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DA INVALIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO São negócios que não produzem efeitos desejados pelas partes. NEGÓCIO INEXISTENTE: é quando falta algum elemento estrutural essencial para sua formação (tal como o consentimento, sem manifestação da vontade, o negócio não chegou a se formar.). Puro fato, sem existência legal, não produz efeitos. Nulidade: É a sanção imposta por lei aos atos e negócios jurídicos realizados sem observância dos requisitos essenciais, impedindo-os de produzir efeitos que lhe são próprios. O negócio é NULO quando oferece preceitos de ordem pública, que interessam a sociedade. É dividido em: A) NULIDADE ABSOLUTA: onde existe interesse social, além do individual. Há ofensa de ordem pública, pode ser alegada por qualquer interessado, devendo ser pronunciada de ofício pelo juiz. B) NULIDADE RELATIVA/ANULABILIDADE: negócios com vícios capazes de determinar sua invalidade, mas que podem ser afastados e sanados. C) NULIDADE TOTAL: que atinge todo o negócio jurídico D) NULIDADE PARCIAL: afeta somente parte do negócio, não prejudicará a parte válida se esta for separável. E) NULIDADE TEXTUAL: expressa em lei F) VIRTUAL OU IMPLÍCITA: não sendo expressa, pode ser deduzida de expressões usadas na lei. ( Ex: “não pode,não se admite, ficará sem efeito”) CAUSAS DA NULIDADE (absoluta): Art. 166 CC É nulo o negócio jurídico quando: I- Celebrado por pessoa absolutamente incapaz II- For ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto; III- O motivo determinante, comum às partes, for ilícito. IV- Não revestir a forma prescrita em lei

Dos Defeitos Do Negócio Jurídico

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Page 1: Dos Defeitos Do Negócio Jurídico

DA INVALIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO

São negócios que não produzem efeitos desejados pelas partes.

NEGÓCIO INEXISTENTE: é quando falta algum elemento estrutural essencial para sua formação (tal como o consentimento, sem manifestação da vontade, o negócio não chegou a se formar.). Puro fato, sem existência legal, não produz efeitos.

Nulidade:

É a sanção imposta por lei aos atos e negócios jurídicos realizados sem observância dos requisitos essenciais, impedindo-os de produzir efeitos que lhe são próprios. O negócio é NULO quando oferece preceitos de ordem pública, que interessam a sociedade. É dividido em:

A) NULIDADE ABSOLUTA: onde existe interesse social, além do individual. Há ofensa de ordem pública, pode ser alegada por qualquer interessado, devendo ser pronunciada de ofício pelo juiz.

B) NULIDADE RELATIVA/ANULABILIDADE: negócios com vícios capazes de determinar sua invalidade, mas que podem ser afastados e sanados.

C) NULIDADE TOTAL: que atinge todo o negócio jurídicoD) NULIDADE PARCIAL: afeta somente parte do negócio, não prejudicará a parte

válida se esta for separável. E) NULIDADE TEXTUAL: expressa em leiF) VIRTUAL OU IMPLÍCITA: não sendo expressa, pode ser deduzida de expressões

usadas na lei. ( Ex: “não pode,não se admite, ficará sem efeito”)

CAUSAS DA NULIDADE (absoluta):

Art. 166 CC

É nulo o negócio jurídico quando:

I- Celebrado por pessoa absolutamente incapazII- For ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto;III- O motivo determinante, comum às partes, for ilícito.IV- Não revestir a forma prescrita em leiV- For preterida alguma solenidade que A lei considere essencial para a sua

validade;VI- Ter por objetivo fraudar lei imperativa;VII- A lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir a prática, sem cominar sanção.

Não é suscetível de confirmação, nem convalesce pelo decurso do tempo. Pode ser alegado por qualquer interessado, ou pelo ministério público, quando lhe couber intervir. Se, porém o negócio jurídico nulo contiver os requisitos de outro, subsistirá este quando o fim a que visavam as partes permitir supor que o teriam querido se houvessem previsto a nulidade.

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É também nulo o negócio jurídico SIMULADO, mas subsistirá o que se dissimulou, se válido for na substância e na forma.

ANULABILIDADE (relativa):

Quando atinge o particular, sem interesses sociais. Será considerado válido se o interessado se conformar com os seus efeitos e não o atacar, nos prazos legais, ou o confirmar. É sanção imposta pela lei aos atos e negócios jurídicos realizados por pessoa relativamente incapaz ou eivados de algum vício social. Diferente do negócio nulo,o anulável produz efeitos até ser anulado em ação,para qual são legitimadas as pessoas prejudicadas e em favor de quem o ato deve se tornar ineficaz.

