Direito Do Trabalho - Esquemas Das Aulas

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Direito do Trabalho Professora Eliana Fonseca Aula 01 Referncias Bibliogrficas: 1- Amauri Mascaro Nascimento Saraiva 2- Alice Monteiro de Barros LTR 3- Maurcio Godinho Delgado LTR 4- Legislao: Consolidao das Leis do Trabalho LTR; Consolidao das Leis do Trabalho Saraiva; Consolidao das Leis do Trabalho RT. Fases do Trabalho Humano Sociedade pr-industrial 1- Escravido antiguidade 1. 2. 3. 4. 5. Trabalhadores que no possuam direitos, apenas deveres. No havia remunerao pelo trabalho. No havia direito para os trabalhadores, somente deveres. Existia uma concepo de que o trabalho fsico no podia ser realizado por determinadas classes de pessoas (ricos e intelectuais). O trabalho tinha sentido material, era reduzida coisa. O trabalho era considerado res. Ainda nos tempos atuais, h resqucios deste modo de explorao do trabalhador. Embora exista todo o equipamento estatal cuidando desta matria, ainda h resqucios destas prticas absurdas. Modos de escravido: 1. i. Endividamento: indivduo que devia e no tinha como pagar passava a ser escravo de seu credor; 2. ii. Conquistas: lutas entre os povos, os vencidos se tornavam escravos e trabalhavam para os vencedores; 3. iii. Razes de nascimento: filho de escravo escravo, neto de escravo ? escravo; 4. iv. Condenao penal: pena de escravido; 5. v. Descumprimento de obrigaes tributrias: pagamento com trabalho escravo; 6. vi. Desero do exrcito: punio atravs do trabalho escravo. 7. vii. Desterro: indivduo de um pas era enviado a outro e l era transformado em escravo.

2- Servido Idade Mdia 6. 7. Servido era o sistema pelo qual os grandes latifundirios dividiam suas terras em partes, estas eram concedidas aos indivduos que se submetessem s regras do latifundirio, dando parte de sua produo decorrente do trabalho na terra para o dono dela, alm de tantas outras obrigaes. Os servos viviam nas glebas, trs dias da semana eles cuidavam da parte do senhor feudal, o restante dos dias trabalhavam nas suas glebas, mas do que produziam nas suas glebas tinham de dar parte para o senhor feudal.

3- Corporaes de Ofcio Uma pessoa 8. 9.

corporao, no havia autorizao para que exercessem suas profisses individualmente. 10. Aprendizes: menores que trabalhavam junto com os mestre para aprender uma profisso. Depois eram submetidos a uma avaliao para serem considerados mestres. 11. Paralelo temporal: Art. 428 da CLT de 14 a 24 anos. 1. i. Contrato de dois anos; 2. ii. As empresas devem reservar um percentual, conforme o nmero de servidores da empresa;

Mestre: aquele que detinha conhecimento em determinada rea. Eram os donos das oficinas. Companheiros: trabalhadores livres. Mas esses trabalhadores deveriam trabalhar dentro da

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iii. Os aprendizes devem aprender a prtica daquilo que esteja estudando no curso

ao qual estiver vinculado (SESI, SENAI, SENAC etc)

4- Locao de servios 12. Locatio operarum obrigao de prestao de servio com tempo determinado e remunerao fixada. Este foi o embrio do contrato individual de trabalho. 1. i. Aqui no h mais a escravido. 13. Locao por empreitada promessa de execuo de determinada obra por uma quantia em dinheiro. Sociedade Industrial e o Trabalho Assalariado Razes do aparecimento: a) Econmica surgiu com a revoluo industrial no Sc. XVII; descoberta de novas fontes de energia (vapor); avano do comrcio; nascimento do trabalho assalariado; linhas de produo. Substituio do trabalho escravo pelo corporativo. A manufatura deu lugar linha de produo. b) Poltica no incio, no havia regulamentao Estatal para as relaes de trabalho, o que dava total liberdade ao empregador para comandar. O Estado passou a regulamentar, intervir nas relaes entre trabalhador e empregador. O Estado se viu, por meio de muita presso e lutas de classes, obrigado a editar normas impositivas para proteger o interesse social. As normas so de ordem pblica, ou seja, no pode haver disposio sobre seu contedo. c) Jurdica por meio das reivindicaes dos trabalhadores veio o reconhecimento do Direito de Unio (Sindicatos) e o do Direito de Contratao (Contrato de Trabalho e Convenes Coletivas), legislao protetora (Constituio, CLT), jornada de trabalho, dignidade do homem, salrios dignos, proteo s mulheres e menores, proteo contra acidentes de trabalho. 14. A Constituio Federal estabelece vrias regras garantidoras dos Direitos dos Trabalhadores conquistados ao longo da histria. Formas de interveno a) Corporativismo presena autoritria do Estado. b) Neoliberalismo Estado intervencionista. Fontes do Direito do Trabalho De onde provm o direito regulador das relaes trabalhistas. remontar a fonte de um rio procurar o local de onde brotam suas guas, do mesmo modo, procurar a origem de uma norma jurdica remontar s profundezas da vida social, para aparecer superfcie do Direito do embate das lutas de classe que nascem as normas materiais de Direito do Trabalho Classificao: a) Materiais: fenmenos sociais, polticos, histricos e religiosos. 15. As lutas das classes menos favorecidas por melhoria fazem com que o Estado crie normas protetoras dos direitos dos trabalhadores. b) Formais: so as fontes editadas pelo Estado. So os enunciados atravs dos quais o Estado manifesta o escopo dos fenmenos materiais. 16. Lei: uma regra geral que emana de uma autoridade competente, que imposta coativamente a todos sem distino, obrigando, em razo de sua fora coativa e emanando de quem tenha competncia. Clvis Bevilcqua. 1. i. Sistema Hierrquico das normas: 1. Constituio Federal; 2. Leis; 3. Decretos; 4...

