Direito Processo Civil IV [Cautelares e Execuções] AV1- defato&dedireito

Embed Size (px)

Citation preview

  • 7/23/2019 Direito Processo Civil IV [Cautelares e Execues] AV1- defato&dedireito

    1/12

    11

    Professor(a): LUCIANE MARA Avaliao: 1 Atualizado em: 08/08/2012Disciplina: DIREITO PROC. CIVIL IV [Cautelares e Execues] Perodo: 9 Data: Diversas

    Virtus Unita Fortius Agit: "A unio faz a fora" Elaborado Por: Edson Ramos

    quarta-feira 01/08/2012TEORIA GERAL DAS CAUTELARESa) Ao de Conhecimento Conhecer o direito, acolhendo ou rejeitando o pedido do autor.b) Ao de Execuo Forar o cumprimento de uma obrigao.

    CARACTERSTICAS DAS CAUTELARES1. Tem natureza de ao, autnoma, subsidiria da ao principal2. Tem objetivo de assegurar o direito (acautelar, preservar, assegurar) que est na eminencia de serviolado.3. No resolve o conflito, que ser resolvido em outra ao (Ao Principal).

    REQUISITOS, CONDIES OU PRESSUPOSTOS ESSENCIAIS:

    - Fumus bonis iuris O autor da cautelar dever demonstrar que seu direito est ameaado.- Periculum in mora O autor da cautelar dever demonstrar a possibilidade de prejuzo, na ocorrncia dademora do julgamento da causa.

    Classificaes:

    a) QUANTO AO MOMENTO DA PROPOSITURA:

    a-1 - Cautelar Preparatria Antecede a ao principal, se a ao principal no for promovida a cautelar serextinta.- O Prazo para propositura dessa ao principal 30 dias a partir da efetivao, cumprimento da liminar, ouda data do indeferimento da liminar, pelo juiz.Obs: A Exceo a essa regra a cautelar de Arresto, cuja ao principal poder ser promovida 30 dias aps o

    vencimento da obrigao.

    a-2 - Cautelar Incidental Ocorre no curso da ao principal

    a) QUANTO PREVISO LEGAL:

    b-1 - Tpicas ou Nominadas - Tem previso no CPC (Arresto, sequestro, Busca e apreenso, etc...)

    b-2 - Atpicas ou Inominadas Sem previso no cdigo (ex: cautelar de Sustao de Protesto), soasseguradas pelo Poder Geral de Cautela, que tem o juiz.

    CAUTELARES EM ESPCIE

    a) Arresto a apreenso judicial de bens do devedor, a requerimento do credor, que visa assegurar quemesmo no dilapide seu patrimnio, ficando com bens suficientes para o pagamento da dvida.(arts. 813 a821) medida cautelar que tem por fim apreender judicialmente bens indeterminados do devedor, comogarantia de futura execuo por quantia certa. Sua finalidade afastar artifcio fraudulento que frustre aexecuo ou lese credores. Pode ser preparatrio ou incidente a uma ao de conhecimento condenatria oude execuo Requisitos bsicos (art. 814): a prova literal da dvida lquida e certa e a prova documental oujustificao de alguma das situaes prevista no art. 813. possvel audincia de justificao, em segredo dejustia e de plano, se necessrio, para provar o preenchimento dos requisitos. No haver justificao se opedido for da Unio, Estado ou Municpio ou se o credor prestar cauo. O arresto converte-se empenhora, seprocedente o pedido da ao principal. Fica suspenso: quando o devedor paga ou deposita o quantumdebeaturmais honorrios advocatcios e custas ou, ainda, quando d fiador ou presta cauo. Cessa com opagamento, novao ou transao.

    Art. 814. Para a concesso do arresto essencial: (Redao dada pela Lei n 5.925, de 1.10.1973)I - prova literal da dvida lquida e certa;(Redao dada pela Lei n 5.925, de 1.10.1973)II - prova documental ou justificao de algum dos casos mencionados no artigo antecedente. (Redao dada pela Lein 5.925, de 1.10.1973)

    Clube de Compartilhamento de Material Acadmico

    DE F@TO & DE DIREITOVirtus Unita Fortius Agit: "A unio faz a fora" entre em contato:[email protected]

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1970-1979/L5925.htm#art814http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1970-1979/L5925.htm#art814http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1970-1979/L5925.htm#art814http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1970-1979/L5925.htm#art814mailto:[email protected]://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1970-1979/L5925.htm#art814http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1970-1979/L5925.htm#art814http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1970-1979/L5925.htm#art814http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1970-1979/L5925.htm#art814mailto:[email protected]
  • 7/23/2019 Direito Processo Civil IV [Cautelares e Execues] AV1- defato&dedireito

    2/12

    11

    Pargrafo nico. Equipara-se prova literal da dvida lquida e certa, para efeito de concesso de arresto, a sentena,lquida ou ilquida, pendente de recurso, condenando o devedor ao pagamento de dinheiro ou de prestao que em dinheiro

    possa converter-se.(Redao dada pela Lei n 10.444, de 7.5.2002)

    Art. 815. A justificao prvia, quando ao juiz parecer indispensvel, far-se- em segredo e de plano, reduzindo-se atermo o depoimento das testemunhas.

    Art. 816. O juiz conceder o arresto independentemente de justificao prvia:I - quando for requerido pela Unio, Estado ou Municpio, nos casos previstos em lei;II - se o credor prestar cauo (art. 804).

    Art. 817. Ressalvado o disposto no art. 810, a sentena proferida no arresto no faz coisa julgada na ao principal.

    Art. 818. Julgada procedente a ao principal, o arresto se resolve em penhora.

    Art. 819. Ficar suspensa a execuo do arresto se o devedor:I - tanto que intimado, pagar ou depositar em juzo a importncia da dvida, mais os honorrios de advogado que o juizarbitrar, e custas;II - der fiador idneo, ou prestar cauo para garantir a dvida, honorrios do advogado do requerente e custas.

    Art. 820. Cessa o arresto:I - pelo pagamento;II - pela novao;III - pela transao.

