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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
AVM – FACULDADE INTEGRADA
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
O MERCADO DIGITAL, AS NOVAS TECNOLOGIAS E SUAS
INFLUÊNCIAS NAS TOMADAS DE DECISÃO
Marcele Teixeira Barreto
ORIENTADOR: Prof. Jorge Vieira
Rio de Janeiro 2016
DOCUMENTO P
ROTEGID
O PELA
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EITO A
UTORAL
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
AVM – FACULDADE INTEGRADA
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Marketing. Por: Marcele Teixeira Barreto
O MERCADO DIGITAL, AS NOVAS TECNOLOGIAS E SUAS INFLUÊNCIAS NAS TOMADAS DE DECISÃO
Rio de Janeiro 2016
3
AGRADECIMENTOS
A Deus acima de todas as coisas, por ter me dado
força e não me deixar desistir no meio do
caminho, ao meu marido pelo apoio e aos meus
pais por sempre acreditarem em mim.
4
DEDICATÓRIA
Dedica-se aos meus pais pôr a todo tempo
sonharem os meus sonhos e caminharem lado a
lado, ao meu marido por toda a paciência.
5
RESUMO
No mundo onde vivemos a influência de novas tecnologias, tem
transformado a maneira que lidamos uns como os outros no dia-a-dia, desta
maneira vem o desafio para as empresas de se reinventarem e se
transformarem para também poder se comunicar e alcançar seu público alvo e
se fazer entender por seus clientes. A dinâmica de evolução do mercado
tecnológico é absurda, a cada segundo surge um novo aplicativo, uma nova
atualização ou uma nova notícia na rede. Nosso desafio é entender qual é o
papel e qual é a força que as novas tecnologias têm para oferecer no mercado
digital.
Fica à dica de que, com a transformação na maneira de se comunicar o
mercado consumidor também muda, pois vem fortemente influenciado por
novas mídias e suas ferramentas. A criança hoje vê o mundo de uma maneira
bem diferente de como seus pais o veem, desta maneira temos para nós a
pergunta: Como se adaptar a essas mudanças?
Embora vivamos em um mundo moderno, com um crescente mercado
tecnológico, observar a mudança no estilo de comunicação faz toda a diferença
para o sucesso de uma ferramenta. As mídias sociais geram influência tanto de
maneiras positivas, quanto negativas. Saber lidar com esses dados, pode
mudar por completo o foco de atuação das empresas.
6
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 07
CAPÍTULO I
Comunicação e suas Novas maneiras de Expressão 08
CAPÍTULO II
Era do Marketing Digital 17
CAPÍTULO III
Relacionamento Vs. Mobile Marketing 26
CONCLUSÃO 29
BIBLIOGRAFIA 32
ÍNDICE 34
7
INTRODUÇÃO
Segundo López (1986), uma das perguntas mais óbvias e nem por
isso mais fácil de responder, é a que se refere aos motivos que levaram o
homem a trabalhar. A resposta de que o faz para satisfazer suas necessidades
não resolve a questão, pois encerra outra pergunta: Quais são estas
necessidades?
Todo mundo concorda que os homens trabalham para satisfazer
suas necessidades. O desacordo começa a aparecer no momento em que se
procura concretizar quais são estas necessidades. É claro que os filósofos
trataram ampla e inteligentemente desse tema ao longo dos séculos, mas com
frequência suas elaborações serviram unicamente de base para formular
teorias, sem buscar com elas um direcionamento da ação prática. Entretanto,
ao denunciar situações reais em que certas necessidades ficavam insatisfeitas,
essas teorias se tornaram um elemento influente para provocar mudanças na
realidade. Nesse setor essencialmente prático que é o ambiente econômico
das empresas, tende-se a dar como certo que já sabemos o suficiente sobre as
necessidades humanas, através daquilo que o senso comum nos diz a
propósito do tema.
Na opinião de López, como as empresas dedicam-se à produção de
bens e serviços que satisfazem necessidades humanas, parece claro que, se
uma pessoa emprega seu esforço numa empresa, o faz para conseguir uma
parte destes bens e serviços, ou o seu equivalente em valor econômico. Se a
empresa funciona bem, será capaz de gerar suficiente valor econômico para
satisfazer os que contribuem com seu trabalho para gerá-lo.
8
CAPÍTULO I
COMUNICAÇÃO E SUA NOVA MANEIRA DE
EXPRESSÃO
A multiplicação dos meios de comunicação e o crescimento dos gastos
com a comunicação acabaram por substituir a mobilidade física?
Provavelmente não, pois até agora os dois crescimentos sempre foram
paralelos. As pessoas que mais telefonam são também as que mais encontram
outras pessoas em carne e osso. Repetimos: o aumento da comunicação e
generalização do transporte rápido participam do mesmo movimento de
virtualização da sociedade, da mesma tensão em sair de uma “presença”
(Lévy, 1996, p 23)
Essa citação nos remete a uma pergunta: para onde nos levará a
disseminação do uso da Internet, esse novo e incrível veículo, que ultrapassa
os limites da comunicação e da transmissão de informação? Ao mesmo tempo
em que a grande rede aproxima as pessoas, ligando-as, rompendo barreiras de
tempo e espaço, ela pode fazer com que essas pessoas percam contato físico.
Para Lévy, não há esse perigo. Vamos entender cada termo em questão.
Nos primórdios do mundo, surgiram as primeiras formas de
comunicação. Na busca, por ter seus desejos e necessidades atendidas, o
homem passou a interagir entre si para poder ser compreendido. Segundo o
dicionário Michaelis comunicação é uma palavra derivada do termo latino
"communicare", que significa "partilhar, participar algo, tornar comum".
Através da comunicação, os seres humanos e os animais partilham
diferentes informações entre si, tornando o ato de comunicar uma atividade
essencial para a vida em sociedade.
Desde o princípio dos tempos, a comunicação foi de importância vital,
sendo uma ferramenta de integração, instrução, de troca mútua e
desenvolvimento interpessoal.
Já o termo Marketing, em sentido estrito, é o conjunto de técnicas e
métodos destinados ao desenvolvimento das vendas, mediante quatro
possibilidades: preço, distribuição, comunicação e produto. Em sentido amplo,
9
é a concepção da política empresarial, na qual o desenvolvimento das vendas
desempenha um papel predominante.
