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Edição 51 - Revista de Agronegócios - Outubro/2010

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Edição 51 - Revista de Agronegócios - Outubro/2010

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(16) 3025-2486(16) 3025-2486

TELEFONE

E-MAILS

ANTONIO CARLOS MARINHEIROProprietário Rural. Ribeirão Preto (SP). “Parabéns pelas fotos antigas da minha cidade, Batatais. Gostaria de receber gra-tuitamente a revista.

MAURO JOSÉ ARAGÃOGerente da Agropecuária MIL. Itaú de Minas (MG). “Quem é produtor rural tem o privilégio de ler e aprender com notícias novas e esclarecedoras da Revista Atta-lea Agronegócios. Ela ajuda o homem do campo a ter sucesso na labuta do dia-a-dia”.

YASMINE MARTINS SCALABRINIPedregulho (SP). “Gostaria de assinar a revista em nome do produtor rural Cláudio Henrique Morcia, do Sitio São Francisco”.

TAIARA EVANGELISTAPratápolis (MG). “Gostaria de assinar a revista em nome do produtor rural Romero Machado Campos Junior. Ele trabalha com confi namento bovino”.

CLAUDIR FREITAGEstudante. Pato Branco (MG). “Sou es-tudante de Agronomia e gostaria de rece-ber a Revista Attalea. Parabéns a toda a equipe pelas matérias e informações transmitidas”.

LUCAS PAULINOTécnico em Agricultura. São Tomás de Aquino (MG). “Achei muito interessante as matérias da revista”.

CUSTÓDIO JOSÉ ROSAHortifrutigranjeiro. Franca (SP). “Tenho uma chácara na estrada Franca-Claraval. Tenho algumas criações e cultivo verdu-ras. Gostaria de adquirir a revista”.

Confraternização e Pesquisa

CONTATOSITE

www.revistadeagronegocios.com.br

NOVO ENDEREÇORua José Domingos de Oliveira Morais,

3581, Esplanada Primo MeneghettiCEP 14.403-240 - Franca (SP)

[email protected]@netsite.com.br

[email protected]

EDITORIAL

Esta é a primeira edição da Re-vista Attalea Agronegócios após 50 outras de muita in-formação. São cinco anos de

planejamento e trabalho contínuo de toda a nossa equipe. Mês a mês foram inúmeras entrevistas, fotos, visitas téc-nicas, eventos sociais, palestras, semi-nários e contatos profi ssionais. Tudo para levar a você, leitor, a melhor in-formação agropecuária da região da Alta Mogiana, Sul e Sudoeste Mineiro.

O destaque desta edição é o tra-balho das pesquisadoras Celma, Maria Carlota e Vera Lucia, do IEA - Institu-to de Economia Agrícola, que traça um panorama da mão-de-obra da cafeicul-tura em todo o Estado de São Paulo. Em outro artigo, também relacionado à questão da mão-de-obra, retratamos que esta limita os ganhos da cafeicul-tura.

Reproduzimos ainda informação da Fundação Pró-Café que mostra uma nova técnica de enxertia de mudas de café.

Na irrigação, publicamos o primeito artigo de experiente consul-tor Regis Ricco Alves. Ele mostra que a irrigação é a “diferença entre produzir” e “talvez produzir”.

Publicamos, também, os resulta-dos e as personalidades presentes na

festa de premiação dao 8º Concurso de Qualidade de Café da Alta Mogiana, realizado pela AMSC - Associação de Cafés Especiais Alta Mogiana no mês passado, no Clube de Campo de Franca (SP).

Dentre os eventos, apresentamos a cobertura completa do 20º Encontro Anual de Engenheiros Agrônomos de Franca e Região, onde a Revista Atta-lea Agronegócios foi parceira e patro-cinadora.

Na seção Silvicultura, mostramos o primeiros registros do ataque do fun-go Ceratocistis fi mbriata em talhões de Eucalipto no estado do Tocantins. Já na cultura de citros, o problema continua sendo o Greening.

Entre os colunistas, ressaltamos Olivier Geneviève com “Os caminhos das Sociedades Rurais num Mercado Globalizado”; e Gerhard Bohne apre-senta “O Novo Perfi l do Engenheiro Agrônomo”.

Na ovinocultura, apresentamos novo artigo dos pesquisadores da Em-brapa, Aspaco e IBS sobre a raça Mo-rada Nova na região de Franca (SP).

Destacamos também a nova co-luna da revista: “Você Sabia?”, fruto da contribuição expontânea do Dr. Hélio Casale.

Boa leitura a todos!

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FERTILIZANTES

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LEITE

Silagem de milho: combinandovolume com qualidade

Rafael Seleme 1

A seleção dos híbridos é o primeiro passo para se ob-ter uma silagem com alta qualidade. Os híbridos para

produção de silagem possuem carac-terísticas agronômicas especiais como a menor participação de fi bras e conse-qüente melhor digestibilidade e maior produção de grãos, componente este responsável pela energia da silagem.

Quando o plantio dos híbridos é combinado com adequadas práticas de manejo por meio de uma correta adubação, população de plantas, além de outras, com o processo de ensila-gem, observando o período ideal de corte, tamanho das partículas, compac-tação, tempo de vedação, dentre ou-tras, têm-se como resultado a produção de silagens de alta qualidade.

1 - Engenheiro Agrônomo e Gerente de Marketing Técnico da Pioneer Sementes

Neste contexto, o Sistema de Combinação de Híbridos torna-se fer-ramenta-chave no planejamento para produção de silagem de alta qualidade com maior produção de matéria verde (MV) e matéria seca (MS) com maior valor energético (NDT - Nutrientes Digestíveis Totais). O Sistema de Com-binação de Híbridos permite maior janela de corte criando um ambiente favorável para que a lavoura de milho seja cortada dentro da faixa ideal pro-porcionando um trabalho sem atrope-los e maximizando a estrutura da pro-priedade.

Sistema de Combinação de Híbri-dos – Ampliando a Janela de Corte

De forma geral, o ponto ideal de

FOTO 1 - Espiga no ponto ideal de corte

corte se dá quando os grãos de milho atingem o estádio de farináceo-duro, momento em que a planta acumula a maior quantidade de matéria seca (MS) de melhor qualidade nutricional, po-dendo variar seus teores de MS entre 32% e 38%.

Neste estádio da lavoura, com 50% da linha do leite, colhe-se 95% dos grãos e 100% da forragem que o milho pode produzir. Na Tabela 1, ve-rifi ca-se que quanto mais cedo se colhe o milho para silagem, menor é a parti-cipação de espigas e, por conseqüência menos grãos, o que produzirá uma si-lagem com teor de energia e qualidade abaixo da capacidade real da lavoura, simplesmente por uma decisão errada do momento de cortar a lavoura.

Esta prática, o corte antecipado da silagem, sob o ponto de vista econômi-co, implica no aumento dos custos de produção, pois silagens de baixo valor energético demandam maiores quan-tidades de concentrado na dieta para atender as exigências nutricionais dos animais.

A maneira mais efi ciente de ga-rantir que a lavoura será cortada no ponto ideal é ampliar a janela de corte através do uso do Sistema de Combi-nação de Híbridos. O plantio de dife-rentes híbridos com características es-peciais para silagem e com diferentes ciclos deve ser um recurso utilizado pelo agricultor.

Esta prática permite que a janela de corte seja o maior possível,

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LEITE

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LEITE

aumentando a probabilidade de que o corte da lavoura seja feito den-tro do melhor período, ou seja, entre 32% a 38% de MS (grão fariná-ceo-duro ou 50% da linha do leite). Isso assegurará uma silagem com maior qualidade e com mais energia.

Observe no Gráfico 1, um exemplo do uso do Sistema de Combi-nação de Híbridos na ampliação da janela de corte, considerando que os híbridos foram plantados na mesma época/data.

De acordo com os dados apresentados, é possível afirmar que, em média, principalmente em função de condições ambientais como temperatura, o uso do Sistema de Combinação de Híbridos pode am-pliar para 15 dias a janela de corte quando comparado ao uso de ape-nas um híbrido, podendo este período variar para mais ou para me-nos dependendo do acúmulo térmico de cada região. Veja que uma

simples seleção e combinação de híbridos permite uma maior possibilidade de obter uma silagem de alta qualidade, reduzindo custos pela diminuição do uso de concentrados na dieta animal.

Este período de corte pode ser ainda maior caso o plantio seja escalonado, ou seja, faça a semeadura dos híbridos em diferentes épocas por meio de um seqüenciamento de plantio.

No caso de plantios escalonados, o uso do Sistema de Combinação deve seguir as reco-mendações técnicas e de posicionamento dos hí-bridos. A época de plantio e, conseqüentemente, as condições ambientais exercem forte influência sobre o resultado da lavoura. A

VOCÊSABIA?

# Que milho verde, até bem pouco tempo atrás, era simplesmente o milho colhido antes da ma-turação? Hoje, foram desenvolvidas variedades específicas para consumo in natura, com grãos amarelo-claros, macios e com bom teor de açúcar e amido. O cultivo do milho verde ocupa cerca de 28.000 ha, com produção de 250.000 tonela-das anuais.

# Que o Girassol é planta da família das Com-postas e de origem americana. É considerada planta bocífera, ou seja, muito exigente em boro. A cabeça é chamada de capítulo e quanto maior ele for, maior a quantidade de boro disponível no solo, e capítulo menor significa que está faltando boro. Boa planta indicadora.

# Que a Soja é originária das regiões frias da China e foi “tropicalizada” graças á pesquisa agronômica, permitindo seu cultivo comercial nas regiões quentes. Assim a lavoura se expandiu e está sendo cultivada em todo o Brasil.

por Hélio Casale

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9NOV 2010

PECUÁRIA

Céu azul para a pecuária brasileira em 2011Silmar Muller 1

As novas e boas perspectivas pa-ra os mercados agrícolas em

2011, particularmente para os grãos, como soja e milho, e para algodão, café e açú-car, se estendem também à pecuária e às carnes em geral.

