DL_24_2015

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    718 Dirio da Repblica, 1. srie N. 26 6 de fevereiro de 2015

    Artigo 43.

    Contagem dos prazos

    Os prazos previstos no presente decreto-lei contam-senos termos do Cdigo do Procedimento Administrativo.

    Artigo 44.Regulamentao

    O regulamento de atribuio dos incentivos do Estado comunicao social aprovado por portaria dos membrosdo Governo responsveis pelas reas das finanas, da co-municao social e do desenvolvimento regional.

    Artigo 45.

    Regies Autnomas

    1 As competncias em matria de instruo e decisodos procedimentos de atribuio dos incentivos previstosno presente decreto-lei so exercidas nas Regies Autno-

    mas pelos organismos regionalmente competentes.2 Nas Regies Autnomas o montante a atribuir

    relativamente a cada um dos incentivos anualmente fi-xado por portaria dos membros do Governo responsveispelas reas da comunicao social e do desenvolvimentoregional, sob proposta do membro do governo regionalresponsvel pela rea da comunicao social, depois deouvida a respetiva comisso de acompanhamento.

    3 As comisses de acompanhamento do regimede incentivos do Estado comunicao social em cadaRegio Autnoma so presididas pelo representante dosorganismos regionalmente competentes, devendo incluirobrigatoriamente os representantes referidos nas alneas b),

    d), e), f), g), h) ei) do n. 2 do artigo 16..4 O produto das coimas aplicadas nas Regies Au-tnomas pelos respetivos servios competentes constituireceita prpria das mesmas.

    Artigo 46.

    Norma revogatria

    revogado o Decreto-Lei n. 7/2005, de 6 de janeiro,alterado pelo Decreto-Lei n. 35/2009, de 9 de fevereiro.

    Artigo 47.

    Entrada em vigor

    O presente decreto-lei entra em vigor no dia 1 de marode 2015.

    Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 4 dedezembro de 2014. Pedro Passos Coelho Maria LusCasanova Morgado Dias de Albuquerque Rui ManuelParente Chancerelle de Machete Anabela Maria Pintode Miranda Rodrigues Lus Maria de Barros SerraMarques Guedes Lus Miguel Poiares Pessoa Madu-ro Antnio de Magalhes Pires de Lima Paulo Josde Ribeiro Moita de Macedo Nuno Paulo de SousaArrobas Crato Lus Pedro Russo da Mota Soares.

    Promulgado em 2 de fevereiro de 2015.

    Publique-se.O Presidente da Repblica, ANBALCAVACOSILVA.

    Referendado em 3 de fevereiro de 2015.

    O Primeiro-Ministro,Pedro Passos Coelho.

    Decreto-Lei n. 24/2015

    de 6 de fevereiro

    O Gabinete para os Meios de Comunicao Social(GMCS) sucedeu, nas suas atribuies e competncias,ao Instituto de Comunicao Social, na sequncia da rees-

    truturao deste organismo, determinada pelo Decreto-Lein. 202/2006, de 27 de outubro, e que viria a ser con-cretizada com a aprovao da orgnica do GMCS, peloDecreto-Lei n. 165/2007, de 3 de maio.

    Nos termos do Decreto Regulamentar n. 49/2012, de31 de agosto, que aprovou a atual orgnica do GMCS,as competncias deste servio centram-se na gesto dossistemas de incentivos do Estado comunicao sociallocal e regional e das regras relativas distribuio dapublicidade institucional do Estado. Adicionalmente, oGMCS assegurava a gesto do Palcio Foz e o apoio doEstado na definio, avaliao e execuo das polticaspblicas no domnio da comunicao social.

    Em 2015, o Governo, atravs do Decreto-Lei n. 22/2015,

    de 6 de fevereiro, e do Decreto-Lei n. 23/2015, de 6 defevereiro, decidiu, porm, fazer transitar a gesto dos in-centivos e apoios comunicao social de mbito regionale local, no essencial, para as comisses de coordenao edesenvolvimento regional (CCDR).

    Esta alterao assenta na premissa fundamental de quea atribuio de apoios comunicao social local e regio-nal deve ser levada a efeito num contexto efetivamenteregional, em termos que permitam aproximar os centrosde deciso dos beneficirios desses apoios e que garan-tam uma avaliao mais rigorosa, porque feita com maiorproximidade, das necessidades e desafios que se colocamaos rgos de comunicao social regionais e locais erespetivas comunidades.