Art.171: Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico:

I- Por incapacidade relativa do agenteII- Por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude

contra credores.

Ocorre também em casos no qual a falta de assentimento de outrem que a Lei estabeleça como requisito de validade. (EX: quando um cônjuge só pode praticar com a anuência do outro, ou que o ascendente depende do consentimento do descendente).

O ato de confirmação deve conter a substância do negócio celebrado e a vontade expressa de mantê-lo. É escusada a confirmação expressa,quando o negócio já foi cumprido em parte pelo devedor,ciente do vício que o inquinava. A confirmação expressa importa a extinção de todas as ações, ou exceções, de que contra ele dispusesse o devedor. É de quatro anos o prazo decadencial para pleitear-se a anulação do negócio jurídico, contando: no caso da coação, no dia que ela cessar; no erro, dolo, fraude contra credores, lesão ou estado de perigo, do dia em que se realizou o negócio jur.; no de atos de incapazes, do dia em que cessar a incapacidade. Quando a lei não estabelece prazo para pleitear, este será de dois anos, com a data conclusiva do ato. O menor entre 16 e 18 anos não pode invocar sua idade se dolosamente a ocultou quando inquirido pela outra parte, ou se alegou ser maior. Ninguém pode reclamar o que, por uma obrigação anulada, pagou a um incapaz, se não provar que reverteu em proveito dele a importância paga. Anulado o negócio, serão restituídas as partes no estado que antes dele se encontravam, não sendo possível, serão indenizadas com equivalente. A invalidade do instrumento não induz a do negócio, sempre que puder provar se por outro meio. Respeitada a intenção das partes, a invalidade parcial de um negócio jurídico não o prejudicará na parte válida, se esta for separável, a invalidade da obrigação principal implica a das obrigações acessórias, mas a destas não induz da obrigação principal. Não pode ser efetivada a confirmação se esta prejudicar terceiro (incapaz que vendeu imóvel e o comprador novamente o vende a terceiro).

NULIDADE ANULABILIDADE

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- Ex Tunc

-decretado pela pessoa prejudicada, mera conveniência das partes;

-não pode ser sanada pela confirmação, nem suprida por juiz.

-deve ser pronunciada de ofício pelo juiz.

-pode ser alegado por qualquer interessado ou o ministério público.

-produz efeitos ex tunc, desde o momento da emissão da vontade. É destituído dos efeitos que normalmente lhe pertencem.

-Ex nunc

-de ordem pública, decretada pela coletividade.

-pode ser suprida por juiz, ou sanada por confirmação.

-não pode ser pronunciada de ofício, não opera antes de julgada por sentença.

-só podem ser alegados pelos interessados, seus efeitos aproveitam apenas aqueles que a alegaram.

-produz efeitos até o momento em que é invalidado.

-prazo decadencial curto.

A invalidade parcial de um negócio não o prejudicará na parte válida, se esta for separável (testamento que reconhece paternidade)

Serão restituídas as partes ao estado em que antes dele se achavam e não sendo possível restituí-las, serão indenizadas equivalentemente.(aplicado quando a coisa não mais existe ou foi alienada a terceiro).

CONVERSÃO DO NEGÓCIO JURÍDICO:

Art.170. Se, porém o negócio jurídico nulo contiver os requisitos de outro, subsistirá este quando o fim a que visavam às partes permitir supor que o teriam querido se houvessem previsto a nulidade.

Ocorre a conversão desde que se possa inferir que a vontade das partes era realizar o negócio subjacente. (venda simulada que poderia conter os requisitos de uma doação, ato público nulo, que poderia conter os requisitos de uma escritura privada.) Transformando negócio a princípio nulo em outro, para alcançar os efeitos práticos que as partes visavam. Requerem de

a) O OBJETIVO; as necessidades de que o segundo negócio,em que se converteu o nulo,tenha por suporte os mesmos elementos fáticos.

b) O SUBJETIVO: a intenção das partes de obter o efeito prático resultante do negócio em que se converte o inválido.

SIMULAÇÃO

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É uma declaração falsa, enganosa da vontade, visando aparentar negócio diverso do efetivamente desejado. Tem aparência contrária da realidade, é um conluio entre os contratantes. Não atinge a vontade, não sendo vício de consentimento, é realizada com objetivo de enganar terceiros ou a lei. É um vício social. ACARRETA A NULIDADE.

Característica:

A) Deve ser de negócio jurídico bilateral: sendo naturalmente,contratos. Sendo acordo de partes para fraudar a lei. Pode ocorrer em unilaterais, desde que se comprove ajuste simulatório.

b) é sempre concordada pela outra parte

c) é realizada com o intuito de enganar terceiros ou fraudar a lei.