    Art. 821. Aplicam-se ao arresto as disposies referentes penhora, no alteradas na presente Seo.

    b) Sequestro: (arts. 822 a 825) consiste na apreenso de coisa determinada, que objeto de um litgio, afim de resguardar a sua entre ao vencedor. Cabimento: quando h receio de da no ou dilapidao em bensespecficos que estejam em disputa (ex. bens do casal). diferente do arresto, que no h bens especficos e

    sim qualquer bem pode ser arrestado para garantia do pagamento de dvidas. Aplica-se as normas do arrestoe nomeado depositrio dos bens.

    Art. 822. O juiz, a requerimento da parte, pode decretar o sequestro:I - de bens mveis, semoventes ou imveis, quando Ihes for disputada a propriedade ou a posse, havendo fundado receiode rixas ou danificaes;II - dos frutos e rendimentos do imvel reivindicando, se o ru, depois de condenado por sentena ainda sujeita a recurso,os dissipar;III - dos bens do casal, nas aes de separao judicial e de anulao de casamento, se o cnjuge os estiver dilapidando;IV - nos demais casos expressos em lei.

    Art. 823. Aplica-se ao sequestro, no que couber, o que este Cdigo estatui acerca do arresto.

    Art. 824. Incumbe ao juiz nomear o depositrio dos bens sequestrados. A escolha poder, todavia, recair:I - em pessoa indicada, de comum acordo, pelas partes;II - em uma das partes, desde que oferea maiores garantias e preste cauo idnea.

    Art. 825. A entrega dos bens ao depositrio far-se- logo depois que este assinar o compromisso.Pargrafo nico. Se houver resistncia, o depositrio solicitar ao juiz a requisio de fora policial.

    c) Cauo Funciona como contra cautela a garantia do cumprimento de uma obrigao, que se efetivacom a apresentao de um fiador idneo (fidejussria) ou com o oferecimento de bens colocados disposiodo juzo (real). A finalidade essencial da cauo funcionar como contracautela. fixada muitas vezes, paraafastar o perigo que pode resultar da concesso de uma medida cautelar. O favorecido pela cauo cita oobrigado a prest-la, em 5 dias, ou contestar o feito. O juiz marca audincia, se necessrio, limita-se a umacognio superficial. Se procedente o pedido, o juiz determina a cauo e o prazo em que deva ela ser

    prestada, sob pena de considerar no prestada. Autor residente fora do Brasil ou ausente do Brasil no cursodo processo, se no tiver bens imveis, no Brasil, para pagar as custas e honorrios advocatcios, deve prestarcauo. Reforo de cauo: pedido feito quando desfalcada a garantia; mediante petio inicial, provando oalegado.

    Clube de Compartilhamento de Material Acadmico

    DE F@TO & DE DIREITOVirtus Unita Fortius Agit: "A unio faz a fora" entre em contato:[email protected]

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10444.htm#art814pmailto:[email protected]://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10444.htm#art814pmailto:[email protected]
  • 7/23/2019 Direito Processo Civil IV [Cautelares e Execues] AV1- defato&dedireito

    3/12

    11

    Art. 826. A cauo pode ser real ou fidejussria.

    Art. 827. Quando a lei no determinar a espcie de cauo, esta poder ser prestada mediante depsito em dinheiro, papisde crdito, ttulos da Unio ou dos Estados, pedras e metais preciosos, hipoteca, penhor e fiana.

    Art. 828. A cauo pode ser prestada pelo interessado ou por terceiro.

    Art. 829. Aquele que for obrigado a dar cauo requerer a citao da pessoa a favor de quem tiver de ser prestada,indicando na petio inicial:I - o valor a caucionar;II - o modo pelo qual a cauo vai ser prestada;III - a estimativa dos bens;IV - a prova da suficincia da cauo ou da idoneidade do fiador.

    Art. 830. Aquele em cujo favor h de ser dada a cauo requerer a citao do obrigado para que a preste, sob pena deincorrer na sano que a lei ou o contrato cominar para a falta.

    Art. 831. O requerido ser citado para, no prazo de 5 (cinco) dias, aceitar a cauo (art. 829), prest-la (art. 830), oucontestar o pedido.

    Art. 832. O juiz proferir imediatamente a sentena:I - se o requerido no contestar;II - se a cauo oferecida ou prestada for aceita;III - se a matria for somente de direito ou, sendo de direito e de fato, j no houver necessidade de outra prova.

    Art. 833. Contestado o pedido, o juiz designar audincia de instruo e julgamento, salvo o disposto no no III do artigoanterior.

    Art. 834. Julgando procedente o pedido, o juiz determinar a cauo e assinar o prazo em que deve ser prestada,

    cumprindo-se as diligncias que forem determinadas.Pargrafo nico. Se o requerido no cumprir a sentena no prazo estabelecido, o juiz declarar:I - no caso do art. 829, no prestada a cauo;II - no caso do art. 830, efetivada a sano que cominou.

    Art. 835. O autor, nacional ou estrangeiro, que residir fora do Brasil ou dele se ausentar na pendncia da demanda,prestar, nas aes que intentar, cauo suficiente s custas e honorrios de advogado da parte contrria, se no tiver noBrasil bens imveis que Ihes assegurem o pagamento.

    Art. 836. No se exigir, porm, a cauo, de que trata o artigo antecedente:I - na execuo fundada em ttulo extrajudicial;II - na reconveno.

    Art. 837. Verificando-se no curso do processo que se desfalcou a garantia, poder o interessado exigir reforo da cauo.Na petio inicial, o requerente justificar o pedido, indicando a depreciao do bem dado em garantia e a importncia doreforo que pretende obter.

