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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA ESCOLA E FAMÍLIA: UMA RELAÇÃO NECESSÁRIA Por: Janice Lemos Orientador Prof. Simone Ferreira Rio de Janeiro 2013 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL fileda autora Marina Rodrigues Borges,” Historias das ideias pedagógicas” do autor Moacir Gadotti, entre vários outros autores

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

ESCOLA E FAMÍLIA: UMA RELAÇÃO NECESSÁRIA

Por: Janice Lemos

Orientador

Prof. Simone Ferreira

Rio de Janeiro

2013

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

ESCOLA E FAMILÍA: UMA RELAÇÃO NECESSÁRIA

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção do

grau de especialista em Psicopedagogia

Por: Maria Clara B. P.

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AGRADECIMENTOS

A melhor maneira de agradecer por um

belo momento é desfrutá-lo

plenamente. Agradeço todas as

dificuldades que enfrentei; não fosse

por elas, eu não teria saído do lugar.

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a mim mesmo, pela

minha força de vontade de querer

aprender. Dedico também as minhas

filhas: Julia e Thaiane, meu maior

aprendizado.

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RESUMO

O interesse de pesquisar a relação família- escola partiu da

necessidade de entender um pouco mais as questões relativas à

contextualização familiar, e a integração com a escola. Um dos pontos

principais nesta relação diz respeito ao papel da família no desenvolvimento da

educação de seus filhos. A escola não pode ser a única responsável pela

educação do aluno, a participação da família na vida escolar é fundamental no

processo educacional, sendo assim, as duas instituições (familiar e escolar) um

completa a outra. Acredita-se que quanto mais a família participa, mais eficaz é

o trabalho da escola, pois dessa forma, cada um se dedicará às suas

atribuições. Por isso se faz necessário que a família procure acompanhar o

desenvolvimento da criança em todo o seu processo de aprendizagem, tanto

no lar quanto na sua atividade na escola.

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METODOLOGIA

Quanto aos procedimentos para coleta de informações, essa pesquisa

classifica-se como pesquisa bibliográfica. Foram obtidas informações teóricas

em livros de autores renomados, pode-se citar os livros: “A gestão da escola”

da autora Marina Rodrigues Borges,” Historias das ideias pedagógicas” do

autor Moacir Gadotti, entre vários outros autores. Os dados levantados na

fundamentação teórica trazem reflexões, argumentações, interpretações,

análise e conclusões de autores, a partir, deles, busca-se uma correlação com

a realidade do tema em estudo. Considerando que os estudantes são crianças

que apresentam características singulares, se faz necessário manter um

trabalho em parceria com as famílias, pois, se a escola deseja ter uma visão

integral das experiências vividas pelos alunos, buscando desenvolver o prazer

pelo conhecimento, é necessário reconhecer que deve desempenhar o bem-

estar, englobando as diversas dimensões do ser humano.

Palavras-chave: Importância. Parceria. Escola. Família.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 8

1 A FAMÍLIA COMO INSTITUIÇÃO SOCIAL 10

2 REFLETINDO SOBRE A RELAÇÃO FAMÍLIA E ESCOLA 22

3 A REAL PARCERIA ENTRE ESCOLA E FAMÍLIA 37

CONSIDERAÇÕES FINAIS 42

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS 44

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INTRODUÇÃO

No presente trabalho “Família e Escola: uma parceria necessária”

apresenta-se uma reflexão sobre esta parceria, que é de suma importância

para tentar solucionar muitos problemas enfrentados no sistema educacional.

Diante disso, o principal objetivo deste trabalho foi argumentar

teoricamente sobre a importância desta parceria.

A parceria família-escola é um dos mais importantes recursos para a

melhoria na aprendizagem. Esta parceria deve estar baseada no envolvimento

e participação dos pais, assim a vida escolar do seu filho apresentará

melhorias do processo ensino aprendizagem.

Assim, é preciso uma integração dessas duas instituições com objetivos

em comum e com pessoal responsável e metodologias adequadas para se

tentar resgatar esses valores tão importantes na formação do caráter dos

educandos.

Por tudo isso pode-se firmar que a família e a escola têm papel distintas

uma da outra, mas no entanto, papeis esses que se complementam no

processo de desenvolvimento e integração do indivíduo ao longo do seu

percurso. Família e escola tornam-se parceiras da aprendizagem e do

desenvolvimento para a criança, com papéis e competências específicas e

complementares.

A metodologia que foi utilizada para a realização deste trabalho foi

obtida através de pesquisas bibliográficas, trabalhos de pesquisadores sobre o

assunto e trabalhos anteriores.

A revisão bibliográfica será a primeira etapa, onde serão realizadas

consultas a livros, teses e sites buscando informações sobre o assunto.

Seguindo a metodologia em uma segunda etapa, prestigia a construção

do laço familiar e da escola, numa analise lógica da realidade e da vida.

Em uma terceira etapa, aborda-se os principais pilares da humanidade,

Família e Escola, que só será possível através de uma real parceria com a

soma de esforços, cada um assumindo seus distintos papéis e missão para

superar os grandes desafios deste nosso desvairado mundo globalizado. Na

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conclusão serão apresentadas algumas considerações que abordam a

necessidade desta parceria, promovendo o bem estar de todos.

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A FAMÍLIA COMO INSTITUIÇÃO SOCIAL

1.1 Conceitos de Família

Para Simone Helen Drumond de Carvalho “A família é o fundamento

básico e universal de todas as sociedades, e é a primeira instituição social na

qual somos inseridos desde o nascimento”. Segundo LAKATOS (1990,

p.169), “a família é encontrada em todos os agrupamentos humanos, embora

variem as estruturas e o funcionamento”.

Com o crescimento da economia mundial, das novas tecnologias, da

conquista da mulher pelo mercado de trabalho, o conceito de família tradicional

mudou.

Mas, é preciso considerar que estas mudanças trouxeram para as

famílias atualmente a modernidade, mudanças nesse perfil. O formato da

família esta se modificando. Com isso a tarefa de criar os filhos passa a ser

não só dos pais como figura de casal, mais dos avós, tios, tias ou somente por

parte da mãe ou do pai. Enfim, atribui-se essa mudança na forma de educar

seus filhos, este novo formato no que diz respeito à família. Porém, não

podemos esquecer que a figura da mãe era muito importante e responsável por

quase todas as ações cometidas pelos filhos.

Por causa da necessidade de trabalhar fora para aumentar à renda

familiar, a mulher que antes era somente a dona do lar e sua tarefa era apenas

de educar os filhos e cuidar da casa, hoje assume um papel igual ao do homem

no que diz respeito a sustentar uma casa.

Com as mudanças ocorridas na estrutura familiar brasileira, muitos pais

delegam para a escola parte de sua responsabilidade na criação dos filhos.

ARANHA (1996, p.95) ressalta que:

A partir do capitalismo, a instalação das fábricas

separa o local de trabalho do local de moradia, obrigando

a mulher que precisa complementar o orçamento

doméstico a se ausentar de casa.

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Devido a essas mudanças, agora pai e mãe estão fora de casa,

deixando para depois ou quando tiverem tempo os problemas educacionais

dos filhos. Sabemos que a família é responsável pela educação de seus filhos,

e dela que os mesmos adquirem o conceito de valores que levaram pelo resto

de suas vidas.

A família é base onde se transmite afeto, onde se valoriza o amor, o

respeito, valores morais e éticos, onde se encaminha para uma determinada

religião, enfim é a família responsável por tudo o que irá ajudar ou atrapalhar

essa criança no futuro.

SOUZA (1970) ressalta que é na família que a personalidade da criança

se delineia. Portanto, seu desenvolvimento emocional será construído através

destas relações, num ambiente acolhedor será sempre o mais indicado para se

educar uma criança.

