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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO
Por: Luciana Morais Salcedo
Orientador
Prof. Flavio Souza
Rio de Janeiro
2013
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Planejamento Tributário.
Por: . Luciana Morais Salcedo
Rio de Janeiro
2013
AGRADECIMENTOS
O meu agradecimento é totalmente direcionado a todos que de uma
forma ou de outra me ajudaram a chegar ao final desta longa jornada, que é a
conclusão da Pós em Planejamento Tributário. Dificuldades foram superadas e
a vitória está sendo conquistada!
Agradeço muito a Deus por dar força a cada dia para superar
meus próprios medos e obstáculos, são tantos a agradecer, então deixo o
meu singelo muito obrigada!
”Recomeçar, não importa onde você parou, em que momento da vida
você cansou, o que importa é que sempre é possível e necessário
"Recomeçar".
(Paulo Roberto Gaefke)
“Voltarei triunfante, serei vitorioso e aqueles que me viram cair e
especularam minha derrota, me virão de pé como um grande vencedor, não
que eu os tenha que mostrar isso, mas porque o tempo se encarregará de
dizer-lhes o quanto sou forte mesmo quando sobre mim só há cinzas.”
(Renato S. Ferreira)
DEDICATÓRIA
.....Dedico a minha monografia da Pós de
Planejamento Tributário ao meu pai que
teria orgulho em ver a mulher que me
tornei a minha mãe que sempre esteve ao
meu lado em todos os momentos e ao
meu marido que hoje faz parte da minha
vida .......
RESUMO
Planejamento Tributário tem como objetivo visar e promover a difusão
de procedimentos amparados por lei, que venham a auxiliar os profissionais a
ampliar suas possibilidades de redução no recolhimento de seus impostos,
através de informações teóricas confiáveis e finalmente com um modelo
aplicado em uma situação real, o que irá nos garantir uma visão do todo. Um
estudo sobre os três regimes de tributação: Lucro Real, Lucro Presumido, e
Simples Nacional. Dentre essas modalidades o estudo buscou a forma menos
onerosa para a tributação empresarial. Com a elevada carga tributária em
nosso país e a falta de planejamento tributário algumas empresas acabam por
pagar um valor elevado de impostos, pois o planejamento tributário deixou de
ser uma vantagem e passou a ser uma questão de sobrevivência para as
empresas. A escolha do regime tributário e seu enquadramento é que irão
definir a incidência e a base de cálculo dos impostos federais. No Brasil são
três os tipos de regimes tributários mais utilizados nas empresas, nos quais
estas podem se enquadrar de acordo com as atividades desenvolvidas:
Convém ressaltar que cada regime tributário possui uma legislação própria que
define todos os procedimentos a serem seguidos pela empresa a fim de definir
um enquadramento mais adequado. E com isso ela conseguir o êxito no fato de
pagar menos imposto.
Palavras - chave: tributos; regimes de tributação; planejamento tributário
METODOLOGIA
O trabalho foi todo baseado em estudos bibliográficos que ressaltam a
importância de se ter um bom planejamento tributário dentro das organizações
para maior obtenção de lucro.
No estudo abordamos os três tipos de planejamento: Lucro Real, Lucro
Presumido, e Simples Nacional, permitido no Brasil, explicando qual a
empresa que pode optar por ter este regime de tributação dentro do seu
contexto organizacional. Abordou-se o assunto de se explicar o que vem a ser
tributos , elisão e evasão fiscal para se ter o conhecimento sobre o tema
abordado.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...................................................................................................09
CAPÍTULO I
Planejamento Tributário...................................................................................10
CAPÍTULO II
Carga Tributária................................................................................................18
CAPÍTULO III
Tipos de Planejamento.....................................................................................22
CONCLUSÃO....................................................................................................30
BIBLIOGRAFIA..................................................................................................31
ÍNDICE...............................................................................................................33
9
INTRODUÇÃO
Podemos entender como planejamento tributário que tendo como
objeto os tributos e seus reflexos na organização, visa obter economia de
impostos, adotando procedimentos estritamente dentro dos ditames legais. O
planejamento tributário é na verdade a atividade empresarial estritamente
preventiva, que tem como fator de análise o tributo e visa identificar e projetar
os atos e fatos tributáveis e seus efeitos, comparando-se os resultados
prováveis, para os diversos procedimentos possíveis, de tal forma a possibilitar
a escolha da alternativa menos onerosa,sem extrapolar o campo da licitude.
O caráter preventivo do planejamento tributário decorre do fato de não
se poder escolher alternativas senão antes de se concretizar a situação. Após
a concretização dos fatos, via de regra, somente se apresentam dual
alternativas para o sujeito passivo da relação jurídico-tributária: pagar ou não
pagar o tributo decorrente da previsão legal descrita como fato gerador. A
alternativa de não pagar se caracterizará como prática ilícita, sujeitando-se a
empresa à ação punitiva do Estado, caso este venha a tomar conhecimento
de tal prática.