ESPÉCIES:

ABSOLUTA: as partes não realizam, em verdade, nenhum negócio; apenas o fingem para criar aparência, uma ilusão externa, sem que realmente desejem o ato. A declaração da vontade não pretende realizar resultado algum. (emissão de títulos de crédito a amigos por marido que pretende se separar da esposa- se estes não devolverem o marido não tem ação contra eles-).

RELATIVA: as partes pretendem realizar determinado negócio, prejudicial a terceiro ou à lei. Composto pelo negócio simulado (o aparente) e o dissimulado (o oculto, verdadeiramente desejado). (homem casado aliena imóvel a terceiro que transferirá a concubina). Neste caso, subsistirá o negócio se for válido na forma e substância.

Quando o negócio é real, mas a parte é aparente, é ad personam,por interposição de pessoa (testa de ferro,presta nome).

HIPÓTESES LEGAIS DA SIMULAÇÃO:

Art.167,§1°:

I- Quando aparentarem conferir ou transmitir direitos a pessoas diversas daquelas às quais realmente se conferem, ou transmitem. (interposição de pessoa)

II- Contiverem declaração, confissão, condição ou cláusula não verdadeira. (ocultação da verdade)

III- Os instrumentos particulares forem antedatados, ou pós-datados. (falsidade de data).

EFEITOS LEGAIS:

Causa nulidade no negócio, subsistindo o que se dissimulou se válida na substância e forma (se relativa).

DOS ATOS LÍCITOS

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São ações humanas lícitas, aplicados, no que couberem, as disposições disciplinadoras do negócio jurídico. Produzem efeitos involuntários, mais impostos pelo ordenamento. Em vez de direitos, criam deveres.

a) Negócio jurídico: exige vontade qualificada. (contratos de compra e venda etc.)b) Ato jurídico em sentido estrito: ocupação decorrente da pesca, em que basta a

simples intenção de tornar-se proprietário da res, do peixe.c) Ato-fato jurídico; encontro de tesouro, que demanda apenas o ato material de

achar, independentemente da vontade ou consciência do inventor.

DOS ATOS ILÍCITOS

É ato praticado com infração ao dever legal de não lesar a outrem. Abuso de direito. É fonte de obrigação: a de indenizar ou ressarcir o prejuízo causado. É VIOLAR DIREITO E CAUSAR DANO A OUTREM. EX: se, por exemplo, o motorista comete várias infrações de trânsito, mas não atropela nenhuma pessoa nem colide com outro veículo, nenhuma indenização será devida, malgrado a ilicitude de sua conduta. A Indenização ocorre com a existência da violação de direito e do DANO.

É sempre conduta voluntária e consciente que transgride um dever jurídico.

RESPONSABILIDADE CONTRATUAL E EXTRACONTRATUAL:

I- Extracontratual/Aquiliana: Quando a responsabilidade não deriva de contrato, mas de infração ao dever de conduta dever legal. Ao lesado incumbe o ônus de provar culpa ou dolo do causador do dano. (pedestre atropelado deve provar a culpa ou dolo do causador do dano). Tem origem na inobservância do dever genérico de não lesar outrem. Não tem limitações quanto à capacidade.

II- Contratual: o inadimplemento se presume culposo. (o credor lesado tem posição favorável, apenas precisando demonstrar que a prestação foi descumprida.). Tem origem no descumprimento da convenção. Tem limitações no campo da capacidade e incapacidade (amentais e menores podem praticar).

RESPONSABILIDADE CIVIL E PENAL:

I- Penal: o agente infringe norma penal, de direito público, o interesse lesado é da sociedade. É pessoal e intransferível, respondendo o réu com privação da liberdade. A Pena não pode ultrapassar a pessoa do delinquente. Somente os maiores de 18 anos são responsáveis criminalmente. A tipicidade é requisito genérico.

II- Civil: o interesse lesado é o privado, se causar dano, o agente transgride também à lei penal, tornando-se obrigado civil e penalmente. É patrimonial, o patrimônio responde pelas obrigações. Qualquer ação ou omissão pode gerar responsabilidade. O menor de 18 anos responde pelos prejuízos que

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causar, se as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes, privando o do necessário ao seu sustento ou das pessoas que dele dependem.

RESPONSABILIDADE SUBJETIVA E OBJETIVA:

A) Subjetiva: Teoria da culpa pressupõe a culpa como fundamento da responsabilidade civil. Em não havendo culpa, não há responsabilidade.

B) Objetiva: prescinde a culpa se satisfaz apenas com o nexo de causalidade, a reparação de um dano cometido sem culpa. Em certos casos ela é presumida em lei, invertendo o ônus da prova, O autor da ação só precisa provar a ação ou omissão e o dano resultante ad conduta do réu, porque sua culpa já é presumida.