A criança desde o seu nascimento tem na família referências pra sua

vida toda, sejam boas ou más. Assim praticando bons atos, a criança

desenvolverá boa conduta e transmitirá aquilo que recebeu. Muitas vezes a

criança não é estimulada a praticar o bem e por isso, fica sem limites e

aceitação de como ela deve ou não ser.

Mas, na verdade os pais trazem sua bagagem de vida, com todas suas

experiências e com isso querem demonstrar os caminhos que supostamente

trariam o bem estar e sucesso para seus filhos. E para isso, muitas vezes, é

colocado de maneira invasora, invadindo sua privacidade, obrigando a mudar

tal comportamento, tirando a sua liberdade. Porém, o melhor, o adequado

neste momento para os pais, não seria melhor, ou mais correto para seu filho.

ARANHA (1996) diz que as relações das crianças na sociedade

intermediadas pela família é um fenômeno mutável do tempo. Com isso a

participação dos pais se faz necessária e é muito bem vinda. Desde cedo à

criança desenvolve-se inteiramente ao redor deles, e são eles que servirão de

apoio. A família é a base emocional e seus ensinamentos terão influência para

o desenvolvimento do seu caráter.

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ARANHA (1996): ”A educação dada pela família fornece o “solo” a

partir do principio que o homem poderá se rebelar contra os valores recebidos:

contra esses valores, mas sempre a partir deles. Portanto a família é o local

privilegiado para o desenvolvimento humano”. O desenvolvimento da

personalidade das crianças depende de como estas crianças estão sendo

criadas.

Para SARTI (2003) as relações entre pais e filhos têm o poder de

estabelecer vínculos fortes de afetividade. Da afetividade ao modo de falar,

agir, ou seja, se há diálogo entre pais (mãe-pai) entre filhos, se há

compreensão, ou conflito, crises emocionais, depressão, drogas, pois a família

é a base primordial, ela se torna o espelho para as crianças.

Muitas crianças não vivenciam as atividades diárias em seus lares,

não conhecem o trabalho dos pais. Podemos dizer que esses filhos estão muito

distantes do mundo adulto. Os pais acreditam que existem certos assuntos que

não são importantes para o cotidiano da criança.

Os filhos quando são chamados para participarem de certas

atividades junto com os seus responsáveis descobrirão outras maneiras de

aprender a errar e acertar, entendendo que futuramente serão responsáveis

pelos seus atos.

É na família que se constrói um alicerce seguro, com objetivo de

levar os filhos a novas situações de conhecimento. Sabemos que a família nos

dias atuais esta perdendo sua estrutura com o passar dos anos, por contas das

mudanças na sociedade.

Em virtude dessas mudanças, ocorre que o crescimento da

população e o desenvolvimento geral dos países trouxeram certamente

consequências como a perda de certos valores que antigamente a família

possuía e preservava.

Não estamos generalizando, mas infelizmente muitos problemas de

cunho psicológico e de aprendizado foram ocasionados devidos essa falta dos

vínculos afetivos entre a família e os filhos.

Por ser a primeira instituição social a qual somos inseridos desde o

nascimento, a família é responsável pelos conhecimentos prévios de seus

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filhos. As relações entre pai, mãe e filhos é a chave principal para o

desenvolvimento da criança no que diz respeito ao seu papel como cidadão na

sociedade.

Notamos que crianças provindas de um ambiente familiar adequado

estão é serão mais adaptadas ao meio em que vivem, e geralmente não sofrem

de problemas educacionais, emocionais e éticos.

1.1.1 As funções da família.

A família é um sistema funcional, onde as ações e atitudes promovidas

pelos seus membros afetam um ao outro, é como toda instituição cada uma

tem sua estrutura e regras para serem seguidas.

A família cria hábitos entre os seus membros que dividem o mesmo

espaço. Tem como objetivo, garantir o bem estar dos componentes desse lar.

Cada indivíduo tem um papel diferente a ser exercido dentro desse ambiente.

A família tem a função e o dever de proteger os seus membros,

favorecendo a eles o conhecimento a cultura a qual pertencem.

OLIVEIRA (1988, p.101) cita o artigo 227 do capítulo VII da Constituição

Federal afirmando que:

É dever da família, da sociedade e do

Estado assegurar à criança e ao

adolescente, com absoluta prioridade, o

direito à vida, saúde, alimentação, educação,

ao lazer, profissionalização, cultura, à

dignidade, ao respeito, à liberdade e a

convivência familiar e comunitária, além de

colocá-los a salvo de toda forma de

negligência, discriminação, exploração,

violência, crueldade e opressão.

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A família é muito importante para a vida do indivíduo nesse artigo, pois

ela vem em primeiro lugar, depois a sociedade e logo o Estado.

Pretendemos agora ressaltar algumas das funções que as famílias

possam promover a cada indivíduo para um bom desenvolvimento social.

Resumem-se em poucas linhas os seus deveres. As famílias devem

cuidar e proteger as crianças, garantido a eles condições dignas de

sobrevivência. Quando essas condições não puderem ser cumpridas, a

sociedade de alguma forma deverá oferecer assistência a essas pessoas

carentes, dando o suporte necessário.

A família é importantíssima desde o nascimento, portanto uma de suas

funções e a da socialização. Promover ao indivíduo relações de sociabilidade

com outras pessoas.

A família é o suporte necessário para a evolução acadêmica da

criança. É extremamente importante que a família promova ao educando

situações de aprendizado e de suporte quando necessário.

Os pais são os primeiros mediadores da aprendizagem dos seus filhos

e a escola que juntamente com a família formam uma ponte para melhorar o

aprendizado.

Outra função é a de oferecer suporte emocional, propiciando a essa

criança um ambiente equilibrado de amor, compreensão, afeto, valores.

Segundo KALOUSTIAN (1988), “A família é onde se torna um lugar

indispensável para a garantia da sobrevivência e da proteção integral dos filhos

e demais membros”.

Diante disso, tem papel fundamental na educação dos filhos, e é a

responsável em transmitir valores humanitários, culturais, morais, sentimento

de solidariedade etc.

O indivíduo com seus costumes e hábitos, adquiri esses valores em

seu seio familiar e assim terá a chance de ser um grande ser humano, com

muitas qualidades.

A família sempre será uma influência para o desenvolvimento do caráter

dos indivíduos, que é moldado dentro das aprendizagens no ambiente familiar.

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Não importa como seja essa estrutura ou modelo no qual essa família se

apresente, e sim que exista transmissão de amor, afeto, respeito, educação,

proteção.

Porém, sabemos que devida a certas transformações ocasionadas com

o crescimento da população, alguns valores foram se perdendo pelo caminho.

A Constituição Federal afirma que a educação é dever do Estado e da

família, onde entra a escola como complemento para a formação dessa

criança. Do ambiente familiar vem à formação básica para criança, a escola

contribuirá para que ela desenvolva seu potencial. Juntas garantirá o sucesso e

o aluno terá a oportunidade de se tornar um cidadão de bem, podendo exercer

melhor o seu papel na sociedade.

Os pais precisam trabalhar e não estão tendo tempo para transmitir os

conhecimentos prévios de educação para os seus filhos.

A família é base da formação do ser humano, por tanto todo aprendizado que

puder ser transmitido para a criança, será de grande valor para sua vida como

um futuro cidadão.

1.2 A família no contexto escolar: uma relação importante

Segundo BOURDIEU (1984), a família tem um papel de primeira ordem

no trajeto social que seus filhos seguirão, porque parceiras junto à escola serão

responsáveis pela transmissão cultural; a sua eficiência depende do grau em

que a mesma família participa dessa cultura.

Percebemos a importância da instituição familiar no que diz respeito a

esta parceria, oferecendo apoio no processo de escolarização dos filhos,

ajudando no âmbito escolar.

Esta parceria auxilia como um apoio de grande importância onde é

criado no próprio contexto familiar, alcançando também, como suporte na

socialização junto às crianças. Os pais devem orientar na aprendizagem dos

filhos, pois é durante a infância que as atitudes básicas de aprendizado são

estabelecidas no seu grupo cultural, além das estratégias que lhes permitem o

aprender.