    Art. 838. Julgando procedente o pedido, o juiz assinar prazo para que o obrigado reforce a cauo. No sendo cumprida asentena, cessaro os efeitos da cauo prestada, presumindo-se que o autor tenha desistido da ao ou o recorrentedesistido do recurso.

    d) Busca e Apreenso (Pode ser cautelar ou ao principal) (arts. 839 a 843) - Cuidado com os diversossignificados dados a esta expresso. A ao de busca e apreenso pode ter natureza cautelar ou principal.Quando o autor satisfaz-se, em definitivo, com a busca e apreenso, a ao proposta no ter natureza decautelar, mas principal, e de conhecimento, e a liminar concedida ser de tutela antecipada (ex. busca eapreenso proposta pela me que j tem a guarda do filho). A ao cautelar de busca apreenso sempre

    acessria, podendo ser proposta em carter preparatrio ou incidental. Portanto, no h falar-se emsatisfatividade da cautelar. Pode haver justificao prvia e em segredo de justia. O mandado deve sercumprido por dois oficiais de justia e, se necessrio, com arrombamento e fora policial; duas testemunhasso necessrias.

    Clube de Compartilhamento de Material Acadmico

    DE F@TO & DE DIREITOVirtus Unita Fortius Agit: "A unio faz a fora" entre em contato:[email protected]

    mailto:[email protected]:[email protected]
  • 7/23/2019 Direito Processo Civil IV [Cautelares e Execues] AV1- defato&dedireito

    4/12

    11

    Art. 839. O juiz pode decretar a busca e apreenso de pessoas ou de coisas.

    Art. 840. Na petio inicial expor o requerente as razes justificativas da medida e da cincia de estar a pessoa ou a coisano lugar designado.

    Art. 841. A justificao prvia far-se- em segredo de justia, se for indispensvel. Provado quanto baste o alegado,expedir-se- o mandado que conter:I - a indicao da casa ou do lugar em que deve efetuar-se a diligncia;II - a descrio da pessoa ou da coisa procurada e o destino a Ihe dar;III - a assinatura do juiz, de quem emanar a ordem.

    Art. 842. O mandado ser cumprido por dois oficiais de justia, um dos quais o ler ao morador, intimando-o a abrir asportas. 1o No atendidos, os oficiais de justia arrombaro as portas externas, bem como as internas e quaisquer mveis onde

    presumam que esteja oculta a pessoa ou a coisa procurada. 2o Os oficiais de justia far-se-o acompanhar de duas testemunhas. 3o Tratando-se de direito autoral ou direito conexo do artista, intrprete ou executante, produtores de fonogramas eorganismos de radiodifuso, o juiz designar, para acompanharem os oficiais de justia, dois peritos aos quais incumbirconfirmar a ocorrncia da violao antes de ser efetivada a apreenso.

    Art. 843. Finda a diligncia, lavraro os oficiais de justia auto circunstanciado, assinando-o com as testemunhas.

    e) Exibio (arts. 844 e 845) ao cautelar preparatria de exibio de documento ou de coisa. Ospressupostos so os comuns de toda ao cautelar e o procedimento dos artigos 355 a 363 e 381 e 382.Para apresentar o documento ou coisa ou contestar, se parte, ser intimada, prazo 5 dias, se terceiro, sercitado, prazo 10 dias. Objetos que podem ser exibidos (art. 844): coisa mvel em poder de terceiro, querepute sua; documento prprio ou comum em poder de outrem ou escriturao comercial.

    Art. 844. Tem lugar, como procedimento preparatrio, a exibio judicial:

    I - de coisa mvel em poder de outrem e que o requerente repute sua ou tenha interesse em conhecer;II - de documento prprio ou comum, em poder de cointeressado, scio, condmino, credor ou devedor; ou em poder deterceiro que o tenha em sua guarda, como inventariante, testamenteiro, depositrio ou administrador de bens alheios;III - da escriturao comercial por inteiro, balanos e documentos de arquivo, nos casos expressos em lei.

    Art. 845. Observar-se-, quanto ao procedimento, no que couber, o disposto nos arts. 355 a 363, e 381 e 382.

    f) Produo antecipada de provas (arts. 846 a 851) - h um momento oportuno para que as provas sejamproduzidas, no entanto, possvel que a demora traga perigo para determinada prova, o que permitir que asua produo seja antecipada. As provas que podem ser antecipadas so o interrogatrio da parte, ainquirio de testemunhas e o exame pericial art. 846, embora o artigo no mencione, tambm possvel aantecipao de inspeo judicial. Os autos ficam em Cartrio, podendo tirar certido. A sentena homologa aprova produzida.

    Art. 846. A produo antecipada da prova pode consistir em interrogatrio da parte, inquirio de testemunhas e examepericial.

    Art. 847. Far-se- o interrogatrio da parte ou a inquirio das testemunhas antes da propositura da ao, ou na pendnciadesta, mas antes da audincia de instruo:I - se tiver de ausentar-se;II - se, por motivo de idade ou de molstia grave, houver justo receio de que ao tempo da prova j no exista, ou estejaimpossibilitada de depor.

    Art. 848. O requerente justificar sumariamente a necessidade da antecipao e mencionar com preciso os fatos sobreque h de recair a prova.Pargrafo nico. Tratando-se de inquirio de testemunhas, sero intimados os interessados a comparecer audincia em

    que prestar o depoimento.

    Art. 849. Havendo fundado receio de que venha a tornar-se impossvel ou muito difcil a verificao de certos fatos napendncia da ao, admissvel o exame pericial.

    Clube de Compartilhamento de Material Acadmico

    DE F@TO & DE DIREITOVirtus Unita Fortius Agit: "A unio faz a fora" entre em contato:[email protected]

    mailto:[email protected]:[email protected]
  • 7/23/2019 Direito Processo Civil IV [Cautelares e Execues] AV1- defato&dedireito

    5/12

    11

    Art. 850. A prova pericial realizar-se- conforme o disposto nos arts. 420 a 439.