O Brasil sofre com a alta carga tributária, visto que é uma das mais altas
do mundo. O planejamento tributário é um conjunto de sistemas legais que
visam diminuir o pagamento de tributos e surgiu como ferramenta para que o
contribuinte possa diminuir o exorbitante valor pago de tributos e aumentar seu
lucro. Sabemos que os tributos (impostos, taxas e contribuições) representam
importante parcela dos custos das empresas, senão a maior. Com a
globalização da economia, tornou-se questão de sobrevivência empresarial a
correta administração do ônus tributário. A evolução tecnológica e econômica
vem exigindo cada vez mais de seus profissionais a minimização de custos e
despesas e consequentemente a maximização dos lucros. O planejamento
tributário caracteriza-se como um dos principais agentes para o sucesso ou
não de uma empresa, pois a complexa e elevada carga tributária no Brasil,
10
dificulta e interpretação dos empresários e contadores assim como as inúmeras
alterações dificultam também de se atualizarem. Aos profissionais da
Contabilidade cabe contribuir com sua participação na geração de informações
que possam dar suporte aos administradores nas tomadas de decisões, na
continuidade dos empreendimentos, pois conhecendo a legislação tributária, o
cenário fiscal e a natureza do negócio, deve promover ações que permitam
licitamente reduzir ou até eliminar tributos, e dessa forma proteger e
desencaixe das empresas.
A elisão fiscal é um meio lícito podendo se aproveitado encontrar
brechas da legislação para tornar a carga tributária menos onerosa e menos
confusa no que se refere à evasão fiscal que é um ato ilegal (sonegação).
O objetivo do estudo é avaliar qual a melhor forma de diminuir, postergar ou
evitar a alta carga tributária no âmbito federal. Avaliando os três regimes
tributários: Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real mostrando a
importância nos resultados da empresa e como proceder a uma economia de
impostos por meios lícitos.
11
1. PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO
O Planejamento Tributário trata de uma maneira de se planejar a
redução de imposto sem uma empresa, o que deverá refletir positivamente ou
negativamente nos resultados. É uma ferramenta muito importante e que se faz
necessária em nossos dias devida à extrema competitividade que atinge
nossos empreendimentos. A atividade preventiva estuda o planejamento
tributário, inicialmente, a prioridade dos atos e negócios jurídicos que o agente
econômico (empresa, instituição financeira, cooperativa, associação e outros.)
pretende realizar. O “estudo feito preventivamente, ou seja, antes da
realização do fato administrativo, pesquisando-se seus efeitos jurídicos e
econômicos e as alternativas legais menos onerosas, denomina-se
Planejamento Tributário (FABRETTI, 2000, p. 30)”.
Sua finalidade é obter a maior economia fiscal possível, reduzindo a
carga tributária para o valor realmente exigido por lei. Portanto, devem-se
estudar e identificar todas as alternativas legais aplicáveis ao caso ou
existência de lacunas (“brechas”) na lei, que possibilitem realizar a operação
pretendida, da forma menos onerosa possível para o contribuinte, sem
contrariar a lei. Há alternativas legais válidas para grandes empresas, mas que
são inviáveis para as médias e pequenas, dado o custo que as operações
necessárias para execução desse planejamento podem exigir. A relação
custo/beneficio deve ser muito bem avaliada. Não há mágica em planejamento
tributário, apenas alternativas, cujas relações custo/benefício variam muito em
função dos valores envolvidos, da época e do local.
O planejamento tributário é conhecido também por "engenharia
tributária" e se constitui de uma série de procedimentos como formas de
economia de impostos, baseado na premissa, segundo Malkowski (2000, p.41-
42).
12
Além do mais, percebemos nos dias de hoje que a elevada carga
tributária seja forazmente combatida com medidas judiciais efetivas. E, para
isso, o recurso de planejamento tributário tem sido indicado, em cada caso
concreto, sinópse dos principais pontos jurídicos que devem ser atacados seja
porque presentes vícios de inconstitucionalidade ou de ilegalidade.
Entretanto, salvo poucas exceções, as decisões favoráveis a um
contribuinte não aproveitam a todos os demais, daí porque o êxito deve ser
perseguido sempre individualmente. Daí que mesmo as disputas solucionadas
em favor dos contribuintes não produzem efeitos práticos senão para aqueles
que assumiram os custos da tese judicial. Impressiona a quantidade de
demandas nessa condição, cujas teses, apesar de juridicamente imbatíveis,
são totalmente ignoradas pelos demais contribuintes.
Para o governo que assume a inconstitucionalidade ou ilegalidade
baseado na constatação de que poucos contestarão e o seu ganho reside
justamente na omissão da imensa massa de contribuintes, não há razão mais
convincente para prosseguir com sua postura aética e desleal! Constatação
inevitável, são os contribuintes pois, que estimulam os governos a agirem como
agem.
É evidente que a sociedade empresarial aprenderam alguma coisa com
essa experiência. Muitos se tornaram tão temerosos de sofrer derrota que
preferiram os elevados custos tributários a assumir os custos de uma disputa
judicial. Outros decidiram-se pela via menos aconselhável: deixar de recolher o
tributo ou simplesmente sonegar!