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Princpio da norma de maior alcance: No direito do trabalho existe o princpio da norma

mais favorvel. A norma mais favorvel ao hipossuficiente deve ser aplica, mesmo no sendo a de maior alcance hierrquico. E isso reconhecido pelo Direito Brasileiro. 1. i. CLT, Art. 611 Conveno coletiva: 1. ii. Art. 611 - Conveno Coletiva de Trabalho o acordo de carter normativo, pelo qual dois ou mais Sindicatos representativos de categorias econmicas e profissionais estipulam condies de trabalho aplicveis, no mbito das respectivas representaes, s relaes individuais de trabalho. 2. i. 1 facultado aos Sindicatos representativos de categorias profissionais celebrarem acordos coletivos com uma ou mais empresas da correspondente categoria econmica, que estipulem condies de trabalho, aplicveis no mbito da empresa ou das acordantes respectivas relaes de trabalho. 3. iii. Sentena Normativa: 1. Primeiro preciso entender a organizao da Justia do Trabalho. Justia do Trabalho 1 Grau: varas trabalhistas; juiz singular, que o titular encarregado de decidir as questes trabalhistas que lhe forem submetidas. Competncia: Dissdios: 1- Simples: pretenso pessoal; 2- Plrimos: pretenses pessoais (direitos diferentes, todos os indivduos devem ser qualificados e apontando a pretenso pessoal de cada um); 3- Especiais: inqurito para apurao de falta grave. O trabalhador que tinha direito estabilidade dos 10 anos de trabalho (antes da CF/88) ou alguma forma de estabilidade temporria admitida atualmente (Art. 492 a 495 da CLT. grvidas; diretores sindicais etc). 17. Dessa apurao o trabalhador pode ser: demitido por justa causa; indenizao; Deciso/Sentena Verbal reduzida a termo; Escrita, mesmo a verbal, ser reduzida a termo, pois devem ser sempre escritas. 2 Grau: TRTs

Competncia originria definida em lei: dissdio coletivo; Representao (reivindicao conjunta dos trabalhadores) acrdo sentena normativa (os juzes tmo poder de dizer o direito por meio do poder normativo das sentenas) A representao deve ser sempre escrita e deve tambm vir via sindicato. 3 Grau: TST Aula 02 Continuao de fontes do direito (21 de maro de 2011) Outras fontes: Art. 8 - As autoridades administrativas e a Justia do Trabalho, na falta de disposies legais ou contratuais, decidiro, conforme o caso, pela jurisprudncia, por analogia, por eqidade e outros princpios e normas gerais de direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevalea sobre o interesse pblico.

Pargrafo nico - O direito comum ser fonte subsidiria do direito do trabalho, naquilo em que no for incompatvel com os princpios fundamentais deste. Fontes formais do direito 1- Lei: Aula 01 2- Sentena: Aula 01 3- Convenes coletivas de trabalho: so fontes convencionais de Direito. Nascem da vontade das partes, sem a participao do rgo Legislativo do Estado. Resolvendo-se o conflito fora do Poder Judicirio. 18. a. Conveno entre Trabalhadores e Empregadores (Empresrios etc); 1. i. Ajuste de vontades entre sindicato patronal e sindicato de trabalhadores. Na falta do sindicato patronal, ser feita a conveno diretamente com o empregador. 19. b. Resoluo de conflitos fora do Poder Judicirio; 20. c. A conveno fica disposio do trabalhador, para que, havendo descumprimento por parte do empregador, provocar o Judicirio atravs da justia do Trabalho. Naturalmente, os trabalhadores sero apenas os abrangidos pelo ajuste de vontade. 21. d. Art. 611 - Conveno Coletiva de Trabalho o acrdo de carter normativo, pelo qual dois ou mais Sindicatos representativos de categorias econmicas e profissionais estipulam condies de trabalho aplicveis, no mbito das respectivas representaes, s relaes individuais de trabalho. 22. e. Art. 9 - Sero nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicao dos preceitos contidos na presente Consolidao. 23. f. CF, Art. 7 So direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, alm de outros que visem melhoria de sua condio social: IV - salrio mnimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais bsicas e s de sua famlia com moradia, alimentao, educao, sade, lazer, vesturio, higiene, transporte e previdncia social, com reajustes peridicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculao para qualquer fim; 24. g. Acordo restrito aos trabalhadores de determinada empresa que necessite fazer alguma negociao de ordem especfica com seus funcionrios. 1. i. Exemplo: acordo de prorrogao de horas da empresa SAMSUNG, para trabalharem duas horas a mais por dia durante um determinado perodo. O acordo ser feito entre o empregador e o sindicato da categoria que estiver envolvida, e o acordo s tem validade naquele empresa e para aqueles trabalhadores. 25. h. Art. 872 - Celebrado o acordo, ou transitada em julgado a deciso, seguir-se- o seu cumprimento, sob as penas estabelecidas neste Ttulo. 1. i. Pargrafo nico - Quando os empregadores deixarem de satisfazer o pagamento de salrios, na conformidade da deciso proferida, podero os empregados ou seus sindicatos, independentes de outorga de poderes de seus associados, juntando certido de tal deciso, apresentar reclamao Junta ou Juzo competente, observado o processo previsto no Captulo II deste Ttulo, sendo vedado, porm, questionar sobre a matria de fato e de direito j apreciada na deciso. 4- Contrato individual do trabalho: 26. a. Acordo de vontades firmado entre o empregador e o trabalhador; 27. b. O contrato no discutido entre as partes. um contrato pr-desenvolvido conforme as normas vigentes relativas ao direito do trabalho, ao qual o trabalhador concorda, aceitando o emprego, ou discorda, no o aceitando. a figura de um contrato de adeso. 28. c. Art. 8. 5- Jurisprudncia: 29. a. Decises reiteradas sobre uma mesma matria e que guardem determinada semelhana no trato da aplicao da norma de Direito pelos diversos Tribunais e Juzos do pas, que vo orientar os rgos na aplicao do Direito. O exemplo mais forte de jurisprudncia a Smula Vinculante. 30. b. um conjunto de decises; 31. c. No Direito do Trabalho conhecida como enunciados; 1. i. Estes servem de parmetro para os julgadores aplicarem a mesma deciso em caso concreto. 32. d. Existem correntes doutrinrias que aceitam e outras no aceitam a jurisprudncia como fonte do Direito do trabalho. A corrente majoritria a que aceita. 6- Regulamento das empresas:

