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Assuntos Tratados 1º Horário Classes de segurados Perda da qualidade de segurado Período de graça Espécies de Benefícios Período de Carência Cálculo do Benefício Benefícios em espécie Auxílio doença 2º Horário Auxílio doença acidentário e doença previdenciário. Auxílio-acidente. Aposentadoria por invalidez. Aposentadoria por tempo de contribuição. Aposentadoria especial. Aposentadoria por idade. 1º HORÁRIO 1 - CLASSE DE SEGURADOS I – o cônjuge, o/a companheiro (a) e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválidos. II – os pais do segurado (comprovada a dependência econômica) III – irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido. Classe 1 – não é preciso comprovação de dependência econômica, a dependência é presumida. A divisão é feita em quotas iguais. A Instrução normativa 20 (www.mps.gov.br) estabelece que o homosexual terá direito à pensão por morte e auxílio reclusão. Havendo alguém habilitado na primeira classe não se olha a segunda ou terceira. Só se analisará a segunda classe se não houver nenhum habilitado na primeira. Classe 2: É necessária a comprovação da dependência econômica. A dependência deve ser comprovada para que esta receba pensão – podem ser comprovantes: participação no plano de saúde, dependência no IR, comprovante de gastos médicos, mesma residência. O benefício será divido em quotas iguais. Não havendo ninguém na primeira ou na segunda classe, parte-se para a análise da terceira classe.

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Assuntos Tratados 1º Horário

� Classes de segurados � Perda da qualidade de segurado � Período de graça � Espécies de Benefícios � Período de Carência � Cálculo do Benefício � Benefícios em espécie � Auxílio doença

2º Horário

� Auxílio doença acidentário e doença previdenciário. � Auxílio-acidente. � Aposentadoria por invalidez. � Aposentadoria por tempo de contribuição. � Aposentadoria especial. � Aposentadoria por idade.

1º HORÁRIO 1 - CLASSE DE SEGURADOS I – o cônjuge, o/a companheiro (a) e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválidos. II – os pais do segurado (comprovada a dependência econômica) III – irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido. Classe 1 – não é preciso comprovação de dependência econômica, a dependência é presumida. A divisão é feita em quotas iguais. A Instrução normativa 20 (www.mps.gov.br) estabelece que o homosexual terá direito à pensão por morte e auxílio reclusão. Havendo alguém habilitado na primeira classe não se olha a segunda ou terceira. Só se analisará a segunda classe se não houver nenhum habilitado na primeira. Classe 2: É necessária a comprovação da dependência econômica. A dependência deve ser comprovada para que esta receba pensão – podem ser comprovantes: participação no plano de saúde, dependência no IR, comprovante de gastos médicos, mesma residência. O benefício será divido em quotas iguais. Não havendo ninguém na primeira ou na segunda classe, parte-se para a análise da terceira classe.

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Classe 3: traz tanto para os filhos, quanto para os inválidos a exigência de a invalidez ter iniciado antes dos 21 anos ou antes de sua emancipação. Mudança trazida pelo decreto 6939/09. É preciso comprovação de dependência econômica. Na hora do requerimento, na habilitação do dependente. Enteado e o menor sob tutela judicial – se equiparam a filho para serem dependentes do regime em primeira classe, porém nesta qualidade é preciso comprovar que não tem condições de manter o próprio sustento. Cuidado! O menor sob guarda judicial não é amparado, entretanto, há ação requerendo a inclusão deste menor como dependente. Menor designado: não são mais amparados, salvo aqueles que tiveram o benefício concedido antes da revogação da legislação. O segurado tinha possibilidade de designar um menor para figurar como seu dependente – era a classe 4, mas isso foi revogado. Mas quando os menores já estivam designados e o segurado falecesse, após a revogação da lei, teriam direito ainda? Há vários pedidos para inclusão do menor, vez que antes da revogação da lei, o menor já tinha sido inscrito. A jurisprudência entende que o fato gerador da pensão por morte é o óbito, por isso esta é a época em que se deve observar a lei que será aplicada. Ex. pessoa que recebeu herança, apesar de ser enteado, não tem como comprovar dependência econômica, por isso não ser equipara a filho. 2 – PERDA DA QUALIDADE DE DEPENDENTE: - Cônjuge ou companheiro: a perda da qualidade ocorre quando falecem, ou se separam/divorciam sem direito à pensão alimentícia. O casamento após a morte do marido não faz com que a beneficiária esposa perda o benefício. Se o segundo marido for de outro regime de previdência social, a ex-esposa poderá perceber as duas pensões, as acumulando. Mas se o segundo marido também é do RGPS e vem a falecer posteriormente, a ex-esposa deverá optar por uma delas, a mais vantajosa. Concluindo, regimes iguais – fazer opção; regimes diferentes, pode haver a cumulação. - Filhos menores de 21 anos não emancipados: há o fim do benefício quando atingem 21 anos ou quando se emancipam, vez que perdem a qualidade de dependentes. Só não perderá a qualidade de beneficiária se for inválido. - Filhos inválidos: há a perda quando deixar de estar inválidos. Os inválidos são submetidos à perícias e nestas pode ficar configurado que a invalidez não existe mais. Caso o inválido não queira se submeter ao exame, também perderá o direito ao benefício. - Os pais: só haverá a perda de qualidade de beneficiário quando morrem. A dependência econômica é auferida à época da morte do segurado, esta é o fato gerador. Assim, caso o beneficiário venha ganhar na loteria, não irá perder o benefício. - Irmãos menores de 21 anos ou inválidos: mesmo raciocínio dos filhos menores de 21 anos não emancipados ou inválidos.