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À medida que avançam no aprendizado, as necessidades de aprender

tornam-se por mais específicas, mais longas e o apoio dos pais é de suma

importância, para que compreendam e valorizem suas tarefas. As dificuldades

e os obstáculos que a criança poderá encontrar, os pais poderão auxilia-las

dispondo dos meios para que possam superá-las.

Como já foi citado no decorrer do trabalho, com o passar do tempo à

família trás mudanças em sua estrutura. Muitos precisam se ausentar para

trabalhar e assim, os pais estão cada vez mais longe de seus filhos. Os

mesmos passam mais tempo sozinhos ou com pessoas que não são

necessariamente um parente, causando para essa criança uma perda de

identidade cultural e afetiva. Estão sendo criadas por pessoas que as vezes

não tem grau de parentesco.

No ambiente escolar algumas crianças apresentam distancia do

aprendizado, solidão. Cada vez mais crianças distantes e com dificuldades de

aprendizagem, e a escola tendo que assumir as funções educativas que são

dos pais.

Acredita-se que em nossos dias atuais, a escola não pode ficar sem a

parceria com a família e a mesma não pode ficar sem a escola. Esse trabalho

em conjunto auxilia no desenvolvimento e no bem estar da aprendizagem do

educando.

A família, compartilhando com a instituição escolar, ambas tendo

objetivos semelhantes perante a sociedade, formarão cidadãos críticos,

capazes de formular suas próprias opiniões.

A escola com o trabalho pedagógico está aberta a diálogos sempre que

se fizer necessário. Isto significa que os pais precisam estar sempre

participando das atividades da escola, não apenas quando for uma reunião ou

quando são convocados por causa de alguma reação indevida dos filhos. A

mesma também deve ser ativa e participativa para despertar nos pais o

interesse pelo desenvolvimento educacional dos filhos, promovendo eventos,

reuniões não necessariamente para falar de notas ou comportamentos, mas

para promover a interação, trocar informações que podem ser úteis para o dia-

a-dia escolar.

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É importantíssima a conscientização de que a relação entre educação,

escola/família/sociedade deve ser uma transformação contínua.

Agindo dessa forma, a família passará a se sentir comprometida com o

rendimento da qualidade escolar e também com o desenvolvimento de seu filho

como ser humano. A escola precisa construir espaços onde se desenvolva

reflexões e de experiências vindas do meio em que estão inseridas. Assim

poderá se trabalhar melhor com as famílias de seus alunos, uma aproximação

entre as duas instituições (família-escola).

No Estatuto da Criança e do Adolescente, Artigo 53 (BRASIL, 2005,

p.11), diz que “é direito dos pais ou de seus responsáveis ter ciência no que diz

respeito ao processo pedagógico, bem como participar das propostas

educacionais”, ou seja, como é importante à convivência da família no contexto

escolar de seu filho.

Família e escola parceiras para um bom desenvolvimento do ser

humano. Quanto melhor e maior for esta parceria, melhores serão os

resultados na formação do educando para se tornar um cidadão promissor.

1.2.1 A criança no contexto familiar

Segundo ÁRIES (1981) a vida no passado, na Idade Média, era vivida

em público, as casas eram abertas, as pessoas viviam misturadas.

ÁRIES (1981), ainda afirma que o mesmo problema de não se

diferenciar um do outro ocorria também nas escolas. Adultos e crianças

estudavam na mesma sala de aula. As escolas a forma de transmitir

conhecimentos era arcaica, rígida, uma disciplina severa.

GADOTTI (2005) apud ROUSSEAU (1968) ressalta que a educação e a

sociedade deveriam ser fundadas na família, no povo, na pátria e no estado.

Para GADOTTI (2005) apud ROUSSEAU (1968) a educação tinha o

poder de mudar as pessoas e sociedade em geral, fundada na família, sua

concepção de educação era voltada para formar um cidadão capaz de mudar a

sociedade.

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Além disso, naquela época era grande a taxa de mortalidade infantil,

mesmo sendo uma situação triste a perda precoce dos filhos, era um

acontecimento comum para os pais que não se abalavam.

Houve alterações no que diz respeito à criança no contexto familiar.

Agora as casas visam o isolamento dos quartos e as crianças e criadagem não

fazia o uso do mesmo espaço.

As mesmas preocupações também surgiram no que diz respeito ao

pudor, gestos obscenos, imoralidade. A família passou a se preocupar em

corromper a inocência da criança, recomendava-se vigiá-las, evitando

promiscuidade entre os menores e as crianças maiores.

SAVATER (2000) diz que o clima na família é aquecido pela afetividade,

que proporciona a criança segurança e cuidado. Um lugar sem barreiras que

possa distanciar os membros que vivem na mesma casa. Quando são

passados para a criança exemplo de uma vida familiar saudável, a mesma

tende a aceitar e a transmitir sua felicidade. Adultos que foram felizes nunca se

esquecem de sua infância a suspiram pelo resto da vida e tende a transmitir

para os filhos.

A criança precisa de equilíbrio, de compressão e carinho por parte dos

pais. Precisa crescer numa relação de diálogo e comunicação de maneira

transparente e sincera. É dentro de um cenário bem administrado que a criança

constrói seu modelo de vida para seguir, isso se da devido ao contato coletivo

com seus familiares.

1.3 Papel dos pais na educação escolar.

A aprendizagem em um ambiente familiar será facilitador e de grande

importância no desenvolvimento do educando. O apoio familiar é crucial no

desempenho escolar. Pai que acompanha lição de casa. Mãe que não falta a

uma reunião. Pais colaboradores e atentos ao desempenho escolar dos filhos é

ponto de partida para qualquer professor trabalhar bem.

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Pais que participam das reuniões escolares propostas pela escola, que

ajudam nas atividades que o professor transmite, geralmente desenvolvem

melhor suas tarefas.

Para SAVATER (2000, p.72) “quando a família socializava, a escola

ocupa-se em ensinar, porém ela não desempenha plenamente seu papel

socializador”.

Esse problema ocorre infelizmente porque muitos pais não priorizam a

educação para os filhos como forma de melhorar a vida e o futuro. Muitos

desses pais são indivíduos não tiveram oportunidades na vida, por culpa de

uma sociedade desigual, que não tem como prioridade os menos favorecidos.

Desta maneira por conta dos acasos que a vida proporciona na

desigualdade de oportunidades, não valorizam o estudo, acha que o importante

é saber ler e fazer conta, adquirir conhecimento de cultura e cidadania é pura

bobagem.

O aluno ao perceber que a escola e sua família têm os mesmos

objetivos, irá melhorar o seu desempenho, e assim também o seu

relacionamento.

Na escola o indivíduo encontra alicerce para a sua formação, por tanto é

importante essa parceria para o crescimento do aluno ser um cidadão social.

CUNHA (1995, p.447) afirma que:

“Lidamos com duas instituições

de caráter educacional embutidas na

missão de conduzir pessoas, levando-

as do lugar e do Estado em que se

encontram no presente para um espaço

futuro, supostamente melhor, mais

desejável superior”.

As escolas não estão preparadas para essa tarefa tão difícil.

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CUNHA (1995) pessoas, assim como ela. Pais enfrentam grandes

dificuldades de educar e cuidar dos seus. Algumas crianças são mais atingidas

por essa falta de parceria que parece não ter um fim.

Geralmente esses alunos são os que mais apresentam problemas nas

escolas. Nas reuniões vemos a constante indignação do professor, os pais

daqueles alunos que precisavam muito de vir, nunca estão presentes.

A família precisa valorizar as oportunidades educativas dentro do

âmbito escolar. Valorizar a escola como formadora de opinião. Existe o

problema econômico, mas é uma situação que só poderá ser resolvida quando

a sociedade em geral valorizar a educação como a única forma para reverter

esse quadro.

