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APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA DE ARTE Sabemos que, antes de descobrimento do Brasil já recebíamos influencias de varias culturas, às quais fomos incorporando. De acordo com Mirian Celeste Martins, Gisa Picosque e Teresinha Telles Guerra uma referência importante para a compreensão do ensino de arte no Brasil é a célebre Missão Artística Francesa trazida em 1816, por Dom João VI. Foi criada, então, a Academia Imperial de Belas-Artes. O ponto forte dessa escola era o desenho, com a valorização da cópia fiel e a utilização de modelos europeus. O Brasil vinha nessa época seguindo a tendência Barroca principalmente em Minas Gerais, e a missão Artística Francesa assumia o mais puro Neoclassicismo, fazendo com que a arte no Brasil assumisse um aspecto de “luxo”, servindo somente a elite da época. A partir dessa época o ensino da arte tem como ênfase o desenho, pautado por uma concepção de ensino autoritária, concentrada na valorização do produto e na figura do professor como dono absoluto da verdade. Nas décadas de 1950, surgiram algumas disciplinas como artes domésticas, trabalhos manuais, e artes industriais, em cujas aulas meninas eram separadas dos meninos, pois havia artes femininas e artes masculinas. Entre as décadas de 1950 e 1960, começou-se a notar nessas escolas influências de um movimento denominado Escola Nova que tinha por característica a pedagogia centrada no aluno, sendo que nas aulas de artes direcionou-se o ensino para a livre expressão e a valorização do processo de trabalho, sendo que o conteúdo dessas aulas era basicamente o “deixar fazer”, sem muita contribuição para o crescimento do aluno. Em 1971, com a Lei 5692/71 foi criado o componente curricular, Educação Artística. Determinando que nessa disciplina fossem abordados conteúdos de Música, Dança, Teatro e Artes Plásticas nos cursos de Primeiro e Segundo grau. Paralelamente com essa lei criou se os cursos de graduação para a formação de professores polivalentes, pois, os profissionais formados até então pelas escolas de artes não poderiam ministra aulas. Na década de 80 o fracasso destas licenciaturas foi amplamente discutido pelos professores de arte em encontros e congressos. A fragilidade da formação intelectual e o domínio superficial de diferentes áreas artísticas geraram, na maioria das vezes, situações caóticas do fazer pedagógicos

e no Brasil assumisse um aspecto de “luxo”, servindo … · APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA DE ARTE Sabemos que, antes de descobrimento do Brasil já recebíamos influencias de varias

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APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA DE ARTE

Sabemos que, antes de descobrimento do Brasil já recebíamos influencias de

varias culturas, às quais fomos incorporando.

De acordo com Mirian Celeste Martins, Gisa Picosque e Teresinha Telles

Guerra uma referência importante para a compreensão do ensino de arte no Brasil é a

célebre Missão Artística Francesa trazida em 1816, por Dom João VI. Foi criada,

então, a Academia Imperial de Belas-Artes. O ponto forte dessa escola era o

desenho, com a valorização da cópia fiel e a utilização de modelos europeus.

O Brasil vinha nessa época seguindo a tendência Barroca principalmente em

Minas Gerais, e a missão Artística Francesa assumia o mais puro Neoclassicismo,

fazendo com que a arte no Brasil assumisse um aspecto de “luxo”, servindo somente

a elite da época.

A partir dessa época o ensino da arte tem como ênfase o desenho, pautado

por uma concepção de ensino autoritária, concentrada na valorização do produto e na

figura do professor como dono absoluto da verdade.

Nas décadas de 1950, surgiram algumas disciplinas como artes domésticas,

trabalhos manuais, e artes industriais, em cujas aulas meninas eram separadas dos

meninos, pois havia artes femininas e artes masculinas.

Entre as décadas de 1950 e 1960, começou-se a notar nessas escolas

influências de um movimento denominado Escola Nova que tinha por característica a

pedagogia centrada no aluno, sendo que nas aulas de artes direcionou-se o ensino

para a livre expressão e a valorização do processo de trabalho, sendo que o conteúdo

dessas aulas era basicamente o “deixar fazer”, sem muita contribuição para o

crescimento do aluno.