O planejamento deve, contudo, ser cercado de algumas considerações -
e essas não se aprendem na escola de Direito, Economia, Administração,
Contabilidade ou qualquer outra:
1º) Não há um planejamento universal; cada situação concreta demanda
exame dos detalhes somente a ela peculiares;
13
2º) Em decorrência da 1ª consideranda, não é possível planejar sem conhecer
as peculiaridades de cada caso concreto porque um dado planejamento pode
funcionar numa circunstância e não noutra;
3º) Decorrência da 2ª consideranda, não há planejamento que deva ser
descartado assim como não o há que deva ser acolhido sem antes medidos os
seus efeitos, o que pressupõe a elaboração de cálculos e apuração quantitativa
desses efeitos em cada variável apresentada a fim de se permitir optar por
aquela capaz de exibir melhor resultado;
4º) Decorrência da 3ª consideranda, até mesmo para poder ser descartado, os
custos do planejamento devem ser encarados pelo empresário como um
investimento que lhe pode trazer consideráveis resultados, razão pela qual
deve ser adotado como prática recorrente na gestão empresarial;
5º) Decorrência da 4ª consideranda, qualquer planejamento tributário pode e
deve assumir como viável a constituição, fusão, incorporação, cisão normal ou
"branca" ou mesmo extinção de empresas, donde poder concluir que a maioria
dos planejamentos tributários traz subjacente o planejamento societário.
Esse tema é bastante oportuno nesse momento em que o governo,
agindo como Robin Hood, tira de uns para distribuir para outros, comprovando
que isso só é possível porque a reforma tributária, longe de ter efeito neutro
como apregoou, aumentou violentamente a carga fiscal.
Notável que os tributos incidentes sobre o faturamento vieram com o
tempo a onerar muito mais pesadamente as empresas do setor terciário
(serviços), cujo segmento econômico é que mais cresce no Brasil e no mundo
moderno, bancando, em grande medida, a reforma tributária.
Para conseguir isso, apenas para citar algumas das medidas
implementadas, nesses últimos tempos o governo aumentou a COFINS de 3%
para 7,6%; aumentou de 12% para 32% a base-de-cálculo da CSLL das
empresas prestadoras de serviços optantes pelo lucro presumido; instituiu a
14
cobrança do PIS/COFINS-Importação; obrigou os contribuintes a depositar em
suas contas-correntes todos os cheques recebidos, drenando para o Tesouro
mais CPMF.
E, em contrapartida, ofereceu um redutor de R$ 100,00 na tabela de IR-
Fonte; instituiu uma conta-investimento isentando da CPMF investimentos
financeiros que transacionem por essa conta; isentou alguns itens da cesta
básica do PIS/COFINS, etc.
Portanto, o planejamento tributário dentro desse contexto deve ser visto como
uma questão de sobrevivência, não se esquecendo que ele não afasta, em
absoluto, a viabilidade da via judicial, devendo ser muitas vezes conduzido
juntamente com ela.
Se o empresário baseia seu êxito no planejamento industrial, mercadológico (o
que incluiu comercial e políticas de divulgação) e financeiro, porque haveria de
omitir-se quanto ao planejamento tributário?
1.2 Objetivo do Planejamento Tributário
O Planejamento tributário, em tese, está diretamente ligado à
lucratividade e à realidade proporcionada pela possível redução de impostos,
no entanto, há o entendimento de que os procedimentos lícitos que
proporcionem uma menor carga tributária influenciam na formação do preço de
venda de mercadorias.
Os objetivos do planejamento tributário estão evidenciados para:
a) - Evitar a incidência do tributo – nesse caso adotam de procedimentos
com o fim de evitar a ocorrência do fato gerador.
15
b) - Reduzir o montante do tributo – as providências serão no sentido de
reduzir a base de cálculo ou alíquota do tributo;
c) - Retardar o pagamento do tributo – o contribuinte adota medidas que
têm por fim postergar o pagamento do tributo, sem ocorrência da multa.
O objetivo primordial do planejamento visa a redução ou transmissão do
ônus econômico dos tributos, podendo igualmente ocorrer situações em que o
ônus não provém diretamente da obrigação tributária principal, e sim dos
deveres fiscais acessórios, a manutenção de escrituração contábil, a
apresentação de documentos.
1.2.1 - CRÉDITO DE PIS/COFINS
Entretanto, as empresas cujos custos principais estão baseados na mão-
de-obra, por exemplo, poderiam encontrar solução para seu martírio na
constituição de outra empresa na qual essa mão-de-obra poderia ser alocada,
prestando-lhe serviços, cujas despesas seriam então admitidas como crédito
do PIS/COFINS para aquela que contrata tais serviços, conquanto enquadrada
na não-cumulatividade.
1.2.2 - OPÇÃO PELO LUCRO PRESUMIDO
A opção pelo lucro presumido somente quando custos e despesas não
ultrapassam determinado percentual da receita bruta era uma verdade assente
e incontestável até a instituição do PIS/COFINS não-cumulativo.
A partir daí a vedação à opção pela não-cumulatividade para as
empresas tributadas pelo lucro presumido passou a constituir fato novo,
variável preponderante a pesar na decisão quanto à adoção do regime de
tributação pelo IRPJ, a qual veio a exigir cuidadoso planejamento conduzido
em cada caso concreto.
16
Estamos dando aqui apenas pálidos exemplos de possibilidades que
podem se viabilizar em ganhos estrondosos para a empresa e, com efeito,
resultados para os sócios, alertando para o fato de que quanto mais complexo
o empreendimento, maiores as possibilidades de planejar e obter ganhos.
PIS/COFINS não são, obviamente, os únicos tributos merecedores de
planejamento. É que nos tempos atuais em que consomem, sozinhos, 9,25%
do faturamento bruto, percentual muitas vezes maior que o próprio lucro, total
atenção para eles é ainda muito pouco!