Em inglês, market significa "mercado", e por isso o marketing pode ser
compreendido como o cálculo do mercado ou uso do mercado. O marketing
estuda as causas e os mecanismos que regem as relações de troca (bens,
serviços ou ideias) e pretende que o resultado de uma relação seja uma
transação (venda) satisfatória para todas as partes que participam no processo.
Apesar disso, marketing significa mais que vender, porque a venda é um
processo de sentido único. O marketing é um processo com dois sentidos. A
venda se apoia em ações de curto prazo. É uma atividade a médio e longo
prazo. O objetivo final é assegurar a obtenção do maior benefício possível. No
marketing são aplicados conhecimentos avançados a respeito da prospecção
de mercados e a sondagem de opiniões.
O marketing é uma filosofia: uma postura mental, uma atitude, uma
forma de conceber as relações de troca. É também uma técnica: um modo
específico de executar uma relação de troca (ou seja, identificar, criar,
desenvolver e servir a procura), desta maneira se pretende maximizar o
consumo, a satisfação do consumidor, a escolha e a qualidade de vida.
Em Administração de Empresas, Marketing é um conjunto de atividades
que envolvem o processo de criação, planejamento e desenvolvimento de
produtos ou serviços que satisfaçam as necessidades do consumidor, e de
estratégias de comunicação e vendas que superem a concorrência.
Segundo Philip Kotler, marketing é também um processo social, no qual
indivíduos ou grupos obtêm o que necessitam e desejam através da criação,
oferta e troca de produtos de valor com os outros.
O conceito de valor pode ser definido como todos os benefícios gerados
para o cliente em razão do sacrifício feito por este na aquisição de um produto
ou serviço. Oferecer ou agregar valor é um conceito diretamente relacionado
com a satisfação do cliente, um dos principais objetivos do marketing. O
conceito afirma que a tarefa mais importante da empresa é determinar quais
são as necessidades e desejos dos consumidores e procurar adaptar a
empresa para proporcionar a satisfação desses desejos.
10
A busca incessante por se fazer ouvir e exigir qualidade mudou a
maneira das empresas enxergarem seus clientes de maneira drástica. Apenas
satisfazer e encantar não são nos dias atuais, suficiente para manter seus
clientes, a concorrência foi elevando a outros patamares.
No mundo atual a troca de informação acontece de maneira instantânea,
a Internet saltou a patamares bem maiores a cada dia, as novas ferramentas
de comunicação expressão a nova maneira pelas quais as pessoas enxergam
e se sentem inseridas por esta nova realidade, os APP’s fazem parte a
linguagem do dia-a-dia, os emotions falam agora de sentimentos, o WhatsApp,
o Skype, Periscope, Snapchat, o Line, e tantos outros, já substitui o presencial
em muitos lugares do mundo. Online é real e nos padrões de hoje se faz cada
dia mais necessário.
1.1 Contexto Histórico de nossa sociedade digital
Se propor a falar de internet não poderia começar sem uma reflexão
sobre o passado e uma construção do cenário atual, a partir da evolução
possibilitada por todos aqueles pensadores que lutaram para defender
preceitos que hoje nos são comuns e imprescindíveis. Parafraseando o
astrônomo Carl Sagan, são bilhões e bilhões, não de estrelas, mas de páginas
na internet. Todas brilhando, não no céu, mas nas telas dos computadores do
mundo inteiro. Coloridas, vibrantes e únicas, disputam a atenção dos
astronautas do novo mundo – exploradores intrépidos em busca do
desconhecido em um novo universo – o dos internautas. Sites surgem do nada
e desaparecem no limbo do esquecimento cibernético a todo momento com a
mesma facilidade com que um garoto de nove anos cria um blog. Pela nossa
nova janela para o mundo, nossos monitores, a internet passa, e nós,
carolinas, não vemos o tempo passar.
Conrado Adolpho (2011) no seu livro usa a seguinte afirmação para o
surgimento da internet, “não foi simplesmente uma inovação disruptiva, mas
praticamente a personificação de um conceito bíblico de sermos todos um.”. A
internet nos une na medida em que delineia a cada “Bit” de nossa existência
cada vez mais baseada na era da informação. No livro Fora de sério “Outliers”
11
do autor Gladwell (2008) ele fala sobre pessoas que estavam na hora certa e
no lugar certo para o surgimento de novas possibilidades e o grande avanço
tecnológico.
Em meio a guerras de superioridades o avanço tecnológico surgiu para
que hoje pudéssemos fazer com que humanidade viesse vivenciar no último
século a construção da atual sociedade digital, baseada na eletrônica e nos
ativos intangíveis, dependente dos insumos de energia, telecomunicações e
tecnologia e o mais chocante de tudo um mundo, onde, muitas vezes a
realidade é deixada de lado para gerar o perigoso bem-estar de egos. Mas será
que teríamos chegado até aqui sem um papel forte do Estado na vida das
pessoas? Desde uma tribo indígena até as próprias redes sociais, os valores
são codificados em regras coletivas impostas a cada participante daquela
determinada comunidade.
Por definição entende-se que sociedade é:
Sociedade, s.f.
1. Conjunto de pessoas que vivem em estado gregário; corpo social.
2. Conjunto de pessoas que mantêm relações sociais; coletividade.
3. Estado dos animais que vivem normalmente em agrupamentos.
4. Relações entre pessoas; convivência
5. Associação (civil, comercial ou industrial); reunião
6. Local onde se reúnem os membros de uma agremiação; clube
7. Participação, parceria.
In Infopédia – Dicionário de Língua Portuguesa
http://www.infopedia.pt/pesquisa-global/sociedade
Porém esta definição é hoje insuficiente para nos referirmos à sociedade
contemporânea.
A sociedade deixou, portanto, de ser aquele conjunto físico de indivíduos
no momento em que se associou a ela o termo “digital”, ainda que este não
seja concretamente definível no tempo nem no espaço. Com este termo
surgiram uma serie de realidades dentro da realidade. Essas pequenas
realidades denominam-se por redes sociais que por sua vez nos convidam a
aceitar uma nova forma de socializar, uma forma que nos tira do anonimato e
12
que nos leva a uma invasão de privacidade consentida. Surgem novas formas
de circulação de informação, conhecimento e partilha do mesmo.
