mar em casos de poluição sonora causada por atividades militares brasileiras 431Larissa Maria Medeiros Coutinho

17. Imprescindibilidade e avanços da Convenção das Nações Unidas sobre o direito do mar: na salvaguarda do direito fundamental ao meio ambiente ecologicamente equilibrado 455Lucas Sarmento PimentaCarmen Lucia Sarmento Pimenta

18. A conservação dos recursos marinhos vivos no oceano austral: intersecções entre ATS e UNCLOS 475Luciano Vaz FerreiraCarla Froener Ferreira

19. O Estatuto Jurídico da Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos (ISA) e a proteção do patrimônio comum da humanidade 495Leonardo de Camargo SubtilMario Henrique da Rocha

20. O sistema de resolução de conflitos no direito do mar e a fragmentação do direito internacional 517Milena Barbosa de MeloRaissa Maria dos SantosSilvia Cristina da Silva

21. A convenção de Basileia e a indústria Offshore no Brasil 551Nathália de Oliveira Souza

22. Impactos econômicos e ambientais da exploração dos recursos minerais na área além das jurisdições nacionais 567Leonardo de Camargo SubtilPoliana Lovatto

23. Os princípios da convenção da UNESCO sobre a proteção dos bens culturais subaquáticos 589Raíssa Luana Rocha Siqueira Paiva

Autores 611

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Apresentação

Finalizado o primeiro triênio de existência do Instituto Brasileiro de Direito do Mar (IBDMAR ou Instituto), realizou-se, em 2019, eleição para a nova diretoria executiva, exercendo o mandato até 2022. Têm di-reito a voto todos os associados do IBDMAR quites com suas obrigações estatutárias e comprovarem vínculo com o Instituto de, no mínimo, um ano. No último pleito, houve o registro de uma única chapa, que foi eleita em 14 de junho de 2019. Na presidência, Tiago Zanella sucede a Thiago Borges, que passa a atuar como Tesoureiro do IBDMAR. Tam-bém compõem a diretoria executiva para o próximo triênio Leonardo Subtil (Vice-Presidente) e Carina Oliveira (Secretária Executiva). Como Conselheiros Fiscais, foram eleitos André de Paiva Toledo, Felipe Kern, Luciano Vaz e Fabiana Ventura. Por fim, Luciana Fernandes Coelho é a nova Diretora de Relações Institucionais.

Uma vez empossada a nova diretoria executiva, deu-se continuidade ao trabalho feito anteriormente, cuja finalidade é fomentar os estudos individuais e coletivos de todos os pesquisadores do Direito do Mar no Brasil por meio da organização de programas institucionais, eventos e obras específicas.

Nesse contexto, expandiu-se o Programa de Estágio Voluntário do Instituto. Por meio de processos seletivos regidos por edital, foram se-lecionados 23 estudantes de graduação dos cursos de Direito, Relações Internacionais e áreas afins ao Direito do Mar, matriculados em insti-tuição de ensino superior brasileira, cujo vínculo com o Instituto vai até 31 de dezembro de 2020. Os Estagiários têm a função de colaborar na manutenção e atualização do site oficial do Instituto (www.ibdmar.org), devendo produzir notícias sobre fatos relevantes ao Direito do Mar para serem publicadas no site.

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Com o intuito de manter e atualizar o site oficial do IBDMAR, foram selecionados dez mestres e doutores em Direito, Relações In-ternacionais e áreas afins ao Direito do Mar para serem Colunistas do IBDMAR, que devem produzir artigos de opinião sobre tema do Direito do Mar para serem publicados no site.

Após realizar seu Congresso anual em Salvador (2017) e Rio de Janeiro (2018), o IBDMAR decidiu organizar a terceira edição do evento em Belo Horizonte, reforçando a importância do Direito do Mar na vida das pessoas vivendo longe do litoral. Fora o fato de ser o Brasil um Estado costeiro, cujos espaços marítimos nacionais possuem uma significativa área – sendo tratados como a Amazônia Azul –, o que faz ser de interesse de todo o país a discussão de tópicos jurídicos marinhos, as populações do interior são diretamente concernidas pelos desdobramentos da navegação comercial, defesa nacional, proteção do meio ambiente e aproveitamento dos recursos naturais.

