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Direito do Urbanismo Sistema Português de Ordenamento do Território – Tipologia dos planos UNL - FD, 24 de Fevereiro de 2011

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Direito do Urbanismo

Sistema Português de Ordenamento do Território – Tipologia dos planos

UNL - FD, 24 de Fevereiro de 2011

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Conceitos básicos de ordenamento do território

Ordenamento do Território vs. Urbanismo

Critério da amplitude do âmbito de aplicação dosinstrumentos de planeamento:

→ Ordenamento: Planeamento nacional e regional através de regras jurídicas de ocupação do solo a nível nacional e regional;

→Urbanismo: Planeamento Municipal através de regras jurídicas de uso e transformação do solo.

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Conceitos básicos de ordenamento do território

Ordenamento do Território/Urbanismo

O urbanismo na doutrina Portuguesa

→ O urbanismo como conjunto de normas jurídicas que, enquadradas nas opções de ordenamento, disciplinam a acção da Administração e dos particulares com vista a uma ordenação racional das cidades (concepção restrita);

→ O urbanismo como um conjunto de normas que disciplinam a actuação da Administração e os particulares com vista ao correcto ordenamento da ocupação, utilização e transformação dos solos para fins urbanísticos (concepção intermédia).

→ O urbanismo como disciplina jurídica que abrange o conjunto de normas e institutos que disciplinam não só a expansão e renovação dos aglomerados populacionais mas também o complexo de intervenções no solo e das formas da utilização do mesmo que dizem respeito às edificações, valorização e protecção das belezas paisagísticas e dos parques naturais, à recuperação dos centros históricos etc. (concepção lata)

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Conceitos básicos de ordenamento do território

Posição Adoptada

→ Urbanismo e Ordenamento actuam através dos mesmos instrumentos - planos;

→ Inexistência de uma distinção clara (e legal) entre planos urbanísticos e planos de ordenamento;

→ Critério misto de diferenciação:

→ Objectivos prosseguidos (mais amplos no ordenamento);

→ Eficácia jurídica dos instrumentos (só os de urbanismo são directamente vinculativos para os particulares);

→ Conteúdo (directivas, opções ou orientações no Ordenamento e verdadeiras normas de ocupação do solo no Urbanismo).

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Sistema Português de Ordenamento do Território

Enquadramento Legislativo

→ Constituição da República Portuguesa (artigos 65.º e 66.º)

→ Lei de Bases da Política de Ordenamento do Território e do Urbanismo –LBPOTU (Lei 48/98 de 11 de Agosto)

→ Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial (DL 380/99 de 22 de Setembro, na redacção do DL 2/2011, de 6 de Janeiro)

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Sistema Português de Ordenamento do Território

Princípios do Ordenamento do Território (artigo 5.º da LBPOTU)

→ Sustentabilidade e solidariedade intergeracional

→ Ponto de equilíbrio entre o desenvolvimento económico e a conservação da natureza e recursos naturais, por forma a assegurar às gerações futuras um território e espaços edificados correctamente ordenados – Desenvolvimento sustentável;

→ Coordenação→ Compatibilização do ordenamento com a política económica e

social e com políticas sectoriais com incidência no território, no respeito por uma adequada ponderação de interesses público e privado – os planos devem reflectir as grandes opções estratégicas de natureza económica e social;

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Sistema Português de Ordenamento do Território

Princípios do Ordenamento do Território (artigo 5.º da LBPOTU)

→ Equidade→ Justa repartição dos benefícios e encargos resultantes dos instrumentos de gestão

territorial – aplicação restrita aos planos vinculativos dos particulares obrigando à previsão de mecanismos de perequação.

→ Participação→ Acesso dos cidadãos à informação e à participação no procedimento de

planeamento. Direito à Informação, Sugestões e Discussão Pública.

→ Segurança Jurídica→ Dever de indemnizar sempre que os planos vinculativos dos particulares

determinem restrições significativas, de efeitos equivalente a expropriação, a usos do solo anteriormente consolidados, e que não possam ser compensados através da perequação

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Sistema Português de Ordenamento do Território

Elenco geral dos Instrumentos de Gestão Territorial

→ Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território – PNPOT

→ Planos Sectoriais – PS

→ Planos Especiais de Ordenamento do Território – PEOT→ Planos de Ordenamento de Áreas Protegidas