33. a. Regras estabelecidas de modo geral pela empresa aos seus empregados; 34. b. Estabelecem determinados procedimentos a serem adotados no mbito do local de trabalho; 35. c. Os regulamentos podem ser: doutrinariamente. 1. i. Unilaterais: produzidos pelo empregador e aplicados de forma impositiva; este tipo de regulamento est em desuso, pois com o advento da empresa moderna, que se preocupa com a valorizao do trabalhador, essa forma impositiva tem perdido espao. 2. ii. Bilaterais: produzido com a participao de empregador e empregado. uma conquista dos trabalhadores e da empresa moderna, onde se preservam interesses de ambos, uma vez que a empresa formada e desenvolvida pela atuao de todos. 3. iii. Obrigatrios: quanto validade (no existem no Brasil); advm do Estado, o prprio ente pblico cria o regulamento. 4. iv. Facultativo: pode ser unilateral ou bilateral. 5. v. Quadro de carreira: Art. 461 CLT 1. Art. 461 - Sendo idntica a funo, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, na mesma localidade, corresponder igual salrio, sem distino de sexo, nacionalidade ou idade. 7- Usos e costumes: 36. a. Poder decisrio annimo do povo; 1. i. o povo criando as normas atravs do comportamento social, cultural, religioso etc. 2. ii. a fora da tradio, da cultura, da histria e da religio; 37. b. O costume pode derrogar a lei; 38. c. Exemplos: a) em Paris, os trabalhadores costumavam a paralisar suas atividades e se reunio para discutir ideias sobre seus contratos de trabalho, pois no havia regulamentao, assim, podiam pressionar o empregador por melhorias la place de grve; b) Lei n 5,889. Trabalhadores boias-fria (exemplos so os cortadores de cana). Art. 5 No trabalho superior a 6 horas haver um perodo de descanso de acordo com os costumes do lugar; c) gorjetas tambm so decorrncia dos usos e costumes; d) recebimento de um salrio a mais no natal, ocasionou a regra do 13 e da gratificao natalina; e) contrato verbal (CLT Art. 443); f) tcito h uma presuno fundada em atos. Exemplo: pessoa que mora em uma casa e pratica os afazeres domsticos de forma contnua, mas sem acordo de trabalho (a professora deu o exemplo da vivenda verde); f) expresso: quando h acordo devidamente formado. 8- Laudo arbitral: 39. a. Soluo extrajudicial de lides trabalhistas: 1. i. Autodefesa: a) greve selvagem movimento violento que no observa os procedimentos da lei; b) greve branca lock-out (mora salarial). 1. Art. 722 - Os empregadores que, individual ou coletivamente, suspenderem os trabalhos dos seus estabelecimentos, sem prvia autorizao do Tribunal competente, ou que violarem, ou se recusarem a cumprir deciso proferida em dissdio coletivo, incorrero nas seguintes penalidades. 2. ii. Autocomposio: as partes em conflito iniciam a negociao, esta pode resultar na Conveno Coletiva de Trabalho ou no Acordo Coletivo. Aqui pode haver a presena de um servidor da delegacia do trabalho como mediador, sua presena facultativa. Norma autnoma privada. 1. Art. 611, 1. 3. iii. Heterocomposio: partes em conflito chamam algum de fora para resolver o conflito. 1. Arbitragem terceiro estuda o problema e oferece uma soluo, gerando o laudo arbitral. Existem profissionais que atuam nessa negociao, estudando o caso e propondo as melhores solues. 1. CF, Art. 114, pargrafos 1 e 2 1. i. 1 - Frustrada a negociao coletiva, as partes podero eleger rbitros. 2. ii. 2 Recusando-se qualquer das partes negociao coletiva ou arbitragem, facultado s mesmas, de comum acordo, ajuizar dissdio coletivo de natureza econmica, podendo a Justia do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposies mnimas legais de proteo ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente. 3. Justia do Trabalho o Estado entra para solucionar o dissdio coletivo, os interessados buscam o auxlio da justia por meio de representao.