1.3.1 Importâncias do acompanhamento dos pais na vida escolar de seus filhos

PARO (1995) ressalta que com o passar do tempo, a sociedade tem um

olhar voltado ao respeito, à educação, a integração da escola com outras

instituições socializadoras.

A escola precisa do acompanhamento dos pais no caminhar da

educação, por tanto o papel é de ambas.

A família pode transformar a vida dos seus filhos de tal maneira, que

não há possibilidade de falar em aprendizado sem comentar desta importância

que os dos pais têm no caminhar da vida educacional dos seus filhos.

A escola é capaz e possui condições de serem parceiras dos pais na

formação do indivíduo. O acompanhamento dos pais na vida escolar é

primordial. Essa parceira é algo que as escolas veem almejando há muito

tempo.

ACÚRCIO, (2004) diz que é papel da instituição familiar proporcionar a

educação informal, conhecida como educação de berço.

Cuidar financeiramente enquanto não puder sustentar-se sozinho, a

família se puder ter condições de oferecer suporte necessário para o bom

andamento na escola, principalmente amor, carinho e atenção.

Muito dos problemas que alunos enfrentam na escola, são causadas por

essa falta de compromisso que alguns pais deixam de ter com seus filhos.

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Cabe aos mesmos, proporcionar ambientes propícios de

aprendizagens, e participar das ações promovidas pela escola não apenas

quando forem convocados, mas sempre que acharem necessário.

O diálogo com todos envolvidos na educação pode ajudar e muito os

pais a resolverem certas dificuldades encontradas pelo caminho. A escola

necessita de ser mais democrática, ajudando esses pais a se encontrarem, não

rotulando nem apontando como culpados dos problemas causados pelos filhos.

A escola poderá cobrar da família suporte afetivo, apoio, materiais

escolares, hábitos saudáveis de saúde, amor e harmonia.

A escola poderá complementar suportes materiais se estiver em seu

alcance quando a família não tiver condições. Para a questão afetiva a escola

poderá encaminha – lá para um responsável de assistência social.

Para a formação do caráter moral, emocional e educacional dos

indivíduos é evidente que a família desempenha um papel muito importante. Os

pais são os principais responsáveis pela educação dos filhos tanto em casa

como na escola.

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2 REFLETINDO SOBRE A RELAÇÃO FAMÍLIA E ESCOLA

2.1 A escola na visão tradicional

A formação da criança se dá através de um conjunto de fatores,

determinados em sua grande maioria pela Escola e pela Família. Toda criança

tem por direito estar em contato direto com essas duas instituições, que no

papel dos dias atuais, misturam afeto e saber.

Provavelmente algumas décadas atrás não existiam dúvidas em definir

qual o papel que a escola deveria ter na sociedade, pois era a única fonte da

informação e do saber.

A função da escola era onde se transmitia conhecimentos

disciplinares, não se importando com o interesse dos educandos, suas

opiniões, ou seus problemas do cotidiano. Apenas eram enfatizadas as

necessidades de exercícios repetidos, cópias de textos e provas orais, para

garantir a memorização dos conteúdos e o retorno dos mesmos nas provas

aplicadas.

“A escola Tradicional é uma proposta de educação centrada no

professor, sua função se define como a de apoiar e aconselhar os alunos,

corrigir e ensinar a matéria” (BRASIL, 1998, p. 39).

Na Escola Tradicional, o professor era visto como o dono do saber, a

única fonte de conhecimento. Era visto como autoridade diante da escola e

principalmente como uma figura importante aos olhos dos pais.

Era o professor quem decidia o método utilizado, como aulas

expositivas, conteúdo pronto e o pior, os assuntos de aulas eram determinados

por ele e também cabia a ele decidir que tipo de avaliação seria dado.

ARANHA (1996, p.158) diz que “o mestre possuía todo o saber e

autoridade, dirigia o processo de aprendizagem e se apresentava ainda como

um modelo a ser seguido”.

Por outro lado também era exigido da família no aspecto do trabalho,

pois esse era o objetivo da escola tradicional, formar os educandos somente

para desempenhar o lado profissional para o futuro.

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A família com isso concordava com o que a escola decidia, pois a

mesma não tinha noção de que aquele método de ensino aplicado pelo

professor era maçante, desgastante para a criança. Complementando toda

essa rigidez, à família cabia passar aos filhos as normas sociais e boas

maneiras, também os cuidados e afetividade.

A família sempre terá a intenção de proteger e acolher os filhos que

consideram frágeis dos desvios do mundo, para isso se fazia necessário uma

educação sólida e bem severa.

Segundo ARANHA (1996), a escola tradicional vai perdendo apoio da

forma de ensinar e revelaram o interesse de que o Estado assuma então a

educação, tornando a mesma gratuita para que todos tenham acesso. Sendo

então, Escola e Família, duas instituições com papéis bem separados, mais

complementares para cultura tradicional.

Diante de todas as mudanças, tanto na escola como na família, a

grande maioria das escolas se reciclou para receber a família, mas não se

reciclaram na maneira como o conhecimento é passado.

Existem escolas particulares que são tradicionais e até hoje são

procuradas por pais que acreditam que a educação tradicional seja o único

método escolar e disciplinar capaz de ensinar as crianças.

Embora muitas escolas dissessem usar o método construtivista, ainda

há em seu corpo docente professores que nunca pensaram em mudar sua

posição e nunca mudarão pelo fato de terem medo de perder o controle sobre

o aluno.

Para os professores, a família precisa apoiar a escola e juntas fazerem

um trabalho a fim de que esse educando seja literalmente moldado. Para isso

as duas precisam de uma integração, onde o aluno tenha o papel principal

nessa aprendizagem e o professor um mediador formal em conjunto com a

família.

Não é muito distante o fato de a escola tradicional mudar apenas de

fachada e em sua estrutura permanecer a mesma. A família ainda deposita

muita confiança na escola e a vê como transformadora de indivíduos e seus

maus comportamentos.

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Na escola tradicional os professores eram vistos como os únicos

detentores do saber, tudo o que eles falavam era tido como lei. Logo com o

passar do tempo os pais passam a conhecer seus direitos e participam mais da

estrutura da escola, para reuniões ou por convocação de outros eventos

realizados pela escola.

Mais tarde, um pouco timidamente os pais começaram a se oferecer

para serem voluntários da escola e assim passaram a entender e a construir as

relações dentro desta. Um exemplo dessa aproximação são as APMS que

juntas elaboram e executam planos de desenvolvimento para a melhoria do

ensino e da escola.

Aos poucos a escola e a família criam essas parcerias diariamente, para

melhor aprendizado dos alunos. O aluno que vê seu pai dentro da escola

entende que ali é um lugar bom e aberto para todos. Um exemplo de família na

escola é o Amigo da Escola onde os pais dão desde palestras a cursos para

toda comunidade e alunos.

Diálogo, respeito e cooperação são bases necessárias para construção

de uma escola onde a família é parte desde o planejamento até a limpeza da

escola.

O respeito à diversidade de maneira geral, é fator importante para a

escola não podendo ditar modelos, pois existem diversas famílias, logo existem

culturas variadas. A relação aluno-professor tem muita importância para a

relação que a escola tem com a família, pois com certeza os pais trabalharão

melhor com a escola à medida que seu filho sentir-se bem relacionado com seu

professor.

A segurança que o aluno sente também é peça chave na hora do

aprendizado, pois todas suas incertezas serão relatadas para os familiares que

apostarão ou não na escola onde o filho encontra-se matriculado.

O professor tem o dever de dar todo o suporte para o aluno tanto

físico e psicológico, fazendo com que o aluno sinta-se parte da escola e

construa sua aprendizagem sempre com a presença da família.

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2.1.1 Processos de ensino-aprendizagem: uma tarefa da escola e da família

Em uma educação centralizada na formação do caráter moral das

pessoas, é evidente que a família desempenha um papel muito importante, os

pais são os principais responsáveis pela educação dos seus filhos.