1.2.3 CLASSIFICAÇÃO TARIFÁRIA (IPI)
Para onde quer que se olhe, oportunidades de planejamento podem
estar visíveis na empresa ou escondidas dentro das etapas operacionais que
constituem o empreendimento. Até a classificação fiscal oferece oportunidade
de planejamento ao possibilitar o enquadramento de um dado produto numa
alíquota menor do IPI, em relação àquela praticada pelos concorrentes. Quanto
casos já vimos de empresas ganharem fatias expressivas do mercado com
fundamento em seus preços que se tornaram imbatíveis após adotada a prática
de manter os custos tributários sob estreito controle.
1.3 Tributos
Os tributos surgem há séculos atrás. Inicialmente eram dados aos
deuses como presentes, em gratificação aos pedidos alcançados. Com o
passar dos anos, o tributo passa a ser obrigação. Atualmente o tributo é um
direito do Estado, pois assim ele pode exercer o seu Planejamento Tributário:
economia legal de recursos para as empresas.
papel de Estado de Direitos, transformando esses valores arrecadados em
obrigações sociais, como escola, hospitais, etc.
A primeira preocupação do legislador foi de estabelecer que se trata de
17
prestação pecuniária, ou seja, é através dela que o estado arrecadaria fundos
para manutenção da máquina administrativa e a conseqüente execução de
suas atividades.
O art. 3° do CTN – Código Tributário Nacional conceitua tributo:
Tributo é toda prestação pecuniária, compulsória em moeda ou cujo valor
nessa possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e
cobrado mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
O tributo é a obrigação imposta aos indivíduos e pessoas jurídicas de
recolher valores ao Estado, ou entidades equivalentes, É vulgarmente
chamado por imposto, embora tecnicamente este seja mera espécie dentre as
modalidades de tributos.
1.4 AS ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS
No Brasil adota-se o princípio da estruturalidade orgânica do tributo, pelo
qual a espécie tributária é determinada pelo seu fato gerador, sendo irrelevante
o nome atribuído ao tributo ou a destinação de suas receitas.
Com base na doutrina mais aceita no Brasil, podemos afirmar que as
espécies tributárias que compõem o sistema tributário brasileiro, são cinco:
impostos, taxas, contribuições de melhoria, contribuições especiais e
empréstimos compulsórios.
1.4.1 IMPOSTO. É o tributo que tem como fato gerador uma situação
independente de qualquer atividade estatal específica relativa ao contribuinte
(Art. 16 do CTN). Em outras palavras, imposto é o tributo que não está
vinculado a uma contraprestação direta a quem o está pagando. As receitas de
impostos não são destinadas a custear obras ou serviços em prol de quem os
paga, mas sim para serem utilizadas para custear as despesas gerais do
estado, visando promover o bem comum.
18
1.4.2 TAXA. É o tributo que pode ser cobrado pela União, Estados, Distrito
Federal ou Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, que tem
como fato gerador, o exercício do poder de polícia ou a utilização efetiva ou
potencial, de serviço público específico e divisível prestado ao contribuinte ou
posto a sua disposição (Art. 77 do CTN). As taxas são tributos vinculados, logo
o poder público faz alguma coisa em favor do contribuinte. Quando a cobrança
é em razão do poder de policia, o estado fornece em geral um documento cuja
exigência está prevista em lei, podendo ser um alvará de funcionamento de um
estabelecimento, um passaporte para viajar para o exterior, um documento de
identidade etc. ou ainda pode ser a prestação de um serviço específico e
divisível tal como a coleta de lixo urbano ou manutenção de redes de esgotos
sanitários.
1.4.3 CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA. É o tributo cobrado pela União,
Estados, Distrito Federal e Municípios, no âmbito de suas respectivas
atribuições, com o objetivo de fazer face ao custo de obra pública de que
decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e
como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada
imóvel beneficiado (Art. 81 do CTN).
Conclui-se que a Contribuição de Melhoria, também é um tributo vinculado,
pois depende para ser cobrada, de uma ação estatal específica , uma
contraprestação, relativamente ao contribuinte. Esta ação é a realização de um
obra pública de que decorra valorização do imóvel do contribuinte
19
2. CARGA TRIBUTÁRIA
O contribuinte, atualmente, convive com uma alta carga tributária e uma
forma muito difícil de administrar esses impostos. As empresas convivem com
59 (cinqüenta e nove) tributos dentre taxas, contribuições e tarifas e 93
(noventa e três) obrigações acessórias que tem de serem cumpridas para
efetivar os pagamentos dos tributos. Toda esta burocracia consome em media
1% (um por cento) sobre a receita bruta anual das empresas, somente com
o preenchimento de guias, acompanhamento de mudanças e arquivos de
documentos.
Quando falamos em pessoas físicas e não mais empresas, o numero de
impostos cai,porém em número menor. São 38 impostos, taxas e contribuições
pagas pela media dos brasileiros. A dificuldade em entender a extensa e vasta
legislação tributária e a alta carga contribui para o aumento da sonegação,
levando o governo a criar novas maneiras de controlar os tributos através de
declarações assessorias aumentando assim a luta contra a sonegação.
2.1 Elisão Fiscal
Elisão fiscal, termo definido para o Planejamento Tributário se faz um ato
lícito, com o objetivo de maximizar os lucros, diminuindo o valor dos impostos a
serem pagos a união. A elisão fiscal representa a execução ou elaboração de
procedimentos, antes do fato gerador, legitimo, ético, para reduzir ou eliminar a
obrigação tributária, dando legitimidade ao planejamento tributário, surgindo as
brechas encontradas na legislação.