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iv. Qualquer dos pactuantes que descumprir sua parte no ajuste de vontades sofrer sanes, uma vez que descumprimento do acordo de vontades gera o direito de se recorrer ao Poder Judicirio por meio da Justia do Trabalho atravs de dissdio simples ou de dissdio plrimo.

Princpios do Direito do Trabalho

Princpios gerais do Direito (Art. 8 da CLT) Miguel Realy Princpios so verdades fundantes das quais o Direito no pode fugir Doutrinariamente, os princpios tm trs funes: informativa; normativa e interpretativa1- A ningum lcito alegar a ignorncia da lei: 40. No escusvel o desconhecimento da lei. 41. Dados os meios atuais de acesso informao. 2- Autonomia da vontade: 42. Assegura aos grupos sociais o direito de elaborar normas jurdicas que o Direito reconhece. 43. Podem criar normas que supram lacunas da lei. 44. No tem natureza absoluta, submete-se s normas cogentes de ordem pblica. 3- Fora obrigatria dos contratos: 45. Pacta sunt servanda o contrato faz lei entre as partes. 4- Exceo do contrato no cumprido: 46. Nenhum contratante pode exigir o cumprimento de uma obrigao se no cumprir a sua. 47. Exceptio non adimpleti contractus 5- Boa f nos contratos: 48. O empresrio deve guardar lealdade quanto aos direitos do trabalhador, assim como o trabalhador deve guardar lealdade para com o empregador. Princpios especficos do Direito Trabalho 1- Princpio da norma mais favorvel 49. a. In dubio pro operario as normas devem ser interpretadas de forma a favorecer ao trabalhador empregado. 50. b. Princpio da elaborao da norma 1. i. A elaborao da norma deve contemplar sempre caractersticas que tendam a favorecer ao trabalhador. 51. c. Princpio da hierarquia 1. i. Quando houver normas de diferentes hierarquias tratando da mesma matria, no ser observado o maior alcance hierrquico, mas sim o maior favorecimento ao empregado. 52. d. Princpio da interpretao 1. i. Uma norma passvel de vrias interpretaes deve ser interpretada prevalecendo aquela que mais favorecer ao empregado/trabalhador. Aula 03_23_03_2011 (Continuao Princpios Especficos do Direito do Trabalho) 2- Princpio da condio mais benfica 53. a. Um benefcio ao trabalhador no pode ser suprimido sem o consentimento do afetado. Existindo uma condio que garante uma vantagem ao empregado s pode ser retirada havendo consentimento por parte dos trabalhadores. O contrato de trabalho um instrumento jurdico eivado de bilateralidade, logo, as alteraes devem partir de consentimento mtuo.

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i. Exemplo: Empresa oferecia plano de sade classe A, depois de um tempo modifica e implanta um plano classe C. Os trabalhadores entraram com uma ao na Justia do Trabalho baseados no princpio da condio mais benfica, uma vez que se sentiram afetados pela mudana unilateralmente estabelecida pelo empregador. Na ao solicitavam o retorno do plano anterior. A Justia do Trabalho concedeu o pedido em sua totalidade, baseado no dispositivo constitucional que garante que a lei no prejudicar o ato jurdico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada, alm de terem se baseado tambm no Enunciado 51 do TST e do Art. 468 da CLT. ii. Enunciado 51 TST I - As clusulas regulamentares, que revoguem ou alterem vantagens anteriormente, s atingiro os trabalhadores admitidos aps a revogao ou alterao do regulamento; II - Havendo a coexistncia de dois regulamentos da empresa, a opo do empregado por um deles tem efeito jurdico de renncia s regras do sistema do outro. iii. CLT Art. 468. Nos contratos individuais de trabalho s lcita a alterao das respectivas condies por mtuo consentimento, e ainda assim desde que no resultem, direta ou indiretamente, prejuzos ao empregado, sob pena de nulidade da clusula infringente desta garantia.