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3 – FILIAÇÃO DOS SEGURADOS: Hoje não há mais a necessidade de que conste os nomes dos beneficiários ainda quando o segurado está em vida. Aufere-se quem é dependente apenas no fato gerador do benefício. O segurado obrigatório é feita pelo empregador. No caso do empregado doméstico sua inscrição poderá ser feita pessoalmente ou pelo empregador. O contribuinte individual, em regra, se inscreve, mas pode ser inscrito de ofício após requerimento. A lei determina que quando o contribuinte individual não tiver inscrição e for prestar serviço a uma empresa, deverá esta fazer sua inscrição. O segurado especial é o único que pode ter sua inscrição pós morte. O segurado facultativo é aquele que não é obrigado a participar nem do regime geral, nem do próprio. A sua filiação, como não é obrigatória, se dá com a inscrição, que ele próprio faz, + a primeira contribuição paga sem atraso. Ele tem até o dia 15 do mês seguinte. Se pagou no dia 16, sendo que 15 foi dia útil, não é contada como primeira contribuição, e consequentemente, não se dá a filiação. Caso atrase nas seguintes parcelas, não há problema. O que deve ser pago sem atraso é a primeira parcela, quando se dará a filiação. 4 – PERÍODO DE GRAÇA A Lei 8213 em seu artigo 15 ou o Decreto 3048 em seu artigo 13 traz o chamado período de graça. Obs.: Período de graça – período em que está segurado sem contribuir. O período é sem limite enquanto estiver em gozo de benefício. As pensões e aposentadorias pagas pelo Regime Geral não tem incidência contribuição. Somente o benefício de salário maternidade incide contribuição. Os outros benefícios não têm a incidência da contribuição. Todas as vezes que o segurado estiver em gozo de benefício sem contribuir, continua na condição de segurado. Período de graça: - 12 meses após a cessação do benefício por incapacidade ou após a cessão da contribuição. Este período de 12 meses pode ser estendido para 24 meses, quando o segurado tiver mais de 120 contribuições ininterruptas. Ininterrupta para a legislação significa que as 120 contribuições ocorreram sem que houvesse a perda de qualidade de segurada. Portanto, pode haver interrupções, desde que o segurado não perda sua qualidade. Há interrupção quando o vínculo é rompido com o Regime Geral, quando já ultrapassado o período de graça. - 12 meses - O período de graça também é de 12 meses quando cessar a segregação compulsória (retorno ao convívio com a sociedade e não voltando a contribuir) ou ainda após o livramento do segurado da prisão, não voltando a contribuir. Se preso novamente durante estes 12 meses, seus filhos terá direito a novo auxílio reclusão. Caso haja fuga do preso, o prazo do período de graça já passado não é recontado, continua contando de onde parou. - 6 meses - Para o segurado facultativo o período de graça é de 6 meses, quando cessar as contribuições. No caso de ter um benefício por incapacidade e este cessar, terá o período de 12 meses de graça. - 3 meses - Por fim, há o prazo de 3 meses de período de graça quando o segurado se licenciar das forças armadas. Obs.: São apenas 3 números: 3 para forças armadas, 6 para o facultativo e o restante é 12. O único 12 que pode chegar ao 24 é o caso daquele que tem 120 contribuições sem interrupção e o

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empregado que tiver sido demitido e esta condição ficar registrado diante do Ministério do trabalho, terá mais 12 meses. O empregado demitido é o único que pode chegar aos 36 meses de período de graça. Lembrar: 3, 6, 12, 24, 36. 5 – DIREITO AO BENEFÍCIO Uma das exigências é estar no período de graça. Outra exigência é um número mínimo de contribuições, o que é chamado período de carência. A lei traz em seu artigo 25 os períodos previstos para carência. 6 – BENEFÍCIOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL: Para os segurados: 2 auxílios, 2 salários e 4 aposentadorias. Auxílios doença e acidente; Salário família e maternidade; Aposentadoria por invalidez, por idade, por tempo de contribuição e a especial. Para os dependentes: pensão por morte e auxílio reclusão. Existem outros benefícios que foram criados em face de situações especiais e são regidos por leis específicas. Tanto os segurados, quanto os dependentes têm direito à dois serviços: serviço social e recapacitação profissional. Estes são os benefícios que teriam direito, mas para realmente ter direito, deverão comprovar os requisitos exigidos em lei. Portanto, no atual regime, os benefícios previdenciários em espécie, cada um submetido a disciplina jurídica específica no Plano de Benefícios da Previdência Social, são distribuídos em função da titularidade ativa, na respectiva relação jurídica de direito previdenciário. Em função da titularidade ativa do Segurado:

1. auxílios: doença; acidente 2. salários: família; maternidade. 3. aposentadorias: por invalidez; por idade; por tempo de contribuição; especial

Em função da titularidade ativa do Dependente:

1. pensão por morte; 2. auxílio-reclusão;

Benefícios devidos a ambos:

1. serviço social; 2. reabilitação profissional.