Como linhas paralelas devem andar juntas, a escola continua

exercendo seu papel para a formação desses indivíduos, por tanto as duas são

uma via de mão dupla que buscam formar pessoas para a vida.

A família é um conjunto de pessoas que se unem pelo desejo de

estarem juntas, de se complementarem e a escola por sua vez ao unir-se com

a instituição familiar terá mais chance de oferecer com mais qualidade seu

trabalho pedagógico.

O acesso a todos os moldes de educação existentes, que

trabalhando juntas poderão ter mais sucesso. No momento em que trilharem

juntas, muito dos problemas enfrentados pela escola poderão ser superados.

Para isso é necessário que os pais participem do cotidiano escolar

de seus filhos, os mesmo tenham comprometimento com a escola gerando

assim no educando a certeza de que estão sendo amparados.

Dessa maneira o educando passa a valorizar cada vez mais a escola

e o seu professor, pois sabe que é importante para seus pais seu sucesso

educacional.

A escola por sua vez necessita do amparo da família, reunir os pais

de seus alunos, estimulando e aproveitando as iniciativas dos pais em favor da

educação.

Essa atitude mudou, a escola está cada vez mais certa de que

necessita da cooperação dos pais na tarefa de educar.

Desse modo, esse distanciamento foi sendo superado com a

necessidade de que a escola percebeu que precisa estar interada com a

família no que diz respeito educação.

A escola reconheceu que necessita da ajuda e compreensão dos

pais para a difícil tarefa de educar, e os pais estão cada vez mais tentando

participar da melhor maneira possível.

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A escola de hoje procura conquistar o apoio da comunidade,

considerando sua atuação uma manobra que só traz benefícios. Ao mesmo

tempo a família deve mudar a imagem que possui de escola, apenas um

ambiente formal, onde deixam os filhos e voltam mais tarde para buscá-los.

Assim como houve mudanças no processo de ensinar, a escola

muda, os pais precisam acompanhar também. Procurar conhecer melhor os

seus colaboradores e professores, conhecer os outros pais também ajuda na

tarefa de buscar por melhores condições para o ensino. As reuniões de pais

realizadas apenas para falar da nota e sobre o comportamento dos alunos é

uma maneira que a escola pode usar para pedir a colaboração dos pais na

tarefa de ensinar.

Muitos pais têm receio de ajudar os filhos nos deveres de casa por

não terem tido oportunidade de estudar, de frequentar uma escola e assim

ficam envergonhados e preferem não ajudar, esquecendo-se que todo

conhecimento é valido.

A partir do momento que o educando perceber que os pais têm

interesse em suas atividades escolares os mesmos buscaram recursos para

melhorar essa interação entre pais e filhos.

É muito importante para a escola inovar sempre. A instituição não

deve usar os projetos realizados de anos anteriores, práticas sem objetivos

nenhuma apenas para formalizar ou complementar a grade curricular devem

ser banidas da escola.

A criatividade em seus métodos e projetos é uma das maneiras de

resgatar os alunos para o interesse em conhecer outras maneiras de

realizações.

Algumas escolas e professores realizam anualmente projetos

repetidos e cansativos apenas por obrigatoriedade, esquecendo-se que seus

objetivos são educacionais.

Os pais se perceberem na escola, a falta de comprometimento com

relação ao seu próprio trabalho pedagógico podem acabar desvalorizando o

mesmo e não incentivar os filhos a participarem.

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Projetos, excursões, eventos devem ser bem vindos pela família e

realizados com dedicação por parte das escolas, os mesmos tem propósitos de

incentivar a educação e a cultura, proporcionando aos educandos momentos

prazerosos de aprendizagem.

Dessa maneira torna-se mais valorizado o trabalho da escola, do

corpo do docente, da gestão e dos pais.

O projeto pedagógico da escola tem a função de organizar e

executar trabalhos como este dessa escola, a partir do momento que os pais

perceberam que era importante a realização do mesmo, automaticamente

autorizou os filhos a participarem.

A escola deveria sempre agir assim, procurar mobilizar os pais da

importância de participarem dos projetos e eventos realizados pela instituição.

Explicar sobre o projeto e seus objetivos fez com que os pais compreendessem

sua finalidade e importância.

Escola e família são as responsáveis pela tarefa de educar,

socializar, ensinar valores e sentimentos de amor e solidariedade ao próximo,

formar para a vida.

2.1.2 O professor diante das novas instituições familiares

Segundo PRADO (1982, p.7) “família no sentido popular e nos

dicionários, significa pessoas aparentadas que vivem em geral na mesma casa,

particularmente o pai, a mãe e os filhos”.

Esse modelo familiar que era visto como o pai o único responsável pela

obrigação de garantir o sustento e a mãe de cuidar e educar os filhos mudou.

Com a mudança na realidade social e o crescimento da população,

apresentaram-se outros modelos de família.

A mulher que antes era a cuidadora apenas dos filhos, hoje

desempenha funções igual ou superior ao de seu marido. Hoje elas são livres e

sustentam sozinhas os seus filhos. Conquistou o seu espaço na sociedade,

adquirindo liberdade e autonomia, hoje trabalha e nem sempre pode estar

presente nas reuniões ou eventos realizado pela escola.

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Há algum tempo atrás, muitos casamentos eram arranjados pelas

suas famílias. O casal geralmente se conhecia no dia do casamento. Ou o pai

apresentava o futuro noivo de sua filha sem se quer perguntar se ela gostaria

de se unir a ele, com o noivo não era diferente.

Hoje o mundo mudou os pais não escolhem mais o casamento dos

filhos, mas ainda existem famílias que são heranças do passado, indivíduos

machistas e pais que não aceitam o divórcio. Com tudo isso, as escolas

tiveram que se adaptar ao novo modelo de instituição familiar, e as histórias

dessas mães, pais, avós, tias e irmãos são surpreendentes.

Essa adaptação vem sendo presenciada por toda a sociedade e

principalmente pela escola, já que e ela que irá receber os filhos dessa nova

família, e o professor por sua vez terá de se adaptar da melhor maneira

possível para que consiga exercer o seu papel na vida dessa criança.

Infelizmente algumas vezes o professor não sabe a quem recorrer na

hora de chamar algum responsável por seu aluno, esse que por sua vez não

tem mãe ou pai, ou tem apenas um dos dois e vive com padrasto ou madrasta,

ou vive com seus avós.

Na realidade existem vários modelos de instituições familiares e

geralmente essas crianças acabam por viver com algum parente de sangue.

A problemática desta questão e de vários fatores que levaram essa

família a se desintegrar, questões sociais e de sentimentos são os elementos

chave para essa separação.

O importante é que essa criança tenha alguém como espelho, que

sirva como modelo de boa conduta e caráter, sendo que o professor pode e

deve ajudar quando se deparar com situações parecidas.

Nessa visão o professor deve procurar conhecer melhor a família de

seus alunos, principalmente daqueles alunos que apresentam o maior grau de

dificuldade e de indisciplina.

Conhecendo a estrutura familiar dos alunos fica mais fácil de lidar

com certas situações presenciadas por ele e pela escola dentro do ambiente

escolar. O educador juntamente com a escola pode trabalhar em conjunto com

o objetivo de resgatar esses “pais” ou responsáveis por essa criança,

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melhorando sua autoestima e motivando os a buscar melhores condições para

o educando.

O objetivo do educador é desenvolver um trabalho transformador,

educar para um mundo melhor, não apenas melhorar o comportamento do

aluno. Procura-se conhecer melhor o ambiente e as pessoas do convívio dos

seus alunos, seus valores, projetos e desejos, poderá exercer funções com

sucesso.

ARANHA (1996, p.153) diz que “o professor é um profissional e como

tal, além de uma boa formação, deve buscar garantir condições mínimas para

um exercer um bom trabalho”.

Quando ressaltamos em buscar condições mínimas para um bom

trabalho, estamos falando também de uma busca constante em melhorar a

qualidade e o desempenho de seu aluno através do contato com pais.