3- Irrenunciabilidade dos direitos trabalhistas: 54. a. Mesmo havendo acordo entre as partes, no possvel a disposio ou renncia a direitos de ordem pblica reconhecidos ao trabalhador. Nenhum trabalhador pode renunciar seus direitos relativos relao trabalhista, salvo quando estes no forem de ordem pblica. A renncia indevida gera nulidade de pleno direito. 1. i. Art. 7, XXIX - ao, quanto aos crditos resultantes das relaes de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, at o limite de dois anos aps a extino do contrato de trabalho; 2. ii. S garantido o direito que estiver protegido pelo prazo prescricional de cinco anos. Ou seja, os direitos que estejam pendentes a mais de cinco anos no podem mais ser exigidos, uma vez que j no se encontram mais dentro do prazo de prescrio, logo, a pretenso resta prejudicada. 3. iii. Ressalte-se que este direito de ao deve ser exercido num prazo de dois anos. O direito no socorre aos que dormem. Diz-se que, se o indivduo no buscar o provimento jurisdicional, no ter como haver seus direitos. O recomendvel que o indivduo tenha o mnimo de diligncia quanto aos seus direitos, fiscalizando a regularidade das aes do empregador quanto aos seus direitos legalmente constitudos. 4. iv. Lei 6.019 (dar uma olhadinha); ver Art. 29 da CLT. 5. v. 6. vi. Existe uma situao comum envolvendo as empresas pertencentes a igrejas evanglicas. Estas descontam o dzimo, que um instituto religioso e voluntrio, diretamente no contracheque do trabalhador, configurando uma irregularidade, visto no haver previso legal neste sentido. 7. vii. No se pode renunciar o direito ao auxlio transporte, alimentao etc. 55. b. A irrenunciabilidade pode ser admitida quando for benfica ao trabalhador ou no comprometa sua condio. 56. c. Art. 482 da CLT comprovao de culpabilidade do empregado gera direito ao empregador de romper a relao trabalhista. 57. d. FGTS irrenuncivel e s prescreve em 30 anos. Uma ao para reaver os direitos relativos a no recebimento de FGTS, no caso de o empregador no t-lo depositado, abrange trinta anos de depsito. 58. e. Reduo de Salrio e Jornada: Pode haver reduo de jornada, cumulada com reduo de salrios para que o indivduo possa estudar. 59. f. O aviso prvio irrenuncivel, salvo quando houver comprovao de novo emprego: 1. i. TST - Enunciado 276. O direito ao aviso prvio irrenuncivel pelo empregado. O pedido de dispensa de cumprimento no exime o empregador de pagar o valor respectivo, salvo comprovao de haver o prestador dos servios obtido novo emprego. 4- Liberdade sindical: Art. 8 da CF. 60. a. O Estado no pode interferir na criao, organizao e administrao das organizaes sindicais. 61. b. Os trabalhadores tm o direito de se reunirem para criar um sindicato sem que para isso devam, necessariamente, pedir autorizao do Estado. Alm disso, o Estado no pode interferir na administrao, pois os sindicatos podem criar seus prprios regulamentos, em conformidade com a ordem jurdica vigente. 62. c. Previso constitucionalmente prevista no Art. 8 da Carta Magna Brasileira.

63. d. Excees: Embora o direito de associao seja voluntrio, h um pagamento compulsrio de uma contribuio, o qual ocorre uma vez por ano. Outra exceo a unidade sindical, a qual probe que sejam criados vrios sindicatos na mesma rea numa mesma unidade territorial. 5- Igualdade salarial: 64. a. Todos devem receber salrios iguais, independentemente de qualquer distino fsica, religiosa, cultural etc. Deve haver igualdade material e formal; 65. b. Lei 9.029/95 (proibio de prticas discriminatrias na relao de emprego contra as mulheres); 1. i. Proibio de exigncia de atestado de gravidez, como requisito de admisso, sob pena de deteno e multa ao empregador, se comprovada a discriminao; 2. ii. Art. 4o. O rompimento da relao de trabalho por ato discriminatrio, nos moldes desta Lei, alm do direito reparao pelo dano moral, faculta ao empregado optar entre: (Redao dada pela Lei n 12.288, de 2010); 1. I - a readmisso com ressarcimento integral de todo o perodo de afastamento, mediante pagamento das remuneraes devidas, corrigidas monetariamente, acrescidas dos juros legais; 2. II - a percepo, em dobro, da remunerao do perodo de afastamento, corrigida monetariamente e acrescida dos juros legais. 66. c. Lei 9.799/99 Insere, na Consolidao das Leis do Trabalho, regras sobre o acesso da mulher ao mercado de trabalho e d outras providncias. 67. d. CLT Art. 29. 4o vedado ao empregador efetuar anotaes desabonadoras conduta do empregado em sua Carteira de Trabalho e Previdncia Social. (Includo pela Lei n 10.270, de 29.8.2001); 68. e. Qualquer forma de descriminao passvel de multa. No entanto, o nus da prova do trabalhador. Aula 04_30_03_2011 (Continuao de princpios especficos do Direito do Trabalho) 6- Liberdade no trabalho: 69. a. Todos tm liberdade para trabalhar (CF. Art. 5, II). A todos devem ser garantidas as mesmas oportunidades para que trabalhem e exeram as profisses permitidas dentro do territrio e em conformidade com a ordem jurdica e social vigente. 70. b. No uma norma absoluta, visto que existem algumas atividades profissionais a que a lei determina alguns requisitos especficos, de ordem tcnica, intelectual etc. o caso do Advogado, que necessita ter registro na Ordem dos Advogados do Brasil, os Mdicos, que necessitam de registro no Conselho de Medicina entre outros. 71. c. O empregador no pode submeter o empregado a situaes vexatrias ou qualquer situao que de certa forma ofenda a dignidade humana. 1. i. Exemplos: a) supermercado que exigia de suas funcionrias que usassem fralda para no terem de ir ao banheiro, devendo fazer suas necessidades na fralda; b) empresa que instala cmeras filmadoras em locais como banheiros, atingindo a intimidade; 7- Continuidade do emprego ou continuidade da relao empregatcia: 72. a. Art. 442 e Art. 443 da CLT; 73. b. O contrato de trabalho por tempo indeterminado; 74. c. O contrato sendo por prazo indeterminado oferece uma maior segurana jurdica, pois o trabalhador precisa adquirir bens que necessitam de dispndio de tempo para reunir os recursos necessrios, precisa planejar a famlia, etc. 75. d. O trabalhador s pode ser demitido se cometer uma falta grave. A Constituio garante que a relao de emprego ser protegida da despedida sem justa causa. (Art. 7, I). 1. i. Exemplos: desdia, faltas injustificadas reiteradamente etc. 76. e. Segurana Jurdica: CF/88, Art. 7. I. Proibio de demisso arbitrria. 1. i. O trabalhador pode entrar com um dissdio individual simples contra a demisso que entender arbitrria. 2. ii. Conveno 158 da OIT denunciada, est sub jdice. No foram tomadas as medidas constitucionais previstas para a incluso de uma conveno na ordem jurdica brasileira. 3. iii. A mudana de direo ou propriedade de uma empresa no pode gerar a demisso do trabalhador, salvo aqueles que tm contrato com prazo determinado. 1. 1. Uma ciso ou uma fuso no podem dar causa demisso dos trabalhadores da empresa que for incorporada a outra etc. 4. iv. Mudana na estrutura jurdica da empresa no afetar o contrato de trabalho. Art. 448.

