Direito Trabalho II

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Direito Trabalho II Reviso: 1) Trabalho = Labor. Regula certo tipo de relao laborativa na sociedade contempornea. 2) Direito do Trabalho: Definio (Princpio): ramo jurdico baseado em princpios e normas que visam proteo e melhoria das condies da relao empregatcia. O direito do trabalho o conjunto de normas que regem as relaes de trabalho entre empregados e empregadores, e bem assim os direitos resultantes da condio jurdica dos trabalhadores. 3) Categoria Central: Relao de Trabalho x Relao de Emprego. Relao de trabalho refere-se a todas as relaes jurdicas caracterizadas por terem sua prestao essencial em uma obrigao em labor humano. Relao de emprego apenas uma das modalidades especficas de relao de trabalho juridicamente configurada. 4) Subordinao: O empregado deve cumprir as ordens lcitas do empregador. As ordens decorrem do contrato de trabalho. 5) Empregador: Art. 2, CLT Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econmica, admite, assalaria e dirige a prestao pessoal de servio. 6) Empregado: Art: 3, CLT Considera-se empregado toda pessoa fsica que prestar servios de natureza no eventual a empregador, sob a dependncia deste e mediante salrio. Empregado aquela pessoa fsica que presta servio com pessoalidade mediante recebimento de salrio e que se subordina aos comandos do empregador. Esta prestao de servio realizado pelo empregado deve ser feito com habitualidade. 7) Princpio da Proteo: o princpio que visa atenuao das desigualdades existentes entre empregador e empregado. Contrato de Trabalho: 1) Definio: Art. 442, CLT Contrato individual de trabalho o acordo tcito ou expresso, correspondente relao de emprego. Pargrafo nico Qualquer que seja o ramo de atividade da sociedade cooperativa, no existe vnculo empregatcio entre ela e seus associados, nem entre estes e os tomadores de servios daquela. Maurcio Godinho Delgado Acordo de vontades tcito ou expresso pelo qual uma pessoa fsica coloca seus servios disposio de outrem, a serem prestados com pessoalidade, no eventualidade, onerosidade e subordinao ao tomador.

2) Negociao Preliminar: Negociao prvia No geram direitos e obrigaes 3) Caractersticas: a) Contrato de Direito Privado a autonomia das partes, que deriva da natureza essencialmente privada no s dos sujeitos pactuantes, como tambm dos interesses envolvidos da prpria relao jurdica. b) Contrato Intuitu Personae Envolve uma nica parte contratual. O empregado figura infungvel, no podendo ser cumprida por outrem, sob pena de descaracterizao contratual. c) Contrato Sinalagmtico um acordo de vontade bilateral, que resultam do contrato empregatcio obrigaes contrrias, contrapostas. H reciprocidade entre as obrigaes contratuais, ensejando equilbrio formal entre as prestaes onerosas. d) Contrato Consensual Tal carter distingue o pacto cuja celebrao, no se sujeita s formalidades imperativas, sendo meramente no formal ou no solene. e) Contrato Sucessivo ou Trato Sucessivo As prestaes sucedem continuadamente no tempo, cumprindo e vencendo, seguidamente, ao longo do prazo contratual. f) Contrato Oneroso a contraprestao de salrio, que cada parte contribui com uma ou mais obrigaes economicamente mensurveis. g) Contrato Complexo Traz a possibilidade de associar-se a outros contratos, que tendem a ter uma relao de acessoriedade. So exemplos, os pactos concernentes a depsito de instrumentos de trabalho, comodato de imvel residencial. h) Contrato de Alteridade O risco do empreendimento inerente prestao laboral de servios e a seu resultado correm por conta do empregador. i) Contrato Comutativo A prestao laboral determinada no equilbrio ou proporcional ao servio executado. j) Contrato de Atividade um pacto que tem como uma de suas obrigaes centrais a prestao de fazer, de trabalhar, que se cumpre continuamente no tempo. 4) Elementos Essenciais (Art. 104, I, II, III, do CC/2002): a) Capacidade: Capacidade das partes a aptido para exercer, por si ou por outrem, atos da vida civil. Capacidade trabalhista a aptido reconhecida pelo Direito do Trabalho para o exerccio de atos da vida laborativa. Aprendiz: de 14 a 16 anos. Art. 7, CR/88 So direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, alm de outros que visem melhoria de sua condio social: XXXIII proibio de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condio de aprendiz, a partir de quatorze anos. Capacidade relativa: de 16 a 18 anos. Assistncia: Art. 439, CLT lcito ao menor firmar recibo pelo pagamento dos salrios. Tratando-se, porm, de resciso do contrato de trabalho, vedado ao menor de 18 (dezoito) anos dar, sem assistncia dos seus responsveis legais, quitao ao empregador pelo recebimento da indenizao que lhe for devida. Reclamao Trabalhista: Art. 793, CLT A reclamao trabalhista do menor de 18 anos ser feita por seus representantes legais e, na falta destes, pela Procuradoria da Justia do Trabalho, pelo sindicato, pelo Ministrio Pblico estadual ou curador nomeado em juzo. Capacidade plena: 18 anos.

A capacidade plena para atos da vida trabalhista inicia-se aos 18 anos. Art. 402, CLT - Considera-se menor para os efeitos desta Consolidao o trabalhador de quatorze at dezoito anos. Trabalho Ilcito (esto ligados diretamente com o ncleo da atividade ilcita) x Trabalho Irregular Proibido (trabalho executado por menores de 18 anos em perodo noturno ou em ambientao perigosa ou insalubre). b) Licitude do objeto A ordem jurdica somente confere validade ao contrato que tenha objeto lcito (art. 166, II, CC/2002). c) Forma Regular ou No Proibida a instrumentalizao de transparncia de um ato jurdico. O direito no exige forma especfica para os atos jurdicos contratados na vida privada. Exceo: contratos relativos ao artista profissional, atleta profissional de futebol, etc. d) Higidez da manifestao da vontade (consenso vlido pelas partes) no pode ter vcio de vontade (consentimento) ou vcio social (simulao, fraude). 5) Nulidades contratuais trabalhistas (ex nunc = de agora em diante): a invalidao da existncia e/ou dos efeitos jurdicos de um ato ou seu componente em virtude de se confrontar com a regra jurdica imperativa. Teorias das Nulidades: Aplicao plena da teoria trabalhista das nulidades cabe o reconhecimento de todos os efeitos justrabalhistas ao contrato irregularmente celebrado. Aplicao restritiva da teoria trabalhista das nulidades so aspectos que tendem a ensejar uma gradao relativa no que toca aplicao dos efeitos justrabalhistas. Smula n 363, TST A contratao de servidor pblico, aps a CF/1988, sem prvia aprovao em concurso pblico, encontra bice no respectivo art. 37, II, e 2, somente lhe conferindo direito ao pagamento da contraprestao pactuada, em relao ao nmero de horas trabalhadas, respeitando o valor da hora do salrio mnimo, e dos valores referentes aos depsitos do FGTS. Inaplicabilidade da teoria trabalhista das nulidades o chamado trabalho ilcito, inviabilizando a produo de qualquer efeito trabalhista prestao laborativa efetivada. 6) Direitos e Deveres dos Contratantes: Direito do Empregador: Direo poder diretivo, poder organizativo ou poder de comando (modo de fazer, de determinar) seria o conjunto de prerrogativas concentradas no empregador dirigidas fixao de regras gerais. Controle poder de controle ou poder fiscalizatrio seria o conjunto de prerrogativas dirigidas ao empregador a proporcionar o acompanhamento contnuo da prestao de trabalho. Aplicao da Pena (Poder Disciplinar) o conjunto de prerrogativas concentradas no empregador dirigidas a proporcionar a imposio de sanes em face do descumprimento de suas obrigaes contratuais. Sanes Disciplinares: So os meios de que dispe o empregador para imediata tutela de seus direitos, em caso de violao das obrigaes assumidas pelo empregado. Imediata A punio h de ser imediata, pois a falta no punida, presume-se perdoada. Proporcional A sano disciplinar supe a culpa do empregado e impe certa proporo entre a falta e a sano, pois o abuso do direito pelo empregador, no pode ter o endosso da justia. As punies devem ser de advertncia, suspenso e demisso.

7) Direitos de Resistncia do Empregado a recusa ao cumprimento de ordens, derivando diretamente do uso irregular do poder diretivo patronal: Risco sade, vida. Ilcita Moral Impossvel Natureza contratual Contrato de Trabalho por Prazo Determinado: a) A indeterminao da durao contratual constitui regra geral incidente aos contratos empregatcios. A ordem justrabalhista considera exceo os pactos por prazo prefixado existentes na realidade sociojurdica. Os pactos a prazo somente podem ser celebrados legalmente especificados por lei. Regra geral: indeterminado. Exceo: determinado (por lei). b) Hipteses: regra geral art. 443, 2, CLT. I transitoriedade do servio por obra. II empresa com carter transitrio circo. III contrato de experincia espcie.Art. 443, CLT - O contrato individual de trabalho poder ser acordado tcita ou expressamente, verbalmente ou por escrito e por prazo determinado ou indeterminado. 1 - Considera-se como de prazo determinado o contrato de trabalho cuja vigncia dependa de termo prefixado ou da execuo de servios especificados ou ainda da realizao de certo acontecimento suscetvel de previso aproximada. 2 - O contrato por prazo determinado s ser vlido em se tratando: a) de servio cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminao do prazo; b) de atividades empresariais de carter transitrio; c) de contrato de experincia.

c) Termo Certo: aquele cuja a exata incidncia j est pr-fixada no tempo, sabendo-se antecipadamente sua precisa verificao cronolgica. Termo o dia no qual tem de comear ou de extinguir-se a eficcia de um negcio jurdico. Critrios de fixao de termo art. 443, 1, CLT: Termo fixo (obrigatrio no contrato de experincia) Termo previsto em funo do servio (obra) Termo previsto em funo do acontecimento (safra) d) Prazo Legal art. 445, caput e nico, CLT: a lei fixa prazos mximos de durao aos contratos a termo. Contrato determinado 2 anos. Contrato de experincia 90 dias.Art. 445, CLT - O contrato de trabalho por prazo determinado no poder ser estipulado por mais de 2 (dois) anos, observada a regra do art. 451. Pargrafo nico. O contrato de experincia no poder exceder de 90 (noventa) dias.

e) Prorrogao art. 451, CLT: consiste na dilatao temporal do termo final preestabelecido para o contrato.Art. 451, CLT - O contrato de trabalho por prazo determinado que, tcita ou expressamente, for prorrogado mais de uma vez passar a vigorar sem determinao de prazo.

f) Sucessividade art. 452, CLT: consiste na celebrao de novo contrato a termo aps a extino prxima de um contrato anterior da mesma natureza. 6 meses Exceo: acontecimentos suscetveis (safra)Art. 452, CLT - Considera-se por prazo indeterminado todo contrato que suceder, dentro de 6 (seis) meses, a outro contrato por prazo determinado, salvo se a expirao deste dependeu da execuo de servios especializados ou da realizao de certos acontecimentos.

g) Irregularidade o contrato de trabalho se torna por prazo indeterminado com qualquer irregularidade que possa burlar a lei. h) Tipos de Contratos a Termo: Contrato de Experincia (art. 443, 2, c e art. 445, nico, CLT): o acordo bilateral firmado entre empregado e empregador, com prazo mximo de 90 dias. Contrato por Obra Certa (Lei n 2.959/56, destaque art. 1): o pacto empregatcio urbano a prazo, qualificado pela presena de um construtor em carter permanente no plo empresarial da relao e pela execuo de obra ou servio certo como fator ensejador da prefixao do prazo contratual.Lei n 2.959, de 17/11/56: Art. 1 - No contrato individual de trabalho por obra certa, as inscries na carteira profissional do empregado sero feitas pelo construtor, desse modo constitudo em empregador, desde que exera a atividade em carter permanente.