Em Belo Horizonte, o III Congresso do IBDMAR é sediado na Dom Helder Escola de Direito, instituição de ensino superior jesuítica, fundada na prática ético-social de valorização da dignidade humana por meio de defesa dos direitos fundamentais e do fortalecimento das insti-tuições democráticas, em consonância com a trajetória de Dom Helder Câmara, patrono dos direitos humanos no Brasil.

Para a palestra de abertura do III Congresso do IBDMAR, em 28 de novembro, vem ao Brasil o juiz paraguaio do Tribunal Internacional do Direito do Mar (TIDM), Óscar Cabello Sarubbi. Membro do Tribunal desde 1o de outubro de 2017, exercendo um mandato de nove anos, o juiz Sarubbi aborda, no Congresso, os desafios jurídicos contemporâneos dos Estados sem litoral. Reforçando a importância do Direito do Mar para a vida das pessoas que vivem longe do litoral, o Instituto considera fundamental pôr em pauta o tema dos Estados sem litoral, como é o caso do Paraguai, país de nacionalidade do juiz Sarubbi.

O III Congresso do IBDMAR é a oportunidade para o lançamento de sua parceria com o Instituto Sociocultural Brasil-China (IBRACHI-NA), instituto sediado em São Paulo e dedicado a promover a integração entre as culturas e os povos do Brasil, China e países lusófonos. Em vista do protagonismo da China em múltiplos aspectos das relações internacionais marinhas, o IBDMAR considera estratégica o vínculo estabelecido este ano com o IBRACHINA.

Da mesma forma, no Congresso de 2019 do Instituto, reforçam-se os laços da parceria do IBDMAR com a Editora D’Plácido, que tem se

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destacado, há anos, como a principal editora brasileira de obras referentes ao Direito do Mar. Além do lançamento deste 3o volume do livro Direito do Mar: reflexões, tendências e perspectivas, o III Congresso abriga a divulga-ção da edição de outros livros sobre o tema, publicados pela D’Plácido.

Em 2019, o IBDMAR inovou ao organizar, pela primeira vez, sua simulação de julgamento do TIDM. Trata-se de uma competição, realizada exclusivamente em inglês, em que estudantes da graduação e pós-graduação, divididos em equipes, fazem a defesa de Estados partes de uma hipotética controvérsia, a ser resolvida pelo TIDM.

Na primeira edição de ITLOS Moot Court Competition, equipes da Dom Helder Escola de Direito, Escola de Guerra Naval, Pontifícia Univer-sidade Católica do Rio de Janeiro e Universidade Federal da Bahia, deba-tem o caso hipotético envolvendo a República de Disali contra o Reino da Brismânia. Para tanto, são redigidos memorial e contramemorial, assim como são feitas sustentações orais em audiências. Estas acontecem, em 26 e 27 de novembro, na Dom Helder Escola de Direito, em Belo Horizonte.

Apesar dos enormes desafios e das constantes dificuldades, o IBD-MAR chega ao fim de mais um ano convicto de ter cumprido a contento sua finalidade. Ao agradecer a todas as pessoas mencionadas acima, envol-vidas diretamente com suas atividades, deve-se fazer também menção às centenas de pessoas que, à distância, acompanham o trabalho do Instituto. É para essas pessoas que o IBDMAR existe.

Este documento foi redigido em três vias, em Belo Horizonte, Caxias do Sul, Salvador, em 05 de outubro de 2019.

André de Paiva Toledo

Leonardo de Camargo Subtil

Thiago Carvalho Borges

Tiago Vinicius Zanella

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ISBN 978-65-5059-056-7

editora

1. ASPECTOS JURÍDICO-AMBIENTAIS DO DESCOMISSIONAMENTO DE SISTEMAS DE PRODUÇÃO MARÍTIMA DE PETRÓLEO EM ÁGUAS SOB JURISDIÇÃO NACIONALAlessandra Deslandes Fogiato

2. A VISÃO JURÍDICA DOS JUÍZES BRASILEIROS MEMBROS DA CORTE INTERNACIONAL DE JUSTIÇA SOBRE CASOS DE DIREITO DO MAR JULGADOS NA CORTE MUNDIALAlex Silva Oliveira

3. ESPIONAGEM NO MAR TERRITORIAL: COMPLEXIDADES E DIVERGÊNCIAS INTERPRETATIVAS Alex Silva OliveiraGiulia Ferrigno Poli Ide Alves