Observe-se que o Decreto nº 3.048/99 – RPS não relacionou o serviço social, como benefício previdenciário. Porém, permanece na Lei nº 8.213/91 a referência a esse tipo de benefício (art. 18, III, b). A aposentadoria por tempo de contribuição, como sucedâneo da aposentadoria por tempo de serviço, representa inovação no cenário da Previdência Social, com o advento da EC nº 20/98 que deu nova redação ao art. 201 da Constituição Federal de 1988. O aposentado pelo Regime Geral de Previdência Social – RGPS que permanecer em atividade sujeita a este Regime, ou a ele retornar, não fará jus a prestação alguma da Previdência Social em decorrência do exercício dessa atividade, exceto ao salário-família, salário-maternidade e à reabilitação profissional, quando empregado. 7 – PERÍODO DE CARÊNCIA: Para se ter direito aos benefícios concedidos pelo RGPS os beneficiários estarão sujeitos ao número mínimo de contribuições mensais. O período de carência (art. 24 da Lei nº 8.213/91 e 26

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do Decreto nº 3.048/99) representa o número mínimo de contribuições mensais vertidas para que o beneficiário faça jus ao benefício a partir do transcurso do primeiro dia dos meses de suas competências. O período mínimo de carência é de 12 meses. Em regra o auxílio doença tem uma carência mínima de 12 contribuições, exceto no caso de acidente de qualquer natureza, não precisa ser acidente de trabalho. Quem tem também doenças consideradas graves não têm que cumprir os 12 meses. Tudo isso é válido para aposentadoria por invalidez.Apenas o segurado especial tem como período de carência o tempo mínimo de efetivo exercício de atividade rural, ainda que de forma descontínua igual ao número de meses necessário à concessão do benefício. Vale dizer, que não lhe é exigido número de contribuições, mas tempo de exercício na atividade rural igual ao número de contribuições. No entanto, nem todas as prestações exigem que seja cumprida a carência: os benefícios para os dependentes, o auxílio-acidente, o salário-família, o auxílio-doença e a aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa e de doença profissional ou do trabalho, o salário-maternidade para as seguradas empregada, doméstica e trabalhadora avulsa. Os benefícios que exigem um mínimo de contribuição são: auxílio-doença, aposentadoria por invalidez, aposentadorias por idade, tempo de contribuição e especial, salário-maternidade para as contribuintes individual, especial e facultativa. No caso de auxílio doença e aposentadoria por invalidez, há casos em que não é exigido período de carência. São os casos de acidente de qualquer natureza e doenças especificadas em lista do MPS de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação. Os períodos de carência são, via de regra, maiores ou menores em razão da intensidade do risco e do grau de necessidade em que se encontrar o beneficiário. São eles:

1. auxílio-doença: 12 contribuições mensais;

2. aposentadoria por invalidez: 12 contribuições mensais;

3. aposentadorias por idade, por tempo de contribuição e especial: 180 contribuições mensais;

4. salário-maternidade: 10 contribuições mensais para as seguradas facultativa, contribuinte individual e especial. Exceto para a empregada doméstica e a trabalhadora avulsa que não exige carência.

O Art. 39 prevê o salário-maternidade no valor de um salário mínimo para a segurada especial que comprove o exercício da atividade rural ainda que de foram descontínua nos 10 meses imediatamente anteriores ao do início do benefício (Redação dada pela Lei nº 9.876/99. Nesse caso, não há exigência de contribuição previdenciária). Ex.: contribuinte individual contribuiu com 7 contribuições, o parto aconteceu no 6º mês de gestação. Se olhar só pelas 10 ela ficaria sem amparo. Quando o parto é antecipado, diminui-se os meses de carência tanto quanto foram os meses de antecipação do parto. No caso em questão seriam exigidas 8 contribuições. Um mês de contribuição para cada mês de antecipação do parto. Se ocorrer a perda da qualidade de segurado, as contribuições anteriores a essa data são aproveitadas para efeito de nova relação jurídica previdenciária e concessão de benefício, desde que o segurado contribua com, no mínimo 1/3 do número de contribuições exigidas para o cumprimento da carência definida para o benefício a ser requerido, contadas a partir da nova vinculação ao RGPS.

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Essa exigência não vale mais para os casos de aposentadoria por idade, especial e por tempo de contribuição.

COM CARÊNCIA (art. 25 – Lei 8.213) SEM CARÊNCIA (art. 26 – Lei 8.213)

• Auxílio-doença (12 cont. mensais) • Aposentadoria para invalidez (12

cont.) • Aposentadoria por idade (180

cont.) • Aposentadoria por tempo de

contribuição (180 cont. mensais) • Aposentadoria especial (180

cont.) • Salário-maternidade (10 cont.)

Nos casos de contribuinte individual, segurada facultativa e segurada especial; para as outras não há carência.

• Pensão por morte • Auxílio-reclusão • Salário-família • Salário-maternidade. Nos casos de

empregada, trabalhadora avulsa e empregada doméstica.

• Auxílio-acidente • Auxílio-doença • Auxílio-doença e Aposentadoria

por invalidez (nos casos de acidente de qualquer natureza, doença profissional, doença do trabalho e doença especificada em lista)

• Aposentadoria por idade ou por invalidez, Auxílio-doença, Auxílio-reclusão ou Pensão (no valor de 1 salário-mínimo, desde que comprove exercício de atividade rural, ainda que de forma descontínua, no período imediatamente anterior ao requerimento do benefício, igual ao número de meses correspondentes à carência do benefício requerido, aos segurados especiais)

• Serviço Social • Reabilitação profissional

Caso o parto se antecipe, ainda não completas as 10 contribuições, ainda terá direito ao benefício. A lei diz que quando o parto se antecipa, há a diminuição de um mês na quantidade de contribuições. Se o parto é de 7 meses, deverá haver 8 contribuições. A lei diz que a perda da qualidade de segurado não importa para a concessão de benefícios para a aposentadoria por idade, por tempo de contribuição e especial, desde que comprovada a carência mínima de contribuição. Quando o segurado perde a qualidade, retornando a ser segurado é preciso que seja pago 1/3 da carência para ter direito a outro benefício. O segurado especial, segundo a Constituição e a Lei 8213/91, contribuirá sobre a sua receita bruta. Normalmente não há receita bruta, pois o que colhe é o que gasta. Assim, não há exigência de contribuições mensais, mas exige meses de exercício efetivo na atividade como especial, nos