Contrato Provisrio (Lei 9.601/98, destaques arts. 1 e 3): institudo por negociao coletiva, com a participao do sindicato, sendo tais requisitos para pactuar admisses que representem acrscimo no nmero de empregados.Lei 9.601, de 21/01/98: Art. 1 - As convenes e os acordos coletivos de trabalho podero instituir contrato de trabalho por prazo determinado, de que trata o art. 443 da Consolidao das Leis do Trabalho - CLT, independentemente das condies estabelecidas em seu 2, em qualquer atividade desenvolvida pela empresa ou estabelecimento, para admisses que representem acrscimo no nmero de empregados. Art. 3 - O nmero de empregados contratados nos termos do art. 1 desta Lei observar o limite estabelecido no instrumento decorrente da negociao coletiva, no podendo ultrapassar os seguintes percentuais, que sero aplicados cumulativamente: I - cinqenta por cento do nmero de trabalhadores, para a parcela inferior a cinqenta empregados; II - trinta e cinco por cento do nmero de trabalhadores, para a parcela entre cinqenta e cento e noventa e nove empregados; e III - vinte por cento do nmero de trabalhadores, para a parcela acima de duzentos empregados. Pargrafo nico. As parcelas referidas nos incisos deste artigo sero calculadas sobre a mdia aritmtica mensal do nmero de empregados contratados por prazo indeterminado do estabelecimento, nos seis meses imediatamente anteriores ao da data de publicao desta Lei.

Contrato de Trabalho Temporrio (Lei 6.019/74, destaques art. 2, 10 e 16): so pactos empregatcios direcionados prestao de trabalho em lapsos temporais especficos e delimitados em funo da atividade empresarial.Lei 6.019, de 03/01/74: Art. 2 - Trabalho temporrio aquele prestado por pessoa fsica a uma empresa, para atender necessidade transitria de substituio de seu pessoal regular e permanente ou acrscimo extraordinrio de servios. Art. 10 - O contrato entre a empresa de trabalho temporrio e a empresa tomadora ou cliente, com relao a um mesmo empregado, no poder exceder de trs meses, salvo autorizao conferida pelo rgo local do Ministrio do Trabalho e Previdncia Social, segundo instrues a serem baixadas pelo Departamento Nacional de Mo-de-Obra. Art. 16 - No caso de falncia da empresa de trabalho temporrio, a empresa tomadora ou cliente solidariamente responsvel pelo recolhimento das contribuies previdencirias, no tocante ao tempo em que o trabalhador esteve sob suas ordens, assim como em referncia ao mesmo perodo, pela remunerao e indenizao previstas nesta Lei.

Contrato de Safra (Lei n 5.889/73, destaques art. 14 e nico): o pacto empregatcio rural a prazo, cujo termo final seja fixado em funo das variaes estacionais da atividade agrria.Lei 5.889, de 08/06/73: Art. 14. Expirado normalmente o contrato, a empresa pagar ao safrista, a ttulo de indenizao do tempo de servio, importncia correspondente a 1/12 (um doze avos) do salrio mensal, por ms de servio ou frao superior a 14 (quatorze) dias. Pargrafo nico. Considera-se contrato de safra o que tenha sua durao dependente de variaes estacionais da atividade agrria.

Alteraes Contratuais: 1) Alteraes Contratuais: no pode haver alterao prejudicial, direta ou indireta, moral ou material. Entretanto, existem as excees legais por lei. Alteraes Subjetivas: so aquelas que atingem os sujeitos contratuais, substituindo-os ao longo do desenrolar do contrato. O contrato de trabalho no se sujeita a um grupo diferenciado de alteraes subjetivas, mas a uma nica alterao de seus sujeitos contratuais a modificao da figura do empregador. No sujeita. Exceo: Sucesso Empresarial. Alteraes Objetivas ou Clusulas Contratuais: so aquelas que atingem as clusulas do contrato, alterando-as ao longo do desenvolvimento do pacto. 2) Alteraes Objetivas: so aquelas que atingem o contedo do contrato de trabalho. Classificao: a) Segundo a origem: Norma jurdica alteraes normativas (Constituio, leis, medidas provisrias). Vontade das partes alteraes meramente contratuais (unilateral ou bilateral). b) Segundo a obrigatoriedade: Imperativas (ou obrigatrias): so alteraes que se impem s partes contratuais, produzindo efeitos favorveis ou desfavorveis a qualquer das partes decorrentes de uma norma jurdica. Voluntria: so alteraes decorrentes do exerccio lcito da vontade pelas partes contratuais. c) Segundo o objeto:

Qualitativas so aquelas que dizem respeito natureza das prestaes dos servios (tipo de trabalho, de funo). Quantitativas so aquelas que dizem respeito ao montante das prestaes (carga horria ou jornada, montante do salrio). Circunstanciais so aquelas que dizem respeito situao ambiental ou organizativa das prestaes contratuais (mudana de local de trabalho). d) Segundo os efeitos: Favorveis (lcitos) por traduzirem um patamar de direitos superior ao patro normativamente fixado, tendem a ser sempre vlidas. Desfavorveis (no podem) tendem em geral a ser tidas como ilcitas (princpio da inalterabilidade contratual lesiva), exceto as previstas em lei (art. 444, CLT art. 7, VI, CR/88).Art. 444, CLT - As relaes contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulao das partes interessadas em tudo quanto no contravenha s disposies de proteo ao trabalho, aos contratos coletivos que lhes sejam aplicveis e s decises das autoridades competentes. Art. 7, CR/88 So direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, alm de outros que visem melhoria de sua condio social: VI - irredutibilidade do salrio, salvo o disposto em conveno ou acordo coletivo.

3) Princpios aplicveis para Alterao Contratual Objetiva: a) Princpio da Inalterabilidade Contratual Lesiva: Godinho o direito do trabalho coloca sob o nus do empregador, os riscos do empreendimento, independentemente do insucesso que possa se abater sobre este. As obrigaes trabalhistas empresariais preservam-se intocveis, ainda que a atividade econmica tenha sofrido reversos. Alterao positiva: permitida. Alterao negativa (art. 468, nico art. 7, VI, CR/88): quando a lei permitir.Art. 468, CLT - Nos contratos individuais de trabalho s lcita a alterao das respectivas condies por mtuo consentimento, e ainda assim desde que no resultem, direta ou indiretamente, prejuzos ao empregado, sob pena de nulidade da clusula infringente desta garantia. nico - No se considera alterao unilateral a determinao do empregador para que o respectivo empregado reverta ao cargo efetivo, anteriormente ocupado, deixando o exerccio de funo de confiana.

b) Princpio do Direito de Resistncia: Assegura a prerrogativa de resistncia do empregado perante ordens ilcitas ou irregulares do empregador. Este princpio deriva do uso irregular do poder normativo (diretivo) patronal. c) Princpio do jus variandi Empresarial: o direito de alterao contratual do empregador. Conjunto de prerrogativas (juridicamente limitadas) de adequao e redirecionamento da prestao laboral contratada, que a ordem jurdica assegura ao empregador no transcorrer do contrato (art. 2, caput, CLT) decorrente do poder normativo ou diretivo.Art. 2, CLT - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econmica, admite, assalaria e dirige a prestao pessoal de servio.

4) Critrios autorizados do jus variandi: Se no tiver a regra das 5 hipteses abaixo, prevalecer regra da Inalterabilidade Contratual Lesiva. a) jus variandi ordinrio: o instrumento de modulao da prestao de servios, atuando em campo ou matria no previamente regulada pelo contrato ou norma jurdica. Nele de maneira geral, ajustam-se aspectos no essenciais da relao. Contudo, tais aspectos tm importncia na dinmica empresarial. b) jus variandi extraordinrio art. 468, nico (reverso) art. 461, 4 (alterao funcional) art. 469, 3 (alterao de local), CLT: a autorizao conferida pela ordem jurdica ao empregador para modificaes de clusulas contratuais de modo permanente ou transitrio para enfretamento de necessidades empresariais. Neste grupo ocorrem alteraes lesivas ao obreiro, mas permitidas por lei.Art. 468, CLT - Nos contratos individuais de trabalho s lcita a alterao das respectivas condies por mtuo consentimento, e ainda assim desde que no resultem, direta ou indiretamente, prejuzos ao empregado, sob pena de nulidade da clusula infringente desta garantia. nico - No se considera alterao unilateral a determinao do empregador para que o respectivo empregado reverta ao cargo efetivo, anteriormente ocupado, deixando o exerccio de funo de confiana. Art. 461, CLT - Sendo idntica a funo, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, na mesma localidade, corresponder igual salrio, sem distino de sexo, nacionalidade ou idade. 4 - O trabalhador readaptado em nova funo por motivo de deficincia fsica ou mental atestada pelo rgo competente da Previdncia Social no servir de paradigma para fins de equiparao salarial. Art. 469, CLT - Ao empregador vedado transferir o empregado, sem a sua anuncia, para localidade diversa da que resultar do contrato, no se considerando transferncia a que no acarretar necessariamente a mudana do seu domiclio. 3 - Em caso de necessidade de servio o empregador poder transferir o empregado para localidade diversa da que resultar do contrato, no obstante as restries do artigo anterior, mas, nesse caso, ficar obrigado a um pagamento suplementar, nunca inferior a 25% (vinte e cinco por cento) dos salrios que o empregado percebia naquela localidade, enquanto durar essa situao.

c) Alteraes Contratuais Favorveis: trata-se de alteraes que no so vedadas pelo Direito do Trabalho (reajuste espontneo de salrio, reduo de jornada sem reduo salarial). d) Modificaes Transitrias de Causas Excepcionais (art. 61, 1, CLT): so para enfretamento de necessidades empresariais surgidas em situaes ocorridas da estrita vontade empresarial. Princpios: dever de lealdade contratual dever de colaborao. Regras: situao de emergncia carter fugaz e ou transitrio da modificao.Art. 61, CLT - Ocorrendo necessidade imperiosa, poder a durao do trabalho exceder do limite legal ou convencionado, seja para fazer face a motivo de fora maior, seja para atender realizao ou concluso de servios inadiveis ou cuja inexecuo possa acarretar prejuzo manifesto. 1 - O excesso, nos casos deste artigo, poder ser exigido independentemente de acordo ou contrato coletivo e dever ser comunicado, dentro de 10 (dez) dias, autoridade competente em matria de trabalho, ou, antes desse prazo, justificado no momento da fiscalizao sem prejuzo dessa comunicao.

e) Autorizao conferida pela ordem jurdica autnoma negociada (ACT/CCT) art. 7, VI (reduo de salrio), XIII (jornada de trabalho e compensao), XIV (jornada em turnos ininterruptos de revezamento), CR/88: so provenientes de normas de conveno coletiva ou acordo coletivo do trabalho.Art. 7, CR/88 So direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, alm de outros que visem melhoria de sua condio social: VI - irredutibilidade do salrio, salvo o disposto em conveno ou acordo coletivo. XIII - durao do trabalho normal no superior a oito horas dirias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensao de horrios e a reduo da jornada, mediante acordo ou conveno coletiva de trabalho. XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociao coletiva.