Em 1971, com a Lei 5692/71 foi criado o componente curricular, Educação

Artística. Determinando que nessa disciplina fossem abordados conteúdos de Música,

Dança, Teatro e Artes Plásticas nos cursos de Primeiro e Segundo grau.

Paralelamente com essa lei criou se os cursos de graduação para a formação de

professores polivalentes, pois, os profissionais formados até então pelas escolas de

artes não poderiam ministra aulas. Na década de 80 o fracasso destas licenciaturas

foi amplamente discutido pelos professores de arte em encontros e congressos. A

fragilidade da formação intelectual e o domínio superficial de diferentes áreas

artísticas geraram, na maioria das vezes, situações caóticas do fazer pedagógicos

1

(“decoração” da escola, exploração de materiais sem objetivos claros e a produção de

presentes e apresentações para datas festivas).

No final da década de 1980 e na década seguinte os professores de Arte

mobilizaram se pela manutenção da obrigatoriedade do ensino da Arte.

A nova lei de Diretrizes e Bases 9394/96 mantém e assegura a

obrigatoriedade do ensino de Arte nas escolas de educação básica, havendo também

mudanças nos cursos de graduação em Educação Artística que passaram a ter

licenciatura plena em uma habilidade específica.

A Disciplina de Arte historicamente foi considerada como um conteúdo quase

sem importância diante das demais disciplinas. Hoje podemos dizer que a mesma é

tão importante tanto quanto às demais em nosso sistema educacional como um

espaço de conhecimento, pois, é através dos conteúdos apresentados que

percebemos a sua necessidade na escola e na vida rompendo barreiras de exclusão,

baseada no talento ou no dom, devendo promover o conhecimento sobre as diversas

áreas de arte, possibilitando ao educando experiências de criação.

Uma proposta de ensino de arte tem como função levar o aluno à apropriação

do conhecimento estético e da produção artística, objeto de estudo dessa

disciplina, dando um significado à arte dentro de um processo criador que transforma

o real, produzindo novas maneiras de ver e sentir o mundo.

Na Disciplina de Artes os educandos devem se reconhecer como

participantes e construtores de seus próprios caminhos, fazendo parte da sua vida e

estimulando-os para que a escola se torne um espaço vivo, produzindo um novo

conhecimento, revelador que valoriza a organização do mundo de criança, do jovem e

o seu relacionamento com o outro e com seu meio. Cabe ao educador da disciplina

orientar os processos de criações, propor exercícios que aprimorem essa criação,

promover leituras, a reflexão e a construção de ideias sobre arte, sem medidor da

percepção e apropriação dos conhecimentos e que este por sua vez possa interpretar

as obras, seus aspectos da realidade humana em sua dimensão singular e social.

Assim a disciplina de arte deve proporcionar o aluno a apropriação do conhecimento

em arte de tal forma que produza novas maneiras de perceber e interpretar o mundo,

tendo um olhar critico e capaz de interpretar a realidade além das aparências.

Também cabe a disciplina de Arte promover o conhecimento e a discussão

sobre os, Desafios Sócio Educacionais, como: o Envelhecimento Digno e Saudável,

Meio Ambiente, Diversidade Sexual, e as Relações Étnicos Raciais (Cultura Africana,

2

Indígena e Afro Brasileira), abordando regularmente os desafios para uma

compreensão sobre o conhecimento das múltiplas manifestações, permitindo ao

educando a percepção desses desafios como expressões históricas, políticas e

econômicas da realidade, tornando os desafios sócio educacionais parte integrante

dos conteúdos básicos.