→ Planos de Ordenamento de Albufeiras de Águas Públicas

→ Planos de Ordenamento da Orla Costeira

→ Planos de Ordenamento dos Estuários

→Planos Regionais de Ordenamento do Território – PROT

→Planos Intermunicipais de Ordenamento do Território – PIMOT

→Planos Municipais de Ordenamento do Território – PMOT

→ Plano Director Municipal – PDM

→ Plano de Urbanização – PU

→ Plano de Pormenor - PP

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Sistema Português de Ordenamento do Território

A integração dos instrumentos de gestão territorial num sistema a trêsníveis: o sistema de gestão territorial

→ Critério de delimitação dos níveis do sistema de gestão territorial: o grau (nacional, regional ou municipal) dos interesses prosseguidos por cada um dos instrumentos

O âmbito nacional – quadro estratégico para o ordenamento do território a nível nacional; neste âmbito são estabelecidas directrizes para o âmbito regional e municipal

→ PNPOT→ PS→ PEOT

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Sistema Português de Ordenamento do Território

A integração dos instrumentos de gestão territorial num sistema a três níveis: o sistema de gestão territorial

O âmbito regional – quadro estratégico para o ordenamento do território a nível regional; em articulação com as políticas nacionais, são estabelecidas directrizes para o âmbito municipal

→ PROT

O âmbito municipal – regime de uso do solo e respectiva programação, de acordo com as directrizes de âmbito nacional e regional

→ PIMOT→ PMOT

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Sistema Português de Ordenamento do Território

Tipificação dos instrumentos de gestão territorial

Os instrumentos de desenvolvimento territorial: documentos estratégicos, de definição de grandes opções de organização do território

→ PNPOT→ PROT→ PIMOT

Os instrumentos de política sectorial: documentos de concretização de políticas ao nível do desenvolvimento económico e social que têm impacto territorial

→ PS

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Sistema Português de Ordenamento do Território

Tipificação dos instrumentos de gestão territorial

Os instrumentos de planeamento territorial: documentos aprovados pelos municípios, que estabelecem o regime de uso do solo com recurso a modelos de evolução previsível da ocupação do mesmo e da organização de redes e sistemas urbanos

→ PMOT

Os instrumentos de natureza especial: meio supletivo de intervenção do Governo para a prossecução de objectivos nacionais com repercussão espacial, ao nível dos recursos e valores naturais

→ PEOT

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Sistema Português de Ordenamento do Território

O PNPOT

Âmbito territorial – todo o território nacional

Noção: instrumento que estabelece as grandes opções com relevância para a organização do território nacional, consubstanciando o quadro de referência a considerar na elaboração dos restantes instrumentos de gestão territorial (26.º)

Objectivos: estabelece a tradução espacial das estratégias de desenvolvimento económico e social, articula as políticas sectoriais com incidência na organização do território, define os princípios orientadores da disciplina de ocupação do território (27.º)

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O PNPOT

→ Nota – é um instrumento de cooperação com os demais Estados membros para a organização do território da União Europeia, definindo estratégias também em função da integração do território no espaço da União (26.º e 27.º)

→ Características: é constituído por um relatório e um programa de acção (29.º); vincula todas as entidades públicas mas não é vinculativo para os particulares (3.º)

→ Aprovado pela Lei nº 58/2007, de 4 de Setembro

Sistema Português de Ordenamento do Território

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PNPOT

Decisão de elaboração (30.º)

Elaboração (30.º) e Acompanhamento (31.º) – inclui Concertação (32.º)(Nota: a concertação enquanto fase autónoma é facultativa)

Participação/discussão pública (33.º)

Aprovação (34.º)

Publicação (148.º)

Depósito (150.º)

Sistema Português de Ordenamento do Território

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Programa Nacional da Política de Ordenamento do TerritórioLei 58/2007

Excerto do relatório do PNPOT:

(…) Ao estudar-se alterações de uso do solo partindo da sua quantificação ao nível concelhio, verifica-se que entre 1985/87 e 2000 cerca de 11,4% da superfície total registou alterações de tipo de ocupação, o que, para um curto período de 14 anos, revela uma dinâmica muito marcada.

As áreas mais dinâmicas foram as envolventes dos centros urbanos de Lisboa e Porto, onde se verificou um maior abandono de ocupação agrícola e uma fragmentação mais intensa das várias manchas de uso. A área urbana, incluindo os espaços de infra-estruturas económicas e territoriais, tem tendência a aumentar em todo o país, havendo no entanto grandes diferenças na intensidade e no modo como este processo se manifesta.