Após período de de-clínio nos últimos três anos, por conta dos refl exos da crise econômico-fi nanceira mundial sobre o consumo, a demanda por carne bovina tende a se estabilizar e encontrará oferta mais apertada no próximo ano, o que oferece novas e ex-celentes oportunidades para o Brasil, o maior exportador mundial, já patente pela continuada valorização do produ-to nos últimos meses, com o preço mé-dio da exportação brasileira beirando os 4.200 dólares a tonelada, 17% acima de um ano atrás.

A julgar pelas primeiras projeções para 2011 divulgadas em outubro pelo Departamento de Agricultura dos Es-tados Unidos (USDA) sobre a oferta e demanda globais, o comércio mundial de carne bovina deve crescer mais de 2% no próximo ano, a partir da amplia-ção das importações por tradicionais e novos países demandantes. Além disso, também o consumo interno no Brasil deve continuar crescendo na medida em que aumenta a demanda per capita, que superará os 37 quilos/ano, fazendo com que o país suba para o 3º lugar no ranking mundial, ultrapassando pela primeira vez os Estados Unidos. Pela frente, agora, só restarão nossos vi-zinhos mais carnívoros do Mercosul

(Argentina e Uruguai), que devoram 54 quilos per capita/ano.

Com o boi brasileiro já beirando os 100 reais/arroba (ou 60 dólares, o boi mais caro do mundo pelo nosso câmbio sobrevalorizado), devido à falta de gado pronto para abate, é hora de investir na produção, com a vantagem brasileira do boi a pasto, mais rentável no momento, por não depender tanto de rações diante da forte valorização dos preços do milho e do farelo de soja.

De acordo com as projeções do USDA, a produção mundial de carne bovina dependerá em 2011 sobretudo do Brasil e, em menor grau, da Índia. Mesmo assim, a oferta não será sufi ci-ente para compensar o declínio espera-do para outros países, do que resultará outro ano de suprimentos apertados. A concorrência será pequena. Nos Es-tados Unidos, o maior produtor mun-dial, da mesma forma que no Canadá ou Austrália, a perspectiva é de de-clínio nos rebanhos e na oferta de gado para abate, ao mesmo tempo em que o aumento dos custos da alimentação dos bovinos limitará a recuperação da oferta pela União Européia. A seca na Rússia também elevou os custos da ra-ção e deve contrair a produção do país.

Uma nova constante em termos

de concorrência está na Índia, que detém o maior rebanho bovino do mundo e cujas ex-portações de carne mantêm crescimento sustentado, con-solidando o país asiático como o quarto exportador mundial, só superado por Brasil, Aus-trália e EUA. A pecuária bovi-na indiana é focada sobretudo em leite (a vaca é sagrada para a maioria dos hindus que, por motivos religiosos – quase ¾ da população professam o hinduísmo, não consomem carne bovina, limitada às mi-

norias islâmicas, cristãs e outras). Com o rebanho crescendo para atender ao aumento da demanda por leite, a produção de bezerros (machos) acaba gerando um natural mercado exceden-te, cujo destino óbvio é a produção de carne para exportação.

De qualquer forma, é bom lem-brar para não generalizar: ao além do grande contingente não hinduísta (cerca de 300 milhões num país de 1,2 bilhão de habitantes), mesmo os hin-duístas, embora em parte vegetarianos, além de frango também consumidores de carnes vermelhas (de búfalo) e entre as novas gerações começa a se reduzir o preconceito contra a carne bovina e seu consumo cresce, o que limita o potencial de crescimento futuro (e da concorrência) das exportações indi-anas. Mais importante no momento é nos preocuparmos com o potencial dos nossos próprios vizinhos do Mercosul, a Argentina em particular, que diante da melhora do mercado pode buscar recuperação de sua produção e de sua posição exportadora perdida para a Ín-dia.

As importações mundiais podem aumentar 3%, se depender do apetite de alguns países e da capacidade de atendimento dos países exportadores.

1 - Jornalista, economista, e diretor da Probiz, empresa responsável pela realização do PecFo-rum 2010, nos dias 17 e 18 de novembro de 2010, em Uberlândia (MG).

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10NOV 2010

PECUÁRIAEmbora os mercados tradicionais

tendam a se manter estáveis, outros continuam a se expandir, como são os casos de Venezuela, Irã, Egito e de vários outros países emergentes, sobre-tudo da Ásia. A China, também grande produtora e autossuficiente, infeliz-mente ainda não está nesta lista, com o consumo de proteínas crescendo mais na direção dos suínos e do frango. Mas continua sendo um grande potencial futuro também para as carnes verme-lhas.

As exportações, embora ainda parcialmente contidas pelos altos preços e restrições sanitárias em al-guns países, devem aumentar 2% em 2011. O Brasil tem tudo para capturar a maior fatia desse aumento da demanda internacional, com crescimento pre-visto de 8% no volume de suas vendas externas, segundo o USDA.

Para atender ao forte crescimen-to tanto do consumo interno (81% do total produzido, o que já torna o país o

segundo consumidor mundial) quanto das exportações, o Brasil precisará au-mentar sua produção de carne bovina para 9,41 milhões de toneladas em 2011, 3% ou 265 mil toneladas a mais do que o volume estimado para 2010, projeta o organismo do governo ameri-cano.

As novas demandas exigirão melhoria da qualidade do rebanho e da produção de carne bovina no país, sobretudo em produtividade, tendo em vista as novas limitações ambientais para o crescimento horizontal que sur-gem a partir do novo Código Ambien-tal Brasileiro a ser votado no Congresso ainda no final deste ano. Isso exigirá do pecuarista brasileiro maior cuidado com a gestão integrada do seu negó-cio. Além disso, os desafios sanitários e consequentes barreiras comerciais continuarão implicando limitações de acesso a alguns mercados, o que exige precaução e sistemas de rastreabilidade mais eficientes e confiáveis. As regras

do mercado, ademais, passam a ser ditadas cada vez mais pelo consumidor, seja interno ou externo, mais exigente em termos de qualidade e origem, o que implica satisfações de cunho sani-tário, social e também ambiental.

São desafios novos, é verdade, Mas também um novo e importante momento para o pecuarista brasileiro retomar os investimentos na produção, com gerenciamento novo e de forma sustentável, para garantir a rentabi-lidade que não teve em tempos pas-sados. Oportunidades de demanda não faltam. E oportunidades novas de capitalização ou financiamento estão aparecendo, sejam públicas ou da área privada, como os fundos nacionais e internacionais de investimentos, que já vislumbraram nas commodities agrí-colas e no agronegócio possibilidades que já não se veem em outras formas de aplicação financeira depois da crise de 2008/09. É tempo de aproveitar e voltar a lucrar. A

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11NOV 2010

EVENTOS

Com a presença de Wagner Rossi e Bertoni, AMSC premia vencedores do 8º Concurso

Wagner Rossi (ministro da Agricultura) e Carlos Arantes Corrêa (diretor da Revista Attalea Agronegócios)

Sami El Jurdi, Nelson Watanabe (gerente Yanmar Agritech), Liliana Jurdi e a mãe Maria Elaine.

O cafeicultor José Milton de Souza é premiadopela Comissão Organizadora.

Manoel Bertone e a diretoria da AMSC: Flávia Olivito, Gabriel Mei Alves de Oliveira, Milton Pucci e a esposa Luisa Léia.

Com um público estimado de 400 pessoas, em festa brilhantemente organizada no mês passado, no Clube de Campo de Franca (SP), a diretoria da AMSC premiou os vencedores do 8º Concurso de

Qualidade de Café da Alta Mogiana. O evento contou ainda com a participação de Wagner Rossi (ministro da Agricul-tura, Pecuária e Abastecimento); Manoel Bertone (Secretário de Produção e Agroenergia do MAPA) e o Dr. José Cassiano (representante da CODEAGRO).

José Luiz Sanmarco Palma (Fazenda Esperança, Altinópolis/SP) venceu na categoria Café Natural. Francisco Antônio Rios Corral (Fazenda Santana, Pedregulho/SP) ven-ceu na categoria Cereja Descascado. E na categoria Micro-Lote, José Lancha Filho (Fazenda Santa Terezinha, Franca/SP) fi cou em primeiro lugar.

O evento contou com o patrocínio do Banco Bradesco, Yanmar-Agritech, Sami Máquinas, NaandanJain, Samaritá, Cooperfran, Colorado John Deere, Syngenta, Faesp/Senar, Bolsa Agronegócios, A.Alves New Holland, Octávios Café e Santoro Café.

Entre as empresas compradoras, destaque para: Labareda do Caititu; EISA; Atlanta Coffee; Bourbon; Cafeeira Francana; Santoro; Brasc e Suplicy e Lucca Cafés.

No evento foi lançado o excelente livro de memórias da cafeicultura da Alta Mogiana. De autoria de“Ao Sabor das Memórias do Café”, de Lucileida Mara de Castro.

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12NOV 2010

EVENTOS

André Cunha (Monte Alegre Soluções Agrícolas) e a esposa Lucimara. Luis Gustavo de Andrade (Syngenta) e Fernando Ribeiro (Fazenda Kissol)

José Édson (Cafeeira Silva & Diniz) e a esposa Carla Luis Cláudio Cunha (Cooperfran) e a esposa Elaine.

O cafeicultor José Lancha Filho e a esposa.Anderson Paltanin (Colorado John Deere) e o cafeicultor Toninho David

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13NOV 2010

Cafeicultor de Altinópolis moderniza frota e adquire 10 tratores da Sami Máquinas

No último dia 2 de outubro, na Fazenda Santa Helena, em Altinópolis, houve uma grande

mobilização. Primeiro, a Sami Máquinas Agrícolas entregou os 10 tratores ad-quiridos pelo cafeicultor Juliano Calil. Foram 5 tratores 1155 super estreito e

5 tratores 1175.Posteriormente, contando com a

presença do vendedor da Sami Máqui-nas Rodrigo Morais e de 25 funcionários da Fazenda Santa Helena, foi realizado um curso técnico em que dois técnicos da Yanmar-Agritech abordaram a op-

eração dos tratores e manutenção dos mesmos. O curso técnico, que durou todo o período da manhã, foi dividido entre teoria e prática.