A família baseia-se na formação do individuo, ela é responsável pelas

primeiras vivências afetivas, éticas, culturais, e esse indivíduo será o fruto

dessa formação.

Uma família em crise emocional e econômica pode gerar e transformar

uma criança em um ser sem limites, inseguro e angustiado.

O educador em contato com essa família pode-se aplicar um trabalho

pedagógico, buscando transmitir a capacidade de melhorar a sua visão de

mundo.

Desse modo, o educador pode ajudar seu aluno que está com

dificuldade de aprendizagem e conduta a descobrir um novo caminho a ser

seguido juntamente com sua família.

2.1.3 Como trazer os pais para a escola?

Segundo SPODEK E SARACHO (1998) “as relações entre as

escolas e os pais são variadas assim como o tipo de escolas existentes e as

comunidades que elas atendem”.

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Dessa maneira o envolvimento dos pais com a instituição escolar

deve ser visto amplamente, como uma gama de alternativas onde a escola e a

família possam descobrir a maneira mais adequada e necessária.

A participação dos pais se dá através do qual são colocados em

contato com a equipe responsável para atendê-los, com o propósito de fazer

intervenções pedagógicas e atividades que envolvam as crianças para facilitar

o desenvolvimento do educando.

A troca e compartilhamento de informações são meios que podem

ser usados para a aproximação entre os pais e a equipe para a construção de

laços de camaradagem e conhecimento mútuo.

A interação entre pais e educadores torna-se positivo ao

desenvolvimento cognitivo, social, moral dessa criança. O apoio emocional,

social e pessoal poderá construir um sistema de cooperação entre a família,

equipe escolar e aluno criando uma rede de apoio a qual os pais podem

recorrer quando necessitarem de estímulo, motivação, compreensão e

principalmente orientação.

Quando as duas instituições reconhecem que ambas são de suma

importância para a realização do trabalho pedagógico, tudo caminha melhor,

aprendizagem acontece sem traumas.

A direção escolar pode criar um meio para os pais e a equipe

trabalharem de mãos dadas em direção às mesmas metas.

Quando os pais iniciam uma parceria com a escola, o trabalho com

as crianças pode ir além da sala de aula e a aprendizagem na escola e em

casa pode ser complementada.

Sabemos que há uma confusão de papéis com relação às

obrigações da escola e da família, culpa da vida profissional atribulada pelos

pais que estão distantes e muitas vezes cobrando por resultados que a escola

não pode oferecer sozinha.

Por outro lado exista alguma falta de comunicação, habilidade por

parte da escola e do professor em promover essa integração. Outro problema e

que algumas instituições não repassam aos pais sobre o trabalho realizado por

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ela, sua proposta pedagógica, isso dificulta muito para que os mesmos passem

a valorizar o objetivo da escola.

Poderão existir problemas com a clientela da escola, onde a criança

está inserida, a maioria de comunidades carentes com baixo nível cultural e

social devido às condições sub-humanas que vivem.

Alguns conflitos são características das relações entre as escolas e a

famílias de comunidades carentes, por serem compostas por pessoas que

frequentaram por pouco tempo a escola ou nunca foram.

Estes conflitos são vistos como uma resposta à escola enquanto

veículo de opressão ou como uma expressão de liberdade e interação.

As escolas devem procurar maneiras de transcender os conflitos

existentes ou usá-los como forma para beneficiar as crianças.

Esse poderá ser um dos fatores que mais contribuem para o baixo

rendimento escolar e social do aluno, pois geralmente essas famílias não

tiveram oportunidade de vivenciar e se integrar dentro de uma escola.

Dessa maneira, essas famílias não valorizam a educação como

realmente deveria e não procura a escola nas reuniões para saber do

rendimento dos filhos.

A interação entre a família e a escola não deveria de forma alguma

ser reduzida apenas com reuniões ou com contatos rápidos no decorrer da

semana ou do mês.

Ocorrendo regularmente em momentos simultâneos nos qual a

família pudesse realmente participar do cotidiano da escola, sem que ela se

intrometa nos assuntos que não fazem parte de seu envolvimento.

É imprescindível que os pais estejam sempre em contato com a

vivência escolar dos seus filhos, essa integração é enriquecedora e facilitadora

no desempenho da criança não só na escola, mas também na sociedade.

Uma maneira que poderá ser adotada pelo professor em contato

direto com os pais, é de investigar e procurar conhecer como é o seu

comportamento em casa para melhorar seu desempenho em sala de aula.

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Pode-se acreditar em diversas maneiras que a escola pode

encontrar para conscientizar os pais sobre a importância da sua participação

no ambiente educativo.

Uma sugestão da presente pesquisa é de que a escola promovesse

pelo menos uma vez a cada dois meses uma reunião não formal com o objetivo

de resgatar esses pais, principalmente os que nunca participam de nenhuma

reunião da escola.

Desse modo, os professores capacitados para tratar do assunto

falariam de uma forma clara e aberta a esses pais, uma maneira de

conscientizar os mesmos sobre o problema. Ficando claro de que cada

instituição tem seu projeto, a família como indispensável e a escola

complementando com os seus conteúdos da grade curricular.

Essa parceria consiste em família e escola caminharem juntas,

sendo que cada uma deverá ser preservada em sua característica própria. Por

tanto, para que fique clara a importância da família no convívio escolar dos

filhos, o Ministério da Educação criou no ano de 2001 “O Dia Nacional da

Família na Escola”, fundado com a intenção de conscientizar pais, educadores

e a sociedade em geral sobre a importância da união entre as duas instituições.

A família desempenha um papel importante na formação do

indivíduo, pois permite e possibilita a constituição de sua essencialidade. É

nela que o ser humano concebe suas raízes e torna-se um ser capaz de

elaborar suas aprendizagens e de adquirir competências próprias.

A escola tem um grande papel e potencial para reunir pessoas. Tal

participação faz a diferença de transformar de fato o aluno na concepção da

escola.

Acredita-se que reunir pessoas dentro de fora da escola, para

conversar sobre educação, é saudável e traz ideias novas, frescas para o

grupo. Isto nem sempre é fácil se o trabalho em equipe e a discussão conjunta

não são habituais na escola, mas é preciso fazê-la.

Com o desenvolvimento desse projeto, muito se contribui não

somente para a formação e garantia da aprendizagem do educando, mas,

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reforçando uma grande parceria entre a família e a escola. Neste processo é

fundamental considerar as necessidades, desejos e vontades dos educandos.

Cabe à escola elaborar um diagnóstico de sua realidade escolar,

pois os alunos são a nossa escuta, sendo a razão do processo educativo, ou

seja, devem também participar de sua construção.

2.1.4 A Relação família e escola

A família e a escola formam uma equipe. É fundamental que ambas

possam ter princípios e critérios com parceria, bem como a mesma direção em

relação aos objetivos que desejam atingir.

Ressalta-se que mesmo tendo objetivos em comum, cada uma deve

fazer sua parte para que atinja o caminho do sucesso, que visa conduzir

crianças e jovens a um futuro melhor.

O ideal é que família e escola desejem a mesma meta, de forma

simultânea, dando ao aluno uma segurança na aprender de forma que venha

criar cidadãos críticos capazes de enfrentar a complexidade de situações que

surgem na sociedade.

A parceria da família com a escola é fundamental para alcançar o

sucesso da educação de todo indivíduo. Portanto, pais e educadores

necessitam serem grandes e fiéis companheiros nessa nobre caminhada da

formação educacional do ser humano.

Existe a necessidade que a escola esteja em sintonia com a família.

A escola é uma instituição que complementa a família e juntas serão

agradáveis para a convivência de nossos filhos e alunos. A escola não deveria

viver sem a família e nem a família deveria viver sem a escola. Uma precisa da

outra na tentativa de alcançar o maior objetivo, para obter o futuro para o filho e

educando e, automaticamente, para toda a sociedade.