Por outro lado, regista-se uma forte alteração em algumas manchas do interior onde domina a floresta, sobretudo regiões montanhosas do Norte. Em geral, o Alentejo revela a ocupação do solo mais persistente, assim como Trás-os-Montes e uma parte da Beira Litoral. Quanto mais importante é o peso da ocupação agrícola, mais persistente se manteve a ocupação do solo. (…)

Excerto do Programa de Acção do PNPOT:

(…)

1.6. Definir e executar uma política de ordenamento e gestão integrada da zona costeira, nas suas componentes terrestre e marítima

O Litoral, na dupla componente emersa e submersa, constitui no seu todo um sistema natural complexo, de ecossistemas diversificados, com elevada sensibilidade ecológica e com uma dinâmica em constante evolução. (…) Contudo, a intensa pressão exercida sobre o meio, bem como as alterações significativas dos ecossistemas, têm conduzido a graves conflitos de usos, resultando muitas vezes em situações irreversíveis. Considerando a importância estratégica das zonas costeiras, a sua elevada sensibilidade e a diversidade e complexidade das pressões que nelas incidem, impõe-se que estas zonas sejam objecto de uma atenção particular no ordenamento e planeamento territorial e alvo de medidas de política que promovam o seu uso sustentável, bem como a coordenação das intervenções das várias entidades administrativas com competências neste domínio, promovendo uma visão integrada dos ciclos hidrológicos regionais, incluindo os ciclos de materiais e a dinâmica costeira. (…)

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Os PS

→ Âmbito territorial: área necessária para a intervenção pretendida (geralmente, de dimensão supramunicipal)

→ Noção: instrumentos que programam ou concretizam políticas com incidência na organização do território – v.g., no domínio dos transportes, comunicações, energia, recursos geológicos, educação, formação, cultura, saúde, habitação, turismo, agricultura, comércio, indústria, florestas e ambiente (35.º)

→ Nota – também são consideradas planos sectoriais as decisões sobre a localização e realização de grandes empreendimentos públicos com incidência territorial

→ Nota – discussão doutrinária sobre a qualificação do regime da REN como PS – finda com a clarificação da recente revisão do regime da REN (assunção da natureza da REN enquanto restrição de utilidade pública)

Sistema Português de Ordenamento do Território

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Os PS

→ Características: estabelecem e justificam opções e objectivos sectoriais com incidência territorial, definindo normas de execução; integram as peças gráficas necessárias. São acompanhados por um relatório de diagnóstico e, eventualmente, por um relatório ambiental [remissão]. Vinculam todas as entidades públicas mas não são directamente vinculativos para os particulares (3.º)

→ Exemplos de PS: Plano Nacional da Água, Plano Rodoviário Nacional, Rede Natura 2000

Sistema Português de Ordenamento do Território

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PS

Decisão de elaboração (38.º)

Elaboração (38.º) e Acompanhamento c/pareceres e s/CMC - novidade (39.º)(Nota: eliminada a concertação nos PS, atendendo à sua especificidade – mas podem ser promovidas

diligências suplementares para alcançar uma solução concertada caso existam pareceres desfavoráveis)

Participação/discussão pública (40.º)

Aprovação (41.º)

Publicação (148.º)

Depósito (150.º)

Sistema Português de Ordenamento do Território

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Planos SectoriaisExemplo: Plano Rodoviário Nacional

Decreto-Lei nº 222/98 com as alterações introduzidas pela Lei nº 98/99 de 26 de Julho, pela Declaração de rectificação nº 19-D/98 e pelo Decreto-Lei nº 182/2003 de 16 de Agosto)

Artigo 1ºPlano rodoviário nacional

O plano rodoviário nacional define a rede rodoviária nacional do continente, que desempenha funções de interesse nacional ou internacional. A rede rodoviária nacional é constituída pela rede nacional fundamental e pela rede nacional complementar.

Artigo 2ºRede nacional fundamental

A rede nacional fundamental integra os itinerários principais (IP) constantes da lista I, anexa ao presente diploma e do qual faz parte integrante.Os itinerários principais são as vias de comunicação de maior interesse nacional, servem de base de apoio a toda a rede rodoviária nacional, e asseguram a ligação entre os centros urbanos com influência supradistrital e destes com os principais portos, aeroportos e fronteiras.