Na parte prática, os funcionários tiveram também a oportunidade de testar a operação dos tratores.

À direita, o cafe-icultor Juliano Calil com os tra-tores que foram adquiridos. À es-querda, detalhe do curso minis-trado pelos téc-nicos da Yanmar-Agritech.

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14NOV 2010 “Os caminhos das sociedades

rurais num mercado globalizado”

ARTIGO

Olivier Genevieve - presidente da ONG Sucre-Ethique e Professor na Escola de Comércio INSEEC. Lyon - Paris.

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A formação das teorias eco-nômicas modernas ini-ciaram-se em cima de va-lores do século das luzes

e com o início do domínio mundial da Inglaterra no fi nal do século 18. A alternativa francesa a este dominio acabou-se na ilha de Santa Helena - “um merda que o diabo fez voando da América do Sul para a África” – com o exílio do Imperador Napoleão e o seu sonho de uma Europa Continental. Em 1821, Napoleão analisava na suas memórias a defeita deste modelo con-tinental, explicando que o povo inglês era um povo de negociantes e sobre o fracasso do bloqueio continental que tinha com objetivo de acabar com o economia da Pérfi da Albion.

Frente ao pai fundador da eco-nomia moderna, o famosíssimo inglês Adam Smith (1723-1790) e o seu livro fundador do dogma econômico atual baseado em cima do comércio, “A Riqueza das Nações”; o francês Fran-çois Quesnay (1694-1774) que expli-cava alguns anos antes que a riqueza dos povos era baseada na agricultura foi esquecido.

Após a última abertura das eco-nomias modernas para as mercadorias, com a chegada a China na Organiza-ção Mundial do Comércio (OMC), em novembro de 2001 – Napoleão tinha falado sobre a China que “no dia que ela acordasse o mundo iria tremer” – a próxima fronteira da “integração das economias” será no setor agricola; no qual o Brasil hoje, e talvez a África amanhã, tem um papel preponderante. Sem acordo em cima do dossiê agríco-la, a OMC fi ca paralizado.

Será que a origem do valor é o co-mércio ou a agricultura? a oferta ou a procura? Talvez um pouco dos dois em

cima do paradigma de mercados nacio-nais, herança de centenas de anos de construção das nossas sociedades mo-dernas e democráticas. Um fato, é que nunca um rendimento poderá ser tão bom quanto o da agricultura: plantan-do um, pode receber vinte, trinta após a colheita. A nao ser a magia de um Bernard Lawrence Madoff, verdadeiro Moloch capitalista, e seus «subprimes» ou seja «fundos podres». O modernis-mo, herança da Revolução Industrial, deu a humanidade imensas possibili-dade de rendimentos por hectares.

Na metade do século passado, a chamada revolução verde da Índia como a conquista da Amazônia abriu outras fronteiras tantas qualitativas do que quantitativas.

Todavia, pouco a pouco, num caminho inexorável, as fronteiras foram puxadas até este início de século novo em pontos últimos da Amazônia ou da fl oresta africana.

As multinacionais, grande atores do mercado internacional por ser in-termediários entre a oferta e a procu-ra, têm vantagem em poder controlar fontes de produtos agrícolas como os mercados com consumidores solúveis. Economicamente elas tem utilidade em cima de mercados “livres” aonde os produtos agrícolas de matérias-primas viram « commodities » ; “fl uidifi cando” a oferta e a procura num mercado glo-balizado sediado nas bolsas de Nova Yorque ou Londres. Por estes motivos, os grandes atores econômicos do mer-cado das «commodities» estão na cor-rida da terra.

Somente no Brasil, 23,3% das terras da cana estão controlados pelas multinacionais. A participação de empresas estrangeiras no setor su-croenergético deve ir a 37% até 2015,

de acordo com estimativa da Datagro Consultoria. Este fenômeno está tam-bém acontecendo fortemente na Á-frica, último lugar aonde terá espaços para um agricultura efi ciente ou seja produtivista.

Produzir comida para 9 bilhões de pessoas no mundo hoje e talvez 15 bilhões em 2015 é um desafi o imenso. Mas não se pode esquecer que tudo este mundo não é economicamente seguro. O mercado somente aceita consumidores e não seres humanos. O desafi o socialista deste século nosso é justamente fazer dos seres humanos consumidores e dos consumidores seres humanos.

Nos últimos anos, novos consum-idores chegaram no mercado nacional com a aceleração da economia nacio-nal e redistribuição social durante o governo Lula. Não é impossível que isso não aconteça em outros países.

Este lance entre consumo e ci-dadania somente será possível num equilíbro entre comércio e agricultura, ter e ser, oferta e procura, pragmatis-mo e humanismo. Porque, no fi nal, a agricultura não mente, como falava o Marechal Petain (1856-1951) na defei-ta francesa de 1940 frente ao alemães ou quando no fi nal do “...E o Vento Le-vou” um dos primeiros fi lmes em cores da história do cinema, a atriz Vivian Leigh (Scarlett O’Hara no fi lme) pega-va a terra vermelha da fazenda “Tara”, que assegura a continuade das gerações e da espécie humana.

É para isso que se deve trabalhar com força e vigor para um mundo mais justo que tudos queremos não somente os altermundalistas no qual alguns es-tão tão longe das realidades agrárias do que perto das ideologias de um século passado.

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15NOV 2010

Cafeicultores de Ibiraci (MG) e Serra Negra (SP)vencem 7º Concurso de Qualidade de Café da Cocapec

CAFEICULTURA

A Cocapec - Cooperativa de Cafeicultores e Agropecu-arias da Região de Franca premiou no dia 7 de outu-

bro, os vencedores do 7º Concurso de Qualidade de Café da Alta Mogiana – Seleção Senhor Café.

A premiação dos cinco melhores lotes de café na categoria cereja descas-cado e natural aconteceu no salão do hotel Shelton Inn, em Franca (SP).

O evento foi apreciado pela dire-toria da cooperativa, cooperados e fa-miliares e, também, pelo coordenador do Centro de Agronegócio da Funda-ção Getúlio Vargas (FGV-EESP), presi-dente do Conselho do Agronegócio da FIESP e ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, que proferiu uma palestra com o tema “Brasil Agrícola: Presente e Futuro”.

Os vencedores ganharam troféus e kits Senhor Café, sendo que os cinco premiados da categoria natural rece-beram, respectivamente: R$ 10 mil, R$

8 mil, R$ 6 mil, R$ 4 mil e R$ 2 mil em vale-prêmios para compras nas lojas da cooperativa.

Eurípedes Alves Pereira (Fazen-da Peixinho, em Ibiraci/MG) venceu na Categoria Cereja Descascado, com pontuação 85,0. Ailton José Rodrigues (Fazenda São Domingos, em Pedreg-ulho/SP) fi cou em segundo lugar.

Na Categoria Café Natu-ral (via seca), Paulo Rogério Pul-

lini Marchi (Sítio Nossa Senhora Aparecida, em Serra Negra/SP) ven-ceu com pontuação 86,2. Em segundo lugar fi cou Célio Izidoro Pereira (Sítio Izidoro, em Itirapuã/SP).

Os cinco primeiros colocados na Categoria Café Natural foram contem-plados com vale-compras nas lojas Co-capec, com valores que variaram de R$ 10 mil para o primeiro lugar até R$ 2 mil para o quinto A

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16NOV 2010

CAFEICULTURA

Celma da Silva Lago Baptistella 1

Maria Carlota Meloni Vicente 2

Vera Lucia Ferraz S. Francisco 3

A cultura do café há muito não é o principal cultivo no Estado de São Paulo e é uma das lavouras que exi-

bem encolhimento em termos de área ocupada. Contudo, a cultura é muito importante quanto ao aspecto social, pois estava presente em 21.742 UPAs ocupando uma área de 211.533,65 ha no Estado em 2008. A redução de área é compensada pelo incremento no número de plantas que saltou de 380 milhões em 1996 para 512 mi-lhões em 2008, ou seja, incremento de 34,6% no parque cafeeiro sem prejuízo à produção, que apresentou taxa de crescimento de 1,04% a.a. Embora existam diferentes tipos de colheita, a manual ainda é adotada em muitas regiões, em especial nas que possuem terrenos irregulares.

Dadas as diferentes caracte-rísticas tecnológicas e estruturais das regiões cafeeiras paulista, onde se des-taca o uso intensivo e sazonal de traba-lho, este estudo visa atualizar os dados estatísticos sobre a ocupação de mão de obra na cultura.

A metodologia para obtenção dos dados primários foi baseada em dese-nho de amostra probabilística estratifi -cada dos informantes do Levantamen-to Censitário de Unidades de Produção Agropecuária 2007/08 (Projeto LUPA). A estratifi cação seguiu dois critérios:

a) geográfi co - segundo eixos de localização da cultura (Figura 1); e

b) dimensional - segundo ta-manho do parque cafeeiro medido em hectares, a saber:

1) - até 2 ha;2) - entre 2 e 5 ha;3) - entre 5 e 10 ha;4) - entre 10 e 20 ha;

A ocupação de mão-de-obra na cafeicultura paulista

5) - entre 20 e 50 ha;6) - entre 50 e 100 ha;7) - entre 100 e 180 ha; e8) - estrato censitário com uni-

dades de produção agropecuárias que continham área cultivada com café su-perior a 180 ha.