Alteraes Contratuais: Objetivas: So aquelas que abrangem clusulas contratuais ou circunstncias envolventes efetiva execuo do contrato. Afetam o contedo do contrato de trabalho. 1) Qualitativas (natureza das prestaes): so modificaes que envolvem o prprio carter da prestao ou situao contratual enfocada. Alterao de funo: (funo tarefa) Funo: um conjunto de tarefas. Tarefa: uma atividade que a pessoa faz. a) Situao de emergncia ou excepcional (dever de colaborao e lealdade): alterao funcional de curta durao, a ttulo de excepcional, ou em situaes de emergncia, sempre em carter transitrio, sem prejuzo salarial. b) Substituio temporria (smula 159, TST): so motivadas por fatores previsveis e comuns na dinmica regular da empresa. Ex: licena-gestante, frias.Smula n 159, TST Substituio de carter no eventual e vacncia do cargo. I - Enquanto perdurar a substituio que no tenha carter meramente eventual, inclusive nas frias, o empregado substituto far jus ao salrio contratual do substitudo. II - Vago o cargo em definitivo, o empregado que passa a ocup-lo no tem direito a salrio igual ao do antecessor.

c) Reverso retrocesso rebaixamento: (art. 62, II, nico / art. 224, 2, CLT) (art. 450 / 468, nico / art. 449, CLT) smula 372, TST. Reverso: o retorno ao cargo efetivo, aps a ocupao de cargo ou funo de confiana, interinamente, ou em substituio eventual ou temporria. H reduo salarial, salvo se o empregado ocupou o cargo de confiana por mais de 10 anos. Retrocesso: alterao qualitativa (em geral quantitativa) ilcita do contrato pela qual se transfere o empregado para um cargo efetivo inferior, aps ter ocupado, em carter permanente cargo efetivo superior (art. 9, 444, 468, CLT). Rebaixamento: uma retrocesso efetuada em carter punitivo, ou seja, o retorno determinado com intuito punitivo, ao cargo efetivo anterior mais baixo, aps estar o obreiro ocupando cargo efetivo mais alto.

Art. 9, CLT - Sero nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicao dos preceitos contidos na presente Consolidao. Art. 62, CLT - No so abrangidos pelo regime previsto neste captulo: II - os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gesto, aos quais se equiparam, para efeito do disposto neste artigo, os diretores e chefes de departamento ou filial. nico - O regime previsto neste captulo ser aplicvel aos empregados mencionados no inciso II deste artigo, quando o salrio do cargo de confiana, compreendendo a gratificao de funo, se houver, for inferior ao valor do respectivo salrio efetivo acrescido de 40% (quarenta por cento). Art. 224, CLT - A durao normal do trabalho dos empregados em bancos, casas bancrias e Caixa Econmica Federal ser de 6 (seis) horas continuas nos dias teis, com exceo dos sbados, perfazendo um total de 30 (trinta) horas de trabalho por semana. 2 - As disposies deste artigo no se aplicam aos que exercem funes de direo, gerncia, fiscalizao, chefia e equivalentes, ou que desempenhem outros cargos de confiana, desde que o valor da gratificao no seja inferior a 1/3 (um tero) do salrio do cargo efetivo. Art. 444, CLT - As relaes contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulao das partes interessadas em tudo quanto no contravenha s disposies de proteo ao trabalho, aos contratos coletivos que lhes sejam aplicveis e s decises das autoridades competentes. Art. 449, CLT - Os direitos oriundos da existncia do contrato de trabalho subsistiro em caso de falncia, concordata ou dissoluo da empresa. Art. 450, CLT - Ao empregado chamado a ocupar, em comisso, interinamente, ou em substituio eventual ou temporria, cargo diverso do que exercer na empresa, sero garantidas a contagem do tempo naquele servio, bem como volta ao cargo anterior. Art. 468, CLT - Nos contratos individuais de trabalho s lcita a alterao das respectivas condies por mtuo consentimento, e ainda assim desde que no resultem, direta ou indiretamente, prejuzos ao empregado, sob pena de nulidade da clusula infringente desta garantia. nico - No se considera alterao unilateral a determinao do empregador para que o respectivo empregado reverta ao cargo efetivo, anteriormente ocupado, deixando o exerccio de funo de confiana. Smula n 372, TST Gratificao de funo. Supresso ou reduo. Limites. I - Percebida a gratificao de funo por dez ou mais anos pelo empregado, se o empregador, sem justo motivo, revert-lo a seu cargo efetivo, no poder retirar-lhe a gratificao tendo em vista o princpio da estabilidade financeira. II - Mantido o empregado no exerccio da funo comissionada, no pode o empregador reduzir o valor da gratificao.

d) Extino de cargo e funo: considera-se vlida, desde que no haja prejuzo patrimonial ou moral para o empregado e exista afinidade entre a nova e a velha funo. Requisitos: no pode diminuio salarial funo semelhante e) Alterao de plano de cargos e salrios ou quadro de carreiras: vlida a alterao do cargo ou funo que resulte de modificao do plano de cargos e salrios ou do quadro de carreira estabelecido na empresa. Requisitos: no pode diminuio salarial funo semelhante

f) Readaptao funcional * (art. 461, 4, CLT): considera a lei vlida, readaptao funcional para funo inferior do obreiro que sofra deficincia fsica ou mental no curso do contrato, atestada a leso pelo rgo previdencirio competente. Por causa previdenciria: o empregado com deficincia fsica ou mental posterior a sua contratao. Pode ir para cargo inferior. Quanto reduo salarial (2 correntes): 1 corrente admite pequena reduo (pode diminuir) 2 corrente no admite qualquer reduo (no pode diminuir).Art. 461, CLT - Sendo idntica a funo, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, na mesma localidade, corresponder igual salrio, sem distino de sexo, nacionalidade ou idade. 4 - O trabalhador readaptado em nova funo por motivo de deficincia fsica ou mental atestada pelo rgo competente da Previdncia Social no servir de paradigma para fins de equiparao salarial.

g) Promoo: o ato pelo qual o empregado transferido em carter permanente com efetivas vantagens na estrutura de cargos e funes da empresa. 2) Quantitativas: so modificaes no objeto do contrato de trabalho que atingem o montante das prestaes pactuadas. a) Alterao de jornada: no sentido ampliativo da durao do trabalho, no sentido redutor da durao do trabalho, alteraes ocorridas no horrio de trabalho. Prorrogao por acordo: desde que considerada a causa dessa ampliao. art. 59, caput, CLT (acordo individual vetado) versus art. 7, XIII, XIV, XVI, CR/88 (acordo coletivo). Regime de compensao de jornada art. 7, XIII; smula 85, TST e SDI, I n 182. Pode ser por acordo individual ou coletivo. No tem direito a hora extra. Banco de horas: decorre da experincia da negociao coletiva aceita pela jurisprudncia. Obs: S pode ter banco de hora por negociao coletiva com durao mxima do banco de horas de 1 ano. Fora maior art. 61, CLT. Servios inadiveis art. 61, CLT. Reposio de paralisao empresarial.Art. 59, CLT - A durao normal do trabalho poder ser acrescida de horas suplementares, em nmero no excedente de 2 (duas), mediante acordo escrito entre empregador e empregado, ou mediante contrato coletivo de trabalho. 1 - Do acordo ou do contrato coletivo de trabalho dever constar, obrigatoriamente, a importncia da remunerao da hora suplementar, que ser, pelo menos, 20% (vinte por cento) superior da hora normal. Art. 7, CR/88: So direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, alm de outros que visem melhoria de sua condio social: XIII - durao do trabalho normal no superior a oito horas dirias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensao de horrios e a reduo da jornada, mediante acordo ou conveno coletiva de trabalho; XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociao coletiva; XVI - remunerao do servio extraordinrio superior, no mnimo, em cinqenta por cento do normal.

SDI-I n 182, TST (Seo de Dissdios Individuais Subseo I): Compensao de jornada. Acordo individual. Validade. (cancelada em decorrncia da nova redao conferida Smula n 85 do TST). Smula n 85, TST - Compensao de jornada. I. A compensao de jornada de trabalho deve ser ajustada por acordo individual escrito, acordo coletivo ou conveno coletiva. II. O acordo individual para compensao de horas vlido, salvo se houver norma coletiva em sentido contrrio. III. O mero no-atendimento das exigncias legais para a compensao de jornada, inclusive quando encetada mediante acordo tcito, no implica a repetio do pagamento das horas excedentes jornada normal diria, se no dilatada a jornada mxima semanal, sendo devido apenas o respectivo adicional. IV. A prestao de horas extras habituais descaracteriza o acordo de compensao de jornada. Nesta hiptese, as horas que ultrapassarem a jornada semanal normal devero ser pagas como horas extraordinrias e, quanto quelas destinadas compensao, dever ser pago a mais apenas o adicional por trabalho extraordinrio. Art. 61, CLT - Ocorrendo necessidade imperiosa, poder a durao do trabalho exceder do limite legal ou convencionado, seja para fazer face a motivo de fora maior, seja para atender realizao ou concluso de servios inadiveis ou cuja inexecuo possa acarretar prejuzo manifesto. 1 - O excesso, nos casos deste artigo, poder ser exigido independentemente de acordo ou contrato coletivo e dever ser comunicado, dentro de 10 (dez) dias, autoridade competente em matria de trabalho, ou, antes desse prazo, justificado no momento da fiscalizao sem prejuzo dessa comunicao. 2 - Nos casos de excesso de horrio por motivo de fora maior, a remunerao da hora excedente no ser inferior da hora normal. Nos demais casos de excesso previstos neste artigo, a remunerao ser, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) superior da hora normal, e o trabalho no poder exceder de 12 (doze) horas, desde que a lei no fixe expressamente outro limite. 3 - Sempre que ocorrer interrupo do trabalho, resultante de causas acidentais, ou de fora maior, que determinem a impossibilidade de sua realizao, a durao do trabalho poder ser prorrogada pelo tempo necessrio at o mximo de 2 (duas) horas, durante o nmero de dias indispensveis recuperao do tempo perdido, desde que no exceda de 10 (dez) horas dirias, em perodo no superior a 45 (quarenta e cinco) dias por ano, sujeita essa recuperao prvia autorizao da autoridade competente.

b) Alterao Redutora da durao do trabalho ( lcita): consistem naquelas que diminuem o tempo de labor ou de disponibilidade do obreiro por aqum do padro fixado contratualmente ou por norma jurdica. Negociao coletiva art. 7, XIII, XIV, XVI Pode diminuir a hora de trabalho sem diminuir o salrio do trabalhador. c) Alterao de horrio de trabalho: ocorridas no horrio, com ou sem influncia na prpria durao laborativa, so modificaes que atingem o posicionamento da jornada laborativa no contexto da distribuio diria e semanal da prestao de servios pelo empregado. Alterao dentro da mesma jornada padro. Alterao do trabalhador do turno, diurno para noturno ou vice e versa. diurno para noturno (via de regra com o consentimento) noturno para diurno (pode smula n 265, TST).Smula n 265, TST - Transferncia para o Perodo Diurno - Adicional Noturno. A transferncia para o perodo diurno de trabalho implica a perda do direito ao adicional noturno.

d) Elevao Salarial: so mudanas salariais positivas, em geral, no produzem maiores indagaes no cotidiano trabalhista. Pode ser alterada. Em princpio uma alterao lcita do contrato. Mais favorvel ao empregado (princpio da inalterabilidade contratual lesiva). e) Reduo Salarial: so mudanas salariais negativas, que so vedadas pela ordem jurdica (regra geral). Art. 7, VI, CR/88. Eliminao de situao prejudicial ao empregado (exceo). Ex: periculosidade, insalubridade, noturno, adicional de transferncia.Art. 7, CR/88 So direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, alm de outros que visem melhoria de sua condio social: VI - irredutibilidade do salrio, salvo o disposto em conveno ou acordo coletivo.