IMPUTABILIDADE E RESPONSABILIDADE:

Imputabilidade é a existência, no agente, da livre determinação de vontade. Para que alguém pratique ato ilícito e seja obrigado a reparar o dano, é necessário que tenha capacidade de discernimento. Aquele que não pode querer e entender, não incorre em culpa e, por isso, não pratica ato ilícito.

1.2) A RESPONSABILIDADE DOS PRIVADOS DE DISCERNIMENTO:

Sendo privado de discernimento (amental.louco ou demente) um inimputável,não é ele responsável civilmente. SE a responsabilidade não puder ser atribuída ao encarregado de sua guarda, a vítima ficará irressarcida.

Se as pessoas por eles responsáveis não tiverem obrigação de responder pelos prejuízos que causarem, ou não dispuserem de meios suficientes, respondem os próprios curatelados. A vítima só não será indenizada pelo curador se este não tiver patrimônio suficiente para responder pela obrigação. Se o amental não estiver sob guarda de pai ou outro, responderão seus bens pela reparação.

1.3) RESPONSABILIDADE DOS MENORES:

Menores de 16 são absolutamente incapazes, maiores de 16 e menores de 18 são relativamente incapazes. No primeiro caso, não tem entendimento da vida civil, e no segundo o tem reduzido. Para se praticar ato ilícito deve-se ter plena capacidade.

O CC responsabiliza os pais pelos atos dos filhos menores sob autoridade e companhia. A vítima não ficará irressarcida. O menor de 18 anos só será responsável pelos prejuízos que ele causar caso as pessoas responsáveis por ele não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes (privando do necessário o incapaz ou as pessoas que dele dependem).

Se sob tutela, a responsabilidade será do tutor. No caso a emancipação voluntária, o responsável não se isenta da responsabilidade pelos atos ilícitos praticados pelo

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filho; diferente do que ocorre com o casamento ou das outras causas previstas no art.5°.

PRESSUPOSTOS DA RESPONSABILIDADE EXTRACONTRATUAL:

Quatro são os elementos essenciais:

a) AÇÃO OU OMISSÃO: referente a qualquer pessoa que, por ação ou omissão, venha a causar dano a outrem. A responsabilidade pode derivar de ato próprio, de terceiro, de coisas e animais ( presumida). É necessário que exista o dever jurídico de certa prática (não se omitir) e que se torne evidente que sua prática o dano seria evitado. Ex: dever de prestar socorro ás vitima de acidentes impostos a todo condutor de veículos.

b) CULPA ou DOLO do agente: Dolo é violação deliberada, intencional do dever jurídico. Consiste na vontade de cometer uma violação de direito, e a culpa na falta de diligência que se exige do homem médio. Para que a vítima obtenha reparação, deve provar dolo ou culpa stricto sensu ( aquiliana) do agente ( imprudência,negligência ou imperícia.)

-Culpa Grave: imprópria ao comum dos homens e modalidade mais avizinha ao dolo.

-Culpa leve; falta evitável com atenção ordinária.

-Culpa Levíssima: falta só evitável com atenção extraordinária ou com especial habilidade.

RELAÇÃO DE CAUSALIDADE:

Sem ela não existe a obrigação de indenizar. Se houve o dano, mas sua causa não está relacionada com o comportamento do agente, inexiste a relação da causalidade e, também, a obrigação de indenizar.

DANO:

Sem da prova do dano, ninguém pode ser responsabilizado civilmente. Pode ser patrimonial (material) ou extrapatrimonial (moral). Mesmo com violação de dever jurídico, com culpa ou dolo, não será devida indenização uma vez que não se tenha verificado prejuízo.

LEGÍTIMA DEFESA:

Se for ato real praticado contra o agressor, em legitima defesa, não pode o agente ser responsabilizado civilmente pelos danos provocados (não é ato ilícito). Porém, se por engano ou erro de pontaria, terceira pessoa foi atingida (ou coisa de valor) o agente deverá reparar o dano, mas terá ação regressiva contra o agressor, para se ressarcir da mesma importância desembolsada. Na legítima defesa putativa, o ato praticado é ilícito, mas não punível por ausência de culpabilidade em grau suficiente para a condenação criminal.

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EXERCÍCIO REGULAR E ABUSO DE DIREITO:

Mesmo agindo no seu direito, pode, não obstante, em alguns casos, ser responsabilizado. O abuso de direito prescinde da ideia de culpa. O abuso de direito ocorre quando o agente, atuando dentro dos limites da lei, deixa de considerar a finalidade social de seu direito subjetivo e o exorbita, ao exercê-lo, causando prejuízo a outrem. O agente descia o direito dos fins sociais a que ele se destina. É considerado abuso o ato que constitui o exercício egoístico, anormal de direito, sem motivos legítimos, nocivos a outrem, contrários ao destino econômico e social do direito em geral. (ex: conflitos entre vizinhos devido a perturbação alegada contra clubes de dança, boates, etc.; credor que demanda o devedor antes do vencimento da dívida ou por dívida já paga.)