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meses imediatamente anteriores ao benefício, ainda que descontínuos, vez que passa por períodos de safra e entresafra, por exemplo. O período anterior à lei (1991) para atividade rural servirá como tempo, mas não servirá o tempo para ser considerado para fins de carência, salvo contribuição. 8 – SALÁRIO DE BENEFÍCIO X RMI: Para se chegar ao RMI (renda mensal inicial) o legislador usa de uma técnica chamada salário de benefício. Trata da técnica de apuração do valor do benefício de prestação continuada – concessão, que leva em consideração o número de contribuições vertidas e respectiva média, objetivando aproximá-lo o quanto possível da renda auferida na atividade. É o valor básico utilizado para cálculo da renda mensal dos benefícios de prestação continuada, exceto o salário-família, a pensão por morte, o salário-maternidade. Como é calculado o salário benefício? - para as aposentadorias por idade, tempo de contribuição: o salário de benefício é calculado sobre a média aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição correspondente a 80% de todo o período contributivo, multiplicada pelo fator previdenciário; - para as aposentadorias por invalidez e especial, auxílio-doença e auxílio-acidente: é a média referida na alínea “a” sem a aplicação do fator previdenciário. Se há 20 contribuições, pega-se as 16 maiores (80% do período) e será feita uma média. - para os segurados contribuinte individual e facultativo que optaram pelo recolhimento trimestral: é a média aritmética simples de todos os salários-de-contribuição trimestral, desde que efetivamente recolhidos. 100 contribuições – 80% deste período são 80 contribuições, encontro os 80 maiores, acha-se a média aritmética = soma e divide por 80. Acha-se o número x e aplica-se um percentual para achar a renda mensal. Paulo recebeu seu último salário de 800,00, foi requerer auxilio doença, ele deve ser necessariamente até 800,00. ERRADO. Não se sabe, pois o salário de benefício é o cálculo das maiores contribuições do período. Não vincule salário de benefício a valor de benéfico e nem a contribuição. Fator Previdenciário: Criado em 1999 para o cálculo para as aposentadorias por tempo de contribuição (obrigatório) e na aposentadoria por idade (opcional). É preciso guardar o raciocínio do fator. Há três variáveis: tempo de contribuição, idade na data do requerimento do benefício (ao se aposentar), expectativa de sobrevida que ainda tem o segurado. A fórmula pede para que o segurado se aposente com mais idade e com mais tempo de contribuição para que seu benefício seja maior. Quanto menos expectativa de sobrevida, maior o seu fator previdenciário. A idade é relevante para a concessão de aposentadoria por idade, mas é importante para o cálculo da aposentadoria por tempo de serviço. Os ganhos habituais do segurado empregado, a qualquer título, serão incorporados ao salário para efeito de apuração do salário-de-contribuição e respectiva repercussão no cálculo do salário-de-benefício (art. 201, §11, CF, c/c art. 29 §3º, PBPS). O valor do salário de benefício tem como limites o valor correspondente ao salário mínimo e o teto máximo do salário-de-contribuição, a partir do qual o segurado não pode verter contribuições, excetuando-se do referido limite máximo o salário-maternidade e o valor pago a título de

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acréscimo de 25% sobre o valor da aposentadoria por invalidez, quando o segurado necessita da ajuda permanente de outra pessoa. Não são apurados pelo critério do salário-de-benefício os seguintes benefícios:

1. salário-família; 2. pensão por morte; 3. salário-maternidade; 4. benefícios concedidos ao segurado especial conforme art. 39 do PBPS; 5. benefício previsto no art. 143 do PBPS; 6. benefícios previstos em legislação especial (art. 31, RPS).

9 – RENDA MENSAL DO BENEFÍCIO: O valor mensal do benefício ou renda mensal do benefício trata da técnica utilizada de apuração do benefício previdenciário de prestação continuada, que substitua o salário-de-contribuição ou o rendimento do trabalho do segurado, correspondente ao resultado da aplicação da alíquota ou percentual atinente a cada benefício em espécie. É a renda mensal que vai substituir o salário-de-contribuição ou o rendimento do segurado, não devendo ser inferior ao salário mínimo nem superior ao limite máximo do salário de contribuição, exceto o caso do salário-maternidade que corresponde a remuneração integral da segurada empregada ou trabalhadora avulsa, observado o teto da remuneração recebida pelo Ministro do STF. A renda mensal será calculada, aplicando-se um percentual sobre o salário de benefício encontrado:

1. auxílio-doença : 91% do salário de benefício 2. aposentadoria por invalidez, aposentadoria especial a aposentadoria por tempo de

contribuição: 100% do salário de benefício. 3. aposentadoria por idade: 70% do salário de benefício, mais 1% para cada grupo de 12

contribuições mensais até o máximo de 30% 4. auxílio-acidente: 50% (pode ter um valor abaixo do salário mínimo) 5. pensão por morte ou auxílio reclusão: 100% do valor da aposentadoria que recebia ou

daquela que o segurado teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu falecimento.

Alteração do art. 32 do Decreto 6939, retirando o seu parágrafo 20. Há dois salários que não estão aqui: o salário família e o salário maternidade. Também não estão os benefícios dos dependentes. Quanto ao segurado especial, haverá o auxílio de 1 salário mínimo, por isso não é preciso fazer contas. Ele ainda não se aposenta por tempo de contribuição. No caso de auxílio acidente receberá meio salário. 10 – REAJUSTAMENTOS: Visam à garantia da preservação do valor real dos benefícios previdenciários de prestação continuada, permitindo-lhes a preservação do poder aquisitivo, considerando os períodos de intenso processo inflacionário verificado no país, não se confundindo, pois, com a concessão de aumentos, os quais objetivam a majoração do poder de compra. Há que se observar o disposto no art. 201, §4º da Constituição Federal, in verbis:

É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios definidos em lei.