    Art. 851. Tomado o depoimento ou feito exame pericial, os autos permanecero em cartrio, sendo lcito aos interessadossolicitar as certides que quiserem.

    g) Alimentos provisionais (arts. 852 a 854) os alimentos so prestaes destinadas a satisfazer asnecessidades vitais daqueles que no podem prov-las por si. A obrigao de alimentos pode decorrer de lei,de contrato ou da prtica de ato ilcito. A obrigao legal de alimentos que tem origem no parentesco, nocasamento ou na unio estvel, quando houver prova constituda da obrigao alimentar, o credor de alimentospoder valer-se de ao de rito especial, Lei 5.478/68, em que possvel a concesso de liminar de alimentosprovisrios. No se confunde alimentos provisionais com os provisrios, aqueles constituem objeto de aocautelar, e estes, deciso proferida no bojo da ao de alimentos de rito especial, em que h prova formada daobrigao legal de alimentos. lcito pedir alimentos provisionais nas aes de separao judicial, anulaode casamento e divrcio direto (art. 852). Tambm possvel na ao de alimentos no abrangida pelo ritoespecial e na ao de investigao de paternidade (Lei 8560/92).

    Art. 852. lcito pedir alimentos provisionais:I - nas aes de desquite e de anulao de casamento, desde que estejam separados os cnjuges;II - nas aes de alimentos, desde o despacho da petio inicial;III - nos demais casos expressos em lei.Pargrafo nico. No caso previsto no no I deste artigo, a prestao alimentcia devida ao requerente abrange, alm do quenecessitar para sustento, habitao e vesturio, as despesas para custear a demanda.

    Art. 853. Ainda que a causa principal penda de julgamento no tribunal, processar-se- no primeiro grau de jurisdio opedido de alimentos provisionais.

    Art. 854. Na petio inicial, expor o requerente as suas necessidades e as possibilidades do alimentante.Pargrafo nico. O requerente poder pedir que o juiz, ao despachar a petio inicial e sem audincia do requerido, Ihearbitre desde logo uma mensalidade para mantena.

    h) Arrolamento de bens (art. 855 a 860) tem por finalidade deixar registrada a existncia de determinadosbens, protegendo-os de extravio ou dissipao. O interessado na conservao dos bens quem requer estamedida ou tambm o faz o credor de herana jacente. Pode haver audincia de justificao; nomeadodepositrio que descrever os bens e o que achar conveniente para o caso.

    Art. 855. Procede-se ao arrolamento sempre que h fundado receio de extravio ou de dissipao de bens.

    Art. 856. Pode requerer o arrolamento todo aquele que tem interesse na conservao dos bens. 1o O interesse do requerente pode resultar de direito j constitudo ou que deva ser declarado em ao prpria. 2o Aos credores s permitido requerer arrolamento nos casos em que tenha lugar a arrecadao de herana.

    Art. 857. Na petio inicial expor o requerente:

    I - o seu direito aos bens;II - os fatos em que funda o receio de extravio ou de dissipao dos bens.

    Art. 858. Produzidas as provas em justificao prvia, o juiz, convencendo-se de que o interesse do requerente corre sriorisco, deferir a medida, nomeando depositrio dos bens.Pargrafo nico. O possuidor ou detentor dos bens ser ouvido se a audincia no comprometer a finalidade da medida.

    Art. 859. O depositrio lavrar auto, descrevendo minuciosamente todos os bens e registrando quaisquer ocorrncias quetenham interesse para sua conservao.

    Art. 860. No sendo possvel efetuar desde logo o arrolamento ou conclu-lo no dia em que foi iniciado, apor-se-o selosnas portas da casa ou nos mveis em que estejam os bens, continuando-se a diligncia no dia que for designado.

    i) Justificao (art. 861 a 866) consiste em documentar, por meio da ouvida de testemunhas, a existncia dealgum fato ou relao jurdica, que poder ou no ser utilizada em processo futuro. Os interessados serocitados para acompanhar a prova testemunhal, podendo reinquirir e contraditar. Se no for possvel cit-los,porque so incertos ou no foram localizados, o MP dever intervir. No cabem defesa nem recurso. Os

    Clube de Compartilhamento de Material Acadmico

    DE F@TO & DE DIREITOVirtus Unita Fortius Agit: "A unio faz a fora" entre em contato:[email protected]

    mailto:[email protected]:[email protected]
  • 7/23/2019 Direito Processo Civil IV [Cautelares e Execues] AV1- defato&dedireito

    6/12

    11

    autos so entregues ao requerente depois de 48h da sentena e sem traslado; Juiz no entra no mrito, s vse as formalidades legais foram obedecidas.

    Art. 861. Quem pretender justificar a existncia de algum fato ou relao jurdica, seja para simples documento e semcarter contencioso, seja para servir de prova em processo regular, expor, em petio circunstanciada, a sua inteno.

    Art. 862. Salvo nos casos expressos em lei, essencial a citao dos interessados.Pargrafo nico. Se o interessado no puder ser citado pessoalmente, intervir no processo o Ministrio Pblico.

    Art. 863. A justificao consistir na inquirio de testemunhas sobre os fatos alegados, sendo facultado ao requerentejuntar documentos.

    Art. 864. Ao interessado lcito contraditar as testemunhas, reinquiri-las e manifestar-se sobre os documentos, dos quaister vista em cartrio por 24 (vinte e quatro) horas.

    Art. 865. No processo de justificao no se admite defesa nem recurso.

    Art. 866. A justificao ser afinal julgada por sentena e os autos sero entregues ao requerente independentemente detraslado, decorridas 48 (quarenta e oito) horas da deciso.Pargrafo nico. O juiz no se pronunciar sobre o mrito da prova, limitando-se a verificar se foram observadas asformalidades legais.

    j) Protestos, Notificaes e Interpelaes (arts. 867 a 873) so procedimentos em que o juiz limita-se acomunicar a algum uma manifestao de vontade, com o fim de prevenir responsabilidade ou impedir que odestinatrio possa, futuramente, alegar ignorncia. A finalidade levar a algum a cincia inequvoca dedeterminada manifestao de vontade. (ex. protesto contra alienao de bens, o despejo nos contratos portempo indeterminado). Os autos so entregues, aps, parte, em 48h, independentemente de traslado.