ESTADO DE NECESSIDADE:

Praticados em estado de necessidade, não são atos ilícitos, mas os agentes não são liberados de reparar o prejuízo causado. (Ex: se um motorista atira seu veículo a um muro, derrubando-o para não atropelar criança que, inesperadamente, surgiu-lhe a frente. Seu ato, mesmo lícito, não o exonera de pagar reparação do muro (se o dono não for culpado do perigo.) o evento ocorre por culpa in vigilando do pai da criança. Embora o conserto deverá ser pago pelo motorista, este terá ação regressiva contra o pai,para se ressarci das despesas efetuadas. O ato não é ilícito, por ter o agente direito à ação regressiva contra o terceiro causador da situação de perigo.

DA PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA

Existe a prescrição extintiva e a aquisitiva (usucapião), nos dois casos, alguém ganha e alguém perde. As causas que obstam, suspendem ou interrompem a prescrição também se aplicam à usucapião. Prazos de prescrição são, exclusivamente, os descritos na parte geral do CC. Sendo a decadência todos os demais, estabelecidos em complementos de cada artigo que regem a matéria, tanto na parte geral quanto especial.

É a perda da ação atribuída da um direito, e de toda a sua capacidade defensiva, em consequência do não uso dela, durante um determinado espaço de tempo.

A PRETENSÃO: o poder de exigir de outrem ação ou omissão se inicia assim que o direito é violado e é extinta pela prescrição. A violação de direito, causando dano ao titular, faz nascer para ele o poder de exigir do devedor uma ação ou omissão, que permite a composição do dano (prescrição).

Os elementos da prescrição são:

a) Violação do direitob) Inércia do titularc) Decurso do tempo fixado em lei

PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE: é quando o autor do processo já iniciado permanece inerte, de forma continua e ininterrupta, durante tempo suficiente para a perda da pretensão. Interrompida a prescrição,o prazo voltará a fluir do último ato do processo

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ou do próprio ato que a interrompeu, devendo ser impulsionado pelo autor. Não pode ser decretada de ofício pelo juiz.

PRETENÇÕES IMPRESCRITÍVEIS:

A prescrição ocorre em prazos especiais, ou no prazo geral de dez anos. Não prescrevem:

a) As que protegem direitos da personalidadeb) As que se prendem ao estado das pessoas (filiação, cidadania, etc.-separação

judicial, interdição, investigação de paternidade, etc.)c) As de exercício facultativo (potestativo) em que não há direito violado.

(extinguir condomínio, ação de divisão de venda, etc.).d) Referentes a bens públicose) Que protegem o direito de propriedade (que é perpétuo).f) Pretensões de reaver bens confiados à guarda de outrem.g) Destinadas a anular inscrição do nome empresarial feita com violação de lei ou

contrato.

A prescrição fulmina todos os direitos patrimoniais, e normalmente estende-se aos efeitos patrimoniais de direitos imprescritíveis, porque estes não se podem extinguir.

PRESCRIÇÃO E INSTITUTOS AFINS;

A PRECLUSÃO: perda de faculdade processual, por não ter sido exercida no momento próprio.

A PEREMPÇÃO: perda de direito de ação pelo autor contumaz, que deu causa a 3 arquivamentos sucessivos, extingue a pretensão.

QUANTO AOS EFEITOS;

A Prescrição não ocorre contra determinadas pessoas, enquanto a decadência corre contra todos. A prescrição pode suspender-se ou interromper-se, enquanto a decadência tem curso fatal. A prescrição atinge diretamente a ação e faz desaparecer direito por ela tutelado. A decadência atinge diretamente o direito e extingue a ação.

São prescritíveis as ações da natureza condenatória, em que se pretende a imposição ao cumprimento de uma prestação, pois a prescrição é a extinção da pretensão à prestação devida. EXTINTA A PRETENSÃO, NÃO HÁ AÇÃO.

DISPOSIÇÕES LEGAIS:

A EXCEÇÃO prescreve no mesmo prazo que a ação. É necessário saber se a exceção prescreve. O que se quer evitar é que, prescrita a pretensão, o direito com pretensão prescrita possa ser utilizado perpetuamente a titulo de exceção, como defesa. A prescrição da exceção pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição, mas dentro de prazo conferido para a dedução da pretensão, pela parte a quem aproveitar. Se não suscitada na instância ordinária, não pode ser arguida no STJ ou STF.