    A transferncia destas competncias para as CCDR visagarantir, da mesma forma, um maior afastamento do poderpoltico do Estado central face ao processo de decisoe, com isso, um maior escrutnio e publicidade sobre osapoios concedidos e uma maior interligao com outrossistemas de incentivos.

    A reviso deste quadro de atribuies e competnciasacarreta necessariamente a abertura de um processo dereorganizao do GMCS, com a consequente extinodeste servio e a distribuio das suas atribuies poroutros servios e organismos pblicos.

    O presente diploma procede, assim, extino, porfuso, do GMCS, servio central da administrao diretado Estado, e transferncia das suas atribuies para a

    Secretaria-Geral da Presidncia do Conselho de Ministros,para as CCDR e para a Agncia para o Desenvolvimentoe Coeso, I. P.

    Assim:Nos termos da alnea a) do n. 1 do artigo 198. da Cons-

    tituio, o Governo decreta o seguinte:

    Artigo 1.

    Objeto

    O presente diploma procede terceira alterao aoDecreto-Lei n. 126-A/2011, de 29 de dezembro, alterado

    pelos Decretos-Leis n.os 167-A/2013, de 31 de dezembro, e31/2014, de 27 de fevereiro, que aprova a Lei Orgnica daPresidncia do Conselho de Ministros, segunda alteraoao Decreto-Lei n. 4/2012, de 16 de janeiro, alterado peloDecreto-Lei n. 41/2013, de 21 de maro, que aprova a or-gnica da Secretaria-Geral da Presidncia do Conselho deMinistros, segunda alterao ao Decreto-Lei n. 228/2012,

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    de 25 de outubro, alterado pelo Decreto-Lei n. 68/2014, de8 de maio, que aprova a orgnica das comisses de coor-denao e desenvolvimento regional, segunda alteraoao Decreto-Lei n. 140/2013, de 18 de outubro, alteradopelo Decreto-Lei n. 137/2014, de 12 de setembro, queaprova a orgnica da Agncia para o Desenvolvimento

    e Coeso, I. P., e revogao do Decreto Regulamentarn. 49/2012, de 31 de agosto, que aprova a orgnica doGabinete para os Meios de Comunicao Social.

    Artigo 2.

    Reorganizao de servios

    extinto, sendo objeto de fuso, o Gabinete para osMeios de Comunicao Social (GMCS), sendo as suas atri-buies integradas na Secretaria-Geral da Presidncia doConselho de Ministros (SGPCM), nas comisses de coor-denao e desenvolvimento regional (CCDR) e na Agnciapara o Desenvolvimento e Coeso, I. P. (Agncia, I. P.),nos termos dos artigos seguintes.

    Artigo 3.

    Alterao ao Decreto-Lei n. 126-A/2011, de 29 de dezembro

    O artigo 10. do Decreto-Lei n. 126-A/2011, de 29 dedezembro, alterado pelos Decretos-Leis n.os 167-A/2013,de 31 de dezembro, e 31/2014, de 27 de fevereiro, passaa ter a seguinte redao:

    Artigo 10.

    [...]

    1 [...].

    2 Cabe ainda SG prestar apoio aos Conselhode Ministros, Primeiro-Ministro, ministros e demaismembros do Governo integrados na PCM, no apoio conceo e avaliao das polticas pblicas na rea dacomunicao social e da sociedade de informao.

    3 A SG prossegue, designadamente, as seguintesatribuies:

    a) [Anterior alnea a) do n. 2];b) [Anterior alnea b) do n. 2];c) [Anterior alnea c) do n. 2];d) [Anterior alnea d) do n. 2];e) [Anterior alnea e) do n. 2].

    f) Proceder elaborao de estudos e propostas legis-

    lativas e regulamentares na rea da comunicao sociale da sociedade de informao.

    4 [Anterior n. 3].

    Artigo 4.

    Alterao ao Decreto-Lei n. 4/2012, de 16 de janeiro

    Os artigos 2. e 5. do Decreto-Lei n. 4/2012, de 16 dejaneiro, alterado pelo Decreto-Lei n. 41/2013, de 21 demaro, passam a ter a seguinte redao:

    Artigo 2.

    [...]

    1 [...].2 Cabe ainda SG prestar apoio aos Conselho

    de Ministros, Primeiro-Ministro, ministros e demaismembros do Governo integrados na PCM, no apoio

    conceo e avaliao das polticas pblicas na rea dacomunicao social e da sociedade de informao.