Pode-se afirmar então que a doutrina nacional considera a elisão fiscal
como o procedimento que, antes da ocorrência do fato gerador, evita que este
ocorra ou então que ocorra de maneira mais econômica. A elisão fiscal
legítima é uma ação “em momento precedente [..,], onde o agente licitamente
20
visa a evitar, minimizar ou adiar a ocorrência do fato gerador, que daria origem
a obrigação tributária".(OLIVEIRA, 2009, p. 189).
Já na contramão da elisão fiscal, a evasão consiste em prática ilegal,
que geralmente é cometida após a ocorrência do fato gerador buscando a
minoração ou até mesmo a ocultação da carga tributária, e as condutas ilícitas
mais praticadas são:
I - omitir informações ou prestar declaração falsa a Receita federal;
II - fraudar fiscalização tributária inserindo ou omitindo operações de
natureza em livro ou documento exigido pela Lei fiscal; e
III - falsificar ou alterar nota fiscal - “nota caução”.
Observa-se que a elisão fiscal é a busca pelas diversas nuances que
levam a melhor decisão de regime tributário, dentre as várias formas legais
podemos sumariamente citar dois mecanismos:
-Impedir ou retardar a ocorrência do fato gerador da obrigação;
-Reduzir o montante do imposto devido, através da diminuição da base
de cálculo.
Na primeira situação, uma forma simples de como retardar licitamente a
ocorrência do fato gerador, seria o prestador de serviço (Administrador ou
Advogado) que ao receber a autorização de faturamento de seu serviço no
último dia do mês, ao invés de emitir a nota fiscal imediatamente, emiti-a no
início do mês seguinte, postergando com isso o recolhimento dos tributos
incidentes no faturamento, em um mês e não infringindo nenhuma norma legal.
Na segunda, um bom exemplo é o caso de contribuinte que, tendo a
opção de apurar o IRPJ pelo lucro presumido, pelo lucro real, ou até mesmo se
manter como profissional liberal com regime tributário abarcado pela tributação
da pessoa física-IRPF, através e livro caixa e carnê leão, analisa
21
detalhadamente a situação e depois decide pela sistemática que representa o
menor desembolso, sendo esta o mecanismo de maior uso pelos contribuintes.
Ainda dentro da segunda modalidade, um fator importante de redução
de base de cálculo, é quando do fechamento da negociação de preço dos
serviços, relativamente à parte que trata das despesas inerentes aos serviços
que poderão ser ressarcidas pela contratante, tais como diárias de hotéis,
materiais de expediente, deslocamentos, lanches, refeições e outros. Se esses
valores forem recebidos como pagamento da prestação de serviços,
obviamente serão computados para oferecimento à tributação. Portanto, é
importante dimensionar esses valores antes da negociação, para que estes
possam ser ressarcidos ao invés de pagos como receita de serviços.
Contudo, compete aos contribuintes, através da orientação sagaz de
profissionais especializados, aconselham-se bacharéis em contábeis, para
definirem seu negócio da melhor forma como lhe convier, buscando a
diminuição dos custos de seu empreendimento, inclusive dos impostos, pois se
a constituição definida é jurídica e atendendo às tratativas exigidas pela lei, aos
órgãos fazendários competem acatá-la.
A busca de menores gastos e desembolsos no empreendimento é
questão primaria para a sobrevida de qualquer atividade, sendo a análise
correta do melhor regime tributário fator importantíssimo, haja vista a alta carga
que os impostos no Brasil imprimem.
É notório que a licitude esta presente em todos os conceitos de elisão
tributaria, uma vez transgredida a lei, o que era elisão será considerada
evasão, não sendo mais considerado um comportamento licito.
22
2.2 Evasão Fiscal
Evasão fiscal é a forma que inflige a lei, esta forma é realizada após a
ocorrência do fato gerador da obrigação tributária, consistindo em ação dolosa
ou intencional, ocultando ou reduzindo fatos e informações de forma a diminuir
o montante a ser recolhido para a União. A evasão causa enormes prejuízos ao
governo e a sociedade como um todo.
A evasão fiscal provém de artifícios dolosos nos quais o contribuinte, em
afronta à legislação, reduz sua carga tributária, o que é entendido,
acertadamente, como sonegação, pelos auditores da fazenda pública. A
evasão fiscal, ou sonegação, como é comumente conhecida, é um problema
tão antigo quanto os impostos em si. Sua ocorrência traz fortes implicações
para o funcionamento do sistema tributário e da economia como um todo, além
de ser um dos principais problemas que as administrações tributárias
enfrentam. Tal fenômeno afeta a eficiência econômica, reduz a equidade
tributária e compromete as ações de política econômico-tributária.
Portanto, controlar os níveis de evasão fiscal deve ser um dos principais
objetivos das autoridades tributárias. No entanto, fazer com que os
contribuintes paguem corretamente os tributos é uma tarefa bastante árdua,
dados os limites estruturais da economia, os diversos incentivos à atividade de
sonegação e, em alguns casos, a aceitação deste comportamento.
Linha divisória entre a elisão e a evasão é muito tênue e até mesmo
confusa. Distinguir uma da outra é tão difícil quanto defini-las. O denominado
"planejamento tributário" alardeado por muitos, na mídia impressa, é em
verdade, um instrumento de dificílima execução, que não raras vezes resvala
na ilegalidade, pois possui uma área de atuação extremamente limitada. O
verdadeiro planejamento fiscal deve circunscrever-se ao campo da estrita
legalidade, isto é, da elisão fiscal.