Neste contexto, os objetivos da disciplina de Arte são:

Promover o desenvolvimento integral do individuo, intelectual, cultural,

emocional, social, perceptivo, estético e criador;

Compreender, reconhecer, dominar e aplicar elementos formais que

integram as linguagens artísticas das Artes Visuais, Musica, Dança e Teatro;

Desenvolver e ampliar a percepção do mundo que o cerca;

Conhecer que as produções culturais são frutos das relações sociais e

formas de pensamento em um dado tempo/espaço;

Desenvolver a percepção visual e estética sensível do meio, para

promoções e melhoria do mesmo no aspecto físico e social-cultural;

Valorizar a identidade e a cultura afro-brasileira, africana e indígena e a

contribuição desses povos na formação artística brasileira.

CONTEÚDOS ESTRUTURATES/BÁSICOS DA DISCIPLINA

Os conteúdos discriminados na tabela abaixo são sugestões de trabalho de

acordo de acordo com cada série do ano, nas quatro áreas que abrangem a disciplina

de Arte- Música, Dança, Artes Visuais e Teatro, cada professor enfatizará a sua área

de formação (DCEs).

6º ANO

MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS

FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO

3

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Improvisação

Som do corpo

Construções de

instrumentos

musicais com

elementos da

natureza.

Pré-História

Africana

ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS

FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO

Ponto

Linha

Textura

Forma

Superfície

Volume

Cor

Luz

Bidimensional

Figurativa

Geométrica,

simetria

Figura - Fundo

Técnicas:

Pintura,

escultura,

arquitetura...

Gêneros:

cenas da

mitologia...

Desenho

Conceituar sobre O que é arte?

Pré-História

Arte na Mesopotâmia

Arte Greco-

Romana

Culturas pré-cabralianas e Pré-

Colombianas;

Arte Africana

Folclore

Mitologia

Conceito de desenho e

técnicas (desenho cego, de

memória e de observação)

TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

4

ELEMENTOS

FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO

Personagem:

Ação

Espaço

Espaço

Cênico,

Ação cênica,

personagem,

improvisação.

Teatro de

animação –

criações de

fantoches de

vara.

Gênero:

Tragédia,

Comédia e

Circo.

Pré-História

Greco-Romana

DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS

FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO

Movimento

Corporal

Tempo

Espaço

Fluxo (livre e

interrompido)

Rápido e lento

Técnica:

Improvisação

Pré-história (Dança nos rituais)

Dança Clássica Folclórica

Indígena

Africana

7° ANO

5

MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS

FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo

Melodia

Escalas

Escalas

pentatônicas,

notação

musical,

produção

musical.

Técnicas:

vocal,

instrumental

e mista

Improvisação

Coral

Musica Medieval (Gótica)

ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS

FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO

Ponto

Linha

Forma

Proporção

Tridimensional

Bidimencional

Arte Islâmica, Bizantina,

Renascimento, Gótica

Barroco e Barroco Brasileiro,

6

Textura

Superfície

Volume

Cor

Luz

Luz e Sombra

Perspectiva

Mosaico

Vitrais

Ritmo visual,

Técnicas:

Pintura

Rococó.

Arte Popular e Brasileira

TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS

FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO

Personagem:

expressões

corporais,

vocais,

gestuais e

faciais

Ação

Espaço

Representação,

Leitura

dramática,

Cenografia.

Técnicas: jogos

teatrais,

mímica,

improvisação,

formas

animadas...

Gêneros:

Rua e arena,

Caracterização.

Comédia dell’

Arte (Produção

de Máscaras).

Teatro Clássico, Teatro

Popular e Brasileiro.

7

DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS

FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO

Movimento

Corporal

Tempo

Espaço

Ponto de Apoio

Rotação

Coreografia

Salto e queda

Peso (leve e

pesado)

Fluxo (livre,

interrompido e

conduzido)

Lento, rápido e

moderado

Niveis (alto,

médio e

baixo)

Formação

Direção

Gênero:

popular

Dança Popular e Brasileira

8º ANO

MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

8

ELEMENTOS

FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Produção Vocal

(Hino da

independência),

Poema

sinfônico.