    Art. 867. Todo aquele que desejar prevenir responsabilidade, prover a conservao e ressalva de seus direitos oumanifestar qualquer inteno de modo formal, poder fazer por escrito o seu protesto, em petio dirigida ao juiz, e

    requerer que do mesmo se intime a quem de direito.

    Art. 868. Na petio o requerente expor os fatos e os fundamentos do protesto.

    Art. 869. O juiz indeferir o pedido, quando o requerente no houver demonstrado legtimo interesse e o protesto, dandocausa a dvidas e incertezas, possa impedir a formao de contrato ou a realizao de negcio lcito.

    Art. 870. Far-se- a intimao por editais:I - se o protesto for para conhecimento do pblico em geral, nos casos previstos em lei, ou quando a publicidade sejaessencial para que o protesto, notificao ou interpelao atinja seus fins;II - se o citando for desconhecido, incerto ou estiver em lugar ignorado ou de difcil acesso;III - se a demora da intimao pessoal puder prejudicar os efeitos da interpelao ou do protesto.Pargrafo nico. Quando se tratar de protesto contra a alienao de bens, pode o juiz ouvir, em 3 (trs) dias, aquele

    contra quem foi dirigido, desde que Ihe parea haver no pedido ato emulativo, tentativa de extorso, ou qualquer outro fimilcito, decidindo em seguida sobre o pedido de publicao de editais.

    Art. 871. O protesto ou interpelao no admite defesa nem contraprotesto nos autos; mas o requerido podecontraprotestar em processo distinto.

    Art. 872. Feita a intimao, ordenar o juiz que, pagas as custas, e decorridas 48 (quarenta e oito) horas, sejam os autosentregues parte independentemente de traslado.

    Art. 873. Nos casos previstos em lei processar-se- a notificao ou interpelao na conformidade dos artigosantecedentes.

    k) Homologao de penhor legal (arts. 874 a 876) penhor legal: uma garantia instituda pela lei para

    assegurar o pagamento de determinadas dvidas, cuja natureza reclama tratamento especial. Ex. art. 776.Credor pode tomar os objetos como penhor, requer a homologao em Juzo, pedindo, na petio inicial, acitao para pagar em 24h ou alegar defesa. A conta tem que instruir o pedido. Se houver homologao, os

    Clube de Compartilhamento de Material Acadmico

    DE F@TO & DE DIREITOVirtus Unita Fortius Agit: "A unio faz a fora" entre em contato:[email protected]

    mailto:[email protected]:[email protected]
  • 7/23/2019 Direito Processo Civil IV [Cautelares e Execues] AV1- defato&dedireito

    7/12

    11

    autos vo para o autor em 48h e sem traslado. Se no, os bens so devolvidos ao ru e autor pode cobrarpelas vias prprias.

    Art. 874. Tomado o penhor legal nos casos previstos em lei, requerer o credor, ato contnuo, a homologao. Na petioinicial, instruda com a conta pormenorizada das despesas, a tabela dos preos e a relao dos objetos retidos, pedir acitao do devedor para, em 24 (vinte e quatro) horas, pagar ou alegar defesa.Pargrafo nico. Estando suficientemente provado o pedido nos termos deste artigo, o juiz poder homologar de plano o

    penhor legal.

    Art. 875. A defesa s pode consistir em:I - nulidade do processo;II - extino da obrigao;III - no estar a dvida compreendida entre as previstas em lei ou no estarem os bens sujeitos a penhor legal.

    Art. 876. Em seguida, o juiz decidir; homologando o penhor, sero os autos entregues ao requerente 48 (quarenta e oito)horas depois, independentemente de traslado, salvo se, dentro desse prazo, a parte houver pedido certido; no sendohomologado, o objeto ser entregue ao ru, ressalvado ao autor o direito de cobrar a conta por ao ordinria.

    l) Posse em nome do nascituro (art. 877 e 878) tem por finalidade permitir mulher provar que estgrvida, garantindo-se, com isso, os direitos do nascituro. Essa finalidade esgota-se com a constatao dagravidez, e no h qualquer deciso a respeito da paternidade, que dever ser objeto de ao autnoma. A leiatribui me, com exclusividade, a legitimidade para requerer a constatao da gravidez, protegendo, comisso, os direitos do filho.

    Art. 877. A mulher que, para garantia dos direitos do filho nascituro, quiser provar seu estado de gravidez, requerer aojuiz que, ouvido o rgo do Ministrio Pblico, mande examin-la por um mdico de sua nomeao. 1o O requerimento ser instrudo com a certido de bito da pessoa, de quem o nascituro sucessor. 2o Ser dispensado o exame se os herdeiros do falecido aceitarem a declarao da requerente. 3o Em caso algum a falta do exame prejudicar os direitos do nascituro.

    Art. 878. Apresentado o laudo que reconhea a gravidez, o juiz, por sentena, declarar a requerente investida na possedos direitos que assistam ao nascituro.Pargrafo nico. Se requerente no couber o exerccio do ptrio poder, o juiz nomear curador ao nascituro.

    m) Atentado (art. 879 a 881) a medida cautelar que visa a recomposio da situao ftica, alteradaindevidamente por uma das partes, no curso do processo. A ao de atentado sempre incidente e nuncapreparatria, pois pressupe a existncia de modificao do estado ftico no curso do processo. Aplica-se oprocedimento cautelar geral, mas sem liminar; Juiz de primeiro grau processa e julga, mesmo que aoprincipal esteja no Tribunal; processa-se em separado. A sentena tem como efeitos: restabelecimento dasituao anterior; suspenso da causa principal; proibio da parte (autor ou ru) falar nos autos at apurgao do atentado. A sentena pode ainda condenar a parte a ressarcir o prejudicado em perdas e danos.

    Art. 879. Comete atentado a parte que no curso do processo:

    I - viola penhora, arresto, sequestro ou imisso na posse;II - prossegue em obra embargada;III - pratica outra qualquer inovao ilegal no estado de fato.