Poderia desdobrar vários elementos que caracterizam está “nova”
sociedade, mas a abordagem fica-se pelas redes sociais. Não digo apenas
pelas redes sociais pois estas acabam, hoje, por englobar quase tudo que nos
resta. Deixaram de ser apenas um meio para socializar, como já referi, para se
tornar num espaço de promoção individual e coletiva. Um mundo, quase real,
de oportunidades, onde se cruzam jornais, canais de televisão, rádios e artistas
das mais diversas áreas.
A circulação da informação nas redes além de se caracterizar pela sua
rapidez beneficia do facto de ser sintética, o que nos permite saber o que se
passa nos mais diversos pontos do globo sem grandes perdas de tempo.
É cada vez mais evidente na sociedade atual, denominada por alguns
autores de sociedade digital, que as relações entre as pessoas, entre as
pessoas e as empresas, entre as empresas e o mercado, entre a sociedade e a
regulamentação do Estado através da legislação e por fim, entre os países, que
a globalização acelerada e potencializada por um catalizador denominado
internet, produzirá uma internacionalização da informação que não se
restringirá a limites físicos nem fronteiriços entre as comunidades que buscam
a evolução cultural de seus membros e seus agrupamentos sociais, no
contexto da revolução informacional, portanto este artigo objetiva evidenciar
algumas conceituações que justifiquem o uso de novas terminologias utilizadas
por pesquisadores e pelo mercado, como a computação em nuvem, buscando
a inserção dos indivíduos nessa sociedade digitalizada permeada pelo papel
normatizado do Estado, sendo importante esclarecer aos leitores e despertá-
los a serem mais curiosos, desafiando-os a aprofundarem-se no exercício da
plena liberdade de busca da informação.
1.2 Criação da Internet
De acordo com o dicionário Houaiss, internet é “rede de computadores
dispersos por todo o planeta que trocam dados e mensagens utilizando um
protocolo comum”. Ela nasceu no final dos anos 1960, em plena Guerra Fria,
13
graças à iniciativa do Departamento de Defesa americano, que queria dispor de
um conjunto de comunicação militar entre seus diferentes centros. Uma rede
que fosse capaz de resistir a uma destruição parcial, provocada, por exemplo,
por um ataque nuclear.
Para isso, o pesquisador Paul Baran concebeu um conjunto que teria
como base um sistema descentralizado. Esse cientista é considerado um dos
principais pioneiros da internet. Ele pensou em uma rede tecida como uma teia
de aranha (web, em inglês), na qual os dados se movessem buscando a
melhor trajetória possível, podendo “esperar” caso as vias estivessem
obstruídas. Essa nova tecnologia, sobre a qual também se debruçaram outros
grupos de pesquisadores americanos, foi batizada de packet switching, “troca
de pacotes”.
Em 1969, a rede ARPAnet já estava operacional. Ela foi o fruto de
pesquisas realizadas pela Advanced Research Project Agency (ARPA), um
órgão ligado ao Departamento de Defesa americano. A ARPA foi criada pelo
presidente Eisenhower em 1957, depois do lançamento do primeiro satélite
Sputnik pelos soviéticos, para realizar projetos que garantissem aos Estados
Unidos a superioridade científica e técnica sobre seus rivais do Leste.
A ARPAnet a princípio conectaria as universidades de Stanford, Los
Angeles, Santa Barbara e de Utah. Paralelamente, em 1971, o engenheiro
americano Ray Tomlinson criou o correio eletrônico. No ano seguinte,
Lawrence G. Roberts desenvolveu um aplicativo que permitia a utilização
ordenada dos e-mails. As mensagens eletrônicas se tornaram o instrumento
mais utilizado da rede. A ARPAnet seguiu sua expansão durante os anos 1970
– a parte de comunicação militar da rede foi isolada e passou a se chamar
MILnet.
Outras redes, conectando institutos de pesquisas, foram criadas nos
Estados Unidos, Grã-Bretanha e França. Faltava estabelecer uma linguagem
comum a todas. Isso foi feito com o protocolo TCP/IP, inventado por Robert
Kahnet e Vint Cerf em 1974. A ARPAnet adotou essa padronização em 1976. E
assim começou a aventura da web com seu primeiro milhar de computadores
conectados. O afluxo de usuários engendrou um fenômeno de sobrecarga. Em
14
1986, uma nova rede foi lançada pela National Science Foundation. A ARPAnet
se juntou a ela quatro anos mais tarde.
Uma etapa decisiva foi superada em 1990 com a criação, por um
pesquisador do Conselho Europeu para a Pesquisa Nuclear em Genebra
(Cern), Tim Berners-Lee, do protocolo HTTP (Hyper Text Transfer Protocol) e
da linguagem HTML (Hyper Text Markup Language), que permitem navegar de
um site a outro, ou de uma página a outra. A World Wide Web (www) lançou
seu voo, e a internet se abriu ao público, empresas particulares e privadas.
Uma multidão de sites apareceu.
Com uma infraestrutura de comunicação teoricamente desprovida de
autoridade central, a internet, todavia, seria gerida de um contrato com o
governo americano, que havia financiado sua criação, e diversos órgãos que
assegurariam seu crescimento. Foi o caso da Internet Assigned Numbers
Authority (IANA), responsável pela gestão dos nomes dos domínios, o DNS
(Domain Name System). Graças a ele, os endereços IP, constituídos de uma
série de códigos (o endereço numérico atribuído a cada computador conectado
à rede) são traduzidos em letras que compõem nomes identificáveis e
memorizáveis.
Apesar de gerido pela IANA, o DNS sempre esteve sob controle do
Departamento de Comércio dos Estados Unidos. Em 1998, sua gestão foi
confiada a uma organização californiana de direito privado, a Internet
Corporation for Assigned Names and Numbers (Icann). Em 2009, os contratos
que ligavam a Icann ao Departamento de Comércio americano expiraram, e a
empresa passou a ter mais autonomia. Sua missão é assegurar, dos Estados
Unidos, a coordenação técnica do sistema de denominação. Deve promover
também a concorrência e garantir a representação global das comunidades na
internet. Os interessados em política mundial da rede podem participar de seus
trabalhos, por meio de fóruns acessíveis em seu site na web.
Esse controle técnico e administrativo da internet nos Estados Unidos
causa, porém, tensões internacionais. Desde 2003, a Organização das Nações
Unidas (ONU) reclama uma gestão “multilateral, transparente e democrática,
com a plena participação dos Estados, do setor privado, da sociedade civil e
das organizações internacionais”. Em 2006, em decorrência de tal demanda, foi
15
instituída uma estrutura de cooperação internacional, o Internet Governance
Forum (IGF). Mas essa instância tem apenas papel consultivo. Ela deve,
também, velar pela liberdade de difusão das inovações tecnológicas e ideias.