    3 A SG prossegue as seguintes atribuies:

    a) [Anterior alnea a) do n. 2];b) [Anterior alnea b) do n. 2];c) [Anterior alnea c) do n. 2];d) [Anterior alnea d) do n. 2];e) [Anterior alnea e) do n. 2];f) [Anterior alnea f) do n. 2];g) [Anterior alnea g) do n. 2];h) [Anterior alnea h) do n. 2];i) [Anterior alnea i) do n. 2];j) [Anterior alnea j) do n. 2];k) [Anterior alnea l) do n. 2];l) [Anterior alnea m) do n. 2];m) [Anterior alnea n) do n. 2];n) [Anterior alnea o) do n. 2];o) [Anterior alnea p) do n. 2];p) [Anterior alnea q) do n. 2];

    q) [Anterior alnea r) do n. 2];r) [Anterior alnea s) do n. 2];s) Proceder elaborao de estudos e propostas le-

    gislativas e regulamentares, nas esferas nacional e inter-nacional, na rea da comunicao social e da sociedadede informao e prestar a necessria assessoria;

    t) Proceder recolha de informao relevante comvista definio e ou aperfeioamento das polticaspblicas na rea da comunicao social e da sociedadede informao;

    u) Assegurar a administrao global das instalaesdo Palcio Foz.

    Artigo 5.

    [...]

    [...]:

    a) Nas reas relativas gesto de recursos humanos,financeiros e patrimoniais, auditoria e inspeo, aosassuntos jurdicos, documentao e arquivos, s rela-es pblicas e ao apoio ao Conselho de Ministros, ao

    planeamento e avaliao, publicao dos diplomas doGoverno e comunicao social e sociedade de infor-mao, o modelo de estrutura hierarquizada;

    b) [...].

    Artigo 5.

    Alterao ao anexo ao Decreto-Lei n. 4/2012, de 16 de janeiro

    O anexo ao Decreto-Lei n. 4/2012, de 16 de janeiro,alterado pelo Decreto-Lei n. 41/2013, de 21 de maro,passa a ter a redao constante do anexo ao presente di-ploma, do qual faz parte integrante.

    Artigo 6.

    Alterao ao Decreto-Lei n. 228/2012, de 25 de outubro

    O artigo 2. do Decreto-Lei n. 228/2012, de 25 de ou-tubro, alterado pelo Decreto-Lei n. 68/2014, de 8 de maio,passa a ter a seguinte redao:

    Artigo 2.

    [...]

    1 [...].

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    2 As CCDR tm ainda por misso executara poltica de incentivos do Estado comunicaosocial, ao nvel das respetivas reas geogrficas deatuao, nos termos da lei.

    3 [Anterior promio do n. 2]:

    a) [Anterior alnea a) do n. 2];b) [Anterior alnea b) do n. 2];c) [Anterior alnea c) do n. 2];d) [Anterior alnea d) do n. 2];e) [Anterior alnea e) do n. 2];f) [Anterior alnea f) do n. 2];g) [Anterior alnea g) do n. 2];h) [Anterior alnea h) do n. 2];i) Executar as medidas respeitantes aplicao dos

    regimes de incentivos do Estado comunicao social,bem como assegurar a fiscalizao do respetivo cum-primento, nos termos da lei.

    4 [Anterior n. 3].

    Artigo 7.

    Alterao ao Decreto-Lei n. 140/2013, de 18 de outubro

    O artigo 3. do Decreto-Lei n. 140/2013, de 18 de ou-tubro, alterado pelo Decreto-Lei n. 137/2014, de 12 desetembro, passa a ter a seguinte redao:

    Artigo 3.

    [...]

    1 [...].2 [...].

    3 [...].4 [...].5 [...].6 Cabe ainda Agncia, I. P., no que respeita aos

    regimes de incentivos do Estado comunicao social,proceder certificao e pagamento dos montantesdevidos aos beneficirios e aos operadores postais,consoante o caso, sem prejuzo de assegurar as demaisfunes que lhe sejam atribudas por lei.

    Artigo 8.

    Sucesso de atribuies

    1 A SGPCM sucede nas atribuies do GMCS nodomnio do apoio aos Conselho de Ministros, Primeiro--Ministro, ministros e aos demais membros do Governointegrados na Presidncia do Conselho de Ministros, noapoio conceo e avaliao das polticas pblicas na reada comunicao social e da sociedade de informao.