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Planos SectoriaisExemplo: Plano da Rede Natura 2000

RCM n.º 115-A/2008, de 21 de JulhoA Rede Natura 2000 é uma rede ecológica resultante da aplicação das Directivas n.º 79/409/CEE, de 2 de Abril, (Directiva Aves) e n.º 92/43/CEE, de 21 de Maio de 1992, (Directiva Habitats). Tal como definido pelo Artigo 2.º da Directiva Habitats, tem como objectivo «contribuir para assegurar a biodiversidade através da conservação dos habitats naturais e da fauna e da flora selvagens no território europeu dos Estados–membros em que o Tratado é aplicável». (…)O PSRN2000 refere-se a 29 ZPE (Quadro n.º 1) e 60 Sítios (Quadro n.º 2). Estas áreas abrangem uma superfície total terrestre de 1.820978,19 hectares, representando cerca de 20,47% do território continental. (…)

O PSRN2000 é um instrumento de gestão territorial, de âmbito nacional, que vincula entidades públicas, estabelecendo orientações estratégicas e normas programáticas para a actuação da administração central e local, devendo as medidas e orientações nele previstas ser transpostas para os planos municipais de ordenamento do território (PMOT) e nos planos especiais (PEOT). Assim, as medidas e orientações de gestão previstas no PSRN2000 apenas serão vinculativos para os particulares quando forem inseridos nos PMOT e nos PEOT.Nos termos do regime jurídico dos instrumentos de gestão territorial, este plano traduz um compromisso recíproco de compatibilização com as opções constantes do Programa Nacional de Política de Ordenamento de Território (PNPOT), os outros planos sectoriais, os planos especiais de ordenamento do território (PEOT) e com os planos regionais de ordenamento do território (PROT).

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Os PEOT

→ Âmbito territorial – área correspondente aos recursos/valores naturais a salvaguardar (geralmente, de dimensão supramunicipal)

→ Noção: instrumentos de intervenção do Governo para a prossecução de objectivos de interesse nacional com repercussão espacial, no que se refere a recursos e valores naturais indispensáveis à utilização sustentável do território (42.º)

→ Objectivos: salvaguarda de interesses nacionais com incidência territorial delimitada

→ Nota: os PEOT têm natureza supletiva – são meios supletivos de intervenção do Governo (42.º) e visam tutelar princípios não assegurados por PMOT eficaz (43.º)

Sistema Português de Ordenamento do Território

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Os PEOT

→ Nota: existem outros PEOT previstos em legislação complementar? – os planos de ordenamento de parques arqueológicos

→ O DL 316/2007 retirou do conteúdo material dos PEOT a possibilidade de fixação de usos (44.º). Os PEOT estabelecem apenas regimes de salvaguarda dos recursos e valores naturais e o regime de gestão compatível com a utilização sustentável do território

a fixação de usos foi reservada aos PMOT

→ Características: são constituídos por um regulamento e pelas peças gráficas necessárias; são acompanhados de relatório, de relatório ambiental [remissão], planta de condicionantes e outros elementos. São vinculativos para as entidades públicas e também para os particulares (3.º) – natureza regulamentar

Sistema Português de Ordenamento do Território

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PEOT

Decisão de elaboração (46.º), divulgada para permitir participação dos interessados (48.º)

Elaboração e Acompanhamento (47.º), com Concertação (47.º e 32.º), e com participação dos interessados (48.º)

(Nota: a concertação enquanto fase autónoma é facultativa)

Participação/discussão pública (48.º)

Aprovação (49.º)

Publicação (148.º)

Depósito (150.º)

Sistema Português de Ordenamento do Território

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Planos Especiais de Ordenamento do TerritórioExemplo: Plano de Ordenamento da Orla Costeira de Vilamoura – Vila Real de Santo António – RCM 103/2005, de 27 de Junho (Regulamento)

Artigo 11.ºActividades interditas

Na área de intervenção do POOC são interditas as seguintes actividades:a) Alteração da morfologia do solo ou do coberto vegetal, com excepção das situações previstas no presente Regulamento;b) Extracção de materiais inertes para venda ou comercialização;c) Utilização de materiais dragados, susceptíveis de serem classificados como areias, para outros fins que não a protecção

costeira, nos termos do presente Regulamento;d) Explorar manchas de empréstimo de areal na praia submarina até à profundidade de 15 m para alimentação artificial de

praias;e) Destruição da vegetação autóctone e introdução de espécies não indígenas invasoras, incluindo aquelas que se encontram

listadas na legislação em vigor;f) Todas as acções que impermeabilizem ou poluam as areias;g) Todas as acções que poluam as águas; (…)

Artigo 34.ºEspaços florestais de protecção

1— Os espaços florestais de protecção são compostos por formações arbóreas de elevado interesse ambiental e paisagístico, constituídos nomeadamente por pinheiro-manso e bravo.

2— São objectivos prioritários de ordenamento a conservação dos recursos e a valorização ambiental das áreas integradas nesta categoria de espaço.