23
Concluindo, temos que o planejamento tributário realizado com base na
elisão fiscal é uma prática legal que pode reduzir ou postergar o pagamento
de tributo ou até mesmo evitar sua incidência. Entretanto, a adoção da evasão
fiscal, representa a utilização de práticas ilícitas e ilegais que podem ser
penalizadas pelo Fisco por constituírem infrações à legislação tributária.
3. TIPOS DE TRIBUTAÇÃO NO BRASIL PARA UM PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO
A entidade econômica tributa seu faturamento ou seu resultado, tendo como
variável a obrigatoriedade expressa na lei, que obriga em obedecer à
determinada modalidade de tributação, ou, caso a lei não determine, a entidade
poderá optar pela modalidade de tributação que resulte menor desencaixe
monetário.
3.1 SIMPLES NACIONAL – Super Simples
O Simples Nacional que substituiu o Simples Federal, surgiu para amenizar os
tributos imposto pelo governo, das micro e pequenas empresas, pois o sistema
tem regras diferenciadas para ambas. “O levantamento de balancetes e
balanços de forma adequada, reduzindo a insegurança e os prejuízos que
podem ser acarretados pela falta de registro de seus direitos e obrigações.”
(PÊGAS, 2010, p.579)
Entrou em vigor, no dia 01 de julho 2007, o Simples Nacional, um regime
tributário diferenciado que unifica e simplifica a arrecadação de oito impostos e
contribuições federais, estaduais e municipais, instituído pelo Estatuto Nacional
das Micro e Pequenas Empresas (Lei Complementar n. 123/2006) O Simples
Nacional, também conhecido com Super Simples, implica no recolhimento,
24
mediante um único documento de arrecadação (DAS), dos seguintes impostos
e contribuições: IRPJ, PIS, COFINS, IPI, CSLL, INSS, ICMS e ISS.
Os limites máximos de receita bruta anual para enquadramento no Simples
Nacional previstos na LC n° 123/2006 atribuem às:
Microempresa (ME): R$ 240.000,00 e Empresa de Pequeno Porte (EPP): R$
2.400.000,0010.
Simples Nacional ou Supersimples - é um Sistema de Recolhimento de
Tributos federais, estaduais e municipais de forma englobada, que visa
favorecer a implantação e desenvolvimento das Microempresas e Empresas de
Pequeno Porte
ME – Pessoa Jurídica ou Equiparada, que obtém em cada ano-calendário,
receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00;
EPP - pessoa jurídica que obtém em cada ano-calendário, receita bruta
superior a R$ 360.000,00 e igual ou inferior a R$ 3.600.000,00.
3.1.1 Podem optar pelo Simples Nacional
Na condição de Microempresa, aqueles que tiveram no ano anterior ao
enquadramento, receitas brutas em montante igual ou inferior a R$ 360.000,00;
Na condição de Empresa de Pequeno Porte, aqueles que auferiram no ano
anterior ao enquadramento receitas brutas em montante igual ou inferior a R$
3.600.000,00;
3.1.2 Impedimentos
• Obter receita bruta anual acima de R$ 3.600.000,00
• Ter pessoa jurídica como participante do seu capital;
25
• Ser filial, sucursal, agência ou representação de pessoa jurídica com
sede no exterior;
• Ter como sócia com mais de 10% (dez por cento) do capital, pessoa
inscrita como empresário ou que seja sócia de outra empresa também
enquadrada no Simples Nacional ou não, quando o somatório das
receitas brutas ultrapasse o limite para enquadramento;
• Ter sócio ou titular que seja administrador de outra pessoa jurídica de
fins lucrativos, quando a receita global o limite para o enquadramento;
• Ser cooperativa, salvo se de consumo;
Ser participante do capital de outra pessoa jurídica;
• Ser instituição financeira, de previdência complementar, corretora ou
distribuidora de título, valores mobiliários e câmbio;
• Ser resultante ou remanescente de cisão ou de qualquer outra forma de
desmembramento de pessoa jurídica, ocorrida nos últimos 5 anos;
• Ser constituída sob a forma de sociedade por ações;
• Explorar a atividade de Factoring;
• Ter sócio domiciliado no exterior;
• Prestar serviços de Comunicação;
• Ser Geradora, transmissora, distribuidora ou comercializadora de
energia elétrica;
• Ser prestador de serviços de transporte intermunicipal e interestadual de
passageiros;
• Ser devedor do INSS ou das Fazendas Públicas nos três níveis, federal,
estadual ou municipal, quando a exigibilidade não estiver suspensa;
• Ser importador ou fabricante de automóveis e de motocicletas;
• Ter como participante do seu capital, entidade da administração pública
direta ou indireta, federal, estadual ou municipal;
• Ter como atividade preponderante a importação de combustíveis;
• Ser fabricante ou atacadista de bebidas alcoólicas, cigarros, armas e
outros produtos tributados pelo IPI com alíquotas ad valorem superiores
a 20% (vinte por cento);
• Dedicar-se a atividade de loteamento e à incorporação de imóveis;
26
• Prestar serviços de consultoria;
• Dedicar-se à atividade de cessão ou locação de mão-de-obra,
• Dedicar-se à prestação de serviços decorrentes do exercício de
atividade intelectual de natureza técnica, científica, desportiva, artística
ou cultural, que constitua profissão regulamentada ou não, bem como a
que preste serviços de instrutor, de corretor, de despachante ou
qualquer tipo de intermediação de negócios;
3.1.3 Base de Cálculo
Receita Bruta Mensal
O contribuinte deverá considerar, destacadamente (separadamente),
para fim de pagamento as receitas decorrentes da:
• revenda de mercadorias;
• venda de mercadorias industrializadas pelo contribuinte;
• prestação de serviços, bem como a de locação de bens móveis;
• venda de mercadorias sujeitas a substituição tributária;
• exportação de mercadorias para o exterior, inclusive as vendas
realizadas por meio de comercial exportadora ou do consórcio.