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Na interpretação do referido dispositivo constitucional, não restou assegurado ao beneficiário do RGPS a vinculação de seu benefício ao número de salários mínimos. Foi dado ao legislador ordinário fixar os índices de reajustamento, somente. Outra interpretação, também, não poderia ser feita, vez que a própria Carta Magna veda expressamente, em seu art. 7º , IV, a vinculação do salário mínimo para qualquer fim. Hoje a lei diz que o reajustamento é feito pelo índice INPC. Este índice deve ser alterado até o final do ano, acompanhar para verificar se haverá alteração. - Atenção: Acidente do Trabalho (art. 19 a 23 da Lei 8.213): Há uma separação entre acidente de qualquer natureza e acidente do trabalho. Essa distinção se deve ao fato de que se o empregado tiver recebido benefício acidentário em decorrência do acidente do trabalho tem direito a retornar ao emprego e lá permanecer por mais 12 meses. E outra questão se relaciona com as ações acidentárias em que no polo passivo estiver o INSS/Previdência ou qualquer benefício previdenciário sendo competente para a causa a justiça estadual (competência absoluta). É equiparado a acidente do trabalho (típico) as doenças do trabalho (é aquela adquirida ou desencadeada em função das condições especiais do trabalho) e as doenças profissionais (é aquela desencadeada pelo exercício do trabalho).(art.20) Art. 21 – acidente por equiparação. Art. 21-A da Lei 8213: A CAT (comunicação de acidente do trabalho) deve ser entregue à Previdência Social no dia seguinte ao acidente se não houver morte. No caso de morte, imediatamente, sob pena de multa. Mesmo se não houver a CAT, a perícia médica pode atestar independente da CAT, quando constatar o nexo entre a atividade na empresa e a lesão ou morte. Art. 23: Data do acidente do trabalho para fins do pagamento do benefício: Início da incapacidade ou da segregação compulsória ou do dia do diagnóstico. 11 – DOS BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS EM ESPÉCIE: 1 - Auxílio Doença CONTEMPLA TODOS OS SEGURADOS Fato gerador: Incapacidade relativa ou temporária do segurado para o trabalho ou para o exercício de suas atividades habituais, por período superior a 15 dias consecutivos e ter cumprido o período de carência. Atestada pelo médico perito da Previdência Social. Primeiramente, o cidadão tem que estar na capacidade de segurado, seja contribuindo, seja no período de carência (12 contribuições), ou, ainda ter sofrido acidente de qualquer natureza ou doenças consideradas graves. O auxílio doença pode ter valor menor ao do salário mínimo se o segurado exercer outra atividade e a soma de ambos for superior ao mínimo. 2º HORÁRIO A partir de quando será devido: ● a partir de 16º dia da incapacidade, quando empregado, porque o empregador tem a obrigação de pagar os 15 primeiros dias a título de salário.

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● a partir da data do início da incapacidade (do dia do seu acidente) para os demais segurados, se requerido dentro de 30 dias do início da incapacidade. Lembrar que o empregado doméstico está neste caso. ● a partir da data da entrada do requerimento se requerido após o 30º dia do afastamento da atividade, para todos os segurados. Obs.; se o requerimento for posterior ao 30º dia, começará o pagamento do benefício na data da entrada do requerimento. Caso o segurado esteja internado, impossibilitado de ir até a perícia. Qualquer pessoa poderá ir à previdência em nome do segurado, como procurador ou representante, para requerer o pedido e o perito irá ao local onde se encontra o segurado. Aposentado está trabalhando (voltando ao regime geral) em uma empresa e sofrerá uma cirurgia se afastando por 2 meses, não terá direito a benefícios, salvo o salário família e o salário maternidade. Não se acumula o recebimento de auxílio doença com aposentadoria. O empregado paga os 15 primeiros dias, depois o aposentado deverá se bancar com sua aposentadoria. Existe a obrigação do segurado que estiver recebendo benefício acidente e incapacidade, de passar por perícia médica a cada dois anos. Será obrigado a participar da recapacitação, caso seja assim considerado pela perícia, sob pena de perder seu benefício. Esse segurado ficará sujeito à perícia médica a cargo da Previdência Social e não poderá rejeitar os processos de reabilitação profissional prescritos e tratamentos dispensados, exceto transfusão de sangue e cirurgia. Se cessado o auxílio-doença e dentro do prazo de 60 dias for concedido outro auxílio-doença em razão da mesma doença, a empresa fica desobrigada do pagamento dos 15 primeiros dias, e o benefício anterior será reestabelecido, descontando-se os dias trabalhados e remunerados. Se o segurado afastar-se do trabalho durante 15 dias, retornando à atividade no 16º dia, e se dela voltar a se afastar dentro de 60 dias, fará jus ao auxílio-doença a partir da data do novo afastamento. Se o empregado apresenta atestado de 10 dias, e dentro do período de 60 dias, o empregado apresenta outro atestado de 15 dias, com a mesma causa para afastamento. Está afastado por 25 dias. O empregador poderá pagar os primeiros 5 dos 15 e os outros 10 deve ser pago pela previdência. O empregador deve verificar se a causa é a mesma no prazo de 60 dias. Já o empregado esperto deve apresentar atestados com doenças diferentes. No caso de doenças pré existentes não há direito ao benefício por incapacidade, salvo quando há um agravamento ou progressão após a filiação. O segurado que estiver sob gozo de auxílio-doença manterá sua qualidade de segurado, ainda que não haja contribuição. Permanecerá no período de graça durante 12 meses após a cessação do benefício. Via de regra, a causa incapacitante pré-existente à filiação do segurado constitui fator impeditivo da concessão do benefício, exceto quando a doença ou lesão invocada sobrevier ao segurado por motivo de progressão ou agravamento dessas causas (art. 71, §1º do Decreto nº 3.048/99). Carência: 12 meses, exceto nos casos de acidente de qualquer natureza e das doenças discriminadas no Anexo, quando não é exigido carência. Salário de Benefício – SB: média aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição correspondentes a 80% de todo o período contributivo. Não se aplica o fator previdenciário. Renda mensal inicial: 91% do SB Valor do auxílio doença: em regra, substitui a remuneração do trabalhador. Não pode ser menor que o salário mínimo, porque substitui o salário de contribuição. Quando o segurado exercer concomitantemente mais de uma atividade abrangida pelo RGPS, a perícia deve conhecer de todas as atividades que o mesmo tiver exercendo e poderá, no caso, ser concedido, para uma ou todas as atividades. Se for concedido apenas em relação a uma atividade