    Art. 880. A petio inicial ser autuada em separado, observando-se, quanto ao procedimento, o disposto nos arts. 802 e803.Pargrafo nico. A ao de atentado ser processada e julgada pelo juiz que conheceu originariamente da causa

    principal, ainda que esta se encontre no tribunal.

    Art. 881. A sentena, que julgar procedente a ao, ordenar o restabelecimento do estado anterior, a suspenso da causaprincipal e a proibio de o ru falar nos autos at a purgao do atentado.Pargrafo nico. A sentena poder condenar o ru a ressarcir parte lesada as perdas e danos que sofreu emconsequncia do atentado.

    n) Protesto e Apreenso de ttulos (art. 882 a 887) o protesto de ttulo foi regulado equivocadamente peloCPC entre as aes cautelares. Na verdade, alm de carter marcadamente mercantil, e no processual, oprotesto constitui ato extrajudicial, que nada tem de cautelar. Nada mais do que um meio de comprovar a

    Clube de Compartilhamento de Material Acadmico

    DE F@TO & DE DIREITOVirtus Unita Fortius Agit: "A unio faz a fora" entre em contato:[email protected]

    mailto:[email protected]:[email protected]
  • 7/23/2019 Direito Processo Civil IV [Cautelares e Execues] AV1- defato&dedireito

    8/12

    11

    falta ou recusa de aceite, de pagamento ou da devoluo do ttulo. O credor deve encaminhar o ttulo aoCartrio de Protesto, que notificar o devedor a, em determinado prazo, pagar, exarar o aceite ou promover adevoluo, sob pena de protesto. Se o devedor manter-se inerte o protesto se efetivar. O protesto indispensvel para que o credor requeira a falncia do devedor comerciante e, tambm, para que a duplicatano aceita revista-se de fora executiva, desde que acompanhada do comprovante de entrega da mercadoriaou da prestao de servios.

    O CPC prev tambm a apreenso de ttulo no restitudo ou sonegado pelo emitente, sacado ouaceitante. O pedido de apreenso, ao contrrio do protesto, tem natureza jurisdicional e cautelar, constituindoao preparatria de futura cobrana ou execuo.

    Art. 882. O protesto de ttulos e contas judicialmente verificadas far-se- nos casos e com observncia da lei especial.

    Art. 883. O oficial intimar do protesto o devedor, por carta registrada ou entregando-lhe em mos o aviso.Pargrafo nico. Far-se-, todavia, por edital, a intimao:I - se o devedor no for encontrado na comarca;II - quando se tratar de pessoa desconhecida ou incerta.

    Art. 884. Se o oficial opuser dvidas ou dificuldades tomada do protesto ou entrega do respectivo instrumento, podera parte reclamar ao juiz. Ouvido o oficial, o juiz proferir sentena, que ser transcrita no instrumento.

    Art. 885. O juiz poder ordenar a apreenso de ttulo no restitudo ou sonegado pelo emitente, sacado ou aceitante; mass decretar a priso de quem o recebeu para firmar aceite ou efetuar pagamento, se o portador provar, com justificao ou

    por documento, a entrega do ttulo e a recusa da devoluo.Pargrafo nico. O juiz mandar processar de plano o pedido, ouvir depoimentos se for necessrio e, estando provada aalegao, ordenar a priso.

    Art. 886. Cessar a priso:I - se o devedor restituir o ttulo, ou pagar o seu valor e as despesas feitas, ou o exibir para ser levado a depsito;II - quando o requerente desistir;III - no sendo iniciada a ao penal dentro do prazo da lei;

    IV - no sendo proferido o julgado dentro de 90 (noventa) dias da data da execuo do mandado.Art. 887. Havendo contestao do crdito, o depsito das importncias referido no artigo precedente no ser levantadoantes de passada em julgado a sentena.

    o) Outras Providncias o art. 888 enumera outras medidas cautelares que o juiz poder determinar, napendncia da ao principal, o antes de sua propositura, o rol exemplificativo. Na concesso destas medidassegue o procedimento geral das cautelares.

    Art. 888. O juiz poder ordenar ou autorizar, na pendncia da ao principal ou antes de sua propositura:I - obras de conservao em coisa litigiosa ou judicialmente apreendida;II - a entrega de bens de uso pessoal do cnjuge e dos filhos;

    III - a posse provisria dos filhos, nos casos de separao judicial ou anulao de casamento;IV - o afastamento do menor autorizado a contrair casamento contra a vontade dos pais;V - o depsito de menores ou incapazes castigados imoderadamente por seus pais, tutores ou curadores, ou por elesinduzidos prtica de atos contrrios lei ou moral;Vl - o afastamento temporrio de um dos cnjuges da morada do casal;VII - a guarda e a educao dos filhos, regulado o direito de visita que, no interesse da criana ou do adolescente, pode, acritrio do juiz, ser extensivo a cada um dos avs;(Redao dada pela Lei n 12.398, de 2011)Vlll - a interdio ou a demolio de prdio para resguardar a sade, a segurana ou outro interesse pblico.

    Art. 889. Na aplicao das medidas enumeradas no artigo antecedente observar-se- o procedimento estabelecido nos arts.801 a 803.Pargrafo nico. Em caso de urgncia, o juiz poder autorizar ou ordenar as medidas, sem audincia do requerido.

    Ver: art. 273, CPC: Antecipao dos Efeitos da Tutela.Art. 273. O juiz poder, a requerimento da parte, antecipar, total ou parcialmente, os efeitos da tutela pretendida no pedidoinicial, desde que, existindo prova inequvoca, se convena da verossimilhana da alegao e: (Redao dada pela Lein 8.952, de 1994)

    Clube de Compartilhamento de Material Acadmico

    DE F@TO & DE DIREITOVirtus Unita Fortius Agit: "A unio faz a fora" entre em contato:[email protected]

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12398.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12398.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8952.htm#art273http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8952.htm#art273mailto:[email protected]://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12398.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8952.htm#art273http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8952.htm#art273mailto:[email protected]
  • 7/23/2019 Direito Processo Civil IV [Cautelares e Execues] AV1- defato&dedireito

    9/12

    11

    Ver diferena entre: MEDIDA CAUTELAR e PROCESSO CAUTELARA diferena na terminologia muito sutil. A ao cautelar ao prpria (autos prprios, processo prprio) que seguecomo uma ao comum at a propositura da principal (30 dias, CPC). A medida cautelar vem depois que ocorreu a

    propositura da ao principal, ocorrendo por exemplo, quando ocorre um fato novo.