3) Alteraes Circunstanciais (situao ambiental ou organizativa referente s prestaes contratuais). A mais conhecida das modificaes circunstanciais a mudana de local de trabalho, tambm denominada remoo ou transferncia. Alterao do local de trabalho: I) no pas: regidas pelos arts. 469 e 470, CLT denominado remoo ou transferncia.Art. 469, CLT - Ao empregador vedado transferir o empregado, sem a sua anuncia, para localidade diversa da que resultar do contrato, no se considerando transferncia a que no acarretar necessariamente a mudana do seu domiclio. 1 - No esto compreendidos na proibio deste artigo: os empregados que exeram cargo de confiana e aqueles cujos contratos tenham como condio, implcita ou explcita, a transferncia, quando esta decorra de real necessidade de servio. 2 - licita a transferncia quando ocorrer extino do estabelecimento em que trabalhar o empregado. 3 - Em caso de necessidade de servio o empregador poder transferir o empregado para localidade diversa da que resultar do contrato, no obstante as restries do artigo anterior, mas, nesse caso, ficar obrigado a um pagamento suplementar, nunca inferior a 25% (vinte e cinco por cento) dos salrios que o empregado percebia naquela localidade, enquanto durar essa situao. Art. 470, CLT - As despesas resultantes da transferncia correro por conta do empregador.

a) Remoo Relevante: so alteraes contratuais que implicam na modificao do local da prestao do servio e, por conseguinte, acarretam a modificao da residncia do trabalhador. So remoes lcitas: se ocorrer com o consentimento do empregado e seu comprovado interesse. quando ocorrer com a extino do estabelecimento a que o empregado se vincula. empregado que exerce cargo e confiana. empregado que tenha no contrato clusula explcita ou implcita de transferibilidade. transferncia provisria e existindo real necessidade de servio (enunciado n 43, TST)

Smula n 43, TST Transferncia - Necessidade do Servio. Presume-se abusiva a transferncia de que trata o 1 do Art. 469 da CLT, sem comprovao da necessidade do servio.

Obs 1: A jurisprudncia majoritria entende que o adicional de transferncia (art. 469, 3, CLT) somente devido em transferncias provisrias (Orientao Jurisprudencial n 113, SDI-I do TST).SDI-I n 113, TST (Seo de Dissdios Individuais Subseo I): Adicional de transferncia. Cargo de confiana ou previso contratual de transferncia. Devido. Desde que a transferncia seja provisria. O fato de o empregado exercer cargo de confiana ou a existncia de previso de transferncia no contrato de trabalho no exclui o direito ao adicional. O pressuposto legal apto a legitimar a percepo do mencionado adicional a transferncia provisria.

Obs 2: O valor do adicional de 25% do salrio do Empregado no instante do implemento de sua remoo. Obs 3: Quando o Empregado retorna localidade original, o adicional de transferncia no ser mais devido. b) Remoo Irrelevante: so aquelas que no importam em mudana de domiclio. A CLT nem considera esse caso como transferncia (art. 469, caput, da CLT). , em princpio, sempre lcita, vez que decorre do jus variand empresarial.Art. 469, CLT - Ao empregador vedado transferir o empregado, sem a sua anuncia, para localidade diversa da que resultar do contrato, no se considerando transferncia a que no acarretar necessariamente a mudana do seu domiclio.

Obs 1: caso essa modificao do local de trabalho produza aumento nas despesas com o transporte do empregado (por ampliar a distncia entre o novo local de trabalho e sua residncia), o empregador dever arcar com o referido acrscimo (Enunciado n 29 do TST).TST Enunciado n 29: Transferncia - Ato Unilateral do Empregador - Despesa de Transporte. Empregado transferido, por ato unilateral do empregador, para local mais distante de sua residncia, tem direito a suplemento salarial correspondente ao acrscimo da despesa de transporte.

Obs 2: No se paga o adicional de transferncia quando a mudana ocorre na mesma localidade. c) Empregados intransferveis: dirigentes sindicais (art. 543, CLT).Art. 543, CLT - O empregado eleito para cargo de administrao sindical ou representao profissional, inclusive junto a rgo de deliberao coletiva, no poder ser impedido do exerccio de suas funes, nem transferido para lugar ou mister que lhe dificulte ou torne impossvel o desempenho das suas atribuies sindicais. 1 - O empregado perder o mandato se a transferncia for por ele solicitada ou voluntriamente aceita. 2 - Considera-se de licena no remunerada, salvo assentimento da empresa ou clusula contratual, o tempo em que o empregado se ausentar do trabalho no desempenho das funes a que se refere este artigo.

3 - Fica vedada a dispensa do empregado sindicalizado ou associado, a partir do momento do registro de sua candidatura a cargo de direo ou representao de entidade sindical ou de associao profissional, at 1 (um) ano aps o final do seu mandato, caso seja eleito inclusive como suplente, salvo se cometer falta grave devidamente apurada nos termos desta Consolidao. 4 - Considera-se cargo de direo ou de representao sindical aquele cujo exerccio ou indicao decorre de eleio prevista em lei. 5 - Para os fins deste artigo, a entidade sindical comunicar por escrito empresa, dentro de 24 (vinte e quatro) horas, o dia e a hora do registro da candidatura do seu empregado e, em igual prazo, sua eleio e posse, fornecendo, outrossim, a este, comprovante no mesmo sentido. O Ministrio do Trabalho e Previdncia Social far no mesmo prazo a comunicao no caso da designao referida no final do 4. 6 - A empresa que, por qualquer modo, procurar impedi que o empregado se associe a sindicato, organize associao profissional ou sindical ou exera os direitos inerentes condio de sindicalizado fica sujeita penalidade prevista na letra a do art. 553, sem prejuzo da reparao a que tiver direito o empregado.

d) Empregados relativamente protegidos da transferncia: os demais empregados revestidos de garantia de emprego (ex: membro da CIPA, gestante, acidentado) e empregados menores de 18 anos. e) Ajuda de custo para transferncia (art. 470 da CLT): parcela indenizatria (no parcela salarial, diferente do adicional de transferncia) apenas para repor as despesas da transferncia do trabalhador e sua famlia.Art. 470, CLT - As despesas resultantes da transferncia correro por conta do empregador.

II) Transferncia para o Exterior: Regras jurdicas especificadas no art. 469, CLT. Somente com a aceitao do empregado. Aplicam-se em princpio, exclusivamente a remoes operadas no prprio Brasil.Art. 469, CLT - Ao empregador vedado transferir o empregado, sem a sua anuncia, para localidade diversa da que resultar do contrato, no se considerando transferncia a que no acarretar necessariamente a mudana do seu domiclio.

Interrupo versus Suspenso: Conceito: Interrupo e Suspenso do contrato empregatcio so institutos que tratam da sustao restrita ou ampliada dos efeitos contratuais durante certo lapso temporal. Interrupo Contratual: a sustao temporria da principal obrigao do empregado no contrato de trabalho em virtude de um fato juridicamente relevante, mantidas em vigor todas as demais clusulas contratuais. Suspenso Contratual: a sustao temporria dos principais efeitos do contrato de trabalho em virtude de um fato juridicamente relevante, sem ruptura do vnculo contratual.

Tabela 1: Parmetro 1 - Trabalho 2 - Salrio 3 - Contagem de tempo Interrupo no sim sim Suspenso no no no

Contrato por prazo indeterminado (art. 471, CLT):Art. 471, CLT - Ao empregado afastado do emprego, so asseguradas, por ocasio de sua volta, todas as vantagens que, em sua ausncia, tenham sido atribudas categoria a que pertencia na empresa.

Contrato por prazo determinado (art. 472, 2, CLT):Art. 472, CLT - O afastamento do empregado em virtude das exigncias do servio militar, ou de outro encargo pblico, no constituir motivo para alterao ou resciso do contrato de trabalho por parte do empregador. 2 - Nos contratos por prazo determinado, o tempo de afastamento, se assim acordarem as partes interessadas, no ser computado na contagem do prazo para a respectiva terminao.

Regra geral a interrupo ou a suspenso no afetam a fluncia do prazo. Art. 472, 2, CLT acordo entre as partes (exceo a regra geral).Art. 472, CLT - O afastamento do empregado em virtude das exigncias do servio militar, ou de outro encargo pblico, no constituir motivo para alterao ou resciso do contrato de trabalho por parte do empregador. 2 - Nos contratos por prazo determinado, o tempo de afastamento, se assim acordarem as partes interessadas, no ser computado na contagem do prazo para a respectiva terminao.

Exceo: Godinho no caso do acidente do trabalho (doena profissional tambm em decorrncia do servio) para este autor aplica-se a estabilidade de 1 ano. Correntes Doutrinrias: 1 corrente doutrinria: regra geral. 2 corrente doutrinria: exceo acordo entre as partes. Excees: Interrupo: no tem salrio quem paga o INSS. d licena maternidade. Suspenso: tem contagem de tempo. b acidente de trabalho e auxlio doena. f servio militar.

Tabela 2:

Sustao de trabalho. Preserva vnculo entre as partes (contrato continua existindo). Paralisao transitria da prestao de servio. Sustao da principal obrigao do empregado no contrato de trabalho (prestao de trabalho e disponibilidade perante o empregador). Sustao RESTRITA e UNILATERAL.

INTERRUPO temporria do contrato

Sustao de trabalho. Preserva vnculo entre as partes (contrato continua existindo). Paralisao transitria da prestao de servio.

SUSPENSO temporria do contrato

Mantidas em vigor demais clusulas contratuais (inclusive a do cmputo do tempo de servio). Garantia de retorno ao cargo que ocupava quando findar a causa suspensiva. No possvel a resilio unilateral do contrato por parte do empregador durante este perodo (no se pode demitir o empregado). Proibida dispensa injusta ou desmotivada. Exceto no caso de justa causa cometida pelo empregado e reconhecida pela Justia do Trabalho. Prazo para o retorno ao servio: imediato finda a causa.

Sustao AMPLA e RECPROCA das clusulas contratuais. Sustao dos efeitos contratuais. Em princpio, todas as clusulas contratuais no se aplicam durante a suspenso: no se presta servio, no se paga salrio, no se computa tempo de servio, no se produzem recolhimentos vinculados ao contrato, etc. Ampla maioria das prestaes contratuais sem eficcia, no se diz todas porque persistem os deveres de lealdade e fidelidade contratuais, deve-se velar pela integridade fsica e moral do empregado, no se pode denunciar imotivadamente denncia vazia do contrato. Garantia de retorno ao cargo que ocupava quando findar a causa suspensiva. O empregado perde a faculdade de romper o contrato de trabalho - a no ser que se faa presente justo motivo legalmente tipificado (no se pode demitir o empregado). Proibida dispensa injusta ou desmotivada. Exceto no caso de justa causa cometida pelo empregado e reconhecida pela Justia do Trabalho. Prazo para o retorno ao servio: 30 dias (analogia do enunciado n 32, TST).