Indústria Cultural

Eletrônica

Rap, Rock, Tecno, Hip Hop,

Música Popular Brasileira,

Romantismo, Simbolistas

(Debussy). Música Clássica e

século XX.

ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS

FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor

Luz

Abstração.

Abstração.

Estilização e

Deformação

(história da

caricatura).

História em

Quadrinhos

Releitura, grafite,

gêneros

temáticos:

paisagem,

Indústria Cultural

Arte no Séc. XIX

Na Europa:

Neoclassicismo,

Romantismo,

Realismo, Impressionismo e

Pós impressionismo,

Fauvismo, Muralismo.

História da Televisão, do

rádio, do jornal e do cinema.

Representação de cinemas

e mídias.

9

paisagem rural,

urbana, natureza

morta, retrato,

auto-retrato e

outros.

Tipos de

esculturas

(entalhar,

modelar, fundir e

construir);

Conceito de

arquitetura

(criações de

maquetes e

plantas)

TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS

FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO

Personagem:

expressões

corporais,

vocais,

gestuais e

faciais

Ação

Espaço

Representação

no Cinema e

Mídias

Texto

dramático

Indústria Cultural

Realismo

Cinema Novo

10

DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS

FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO

Movimento

Corporal

Tempo

Espaço

Giro

Rolamento

Saltos

Direções

(frente,

atrás, direita e

esquerda)

Improvisação

Coreografia

Gênero:

Indústria

Cultural

Hip Hop

Indústria Cultural

Dança Moderna

Vanguarda e Jovem guarda

(Brasil)

9º ANO

MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS

FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Altura

Melodia

Harmonia e

Ritmo

Vanguardas e movimentos do

século XX na Europa.

Música

Contemporânea

Musica Brasileira e seus estilos

11

ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS

FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor

Luz

Carimbos,

Gravura e

Xilogravura,

fragmentação

de imagem,

publicidade e

propaganda,

fotografia,

instalação.

Móbiles e

Stábiles,

técnicas de

colagens.

Técnica:

Pintura,

Grafite.

Design

(conceito,

evolução,

importância)

Ícones

(Iconografia)

Fotografia

Vanguardas

Século XX (Cubismo,

Futurismo, Abstracionismo,

Dadaísmo, Surrealismo, entre

outros).

Pop Art e Op Art.

Minimalismo e Arte Conceitual,

Arte Contemporânea (Body At,

Landy Art, Happenings e

Performances, Arte Povera e

outros)

Arte moderna no Brasil

(Semana de Arte Moderna)

TEATRO

12

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS

FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO

Personagem:

expressões

corporais,

vocais,

gestuais e

faciais

Ação

Espaço

Técnicas:

Monólogo,

Teatro-

Fórum...

Teatro Engajado, Oprimido

Teatro Pobre Absurdo

Contemporâneo.

DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS

FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO

Movimento

Corporal

Tempo

Espaço

Kinesfera

Extensão

(perto e longe)

Gênero:

Performance

Dança

Contemporânea

ENSINO MÉDIO

3º ANO (na matriz é ofertado somente neste ano do Ensino Médio)

MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

13

FORMAIS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo

Melodia

Harmonia

Gêneros:

erudito,

clássico,

popular, étnico,

folclórico,

Pop ...

Técnicas:

vocal,

instrumental,

eletrônica,

e mista

Improvisação

Música Popular e

Brasileira

Indústria Cultural

Vanguarda

Africana e de outros povos

Antiguidade

Contemporânea

ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS

FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO

Ponto

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor

Bidimensional

Tridimensional

Figurativo

Abstrato

Perspectiva

Semelhanças

Contrastes

Antiguidade, Idade Média,

Moderna e Contemporânea.

Arte Africana, Brasileira e

Paranaense, Arte Popular,

Vanguardas e Industria Cultural

14

Luz

Ritmo Visual

Técnica:

Pintura,

desenho,

modelagem,

instalação

performance,

fotografia,

gravura e

esculturas,

arquitetura.

TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS

FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO

Personagem:

expressões

corporais,

vocais,

gestuais e

faciais

Ação

Espaço

Teatro-Fórum

Roteiro

Encenação e

leitura

dramática

Gêneros:

Tragédia,

Comédia,

Drama e Épico

Dramaturgia

Cenografia,

sonoplastia,

figurino e

iluminação

Teatro Brasileiro e Paranaense

Teatro Popular

Indústria Cultural

15

DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS

FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO

Movimento

Corporal

Tempo

Espaço

Kinesfera

Fluxo

Peso

Eixo

Salto e Queda

Giro

Rolamento

Movimentos

articulares

Lento, rápido e

moderado

Aceleração e

desaceleração

Níveis

Deslocamento

Direções

Planos

Improvisação

Coreografia

Gêneros:

Espetáculo,

industria

cultural, étnica,

folclórica,

populares e

salão

Dança Clássica

Dança Popular

Brasileira

Paranaense

Hip Hop

Indústria Cultural

Dança Moderna

Vanguardas

Dança

Contemporânea

16

METODOLOGIA

Na disciplina de arte o professor ao preparar suas aulas deve levar em

consideração o contexto no qual a escola está inserida relacionado o que será

trabalhado com o dia-a-dia do aluno, fazendo com que a escola se torne um espaço

de conhecimento bem como, um espaço prazeroso de ser frequentado, organizando

assim momentos de teoria onde o docente trabalhe o conteúdo científico

historicamente acumulado, para que o aluno perceba, e aproprie a obra artística,

forme seus conceitos e reconheça-se como construtor do conhecido. Além de aguçar

o sentir e o perceber na forma de apreciação, fruição, leitura e acesso à obra de arte,

bem como a prática criativa, ou seja, a produção artística com os elementos que

compõe esta obra. É fundamental que o professor conheça o aluno possibilitando

assim melhorar os encaminhamentos direcionados o seu trabalho para que os alunos

vivenciem o momento de estudo ou prática desenvolvida pelo docente.

Segundo as DCEs, 2008, o trabalho pedagógico estará dividido em três

momentos: teorização, sentir e perceber e o trabalho artístico, trabalhados nem

sempre nesta ordem. A teoria levará a aprendizagem histórica e social produzida pela

arte durante os séculos, assim os educandos compreenderão as obras como um

campo do conhecimento humano, produto de criação, do trabalho, cultura e cotidiano

de sujeitos. O sentir e perceber, será o contato com as diversas manifestações

artísticas que o educador proporcionará aos educandos, as formas de analises,

estudos, pesquisas e reflexão serão essenciais para apreciação de obras das

diferentes áreas. Por fim o trabalho artístico que é o exercício da imaginação e

criação com todos os elementos que compõe a arte, mesmo com dificuldades, ela é

essencial para a sua abrangência e compreensão.

Os Desafios Contemporâneos e a Diversidade étnico-racial serão abordados

de forma interdisciplinar, conforme o conteúdo estruturante que se está trabalhando,

contextualizando-o nos movimentos e períodos, destacando a importância destes

temas na atualidade e as relações com a Arte, as contribuições da Cultura Afro-

brasileiras, Africana e Indígena nas manifestações artísticas brasileira e as

características de sua Arte. Sendo assim será na associação entra arte e a cultura

que se darão as reflexões sobre a diversidade cultural, bem como a história da África

17

e dos africanos, a luta dos negros e d indígenas no Brasil, a cultura desses povos na

formação da sociedade brasileira, resgatando a contribuição desses povos nas áreas

sociais, econômicas e política pertinentes à história do Brasil. Conteúdos esses que

estão de acordo com a Lei 11.645/08.

De acordo com as DCEs 2008, pode-se e deve se utilizar alguns

encaminhamentos metodológicos, como:

-Produções artísticas;

-Pesquisas bibliográficas e de campo;

-Debates em forma de seminários e simpósios;

-Registros em forma de relatórios, gráficos, portfólios, áudios-visuais, entre

outro.