3— Para além do disposto no artigo 11.o, são ainda interditas as seguintes actividades:a) Construção de quaisquer novas edificações;b) Abertura de caminhos, excepto os estritamente necessários para a actividade florestal, percursos de descoberta da natureza e

acesso a equipamentos públicos de interesse ambiental, em todos os casos mediante aprovação das entidades competentes;c) Melhoria dos caminhos existentes, excepto os estritamente necessários para a actividade florestal, percursos de descoberta da

natureza e acesso a equipamentos públicos de interesse ambiental, habitação e turismo em espaço rural, em todos os casos mediante aprovação das entidades competentes; (…)

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Planos Especiais de Ordenamento do TerritórioExemplo: Plano de Ordenamento da Orla Costeira de Vilamoura – Vila Real de Santo António – RCM 103/2005, de 27 de Junho (planta de síntese)

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Os PROT

→ Âmbito territorial – abrangem a área atribuída às CCDR que os elaboram (mas podem ser estruturados em unidades de planeamento correspondentes a espaços sub-regionais, com elaboração e aprovação faseada – 51/3)

→ Noção: instrumentos definidores da estratégia regional de desenvolvimento territorial, integrando as opções nacionais e considerando as estratégias municipais de desenvolvimento (51.º)

→ Objectivos: desenvolver as opções nacionais e sectoriais, traduzir espacialmente os grandes objectivos de desenvolvimento ao nível regional, equacionar medidas para redução das assimetrias de desenvolvimento, enquadrar os PEOT, PIOT e PMOT (52.º)

→ Características: são constituídos por opções estratégicas, normas orientadoras, peças gráficas e esquema do modelo territorial proposto; são acompanhados de relatório e relatório ambiental [remissão]. São vinculativos para as entidades públicas, mas não para os particulares (3.º)

Sistema Português de Ordenamento do Território

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PROT

Decisão de elaboração (55.º)

Elaboração e Acompanhamento (56.º), incluindo Concertação (57.º)(Nota: a concertação enquanto fase autónoma é facultativa)

Participação/discussão pública (58.º)

Aprovação (59.º)

Publicação (148.º)

Depósito (150.º)

Sistema Português de Ordenamento do Território

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Planos Regionais de Ordenamento do TerritórioExemplo: PROT-AML – Normas orientadoras (RCM 68/2002)

1.3.11 — Serra de Sintra1.3.11.1 — Promover a preservação e valorização do espaço florestal e natural da Serra de Sintra.1.3.11.2 — Manter a área litoral Colares/Guincho como paisagem e zona única.1.3.11.3 — Garantir que as intervenções na orla costeira não comprometem nem descaracterizam o espaço serra.1.3.11.4 — Garantir padrões de elevada exigência urbanística, arquitectónica e paisagística para os núcleos urbanos.1.3.11.5 — Garantir níveis e padrões de ocupação edificada e turística consentâneos com a salvaguarda e valorização paisagística, ecológica e patrimonial.

2.4.1.5 — Planos directores municipais:2.4.1.5.1 — Os PDM devem, designadamente:a) Estabelecer uma hierarquia funcional da rede viária municipal, definindo:A rede viária de articulação sub-regional;A rede viária de ligação entre as unidades de ordenamento do território municipal, designadamente entre os seus vários sectores urbanos;A rede viária de colecta e distribuição dos diferentes sectores urbanos e de ligação a equipamentos estruturantesa interfaces e a serviços e actividades grande geradoras de tráfego;As principais características técnicas e funcionais dos vários tipos de via que constituem as redes primária e secundária;b) Definir os perfis tranversais tipo mínimos para as vias existentes e previstas de acordo com a sua hierarquia funcional; c) Definir os elementos de programação e dimensionamento das necessidades de estacionamento em função das diferentes categorias de uso do solo e o nível de serviço do sistema de transportes colectivos;d) Delimitar a área de influência das interfaces definidas no esquema director de infra-estruturas de transportes, consagrando no respectivo regulamento os objectivos e conceitos de ordenamento a adoptar e definindo o respectivo programa de acção.