Uma questão essencial, pois a internet se baseia no princípio de neutralidade,
que exclui qualquer discriminação da fonte, destinatário ou conteúdo
transmitido na rede.
Em 2000, a Microsoft lançou o Internet Explorer 5 para Macintosh. Este
foi um marco muito importante, ele se tornou o navegador padrão instalado no
Mac OS nesse momento, e teve um razoável suporte às recomendações da
W3C também. Juntamente com o suporte decente do Opera para CSS e
HTML, isto contribuiu para um momento geral positivo, em que
desenvolvedores e web designers se sentiram confortáveis projetando sites
usando padrões web pela primeira vez.
A partir de 2006 também, começou uma nova era na Internet com o
avanço das redes sociais. Pioneiro, o Orkut ganhou a preferência dos
brasileiros. Nos anos seguintes surgiram outras redes sociais como, por
exemplo, Facebook, Twitter, Google Plus e Instagram.
Já em 2010, um novo serviço virou febre no mundo da Internet.
Conhecidos como sites de compras coletivas, eles fazem a intermediação entre
consumidores e empresas. Estes sites conseguem negociar descontos para a
venda de grande quantidade de produtos e serviços. Os consumidores
compram cupons com 50% de desconto ou até mais. Os sites que mais se
destacam neste segmento são: Peixe Urbano e Groupon.
Em 2014 foi aprovado (no Congresso Nacional e Senado) e sancionado
pela presidente Dilma Rousseff, o Marco Civil da Internet, após longo período
de debates e tramitação. Um dos principais pontos da lei é a implantação no
Brasil do princípio da "neutralidade da rede". Esta proíbe as empresas que
oferecem acesso à rede (operadoras de telefonia, por exemplo) de cobrarem
pelo tipo de conteúdo que o internauta (assinante) acessa.
16
Principais sistemas e aplicativos de Internet dos últimos anos:
- Segunda metade da década de 1990: ICQ (comunicador on line),
Messenger (comunicador on line), Ebay (espécie de mercado virtual), Google
(sistema de busca), Yahoo! (sistema de busca), Napster (troca de músicas),
Netflix (sistema de vídeos on line).
- 2002 - lançamento do Xbox Live: plataforma de jogos on line da
Microsoft, que usa a rede de Internet.
- 2003 - lançamento do Skype: para ligações telefônicas pela rede da
Internet.
- 2004 - lançamento de duas redes sociais: Orkut e Facebook.
- 2005 - lançamento do Youtube (sistema de compartilhamento de
vídeos pela Internet).
- 2006 - lançamento do Twitter (rede social voltada para a troca de
mensagens rápidas).
- 2009 - lançamento do WhatsApp (aplicativo de troca de mensagens,
fotos e vídeos por smartphone).
- 2010 - lançamento do Instagram (rede social de compartilhamento de
fotos).
- 2011 - lançamento do Snapchat (aplicativo para smartphone de troca
de mensagens, através de imagens).
- 2012 - lançamento do Tinder (plataforma voltada para encontrar
pessoas que buscam encontros românticos).
Acesso à Internet no Brasil (dados):
- Em 2014, 54,4% da população brasileira (acima de 9 anos) tiveram
acesso à Internet (fonte: Pnad 2014 - IBGE).
- Em 2014, 77,9% dos brasileiros (acima de 9 anos) acessaram a
Internet através de um aparelho smartphone.
17
CAPÍTULO II
ERA DO MARKETING DIGITAL
O objetivo deste capítulo é introduzir o conceito de Marketing Digital,
bem como as tecnologias e plataformas que servem de base para o seu
desenvolvimento.
Para introduzir o capítulo, é muito importante citar o livro “The Cluetrain
Manifesto”, obra apresentada em 1999 como 95 teses apresentadas em forma
de manifesto, que examina os impactos da internet nos consumidores e
organizações. Em 2009, o livro ganhou uma edição comemorativa dos 10 anos
do seu lançamento. E não foi à toa. A tese do livro tem se manifestado de
maneira expressiva em nossos dias, na última década por conta do
fortalecimento da internet o impacto causado dentro das mais diversas áreas
do Marketing foi demasiadamente expressiva. Veja algumas delas:
- A internet muda tudo;
- Mercados começaram como conversa. A internet transforma o Marketing em
conversa novamente;
- A internet subverte hierarquias;
- Empresas precisam adquirir senso de humor. Senso de humor envolve
humanidade, honestidade, valores e ponto de vista;
- As empresas estão como medo. O medo mantém as empresas longe de seus
consumidores. A internet força as empresas a adquirirem intimidade com seus
consumidores.
É muito interessante observar que a necessidade de se adquirir senso
de humor, declarada no manifesto, é uma das habilidades mais necessárias no
atual cenário digital devido á intimidade que esse ambiente traz entre
consumidor e empresa. Humildade, honestidade, valores e ponto de vista,
sempre foram necessários, mas hoje têm se tornado vitais as empresas que
pretendem atuar com sucesso nesse segmento.
Já Kotler (2000) no capítulo 1 de seu livro lança uma definição clássica
para Marketing, “atividade humana dirigida para a satisfação de necessidades
18
e desejos por meio do processo de troca”, a internet veio como peça chave
para gerar satisfação dos desejos de cada consumidor.
A proliferação de tecnologias e plataformas digitais oferece um cenário
fértil para as mais diversificadas ações de marketing. A possibilidade de
mensuração que o ambiente digital propicia também é uma vantagem enorme
em relação aos ambientes matérias, tangíveis. O digital permite sincronicidade,
no entanto para se utilizar está ferramenta com maestria, é necessário primeiro
conhecê-la. É aí que reside um dos maiores problemas da era digital, a
velocidade da informação, muitas vezes não nos possibilita conhecer o poder
que a ferramenta tem, pois, a velocidade da mudança supera o tempo que se
tem para conhecer todas as opções disponíveis no mercado, desta maneira
fica muito fácil se tornar obsoleto.