3.1.4 Alíquotas
Variáveis, dependendo do valor da receita bruta anual, conforme tabelas
apresentadas na lei
Créditos, incentivos e benefícios
Optantes do Simples Nacional não podem:
Apropriar ou transferir créditos relativos a impostos ou contribuições abrangidos
pelo Simples Nacional; utilizar ou destinar qualquer valor a título de incentivo
fiscal
27
3.2 - LUCRO PRESUMIDO
O Lucro Presumido é regime de tributação onde a base de cálculo é
obtida por meio de aplicação de percentual definido em lei sobre a receita
bruta. Como próprio nome diz, trata se de presunção de lucro, tendo para esse
regime, algumas vantagens relativas às obrigações acessórias, pois o fisco
federal dispensa as empresas enquadradas nesse regime da escrituração
contábil, desde que seja mantido o livro-caixa. As alíquotas encontradas para
base de cálculo conforme RIR/99 atribuem às vendas de mercadorias 8%,
sobre às revenda de combustível 1,6%, sobre o transporte de passageiros
16%, sobre prestação de serviços 32% As pessoas jurídicas que obtiverem
uma receita bruta total, no ano calendário, inferior a R$ 48.000.000,00
(Quarenta e oito milhões de reais), poderão optar pelo lucro presumido.
• Forma de Tributação Simplificada
• Regime de Competência ou de Caixa
3.2.1 Impedimentos
Estão impedidas de exercer a opção pelo regime de tributação com base no
lucro presumido, Por força do art. 46 da Lei 10.637, de 30 de dezembro de
2002, o artigo 14, inciso I, da Lei 9.718, de 1998 passa a vigorar com a
seguinte redação:
• I - cuja receita total, no ano-calendário anterior seja superior ao limite de
R$ 48.000.000,00 (quarenta e oito milhões de reais), ou proporcional
ao número de meses do período, quando inferior a 12 (doze) meses.”
• com atividades de instituições financeiras e assemelhadas, tais como
bancos comerciais, bancos de investimento e de desenvolvimento,
caixas econômicas, sociedades de financiamento e investimento,
sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras ou
28
distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de
arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros
privados e de capitalização e entidades de previdência privada aberta;
• que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de
serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito,
seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, compras
de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de
prestação de serviços (factoring) (Lei 8.981/95, art. 36, e Lei 9.430/96,
art. 58);
• que tenham lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do
exterior;
• que durante o ano-calendário tenha optado pelo pagamento do imposto
de renda e da contribuição social com base na estimativa;
• que, autorizada pela legislação tributária, queiram usufruir de
benefícios fiscais de isenção ou redução do imposto de renda.
3.2.2 Alíquotas
15% sobre a base de cálculo.
ADICIONAL
• 10% sobre a parcela do lucro presumido que exceder R$ 20.000,00
pelo número de meses do respectivo trimestre.
DEDUÇÕES DO IMPOSTO
• imposto de renda pago ou retido na fonte sobre receitas que
integraram à base de cálculo do imposto devido;
• imposto retido na fonte por órgãos públicos;
• imposto de renda pago sobre ganhos no mercado de renda fixa ou
variável;
Imposto de renda pago indevidamente em períodos anteriores;
29
3.3 - LUCRO REAL
O lucro real é a única forma de tributação em que o fisco exige a
apuração do resultado do lucro líquido apurado pela contabilidade no exercício
das empresas, ou seja, o “real” resultado, aquilo que realmente foi
movimentado.
“Lucro Real é o lucro líquido do período, apurado com observância das normas
das legislações comercial e societária, ajustado pelas adições, exclusões ou
compensações prescritas pela legislação do Imposto de Renda.” (SILVA, 2006,
p.01).
Lucro Real é o liquido do período-base de apuração ajustado pelas
adições, exclusões ou compensações previstas ou autorizadas pela legislação.
Sua determinação dever ser precedida da apuração do lucro líquido contábil de
cada período de apuração, com observância das disposições das leis
comerciais.
Lucro Real Trimestral, será apurado com observância da legislação comercial e
fiscal, e cada período de apuração trimestral será considerado definitivo.