Para isso serão utilizados os seguintes recursos metodológicos:

-TV pen drive, quadro, folhas sulfites, rádio, laboratório de informática,

cartolinas, lápis de cor, lápis cera, tinta, pincéis, arames, colas, tesoura e outros.

AVALIAÇÃO

A avaliação não é um fato isolado e estanque, mas, sim um elemento

indissociável do processo de ensino-aprendizagem. Deve ser contínua, diagnóstica e

não apenas avaliação de processos e aprendizagem do educando, mas o momento

que o educador avalia a sua prática e propõem intervenções pedagógicas para a

superação da não aprendizagem.

O ato de avaliar requer clareza, esta deve permear todo o trabalho

pedagógico do docente, sendo assim a intervenção do docente ajuda na construção

do conhecimento.

A forma de avaliar proposta inclui observação e registro do processo de

aprendizagem, como os avanços e dificuldades percebidos na apropriação do

conhecimento pelos alunos. O professor deve avaliar como o aluno soluciona os

problemas apresentados e como ele se relaciona com os colegas nas discussões em

grupo.

Neste sentido de acordo com a DCE de Arte, 2008, p. 82, os critérios de

avaliação da disciplina são:

18

Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a Arte e sua

relação com a sociedade contemporânea;

A produção dos trabalhos de Arte visando a atuação do sujeito em sua

realidade singular e social;

A apropriação pratica e teórica dos modos de composições da arte nas

diversas culturas e mídias, relacionadas a produção, divulgação e consumo.

Para isso serão utilizados os seguintes instrumentos:

Trabalhos artísticos individuais ou em grupos;

Pesquisas bibliográficas e de campo;

Debates em forma de seminários e simpósios;

Provas teóricas e praticas;

Registros em forma de relatórios, gráficos, portfolios, áudios-visuais, e

outros.

Ainda de acordo com as DCEs 2008, p. 89 a 100, os critérios de avaliação por

ano e conteúdos são:

6º ANO

Música

Compreensão dos elementos que estruturam a música e sua relação

com o movimento artístico na qual se originam.

Desenvolvimento de formação dos sentidos rítmicos e de intervalos

melódicos e harmônicos.

Artes Visuais

Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a Arte e sua

relação com os movimentos artísticos na qual se originou.

Apropriação pratica e teórica e modos de composição visual.

Teatro

Compreensão dos elementos que formam e organizam o teatro e sua

relação, com os movimentos artísticos ao qual se formam.

Apropriação pratica e teórica de técnicas e modos de composição

teatrais.

19

Dança

Compreensão dos elementos que estruturam a dança e sua relação com

o movimento artístico ao qual se originou.

Apropriação pratica e teórica e modos de composição da dança.

7º ANO

Música

Compreensão das diferentes formas musicais populares, suas origens e

práticas contemporâneas.

Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição musical.

Artes Visuais

Compreensão das diferentes formas artísticas e populares, suas origens e

práticas contemporâneas.

Apropriação pratica teórica de técnicas e modos de composição visual.

Teatro

Compreensão de diferentes formas de representações presentes no cotidiano,

suas origens e práticas contemporâneas.

Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição teatrais,

presentes no cotidiano.

Dança

Compreensão das diferentes formas de dança popular, suas práticas e origens

contemporâneas.

Apropriação pratica e teórica de técnicas e modos de composição da dança.

8º ANO

Música

Compreensão das diferentes formas musicais no cinema e nas mídias, sua

função social e ideológica de veiculação de consumo.

Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição musical

nas mídias, relacionadas a produção, divulgação e consumo.

20

Artes Visuais

Compreensão das Artes Visuais em diversos – cinemas e nas mídias, sua

função social e ideológica de veiculação e consumo.

Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição das

artes visuais, relacionadas a produção, divulgação e consumo.

Teatro

Compreensão das diferentes formas de representação no cinema e nas mídias,

sua função social e ideológica de consumo e veiculação.

Apropriação pratica e teórica das tecnologias e modos de composição da

representação nas mídias, relacionadas a produção, divulgação e consumo.