As informações têm como refe-rência a safra 2009/10 e o período de coleta dos dados ocorreu em julho e agosto de 2010, mediante aplicação de questionário estruturado nas áreas que compõem a unidade de produção agrí-cola.

Para a safra de 2010, espera-se produção3 de 4.560,0 mil sacas de café benefi ciado para o Estado de São Pau-lo, com incremento de 35,1% frente às 3.375,2 mil sacas obtidas na safra 2009. A área de café foi de 175.679,0 ha e a

produtividade das lavouras paulistas alcançou a média de 27 sc./ha (Tabela 1).

O total de plantas foi estimado em 499,5 milhões, ocupando 175.679,0 ha, resultado do incremento da den-sidade de cultivo que evoluiu para 2.844 pl/ha atuais, frente às 2.420 pl/ha (LUPA 2007/08), ou seja, expansão de 17,5% no estande médio das lavouras paulistas.

De acordo com informações do levantamento especial realizado entre julho e agosto de 2010, a cafeicultura paulista ocupou 76,7 mil pessoas dis-tribuídas nas categorias de proprie-tário, arrendatário, parceiro (e seus respectivos familiares) e de trabalha-dores assalariados, considerando-se residentes e não residentes nas UPAs. Deste total, a categoria proprietário

1 - Pesquisadora do IEA. Email: [email protected] - Pesquisadora do IEA. Email: [email protected] - Pesquisadora do IEA. Email: [email protected]

Figura 1 – Localização Geográfi ca dos Eixos Cafeeiros, Estado de São Paulo, 2010.

REGIÃO

Alta Mogiana de FrancaMontanhas da Mantiqueira eBragança PaulistaMogi-Mirim e S. J. da Boa VistaEspigão Garça-Marília esudoeste de Ourinhos-AvaréDemais regiõesESTADO

FONTE: Dados elaborados pelos autores com base em CONAB/CATI/IEA

50.551

54.704-

49.53620.888

175.679

ÁREA(ha) %

28,8

31,1-

28,211,9

100,0

1.545.881

1.226.673-

1.176.511611.056

4.560.121

PRODUÇÃO(sc 60kg) %

33,9

26,9-

25,813,4

100,0

11.552

27.233-

20.03917.84676.670

MÃO-DE-OBRA %

15,1

35,5-

26,123,3

100,0

Tabela 1 - Estimativa de Área, Produção e Número de Pessoas Ocupadas na Cafei-cultura, Estado de São Paulo, 2010

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LEITE

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18NOV 2010

CAFEICULTURAFO

TOS:

Edi

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(e familiares) participou com 37,9%, os parceiros com 5,5%, a categoria arren-datário com 0,5% e, em maior propor-ção, os assalariados com 56,1% (Tabela 2).

O número de arrendatários e fa-miliares (residentes e não residentes nas UPAs) tem diminuído na cafei-cultura paulista. No levantamento de 2006, a participação desta categoria era de 7,0% do Estado, ou seja, com 2.475 pessoas com 24,0% destes residindo nas unidades produtivas. Em 2010, foram totalizadas 384 pessoas nesta categoria, com 105 arrendatários resi-dentes na UPA.

A categoria assalariado (residente e não residente na UPA) apresentou maior representatividade na ocupação de mão de obra no cultivo de café no Estado de São Paulo (43.035 pessoas),

notadamente os não residentes na UPA, que totalizaram 28.728 pessoas. Esses informes

sinalizam mudança estrutural na ocupação de mão de obra na cafeicultura em relação a perío-dos anteriores, pois este cultivo sempre priorizou a mão de obra residente nas fazendas, com des-taque para proprietários, arren-datários, parceiros e seus famili-ares.

O principal eixo produ-tor paulista, Alta Mogiana de Franca, espera colher a quanti-dade de 1.545,9 mil sacas de café beneficiado na safra 2010, com incremento de 36,4%, em rela-ção à safra de 2009, que obteve 1.133,5 mil desse produto. O grande volume de precipitações ao longo de 2009 e o adequado manejo agronômico adotado pe-los cafeicultores da região são fatores responsáveis pela elevada produtividade dos talhões, cal-culada em 33 sc./ha. Com a co-lheita praticamente encerrada, os cafeicultores ainda mantêm mobilizadas suas máquinas na

Tabela 2 - Estimativa da População Residente e Não Residente na UPA, por Categoria de Ocupação nas Regiões Cafeeiras, Estado de São Paulo, 2010

REGIÃO

Alta Mogiana de FrancaMontanhas da Mantiqueira eBragança PaulistaMogi-Mirim e S. J. da Boa VistaEspigão Garça-Marília esudoeste de Ourinhos-AvaréDemais regiõesESTADO

1.843

5.733 -

3.0265.077

15.679

residente %

11,8

36,6 -

19,332,4

100,0

1.315

5.824-

3.7822.463

13.384

não-residente %

9,8

43,5-

28,318,4

100,0

PROPRIETÁRIOS e FAMILIARES

1

2-

102-

105

residente %

1

1,9-

97,1-

100,0

157

0-

122-

279

não-residente %

56,3

0-

43,7-

100,0

ARRENDATÁRIOS e FAMILIARES

REGIÃO

Alta Mogiana de FrancaMontanhas da Mantiqueira eBragança PaulistaMogi-Mirim e S. J. da Boa VistaEspigão Garça-Marília esudoeste de Ourinhos-AvaréDemais regiõesESTADO

FONTE: Dados elaborados pelos autores com base em CONAB/CATI/IEA

192

1.313-

174139

1.818

residente %

10,6

72,2-

9,67,6

100,0

471

720-

271.1532.371

não-residente %

19,9

30,4-

1,148,6

100,0

PARCEIRO e FAMILIARES

2.269

6.458-

4.1211.459

14.307

residente %

15,9

45,1-

28,810,2

100,0

5.305

7.183-

8.6857.555

28.728

não-residente %

18,5

25,0-

30,226,3

100,0

ASSALARIADO

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MIG

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19NOV 2010

CAFEICULTURA

realização do trabalho de varreção que deverá ser utilizado em, aproximadamente, 30% da quantidade total colhida. Esse eixo produtor ocupou 11.551 pes-soas e a principal categoria arregimentada foi a assala-riada, que representou 65,6%, enquanto a categoria proprietário e seus familiares obteve 27,3%.

Na região Montanhas da Mantiqueira, que compreende os municípios dos EDRs de Bragança Paulista, Mogi-Mirim e São João da Boa Vista, a produção esperada para a safra 2010 será de 1.226,7 mil sc. beneficiadas. Comparando com o ciclo ante-rior, em que foram colhidas 883.295 sacas, consta-tou-se expansão de 38,9% na oferta regional, com produtividade de 23 sc./ha. A condição de montanha alonga o ciclo produtivo das plantas. Assim, em torno de 30% das lavouras ainda permanecem à espera da colheita, especialmente, nas grandes propriedades. O alto custo da mão de obra rural para prestação do serviço de colheita do café e a concorrência por tra-balhadores pelas outras culturas, como batata, cebola e morango, são fatores responsáveis pelo atraso na apanha dos grãos. A diversificada indústria regional e os serviços conexos a ela também imprimem forte concorrência pela mão de obra de menor capacitação, usualmente empregada na cafeicultura. Nesta região, a participação das categorias que mantêm relação de produção foi maior em comparação às outras regiões, ou seja, foram ocupados 11.557 proprietários e seus familiares e 2.033 parceiros e familiares. Mesmo não tendo finalizada a colheita, o número de assalariados (residentes e não residentes), até julho, foi de 13.641 pessoas. Esta região tem ocupado o maior número de trabalhadores no Estado.

É nesta região, também, que se constatou desânimo muito acentuado com o futuro da lavoura. Por se tratar de uma cafeicultura de montanha, há uma pressão sobre os custos para os quais as cota-ções vigentes, nos últimos anos, não foram capazes de suportar. Ademais, percebe-se nessa cafeicultura a prevalência de produtores familiares já mais idosos e com dificuldades de sucessão para a condução das lavouras. Na ausência de mão de obra familiar para

realizar os tratos culturais e colheita, e dado o alto custo de contratação para esses serviços no mercado de trabalho local, muitos cafei-cultores erradicaram seus talhões. A con-versão para pastagens tem sido a alternativa mais frequente.

O espigão de Garça-Marília e sudoeste de Ourinhos-Avaré caracterizam-se pela pre-ponderância de lavouras novas e do emprego mais frequente da irrigação, especialmente na primeira localidade citada. Esses fatores explicam o incremento da atual safra, esti-mada em 1.176,5 mil sacas de café beneficia-do. Na safra anterior, o volume obtido foi de 837,5 mil sacas. Isto significa que a expansão da oferta no atual ciclo alcançará 40,5% de incremento. Observou-se elevado percentual de varreção também nessa região. Entre 20% e 30% do total do café colhido será proveni-

ente dessa técnica. Nessa região, os cafeicultores familiares encer-raram a colheita, enquanto os empresariais ainda possuem 40% dos talhões a serem colhidos. É a segunda região na arregimentação de mão de obra e destaca-se quanto à ocupação da categoria arrenda-tário e seus familiares, tanto residentes quanto não residentes. A penetração das variedades de maturação mais tardia é grande nessa região. Assim, provavelmente, ao longo de todo o mês de setembro ainda ocorrerá colheita nessa região. A

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20NOV 2010

CAFEICULTURA

Encontro se consolida como o principal evento

da classe agronômica

Realizado há mais de 20 anos em Franca, o Encontro Anual de En-genheiros Agrônomos da Região de Franca se consolidou como o prin-

cipal evento da classe agronômica do ano. Além de comemorar o “Dia do Engenheiro Agrônomo” - data ofi cialmente instituída em 12 de outubro de 1933 -, o Encontro Anual busca reunir os profi ssionais de todas as ge-rações para homenagens e confraternização.

Na última edição, o 20º Encontro Anual foi realizado no dia 23 de outubro, no Salão do Agabê, em Franca (SP) e contou com a participação de 110 engenheiros agrônomos e um total de 280 participantes.