4. INDENIZAÇÃO PRÉ-FIXADA OU CLÁUSULA PENAL? UMA ANÁLISE DA CLÁUSULA DA DEMURRAGE, OU SOBRE ESTADIA, DE CONTAINERS NOS CONTRATOS DE TRANSPORTE DE MERCADORIAS, À LUZ DAS OBRIGAÇÕES NO DIREITO BRASILEIROAlexandre Costa da Fonseca

5. OBJETIVO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 14: PANORAMA GERAL DA PARTICIPAÇÃO BRASILEIRA (2012-2018)Ana Carolina Silva NobreFelipe Kern Moreira

6. AS MEDIDAS PROVISÓRIAS PRESCRITAS POR ÓRGÃO INCOMPETENTE: UMA ANÁLISE DO CONTENCIOSO INTERNACIONALAndré de Paiva Toledo

7. O CASO 26 DO TRIBUNAL INTERNACIONAL DO DIREITO DO MAR COMPREENDIDO À LUZ DA HISTÓRIA DAS RELAÇÕES GEOPOLÍTICAS ENTRE RÚSSIA E UCRÂNIA NA CRIMEIAAndré de Paiva ToledoLillie Lima Vieira

8. A INCONVENIÊNCIA DAS BANDEIRAS DE CONVENIÊNCIA: À LUZ DOS DIREITOS HUMANOSCarmen Lucia Sarmento PimentaLucas Sarmento Pimenta

9. COMPLEXIDADES JURÍDICAS RELATIVAS À EXECUÇÃO DA LEI E AO USO DA FORÇA NO MAR: UMA ANÁLISE DO CASO UCRÂNIA V. RÚSSIA NO TRIBUNAL INTERNACIONAL DE DIREITO DO MARHenrique Jerônimo Bezerra MarcosEduardo Cavalcanti de Mello Filho

10. DIREITO DOS ANIMAIS E A PESCA BALEEIRA NA ANTÁRTIDA: CONFLITOS DA REPRESENTAÇÃO DA AUSTRÁLIA X JAPÃOGianno Lopes Nepomuceno

11. PROTEÇÃO AO MEIO AMBIENTE MARINHO E O CÓDIGO POLAR: O USO E TRANSPORTE DO HEAVY FUEL OIL (HFO) NO ÁRTICOIsabella Sousa de Araujo Mochel

12. UMA ABORDAGEM DE GEOCIÊNCIAS E DE GEODIREITO DO MAR TERRITORIAL, RECURSOS NATURAIS DA ZONA ECONÔMICA EXCLUSIVA E DA PLATAFORMA CONTINENTAL BRASILEIRAJorge Kleber Teixeira Silva

13. O PRINCÍPIO DA LIBERDADE DE NAVEGAÇÃO EM ALTO-MAR À LUZDO CASO M/V NORSTARJúlia Machado AguiarLucas Carlos Lima

14. A CONCILIAÇÃO COMPULSÓRIA NA CONVENÇÃO DE MONTEGO BAY: UM ESTUDO COMPARADO ENTRE O CASO TIMOR-LESTE VS. AUSTRÁLIA E O CASO JAN MAYEN (NORUEGA VS. ISLÂNDIA)Júlia Schütz VeigaMariana Passos BeraldoManuela Bocayuva Carvalho

15. A OPERAÇÃO AQUARIUS: A INFLUÊNCIA DAS POLÍTICAS MIGRATÓRIAS DA UNIÃO EUROPEIA NA ROTA DO MEDITERRÂNEO CENTRALJúlia Schütz VeigaIsabella Caminoto

16. RESTRIÇÕES AO DEVER DE CONSERVAR OS RECURSOS MARINHOS NO ALTO MAR EM CASOS DE POLUIÇÃO SONORA CAUSADA POR ATIVIDADES MILITARES BRASILEIRASLarissa Maria Medeiros Coutinho

17. IMPRESCINDIBILIDADE E AVANÇOS DA CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O DIREITO DO MAR: NA SALVAGUARDA DO DIREITO FUNDAMENTAL AO MEIO AMBIENTE ECOLOGICAMENTE EQUILIBRADOLucas Sarmento PimentaCarmen Lucia Sarmento Pimenta

18. A CONSERVAÇÃO DOS RECURSOS MARINHOS VIVOS NO OCEANO AUSTRAL: INTERSECÇÕES ENTRE ATS E UNCLOSLuciano Vaz FerreiraCarla Froener Ferreira