    Ver diferena entre: TUTELA CAUTELAR e TUTELA ANTECIPADAA Tutela Cautelar visa garantir a proteo do objeto da sentena, sem resultar na antecipao dos efeitos da sentena. J aTutela Antecipa, a antecipao da posse do objeto em lide (dessa forma, o risco do dano eliminado).

    Ver: art. 797, CPC: O juiz poder conceder a cautelar, sem dar oportunidade a outra parte de se pronunciar(Inaudita altera parts)Art. 797. S em casos excepcionais, expressamente autorizados por lei, determinar o juiz medidas cautelares sem aaudincia das partes.

    Ver: art. 798, CPC c/c sum 212, STJ: PODER GERAL DE CAUTELA o poder que tem o juiz para deferircautelares atpicas (no codificadas).

    Art. 798. Alm dos procedimentos cautelares especficos, que este Cdigo regula no Captulo II deste Livro, poder o juizdeterminar as medidas provisrias que julgar adequadas, quando houver fundado receio de que uma parte, antes do

    julgamento da lide, cause ao direito da outra leso grave e de difcil reparao.

    Estudar: TUTELA DE URGNCIA DENTRO DO PROCESSO CAUTELAR.

    Ver: art. 801, CPC: REQUISITOS DA MEDIDA CAUTELARArt. 801. O requerente pleitear a medida cautelar em petio escrita, que indicar:I - a autoridade judiciria, a que for dirigida;II - o nome, o estado civil, a profisso e a residncia do requerente e do requerido;III - a lide e seu fundamento;

    IV - a exposio sumria do direito ameaado e o receio da leso;V - as provas que sero produzidas.

    Pargrafo nico. No se exigir o requisito do no III seno quando a medida cautelar for requerida em procedimentopreparatrio.

    Ver: art. 804, CPC: JUSTIFICAO PRVIA (Pesquisar)Justificao PrviaA Justificao consiste na oportunidade do Requerente apresentar testemunhas para corroborar as suas alegaes.

    Art. 802. 0 requerido ser citado, qualquer que seja o procedimento cautelar, para, no prazo de 5 (cinco) dias, contestar opedido, indicando as provas que pretende produzir.

    Pargrafo nico. Conta-se o prazo, da juntada aos autos do mandado:I - de citao devidamente cumprido;II - da execuo da medida cautelar, quando concedida liminarmente ou aps justificao prvia.

    Art. 815. A justificao prvia, quando ao juiz parecer indispensvel, far-se- em segredo e de plano, reduzindo-se a termoo depoimento das testemunhas.

    Estudar: GARANTIA FIDEJUSSRIAGarantia fidejussria, tambm chamada garantia pessoal, expressa a obrigao que algum assume, ao garantir ocumprimento de obrigao alheia - caso o devedor no o faa. Ex.: fiana, aval, cauo, etc. "Fidejussrio", vem do latim

    fidejussorius - defidejubere, que significa 'fiana' ou 'cauo pessoal'.As garantias se distinguem em dois grandes grupos: reais e fidejussrias.

    garantias reais - aquelas em que o cumprimento de determinada obrigao garantido por meio de um bem mvel (ex:penhor), imvel (ex: hipoteca) ou anticrese;

    garantias fidejussrias so aquelas prestadas por pessoas, e no por bens. No caso de descumprimento de determinadaobrigao, a satisfao do dbito ser garantida por uma terceira pessoa, que no o devedor. As modalidades de garantia

    Clube de Compartilhamento de Material Acadmico

    DE F@TO & DE DIREITOVirtus Unita Fortius Agit: "A unio faz a fora" entre em contato:[email protected]

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Fian%C3%A7ahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Avalhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Cau%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Latimhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Penhorhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Hipotecahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Anticresemailto:[email protected]://pt.wikipedia.org/wiki/Fian%C3%A7ahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Avalhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Cau%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Latimhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Penhorhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Hipotecahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Anticresemailto:[email protected]
  • 7/23/2019 Direito Processo Civil IV [Cautelares e Execues] AV1- defato&dedireito

    10/12

    11

    pessoal so o aval e a fiana.Garantia fidejussria portanto uma garantia pessoal, uma fiana dada por algum, que se compromete pessoalmente acumprir as obrigaes contradas num contrato. Logo, tem sentido distinto da garantia real, na qual um bem dado comocauo.Observe-se que no correta a expresso 'fiana fidejussria'. Trata-se de um pleonasmo, pois tanto 'fiana' como'fidejussria' tm o mesmo radical, fides, que indica f, fiel, lealdade, confiana, etc. A expresso correta 'garantiafidejussria' ou 'cauo fidejussria'.

    Bibliografia: Pontes de Miranda

    quarta-feira 22/08/2012

    TUTELAS DE URGNCIA

    assegurar, na medida do possvel, a eficcia prtica de providncias quer cognitivas quer

    executivas (Jos Carlos Barbosa Moreira).