TST Enunciado n 32 - Abandono de Emprego - Benefcio Previdencirio. Presume-se o abandono de emprego se o trabalhador no retornar ao servio no prazo de 30 (trinta) dias aps a cessao do benefcio previdencirio nem justificar o motivo de no o fazer.

Maurcio Godinho Delgado

I Casos de Interrupo: a) Encargos pblicos especficos em geral de curta durao ou curtssima durao. Ex: Comparecimento judicial como jurado (art. 430, CPP) ou testemunha (art. 822, CLT). Podem ser citados tambm alguns encargos pblicos no efetivamente obrigatrios, como por exemplo, o comparecimento judicial da prpria parte (enunciado n 155, TST).Art. 430, CPP Nenhum desconto ser feito nos vencimentos do jurado sorteado que comparecer s sesses do jri. Art. 822, CLT - As testemunhas no podero sofrer qualquer desconto pelas faltas ao servio, ocasionadas pelo seu comparecimento para depor, quando devidamente arroladas ou convocadas. TST Enunciado n 155 - Falta ao Servio - Comparecimento Necessrio - Justia do Trabalho. As horas em que o empregado falta ao servio para comparecimento necessrio, como parte, Justia do Trabalho, no sero descontadas de seus salrios.

b) Afastamento do trabalho por motivo de doena ou acidente de trabalho at 15 dias. c) Os chamados descansos trabalhistas, desde que remunerados. Ou seja, intervalos intrajornadas remunerados, descansos em feriados e descanso anual (frias). d) Licena-maternidade da empregada gestante (h polmica sobre o enquadramento). e) Aborto, durante afastamento at duas semanas (art. 395, CLT).Art. 395, CLT - Em caso de aborto no criminoso, comprovado por atestado mdico oficial, a mulher ter um repouso remunerado de 2 (duas) semanas, ficando-lhe assegurado o direito de retornar funo que ocupava antes de seu afastamento.

f) Licena remunerada concedida pelo empregador. g) Interrupo dos servios na empresa, resultante de causas acidentais ou de fora maior (art. 61, 3, CLT).Art. 61, CLT - Ocorrendo necessidade imperiosa, poder a durao do trabalho exceder do limite legal ou convencionado, seja para fazer face a motivo de fora maior, seja para atender realizao ou concluso de servios inadiveis ou cuja inexecuo possa acarretar prejuzo manifesto. 3 - Sempre que ocorrer interrupo do trabalho, resultante de causas acidentais, ou de fora maior, que determinem a impossibilidade de sua realizao, a durao do trabalho poder ser prorrogada pelo tempo necessrio at o mximo de 2 (duas) horas, durante o nmero de dias indispensveis recuperao do tempo perdido, desde que no exceda de 10 (dez) horas dirias, em perodo no superior a 45 (quarenta e cinco) dias por ano, sujeita essa recuperao prvia autorizao da autoridade competente.

h) Hipteses de afastamento remunerado do art. 473, CLT.Art. 473, CLT - O empregado poder deixar de comparecer ao servio sem prejuzo do salrio: I - at 2 (dois) dias consecutivos, em caso de falecimento do cnjuge, ascendente, descendente, irmo ou pessoa que, declarada em sua carteira de trabalho e previdncia social, viva sob sua dependncia econmica; II - at 3 (trs) dias consecutivos, em virtude de casamento;

III - por um dia, em caso de nascimento de filho no decorrer da primeira semana; IV - por um dia, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de doao voluntria de sangue devidamente comprovada; V - at 2 (dois) dias consecutivos ou no, para o fim de se alistar eleitor, nos termos da lei respectiva. VI - no perodo de tempo em que tiver de cumprir as exigncias do Servio Militar referidas na letra "c" do art. 65 da Lei n 4.375, de 17 de agosto de 1964 (Lei do Servio Militar). VII - nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de exame vestibular para ingresso em estabelecimento de ensino superior. VIII - pelo tempo que se fizer necessrio, quando tiver que comparecer a juzo. IX - pelo tempo que se fizer necessrio, quando, na qualidade de representante de entidade sindical, estiver participando de reunio oficial de organismo internacional do qual o Brasil seja membro.

1 Suspenso por motivo alheio vontade obreira: So casos de suspenso do contrato de trabalho por motivo estranho efetiva vontade do trabalhador: a) Afastamento previdencirio, por motivo de doena, a partir do 16 dia (auxlio-doena) art. 476, CLT.Art. 476, CLT - Em caso de seguro-doena ou auxlio-enfermidade, o empregado considerado em licena no remunerada, durante o prazo desse benefcio.

b) Afastamento previdencirio, por motivo de acidente de trabalho, a partir do 16 dia (auxlio-doena) art. 476, CLT e pargrafo nico do art. 4, CLT.Art. 476, CLT - Em caso de seguro-doena ou auxlio-enfermidade, o empregado considerado em licena no remunerada, durante o prazo desse benefcio. Art. 4, CLT - Considera-se como de servio efetivo o perodo em que o empregado esteja disposio do empregador, aguardando ou executando ordens, salvo disposio especial expressamente consignada. Pargrafo nico - Computar-se-o, na contagem de tempo de servio, para efeito de indenizao e estabilidade, os perodos em que o empregado estiver afastado do trabalho prestando servio militar e por motivo de acidente do trabalho.

c) Aposentadoria provisria, sendo o obreiro considerado incapacitado para trabalhar (art. 475, caput, CLT e enunciado n 160, TST) Pelo Direito Previdencirio do pas, o aposentado por invalidez deve se submeter a exames mdico-periciais peridicos, sendo vivel o cancelamento do benefcio e retomada do contrato, em caso de recuperao (arts. 43 e 47, Lei n 8.213/91).Art. 475, CLT - O empregado que for aposentado por invalidez ter suspenso o seu contrato de trabalho durante o prazo fixado pelas leis de previdncia social para a efetivao do benefcio. TST Enunciado n 160 - Aposentadoria por Invalidez - Retorno ao Emprego Indenizao. Cancelada a aposentadoria por invalidez, mesmo aps 5 (cinco) anos, o trabalhador ter direito de retornar ao emprego, facultado, porm, ao empregador, indeniz-lo na forma da lei. Art. 43, da Lei n 8.213/91 A aposentadoria por invalidez ser devida a partir do dia imediato ao da cessao do auxlio-doena, ressalvado o disposto nos 1, 2 e 3 deste artigo. 1 Concluindo a percia mdica inicial pela existncia de incapacidade total e definitiva para o trabalho, a aposentadoria por invalidez ser devida:

a) ao segurado empregado, a contar do dcimo sexto dia do afastamento da atividade ou a partir da entrada do requerimento, se entre o afastamento e a entrada do requerimento decorrerem mais de trinta dias; b) ao segurado empregado domstico, trabalhador avulso, contribuinte individual, especial e facultativo, a contar da data do incio da incapacidade ou da data da entrada do requerimento, se entre essas datas decorrerem mais de trinta dias. 2o Durante os primeiros quinze dias de afastamento da atividade por motivo de invalidez, caber empresa pagar ao segurado empregado o salrio. 3 Revogado pela Lei n 9.032, de 1995. Art. 47, da Lei n 8.213/91 Verificada a recuperao da capacidade de trabalho do aposentado por invalidez, ser observado o seguinte procedimento: I - quando a recuperao ocorrer dentro de 5 (cinco) anos, contados da data do incio da aposentadoria por invalidez ou do auxlio-doena que a antecedeu sem interrupo, o benefcio cessar: a) de imediato, para o segurado empregado que tiver direito a retornar funo que desempenhava na empresa quando se aposentou, na forma da legislao trabalhista, valendo como documento, para tal fim, o certificado de capacidade fornecido pela Previdncia Social; ou b) aps tantos meses quantos forem os anos de durao do auxlio-doena ou da aposentadoria por invalidez, para os demais segurados; II - quando a recuperao for parcial, ou ocorrer aps o perodo do inciso I, ou ainda quando o segurado for declarado apto para o exerccio de trabalho diverso do qual habitualmente exercia, a aposentadoria ser mantida, sem prejuzo da volta atividade: a) no seu valor integral, durante 6 (seis) meses contados da data em que for verificada a recuperao da capacidade; b) com reduo de 50% (cinqenta por cento), no perodo seguinte de 6 (seis) meses; c) com reduo de 75% (setenta e cinco por cento), tambm por igual perodo de 6 (seis) meses, ao trmino do qual cessar definitivamente.

d) Por motivo de fora maior. e) Para cumprimento de encargo pblico obrigatrio ( 1 do art. 483, CLT e art. 472, caput, CLT) o empregado deve intimar o empregador, por telegrama ou carta registrada, dentro de 30 dias do trmino do encargo pblico, sobre sua inteno de retorno ao cargo empregatcio original ( 1, art. 472, CLT). Obs: h encargos pblicos obrigatrios, em geral de curta durao, que se enquadram como interrupo da prestao laborativa.Art. 483, CLT - O empregado poder considerar rescindido o contrato e pleitear a devida indenizao quando: 1 - O empregado poder suspender a prestao dos servios ou rescindir o contrato, quando tiver de desempenhar obrigaes legais, incompatveis com a continuao do servio. Art. 472, CLT - O afastamento do empregado em virtude das exigncias do servio militar, ou de outro encargo pblico, no constituir motivo para alterao ou resciso do contrato de trabalho por parte do empregador. 1 - Para que o empregado tenha direito a voltar a exercer o cargo do qual se afastou em virtude de exigncias do servio militar ou de encargo pblico, indispensvel que notifique o empregador dessa inteno, por telegrama ou carta registrada, dentro do prazo mximo de 30 (trinta) dias, contados da data em que se verificar a respectiva baixa ou a terminao do encargo a que estava obrigado.

f) Para prestao de servio militar (art. 4, pargrafo nico, CLT). Aps sua baixa, o empregado deve intimar o empregador, na forma de telegrama ou carta registrada, dentro de 30 dias do trmino do servio militar, quanto sua inteno de retorno ao cargo empregatcio original (art. 472, 1, CLT).

Art. 4, CLT - Considera-se como de servio efetivo o perodo em que o empregado esteja disposio do empregador, aguardando ou executando ordens, salvo disposio especial expressamente consignada. Pargrafo nico - Computar-se-o, na contagem de tempo de servio, para efeito de indenizao e estabilidade, os perodos em que o empregado estiver afastado do trabalho prestando servio militar e por motivo de acidente do trabalho. Art. 472, CLT - O afastamento do empregado em virtude das exigncias do servio militar, ou de outro encargo pblico, no constituir motivo para alterao ou resciso do contrato de trabalho por parte do empregador. 1 - Para que o empregado tenha direito a voltar a exercer o cargo do qual se afastou em virtude de exigncias do servio militar ou de encargo pblico, indispensvel que notifique o empregador dessa inteno, por telegrama ou carta registrada, dentro do prazo mximo de 30 (trinta) dias, contados da data em que se verificar a respectiva baixa ou a terminao do encargo a que estava obrigado.