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exercida, ainda que ficar incapacitado definitivamente para o exercício de tal atividade, NÃO PODERÁ SE APOSENTAR POR INVALIDEZ, FICANDO O AUXILIO-DOENÇA MANTIDO INDEFINIDAMENTE. Neste caso, o auxílio doença pode ser pago com valor inferior ao salário mínimo, e somado o benefício com a outra remuneração ultrapasse o salário mínimo. O segurado especial não pode exercer outra atividade sem ser especial, sob pena de ser desclassificado como especial. Há lei que fala que no prazo de 120 dias poderá exercer outra atividade sem haver a descaracterização de sua situação de segurado especial. O auxílio-doença pode ser cessado de três maneiras: - pela recuperação total do segurado, fim da incapacidade; - conceder auxílio-acidente: quando se verificar que houve perda parcial da capacidade laborativa, dos segurados empregado, trabalhador avulso e segurado especial, não podendo exercer sua função de forma completa. Tem natureza indenizatória, por ter tido sua capacidade de trabalho reduzida, muito embora possa voltar a exercer outras atividades. - conceder aposentadoria por invalidez: quando se constatar que o segurado tornou-se incapaz para exercer qualquer atividade que lhe garanta a subsistência. Se o beneficiário for empregado será considerado pela empresa como licenciado. 2 - Do auxílio-acidente. Quando os segurados empregados, avulso e especial estavam em gozo de auxílio acidente e passaram por reabilitação, mas ficou constatado que houve redução parcial da sua capacidade laborativa. Há uma contribuição que incide sobre a remuneração paga pelas empresas aos empregados, avulsos e segurados especiais que custeará esta contribuição, por isso só estes segurados são assegurados por tal benefício. Os outros segurados não têm direito a este benefício. Este auxílio tem caráter indenizatório. Sempre vem precedido de um auxílio-doença (ou acidentário ou previdenciário), não é instantâneo. - Auxílio doença previdenciário: a incapacidade não ocorreu em função de acidente do trabalho, mas outro tipo de acidente. Uma das implicações desta diferença é que o empregado sob gozo do auxílio doença acidentário, terá o benefício de estabilidade de 12 meses. O juízo competente para julgar as causas previdenciárias em que o fato gerador foi um acidente do trabalho é o estadual e não o juízo do trabalho. A relação é segurado e seguradora (autarquia federal), com recurso para o Tribunal de Justiça do estado. As causas previdenciárias serão julgadas pela justiça federal, com recurso para o TRF da região. - Auxilio doença acidentário: há nexo de causalidade entre o evento acidente do trabalho (ainda que por equiparação) e a incapacidade gerada. Arts. 20 e 21 da Lei 8213. Não há carência. Considera-se acidente do trabalho aquele ocorrido no exercício de atividades profissionais a serviço da empresa (típico) o ocorrido no trajeto casa-trabalho-casa (de trajeto). Fato gerador: diagnóstico de sequelas, após consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, que impliquem em redução da habitual capacidade laborativa do segurado.

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O benefício tem natureza indenizatória, objetivando recompor quanto possível o padrão de rendimento do segurado na atividade, tendo em vista o natural decréscimo remuneratório decorrente desta situação. Não tem carência. Salário de Benefício – SB: média aritmética simples do maior salário de contribuição correspondentes a 80% de todo o período contributivo. Não se aplica o fator previdenciário. O salário de benefício não pode ser menor que um salário e nem superior ao teto previdenciário. Renda mensal inicial: 50% do SB. Será devido a partir da data da cessação do auxílio-doença até a véspera de início de qualquer aposentadoria ou até a data do óbito do segurado. Pode ser inferior ao salário mínimo, uma vez que não substitui o salário de contribuição, ele é indenizatório. Contempla somente os segurados empregados, trabalhador avulso e especial. Para se obter o auxílio-acidente, o trabalhador deve ter a qualidade de segurado e comprovar a impossibilidade de continuar desempenhando suas atividades, por meio de exame da perícia médica da Previdência Social. O auxílio-acidente cessa com o óbito do segurado ou quando lhe é concedida aposentadoria. Assegura-se o acúmulo de auxílio acidente e aposentadoria para aqueles que tiveram o acidente entre 1991 e 1995. O seu pagamento começa a partir do dia seguinte em que cessa o auxílio-doença. Quando for reaberto o auxílio-doença que tenha dado origem ao auxílio-acidente, este será suspenso até a cessação do auxílio-doença. Após o fim do pagamento do auxílio doença, voltará a receber o auxílio acidente. Se a causa do novo auxílio doença for diferente, poderá receber o auxílio doença e o auxílio acidente cumulativamente. O auxílio acidente pode ser recebido juntamente com qualquer outro benefício, exceto aposentadoria e outro auxílio acidente. Não cabe a concessão de auxílio-acidente ao segurado que estiver desempregado. Mas, se ele perder o emprego, não perderá o benefício anteriormente concedido. Caso o segurado que já recebe auxílio-acidente fizer jus a um novo auxílio-acidente em decorrência de outro acidente ou de doença, serão comparadas as rendas mensais dos dois benefícios e mantido o benefício mais vantajoso. O trabalhador poderá regressar ao trabalho, ser readaptado e continuar recebendo o auxílio acidente. Ainda pode receber o auxílio acidente mesmo quando recebendo seguro desemprego, ou mesmo quando recebendo salário maternidade, porque o auxílio tem caráter indenizatório. Disacusia – perda de audição. No decreto 6939/09 houve a alteração do artigo 104, § 5º, dizendo que esta doença só gerará direito ao auxílio acidente se tiver nexo com a função que exercia, além de que deve haver uma perda da capacidade de exercer a atividade que normalmente exercia.