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Planos Regionais de Ordenamento do TerritórioExemplo: PROT-AML – Esquema do modelo territorial

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Os PIMOT

→ Âmbito territorial: abrangem a totalidade ou parte das áreas pertencentes a dois ou mais municípios vizinhos (60.º)

→ Noção: instrumentos que asseguram a articulação entre o PROT e os PMOT, no caso de áreas territoriais que necessitem de uma coordenação integrada em função da interdependência dos seus elementos estruturantes (60.º)

→ Objectivos: coordenar intermunicipalmente estratégias de desenvolvimento, projectos de redes, equipamentos, infra-estruturas e distribuição das actividades constantes do PNPOT, PROT e PS, estabelecer objectivos de racionalização do povoamento, definir objectivos sobre acesso a equipamentos e serviços públicos (61.º)

→ Características: são constituídos por um relatório e por peças gráficas. São acompanhados por plantas e outros documentos em função dos respectivos âmbito e objectivos, bem como de um plano de financiamento e do relatório ambiental [remissão]. São vinculativos para as entidades públicas, mas não para os particulares (3.º)

Sistema Português de Ordenamento do Território

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PIMOT

Decisão de elaboração (64.º)

Elaboração e Acompanhamento (65.º), incluindo Concertação (65.º)(Nota: a concertação enquanto fase autónoma é facultativa)

Participação/discussão pública (65.º)

Envio à CCDR para parecer - novidade (66.º)

Aprovação (67.º)

Publicação (148.º)

Depósito (150.º)

Sistema Português de Ordenamento do Território

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Planos Intermunicipais de Ordenamento do TerritórioExemplo: Plano Intermunicipal de Ordenamento do Território do Alto Douro Vinhateiro (RCM 150/2003) - relatório

Assim, recomenda-se que sejam consideradas as seguintes categorias de qualificação do solo: espaço agrícola e espaço natural, fazendo-se desde já uma delimitação indicativa destes dois espaços, remetendoa precisão desta delimitação para a revisão dos PDM. Para o efeito, recomenda-se ainda a utilização da seguinte metodologia a introduzir na revisão dos PDM, de acordo com os seguintes passos:A) Distinção entre as categorias de espaço agrícola e espaço natural com base num levantamento topográfico actualizado, na actualização da Carta de Solos do Nordeste de Portugal (1991), numa carta de uso do solo actualizada com base na fotografia aérea propriedade do IVV, ortorrectificada de 1995, em formato digital e na escala de 1:2000;B) Consideração das seguintes variáveis para a distinção das categorias: relevo, clima, geologia, solos, práticas agrícolas, uso do solo, diversidade biológica, património vernacular, impactes visuais, infra-estruturas, sócio-economia e outras consideradas de interesse;C) Identificação de subcategorias do espaço agrícola (culturas mediterrânicas permanentes e outras) e do espaço natural (matos mediterrânicos e galerias ripícolas).Relativamente à plantação/replantação da vinha, recomenda-se que seja imposto, em regulamentação de âmbito nacional, que as instituições intervenientes na gestão do potencial vitícola, na gestão das DOC/IG e das medidas específicas de melhoria de infra-estruturas fundiárias passem a obter obrigatoriamente um parecer prévio do organismo responsável pela gestão de áreas com estatuto de protecção (nomeadamente o que decorrerá da inscrição do ADV na lista do património mundial) sempre que as parcelas destinadas a plantação/ replantação da vinha se localizem nessas áreas.

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Planos Intermunicipais de Ordenamento do TerritórioExemplo: Plano Intermunicipal de Ordenamento do Território do Alto Douro Vinhateiro – modelo de organização do território

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Os PMOT

→ Âmbito territorial: abrangem, dentro de um só município, toda a sua área territorial (PDM) ou apenas partes dessa mesma área (PU ou PP) – 69.º

→ Noção: instrumentos que estabelecem o regime de uso do solo, definindo modelos de evolução previsível da ocupação e da organização de redes e sistemas urbanos, bem como de parâmetros de aproveitamento do solo e de garantia da qualidade ambiental (69.º)

→ Objectivos: traduzir localmente a estratégia nacional e regional, exprimir territorialmente a estratégica de desenvolvimento local, articular políticas sectoriais, definir a base de gestão do território municipal, definir a estrutura ecológica urbana, definir parâmetros de uso do solo (70.º)

→ Características: são constituídos por um regulamento e peças gráficas, sendo acompanhados de, v.g., relatório e relatório ambiental [remissão] – os elementos variam conforme esteja em causa PDM, PU ou PP; são vinculativos tanto para as entidades públicas como para os particulares

→ Nota: os PMOT têm natureza regulamentar

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→ PMOT – estabelecem o regime de uso do solo, através da classificação e da qualificação do solo

→ Classificação – determina o destino básico dos terrenos, entre solo rural e solo urbano (72.º)

→ Qualificação – em função da classificação, regula o aproveitamento do solo atendendo à utilização dominante que nele pode ser instalada ou desenvolvida, fixando usos e edificabilidade (73.º)

→ O Decreto Regulamentar nº 11/2009, de 29 de Maio

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Os planos municipais de ordenamento do território existentes: planodirector municipal, plano de urbanização, plano de pormenor

PDM (84.º)É o instrumento de referência para os outros PMOT e para os programas de

acção territorialÉ de elaboração obrigatória

PU (87.º)Concretiza a política de ordenamento do território e de urbanismo para uma

determinada área municipal

PP (90.º)Desenvolve e concretiza propostas de ocupação de áreas do território municipal, com regras de implantação das infra-estruturas, desenho dos

espaços, forma de edificação, etc.

