9
ESCOLA DE ENFERMAGEM SANTA JULIANA CURSO: Técnico de Enfermagem DISCIPLINA: Enfermagem em Unidade de Terapia Intensiva PROFESSORA: Lucineide Almeida DATA: 24/ 02/ 2011 TEMA: Intervenções de Enfermagem em Drenos e Sistemas de Drenagem REVISÃO DA LITERATURA DRENOS CONCEITO: Drenos são materiais colocados no interior de uma ferida ou cavidade, visando sair fluidos ou ar que estão ali presentes, evitando o acumulo e removendo secreções normais ou patológicas CLASSIFICAÇÃO: Quanto ao Material

DRENOS

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: DRENOS

ESCOLA DE ENFERMAGEM SANTA JULIANA

CURSO: Técnico de Enfermagem

DISCIPLINA: Enfermagem em Unidade de Terapia Intensiva

PROFESSORA: Lucineide Almeida

DATA: 24/ 02/ 2011

TEMA: Intervenções de Enfermagem em Drenos e Sistemas de Drenagem

REVISÃO DA LITERATURA

DRENOS

CONCEITO:

Drenos são materiais colocados no interior de uma ferida ou cavidade, visando

sair fluidos ou ar que estão ali presentes, evitando o acumulo e removendo

secreções normais ou patológicas

CLASSIFICAÇÃO:

Quanto ao Material

Borracha: os drenos de borracha apresentam maior vantagem por serem mais

macios e maleáveis, fazendo reduzir a chance de lesões das estruturas infra-

abdominais. Como inconveniente, devido a sua superfície irregular, são mais

sujeitos a colonização bacteriana e formação de fibrina, bloqueando a saída

dos líquidos.

Page 2: DRENOS

Polietileno: são confeccionados de material plástico pouco irritante, às vezes

radiopaco. São rígidos e apresenta fenestrações, permitindo a saída o líquido

por gravitação ou sucção.

Silicone: são tubos de material inerte, radiopaco, menos rígido que o polietileno

e menos sujeito a contaminação bacteriana do que o látex.

Teflon: utilizado em alguns tipos de cateteres venosos, reduzindo a incidência

de flebites e permitindo maior tempo de permanência na veia.

Quanto à formação de ação

Capilaridade ou Natural: a saída das secreções se da através da superfície

externa do dreno. Não há passagem de líquidos pela luz.

Gravidade: utilizam-se cateteres de grosso calibre, colocados na cavidade e

conectados a bolsas coletoras ou borrachas de látex, como por exemplo, dreno

de tórax.

Sucção: são geralmente utilizados em circunstancias em que se prevê o

acumulo de líquidos em grande quantidade, ou por períodos prolongados.

Quanto à estrutura básica

Laminares: Mais conhecido e o dreno de penrose, apresentando em três

diferentes larguras: o numero 1 é o mais estreito, o número 2 e intermediário, e

o número 3 é o mais largo. O número 1 geralmente é utilizado na drenagem de

pequenas lojas e o número 3 quando existe previsão de extravasamento de

grandes quantidades de secreções.

Tubulares: É a forma da maioria dos drenos e cateteres dreno por gravidade e

podendo ser de vários materiais como polietileno, silicone e látex.

Lamino-Tubulares: É uma variação feita através da utilização de um dreno laminar (penrose) com um dreno tubular no seu interior.

Quanto ao calibre

Page 3: DRENOS

O tubo tem seu calibre correspondente a numeração em French (Fr), de forma

crescente, exemplo as sondas nasogastrica e cabos de marcapasso provisório;

e os cateteres, principalmente para uso intravenoso, têm sua medida em

Gauge (G) de forma decrescente.

LOCALIZAÇÃO:

Intravenoso: os cateteres são geralmente siliconados, podendo ter agulha por

dentro, como é o caso dos cateteres periféricos, ou agulha por fora, como é o

caso dos cateteres para punção venosa central.

Aparelho Digestivo: tubos de borracha macia do tipo Levin.

Intestino Delgado: são utilizados tubos para descompressão do delgado

proximal em presença de obstrução. Podem ser de lúmem único, tendo um

balão na sua porção distal, no qual pode injetado mercúrio, ou aqueles nos

quais e colocado um pequeno peso.

Vias Biliares: Os tubos de Kehr, os tubos em T podem ser material plástico ou

de borracha.

Reto e Sigmóide: são utilizados tubos de polietileno para evacuação de

conteúdo líquido ou gazes da porção distal do cólon, em presença de

obstrução parcial ou total, e para a introdução de diversas substâncias, como

líquidos para lavagem (clister), contraste, medicamentos.