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3 - Da aposentadoria por invalidez. Todos os segurados têm direito, cumprido 12 meses de carência, exceto acidente de qualquer natureza ou doença grave. Incapacidade total para qualquer atividade que garanta a sobrevivência do segurado. É atestado pelo médico perito. A aposentadoria pode ser: - acidentária - previdenciária Fato gerador: incapacidade total para o trabalho ou para o exercício de qualquer atividade que garanta a subsistência do segurado. Poderá receber este benefício o segurado, desde que cumprida a carência mínima exigida pela lei, esteja incapaz para qualquer atividade que lhe garanta subsistência. (art. 12 da Lei 8213/91). Via de regra, a causa incapacitante pré-existente à filiação do segurado constitui fator impeditivo da concessão do benefício, exceto quando a doença ou lesão invocada sobrevier ao segurado por motivo de progressão ou agravamento dessas causas devido ao trabalho (art. 431, §2º do Decreto 3.048/99). Carência: 12 contribuições mensais, exceto nos casos de acidente de qualquer natureza e das doenças consideradas graves, discriminadas no Anexo. Salário de Benefício – SB: média aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição correspondente a 80% de todo o período contributivo. Não se aplica o fator previdenciário. Renda mensal inicial: 100% do SB. Contempla todos os segurados, exceto ao aposentado que voltar a exercer atividade abrangida pelos RGPS. Será devido: - a partir de 16º dia da incapacidade, quando empregado; - a partir da data do início da incapacidade para os demais segurados, se requerido dentro de 30 dias do início da incapacidade; - na data do requerimento se requerido após o 30º dia do afastamento da atividade, para todos os segurados. Cessação do pagamento do benefício: O segurado que retornar à atividade voluntariamente terá seu benefício cancelado, a partir da data do retorno. A aposentadoria por invalidez não vem, necessariamente, precedida por auxílio doença. O auxílio doença e acidente só serão convertidos em aposentadoria por invalidez caso seja constatada a invalidez permanente para o trabalho. Quando o segurado exercer mais de uma atividade, ambas pelo RGPS, e ele for considerado incapaz para uma das atividades, ele não poderá ser aposentado por invalidez, pois permanece sua capacidade laborativa para outra atividade.

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Se o segurado necessitar da assistência permanente de outra pessoa será acrescido de 25% a sua aposentadoria por invalidez, ainda que o valor do benefício ultrapasse o limite máximo legal. Caso o segurado venha falecer, o valor da pensão será o valor da aposentadoria por invalidez sem o pagamento dos 25%.

Caso o empregado retorne ao trabalho voluntariamente, o seu benefício será cessado. Outro hipótese de cessação do benefício será quando a causa da incapacidade total for cessada, comprovada através de perícia médica. Recuperação da capacidade laborativa: Pode o segurado recuperar-se total ou parcialmente para o trabalho, o que levará à cessação do benefício de aposentadoria, observando-se as seguintes regras: a) Se a recuperação do segurado aposentado por invalidez for total e ocorrer dentro dos cinco anos do início da aposentadoria ou auxílio-doença que a antecedeu, cessará o benefício: - de imediato: para o empregado que tiver direito de retornar à função que desempenhava na empresa ao se aposentar; - após tantos meses quantos forem os anos de duração do auxílio doença ou da aposentadoria por invalidez, para os demais segurados. b) Se a recuperação for parcial ou total após 05 anos da data do início do benefício, ou o segurado for declarado apto para o exercício de trabalho diverso do qual habitualmente exercia a aposentadoria será mantida, sem prejuízo da volta à atividade: - integralmente: durante 06 meses; - no valor de 50% nos 06 meses subsequentes; - no valor de 25% nos outros 06 meses subsequentes e, depois cessará. Esquematizando: Recuperação total no período de 5 anos Recuperação total após 5 anos/ Recuperar

parcialmente em qualquer época EMPREGADO. Cessa imediatamente quando tem direito de retornar ao emprego.

100% durante 6 meses. 7º mês até o 12º receberá 50% 13º mês até o 18º receberá 25%

Os demais segurados e demais casos: paga a aposentadoria por invalidez por tantos meses quantos forem os anos em que ele recebeu auxílio doença ou aposentadoria por invalidez.