Enquanto até meados do século XX o ciclo de vida das tecnologias eram
maiores que o de vida humana (as pessoas nasciam e morriam, e a mesma
tecnologia estava lá – carro, avião, rádio, telefone, etc.) hoje o ciclo de vida das
tecnologias é muito menor que o de vida humana. Desta forma em poucos
anos vemos ocorrer mudanças profundas na sociedade decorrentes das
mudanças tecnológicas.
2.1 O que é Marketing digital?
Antes de adentrar especificamente no marketing digital é necessário
entender o marketing puramente em si, onde segundo Peter Drucker, um dos
principais teóricos da Administração, citado por Kotler e Keller (2006, p. 4)
define que:
Pode-se considerar que sempre haverá a necessidade de vender. Mas o objetivo do
marketing é tornar supérfluo o esforço de venda. O objetivo do marketing é conhecer e
entender o cliente tão bem que o produto ou serviço seja adequado a ele e se venda
sozinho. Idealmente, o marketing deveria resultar em um cliente disposto a comprar. A
única coisa necessária então seria tornar o produto ou o serviço disponível.
O tradicional marketing, cujas principais teorias podem ser encontradas
nos livros de Kotler, Peter Drucker, entre outros respeitáveis, está mudando
19
radicalmente. O que está acontecendo na verdade é uma mudança de
paradigma, pois o conceito de marketing e suas teorias continuam atuais,
porém, com o advento da tecnologia, o mercado encontra-se em mutação,
criando novas tendências para o marketing. O autor Torres (2009, p. 45) prova
este conjunto dizendo que:
Quando você ouve falar de marketing digital, publicidade on-line, marketing web,
publicidade na internet ou quaisquer outras composições criativas que se possa fazer
dessas palavras, estamos falando em utilizar efetivamente a internet como uma
ferramenta de marketing, envolvendo comunicação, publicidade, propaganda e todo o
arsenal de estratégias e conceitos já conhecidos na teoria do marketing.
O autor Vaz (2008, p. 53) afirma que o marketing como conhecemos
está mudando radicalmente, e que tal acontecimento se deve ao aparecimento
de toda essa onda digital e tecnologias, sendo considerada a era da
informação, que está criando um novo tipo de consumidor, proporcionando
novas perspectivas, desafios e oportunidades para que os que sabem lidar com
esta nova máquina. O que pode ser extraído desse pensamento de Vaz é que
aqueles que não se adequarem à nova onda do mundo digital infelizmente
serão passados para trás e ficaram obsoletos, pois a velocidade em que os
fatos estão se sucedendo não tem mais volta e já há estudos voltados ao
acompanhamento desse novo tipo de consumidor on-line. O marketing digital é
uma nova forma interativa da aplicabilidade de técnicas tradicionais do
marketing, em um novo cenário, tendo ainda um conceito amplo de pouca
orientação, mas, de acordo com Crocco et al (2006, p. 75), “o termo,
necessariamente, está associado ao contato entre organização –
mercado/clientes suportado por meio digital, ou mais propriamente, à internet. ”
O marketing digital propõe um modelo em que o consumidor seja o centro de
suas atenções, estudando seu comportamento e colocando-o como princípio.
Uma vez que as empresas dependem de consumidores para sua sobrevivência
e geração de lucros, há a necessidade de trabalhar com marketing,
comunicação, publicidade entre outros meios, que possam expressar a
importância que eles têm, e assim estudam seu desempenho e como podem
ser influenciados neste meio da internet. Assim há aplicabilidade das
20
estratégias táticas e operacionais do marketing convencional adaptado ao
marketing digital, que aplicados 26 corretamente no ambiente da internet
podem garantir bons resultados, como pode ser visto na tabela abaixo:
Mas deve-se ter o cuidado em fazer marketing digital, pois logo vêm em
mente sites, banners, que são jogados no imenso ambiente que a internet
proporciona, e assim, tudo isso se torna inútil, uma vez que passaria a ser mais
uma informação, mais um site, blog ou banner que fica disperso dentre as
bilhões de páginas web existentes. O dilema então passa a ser montar uma
estratégia de encontrabilidade, pois os consumidores não iriam encontrar a
empresa ou produtos anunciados em um vasto ambiente. Ante a isso, Torres
(2009, p. 61) diz que:
Ao contrário da mídia tradicional em que o controle é dos grupos empresariais, na
internet o controle é do consumidor (...) a internet é tão grande e dispersa que os
investimentos isolados e sem coordenação invariavelmente significam desperdício de
recursos.
21
Para essa problemática, o autor Vaz (2008, p. 120) fala que “frente ao
problema de difícil solução que é encontrar o seu consumidor, empresas
gastam centenas de milhões de reis para resolvê-lo. ” Mas isso está errado, e
as empresas ainda acham que na internet há o mesmo controle sobre o
consumidor igual à propaganda em TV, não se atentando que estão diante de
um novo perfil de consumidor, onde, apesar de ser a mesma pessoa que
assiste TV, lê revistas e jornais, agora publicam o que pensa em blogs, atrai e
incentiva novas pessoas com as redes sociais e estão mais atentos ao que se
passa com os produtos e às empresas que os fabricam por meio da internet,
diante disso, Vaz (2008, p. 128) ressalta “a melhor maneira de encontrar seu
consumidor é ser encontrado por ele.”
2.2 Mídias Sociais
De acordo com Torres (2009, p. 113):
Mídias sociais são sites na internet que permitem a criação e o compartilhamento de
informações e conteúdos pelas pessoas e para as pessoas, nas quais o consumidor é ao
mesmo tempo produtor e consumidor da informação. Elas recebem esse nome porque
são sociais, ou seja, são livres e abertas à colaboração e interação de todos, e porque
são mídias, ou seja, meios de transmissão de informações e conteúdo.
Vaz (2008, p. 225) fala a respeito das mudanças ocorridas na sociedade
e que se faz necessário uma nova maneira de agir e pensar de modo
integrado, a qual é indispensável incluir o meio digital na ponta desta revolução
e o consumidor deve estar à frente disso tudo:
O mundo mudou muito nos últimos 50 anos, a sociedade mudou, o comportamento do
consumidor mudou, porém muitos ainda insistem em seguir fórmulas ultrapassadas na
ilusão de que o mercado continua o mesmo. Adaptando-se uma coisinha aqui, outra ali,
mas não se muda a essência. E é justamente esta que se transformou completamente.
“Ao contrário da mídia tradicional, em que o controle é dos grupos
empresariais, na internet o controle é do consumidor” (TORRES, 2009, p. 61).