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Não se admite renúncia prévia (desistência do direito de arguir prescrição, cujos elementos necessários são a prescrição já consumada e que não prejudique terceiro) da prescrição, isto é, antes que tenha se consumado, nem da prescrição em curso, só da consumada que o referido instituto é de ordem pública e a renúncia tornaria a ação imprescritível por vontade da parte.

A renúncia é expressa ou tácita (quando se presume de fatos do interessado). É obrigatório o pronunciamento de ofício da prescrição pelo juiz. Os prazos de prescrição não podem ser alterados por acordo das partes.

É referente ao patrimônio, a decadência é relativa aos não patrimoniais. O Juiz DEVE reconhecer a decadência, quando estabelecida por lei. A Decadência pode ser relativa ao patrimônio, quando estabelecida por lei. Prescrição pode ser invocada pela parte, ministério público, tendo levado o fato ao conhecimento do juiz, este deverá pronunciá-lo de ofício. Também pode alegá-la o curador em favor do curatelado e o curador especial em casos que lhe caiba intervir.

Art. 195

Os relativamente incapazes e as pessoas jurídicas têm ação contra os seus assistentes ou representantes legais, que derem causa à prescrição, ou não a alegarem oportunamente.

Se o menor permitir que a ação do tutelado prescreva, deverá indenizá-lo pelo prejuízo ocasionado.

A prescrição iniciada contra uma pessoa continua a correr, contra o seu sucessor, o herdeiro do de cujus disporá do prazo restante para exercer a pretensão.

IMPEDIMENTOS E SUSPENÇÕES PARA A PRESCRIÇÃO;

Art.197:

Não corre prescrição:

I- Entre os cônjuges, na constância da cidade conjugal (se o obstáculo -casamento - surge após o prazo iniciado, dá se suspensão).

II- Entre os ascendentes e descendentes, durante o poder familiar;III- Entre tutelados e curatelados e seus tutores ou curadores, durante a

tutela ou a curatela.

Os motivos são: a confiança, a amizade, os laços de afeição. Não se admite interpretação extensiva. Não se pode permitir que a necessidade de evitar a prescrição obrigue um cônjuge a mover ação contra o outro,em caso de lesão de direitos patrimoniais,perturbando assim, a proclamada harmonia que deve existir durante a sociedade conjugal.

Art. 198

Também não ocorre prescrição:

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I- Contra os incapazes do art. 3° (quando teriam direito de propor ação, não serão prejudicados por não tê-lo feito.)

II- Contra os ausentes do país em serviço público da união, estados ou municípios.

III- Contra os que se acharem servindo as forças armadas em tempos de guerra.

Art 199;

I- Pendendo em ação suspensiva (ainda não se tornou exigível.)II- Não estando vencido o prazo. (ainda não se tornou exigível)III- Pendendo ação de evicção. (fica suspensa a prescrição até seu desfecho

final).

Quando a ação se originar de fato que deva ser apurado em juízo criminal. Não correrá a prescrição antes da respectiva sentença. (200)

Suspensa a prescrição em favor de um dos credores solidários, só aproveitam os outros se a obrigação for indivisível. Havendo três credores (sendo um menor absolutamente incapaz) contra um devedor, a prescrição correrá contra os demais credores, pois a obrigação de efetuar pagamento em dinheiro é divisível, ficando suspensa somente ao menor. Se se tratasse, porém de obrigação indivisível (como de entregar animal) a prescrição só começaria a fluir para todos quando o menor fizesse 16 anos.

CAUSAS QUE INTERROMPEM A PRESCRIÇÃO:

A interrupção depende de um comportamento ativo do credor. Qualquer ato de exercício ou proteção ao direito interrompe a prescrição, extinguindo o tempo já ocorrido, que volta a correr por inteiro, diversamente as suspensão, cujo prazo volta a diluir somente pelo tempo restante. O efeito da interrupção é instantâneo.

Interrompe se por: Art.202:

“por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citação, se o interessado a promover no prazo e na forma da lei processual” e “por qualquer ato judicial que constitua em mora com o devedor”.

A prescrição será considerada interrompida na data do despacho que ordenar a citação. Considera se a proposta ação, tanto que a petição inicial seja despachada pelo juiz ou simplesmente distribuída, a propositura da ação, todavia, só produz, quanto ao réu, os efeitos depois que for validamente citado. Pode ser interrompida a prescrição por qualquer interessado, ou por terceiro que tenha legítimo interesse (herdeiros, etc.). Ou por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe reconhecimento do direito pelo devedor (única hipótese sem manifestação volitiva do credor).