Poderá fazer a maior diferença nos resultados da educação nas

escolas é a proximidade dos pais no esforço diário dos professores.

Felizmente, já tem escolas que podem se orgulhar de ter uma aproximação

maior com os pais, ou de realizarem algumas ações neste sentido. Estas ações

são concretas, visando trazer os pais para a escola, assim será uma ótima

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saída para formar melhor os alunos dentro dos padrões de estudos esperados

e no sentido da cidadania.

Atualmente, os pais devem estar cada vez mais atentos aos filhos,

ao que eles falam e ao que eles fazem nas suas atitudes e comportamentos. E,

apesar de ser difícil, a escola também precisa estar atenta.

Os alunos podem se manifestar de várias formas para sinalizar que

algo não vai bem. Poderá ser por sua ausência, se rebelar, se afastar, através

de recolhimento, choro, silêncio. Outras vezes por gritos, ficarem descontentes

por pouca coisa, fugas, notas baixas na escola, mudanças na maneira de se

vestir, nos gestos e atitudes. Os pais devem perceber e estar atento aos filhos.

Muitas vezes, através do comportamento, estão querendo dizer alguma coisa

aos pais. E estes, na correria do dia-a-dia, nem prestam atenção àqueles

pequenos detalhes.

Por vezes, os jovens estão tentando pedir ajuda e, mesmo achando

que o filho ultimamente está “meio estranho”, muitos pais consideram isso

como normal “coisa de criança”, vai passar, é só uma fase.

É preciso observar estes sinais. Podem dizer muito de problemas

que precisam ser solucionados, como inadequação, dificuldades nas

disciplinas, com os colegas, com os professores, e outras causas.

Aí entra a parceria família/escola. Uma conversa franca dos

professores com os pais, em reuniões organizadas, onde será permitido

falarem e opinarem sobre todos os assuntos. Será de grande valia na tentativa

de entender melhor os filhos/alunos.

A construção desta parceria deveria partir dos professores, visando,

ganhar com a proximidade dos pais para dentro da escola. Que a família esteja

cada vez mais preparada para ajudar seus filhos. Muitas famílias sentem-se

impotentes ao receberem os problemas de seus filhos passados pelos

professores, não estão prontas para ouvi-los.

É necessária uma conscientização muito grande para que todos se

sintam envolvidos neste processo de constantemente educar os filhos. A

sociedade é responsável pela educação destes indivíduos, desta nova

geração.

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As crianças precisam sentir que pertencem a uma família. Sabe-se

que a família é a base para o ser humano, não se refere aqui somente família

de sangue, mas também famílias construídas através de laços de afeto.

Acredita-se que a família é constituída por pessoas que se unem pelo desejo

de estarem juntas, de construírem algo e de se complementarem. É através

dessas relações que as pessoas podem se tornar mais humanas, aprendendo

a viver o jogo da afetividade de modo mais adequado.

Percebe-se que alguns acontecimentos são transferidos para da

família para a escola, funções que eram das famílias: educação sexual,

definição política, formação religiosa, entre outros. Com isso a escola poderá

desviar seu foco, e a família assim perde a sua função como parceira da

escola. Além disso, a escola não deve ser só um lugar de aprendizagem, mas

também um campo de ação no qual haverá continuidade da vida afetiva.

A escola poderá desempenhar o papel de parceira na formação de

um indivíduo inteiro e sadio. É na escola que deve se conscientizar a respeito

dos problemas do planeta: destruição do meio ambiente, desvalorização de

grupos menos favorecidos economicamente, etc.

Na escola deve-se falar sobre afetividade, sobre a importância do

grupo social, sobre questões de respeito ao próximo.

Reforça-se aqui à necessidade de se estudar a relação

família/escola, onde o educador deve considerar o educando, não perdendo o

foco, percebendo que, o jovem, quando ingressa no sistema escolar, não deixa

de ser um filho, irmão, amigo, etc.

A relação entre escola e família, deve ser preparada para planejar,

estabelecer compromissos, acordos para que o educando/filho tenha uma

educação com qualidade tanto em casa quanto na escola.

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3 A REAL PARCERIA ENTRE ESCOLA E FAMÍLIA

3.1 UMA RELAÇÃO NECESSÁRIA NA FORMAÇÃO DO SER HUMANO

Partindo da ideia que a família é a base para qualquer ser humano, não

fazendo referência somente à família com laços de sangue, mas também as

famílias construídas através de laços afetivos são fundamentais que ambas

tenham princípios e critérios, bem como a mesma direção em relação aos

objetivos que desejam atingir.

Os pais na escola é muito importante para o filho que estuda. Pais e

escola devem caminhar juntos para um bem maior. Assim será construído um

verdadeiro cidadão, alcançando um futuro melhor para as próximas gerações,

aliança forte.

Escola e Família parceiras na vida, uma aliança. Acredita-se que nosso

papel só enriquece se partirmos com o objetivo de compartilhar, dividir e

contribuir para que outros vivam melhor, principalmente aqueles com quem

convivemos e amamos.

Para as crianças e adolescentes, as referências são pessoas, palavras,

gestos que irão proporcionar a formação da identidade. Por isso, crianças e

jovens precisam de vínculos de harmonia nos seus momentos de decepções, e

que possam receber carinho, atenção e compreensão. Assim acredita-se no

desenvolver de uma identidade saudável, conseguindo suportar frustrações até

o momento adequado para realizar seus desejos.

Definindo escola como uma instituição social que se conhece como um

trabalho coletivo, voltado para a formação das jovens, constata-se que a escola

é responsável pela educação escolar, é um espaço destinado ao trabalho

pedagógico, ao entendimento de regras, à formação de valores éticos, morais e

afetivos, ao exercício da cidadania.

Precisa-se se da conscientização de que todos se sintam envolvidos

neste processo de constantemente educar os filhos. É a sociedade inteira a

responsável pela educação destes jovens, desta nova geração.

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Percebe-se muita cobrança transferida da família para a escola, funções

que eram das famílias: educação sexual, definição política, formação religiosa,

entre outros. Com isso a escola vai abandonando seu foco, e a família perde a

função.

A escola não deve ser colocada somente como um lugar só de

aprendizagem, mas também como de ação no qual haverá continuidade da

vida afetiva. A escola que funciona como quintal da casa também desempenha

papel de parceira na formação de um indivíduo inteiro e saudável.

É na escola que deve se conscientizar a respeito dos problemas do

planeta: destruição do meio ambiente, desvalorização de grupos menos

favorecidos economicamente, etc.

Na escola deve-se falar sobre amizade, sobre a importância do grupo

social, sobre questões afetivas, falar sobre respeito ao próximo.Construir uma

relação entre escola e família, deve ser para planejar, estabelecer

compromissos e acordos mínimos para que o educando/filho tenha uma

educação com qualidade tanto em casa quanto na escola.

Porém, quando falta ao educando um ambiente familiar que não seja

saudável e equilibrado, que conviva com uma desestrutura familiar, ele se

deixa levar pelo impulso em direção da irresponsabilidade ou inconsequência,

gerando ações inadequadas e que irão prejudicar a formação do seu caráter e

da sua personalidade.

Quando a escola não se sente preparada tanto no seu quadro

funcional, como também não cumpre o seu papel social na formação do

educando, verifica-se que se têm a partir desse desinteresse

escolar/pedagógico indivíduos desestimulados e incapazes de prosseguirem

em busca do seu lugar na sociedade. Gerando assim, alunos desmotivados,

indisciplinados e com baixa autoestima.

No momento em que escola e família conseguirem atingir uma parceria

concreta, muitos dos conflitos hoje observados em sala de aula, serão aos

poucos superados.

Acredita-se que para isso possa acontecer seja necessário que a família

realmente participe da vida escolar de seus filhos. Que a família tenha

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comprometimento, envolvimento com a escola, gerando assim, na

criança/adolescente um sentimento de amor, fazendo sentir-se amparado e

valorizado como ser humano.