O aposentado por invalidez está obrigado, a qualquer tempo, sem prejuízo do exame médico pericial de dois em dois anos, a submeter-se a exame médico a cargo da previdência social, processo de reabilitação profissional por ela prescrito e custeado e tratamento dispensado gratuitamente, exceto o cirúrgico e a transfusão de sangue, que são facultativos. Poderá receber outro benefício quando figurar como dependente, mas a aposentadoria por invalidez não acumula com outros benefícios. Lembrando que o decreto 6039/09 foi modificado em seu artigo 17 estabelecendo que o dependente inválido só terá direito ao benefício quando sua invalidez acontecer antes dos 21 anos

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e antes de ser emancipado e deve, ainda, permanecer até o momento do fato gerador do benefício (morte, prisão). 4 - Da aposentadoria por idade. Todo segurado tem direito, basta ter preenchido os requisitos. Fato gerador: implemento da idade de 65 anos, se homem, e 60 anos, se mulher. Para os trabalhadores rurais - empregados rurais, contribuintes individuais rurais (art. 11, V, alínea j, do RPS), trabalhadores avulsos rurais (art. 11, VI do RPS), e segurados especiais - e, também, os garimpeiros que trabalhem, comprovadamente em regime de economia familiar, o limite de idade será reduzido em 05 anos: 55 anos para a mulher, 60 anos para o homem. O professor para se aposentar por idade utiliza do critério normal de idade, não há redução. Só haverá a redução quando a aposentadoria é por tempo de contribuição. O servidor público se aposenta ou por invalidez ou por tempo de contribuição, o homem aos 60 anos de idade e a mulher aos 55 anos de idade, não se aposenta por idade. Se chegar aos 70 anos, sem o tempo de contribuição, terá a sua aposentadoria com proventos proporcionais. No art. 40 da CF o; significa “e” e no art. 201, regra do regime geral, o; significa “ou”. Carência: 180 meses de contribuições tanto para os homens, quanto para mulheres. No caso do segurado especial a carência exigida é de 180 meses de exercício efetivo na atividade rural, imediatamente anteriores a data do requerimento do benefício, ainda que descontínuos. Para os trabalhadores que já se encontravam filiados antes de 25/07/1991, deve ser observada a tabela de carência disposta no art. 182 do Decreto nº 3.048/99. Salário de Benefício – SB: média aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição correspondentes a 80% de todo o período contributivo, aplicado o fator previdenciário. Conforme o art. 7º da Lei nº 9876/99, ficou assegurada a opção pela aplicação do fator previdenciário, desde que mais vantajoso para o segurado. Renda mensal inicial: 70% do SB, mais 1% para cada grupo de 12 contribuições mensais até o máximo de 30%. O benefício será devido: - ao segurado empregado, inclusive o doméstico: a partir da data do desligamento do emprego, quando requerido até 90 dias depois dela; ou da data do requerimento, quando não houver desligamento do emprego ou quando for requerido após 90 dias do desligamento. - para os outros segurados: a partir da data do requerimento. Há um dispositivo na lei 8213 que estabelece que a empresa pode requerer a aposentadoria por idade de seu empregado que completar 70 anos ou empregada com 65 anos, sendo compulsória. Caso o segurado seja aposentado por invalidez ou esteja recebendo auxílio-doença, poderá requerer a transformação em aposentadoria por idade, desde que cumprida a carência mínima deste benefício e a idade mínima.

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A aposentadoria por idade é irreversível e irrenunciável. Caso o segurado queira desistir do pedido, somente poderá fazê-lo antes de receber o primeiro pagamento ou antes do saque do FGTS, valendo o que ocorrer primeiro. Caso o aposentado queira continuar exercendo atividade remunerada abrangida pelo RGPS, deverá contribuir e terá somente direito aos benefícios de salário-família, salário-maternidade e reabilitação profissional, não terá direito aos benefícios e nem mesmo a outra aposentadoria. Mesmo após perdido o vínculo com o regime geral, não sendo mais segurado, tendo a idade e o tempo de contribuição necessário de carência, terá direito à aposentadoria por idade. Caso morra, antes, os dependentes terão o direito de receber sua pensão por morte. 5 - Da aposentadoria por tempo de contribuição. Pode todos os segurados, exceto segurado especial e contribuinte individual facultativo) A aposentadoria por tempo de contribuição está disposta nos arts. 52 a 62 da Lei nº 8.213/91 e nos arts. 56 a 63 do Decreto nº 3.048/99 e alterações. Antes era chamada de contribuição por tempo de serviço. É um dos benefícios da previdência social conferido ao segurado que tenha contribuído para o RGPS durante um determinado período de tempo. Tem o objetivo de conferir-lhe rendimentos. Carência: 180 contribuições mensais. Salário de benefício: consiste na média aritmética simples dos maiores salários de contribuição correspondentes a 80% de todo o período contributivo, multiplicada pelo fator previdenciário (obrigatoriamente). Renda mensal inicial: 100% do salário de benefício apurado. Exigência: 35 anos de contribuição para o homem e 30 anos de contribuição para a mulher, independente da idade. No caso do professor e professora que comprovem exclusivamente tempo de efetivo exercício em função de magistério na educação infantil, no ensino fundamental ou no ensino médio, será devida ao professor a aposentadoria aos 30 anos de contribuição e à professora, aos 25 anos de contribuição. Agora, é vedada a conversão de tempo de serviço de magistério, exercido em qualquer época, em tempo de serviço comum. O segurado especial somente terá direito à aposentadoria por tempo de contribuição se vier a contribuir facultativamente, nos moldes do contribuinte individual.

IMPORTANTE: os segurados que optarem por contribuir pelo regime simplificado, na alíquota de 11% sobre o salário de contribuição, não poderão contar esse tempo como tempo de contribuição e, portanto, não terão direito a esse tipo de aposentadoria.

A data de início da aposentadoria por tempo de contribuição será fixada da mesma maneira elencada para as aposentadorias por idade e especial.