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PMOT

Decisão de elaboração, divulgada para permitir participação dos interessados

Elaboração e Acompanhamento, com Concertação e com participação dos interessados (Nota: a concertação enquanto fase autónoma é facultativa; o acompanhamento nos PU e PP é facultativo)

Discussão pública

Envio à CCDR para parecer final(do PDM)

Aprovação

Ratificação (do PDM, em determinados casos)

Publicação

Depósito

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PDM

→ Estabelece a estratégia de desenvolvimento territorial, a política municipal de ordenamento do território e de urbanismo e as demais políticas urbanas

→ Integra e articula as orientações estabelecidas pelos IGT de âmbito nacional e regional

→ Estabelece o modelo de organização espacial do território municipal→ Conteúdo material – 85.º - nota: regulamentação da aplicação de índices em

solo urbanizado sujeito a programação – n.º 2 – na ausência dos índices, parâmetros e indicadores de natureza supletiva para áreas sujeitas à elaboração de PU ou de PP, são aplicáveis às operações urbanísticas a realizar os indicadores de referência, em determinadas condições

→ Conteúdo documental: o PDM é constituído por: Regulamento; Planta de Ordenamento; Planta de Condicionantes

→ Conteúdo documental – 86.º - nota – o PDM é acompanhado por um relatório ambiental

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Plano Director Municipal (PDM)Exemplo: PDM de Évora – Regulamento (Regulamento n.º 47/2008)

Artigo 56.º(Regras de ocupação)

1 — Sem prejuízo do respeito pelas disposições regulamentares aplicáveis às respectivas categorias de solos, nos licenciamentos ou autorizações de novas ocupações, são, em especial, observados os seguintes parâmetros para o caso dos núcleos urbanos identificados na alínea b) do artigo 54.º:a) O número máximo de pisos admitido é de dois, sendo a cércea máxima limitada a 3,5 metros para construções de um piso e a 6,5 metros para construções de dois pisos;b) A altura máxima admitida em qualquer ponto de eventuais anexos isolados da construção principal não pode ultrapassar 3,5 metros;c) Os acessos verticais aos pisos superiores são obrigatoriamente executados no interior das edificações.2 — Aos aglomerados identificados na alínea a) do artigo 54.º são aplicáveis os princípios, regras e parâmetros gerais estabelecidos no artigo 67.º para as zonas habitacionais, e em especial, consoante os casos, as regras das zonas habitacionais a conservar e consolidar (HC) e em pátios colectivos (HP) contidas, respectivamente, nos artigos 68.º e 69.º do presente regulamento.

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Plano Director Municipal (PDM)Exemplo: PDM de Évora – Planta de Ordenamento

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Plano Director Municipal (PDM)Exemplo: PDM de Évora – Planta de Condicionantes

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PU

→ Concretiza a política de ordenamento do território e de urbanismo, fornecendo o quadro de referência para a aplicação das políticas urbanas

→ Define a estrutura urbana, o regime de uso do solo e os critérios de transformação do território

→ Nota: o âmbito de aplicação do PU foi redefinido – pode incidir sobre outras áreas do território municipal fora do perímetro urbano (v.g., solo rural não complementar) que possam ser destinadas a usos e funções urbanas (localização de instalações ou parques industriais, logísticos ou de serviços ou localização de empreendimentos turísticos e equipamentos e infra-estruturas associadas) – 87/2

→ Conteúdo material: 88.º - nota – reajustamento do conteúdo material do PU→ Conteúdo documental: o PU é constituído por Regulamento; Planta de

zonamento; Planta de Condicionantes (89.º)→ Conteúdo documental: nota: o PU é acompanhado por um relatório ambiental

(89.º)

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Plano de Urbanização (PU)Exemplo: PU de Figueira Castelo Rodrigo (Aviso n.º 8260/2008) – Regulamento

Zona de equipamento

Artigo 17.ºDefinição

1 — As Zonas de Equipamentos são zonas destinadas à prestação de serviços à colectividade, nomeadamente no âmbito da saúde, educação, assistência social, segurança e protecção civil, e à prática, pela colectividade, de actividades culturais, de desporto, de recreio e lazer.