1. Exemplo: uma sociedade simples se transforma em uma sociedade de cotas, uma sociedade de cotas se transforma em uma sociedade annima etc. 77. f. Existe a figura do contrato temporrio, que serve para atender necessidades excepcionais. Neste tipo de contrato o prazo determinado conforme a natureza excepcional que o abrange. Classificao das normas trabalhistas 1- De ordem Pblica: 78. Absolutas de ordem pblica porque est acima dos interesses individuais, no podendo ser derrogadas pelas partes. So indisponveis por parte do trabalhador e no podem ser descumpridas pelo empregador. So normas que tutelam direitos e garantias, no podendo ser condicionadas a nenhuma outra situao. 1. i. Exemplos: Medicina e Segurana do Trabalho. Normas que disciplinam e orientam os sujeitos da relao trabalhista, a fim 1. Art. 162 da CLT obrigao da empresa de manter servios especializados de medicina e segurana do trabalho; 2. Art. A63 da CLT CIPA; 3. Art. 164 da CLT Composio da CIPA; 4. Art. 166 da CLT obrigao da empresa em fornecer aos empregados, gratuitamente, equipamentos de proteo individual adequados ao risco inerente funo desempenhada pelo trabalhador; 5. Art. 29, 4 da CLT Carteira de Trabalho; 1. Art. 29 - 4o vedado ao empregador efetuar anotaes desabonadoras conduta do empregado em sua Carteira de Trabalho e Previdncia Social. 5o O descumprimento do disposto no 4o deste artigo submeter o empregador ao pagamento de multa prevista no art. 52 deste Captulo - Art. 52 - O extravio ou inutilizao da Carteira de Trabalho e Previdncia Social por culpa da empresa sujeitar esta multa de valor igual metade do salrio mnimo regional. 2. Art. 129 da CLT Direito s Frias. Art. 137. Frias concedidas aps o prazo, o empregador pagar em dobro; 1. Art. 129 - Todo empregado ter direito anualmente ao gozo de um perodo de frias, sem prejuzo da remunerao; 2. Art. 137 - Sempre que as frias forem concedidas aps o prazo de que trata o art. 134, o empregador pagar em dobro a respectiva remunerao. 3. Art. 7. IV, da CF salrio mnimo fixado em lei e nacionalmente unificado; 4. CF/88 Repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos. (Lei 605); 1. Se o trabalhador faltar sem motivo justificado na semana anterior, perde o direito ao repouso semanal remunerado referente quela semana. 2. Art. 1 Todo empregado tem direito ao repouso semanal remunerado de vinte e quatro horas consecutivas, preferentemente aos domingos e, nos limites das exigncias tcnicas das empresas, nos feriados civis e religiosos, de acordo com a tradio local. 3. Art. 6 No ser devida a remunerao quando, sem motivo justificado, o empregado no tiver trabalhado durante toda a semana anterior, cumprindo integralmente o seu horrio de trabalho. (Ver Art. 473 da CLT) 79. Relativas so normas de ordem pblica, mas possvel que o interesse coletivo, ali protegido, seja flexibilizado: 1. i. Art. 7. VI, da CF Irredutibilidade de salrios; cabe reduo por acordo ou conveno 2.

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coletiva. ii. Art.7. XIII, da CF Durao do trabalho normal no superior a 44 horas. 1. 1. Compensao de horrio; 2. 2. Hora extraordinria com pelo menos 50% acima do valor da hora normal.

2- Normas dispositivas: so normas criadas pelo Estado, porm, so normas que regulam relaes eminentemente privadas, podendo haver disposio ou derrogao entre as partes. O Estado deixa um campo de negociao bastante vasto para que os sujeitos da relao trabalhista possam estabelecer seus.