22
É importante frisar que “pessoas acreditam em pessoas. Os blogs não
estão ganhando o mundo e influenciando comportamentos à toa. A opinião de
um blog parece-nos muito mais confiável do que a opinião de um anúncio de
revista pago falando bem sobre o seu anunciante” (VAZ, 2008, p. 253, grifo
meu).
Torres (2009, p. 113-114) diferencia mídias sociais de redes sociais.
Pois, segundo o autor, a primeira trata de um conjunto de todos os tipos de
mídias colaborativas. Já as redes sociais seriam sites ou recursos que
permitem a interação e troca de informação entre as redes formadas por
pessoas. Sendo assim, as redes sociais estão inclusas na mídia social,
tratando-se está de um assunto muito amplo.
Torres (2009, p. 118) fala como as mídias sociais melhoram o
relacionamento com o consumidor:
O marketing nas mídias sociais permite criar um relacionamento direto com os clientes,
com baixo investimento e alto impacto, se comparado à outras formas de implementá-lo.
Ele permite que você mergulhe no mundo do cliente, conheça-o profundamente, mostre
seu compromisso com ele e descubra suas necessidades de forma rápida e ágil.
Ao surgimento da internet, o mercado publicitário logo criou a mais
inovadora forma de propaganda na internet: o banner. Mas essa criação que
durante algum tempo foi a mais utilizada, agora já não está sozinho no meio da
publicidade On-line, neste sentido, Torres (2009, p. 241) comenta que “a
evolução tecnológica permitiu que o conteúdo multimídia se tornasse
independente do meio, podendo transitar igualmente em sites, blogs, redes
sociais e celulares, criando um mix de mídias que integram vídeo, som,
imagem, texto e interação”.
Os banners tomaram conta das páginas na web, são formas simples de
marketing digital e existem em vários tipos, segundo Torres (2009, p. 246):
Os mais comuns são os banners em imagens estáticas (nos formatos jpg ou gif) e
imagens animadas (formato gif). Entretanto, os banners multimídia têm se tornando mais
comuns com o uso do vídeo, animação e som e as tecnologias Java e Flash. A
tecnologia permite também a criação de banners interativos, que são animações que
23
convidam os internautas a uma ação com mouse, como arrastar ou tentar clicar em um
objeto.
Vaz (2008, p. 37) afirma: “empresas de tecnologia cada vez mais irão se
voltar para a publicidade e vice-versa. Não haverá mais está clara distinção
que vemos hoje entre os números e as letras. O marketing está se tornando
tecnológico e a tecnologia, marqueteira”.
2.3 Ferramentas Estratégicas para o Marketing Digital
As estratégias usadas no marketing digital, segundo Torres (2009, p.
70), devem ser compostas por sete ações: Marketing de conteúdo; Marketing
nas mídias sociais; marketing viral; E-mail marketing; Publicidade On-line;
Pesquisa On-line; Monitoramento. O autor ainda mostra como essas ações
estão inteiramente ligadas e que para tratar uma dessas ações isoladamente
não seria possível, uma vez que o marketing digital proporciona um método
dinâmico e flexível envolvendo o consumidor. As ações táticas e operacionais
são tecidas entre essas sete ações estratégicas, onde estas são descritas
metaforicamente como teias mais fortes tornando-se uma base em que são
interligadas por outros diversos fios táticos e operacionais. Com base neste
contexto, pode-se ter a figura abaixo:
24
Apesar de tudo, Vaz (2008, p. 40) conta que os investimentos em
marketing digital são baixos, onde “no Brasil, a propaganda interativa ainda não
consegue ser responsável por toda a verba, dependendo do produto ou do
público a ser atingido, mas míseros 2,7% da verba de marketing das empresas
estão longe de ser o que a internet deveria ter de investimento”.
2.4 Conteúdo Digital
Os consumidores estão acostumados a navegar na internet procurando
conteúdos que nos proporcionem a filosofia do marketing: satisfazer as
necessidades do cliente. Assim, na internet dois elementos são fundamentais
na rede: o conteúdo que os sites proporcionam e as ferramentas de busca.
Desta forma, é sábio dizer que o primeiro passo do consumidor ao estar online
é buscar os sites por meio de palavras-chaves usando as ferramentas de
busca, como Google, Yahoo, Search, entre outros, e após fazer sua busca
seleciona um site dentre vários pesquisados, ao entrar no site o consumidor
espera ter todo o conteúdo necessário que o satisfaça.
De acordo com Torres (2009, p. 72), há uma dica importante a respeito:
Considere que 90% dos internautas iniciam sua navegação pelas ferramentas de busca,
e que mesmo que você anuncie nelas, por meio de links patrocinados, menos de 10%
deles acessarão seus anúncios. Assim, resta um enorme contingente de 80% dos
internautas que navegam com base no conteúdo dos sites e blogs, e não na publicidade,
seja qual for seu formato. Trata-se de uma enorme audiência que está buscando
informações, parte delas ligadas a seu negócio, e, portanto, de clientes potenciais.
Sempre que se pensa em comprar um produto, fazer um trabalho de
escola, obter informações para as mais variadas situações que o cliente possa
necessitar, a primeira coisa em mente é “pesquisar” e consequentemente a
busca, digitando palavras na caixa de texto e clicando em pesquisar, pronto,
aparecem inúmeras páginas na web contemplando sites aos quais escolhemos
o mais apropriado. Assim, este site deve ter tudo o que o cliente procura, caso
25
contrário ele sai frustrado, tem a marca negativa daquele site e volta
novamente à busca. Dessa forma, nota-se que não basta ter um site apenas,
mas conteúdo, como comentários sobre o produto, informações diversas sobre
este, vídeos ou qualquer outro informativo que demonstre a qualidade e
satisfação do cliente que adquiriu aquele produto.
Exemplos de marketing de conteúdo são os blogs e o YouTube. Pois
ambos permitem reunir uma enorme quantidade de informações que fazem do
consumidor o criador, produtor e consumidor do conteúdo publicado tanto nos
vídeos quanto nas informações. A ideia de reunir depoimentos, de várias
pessoas que conhecem o produto, de mostrar vídeos sobre a qualidade torna-
se decisiva para que o consumidor o adquira e ele possa ter a marca da
empresa fixada em mente.