2 — A delimitação das Zonas destinadas a Equipamentos Colectivos é a constante da Planta de Zonamento do Plano.

Artigo 18.ºUsos e edificabilidade

1 — Os edifícios existentes nas zonas de equipamento podem ser alvo de obras de alteração ou ampliação desde que cumpram os indicadores urbanísticos definidos na Tabela 1 constante no Anexo do presente regulamento.

2 — As zonas de equipamento preconizadas no plano podem contemplar serviços de restauração e bebidas, e ou entretenimento complementares aos equipamentos.

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Plano de Urbanização (PU)Exemplo: PU de Figueira Castelo Rodrigo (Aviso n.º 8260/2008) – planta de zonamento

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Plano de Urbanização (PU)Exemplo: PU de Figueira Castelo Rodrigo (Aviso n.º 8260/2008) – planta de condicionantes

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PP

→ Desenvolve e concretiza propostas de ocupação de qualquer área do território municipal

→ Estabelece regras sobre a implantação das infra-estruturas, desenho dos espaços de utilização colectiva, forma de edificação e a disciplina da sua integração na paisagem, a localização e inserção urbanística dos equipamentos de utilização colectiva e a organização espacial das demais actividades de interesse geral

→ Pode desenvolver e concretizar programas de acção territorial

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PP→ Conteúdo material – 91.º - nota – o conteúdo foi reajustado em função

da supressão das modalidades simplificadas de PP (para eliminar as dificuldades relativas ao âmbito de aplicação das modalidades simplificadas e respectivos conteúdos materiais)

→ Nota – determina-se expressamente que o PP abrange áreas contínuas do território municipal

→ Modalidades específicas de Planos de Pormenor (91.º-A)→Plano de intervenção em espaço rural→Plano de Pormenor de reabilitação urbana→Plano de pormenor de salvaguarda

→ Conteúdo documental (92.º) – reajustamento dos elementos que compõem o PP, com indicação das peças escritas e desenhadas necessárias para efeitos de registo predial

→ Os planos de pormenor de reabilitação urbana (DL 307/2009, de 23 de Outubro)

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Plano de Pormenor (PP)Exemplo: PP Projecto Urbano Parque Oriente – Lisboa - Aviso n.º 26397/2008 (Regulamento)

Artigo 13.ºConfiguração geral da edificação

1 — Os polígonos de implantação dos edifícios a realizar estão assinalados na planta de implantação.2 — Admitem -se ajustamentos e alterações pontuais nos alinhamentos dos edifícios estabelecidos na planta de implantação, desde

que respeitem a rede de circulação, estacionamento ou estadia de veículos e peões, e os demais espaços de utilização pública, e não obstruam a fruição dos sistemas de vistas dos lotes vizinhos.

3 — A execução do Plano implica a demolição e a reconstrução parcial da fachada existente na Avenida de Pádua, sendo deslocada nos termos assinalados na planta de implantação, com o objectivo de manter a memória industrial da zona, identificada na planta de implantação.

4 — São permitidos corpos balançados desde que seja cumprida a postura municipal e demais regulamentos em vigor.5 — Apenas é permitida a instalação de quiosques ou construções similares, com carácter de estruturas amovíveis e sujeitas a

licenciamento ou autorização municipal, nas áreas indicadas na planta de arranjos exteriores.6 — As caves utilizam no subsolo a totalidade da área dos lotes.

Artigo 14.ºIndicadores relativos às cores e materiais a utilizar

1 — A solução arquitectónica a adoptar nos edifícios a construir deverá privilegiar a adopção de uma diversidade de cores e texturas.

2 — As cores predominantes a utilizar são os brancos, os cinzas e os vermelhos e os materiais predominantes a utilizar nas fachadas são as superfícies termicamente isoladas pintadas, os painéis de pedra, de alumínio, o vidro e a madeira.

3 — A selecção de todos os materiais de construção terá presente: a) o grau de toxicidade dos materiais a utilizar não pode colocar emrisco a saúde ou vida humana;b) o conteúdo energético utilizado para a sua produção, as carências energéticas para a sua operação e manutenção e para a sua

transformação posterior à utilização efectiva devendo optar -se pelos materiais que revelem um gasto energético mais reduzido.

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Plano de Pormenor (PP)Exemplo: PP Projecto Urbano Parque Oriente - Lisboa (planta de implantação)

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Plano de Pormenor (PP)Exemplo: PP Projecto Urbano Parque Oriente - Lisboa (planta de condicionantes)

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Sofia de Sequeira GalvãoE-mail: [email protected]