Cavidade Abdominal: Podem ser utilizados drenos como o de penrose ou

drenos tubulares de polietileno. A escolha se faz pelo volume esperado de

secreção, tempo de permanência na cavidade, necessidade de infusão de

líquidos ou drogas, risco de erosão de alças intestinais ou vasos.

Urinários: são de dois tipos: os de alívio (cateter uretral) e os de demora

(cateter de folley). O primeiro é indicado somente em casos de retenção

urinária aguda, e o segundo nos casos em que há necessidade de observação

contínua do fluxo urinário.

Page 4: DRENOS

Tórax: é utilizado para retirar coleções liquidas e gasosas que venham a

interferir com o bom funcionamento dos sistemas envolvidos. Pode estar

localizado na cavidade pleural, cavidade pericárdica ou mediastino.

Tubo Traqueal: é utilizado para manter as vias aéreas pérvias,

proteger as vias aéreas isolando do aparelho digestivo, permitir

ventilação com pressão positiva e facilitar aspiração de secreções

da traquéia e dos brônquios. A entubação pode ser traqueal ou

nasotraqueal.

SISTEMAS DE DRENAGEM:

Aberto - é aquele que possui interação com o meio, ou seja, necessária

entrada de ar para bom funcionamento do sistema, risco aumentado de

infecção dependendo da cavidade a que se destina drenar

Fechado é aquele na qual não há interação com o meio, ou seja, não requer

elementos externos adicionais para seu perfeito funcionamento, como por

exemplo, o ar evitando infecções por microorganismos, utiliza-se um sistema

vedado, estéril conectado a extremidade do dreno, pode ser um frasco ou uma

bolsa. Ex.: sistema coletor para cateter vesical, dreno de Kehr, dreno de tórax.

Vantagens: mínimo trauma tecidual, eficácia na drenagem e reduzido risco

infecção. Quando na região a ser drenada possuir um grande volume de

drenagem, poderá ser utilizado um sistema de drenagem com aspiração,

TEMPO DE PERMANÊNCIA

Deve permanecer ate cumprir a finalidade para o qual foi colocado, sendo que

no momento da retirada, os drenos laminares podem ser retirados

gradualmente, ou de uma só vez. Já os drenos tubulares devem ser retirados

de uma só vez.

OBJETIVO:

Permitem a saída de ar e secreções (sangue, soro, linfa, fluido intestinais)

Page 5: DRENOS

Evita infecções profundas nas incisões,

São introduzidos quando existe ou se espera coleção anormal de secreção.

TIPOS DE DRENAGEM

Serosa

Sanguinolenta

Purulenta

Serosanguinolenta

Purosanguinolenta

Seropurulenta

Biliosa

Fecaloide

CUIDADOS DE ENFERMAGEM

DRENO DE PENROSE

Observar e mobilizar o dreno, evitando acúmulo de fibrina

Realizar limpeza com técnica estéril e solução salina

Verificar fixação externa do dreno com a pele

Utilizar bolsa coletora estéril nos casos onde haja drenagem de grande quantidade de líquido.

DRENO DE TÓRAX

Observar fixação do dreno, verificando se não há algum orifício exteriorizado

Realizar troca diária do curativo, observando sinais flogísticos

Manter selo d água cobrindo a porção inferior do tubo

Trocar selo d água a cada 12 hs

Page 6: DRENOS

Anotar débito e características da secreção

Observar sinais de esforço respiratório.

TUBO TRAQUEAL

Fixar adequadamente com cadarço, atentando para não prender o lóbulo da orelha

Aspirar secreções, evitando obstrução do tubo

Relatar presença de sangramento após a aspiração

Anotar aspecto da secreção aspirada

Manter higienização da cavidade oral com antisséptico bucal e/ou água bicarbonatada

Trocar fixação do tubo a cada 24hs ou quando necessário

Observar sinais de esforço respiratório.

Cuidados comuns a todos os tipos de drenos

Observar permeabilidade, verificando possíveis obstruções.

Utilizar sistema de drenagem fechada quando indicado

Observar fixação do dreno, verificando se não há algum orifício exteriorizado

Realizar anotações de enfermagem: Anote o local do dreno;

Tipo de dreno;

Tipo de secreção drenada;

Volume de secreção drenada;

Tipo de coletor;

Se executar mobilização do dreno

Page 7: DRENOS

BIBLIOGRAFIA

BRUNNER, L. S; SUDDARTH, D. S. Tratado de Enfermagem Medica

Cirurgica. v 1, 2. 9 ed. Rio de Janeio; Macgraw Hill, 2002.

NANDA. Diagnostico de enfermagem definições e classificações. Porto Alegre:

Artmed, 2007 2008.

POTTER, PERRY. Fundamentos de enfermagem. v 1, 2.9 ed. Rio de Janeiro:

Mcgraw, 2002.