    2 As CCDR sucedem nas atribuies do GMCS nodomnio da poltica de incentivos do Estado comunica-o social, ao nvel das respetivas reas geogrficas deatuao.

    3 A Agncia, I. P., sucede nas atribuies do GMCSnos domnios da certificao e pagamento dos montantesdevidos aos beneficirios e aos operadores postais, no que

    respeita aos regimes de incentivos do Estado comuni-cao social, e do reembolso dos encargos de expediopara as regies autnomas de publicaes peridicas deinformao geral, previsto no Decreto-Lei n. 43/2006, de24 de fevereiro.

    Artigo 9.

    Critrios de seleo de pessoal

    So fixados os seguintes critrios gerais e abstratos deseleo de pessoal necessrio prossecuo das atribui-es:

    a) Da SGPCM, o desempenho de funes no GMCS,no domnio do apoio aos Conselho de Ministros, Primeiro--Ministro, ministros e aos demais membros do Governointegrados na Presidncia do Conselho de Ministros, noapoio conceo e avaliao das polticas pblicas na reada comunicao social e da sociedade de informao;

    b) Das CCDR, o desempenho de funes no GMCS,no domnio da poltica de incentivos do Estado comu-nicao social, ao nvel das respetivas reas geogrficasde atuao;

    c) Da Agncia, I. P., nos domnios da certificao epagamento dos montantes devidos aos beneficirios e aosoperadores postais, no que respeita aos regimes de incen-

    tivos do Estado comunicao social, e do reembolsodos encargos de expedio para as regies autnomas depublicaes peridicas de informao geral, previsto noDecreto-Lei n. 43/2006, de 24 de fevereiro.

    Artigo 10.

    Representao externa

    O membro do Governo responsvel pela rea da co-municao social assegura, com faculdade de delegao,com a participao tcnica da Presidncia do Conselhode Ministros e em articulao com o Ministrio dos Ne-gcios Estrangeiros, as atribuies do GMCS relativas

    representao externa do Estado na rea da comunicaosocial e da sociedade de informao.

    Artigo 11.

    Palcio Foz

    Os termos da afetao dos espaos do Palcio Foz sodefinidos por portaria dos membros do Governo respon-sveis pela rea das finanas e pela SGPCM, podendoa valorizao e a animao cultural dos espaos nobresdo referido imvel ser objeto de afetao a servios ouorganismos da Administrao Pblica ou de contrataoexterna.

    Artigo 12.

    Sucesso e referncias legais

    1 A SGPCM sucede ao GMCS na titularidade de to-dos os direitos, obrigaes e posies jurdicas contratuaise administrativas.

    2 Todas as referncias legais feitas ao GMCSconsideram-se feitas aos servios e ao organismo quepassam a integrar as respetivas atribuies.

    Artigo 13.

    Reafetao

    Os recursos financeiros, os bens mveis e imveis eos veculos afetos ao GMCS, bem como os acervos mu-seolgicos, documentais e arquivsticos, em suporte depapel ou digital, existentes naquele servio, so reafetos SGPCM.

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    Artigo 14.

    Norma transitria

    A SGPCM assegura a representao de todos os pro-cessos judiciais e litgios pendentes data da entrada emvigor do presente diploma.

    Artigo 15.

    Norma revogatria

    So revogados:

    a) A alnea n) do n. 1 do artigo 4. e o artigo 35. doDecreto-Lei n. 126-A/2011, de 29 de dezembro, alteradopelos Decretos-Leis n.os 167-A/2013, de 31 de dezembro,e 31/2014, de 27 de fevereiro;

    b) O Decreto Regulamentar n. 49/2012, de 31 de agosto.

    Artigo 16.

    Produo de efeitos

    A reorganizao de servios prevista no presente di-ploma produz efeitos com a entrada em vigor dos diplomas

    que definem a sua estrutura orgnica.

    Artigo 17.

    Entrada em vigor

    O presente diploma entra em vigor no dia seguinte aoda sua publicao.

    Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 4 de

    dezembro de 2014. Pedro Passos CoelhoMaria LusCasanova Morgado Dias de AlbuquerqueRui ManuelParente Chancerelle de MacheteAnabela Maria Pintode Miranda RodriguesLus Miguel Poiares Pessoa

    MaduroAntnio de Magalhes Pires de LimaJorgeManuel Lopes Moreira da SilvaMaria de Assuno Oli-veira Cristas Machado da GraaNuno Paulo de SousaArrobas CratoLus Pedro Russo da Mota Soares.