As pessoas jurídicas tributadas pelo lucro real poderão determinar o lucro
com base no balanço anual levantado em 31 de dezembro ou mediante
levantamento de balanços ou balancetes intermediários mensais ou trimestrais
em conformidade com a Lei nº 9.430/96
3.3.1 PJ Obrigadas a apuração do Lucro Real
Estão obrigadas ao regime de tributação com base no lucro real, a partir de
1999, em cada ano-calendário, as pessoas jurídicas:
30
• cuja receita total, acrescida dos demais resultados e dos
ganhos de capital, no ano-calendário anterior, seja superior ao
limite de R$ 48.000.000,00, ou proporcional ao número de
meses do período, quando inferior a doze meses;
Instituições Financeiras
• Que tenham lucros, rendimentos ou ganhos de capital
oriundos do exterior;
• Que efetuou no ano calendário recolhimentos mensais no
regime de estimativa
• Que, autorizada pela legislação tributária, queiram usufruir de
benefícios fiscais de isenção ou redução do imposto de renda.
• Empresas de Factoring
31
CONCLUSÃO
Atualmente o mercado de trabalho, além de ser extremamente
competitivo e dinâmico, tem um custo muito elevado, principalmente para as
empresas brasileiras.
No Brasil, a carga tributária é bastante alta, o que faz com que as
empresas paguem um montante significativo de impostos sobre as suas
receitas. Em função disso, os empresários e profissionais envolvidos,
necessitam de alternativas rápidas e precisas para a redução de seus custos.
Para que obtenham sucesso em suas buscas, é necessário que sejam feitos
diversos estudos e análises das informações contábeis disponíveis nas
empresas, visando assim encontrar alternativas legais que venham maximizar
seus lucros.
Com relação aos regimes tributários, observou-se que, entre os regimes
existentes:
Lucro Real, Lucro Presumido e o Simples Nacional, em nossos dias
reduzir custos e despesas é indispensável, pois o mercado de trabalho é
extremamente competitivo. O planejamento tributário e um fator de
diferenciação para assegurar a competitividade e constitui uma forma
preventiva e legítima de economia na carga tributária, através de lacunas na lei
pode-se buscar alternativas na diminuição de impostos e tomadas de decisões,
que refletem positivamente nos resultados da empresa.
Com relação aos regimes de tributação vemos que cada empresa deve
ser analisada individualmente, cabendo uma profunda análise para a opção da
melhor tributação, determinando o sucesso ou fracasso dos negócios,
independente do porte da empresa.
32
BIBLIOGRAFIA
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BALEEIRO, Aliomar. Direito Tributário Brasileiro.11ª Ed. São Paulo: Forense -
1991
CADERNO DE PESQUISAS TRIBUTÁRIAS Nº 13. Tema: Elisão evasão fiscal.
São Paulo: Centro de Estudos de Extensão Universitária & Resenha Tributária,
1988.
FABRETTI, Láudio Camargo. Contabilidade Tributária. 6ª. Edição rev.
Atualizada. São Paulo, Atlas, 2000.
JARDIM, Eduardo Marcial Ferreira. Dicionário Jurídico Tributário. 3.ª ed. São
Paulo : Dialética, 2000.
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MALKOWSKI, Almir. Planejamento tributário e a questão da elisão fiscal. São Paulo: LED - Editora de Direito Ltda., 2000.
MACHADO, Hugo de Brito. Comentários ao Código Tributário Nacional - arts.
1º a 95. Volume I. São Paulo : Atlas, 2003.
MARTINS, Ives Gandra da Silva. Sistema Tributário na Constituição de 1988.
5.ª ed. São Paulo : Saraiva, 1998
33
OLIVEIRA, Gustavo Pedro de. Contabilidade Tributária. 3ª ed. rev. e
atualizada. São Paulo: Saraiva, 2009.
PÊGAS, Paulo Henrique. Manual de Contabilidade Tributária. 6ª edição - 2ª tiragem. Freitas Bastos Editora, 2009.
PÊGAS, Paulo Henrique Barbosa. Manual de Contabilidade Tributária. 7ª Ed.
Rio de Janeiro: Freitas Bastos editora – 2011
SILVA, J. Miguel; RODRIGUES, Agostinho Inácio. LALUR – Guia Prático de Escrituração do Livro de Apuração do Lucro Real 2006. 4. ed. São Paulo, Cenofisco, 2006
WWW.ibpt.com.br – Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário
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ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO..........................................................................................02
PENSAMENTO.................................................................................................03
AGRADECIMENTO..........................................................................................04
DEDICATÓRIA..................................................................................................05
RESUMO...........................................................................................................06
METODOLOGIA................................................................................................07
SUMÁRIO..........................................................................................................08
INTRODUÇÃO...................................................................................................09
1.PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO .................................................................10
1.2 Objetivo do Planejamento Tributário .......................................................13
1.2.1 – Crédito de PIS/COFINSgg.......................................................g......14
1.2.2 – Opção Pelo Lucro Pesumido................................................................14
1.2.3 Classificação Tributária (IPI)..................................................................15
1.3 Tributos.......................................................................................................15
1.4 Espécie de Tributos....................................................................................16
1.4.1 Imposto....................................................................................................16
1.4.2 Taxa .......................................................................................................17
1.4.3 Contribuição de Melhorias.....................................................................17
2. CARGA TRIBUTÁRIA...................................................................................18
2.1 Elisão Fiscal .............................................................................................18
2.2 Evasão fiscal...............................................................................................21
3. TIPOS DE PLANEJMAENTO.........................................................................22
3.1 Simples Nacional .......................................................................................22
3.2 Lucro Presumido ........................................................................................26
3.3 Lucro Real ..................................................................................................28
35
CONCLUSÃO ...................................................................................................30
BIBLIOGRAFIA..................................................................................................31
ÍNDICE...............................................................................................................34