19. O ESTATUTO JURÍDICO DA AUTORIDADE INTERNACIONAL DOS FUNDOS MARINHOS (ISA) E A PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIO COMUM DA HUMANIDADELeonardo de Camargo SubtilMario Henrique da Rocha

20. O SISTEMA DE RESOLUÇÃO DE CONFLITOS NO DIREITO DO MAR E A FRAGMENTAÇÃO DO DIREITO INTERNACIONALMilena Barbosa de MeloRaissa Maria dos SantosSilvia Cristina da Silva

21. A CONVENÇÃO DE BASILEIA E A INDÚSTRIA OFFSHORE NO BRASILNathália de Oliveira Souza

22. IMPACTOS ECONÔMICOS E AMBIENTAIS DA EXPLORAÇÃO DOS RECURSOS MINERAIS NA ÁREA ALÉM DAS JURISDIÇÕES NACIONAISLeonardo de Camargo SubtilPoliana Lovatto

23. OS PRINCÍPIOS DA CONVENÇÃO DA UNESCO SOBRE A PROTEÇÃO DOS BENS CULTURAIS SUBAQUÁTICOS Raíssa Luana Rocha Siqueira Paiva

Os organizadores

LEONARDO DE CAMARGO SUBTILDoutor summa cum laude em Direito Internacional pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS (2016). Doutorando em Direito Internacional na Universidade de Genebra (2015- ), com tese voltada à resolução de controvérsias e Direito Internacional do Mar na Améri-ca Latina. Trabalhou como Pesquisador do Tribunal Internacional de Direito do Mar, Hamburgo, Alemanha (2015-2016), Nippon Fellowship Programme, voltado ao desenvolvimento de recursos técnicos para a resolução de controvérsias em Di-reito do Mar, apontado pela Universidade de Genebra (UNIGE). Mestre em Direito Público pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Membro Funda-dor e Diretor do Instituto Brasileiro de Direito do Mar (IBDMAR). Membro da Sociedade Suíça de Direito Internacio-nal (SSDI). Professor convidado na Escola Superior da Magistratura Federal do Rio Grande do Sul (ESMAFE) e no LLM em Di-reito Ambiental da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS).

ANDRÉ DE PAIVA TOLEDODoutor em Direito pela Université Pan-théon-Assas Paris II (Sorbonne). Mestre e Bacharel em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Profes-sor do Programa de Pós-Graduação em Direito da Escola Superior Dom Helder Câmara. Coordenador do Grupo de Estu-dos em Direito Internacional Público (GE-DIP) e do Grupo de Estudos em Direito do Mar (GEDIMAR). Diretor do Instituto Brasileiro de Direito do Mar (IBDMAR). Membro Associado do Institut de Recher-che en Droit International et Européen de la Sorbonne (IREDIES). Membro da Soci-été Française pour le Droit International (SFDI). Advogado. Tabelião do 1º Ofício de Notas de Campos Altos - MG.

THIAGO CARVALHO BORGESDoutor em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia (2019). Mestre em Direito pela Universidade de Coimbra, Portugal (2004). Graduado em Direito pela Uni-versidade Católica do Salvador (2000). Doutorando em Direito Internacional pela Universidade de São Paulo. Atual-mente é professor da Faculdade Baiana de Direito. Tem experiência na área de Direito, com ênfase em Direito Interna-cional Público, atuando principalmente nos seguintes temas: relações entre o direito internacional e o direito interno, Nações Unidas e organismos internacio-nais, direito do mar, constituição e trata-do. Presidente do Instituto Brasileiro de Direito do Mar (2016-2018).

TIAGO VINICIUS ZANELLADoutor em Ciências Jurídico-Interna-cionais e Europeias pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (FDL); Mestre em Direito Internacional e Rela-ções Internacionais pela FDL; Advoga-do; graduado em Direito pela Faculda-de de Direito de Curitiba; graduado em Relações Internacionais pelo UNICURI-TIBA; professor de Direito Internacional e Direito do Mar; Presidente do IBDmar; Pós doutorando na Escola de Guerra Naval (EGN).

André de Paiva Toledo

Leonardo de Cam

argo Subtil

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Tiago V. Zanella

[ORGS.]

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e perspectivas

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Leonardo de Camargo Subtil

Thiago Carvalho Borges

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