2 Suspenso por motivo lcito atribuvel ao empregado: Fatores vinculados ao exerccio lcito da vontade do trabalhador, isto , aqueles fatores em que o obreiro exerce faculdade legal ou contratual provocadora da suspenso do pacto empregatcio. So fatores suspensivos cuja concretizao depende, em significativa medida, de ato voluntrio lcito do trabalhador: a) Participao pacfica em greve (art. 7, Lei 7.783/98 direito de greve).Art. 7, da Lei 7.783/98 Observadas as condies previstas nesta Lei, a participao em greve suspende o contrato de trabalho, devendo as relaes obrigacionais, durante o perodo, ser regidas pelo acordo, conveno, laudo arbitral ou deciso da Justia do Trabalho. Pargrafo nico. vedada a resciso de contrato de trabalho durante a greve, bem como a contratao de trabalhadores substitutos, exceto na ocorrncia das hipteses previstas nos arts. 9 e 14.

b) Encargo pblico no obrigatrio (art. 472 c/c 1 do art. 483, CLT) o empregado deve intimar o empregador, por telegrama ou carta registrada (ou outros instrumentos efetivamente eficazes e induvidosos), dentro de 30 dias do trmino do encargo pblico, sobre sua inteno de retorno ao cargo empregatcio original ( 1, art. 472, CLT).Art. 472, CLT - O afastamento do empregado em virtude das exigncias do servio militar, ou de outro encargo pblico, no constituir motivo para alterao ou resciso do contrato de trabalho por parte do empregador. 1 - Para que o empregado tenha direito a voltar a exercer o cargo do qual se afastou em virtude de exigncias do servio militar ou de encargo pblico, indispensvel que notifique o empregador dessa inteno, por telegrama ou carta registrada, dentro do prazo mximo de 30 (trinta) dias, contados da data em que se verificar a respectiva baixa ou a terminao do encargo a que estava obrigado. Art. 483, CLT - O empregado poder considerar rescindido o contrato e pleitear a devida indenizao quando: 1 - O empregado poder suspender a prestao dos servios ou rescindir o contrato, quando tiver de desempenhar obrigaes legais, incompatveis com a continuao do servio.

c) Eleio para cargo de direo sindical (art. 543, 2, CLT).Art. 543, CLT - O empregado eleito para cargo de administrao sindical ou representao profissional, inclusive junto a rgo de deliberao coletiva, no poder ser impedido do exerccio de suas funes, nem transferido para

lugar ou mister que lhe dificulte ou torne impossvel o desempenho das suas atribuies sindicais. 2 - Considera-se de licena no remunerada, salvo assentimento da empresa ou clusula contratual, o tempo em que o empregado se ausentar do trabalho no desempenho das funes a que se refere este artigo.

d) Eleio para o cargo de diretor de sociedade annima (Enunciado n 269, TST).TST Enunciado n 269 - Empregado Eleito para Ocupar Cargo de Diretor Contrato de Trabalho - Relao de Emprego - Tempo de Servio. O empregado eleito para ocupar cargo de diretor tem o respectivo contrato de trabalho suspenso, no se computando o tempo de servio deste perodo, salvo se permanecer a subordinao jurdica inerente relao de emprego.

e) Licena no remunerada concedida pelo empregador a pedido do trabalhador para ateno a objetivos particulares deste. Aqui, obviamente, o ato tem de ser, em princpio bilateral: que a licena no remunerada (excludos os casos tipificados acima) no resulta de lei. Mas, havendo tal figura no regulamento empresarial, ela vincula o empregador (Enunciado n 51, TST).TST Enunciado n 51 - Clusula Regulamentar - Vantagem Anterior. I - As clusulas regulamentares, que revoguem ou alterem vantagens deferidas anteriormente, s atingiro os trabalhadores admitidos aps a revogao ou alterao do regulamento. II - Havendo a coexistncia de dois regulamentos da empresa, a opo do empregado por um deles tem efeito jurdico de renncia s regras do sistema do outro.

f) Afastamento para qualificao profissional do obreiro mediante previso em acordo ou conveno coletiva de trabalho e aquiescncia formal do empregado (Medida Provisria n 1.709-4, de 27/11/98, e MPs seguintes, como MP n 1.779-11, de 02/06/99 e MP n 2.164-41, de 24/08/2001). 3 Suspenso por motivo ilcito atribuvel ao empregado: Fatores que autorizam a suspenso contratual em face de uma prvia conduta irregular do empregado. Nesses casos, cabe ao empregador implementar a suspenso do contrato, mas dever faz-lo justificado por certa conduta ilcita do obreiro (claro que o empregado pode tentar reverter, em Juzo, a deciso empresarial). Duas so as situaes suspensivas que aqui se enquadram: a) Suspenso disciplinar (art. 474, CLT).Art. 474, CLT - A suspenso do empregado por mais de 30 (trinta) consecutivos importa na resciso injusta do contrato de trabalho. dias

b) Suspenso de empregado estvel ou com garantia especial de emprego (caso especfico do dirigente sindical) para instaurao de inqurito para apurao de falta grave, sendo julgada procedente a ao de inqurito (art. 494, CLT e Smula n 197, TST).Art. 494, CLT - O empregado acusado de falta grave poder ser suspenso de suas funes, mas a sua despedida s se tornar efetiva aps o inqurito e que se verifique a procedncia da acusao. Pargrafo nico - A suspenso, no caso deste artigo, perdurar at a deciso final do processo. Smula n 197, TST Prazo. O prazo para recurso da parte que, intimada, no comparecer audincia em prosseguimento para a prolao da sentena conta-se de sua publicao.

Extino do Contrato de Trabalho: A) Classificao Civilista: Normal ou Anormal (dissoluo). Normal: o contrato atinge o seu objetivo, ou seu termo final. Anormal: o contrato encerra antes do prazo final. B) Dissoluo do Contrato de Trabalho (Anormal): o ato unilateral de vontade para dissoluo do contrato de trabalho, tanto para o empregado quanto para o empregador. a cessao do contrato sem que tenha havido falta. Obrigatrio que seja dado o aviso prvio. Depois deste aviso prvio s pode desistir com o consentimento da outra parte. 1 Resilio (vontade das partes): Resilio (inteno): a cessao do vnculo contratual pela vontade das partes, ou, por vezes, de uma das partes. Figura-se, portanto, termo reservado para o desfazimento voluntrio do contrato. 1.1 Dispensa (despedida): Imotivada, vazia. a resilio unilateral do contrato pelo empregador. 1.2 Demisso: Resilio unilateral do contrato por parte do empregado. 1.3 Distrato: Resilio bilateral do contrato. Mtuo acordo, consentimento. 2 Resoluo (infrao): a extino do contrato pela inexecuo faltosa da obrigao (infrao obreira ou empresarial). 2.1 Justa Causa (dispensa justa causa Art. 482, CLT): a resoluo do contrato pelo empregador devido a falta grave cometida pelo empregado. 2.2 Dispensa ou Resciso Indireta (Art. 483, CLT): a resoluo do contrato pelo empregado devido a falta cometida pelo empregador. 2.3 Culpa Recproca: Caso o empregado e o empregador, simultaneamente dem causa a extino do contrato (Deciso Judicial). 3 Resciso (nulidade): a extino do contrato por determinao judicial em caso de nulidade do contrato (Ex: trabalho ilegal). Justa Causa: Elementos determinantes para a configurao da justa causa: 1) Legalidade ato previsto em lei (arts. 482; 158, nico; 240 nico; 508 da CLT).

2) Gravidade a falta do empregado tem que ser grave. 3) Conduta do empregado fora do local de trabalho. 4) Carter determinante da falta. 5) Atualidade da falta ou imediatividade (prazo mximo jurisprudencial 30 dias). 6) Proporcionalidade entre a falta e a punio. 7) non bis in iden no punir a falta 2 vezes. 8) No discriminao. Indisciplina: Desobedincia das normas de carter geral. Insubordinao: Desrespeito deliberado a uma ordem especfica dirigida ao empregado. 4 Inominado: 4.1 Fora Maior 4.2 Morte do Trabalhador 4.3 Aposentadoria Compulsria 4.4 Extino da Empresa ou Falecimento Empregador Pessoa Fsica 4.5 Falncia Apostila 08/10/2008 Verbas Rescisrias: a) So verbas rescisrias: Aviso prvio 13 proporcional Frias proporcional + 1/3 FGTS + 40% (multa) Guias: CD / SD TRCT b) No so verbas rescisrias: Saldo de salrio Frias vencidas + 1/3 Aviso Prvio: 1) Conceito: o instituto que cumpre as funes de declarar parte contratual adversa a vontade unilateral de romper, sem justa causa, o pacto, fixando, ainda, prazo tipificado para a extino, com o pagamento do perodo.

2) Caractersticas: tem trplice carter (Amauri Mascaro Nascimento). Comunicao declarao de vontade resilitria parte contrria. Tempo (30 dias) prazo para a efetiva terminao do vnculo. Pagamento (remunerao) perodo de seu cumprimento retribudo por meio de salrio. 3) Prazo: o prazo mnimo do aviso prvio de 30 dias (regra). Proporcionalidade (art. 7, XXI, CR/88) regra jurdica sem eficcia imediata, no foi regulamentada em lei.Art. 7 So direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, alm de outros que visem melhoria de sua condio social: XXI - aviso prvio proporcional ao tempo de servio, sendo no mnimo de trinta dias, nos termos da lei.

4) Contagem do Tempo: Excluso do dia do comeo e incluso do dia do seu trmino (SDI-1 n 122, TST).SDI-1 n 122, TST Aviso prvio. Incio da contagem. Art. 125, Cdigo Civil (convertida na Smula n 380 do TST). Smula n 380, TST - Converso da Orientao Jurisprudencial n 122 da SDI-1. Aviso Prvio - Incio da Contagem. Aplica-se a regra prevista no "caput" do art. 132 do Cdigo Civil de 2002 contagem do prazo do aviso prvio, excluindo-se o dia do comeo e incluindo o do vencimento.

5) Tipos de Aviso Prvio: a) Trabalhado (natureza salarial): nos casos de dispensa promovida pelo empregador. Duas regras (opo do empregado): 1 regra: trabalhar ao longo de 30 dias com reduo de 2 horas dirias (art. 488, CLT). 2 regra: ou trabalhar com reduo dos ltimos 7 dias (art. 488, nico, CLT).Art. 488, CLT - O horrio normal de trabalho do empregado, durante o prazo do aviso, e se a resciso tiver sido promovida pelo empregador, ser reduzido de 2 (duas) horas dirias, sem prejuzo do salrio integral. nico - facultado ao empregado trabalhar sem a reduo das 2 (duas) horas dirias previstas neste artigo, caso em que poder faltar ao servio, sem prejuzo do salrio integral, por 1 (um) dia, na hiptese do inciso I, e por 7 (sete) dias corridos, na hiptese do inciso II do art. 487 desta Consolidao. TST enunciado n 230 Aviso Prvio. Pagamento das horas correspondentes ao perodo que se reduz da jornada de trabalho. ilegal substituir o perodo que se reduz da jornada de trabalho, no aviso prvio, pelo pagamento das horas correspondentes.

b) Indenizado (no tem natureza salarial): o labor no cumprido pelo empregado. O empregador dispensa o empregado do cumprimento do aviso prvio a ser trabalhado.Art. 487, CLT - No havendo prazo estipulado, a parte que, sem justo motivo, quiser rescindir o contrato dever avisar a outra da sua resoluo com a antecedncia mnima de: II - trinta dias aos que perceberem por quinzena ou ms, ou que tenham mais de 12 (doze) meses de servio na empresa. 1 - A falta do aviso prvio por parte do empregador d ao empregado o direito aos salrios correspondentes ao prazo do aviso, garantida sempre a integrao desse perodo no seu tempo de servio.