Neste ano, a Comissão Organizadora realizou 15 reuniões, organizando o forma-to do evento, bem como estudando os cur-riculuns dos profi ssionais indicados por cada membro da comissão.

O homenageado do ano: o Engº Agrº José de Alencar Coelho Junior (Cocapec) e a esposa Maria Amélia Capaneli Guimarães.

A Comissão Organizadora 2010: Eder de Carvalho (Cocapec), Danielle Fernandes (Dedeagro), Antônio Rigolin (Casa das Sementes), Ricardo Ravagnani (Cocapec), Márcio Figueiredo (Cati), Antônio Carlos (Embrapa), Carlos Arantes (Revista Attalea Agronegócios), Marcelo Augusto (Cocapec), Luciano Fer-reira (Coonai) e Roberto Maegawa (Cocapec). Participaram ainda da comissão: Daniel Figueiredo (Santander) e Enéias Cordeiro (Mosaic).

Pelo trabalho desenvolvido na Cyanamid, na Basf, na Serrafértil e na Média Agrícola, junto aos agricultores de toda a região, especifi camente com relação à utilização de aminoácidos, foi premiado no evento o Engº Agrº José de Alencar Coelho Junior como o profi ssional do ano.

O Encontro Anual contou ainda com várias premia-ções, um bom jantar, boa bebida e a apresentação de uma

excelente banda: a Banda Teed.Além da brilhante organização da Comissão de Festas,

o evento só foi possível graças ao patrocínio de mais de 47 empresas parceiras do Engenheiro Agrônomo. As empre-sas participaram de várias peças publicitárias constantes no Plano de Mídia, tanto durante o evento, como em placas de outdoor e na Revista Attalea Agronegócios.

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21NOV 2010

CAFEICULTURA

O Engº Agrº Tomaz del Bianco é sorteado com brinde da Comissão Orga-nizadora: uma Botina Beretta, da Schio Brasil.

O Engº Agrº Alex Faleiros (Cocapec) e a namorada. O cafeicultor e Engº Agrº Wanderley Lima Salgado e a família.

O Engº Agrº Breno Algarte Moreno e a namorada. O cafeicultor e Engº Agrº Maury Faleiros e a esposa.

O Engº Agrº Fernando Pavão (Viveiro Pavão) e a esposa. O Engº Agrº Alex Rodrigues Kobal (Biolimp) e a família.

O Engº Agrº Iran Francisconi é sorteado com brinde da Comissão Orga-nizadora: um jantar com a esposa na Churrascaria Nono Mio.

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22NOV 2010

CAFEICULTURA

O cafeicultor e Engº Agrº David Sebastião Ferreira a esposa. O Engº Agrº Welson Roberto (CETESB / DEPRN) e a família

O Engº Agrº Paulo Peroni (DEDEAGRO) e a namorada. O Engº Agrº Márcio Lima Freitas (BAYER CROPSCIENCE) e a família.

O Engº Agrº Renato Duarte (BASF) e a esposa. O Engº Agrº André Siqueira (CASA DO CAFÉ) e a família.

O Engº Agrº José Carlos S. Neto (NUTRINORTE) e a esposa.O Engº Agrº Shigueru Kondo (CATI) e a esposa.

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23NOV 2010

CAFEICULTURA

Os Engºs Agrºs Gisele Pereira Avelar (COLÉGIO AGRÍCOLA FRANCA) e Pedro César Avelar (Diretor EDA-Franca CATI) com o filho.

O Engº Agrº Fernando Ribeiro (FAZENDA KISSOL) e a esposa.

O Engº Agrº Giovano Algarte Moreno (CATI - Pedregulho) e a esposa. O Engº Agrº Edson Castro do Couto Rosa e a esposa.

O cafeicultor e Engº Agrº Milton Eugênio Jorge Monteiro e a esposa. O Engº Agrº Saulo Faleiros (COCAPEC) e a família.

O Engº Agrº Elbio Rodrigues Alves (MONTE BELO) e a esposa. O cafeicultor e Engº Agrº Maurício Makoto Kondo e a esposa.

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24NOV 2010

CAFEICULTURA

Um novo sistema de enx-ertia do cafeeiro per-mite, através da técnica da encostia, que uma

mesma planta tenha duas raízes. A tecnologia, simples e barata, aumenta a taxa de crescimento da muda e a torna mais resistente a nematóides, especialmente nas áreas com infestação por Meloido-gyne incognita. Pesquisadores da Fundação Procafé estudam o sistema há quase dez anos com o objetivo de substituir a enxertia por garfagem em cunha, bastan-te utilizada no Brasil. O método inovador é um dos temas do 36° Congresso Brasileiro de Pesquisas Cafeeiras, que acontece de 26 a 29 de outubro, em Guarapari (ES).

A principal diferença do novo sistema de enxertia é a pouca exigência de cuidados especiais. Enquanto a garfagem em cunha, feita com mudas no estágio de palito-de-fósforo, exige habilidade

Fundação Procafé recomenda novo sistema de enxertia: mais simples, barato e efi caz

do enxertador e atenção com a umidade para um bom pegamento, a técnica por encostia elimina es-ses problemas. De acordo com o agrônomo José Braz Matiello, à frente das pesquisas, a principal característica da técnica é a simpli-cidade.

“O novo sistema vai eliminar esse problema de pegamento. A

gente pega a sacolinha e planta duas sementes próximas, uma que vai ser o enxerto e outra que será o porta enxerto. Nos experimentos, nós utilizamos uma muda do arábica e outra do robusta. Quando elas atingem o estágio do primeiro para o segundo par de folhas, com mais ou menos dez centímetros de altura, a gente faz o que a gente chama de encostia. Corta uma beirinha de uma e de outra, encosta as duas mudas e dá um nozinho com uma fi ta biodegradável ou um pregador de roupa. Após trinta dias, aquilo cola e forma uma muda. A parte que é do robusta em cima, que a gente não quer, a gente corta e então fi ca só a parte de baixo. A novidade é que a gente

Sementes germinadas na sacolinha: a da es-querda, de Catuaí, e a da direita, de Conillon

Mudas do 1º - 2º par de folhas, no ponto de enxertia.

Cortando ambos os caules das mudas, cerca de 1,5cm para a encostia para união dos caules, coincidindo as partes cortadas das duas mudinhas.

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25NOV 2010

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deixou a planta com uma parte aérea e duas raízes. Uma arábica e outra robusta”, explica.

O resultado, segundo o pesquisador, é um aumento consi-derável da taxa de crescimento da planta. O sistema radicular do arábica absorve mais os nutrientes da parte de cima do solo e o do robusta se alimenta dos nutrientes que ficam mais abaixo. Isso faz com que a planta tenha melhor absorção de água e, consequen-temente, nutrientes.

Ainda de acordo com Matiello, a muda pega mais fácil no sistema novo que no sistema normal, em viveiro.

O nova técnica não exige cuidados especiais com ambiente úmido porque as duas mudas continuam se desenvolvendo sem

qualquer estresse, já que contam com suprimeiro de água e nutrientes através de seus sistemas radiculares.

A próxima etapa da pesquisa é a realização de ex-perimentos em nível comercial. O primeiro plantio de grande porte será feito esse ano, em um viveiro monta-do na Zona da Mata, com capacidade para cem mil mu-das. Nessa etapa, a Fundação Procafé fará os experimen-tos em parceria com a Embrapa.Na opinião de Matiello, os resultados promissores vão fomentar estudos seme-lhantes em outras regiões, para que se comprove a eficá-cia e a viabilidade da técnica. (FONTE: Portal Dia de Campo e Fundação Procafé)

Passando a fita biodegradável

Com 20-30 dias a união cicatrizou e pode-se cortar a parte aérea do cavalo (Robusta),podendo-se ou não cortar a parte baixa do enxerto (Catuaí)

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26NOV 2010

CAFEICULTURA

Importância da amostragem de solo para uma cafeicultura sustentável

Alysson Vilela Fagundes 1

A rentabilidade da atividade cafeeira depende da obten-ção de boas produ-

tividades, as quais são obtidas em solos férteis e com bom equilíbrio entre os nutrien-tes. A cafeicultura atual está

1 - Engenheiro Agrônomo, Mestre em Fitotecnia - PROCAFÉ

implantada em solos de baixa fertilidade ou empobrecidos por produções sucessivas, o que demanda a adição constante de fertili-zantes e corretivos.

Para realização de uma adubação equilibrada, o primeiro passo é a realização de uma amostragem de solo correta. A su-plementação dos nutrientes requeridos pelo cafeeiro só é pos-sível após conhecer a demanda dos mesmos pela planta e a sua disponibilidade no solo, cuja determinação é feita por análises químicas. Resultados analíticos não representativos levam a re-comendações equivocadas comprometendo a produtividade e conseqüentemente elevando os custos de produção com sérios

AMOSTRAGEMDE SOLO

Amostragem padrãoProjeção da saiado cafeeiroIncorreta 130cm fora da saiaIncorreta 2Meio da rua

FONTE: Dados elaborados pelos autores com base em CONAB/CATI/IEA

B

0,74

0,45

0,37

Cu

7,7

6,1

11,3

Mn

8,4

9,6

15,3

Fe

34,2

20,8

23,7

Zn

9,4

7,8

10,8

MO

3,41

2,36

3,0

m

17,2

0,0

0,0

V%

27,8

61,9

66,8

Mg

0,32

0,78

1,02

Ca

1,43

2,80

3,09

K

72

64

46

P

8,1

16,6

8,1

pH

5,0

6,0

6,1

comprometimentos na rentabilidade da atividade, po-dendo em alguns casos até mesmo inviabilizá-la. Por esse motivo torna-se importante a coleta de amostras de solo representativas do ambiente explorado pelo sistema radicular.