Nesse sentido, é importante que pais, professores, filhos/alunos dividam

experiências, compreendam e trabalhem as questões envolvidas no seu dia-a-

dia sem cair no julgamento "culpado X inocente", mas procurando resolver a

situação, de modo com que os pais e a escola se entendam ou vice-versa.

A escola e a família têm seus valores e objetivos específicos na

educação de uma criança/adolescente, constituem uma estrutura

fundamentada, onde quanto mais diferentes são, mais necessitam uma da

outra. Desse modo, cabe a toda sociedade, não apenas aos setores

relacionados à educação, transformar o cotidiano da escola e da família,

através de ações modificadoras, para que esta compreenda a importância dos

objetivos traçados pela escola, assim como o seu lugar de co-responsável

nesse processo (família).

Família, escola... Pilares imprescindíveis para que haja uma qualidade

de ensino satisfatório num contexto escolar. É necessária uma conscientização

muito grande para que todos se sintam envolvidos neste processo de

constantemente educar os filhos. É a sociedade inteira a responsável pela

educação destes jovens, desta nova geração.

3.1.1É PRECISO ENSINAR A AMAR

“O valor das coisas não está no tempo em que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis.”

Fernando Pessoa

A afetividade produz a solidariedade, a generosidade, a compaixão e a

capacidade de amar. Ameniza a dor e aponta caminhos mais sublimes.

Toda pessoa é dotada de sentimentos que a capacita a agir

afetuosamente, mas que, muitas vezes encontram-se cristalizados em virtude

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de um mundo que se torna cada vez mais violento e com seres humanos

insensíveis. Protelam-se o processo de amar, não permitindo que tal

sentimento venha romper barreiras e florescer em atitudes que fariam a

diferença em muitas vidas e na própria história.

É mais fácil amar o ser inteligente, responsável, o “dito normal” pela

sociedade, o que não discute regras e o que não contraria nossos conceitos. É

mais fácil amar o sujeito passivo e educado.

Refletir sobre práticas afetivas exige muita sensibilidade, um coração

generosamente humano, desprovido de violência e preconceitos que degradam

relacionamentos. Requer contemplar o “ser real” e não “ideal”.

Em uma sociedade, cujo cenário traz como discurso o individualismo,

e a competição impera nos relacionamentos, torna-se urgente educar com

afetividade, trazendo à tona sentimentos e tantos valores esquecidos. Faz-se

necessário reavivar temas que estimulem a esperança de um futuro melhor e

expectativas que retratem o verdadeiro significado da essência humana.

Muito se fala em formar líderes, pois cabe ressaltar que a maior

liderança existente discípulou doze pessoas, de diferentes níveis sociais e

culturais, no intuito de, através delas, difundir suas ideias e ensinamentos, que

há dois mil anos abrangem todo o universo. E a maior característica expressa

em sua missão foi o amor. Elemento-chave para se viver harmoniosamente e

confrontar corações endurecidos, sendo em seus preceitos, este sentimento

não somente uma possibilidade ou uma opção para a humanidade, mas um

mandamento.

Seus princípios priorizam a edificação à destruição; a humildade à

arrogância; o ouvir ao falar, o lançar as sementes, à somente colher, e

estabelece o cultivo do amor incondicional: “Amar ao próximo como a si

mesmo”.

Visto que o professor, como em nenhuma outra profissão, influencia

consideravelmente a construção do homem, é preciso amar a tarefa de

ensinar. É isso precisa de gente que ama construtores de um mundo melhor,

que perceba o outro, além de suas limitações e que escreva coletivamente

histórias de desafios e conquistas. Gente que compreenda que não há vitórias

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sem lutas; que a felicidade se percebe após experimentar os dissabores e as

turbulências da vida.

Gente que tenha a humildade e a sensibilidade de compreender que

todos nós erramos e o erro, muitas vezes, é o processo do acerto; que a

intolerância gera injustiça; a tolerância gera a paciência e a paciência nos torna

mais sensível e mais humana. Gente que não seja contaminada por indivíduos

que ridicularizam a busca de um mundo mais humanizado.

Que em tudo haja uma lição e a do afeto seja interpretada nas

entrelinhas da vida, sendo apreendida e disseminada. No entanto, “ninguém dá

o que não tem” e o mundo reclama da urgência em amar e ensinar a amar.

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CONCLUSÃO

Acredita-se que esta pesquisa realizada, demostra que a educação,

como uma prática social, não pode restringir-se ser puramente teórica, sem

compromisso com a realidade local e com o mundo em que sua clientela está

inserida. A orientação ao educando precisa estar voltada para que possibilitem

para cada um, assumirem de forma efetiva, valores humanos com consciência

e responsabilidade. Percebe-se que agindo desta maneira, poderá ser feita a

transformação necessária da realidade em que cada um está inserido.

Assim, nota-se que a instituição escolar com a sua equipe possui

uma grande tarefa, de não deixar que o ambiente escolar seja meramente

espectador dos problemas sociais. Faz-se uso do exercício da cidadania

incluindo o ato educativo, sendo muito importante à participação ativa e

compromissada dos cidadãos.

Nesse sentido, conclui-se que para uma escola ser de qualidade,

precisa ter o objetivo de qualquer gestor comprometido. Portanto este deve

perseguir os objetivos propostos, refletido com uma efetividade social e, para

tanto, a escola deve ter seu projeto pedagógico. Fazer com que toda sua

estrutura e programas seja o melhor possível para seus alunos. Dispondo de

recursos que sejam físicos humanos e financeiros. Assim, todas as pessoas

envolvidas serão cumpridoras de seus objetivos éticos e sociais.

Quando a escola, os pais e a comunidade – de forma geral

conseguir se comunicar de forma integral, com certeza vários problemas

educacionais e até familiares serão sanados. Quando o educador e os pais

caminham com objetivo comum de formar um cidadão critico e atuante, aí sim

terão uma participação integral entre família e escola.

Qualquer um sempre tem algo para dividir, ensinar, compartilhar,

precisamos aprender a conviver com a diversidade de valores, crenças, raças,

e estamos aprendendo isto agora, esta é uma das vantagens do progresso, à

necessidade de nos unirmos, de nos conscientizar que somos agentes de

mudança e não mero espectador dos acontecimentos.

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Nesse sentido é necessário que família e escola se encarem,

responsavelmente, como parceiras, já que ambas são responsáveis pelo pela

formação e desenvolvimento das crianças e dos jovens, podendo reforçar ou

contrariar a influência uma da outra.

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO

AGRADECIMENTOS

DEDICATÓRIA

RESUMO

METODOLOGIA

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 8

CAPITULO I 10

1 A FAMÍLIA COMO INSTITUIÇÃO SOCIAL 10

1.1 CONCEITOS DE FAMÍLIA 10

1.1.1 As funções da família 14

1.2 A FAMILIA NO CONTEXTO ESCOLAR: UMA RELAÇÃO IMPORTANTE 17

1.2.1 A criança no contexto familiar 19

1.3 PAPEIS DOS PAIS NA EDUCAÇÃO ESCOLAR 20

1.3.1 Importâncias do acompanhamento dos pais na vida escolar dos filhos 23

CAPITULO II 25

2 REFLETINDO SOBRE A RELAÇÃO FAMÍLIA E ESCOLA 25

2.1 A ESCOLA NA VISÃO TRADICIONAL 25

2.1.1 Processos de ensino-aprendizagem: uma tarefa da escola e da família 28

2.1.2 O professor diante das novas instituições familiares 30

2.1.3 Como atrair os pais para a escola? 33

2.1.4 A relação família e escola 36

CAPITULO III 39

3 A REAL PARCERIA ENTRE ESCOLA E FAMÍLIA 39

3.1PARCEIRAS NO PROCESSO EDUCACIONAL DA CRIANÇA 39

3.1.1É PRECISO ENSINAR A AMAR 42

CONSIDERAÇÕES FINAIS 41

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS 44

WEBGRAFIA 46