6) Pagamento: O valor do aviso equivale ao salrio mensal obreiro, que corresponde a 30 dias. 7) Forma: No tem forma. um direito potestativo da parte (no precisa da anuncia da outra parte). No comporta arrependimento. 8) Justa Causa: No cumprimento pelo empregado desconta os dias no trabalhados no salrio, mas no pode ser motivo de justa causa. Durante o prazo do cumprimento do aviso, cabe a justa causa desde que no seja o descumprimento do aviso. 9) Renncia do Aviso Prvio: O aviso prvio irrenuncivel (regra). Obteno de novo emprego (exceo).TST enunciado n 276 - Aviso Prvio. Pedido de Dispensa de Cumprimento. Pagamento. O direito ao aviso prvio irrenuncivel pelo empregado. O pedido de dispensa de cumprimento no exime o empregador de pagar o valor respectivo, salvo comprovao de haver o prestador dos servios obtido novo emprego.

Estabilidade e Garantias de Emprego: 1) Estabilidade definitiva Estvel Decenal (antes da CR/88): Consiste na garantia de estabilidade depois de 10 anos de servios do empregado, salvo justa causa atravs de inqurito judicial. a) Introduo (art. 492, CLT):Art. 492, CLT - O empregado que contar mais de 10 (dez) anos de servio na mesma empresa no poder ser despedido seno por motivo de falta grave ou circunstncia de fora maior, devidamente comprovadas.

b) Entendimento n 26, TST 9 anos:Smula n 26, TST Estabilidade. Cancelada (Res. 121/2003, DJ 19.11.2003). Presume-se obstativa estabilidade a despedida, sem justo motivo, do empregado que alcanar nove anos de servio na empresa.

c) Indenizao: 2 tipos (antes de completar 10 anos). 1 tipo por tempo de servio (art. 477 e 478, caput, CLT).Art. 477, CLT - para a terminao para cessao das indenizao, paga empresa. assegurado a todo empregado, no existindo prazo estipulado do respectivo contrato, e quando no haja ele dado motivo relaes de trabalho, o direto de haver do empregador uma na base da maior remunerao que tenha percebido na mesma

Art. 478, CLT - A indenizao devida pela resciso de contrato por prazo indeterminado ser de 1 (um) ms de remunerao por ano de servio efetivo, ou por ano e frao igual ou superior a 6 (seis) meses.

2 tipo FGTS: Lei 5.107/66 opcional. CR/88 obrigatrio (art. 7, III).Art. 7, CR/88 - So direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, alm de outros que visem melhoria de sua condio social: III - fundo de garantia do tempo de servio.

2) Estabilidade provisria (aps a CR/88): a) Dirigente Sindical e Suplente (art. 8, VIII, CR/88 e art. 543, 3, CLT). Precisa de inqurito judicial para apurar falta grave. Nmero mximo de 7 dirigentes sindicais por categoria.Art. 8, CR/88 livre a associao profissional ou sindical, observado o seguinte: VIII - vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo de direo ou representao sindical e, se eleito, ainda que suplente, at um ano aps o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei. Art. 543, CLT O empregado eleito para cargo de administrao sindical ou representao profissional, inclusive junto a rgo de deliberao coletiva, no poder ser impedido do exerccio de suas funes, nem transferido para lugar ou mister que lhe dificulte ou torne impossvel o desempenho das suas atribuies sindicais. 3 - Fica vedada a dispensa do empregado sindicalizado ou associado, a partir do momento do registro de sua candidatura a cargo de direo ou representao de entidade sindical ou de associao profissional, at 1 (um) ano aps o final do seu mandato, caso seja eleito inclusive como suplente, salvo se cometer falta grave devidamente apurada nos termos desta Consolidao.

b) Dirigente CIPA e Suplente: CIPA = comisso interna de preveno de acidentes. ADCT (ato das disposies constitucionais transitrias) art. 10, II, a, CR/88. Smula n 339, TST.Art. 7, CR/88 - So direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, alm de outros que visem melhoria de sua condio social: I relao de emprego protegida contra despedida arbitrria ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que prever indenizao compensatria, dentre outros direitos. Art. 10, ADCT At que seja promulgada a lei complementar a que se refere o artigo 7, I, da Constituio: II fica vedada a dispensa arbitrria ou sem justa causa: a) do empregado eleito para cargo de direo de comisses internas de preveno de acidentes, desde o registro de sua candidatura at um ano aps o final de seu mandato. Smula n 339, TST - CIPA. Suplente. Garantia de emprego. CF/1988. I - O suplente da CIPA goza da garantia de emprego prevista no art. 10, II, "a", do ADCT a partir da promulgao da Constituio Federal de 1988. II - A estabilidade provisria do cipeiro no constitui vantagem pessoal, mas garantia para as atividades dos membros da CIPA, que somente tem razo de ser quando em atividade a empresa. Extinto o estabelecimento, no se verifica a

despedida arbitrria, sendo impossvel a reintegrao e indevida a indenizao do perodo estabilitrio.

c) Gestante: Desde a confirmao da gravidez. ADCT art. 10, II, b, CR/88.Art. 10, ADCT At que seja promulgada a lei complementar a que se refere o artigo 7, I, da Constituio: II fica vedada a dispensa arbitrria ou sem justa causa: b) da empregada gestante, desde a confirmao da gravidez at cinco meses aps o parto.

d) Diretor de Cooperativa: Art. 55, da Lei n 5.764/71 Sociedades Cooperativas. Os mesmos direitos do Dirigente Sindical art. 543, 3, CLT. e) Membro CCP e Suplentes: CCP = comisso de conciliao prvia. Art. 625-B, 1, CLT.Art. 625-B, CLT A Comisso instituda no mbito da empresa ser composta de, no mnimo, dois e, no mximo, dez membros, e observar as seguintes normas: 1 vedada a dispensa dos representantes dos empregados membros da Comisso de Conciliao Prvia, titulares e suplentes, at um ano aps o final do mandato, salvo se cometerem falta, nos termos da lei.

f) Acidente do Trabalho: Providncias: Emitir uma CAT (comunicao do acidente do trabalho). Emisso da CAT o empregador, na falta deste o sindicato. A CAT dever ser enviada para o INSS. Os primeiros 15 dias pagamento pelo empregador. Aps o 16 dia pagamento pelo INSS (benefcio previdencirio, auxlio doena acidentrio). Retorno ao trabalho estabilidade de 12 meses: Art. 118, Lei 8.213/91 Planos de Benefcios da Previdncia Social. SDI-1 n 230, TST Convertida na Smula n 378 do TST.Smula n 378, TST Estabilidade Provisria. Acidente do Trabalho. Constitucionalidade Pressupostos. I - constitucional o artigo 118 da Lei n 8.213/1991 que assegura o direito estabilidade provisria por perodo de 12 meses aps a cessao do auxliodoena ao empregado acidentado. II - So pressupostos para a concesso da estabilidade o afastamento superior a 15 dias e a consequente percepo do auxlio doena acidentrio, salvo se constatada, aps a despedida, doena profissional que guarde relao de causalidade com a execuo do contrato de emprego.

F G T S: Lei antiga lei n 5.107/66.

Constituio da Repblica Federal/88 art. 7, III. Lei atual lei n 8.036/90. Conceito: consiste em recolhimentos pecunirios mensais em conta bancria vinculada em nome do trabalhador, conforme parmetro de clculo estipulado legalmente, podendo ser sacado pelo obreiro em situaes tipificadas pela ordem jurdica, sem prejuzo de acrscimo percentual condicionado ao tipo de resciso de contrato, formando, porm, o conjunto global e indiferenciado de depsitos um fundo social de destinao legal especificado. Caractersticas do FGTS: Regra geral: o recolhimento de FGTS corresponde a 8% do salrio global mensal. Exceo: contrato de empregada domstica. Saque do FTGS: dispensa sem justa causa, extino da empresa, morte do trabalhador, aquisio de casa prpria. Acrscimo da Resciso: 40 % sobre o montante total do FGTS. Acrscimo por culpa recproca: 20% sobre o montante do FGTS. Natureza Jurdica: instituto com fins trabalhistas e seu carter de fundo social. Artigos Importantes (Lei 8.036/90 FGTS): Art. 4 (Gesto CEF):Art. 4 - A gesto da aplicao do FGTS ser efetuada pelo Ministrio da Ao Social, cabendo Caixa Econmica Federal (CEF) o papel de agente operador.

Art. 9, 2 (Fundo Social):Art. 9 - As aplicaes com recursos do FGTS podero ser realizadas diretamente pela Caixa Econmica Federal e pelos demais rgos integrantes do Sistema Financeiro da Habitao - SFH, exclusivamente segundo critrios fixados pelo Conselho Curador do FGTS, em operaes que preencham os seguintes requisitos: 2 - Os recursos do FGTS devero ser aplicados em habitao, saneamento bsico e infra-estrutura urbana. As disponibilidades financeiras devem ser mantidas em volume que satisfaa as condies de liquidez e remunerao mnima necessria preservao do poder aquisitivo da moeda.

Art. 13 (Correo Monetria de 3% a.a.):Art. 13 - Os depsitos efetuados nas contas vinculadas sero corrigidos monetariamente com base nos parmetros fixados para atualizao dos saldos dos depsitos de poupana e capitalizao juros de (trs) por cento ao ano.

Art. 14 (Estabilidade Decenal):Art. 14 Fica ressalvado o direito adquirido dos trabalhadores que, data da promulgao da Constituio Federal de 1988, j tinham o direito estabilidade no emprego nos termos do Captulo V do Ttulo IV da CLT.

Art. 15 (Desconto de 8%):

Art. 15 Para os fins previstos nesta lei, todos os empregadores ficam obrigados a depositar, at o dia 7 (sete) de cada ms, em conta bancria vinculada, a importncia correspondente a 8 (oito) por cento da remunerao paga ou devida, no ms anterior, a cada trabalhador, includas na remunerao as parcelas de que tratam os arts. 457 e 458 da CLT e a gratificao de Natal a que se refere a Lei n 4.090, de 13 de julho de 1962, com as modificaes da Lei n 4.749, de 12 de agosto de 1965.

Art. 15, 3 (Exceo Empregado Domstico):Art. 15, 3 Os trabalhadores domsticos podero ter acesso ao regime do FGTS, na forma que vier a ser prevista em lei.

Art. 16 (Diretores no Empregados):Art. 16 Para efeito desta lei, as empresas sujeitas ao regime da legislao trabalhista podero equiparar seus diretores no empregados aos demais trabalhadores sujeitos ao regime do FGTS. Considera-se diretor aquele que exera cargo de administrao previsto em lei, estatuto ou contrato social, independente da denominao do cargo.