Com objetivo de se estudar melhor a respeito de tal assunto, instalou-se na Fazenda Experimental de Varginha um ensaio em uma área de 0,35 ha, da culti-var Acaiá IAC 474-19 plantada em janeiro de 2003. As coletas foram feitas das seguintes formas:

1. Amostragem padrão - na projeção da saia do cafeeiro.

2. Amostragem incorreta 1 - 30 cm fora da pro-jeção da saia.

3. Amostragem incorreta 2 - no meio da rua.

Com relação aos principais macros e micronu-trientes observou-se diferenças superiores a 100% somente devido à variação na forma de coleta da amostragem de solo (Tabela 1). Diferenças dessa mag-nitude impactam profundamente na produtividade e conseqüentemente na rentabilidade da lavoura cafee-ira.

Com base no experimento acima citado podemos perceber diferenças enormes somente devido a reti-rada de amostras em locais considerados errados. O solo deve ser coletado sempre na faixa de adubação, ou seja, se o produtor realiza uma adubação mecanizada sob a saia do cafeeiro, o local correto de retirar essa amostra é sob a saia; se a adubação é realizada me-canicamente em toda a área da lavoura, o local cor-reto passa a ser tanto o meio da rua quanto a projeção da copa da planta. Em resumo, a amostra deve ser retirada onde ocorre absorção pelo sistema radicular do cafeeiro e onde ocorre acidifi cação decorrente da adubação nitrogenada.

Tabela 1: Resultados de análise de solo, em uma área de 0,35 ha, em uma lavoura do cultivar Acaiá IAC 474-19 plantada em 2003 na Fazenda Experimental de Varginha. Varginha-(MG).

VARIAÇÕES ENTRE AMOSTRAGENSpH: 17% V: 139%P: 104% MO: 44%K: 56% Zn: 38%Ca: 116% Mn: 82%Mg: 218% B: 100%

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27NOV 2010

CAFEICULTURA

A escalada das cotações do café no mercado internacional abre boas perspectivas de remuneração para quem investe na com-modity nesta safra 2011/12. Para muitos

produtores, pode ser a chance de ampliar ganhos obtidos no ciclo passado, em parte já favorecida pela ascensão dos preços. Mas o quadro positivo não é generalizado, e o aumento de custos, este sim geral, tende a pressionar margens sobretudo para quem não investe em produto de melhor qualidade.

Apreciado no exterior, o café colombiano, por exemplo, está atualmente 45% mais valorizado do que na média dos últimos seis anos. Na mesma comparação, o grão brasileiro de boa qualidade apa-rece, em média, com cotações 21% superiores. Para as exportações dos dois países, a aquecida demanda externa e os problemas na oferta de concorrentes da América Central sustentam a tendência. Ontem, os preços voltaram a subir e atingiram o maior pata-mar nos últimos 13 anos. Os contratos para março fecharam o dia a US$ 2,0235 por libra-peso, valori-zação de 2%.

“Ainda que o preço tenha melhorado, o au-mento dos custos consumiu boa parte da renda. De qualquer forma, o mundo se prepara para enfrentar um défi cit na relação entre oferta e demanda, que tende a gerar uma alta maior que, aí sim, será rever-tida para o produtor”, afi rma Carlos Melles, presi-dente da Cooparaíso, cooperativa sediada em São Sebastião do Paraíso (MG).

Próximo dali, no município de Guaxupé, Car-los Paulino, presidente da Cooxupé, maior coopera-tiva de café do mundo, diz que o fato da maior parte dos cooperados ser de agricultores familiares per-mite que a renda seja maior. “Quando o cafeicultor é pequeno e usa a mão de obra familiar, o peso disso no custo é menor. Isso permite que ele aproveite melhor essa alta de preços que estamos vendo”, afi r-ma Paulino.

Mas o cenário para o café de qualidade inferior é distinto. Dados da Organização Internacional do Café (OIC) apontam que, em 2010, a média de US$ 0,7483 por libra-peso paga pelo café robusta, nor-malmente menos valorizado que a variedade arábi-ca, é 2,3% inferior à média dos últimos seis anos.

“Houve uma valorização dos preços do café, mas isso vale para o produto fi no, de alta qualidade. No caso brasileiro, da safra que colhemos em 2010 cerca de 30% foram de café robusta, 15% de café arábica de baixa qualidade e os 55% restantes de um produto melhor, capaz de aproveitar o bom mo-mento de preços”, diz o consultor Luiz Araripe, da Valorização Empresa de Café.

Se a elevação dos preços não favoreceu toda a safra de 2010 - estimada pela Conab em 47,2 milhões de sacas - o aumento dos custos, especialmente da

Mão-de-obra limita ganhos na cafeiculturamão de obra, consumiram parcela signifi cativa da rentabilidade da cultura. Em Guaxupé, onde predomina a colheita manual e os grãos têm qualidade superior, o peso da mão de obra passou a representar mais de 50% do custo total.

Já nos polos onde a mecanização pode ser introduzida, como no oeste da Bahia, a realidade é diferente. Se por um lado a operação e o aluguel de máquinas respondem por 26,5% dos custos, a parcela da mão de obra tem um peso de apenas 3,7%, conforme a Conab.

“Os preços foram bons, mesmo durante o pico da colheita. Mas não podemos esquecer que existem diferenças de tecnologia em cada região produtora e que interferem diretamente na formação do custo. Nossos levantamentos apontam para oscilações entre R$ 250 e R$ 400 por saca”, afi rma Margarete Boteon, do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/USP).

Mesmo com a renda da última safra sendo comprometida em algumas regiões por conta dos custos, a expectativa para os próximos anos é de uma valorização ainda maior com melhor aproveitamento por parte dos cafeicultores. O ritmo de crescimento da oferta será inferior ao aumento da demanda.

A difi culdade dos países da América Central em elevar a oferta e com a safra 2011/12 no Brasil sendo menor, devido ao ciclo de baixa da bienalidade do café, a expectativa é de alta mais expressivas a partir de 2011. (FONTE: Valor Econômico) A

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28NOV 2010

CAFEICULTURA

Refl etindo sobre investimento em IrrigaçãoRégis Ricco Alves 1

Antes de mais nada, agradeço à Revista Attallea pelo con-vite para tentar, com meu modesto entendimento, dis-

cutir sobre este tema tão importante e espero contribuir para que o faça à altura deste conceituado Informativo.

Passado o período de seca, faz-se necessário uma boa refl exão sobre Irrigação. A partir desta matéria, es-taremos em outras próximas edições nos aprofundando sobre o tema, abor-dando outras questões extremamente importantes, como: manejo, balanço hídrico, stress, fl oradas e fertirrigação.

É sabido por todos que temos uma cultura de alto valor agregado, porém com custeio elevado. Ocorre que, pas-samos quase todo o ano buscando me-canismos para levar as lavouras à um grau de sanidade e enfolhamento tal, que nos faça extrair ao máximo o po-tencial produtivo das plantas. Para isso, faz-se necessário gastos elevados com: calagem, gessagem, fosfatagem, fertilizantes (macro e micro), trata-mento fi tossanitário (fungicidas, in-seticidas, bactericidas, etc...), além de formicidas, herbicidas, desbrotas, car-pas, todas as atividades mecanizadas. Isso sem falar de custos administrati-vos, folha de pagamento, impostos e encargos, assistência técnica, energia elétrica, telefone, combustíveis, seca-gem, benefício, fretes, seguros, análises de solo e folhas, assistência jurídica, sacarias, lenha, e outras tantas despe-sas. Não bastasse todo o exposto, temos compromisso também com a manuten-ção de benfeitorias, máquinas em geral, renovação de frota e investimentos em máquinas colhedoras e para varrição, que muitas vezes se fazem necessários para tentarmos minimizar o maior de todos os gastos: a colheita.

Todo esse custo pode ser absorvi-do e minimizado quando se consegue uma boa produtividade média, aliada à bons preços.

Como preço é um ítem que não podemos manipular e interferir de maneira positiva, só nos resta o que é possível: trabalhar para ser um bom produtor e ter boa média de produtivi-dade!

Se isso dependesse somente de

nós, talvez não teríamos muitos pro-blemas, mas em vários anos sofremos com intempéries. Podemos citar 3 (três) grandes problemas que podemos ter no decorrer de um ano agrícola: geada, chuva de granizo e seca.

A geada pode ser prevista com al-guma efi ciência e acerto, porém muito pouco ou quase nada podemos fazer para prevenir e amenizar o desastre.

A chuva de granizo não é passível de previsão e pode causar, de pequenos danos até a perda total da lavoura.

Então nos resta a pior de todas as intempéries: a seca!

A seca (por período além do nor-mal) pode ser prevista, mas com pouca efi ciência já no médio prazo. As pre-visões passam à não ser muito con-fi áveis a partir do 5º (quinto) dia e com pouquíssima efi ciência e confi abilidade para semanas e meses adiante.

Isso nos deixa numa situação de grande desconforto e insegurança na atividade. Digo isso porque, com ex-ceção da colheita, podemos ter gastos acima dos R$ 5.000,00 (cinco mil reais) por hectare em custeio e daí em diante temos uma atividade de altíssimo risco. Tudo pode ter sido em vão e se perder aos nossos olhos por falta de apenas um insumo: a água!

Em muitos casos, pode-se in-terferir usando mecanismos de irri-gação. É sabido também que algumas propriedades não dispõem de recurso (água) para tal. Mas em outras tantas, o produtor tem a Água disponível mas tem muito receio e/ou medo de fazê-lo. Esse medo é perfeitamente justifi cável, haja vista o valor do investimento que, no caso do gotejamento ou pivô cen-tral, pode ser da ordem de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) até R$ 7.000,00 (sete

mil reais) dependendo da planialtime-tria (topografi a), energia elétrica dis-ponível e dimensão do projeto.