Dança

Compreensão das diferentes formas de dança no cinema, musicais e mídias,

sua função social e ideológica de veiculação e consumo.

Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da

dança nas mídias, relacionadas a divulgação, produção e consumo.

9º ANO

Música

Compreensão da música como fator de transformação social.

Produção de trabalhos musicais, visando atuação do sujeito em sua realidade

singular e social.

Artes Visuais

Compreensão da dimensão das Artes Visuais enquanto fator de transformação

social.

Produção de trabalhos, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e

social.

Teatro

Compreensão da dimensão ideológica presente no teatro e o teatro enquanto

fator de transformação social.

21

Criação de trabalhos teatrais, visando atuação do sujeito em sua realidade

singular e social.

Dança

Compreensão da dimensão da dança enquanto fator de transformação social.

Produção de trabalhos da dança, visando atuação do sujeito em sua realidade

singular e social.

Ensino Médio - 3º ANO

Música

Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a musica e sua

relação com a sociedade contemporânea.

Produções de trabalhos musicais, visando atuação do sujeito em sua realidade

singular e social.

Apropriação pratica e teórica dos modos de composição musical das diversas

culturas e mídias, relacionadas a produção, divulgação e consumo.

Artes Visuais

Compreensão dos elementos que estruturam e organizam as Artes Visuais e

sua relação com a sociedade contemporânea.

Produção de trabalhos de artes visuais visando a atuação do sujeito em sua

realidade singular e social.

Apropriação pratica e teórica dos modos de composição das artes visuais nas

diversas culturas e mídias, relacionadas a produção, divulgação e consumo.

Teatro

Compreensão dos elementos que estruturam e organizam o teatro e sua

relação com o movimento artístico no qual se originaram.

Compreensão da dimensão do teatro enquanto fator de transformação social.

Produção de trabalhos teatrais, visando a atuação do sujeito em sua realidade

singular e social.

Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição teatrais.

Dança

22

Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a dança e sua

relação com o movimento artístico no qual se originaram.

Compreensão das diferentes formas de dança popular, suas origens e práticas

contemporâneas.

Compreensão da dimensão da dança enquanto fator de transformação social.

Compreensão das diferentes formas de dança no cinema, musicais e mídias,

sua função social e ideológica de veiculação e consumo.

Apropriação pratica e teórica das tecnologias e modos de composição da

dança nas mídias, relacionadas a produção divulgação e consumo.

RECUPERAÇÃO PARALELA

A Recuperação Paralela será ofertada a todos os educandos e acontecerá no

horário normal de aula de forma paralela ao conteúdo e atividades trabalhadas, estará

disponível durante todo o ano letivo. A recuperação Paralela será uma retomada dos

conteúdos não apreendidos pelo educando. Assim serão ofertados mecanismos

avaliativos para recuperação de “conteúdos” e “notas”. Por ocasião, se os valores

atribuídos à avaliação recuperativa ultrapassarem aos anteriores, haverá a

substituição dos mesmos. Assim, sempre prevalecerá o maior valor alcançado. É

importante que fique claro que, estes mecanismos avaliativos aplicados tanto no

processo inicial quanto no de recuperação paralela, poderão variar. Esta variação

ocorrerá devido ao dinamismo do processo, pelas características individuais dos

alunos e pela própria necessidade de alternância dos mecanismos avaliativos.

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

-Diretrizes Curriculares da rede publica de Educação Básica do Estado do

Paraná. Arte/Artes.

-BRASIL/MEC. Decreto №2.208, de 17 de abril de 1997. In: BRASIL/MEC.

Educação profissional de nível técnico. Brasília: MEC, 2000.

-BOSI, Alfredo. Reflexões sobre a arte. São Paulo: Ática, 1991.

-Lei № 11.645 de 10 de março de 2008.

23

-PARANÁ. Conselho Estadual de Educação. Deliberação № 007 de 09 de

abril de 1999.

-PROENÇA, Graça. Descobrindo a História da Arte. São Paulo: Ática, 2005.