Art. 18, 1 (Multa de 40% FGTS):Art. 18 Ocorrendo resciso do contrato de trabalho, por parte do empregador, ficar este obrigado a depositar na conta vinculada do trabalhador no FGTS os valores relativos aos depsitos referentes ao ms da resciso e ao imediatamente anterior que ainda no houver sido recolhido, sem prejuzo das cominaes legais. 1 Na hiptese de despedida pelo empregador sem justa causa, depositar este, na conta vinculada do trabalhador no FGTS, importncia igual a quarenta por cento do montante de todos os depsitos realizados na conta vinculada durante a vigncia do contrato de trabalho, atualizados monetariamente e acrescidos dos respectivos juros.

Art. 18, 2 (Culpa Recprocas 20%):Art. 18, 2 Quando ocorrer despedida por culpa recproca ou fora maior, reconhecida pela Justia do Trabalho, o percentual de que trata o 1 ser de 20 (vinte) por cento.

Art. 19 (Hipteses de Levantamentos FGTS):Art. 19 No caso de extino do contrato de trabalho prevista no art. 14 desta lei, sero observados os seguintes critrios: I - havendo indenizao a ser paga, o empregador, mediante comprovao do pagamento daquela, poder sacar o saldo dos valores por ele depositados na conta individualizada do trabalhador; II - no havendo indenizao a ser paga, ou decorrido o prazo prescricional para a reclamao de direitos por parte do trabalhador, o empregador poder levantar em seu favor o saldo da respectiva conta individualizada, mediante comprovao perante o rgo competente do Ministrio do Trabalho e da Previdncia Social. Art. 19 A - devido o depsito do FGTS na conta vinculada do trabalhador cujo contrato de trabalho seja declarado nulo nas hipteses previstas no art. 37, 2, da Constituio Federal, quando mantido o direito ao salrio. Pargrafo nico O saldo existente em conta vinculada, oriundo de contrato declarado nulo at 28 de julho de 2001, nas condies do caput, que no tenha sido levantado at essa data, ser liberado ao trabalhador a partir do ms de agosto de 2002.

Art. 20 (Hipteses de Levantamentos FGTS):Art. 20 A conta vinculada do trabalhador no FGTS poder ser movimentada nas seguintes situaes: I - despedida sem justa causa, inclusive a indireta, de culpa recproca e de fora maior; II extino total da empresa, fechamento de quaisquer de seus estabelecimentos, filiais ou agncias, supresso de parte de suas atividades, declarao de nulidade do contrato de trabalho nas condies do art. 19-A, ou ainda falecimento do empregador individual sempre que qualquer dessas ocorrncias implique resciso de contrato de trabalho, comprovada por declarao escrita da empresa, suprida, quando for o caso, por deciso judicial transitada em julgado; III - aposentadoria concedida pela Previdncia Social; IV - falecimento do trabalhador, sendo o saldo pago a seus dependentes, para esse fim habilitados perante a Previdncia Social, segundo o critrio adotado para a concesso de penses por morte. Na falta de dependentes, faro jus ao recebimento do saldo da conta vinculada os seus sucessores previstos na lei civil, indicados em alvar judicial, expedido a requerimento do interessado, independente de inventrio ou arrolamento; V - pagamento de parte das prestaes decorrentes de financiamento habitacional concedido no mbito do Sistema Financeiro da Habitao (SFH), desde que: a) o muturio conte com o mnimo de 3 (trs) anos de trabalho sob o regime do FGTS, na mesma empresa ou em empresas diferentes; b) o valor bloqueado seja utilizado, no mnimo, durante o prazo de 12 (doze) meses; c) o valor do abatimento atinja, no mximo, 80 (oitenta) por cento do montante da prestao; VI liquidao ou amortizao extraordinria do saldo devedor de financiamento imobilirio, observadas as condies estabelecidas pelo Conselho Curador, dentre elas a de que o financiamento seja concedido no mbito do SFH e haja interstcio mnimo de 2 (dois) anos para cada movimentao; VII - pagamento total ou parcial do preo da aquisio de moradia prpria, observadas as seguintes condies: a) o muturio dever contar com o mnimo de 3 (trs) anos de trabalho sob o regime do FGTS, na mesma empresa ou empresas diferentes; b) seja a operao financivel nas condies vigentes para o SFH; VIII - quando o trabalhador permanecer trs anos ininterruptos, a partir de 1 de junho de 1990, fora do regime do FGTS, podendo o saque, neste caso, ser efetuado a partir do ms de aniversrio do titular da conta. IX - extino normal do contrato a termo, inclusive o dos trabalhadores temporrios regidos pela Lei n 6.019, de 3 de janeiro de 1974; X - suspenso total do trabalho avulso por perodo igual ou superior a 90 (noventa) dias, comprovada por declarao do sindicato representativo da categoria profissional. XI - quando o trabalhador ou qualquer de seus dependentes for acometido de neoplasia maligna. XII - aplicao em quotas de Fundos Mtuos de Privatizao, regidos pela Lei n 6.385, de 07/12/76, permitida a utilizao mxima de 50% (cinqenta por cento) do saldo existente e disponvel em sua conta vinculada do fundo de Garantia do Tempo de Servio, na data em que exercer a opo. XIII - quando o trabalhador ou qualquer de seus dependentes for portador do vrus HIV; XIV - quando o trabalhador ou qualquer de seus dependentes estiver em estgio terminal, em razo de doena grave, nos termos do regulamento; XV - quando o trabalhador tiver idade igual ou superior a setenta anos. XVI - necessidade pessoal, cuja urgncia e gravidade decorra de desastre natural, conforme disposto em regulamento, observadas as seguintes condies: a) o trabalhador dever ser residente em reas comprovadamente atingidas de Municpio ou do Distrito Federal em situao de emergncia ou em estado de calamidade pblica, formalmente reconhecidos pelo Governo Federal; b) a solicitao de movimentao da conta vinculada ser admitida at 90 (noventa) dias aps a publicao do ato de reconhecimento, pelo Governo Federal, da situao de emergncia ou de estado da calamidade pblica; e c) o valor mximo do saque da conta vinculada ser definido na forma do regulamento.

XVII - integralizao de cotas do FI-FGTS, respeitado o disposto na alnea i do inciso XIII do caput do art. 5 desta Lei, permitida a utilizao mxima de 10% (dez por cento) do saldo existente e disponvel na data em que exercer a opo. 1 - A regulamentao das situaes previstas nos incisos I e II assegurar que a retirada a que faz jus o trabalhador corresponda aos depsitos efetuados na conta vinculada durante o perodo de vigncia do ltimo contrato de trabalho, acrescida de juros e atualizao monetria, deduzidos os saques. 2 O Conselho Curador disciplinar o disposto no inciso V, visando beneficiar os trabalhadores de baixa renda e preservar o equilbrio financeiro do FGTS. 3 O direito de adquirir moradia com recursos do FGTS, pelo trabalhador, s poder ser exercido para um nico imvel. 4 O imvel objeto de utilizao do FGTS somente poder ser objeto de outra transao com recursos do fundo, na forma que vier a ser regulamentada pelo Conselho Curador. 5 - O pagamento da retirada aps o perodo previsto em regulamento, implicar atualizao monetria dos valores devidos. 6 - Os recursos aplicados em quotas de Fundos Mtuos de Privatizao, referidos no inciso XII, sero destinados, nas condies aprovadas pelo CND, a aquisies de valores mobilirios, no mbito do Programa Nacional de Desestatizao, de que trata a Lei n 9.491, de 1997, e de programas estaduais de desestatizao, desde que, em ambos os casos, tais destinaes sejam aprovadas pelo CND. 7 - Ressalvadas as alienaes decorrentes das hipteses de que trata o 8, os valores mobilirios a que se refere o pargrafo anterior s podero ser integralmente vendidos, pelos respectivos Fundos, seis meses aps sua aquisio, podendo ser alienada em prazo inferior parcela equivalente a 10% (dez por cento) do valor adquirido, autorizada a livre aplicao do produto dessa alienao, nos termos da Lei n 6.385, de 7 de dezembro de 1976. 8 - As aplicaes em Fundos Mtuos de Privatizao e no FI-FGTS so nominativas, impenhorveis e, salvo as hipteses previstas nos incisos I a XI e XIII a XVI do caput deste artigo, indisponveis por seus titulares. 9 - Decorrido o prazo mnimo de dez meses, contados da efetiva transferncia das quotas para os Fundos Mtuos de Privatizao, os titulares podero optar pelo retorno para sua conta vinculada no Fundo de Garantia do Tempo de Servio. 10 - A cada perodo de seis meses, os titulares das aplicaes em Fundos Mtuos de Privatizao podero transferi-las para outro fundo de mesma natureza. 11 - O montante das aplicaes de que trata o 6 deste artigo ficar limitado ao valor dos crditos contra o Tesouro Nacional de que seja titular o Fundo de Garantia do Tempo de Servio. 12 - Desde que preservada a participao individual dos quotistas, ser permitida a constituio de clubes de investimento, visando a aplicao em quotas de Fundos Mtuos de Privatizao. 13 - A garantia a que alude o 4 do art. 13 desta Lei no compreende as aplicaes a que se referem os incisos XII e XVII do caput deste artigo. 14 - Ficam isentos do imposto de renda: I - a parcela dos ganhos nos Fundos Mtuos de Privatizao at o limite da remunerao das contas vinculadas de que trata o art. 13 desta Lei, no mesmo perodo; e II - os ganhos do FI-FGTS e do Fundo de Investimento em Cotas - FIC, de que trata o 19 deste artigo. 15 - A transferncia de recursos da conta do titular no Fundo de Garantia do Tempo de Servio em razo da aquisio de aes, nos termos do inciso XII do caput deste artigo, ou decotas do FI-FGTS no afetar a base de clculo da multa rescisria de que tratam os 1 e 2 do art. 18 desta Lei. 16 - Os clubes de investimento a que se refere o 12 podero resgatar, durante os seis primeiros meses da sua constituio, parcela equivalente a 5% (cinco por cento) das cotas adquiridas, para atendimento de seus desembolsos, autorizada a livre aplicao do produto dessa venda, nos termos da Lei no 6.385, de 7 de dezembro de 1976. 17 - Fica vedada a movimentao da conta vinculada do FGTS nas modalidades previstas nos incisos V, VI e VII deste artigo, nas operaes firmadas, a partir de 25 de junho de 1998, no caso em que o adquirente j seja proprietrio ou promitente comprador de imvel localizado no Municpio onde

resida, bem como no caso em que o adquirente j detenha, em qualquer parte do Pas, pelo menos um financiamento nas condies do SFH. 18 - indispensvel o comparecimento pessoal do titular da conta vinculada para o pagamento da retirada nas hipteses previstas nos incisos I, II, III, VIII, IX e X deste artigo, salvo em caso de grave molstia comprovada por percia mdica, quando ser paga a procurador especialmente constitudo para esse fim. 19 - A integralizao das cotas previstas no inciso XVII do caput deste artigo ser realizada por meio de Fundo de Investimento em Cotas - FIC, constitudo pela Caixa Econmica Federal especificamente para essa finalidade. 20 - A Comisso de Valores Mobilirios estabelecer os requisitos para a integralizao das cotas referidas no 19 deste artigo, devendo condicion-la pelo menos ao atendimento das seguintes exigncias: I elaborao e entrega de prospecto ao trabalhador; e II - declarao por escrito, individual e especfica, pelo trabalhador de sua cincia quanto aos riscos do investimento que est realizando.

Art. 23, 5 (Prazo Prescricional Trintenrio):Art. 23 Competir ao Ministrio do Trabalho e da Previdncia Social a verificao, em nome da Caixa E