Torres (2009, p. 87) define o marketing de conteúdo como:
É o uso do conteúdo em volume e qualidade suficientes para permitir que o consumidor
encontre, goste e se relacione com uma marca, empresa ou produto. Portanto o
marketing de conteúdo é uma das ferramentas on-line disponíveis para utilização em sua
estratégia de marketing.
Mas há diferença entre marketing de conteúdo e marketing de busca,
ambos podem ser confundidos e tecnicamente são chamados de SEO e SEM.
Torres (2009, p. 92) os define como “marketing de busca é otimizar, melhorar e
ajustar um site para que ele possa ser melhor encontrado pelas ferramentas de
busca, ou seja, é uma das atividades do marketing de conteúdo. ”
Todo o exposto aqui mostra que o marketing de conteúdo exerce
influência na decisão final de compra do consumidor, uma vez que este confia
em depoimentos de terceiros e necessita de informações que satisfaça a sua
procura.
26
CAPÍTULO III
Relacionamento Vs. Mobile Marketing
Recentemente em viagem em Vancouver no Canadá, pude
observar a força e a grande diferença que as pessoas dos chamados países de
primeiro mundo tratam relacionamento e as mídias sociais. As empresas
possuem um grande desafio para implantar sistemas que de fato sejam
funcionais e que façam a diferença e atenda nossas necessidades.
A tecnologia hoje ultrapassa todas as barreiras, pude observar que a
palavra ligar nos nossos dias foi substituída, por mandar um “zap”, e que ter
amigos foi resumido a “likes” em suas redes sociais, mais por outro lado
também percebi que em muitas situações, essas mesmas tecnologias
aproximam> Eu estava em um fuso horário com 6 horas de diferença, e podia
me comunicar com meus pais e com meu marido normalmente, usávamos
Skype, WhatsApp, Instagram, e tudo mais para mesmo que de maneira virtual
nos vermos e nos relacionarmos. A todo tempo podia gerenciar minhas contas
bancárias e realizar toda e qualquer função como se estivesse no Brasil. Esse
tipo de tecnologia tem o papel de facilitador. Nesse momento temos que usar
de expertise para conquista de clientes. Acredito que esse mercado pode ser
como escrito pelo auto W. Chan Kim e Renée Mauborgne (2006 Ed. 10) em a
Estratégia do oceano azul.
Então vamos entender um pouco mais sobre a palavra Relacionamento.
Segundo o dicionário Aurélio a palavra Relacionamento, vem do ato de
relacionar ou de se relacionar, que por sua vez é:
1 - Fazer uma relação de, meter em lista.
2 - Referir; narrar; contar.
3 - Estabelecer relação ou analogia entre; comparar.
4 - Ato de relacionar ou de se relacionar.
5 - Ligação afetiva ou sexual entre duas pessoas.
6 - Adquirir relações.
7 - Entrar na intimidade de.
27
8 - Fazer uma relação de, meter em lista.
9 - Referir; narrar; contar.
10 - Estabelecer relação ou analogia entre; comparar.
A relação entre as palavras e atitudes estão se transformando em meio
as mudanças do mercado digital, observar e está apto para praticar ações que
venham fazer a diferença, faz com que o cliente queira ter esse relacionamento
com uma empresa. No livro A Estratégia do Oceano Azul (2006 Ed. 10) o autor
narra como o Cirque de Soliel veio com um diferencial no mercado nunca antes
visto, mais os mesmos não ficaram apenas na inovação inicial continuaram a
buscar o deslumbre. No mercado tecnológico o que podemos usar de
diferencial que venha mudar a maneira de se relacionar o nosso dia-a-dia como
a tecnologia?
3.1 Mobile Marketing
Marketing móvel é a distribuição de qualquer tipo de mensagem ou
promoção que agrega valor para o consumidor, ao mesmo tempo em que
aumenta a receita da empresa. (KALAKOTA e ROBINSON, 2002, p. 153).
Assim, esse modelo de marketing recorre a imagens de SMS (Serviço de
Mensagem Curta) e anúncios em telas de celulares ou computadores de mão
dos usuários.
Com a evolução da internet também apareceram conceitos como e-
commerce, e-business, m-business e o m-commerce. De acordo com Kalakota
e Robinson (2002, p. 20) o e-commerce (comércio eletrônico), trata-se de
compra e venda de produtos pela internet. O e-business (negócios eletrônicos)
trata-se de uma estratégia global que aplica ações tecnológicas em antigos
modelos de negócios, permitindo o e-commerce. Ocorre que estes dois
conceitos estão diretamente ligados a fios fixos de conexão, permitindo que o
consumidor fique em um local parado. Assim o m-commerce (comércio móvel)
é uma evolução na tecnologia que permite a transação de negócios quando se
está em movimento. E o m-business (negócios móveis) trata-se de uma infra-
28
estrutura de aplicação necessária para manter relações de negócios e vender
informações, serviços e mercadorias por aparelhos móveis.
De acordo com Dalmazo (Exame, jul. 2010, p. 110), “estima-se que
haverá 1 bilhão de usuários de internet móvel em 2013, ante 450 milhões em
janeiro de 2010. Esses consumidores movimentam um mercado novo, que
deverá chegar a 17 bilhões de dólares no mundo nos próximos dois anos. ”
Isso implica que a mobilidade está crescendo em números gigantescos, e em
pouco tempo ocorrerá uma transformação decorrida da mobilidade, neste
contexto de internet comercial. Aparelhos derivados dos smartphones, como
iPad e iPhone possuem programas e aplicativos que permitem o acesso fácil à
web, acessando redes e mídias sociais ou sites de busca.
O autor Vaz (2008, p. 225) é feliz também ao mostrar a transformação
que está acontecendo com toda essa tecnologia que já permite mobilidade e
acesso à web, onde pode também permitir interatividade, pois, “a convergência
digital salvadora de alguns veículos tornará obsoletos termos como TV,
computador e celular (...) não fará sentido falar em celular ou TV, mas sim, tela
grande, tela pequena, tela enorme, etc. tudo Será interativo”.
Ao falar em meios digitais, lembra-se também da TV Digital que está se
tornando um fenômeno pelo Brasil. O que a TV digital traz de novidade, além
de qualidade, é claro, é a possibilidade de criar interatividade, e isto muda tudo
(VAZ, 2008, p. 253). Neste pensamento de Vaz, pode-se ter ideia da
valorização da interatividade que é foco no cenário digital e, portanto, o
marketing na web proporciona tal valorização.