80. a. Hora extra; 1. i. Trabalhador que viaja para executar trabalho fora do municpio de seu domiclio tem direito hora-extra? 1. 1. Depende do tipo de contrato, da existncia de autorizao da gerncia responsvel, e demais situaes excepcionais. 81. b. Adicional noturno; 82. c. Aviso prvio ( uma exceo, no sempre que se pode dispor do aviso). 3- Normas autnomas: normas advindas da vontade das partes, desde que no contrarie nenhuma norma de ordem pblica. 83. Individuais: trabalhador e empregador definem uma norma para beneficiar apenas aquele trabalhador. 1. i. Exemplo: trabalhador saindo de aposentadoria e faz um acordo com o empregador que lhe concede uma aposentadoria complementar, mas essa norma s envolve esse trabalhador especfico. 84. Coletivas: empregador e empregados convencionam uma norma que beneficia a todos. 1. i. Exemplo: empregador faz acordo com os trabalhadores para que todos recebam uma cestabsica todos os meses. Direito do Trabalho (resumo da obra de Maurcio Godinho) 1- Denominao: 85. Sculo XX esse ramo do Direito j recebeu diversas denominaes tais como: Direito Industrial; Direito Operrio; Direito Cooperativo; Direito Sindical e Direito Social. 86. Direito do Trabalhado hoje, unanimidade o uso da denominao Direito do Trabalho, e isso claramente percebido em nossas doutrina, jurisprudncia e legislao. 2- Conceito: para definir o conceito de Direito do Trabalho h algumas acepes notveis que devem ser levadas em conta, destaque-se que entre as definies ora apresentadas, a que mais se adequa ao atual estgio da Cincia deste ramo do Direito a acepo mista, pois envolve aspectos objetivos e subjetivos na construo. 87. Acepo subjetiva o Direito do Trabalho o direito especial de um determinado grupo de pessoas, que se caracteriza pela classe de sua atividade lucrativa, o direito especial dos Trabalhadores. Hueck e Nipperdey 88. Acepo objetiva Direito do Trabalho o corpo de princpios e de normas jurdicas que ordenam a prestao do trabalho subordinado ou a este equivalente, bem como as relaes e os riscos que dela se originam. Messias Pereira Donato 89. Acepo mista Direito do Trabalho o conjunto de princpios, normas e instituies, aplicveis relao de trabalho e situaes equiparveis, tendo em vista a melhoria da condio social do trabalhador, atravs de medidas protetoras e da modificao das estruturas sociais. Octavio Bueno Magano 3- Contedo: 90. O contedo, essencialmente visto, da Cincia do Direito do Trabalho a relao de trabalho travada entre os diversos tipos, subtipos e espcies de trabalhadores nas inmeras formas de prestao de trabalhos e servios. 91. A relao empregatcia o contedo fundamental do estudo dessa ramo do Direito. 92. Ressalte-se que as relaes de trabalho nem sempre so iguais, basta olharmos para os trabalhadores domsticos para percebermos que existe uma diferenciao no tratamento e na normatividade que o regula. 4- Caractersticas: 93. 94. 95. 96. 97. Finalstico ou teleolgico; Modernizador; Progressista; Civilizatrio; Democrtico.

AMPLIAO CRESCENTE,

Direito de reinvidicao de classe, Cunho intervencionista Influenciado por normas internacionais da OIT, Seus institutos juridicos so de ordem coletiva socializante (ex. liberdade sindical, coleo coletiva e greve), Direito em transio, Limitativo da vontade individual do contrato, Observncia aos princpios da dignidade humana, Tutela do trabalhador (economicamente fraco) 5- Natureza Jurdica: 98. Direito Pblico 99. Direito Privado 100. Direito Social Aula 05_04_04_2011 (teletrabalho situao no Brasil) Trabalhadores Regidos pela CLT

o o

Trabalhador Empregado Trabalhador em domiclio 1- Conceito de trabalhador empregado: pessoa fsica que presta, pessoalmente, servios a outra pessoa, de maneira no eventual, subordinado e assalariado pelo empregador. Art. 3 da CLT considera-se empregado toda pessoa fsica que... 103. Requisitos: 1. i. Pessoa fsica: o indivduo capaz de responder pelos seus atos na esfera civil. 1. Trabalhador aprendiz: regido por um contrato de aprendizagem, e pode ser a partir dos 14 anos completos. A finalidade deste contrato a aprendizagem do indivduo em desenvolvimento profissional. O contrato s ser vlido se houver assinatura do representante legal do menor. (ver Art. 9.). podem executar qualquer tarefa no defesa pela lei. 2. Trabalhador menor: aquele que tem relao de emprego entre 16 e 18 anos. O emancipado no se enquadra desta condio. 3. Princpio da igualdade: no se pode discriminar o trabalho dos menores, embora haja uma regulamentao especial quanto a esta prtica. 2. ii. Trabalho pessoal: quem assina o contrato de trabalho quem deve executar as atividades inerentes a ele. 3. iii. Trabalho permanente: o contrato, regra geral, por prazo indeterminado. Deve haver um vnculo de permanncia, no pode ser algo espordico ou eventual. A quantidade de horas no requisito para caracterizar ou descaracteriza a permanncia. 4. iv. Dependncia: teoria da dependncia hierrquica, econmica, tcnica e jurdica. 5. v. Onerosidade: o trabalho do empregado deve ser retribudo com a contraprestao salarial. Teoria da proibio do enriquecimento sem causa. 1. O pagamento deve ser feito at o quinto dia til subsequente ao ms vencido. 6. vi. Exclusividade (exigncia contratual): um requisito que provm da negociao entre as partes. Mas esta exclusividade no pode ferir direitos irrenunciveis. 1. Art. 482 possibilidade de resciso contratual quando se puder enquadrar o empregado em determinadas situao legalmente previstas. (violao de segredo da empresa) 2- Teorias que explicam a dependncia do trabalhador empregado: 104. Teorias:

1. 2.

3.

4.

i. Hierrquica: o empregador comanda o trabalhado, logo, este est subordinado quele. ii. Econmica: o empregador tem o poder econmico para manter a relao, logo, haveria uma subordinao de ordem econmica do trabalhador para com o empregador. 1. Exemplo: pai e filho menor. Derruba a teoria econmica. 2. Exemplo: portugueses montaram uma padaria no Brasil, tinha um empregado fiel, este, quando uma crise sobre iii. Tcnica: o empregado est submetido, tecnicamente, ao empregador, o qual d as ordens. 1. Exemplo: Advogado dono de uma construtora. No tem como dar ordens tcnicas aos Engenheiros. Derrubando a teoria. iv. Jurdica: reconhecimento de uma relao jurdica entre empregador e empregado. A dependncia e a subordinao so jurdicas.