PROTESTO JUDICIAL: medida cautelar autorizada quando por algum motivo não puder ser proposta a ação.

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PROTESTO CAMBIAL: indica que o titular do direito violado não está inerte.

Os efeitos da prescrição são pessoais, a interrupção da prescrição não aproveita os outros. Exceto se a interrupção por um dos credores solidários aproveita aos outros, assim como a interrupção efetuada contra o devedor solidário envolve os demais e seus herdeiros. A interrupção operada contra um dos herdeiros do devedor solidário não prejudica os outros herdeiros ou devedores.

A interrupção produzida contra o principal devedor prejudica o fiador, mas não ocorre o inverso.

DECADÊNCIA

É APERDA DO DIREITO POTESTATIVO PELA INÉRCIA DO SEU TITULAR NO PERÍODO DETERMINADO EM LEI. O prazo começa a fluir no momento em que o direito nasce, quando adquirido o direito já começa a correr o prazo decadencial; diferente da prescrição que nasce quando o direito é violado. A prescrição nasce apenas da lei, enquanto a decadência nasce da lei, testamento ou contrato. É estabelecido prazo para certo ato, fora do qual ele não pode mais efetivar-se porque dele decaiu seu titular.

Os direitos potestativos são direitos sem pretensão, pois são invioláveis, já que eles não se opõem a um dever de quem quer que seja, mas uma sujeição de alguém. (meu direito de anular um negócio jurídico não pode ser violado pela parte a quem a anulação prejudica, pois ela está sujeita a apenas sofrer as consequências da anulação decretada pelo juiz, não tendo dever para descumprir.)

Distingue-se a decadência legal da convencional (a parte a quem aproveita pode alegá-la em qualquer grau de jurisdição, mas o juiz não pode suprir a alegação). Mas o juiz DEVE conhecer de ofício a decadência, quando estabelecida em lei.

Não se aplicam aqui normas que impedem, suspendem ou interrompem a prescrição, pois os prazos decadenciais são fatais e peremptórios, não suspendem ou interrompem. Não se admite a fluência de prazo decadencial contra os absolutamente incapazes, também permitindo que os relativamente incapazes responsabilizem os representantes e assistentes que derem causa à decadência, não a alegando oportunamente em seu favor.

É nula a renúncia à decadência fixada em lei. É irrenunciável apenas o prazo decadencial estabelecido em lei, não os convencionais.

DA PROVA

A prova é meio empregada para demonstrar a existência do ato ou negócio jurídico.

Deve ser admissível (não proibido por lei e aplicável ao caso em exame), pertinente (adequada à demonstração dos fatos em questão), e concludente (esclarecedora). Não basta alegar, é preciso provar, Alegar e nada provar é como não alegar. O que se prova é o fato alegado e não o direito a aplicar (que é determinado pelo juiz).

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Quando a lei exigir em forma especial (como instrumento público) para a validade do negócio jurídico, nenhuma outra prova poderá suprir a falta. Não havendo exigência quanto à forma, qualquer meio de prova pode ser utilizado, desde que não proibido.

Os meios de prova não são impostos de forma especial, se faz apenas exemplificativamente e não taxativamente:

Os meios de prova são:

I- CONFISSÃOII- DOCUMENTOIII- TESTEMUNHAIV- PRESUNÇÃOV- PERÍCIA

1-CONFISSÃO

É ato de a parte admitir a verdade de um fato, contrário ao seu interesse e favorável ao adversário, o qual causará prejuízo próprio. Pode ser judicial (em juízo) ou extrajudicial (fora do processo), espontânea ou provocada, expressa ou presumida. Seus elementos essenciais são; a capacidade da parte, a declaração de vontade e o objeto possível.

Feita a confissão por representante, somente é eficaz nos limites em que este puder vincular o representado. O representante legal do incapaz não pode, em princípio, confessar, porque lhe é vedado concluir negócios em conflito de interesses com o representado, e a confissão essencialmente opera contra os interesses do titular do direito.

Quanto aos bens imóveis, a confissão de um cônjuge não valerá sem o outro, também sendo inválida a confissão relativa a direitos indisponíveis.

A confissão é irrevogável, mas pode ser anulada se decorreu de erro de fato (demonstrar a incerteza ou declaração diversa da pretendida )ou de coação.

2-DOCUMENTO

Pode ser público (elaborado por autoridade pública) ou particular. Tem função probatória. Podem ser cartas, telegramas, etc. não se confundem com instrumentos públicos ou particulares. Estes são criados com a finalidade de servir de prova (como escritura pública ou letra de câmbio). Os instrumentos públicos são feitos mediante oficial público, os particulares só precisam da assinatura dos interessados.