29
CONCLUSÃO
Para concluir uso como citação algo que cabe muito para mercado
digital e suas novas tecnologias.
“A Criação de Estratégia do Oceano Azul não é uma realização estática, mas
um processo dinâmico. Depois que a empresa desbrava um oceano azul e descobre as
suas consequências em termos de desempenho poderoso, mais cedo ou mais tarde
surgem imitadores no horizonte. A pergunta é: Quanto demorarão para aparecer? Em
outros termos, qual é o grau de dificuldade para imitar a estratégia do oceano azul? À
Medida que a empresas e seus primeiros imitadores alcançam o sucesso almejado e
expandem a estratégia do oceano azul, mais empresas pularão a bordo. ”
A Estratégia do Oceano Azul – W. Chan Kim | Renée Mauborgne (2006)
As empresas precisam pôr em prática atitudes que façam a diferença, o
relacionamento e a comunicação com o cliente mudou, e se adequar a tais
mudanças vão impactar de maneira avassaladora nos resultados de sucesso
de uma instituição. O mundo muda, as tecnologias se transformam, as
ferramentas digitais se “atualizam”, mais a essência do Marketing vai continuar
o mesmo, não a maneira de fazer e nem o como, mais de uma certa forma o
princípio do modo. Creio que dê certo a pergunta “Como se adaptar a essas
mudanças? ” Vem de certa forma ser a chave para o sucesso.
O aparecimento de toda essa onda digital e tecnologias, que está sendo
considerada a era da informação, está criando um novo tipo de consumidor,
proporcionando novas perspectivas, desafios e oportunidades para os que
sabem viver com essa revolução, sejam empresas ou clientes. O progresso da
tecnologia, particularmente a tendência entre a computação e a
telecomunicação, e a sua disseminação, estão revolucionando a natureza das
comunicações num sentido amplo e é sábio afirmar que a comunicação sempre
teve papel de destaque no marketing, ocorre agora que essa importância dada
às comunicações na sociedade causa impactos muito profundos e que ainda
estão por ocorrer sobre o consumidor on-line.
O marketing digital consiste em utilizar a Internet como ferramenta para
difusão de comunicação, publicidade, propaganda e todo o conjunto de
30
estratégias e conceitos já conhecidos na teoria do tradicional marketing. A
junção destas teorias com a tecnologia e Internet provocou uma revolução nos
meios de comunicação global, e que ocorre em uma velocidade
impressionante, os fatos estão se sucedendo e não tem mais volta, assim já há
estudos voltados ao acompanhamento desse novo tipo de consumidor on-line.
As possibilidades de se fazer propaganda e publicidade via web são
muitas. Os autores tratados nesta pesquisa mencionam e-mails, mídias sociais,
os tradicionais banners e sites entre tantas outras que surgem a todo instante
fazendo com que os autores pioneiros nesta área digital precisem estar a todo
o momento se atualizando.
O Comportamento do consumidor frente a toda essa ascensão digital
passa a ser foco de estudos por muitos que tentam desvendar o que as
pessoas fazem na internet e se ela provoca influência em sua decisão de
compra. Sabe-se que o marketing tem como propósito satisfazer as
necessidades e desejos dos consumidores através de produtos e serviços.
Diante disso, os fatores que influenciam o comportamento do consumidor como
os pessoais, ambientais, situacionais e de marketing ou estímulo, carregam em
si uma parte do que a internet pode lhes proporcionar.
A utilização da internet se faz, portanto fundamental, muitos a utilizam
para pesquisas, negócios, relacionamento ou apenas para diversão. Mas em
todos estes momentos lá se fazem presentes os banners, que mesmo que um
internauta não compre nada, mas aquele produto ou serviço se fez presente
em sua mente e assim naquele instante pode ter ocorrido uma vontade ou
desejo em adquiri-lo.
Desde o surgimento da internet da década de 60 nos EUA até o
presente momento, a internet sofreu muitas transformações e sempre com um
direcionamento voltado ao cliente. Por meio dela foi possível criar estratégias
de e-mail marketing, divulgação de conteúdo, criação de sites, blogs, banners
até a interatividade entre as pessoas por meio das mídias sociais como
YouTube, Orkut, Twitter entre outros. Todo esse conjunto de possibilidades por
meio da web possibilita que cada vez mais pessoas se informem a respeito do
que querem e da qualidade, e compartilham experiências por meio de outros
consumidores, tornando-se um fator influenciador da decisão final de compra.
31
A web está cada dia se consolidando como o canal mais eficiente de
interligação entre empresas e consumidores. O marketing móvel tem ainda um
vasto campo a explorar, principalmente por meio dos aparelhos derivados dos
smartphones, como iPad e iPhone possuem programas e aplicativos que
permitem o acesso fácil à web, acessando redes e mídias sociais ou sites de
busca.
Com base nas teorias estudadas fica claro que o marketing digital está
inserido em todos os campos da internet, bem como ao momento em que
passamos a maior parte de nosso tempo navegando nela, não há como passar
despercebido a quantidade de informações neste ambiente on-line. Assim,
pode-se concluir que o marketing digital é uma prática de fundamental
importância e que têm êxito em suas aplicações visto a grande demanda de
usuários da web e às suas tendências, deste modo, cada vez mais
consumidores estão caindo na rede e comprando mais pela internet.
32
BIBLIOGRAFIA
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Marketing digital. 2 ed. São Paulo: Novatec Editora, 2008.
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GIULIANI, Antonio Carlos; et all. Marketing Contemporâneo: novas
práticas de gestão. São Paulo: Saraiva, 2006.
34
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 01 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATÓRIA 04 RESUMO 05 SUMÁRIO 06 INTRODUÇÃO 07
CAPÍTULO I
Comunicação e sua Nova maneira de Expressão 08
1.1. Contexto Histórico de Nossa Sociedade Digital 10
1.2. Criação da Internet 12
1.3. Era do Marketing Digital 17
CAPÍTULO II
Era do Marketing Digital 17
2.1. O que é o Marketing Digital? 18
2.2. Mídias Sociais 21
2.3. Ferramentas Estratégicas para o Marketing Digital 23
2.4. Conteúdo Digital 24
CAPÍTULO III
Relacionamento Vs. Mobile Marketing 26
3.1. Mobile Marketing 27
CONCLUSÃO 29 BIBLIOGRAFIA 32 ÍNDICE 34