Tomando por base os valores a-tuais de mercado de café (R$ 300,00 a saca - outubro/2010), podemos trans-formar esse investimento em sacas de café, o que pode custar entre 17 e 23 sacas de café. Em alguns casos é até possível promover a troca da irrigação em CPR’s parceladas, mas na maioria dos casos os produtores optam por fi -nanciamento via BNDES com carência e bom parcelamento.

A partir do exposto até agora, essa refl exão torna-se pertinente principal-mente para as lavouras que apresentam grande potencial produtivo. Pode-se então concluir que, se perdermos algo em torno de 20 sacas por hectare, o investimento “se paga” já no primeiro ano! Isso sem considerar que, além da possibilidade de fi car no vermelho no ano em questão, pode-se colocar em situação extremamente delicada, outras questões como: pagamento de outros investimentos contratados e a própria viabilização da propriedade.

É consenso em grande parte dos técnicos e produtores que, em novos plantios (lavoura nova) as respostas são superiores e rápidas, mas há que se considerar a vulnerabilidade de al-guns talhões com médias baixas (em função de défi cit hídrico) para que se possa buscar melhoria na média geral da propriedade.

Concluindo, costumo dizer que em muitos casos, a irrigação é a dife-rença entre “produzir bem” e “talvez produzir”!

Nas próximas edições, vamos fa-lar sobre outros temas importantes re-lacionados à irrigação do cafeeiro.

1 - Diretor da RR Consultoria Rural - Café Irri-gado desde 1995. A

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29NOV 2010

CAFEICULTURA

A escalada das cotações do café no mercado internacional abre boas perspectivas de remuneração para quem investe na commodity nesta

safra 2011/12. Para muitos produtores, pode ser a chance de ampliar ganhos obtidos no ciclo passado, em parte já favorecida pela as-censão dos preços. Mas o quadro positivo não é generalizado, e o aumento de custos, este sim geral, tende a pressionar margens sobretudo para quem não investe em produto de melhor qualidade.

Apreciado no exterior, o café colombi-ano, por exemplo, está atualmente 45% mais valorizado do que na média dos últimos seis anos. Na mesma comparação, o grão brasileiro de boa qualidade aparece, em média, com co-tações 21% superiores. Para as exportações dos dois países, a aquecida demanda externa e os problemas na oferta de concorrentes da América Central sustentam a tendência.

“Ainda que o preço tenha melhorado, o aumento dos custos consumiu boa parte da renda. De qualquer forma, o mundo se pre-para para enfrentar um défi cit na relação entre oferta e demanda, que tende a gerar uma alta maior que, aí sim, será revertida para o produ-tor”, afi rma Carlos Meles, presidente da Coo-paraíso, cooperativa sediada em São Sebastião do Paraíso, no sul de Minas.

Próximo dali, no município de Guaxupé, Carlos Paulino, presidente da Cooxupé, maior cooperativa de café do mundo, diz que o fato da maior parte dos cooperados serem de agri-cultores familiares permite que a renda seja maior. “Quando o cafeicultor é pequeno e usa a mão de obra familiar, o peso disso no custo é menor. Isso permite que ele aproveite melhor essa alta de preços que estamos vendo”, afi rma Paulino.

Mas o cenário para o café de qualidade inferior é distinto. Dados da Organização In-ternacional do Café (OIC) apontam que, em 2010, a média de US$ 0,7483 por libra-peso paga pelo café robusta, normalmente menos valorizado que a variedade arábica, é 2,3% in-ferior à média dos últimos seis anos.

“Houve uma valorização dos preços do café, mas isso vale para o produto fi no, de alta qualidade. No caso brasileiro, da safra que co-lhemos em 2010 cerca de 30% foram de café robusta, 15% de café arábica de baixa quali-dade e os 55% restantes de um produto me-lhor, capaz de aproveitar o bom momento de preços”, diz o consultor Luiz Araripe, da Valo-rização Empresa de Café.

Se a elevação dos preços não favoreceu toda a safra de 2010 - estimada pela Conab em 47,2 milhões de sacas - o aumento dos cus-tos, especialmente da mão de obra, consumi-ram parcela signifi cativa da rentabilidade da

Custo alto pode limitar lucro em algumas regiõescultura. Em Guaxupé (MG), onde predomina a colheita manual e a os grãos têm qualidade superior, o peso da mão de obra passaram a representar mais de 50% do custo total.

Já nos polos onde a mecaniza-ção pode ser introduzida, como no oeste da Bahia, a realidade é dife-rente. Se por um lado a operação e o aluguel de máquinas respondem por 26,5% dos custos, a parcela da mão de obra tem um peso de ap-enas 3,7%, conforme a Conab.

“Os preços foram bons, mes-mo durante o pico da colheita. Mas não podemos esquecer que existem diferenças de tecnologia em cada região produtora e que interferem diretamente na formação do custo. Nossos levantamentos apontam para oscilações entre R$ 250 e R$ 400 por saca”, afi rma Margarete Boteon, do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/USP).

EXPECTATIVA PARA O FUTURO - Mesmo com a renda da última safra sendo comprometida em algumas regiões por conta dos custos, a expectativa para os próxi-mos anos é de uma valorização ain-da maior com melhor aproveita-mento por parte dos cafeicultores. O ritmo de crescimento da oferta será inferior ao aumento da de-manda. A difi culdade dos países da América Central em elevar a oferta e com a safra 2011/12 no Brasil sendo menor, devido ao ciclo de

baixa da bienalidade do café, a ex-pectativa é de alta mais expressivas a partir de 2011.

“Existe um otimismo grande em relação ao futuro dos preços e, de fato, teremos um período de bonança por algum tempo”, diz Carlos Brando, diretor da P&A Consultoria. O consultor defende que diante do cenário atraente seria o ideal para promover mu-danças necessárias à atividade. “É a chance que o Brasil tem para realizar mudanças estruturais no sentido de resolver o problema da rentabilidade da cultura”, diz. Brando, que aponta quatro pontos considerados essenciais.

O primeiro seria a criação de um movo modelo tecnológico para viabilizar a cafeicultura de mon-tanha, uma das mais atingidas pelo custo da mão de obra. O segundo ponto é a necessidade de fi nanciar a transferência e difusão das tecno-logias já existentes. Outra mudança necessária é a alteração no sistema de fi nanciamento, que tenha como base a produtividade e não apenas a área plantada, como ocorre hoje. Por mim, o quarto ponto envolve um plano de marketing efetivo, com objetivo de agregar valor ao café. “O problema é que o setor só se une para discutir assuntos im-portantes quando seus problemas estão prejudicando muita gente e nunca durante um período de bonança como o que se desenha agora”, afi rma Brando. (FONTE: Valor Econômico) A

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30NOV 2010

FRUTICULTURA

Greening atinge 38,8% dos talhões dos pomares paulistas

O greening, pior doença de citros no mundo, atin-giu 38,8% dos

talhões dos pomares paulis-tas, segundo o levantamen-to amostral realizado pelo FUNDECITRUS - Fundo de Defesa da Citricultura, no primeiro semestre deste ano.

O estudo apontou que 36 mil talhões estão con-taminados com a doença – em 2009, era 23 mil, o que representa um aumento de 56% em todo o Estado de São Paulo. A região mais afetada é a central, que apre-sentou 61,7% de talhões contaminados, seguido pela região sul, com 44%. As de-mais regiões possuem índi-ces bem inferiores, onde o manejo deve ocorrer desde já e sem interrupção, difi -cultando o crescimento da doença.

Apesar desse cresci-mento em talhões, a in-cidência da doença nas árvores é baixa, o que re-comenda a política do Fun-decitrus de intensifi car o manejo adequado, com a qualifi cação do pessoal, para o controle do greening. Em todo o parque citrícola o índice de plantas doentes atingiu 1,87%.

O levantamento amostral de greening foi re-alizado por uma equipe de 170 pessoas, que percorreu 7 mil talhões, inspeciona-

ndo 10% das árvores. Esses dados dão maior validade à política de educação

fi tossanitária. Segundo o gerente do Departamento Técnico do Fundecitrus, Cícero Augusto Massari é fundamental que os citricultores adotem o manejo do greening, especialmente em conjunto com as propriedades vizinhas.

“O problema cresce porque alguns produtores ainda não fazem o manejo, outros começam tardiamente e alguns, que adotam as medidas, sofrem com vizinhos que não rea-lizam o processo”, afi rma Massari.

O manejo do greening envolve basicamente três ações: erradicação de plantas doentes, controle do inseto vetor, o psilídeo Diaphorina citri, e constantes inspeções no campo, além do uso de mudas sadias e certifi cadas.

Pesquisas apontam que o quanto mais cedo o citricultor iniciar o manejo, melhor será o controle da doença. Um es-tudo recente realizado pelo Fundecitrus provou que a adoção do manejo regional, feita em conjunto por propriedades vi-zinhas, tem mais efi cácia.

Entre os principais pontos do estudo, divulgado em junho desse ano, estão a redução dos psilídeos infectivos, aqueles capazes de transmitir o greening, e a redução da in-cidência da doença, que chegou a ser 15 vezes menor em propriedades onde o manejo é feito em conjunto por todos os produtores.

“O manejo regional se torna cada vez mais essencial para uma política efi caz de combate a doença”, destaca Mas-sari.

Ações do Fundecitrus - A decisão tomada pelo Conselho Deliberativo, após profunda refl exão so-bre a efi cácia do combate ao greening, demonstra que o avanço da doença dentro do parque citrícola paulista, poderá ser mini-mizado intensifi cando as ações de conscientização. Os engenheiros da enti-dade fi cam à disposição dos produtores para realizar palestras, reuniões, treina-mentos e dar todas as ori-entações necessárias para o combate de doenças e pra-gas dos citros.