    TUTELAS DE URGNCIA

    A) TUTELA ANTECIPATRIA (TUA)- Natureza Satisfatria- Deciso Interlocutria- Processo de Conhecimento- Efeito Alcanado: o da sentena

    B) TUTELA CAUTELAR (TUC)- Natureza Instrumental- No tem cunho Satisfatrio- Tem utilidade de Ao Principal

    - Visa preservar o objeto

    C) TUTELA INIBITRIA (TUI)- Natureza Preventiva- Antecede o dano- Aps o cometimento do ilcito, evita sua perpetuao

    DIFERENAS ENTRE:

    a) Mandado de Segurana X Pedido de Antecipao de TutelaEm nosso ordenamento existem vrios graus de tutela, mais ou menos intensa, a ser prestada segundo a situao levada aoJudicirio: se h prova documental (direito lquido e certo) e o ato ilegal emana da Administrao Pblica, abre-se a via domandado de segurana (um tanto estreita, diga-se); se h prova inequvoca, verossimilhana da alegao e fundadoreceio de dano irreparvel ou abuso do direito de defesa, possvel a aplicao das regras previstas nos artigos 273 e 461do Cdigo de Processo Civil, Pedido de Antecipao de Tutela (que est num plano intermedirio, constituindo uma viaum pouco menos rigorosa); pois, se h apenas fundado receio de dano irreparvel e simples aparncia de direito, possvela utilizao do pedido da tutela.

    PERGUNTA:Porque no se utiliza o Mandado de Segurana para atingir o mesmo efeito da Tutela Inibitria?

    R: Ambos fazem conteno de dolo, mas a via do MS muito estreita e sensvel, a cognio est numa spea que tem que ter todo um lastro comprobatrio para que a demanda seja bem sucedida, se julgadoimprocedente o pedido, no mais se pode ser sanado, enquanto a Tutela Inibitria permite a oportunidade de

    recursar, abrir lastros probatrios como a oportunidade de requerer percia.

    quarta-feira 29/08/2012

    Clube de Compartilhamento de Material Acadmico

    DE F@TO & DE DIREITOVirtus Unita Fortius Agit: "A unio faz a fora" entre em contato:[email protected]

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Avalhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Fian%C3%A7ahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Pleonasmohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Pleonasmomailto:[email protected]://pt.wikipedia.org/wiki/Avalhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Fian%C3%A7ahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Pleonasmomailto:[email protected]
  • 7/23/2019 Direito Processo Civil IV [Cautelares e Execues] AV1- defato&dedireito

    11/12

    11

    Tutela Antecipada Tutela Cautelar Tutela Inibitria

    o Juzo satisfaz provisoriamente apretenso do autor, entregando ochamado "bem da vida" pleiteado.

    Tutela cautelar, consiste basicamentenuma tutela de "segurana", que temcomo base um juzo de mera

    plausibilidade, calcada na fumaa dobom direito, no perigo da demora, bemcomo na vinculao ao direito a seracautelado, sendo prestada ex officio ou

    por provocao das partes sem cartersatisfativo, tudo isto com o fito deassegurar o resultado til do chamado"processo principal".

    Tutela inibitria voltada a prevenodo ilcito, no se esperando que ocorraum dano para provocao da atuaodo Estado Juiz, bastando a

    probabilidade da ocorrncia do ilcito.

    Tem natureza satisfativa Sem natureza satisfativa Sem natureza satisfativaNatureza Satisfativa ( protege odireito)

    Conservativa (protege o processo)

    Autonomia No h Como regra h

    Grau de convencimento Altaprobalidade (exige provainequvoca da verossimilhana)

    Existe uma probabilidade menosintensa. Basta o fumus boni iuris

    Proteo Protege o direitomaterial

    Protege o direito processual Previne o ilcito, o dano.

    Concesso Como regra smediante requerimento, o art. 4613 (obrigao de fazer e dar) atutela antecipada pode ser dada deofcio.

    De ofcio, s aps a incoao

    Tutela de urgncia Art. 273, I doCPC

    Sempre haver urgncia

    TUTELA ANTECIPADA(TUA), TUTELA CAUTELAR(TUC) E TUTELA INIBITRIA(TUI).Entre tutela antecipada e a cautelar temos coisas bem aproximadas, em ambos temos o periculum in

    mora e bonus fomus juris, na tutela cautelar haver uma observao superficial, pois se busca apenas oinstrumento do instrumento (processual), o processo ficaria sensibilizado caso no seja concedida a tutelacautelar. e no a antecipao Antes de 1994, no existia a Tutela antecipada, tinha somente o ProcessoCautelar. Hoje temos a Tutela Antecipada, em ambos analisamos que temos o periculum in mora e bonusfomus juris que o mnimo de possibilidade que a pretenso encontra repouso e se existe ou no ahiptese de se conseguir antes da cognio, distinguindo-se no tangente ao periculum in mora, no qual a

    Tutela cautelar requer mais emergncia que a antecipatria, no se discute o mrito, apenas a segurana dobem em lide. Diante da urgncia, na cognio, na fase inicial, antecipo a satisfao do direito material.

    A) TUTELA ANTECIPATRIA (TUA)Satisfaz o direito material.B) TUTELA CAUTELAR (TUC) o instrumento do instrumento (Dinamarco) Viabiliza o processual, tem natureza processual. Existe umperigo da demora que pe em perigo o prprio processo.

    C) TUTELA INIBITRIA (TUI)

    Previne o ilcito, o dano.

    TUTELA ANTECIPADA E TUTELA CAUTELAR: SEMELHANAS

    Clube de Compartilhamento de Material Acadmico

    DE F@TO & DE DIREITOVirtus Unita Fortius Agit: "A unio faz a fora" entre em contato:[email protected]

    mailto:[email protected]:[email protected]
  • 7/23/2019 Direito Processo Civil IV [Cautelares e Execues] AV1- defato&dedireito

    12/12

    11

    a) Nas duas a cognio sumria.b) Fundadas no periculum in mora art. 273, I e cautelarc) Fundadas em tutela sumria, logo so revogveis e provisrias.

    O juiz pode conceder uma tutela requerida em nome da outra art. 273 7 do CPC. A fungibilidade de modupla, pode dar tutela antecipada quando pede cautelar como vice-versa.

    Ex: separao de corpos ( a separao judicial que o pedido principal, a separao de corpos um dos seus efeitos,

    logo h divergncia se hiptese de tutela antecipada ou tutela cautelar) e sustao de protesto.

    Clube de Compartilhamento de Material Acadmico

    DE F@TO & DE DIREITOVirtus Unita Fortius Agit: "A unio faz a fora" entre em contato:[email protected]

    mailto:[email protected]:[email protected]