    Promulgado em 2 de fevereiro de 2015.

    Publique-se.

    O Presidente da Repblica, ANBALCAVACOSILVA.

    Referendado em 3 de fevereiro de 2015.

    O Primeiro-Ministro,Pedro Passos Coelho.

    ANEXO

    (a que se refere o artigo 5.)

    ANEXO

    (a que se refere o artigo 8.)

    Mapa de pessoal dirigente

    Designao dos cargos dirigentes Qualificao dos cargosdirigentes GrauNmero

    de

    lugares

    Secretrio-geral . . . . . . . . Direo superior . . . . . 1. 1Secretrio-geral-adjunto Direo superior. . . . . 2. 1Diretor de servios . . . . . . Direo intermdia . . . 1. 6

    MINISTRIO DAS FINANAS

    Decreto-Lei n. 25/2015

    de 6 de fevereiro

    A participao de Portugal na Unio Europeia e na reado euro obriga ao cumprimento de requisitos exigentes emmatria oramental, plasmados no Tratado de Funciona-mento da Unio Europeia, no protocolo e nos regulamentosque desenvolvem o Pacto de Estabilidade e Crescimentoe ainda no Tratado sobre Estabilidade, Coordenao eGovernao na Unio Econmica e Monetria, que inclui,no Ttulo III, as disposies relativas ao Pacto Oramental.

    Estes compromissos europeus estabelecem, em particu-lar, o respeito dos valores mximos de referncia de 3 %do Produto Interno Bruto (PIB) para o dfice oramentale de 60 % do PIB para o rcio de dvida pblica, bemcomo a obrigao de assegurar uma situao oramentalequilibrada ou excedentria. No perodo de transio para

    estes objetivos, o Estado Portugus deve ainda definir eexecutar uma trajetria de consolidao que assegure aconvergncia do saldo oramental estrutural para o objetivode mdio prazo, sob pena de ativao de mecanismos decorreo automticos.

    Os compromissos de sustentabilidade das finanas p-blicas esto j includos na Lei de Enquadramento Ora-mental, aprovada pela Lei n. 91/2001, de 20 de agosto,com a alterao introduzida pela Lei n. 37/2013, de 14 dejunho, aprovada por partidos que representam uma largamaioria no Parlamento, que de resto tambm confirmarama ratificao do Tratado sobre a Estabilidade, Coordenaoe Governao na Unio Econmica e Monetria.

    O incumprimento dos limites de dfice e da dvida pode,

    em consequncia do reforo das regras de governaoeconmica na rea do euro, determinar a aplicao desanes pecunirias aos Estados em incumprimento. Essassanes pecunirias podem atingir 0,5 % do PIB e soaplicadas segundo um mecanismo de maioria qualificadainvertida, que facilita a adoo pelo Conselho Europeudas sanes propostas pela Comisso Europeia, enquantoguardi dos tratados. Assim, no atual contexto, e mesmoaps a concluso formal do Programa de Ajustamento Eco-nmico e Financeiro, acordado com a Comisso Europeia,o Banco Central Europeu e o Fundo Monetrio Internacio-nal, encontram-se reforadas as disposies de correode desequilbrios oramentais e significativamente inten-

    sificadas as disposies na vertente de monitorizao epreveno de novos desequilbrios.s responsabilidades assumidas no quadro europeu

    acresce a relevncia da sustentabilidade das finanas p-blicas e da estabilidade financeira para o crescimento eco-nmico sustentado. A disciplina oramental, em particular,assume um papel decisivo neste processo, na medida emque constitui um dos pilares essenciais para uma economiadinmica e competitiva.

    Antes de mais, um oramento equilibrado um contri-buto determinante para a estabilidade financeira. A sus-tentabilidade das finanas pblicas transmite um sinal detranquilidade aos credores, no que respeita capacidade derespeitar os compromissos assumidos. Esta tranquilidade,

    por sua vez, traduz-se em custos de financiamento maisbaixos e mais estveis. Deste modo, torna-se possvelrecorrer aos mercados para preencher as necessidades definanciamento e acomodar posteriormente o pagamentodos juros, em circunstncias mais favorveis.