A escritura não exige subscrição de testemunhas instrumentárias, pois é dotado de fé pública. Porém, se algum dos comparecentes não for conhecido do tabelião e não puder identificar-se por documento, deverão participar do ato pelo menos 2 testemunhas que o conheçam e atestem sua identidade. Deve ser redigida em língua nacional, ou com comparecimento de tradutor público se algum dos comparecentes não souber o idioma.

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A inobservância dos requisitos para o reconhecimento de escritura pública acarreta a nulidade.

O intrsumento particular, feito e assinado por quem esteja livre na disposição e administração de seus bens, prova as obrigações convencionais e qualquer valor, mas seus efeitos não se operam, a respeito de terceiros, antes de transcrito no registro público. Mesmo sem testemunhas o documento particular vale entre as partes.

A anuência ou autorização de outrem, necessária a validade de um ato, será provada do mesmo modo que este,e constará sempre que se possa, do próprio instrumento. Assim, só poderá por instrumento público outorgar-se a procuração a mulher pelo marido para a alienação de bens imóveis, pois é necessária ao ato a escritura pública.

Certidão é a reprodução do que se encontra transcrito em determinado livro ou documento. Se abranger apenas determinados pontos indicados pelo interessado, denomina-se certidão em ‘’breve relatório’’. Translado é a cópia do que se encontra lançado em livro ou autos.

Reproduções fotográficas, cinematográficas, fonográficas e eletrônicas ou mecânicas em geral não precisam ser autenticadas. Livros e fichas empresariais e sociais provam contra as pessoas a que pertencem, e, em seu favor, quando escriturados sem vício intrínseco,forem confirmados por outros subsídios.

Os documentos em língua estrangeira serão traduzidos para português para terem efeitos legais no país.

3-TESTEMUNHAS

Resulta do depoimento oral das pessoas que viram, ouviram ou souberam dos fatos relacionados com a causa.

Instrumentárias (assinam o instrumento) ou judiciárias (depõem em juízo). A prova testemunhal é menos segura que a documental, por isso é admitida em caso exclusivo apenas nos negócios jurídicos cujo valor não ultrapasse o décuplo do maior salário mínimo vigente no país ao tempo em que foram celebrados. Qualquer que seja o valor do negócio jurídico, a prova testemunhal é admissível como subsidiária ou complementar da prova por escrito.

É também admissível quando provar não a contração do negócio em si, mas de um fato consumado, qualquer meio de prova é admissível.

Algumas pessoas não podem testemunhar:

I- Absolutamente incapazesII- Cegos e surdos, quando a ciência do fato que se quer provar depende dos

sentidos que os faltam.III- O interessado no litígio, o amigo íntimo ou inimigo capital das partes.IV- Os cônjuges, os ascendentes e descendentes e os colaterais até o terceiro

grau de alguma das partes, por consanguinidade ou afinidade.

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Entretanto, em prova de fatos que só elas conheçam, o juiz pode admitir o depoimento das referidas pessoas. São INCAPAZES, IMPEDIDOS E SUSPEITOS.

Não se pode obrigar a depor sobre fato:

I- A cujo respeito, por estado ou profissão, se deve guardar segredo.II- A que não possa responder sem desonra própria, de seu cônjuge, parente

sucessível ou amigo íntimo.III- Que o exponha, ou as pessoas referidas na letra antecedente, a perigo de

vida, de demanda, ou de dano patrimonial imediato.

5-PRESUNÇÃO

É A ILAÇÃO QUE SE EXTRAI DE UM FATO CONHECIDO,PARA SE CHEGAR A UM DESCONHECIDO.

As presunções podem ser legais (decorrentes em leis- como a que o marido presume, por lei, ser o pai do filho da mulher nascido no casamento) e comuns (que se baseiam no que ordinariamente acontece na experiência de vida). As comuns não são admitidas nos casos em que a lei exclui a prova testemunhal.

Não são admitidas nos negócios jurídicos cujo valor ultrapasse o décuplo do salário mínimo vigente no país ao tempo em que foram celebrados.

As presunções legais dividem se em: Absolutas (que não admitem prova em contrário), e as relativas (que admitem contraprova)-presunção de paternidade, que pode ser provada por teste de DNA).

6-PERÍCIA:

O EXAME e a VISTORIA são denominados provas periciais. EXAME é a apreciação de algo, por peritos, para ajudar na convicção do juiz. VISTORIA é restrita à inspeção ocular. Há também a AVALIAÇÃO, a atribuição ao bem do seu valor de mercado.

Aquele que se nega a submeter-se a exame médico necessário não poderá aproveitar-se da sua recusa, e a recusa à perícia médica ordenada pelo juiz poderá suprir a prova que se pretendia obter pelo exame.