3- Trabalhador em domiclio: Art. 83 105. Conceito de trabalhador em domiclio: executado na residncia do empregado ou equivalente e as expensas do empregador. 4- Caractersticas: 106. Subordinao: contrato de trabalho, subordinao jurdica. 107. Pessoa fsica: aqueles que tm capacidade civil em conformidade com as normas trabalhistas. 108. Trabalho fora da empresa: domiclio do empregado ou oficina equivalente. 109. Trabalho contnuo: prazo indeterminado. 110. Onerosidade: recebe salrios. 111. No est sujeito a honorrios: no h horrio fixo para o exerccio. 112. Jornada ilimitada: trabalhador fica disposio, no pode cobrar horas extraordinrias. Aula 06_06_04_2011 Trabalhador Eventual 1- Conceito: 113. Legal: Art. 9, V, j, do Decreto 3.048/99 lei 8.212 e 8.213 1. i. Lei 8.212, Art. 12, V, g. quem presta servio de natureza urbana ou rural, em carter eventual, a uma ou mais empresas, sem relao de emprego. 2. ii. Lei 8.213, Art. 11, V, g. quem presta servio de natureza urbana ou rural, em carter eventual, a uma ou mais empresas, sem relao de emprego. 3. iii. Decreto 3.048, Art. 9. 114. Doutrinrio: trabalhador que presta servios de forma episdica, ou seja, esporadicamente a vrios tomadores de servio. 2- Caractersticas: 115. Pessoa Fsica (urbano ou rural): 116. Atividade prestada ocasionalmente: 117. Descontinuidade: 118. Impossibilidade de fixao jurdica a uma fonte de trabalho: 119. Trabalho de curta durao: 120. Pluralidade de tomadores de servios: 121. Inexistncia de relao de emprego: 122. Regido pela lei civil: 3- Teorias: 123. Teoria do Evento: evento que ocorre e demanda a contratao de determinado profissional para efetuar um servio. 1. i. Exemplo: uma queda de energia decorrente de um temporal causa problemas na rede eltrica de uma empresa. chamado imediatamente um eletricista para efetuar os reparos necessrios, este indivduo faz seu trabalho e vai embora, vez que no um empregado da empresa.

124. Fins da empresa: toda empresa, quando da sua constituio, tem uma finalidade determinada. Os servios que no estejam relacionados ao fim essencial desta empresa so efetuados por trabalhadores eventuais. 125. Descontinuidade do servio: 126. Teoria da Fixao Jurdica no h contrato de trabalho lavando a uma fixao jurdica entre o trabalhador e o tomador. O que existe um contrato especfico para a realizao de determinado trabalho em curto perodo de tempo. 1. i. Exemplo1: um pintor que contratado para fazer a pintura das paredes de uma empresa. 2. ii. Exemplo2: um contador que contratado para 4- Observao: Art. 652 da CLT Me Social 1- Conceito: 127. Doutrinrio: 128. Legal: Lei 7.644 2- Finalidade do Trabalho: 129. Reintegrar a criana ao meio social, promovendo a educao destes como se estivessem no seio da famlia. 3- Caractersticas: 130. Pessoa Fsica: mulher 131. Jornada Ilimitada: o exerccio dessa atividade no pode ter limitaes temporais, pois o que se busca assemelhar ao tratamento de uma mo ao prprio filho. Aqui j vemos uma caracterstica de inexigibilidade de hora-extra. 132. Trabalha onde reside: necessariamente. 133. Existncia de vnculo empregatcio: deve haver contrato escrito a prazo indeterminado. Direitos Lesados Apreciados pela Justia do Trabalho 4- Requisitos: 1- Pessoa Fsica: mulher. 2- Limite de idade (25 anos): requisito legal, nenhuma mulher com menos de 25 anos pode assumir tal funo. 3- Boa conduta: necessrio que a mulher tenha idoneidade moral. 4- 1 Grau completo: requisito formal. 5- Disponibilidade de residir no local de trabalho: a trabalhadora dever morar no local de trabalho. 6- Aprovao em treinamento ou estgio: h um treinamento que envolve profissionais como Psiclogos, Assistentes Sociais etc, os quais faram o aferimento da condio da mulher, este teste demonstra se tem ou no aptido para o exerccio desta funo. 7- Aprovao em teste psicolgico especfico: este outro teste a parte do treinamento. 5- Tipos: 134. Me Social: 135. Me Social Substituta: 136. Estagirio:

6- Direitos Assegurados:

137. Carteira de Trabalho: o empregador deve assinar a CTPS da mulher. 138. Salrio Mnimo: no pode o salrio ser inferior ao mnimo. 139. Repouso Semanal Remunerado: um dia de folga semanal. 140. Frias: ter direito a gozar de frias, sendo substituda por uma Me Social Substituta. 141. 13 Salrio: ter direito ao 13 salrio como qualquer trabalhador comum. 142. FGTS: 143. Benefcio e Seguros Previdencirios: todos os direitos decorrentes da previdncia social. 7- Atribuies: Lei 7.644 144. Dedicao exclusiva aos menores; 145. Trabalho intermitente; 8- Recursos: 146. Justia do Trabalho