Combate ao greening exige parceria. O Fundeci-trus promove a organização dos citricultores em grupo para facilitar a adoção do manejo regional. Em todo o Estado, são 110 alian-ças, que recebem apoio da equipe da entidade. Os Dias de Campo, promovi-dos anualmente, também levam o conhecimento até os produtores. Este ano, três eventos já foram rea-lizados e, até o fi nal de no-vembro, serão feitos mais sete.

Além do trabalho de conscientização, o Fun-decitrus está desenvol-vendo diversas pesquisas sobre o manejo e controle do greening, buscando a compreensão da doença e soluções práticas para o campo. A

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31NOV 2010

SILVICULTURA

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O Tocantins registra o primeiro caso de fungo no plantio de eucalipto. A constatação é do

professor doutor em Fitopatologia da UNESP (Universidade Estadual Pau-lista) Edson Luiz Furtado. O local onde foi verifi cado o foco está localizado em Ponte Alta do Tocantins, a 189 quilô-metros de Palmas, capital do estado. A propriedade conta com 800 hectares sendo que 350 já são utilizados no cul-tivo de eucalipto.

Segundo um dos proprietários, o médico João de Deus, 50% da planta-ção já foi atingida pelo fungo Cerato-cystis fi mbriata. A ADAPEC (Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Tocantins) informou que não chegou a

Fungo destrói plantação de eucalipto em Tocantins

ser acionada pelos proprietários da fazenda que apresentou a contaminação, mas que enviará uma equipe à propriedade para diagnosticar a área, incluindo a veri-fi cação da documentação onde consta a origem das mudas e o responsável técnico que assinou o projeto agrícola. E, se for confi rmada a praga, será o primeiro regis-

tro no Tocantins.O prejuízo fi nanceiro ainda não

foi calculado, mas pelo menos 40 mil pés foram atingidos pelo fungo, o in-vestimento gira em torno de R$ 300 mil. Entre sementes e clones, a parte atingida é proveniente de sementes, já com um ano e sete meses. O professor acredita que deve haver uma planta hospedeira deste fungo na região, daí a sua propagação para os pés de eu-calipto.

Além do fungo, foi detectado um défi cit hídrico na propriedade. “O cli-ma muito quente e o solo arenoso in-tensifi cam a gravidade do problema”, analisa Furtado. Foram coletadas 10 amostras, que serão analisadas no labo-ratório da universidade Botucatu. O laudo deve ser concluído em 15 dias (FONTE: Jornal do Tocantins)

VOCÊSABIA?

# Que dos 8 milhões de quilômetros quadrados que a superfície do Brasil estima-se em 388 mi-lhões de hectares (45,6%) sejam, de terras férteis passíveis de uso agropecuário. Atualmente 76,7 milhões de hectares já se encontram com lavou-ras permanente e temporárias enquanto os outros que os outros 172,3 milhões de hectares são ocu-pados com pastagens para o gado.

# Que as reservas indígenas brasileiras somam 107 milhões de hectares, 48,6% mais que as terras atualmente cultivadas na agricultura.

# Que o bioma Cerrado se distribui por 207 mi-lhões de hectares, sendo, pelo menos, 100 milhões cultiváveis. Atualmente existem 78,5 milhões de ha ocupados , sendo 61 milhões com pastagens di-versas, 14 milhões com lavouras anuais e 3,5 mi-lhões com culturas perenes e fl orestais.

# Que a nossa fronteira agrícola pode se expan-dir pois, existem ainda 71 milhões de hectares ainda exploráveis no país (excluindo a Floresta Amazônica) e nenhum outro país apresenta tal potencial produtivo.

por Hélio Casale

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32NOV 2010

Raphael Rodrigues

Produtores de feij ão terão a partir de agora mais opções para am-pliar a produtividade

da lavoura. A unidade Arroz e Feij ão da EMBRAPA - Empre-sa Brasileira de Pesquisa Ag-ropecuária desenvolveu três novas cultivares com grande potencial produtivo especial-izada para colheita mecaniza-da. As sementes BRS 9435 Cometa, BRS Estilo (grupo do carioca) e BRS Esplendor (gru-

EMBRAPA lança três variedades de feij ão para colheita mecanizada

po do preto) estão sendo distribuídas aos produtores rurais sem o pagamento de royalties para a empresa.

Estimativas do corpo técnico da Embrapa apontam que as novas culti-vares diminua em torno de 50% as per-das de produção em uma safra - hoje a média nacional aponta prejuízos na ordem de 8%.

Voltadas somente para a colheita mecânica às sementes tem capacidade de produzir plantas eretas com vagens acima de 12 centímetros do solo, fator que propicia diretamente resistência ao acamamento. No entanto, o pesqui-sador de melhoramento de feij ão da Embrapa Leonardo Melo, alerta apenas para um detalhe.

“Somente o uso da semente não possibilita o aumento da produtivi-dade. É necessário tomar cuidados com excessos de adubação nitrogenada, observar fatores climáticos e verifi car as ramifi cações que devem ser curtas e fechadas. São procedimentos triviais, mas que se não forem cumpri-dos fatalmente ocasionará o acamamento das plantas, prejudicando diretamente a colheita da safra”, explica.

Indicado para agricul-tores que pretendem mini-mizar o tempo entre plan-tio e colheita, a variedade BRS 9435 Cometa pode alcançar produtividade de 3,5 mil quilos por hectare, conforme o estado onde é plantado e a época da safra

em um ciclo aproximado de 80 dias. “A principal característica do Cometa é a grande aptidão culinária do grão”, afi rma Melo. A variedade pode ser pro-duzida nos períodos de seca e chuva em Santa Catarina e Paraná; na estação chuvosa em São Paulo; nas safras com seca, chuva e no inverno em Goiás e Distrito Federal. Também é indicada na seca e no inverno em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul; no inverno em Tocantins; e na estação chuvosa na Ba-hia, Sergipe e Alagoas.

As cultivares BRS Estilo e BRS Esplendor possuem características semelhantes. Ambas podem atingir produção de 4 mil quilos por hectare e o ciclo entre plantio e colheita é re-alizado entre 90 e 95 dias. Além do porte ereto das plantas e alto potencial produtivo, as sementes mantêm a es-tabilidade de produção e resistência às principais doenças.

Variedade de Feijão BRS Cometa

“No caso das variedades Estilo e Esplendor as sementes foram projetadas para que não haja o aparecimento da mur-cha de Fusarium, que se de-senvolve facilmente em solos arenosos, úmidos, com baixos pH, fertilidade e teor de potás-sio. Outra doença combatida é o crestamento bacteriano comum, uma das mais impor-tantes doenças de origem bac-teriana. Os sintomas da enfer-midade manifestam-se em toda a parte aérea da planta, afetando folhas, caules, vagens

Variedade de Feijão BRS Esplendor

e sementes”, observa o pesquisador da Embrapa.

Com grãos claros de tamanho semelhante aos da cultivar Pérola, a BRS Estilo é indicada para as safras das águas em Goiás, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Pernambuco, Sergipe e Rio Grande do Sul; no inverno em Goiás, Mato Grosso e Tocantins; na estiagem em Goiás, Paraná, Santa Ca-tarina, Rondônia, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

Já os estados mais adequados para o plantio da cultivar de feij ão de grão preto BRS Esplendor são Pernambu-co, Sergipe, Rio Grande do Sul e São Paulo na safra das águas; em Tocantins no inverno; em Mato Grosso do Sul e Rondônia na seca; em Mato Grosso nas safras do inverno e seca; em Santa Ca-tarina e no Paraná na safra das águas e da seca; e em Goiás nas safras das águas, seca e inverno.

“As novas cultivares tem como objetivo benefi ciar des-de o agricultor familiar até os grandes produtores do grão. Além do aumento da produ-tividade, as novas sementes são capazes de reduzir custos de produção. Será diminuído tanto o número de aplicações de defensivos agrícolas para controlar possíveis pragas na plantação, como também não haverá necessidade de man-ter grandes investimentos em mão de obra”, fi naliza Leo-nardo Melo.

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33NOV 2010

No mês de outubro é come-morado o Dia do Engenhei-ro Agrônomo, profi ssional responsável por elaborar e

orientar a execução de trabalhos rela-cionados à produção agropecuária, visando obter mais produtividade, sempre pautado pelos conceitos do desenvolvimento sustentável da agri-cultura. Desde a regulamentação da profi ssão, em 1933, muitas mudanças ocorreram e atualmente o agrônomo, como é popularmente conhecido, deve ter um perfi l muito mais completo. Mais do que conhecer a parte técnica, o novo profi ssional deve ajudar o cliente a entender melhor diversos aspectos, que vão desde questões diretamente ligadas à plantação, até aspectos mais amplos como tendências de mercado e negócios.

As possibilidades de atuação do profi ssional de agronomia são muito maiores e vão além do campo. O en-genheiro agrônomo tem um leque de oportunidades que não tinha antes: ele pode atuar em áreas de marketing, in-teligência de mercado, trocas, análise de risco, entre outras. Isso demonstra uma mudança importante no papel deste profi ssional, que deixa de ser prioritariamente técnico e passa a ser também um consultor altamente es-pecializado, independente da área em que trabalhe.

Com o aumento das oportuni-dades vem também o aumento das re-sponsabilidades. Os chamados “profi s-sionais do futuro” já são e serão cada vez mais os encarregados de ajudar a suprir as necessidades alimentares mundiais. A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimenta-ção (FAO) estima que, por conta do aumento da população, será necessário aumentar em 70% a produção mundial

“O novo perfi l doEngenheiro Agrônomo”

ARTIGO

GERHARD BOHNE - Diretor de Operações de Negócios Brasil da Bayer CropScience

de alimentos até 2050.Para atender a esta demanda, o

engenheiro agrônomo tem um papel fundamental, pois é ele que vai propor soluções em produtos e serviços e ori-entar os agricultores sobre as melhores práticas, como o uso racional dos re-cursos naturais, visando produzir mais, melhor e sempre de forma responsável, alimentos para atender a crescente de-manda mundial.

Estima-se que no Brasil haja cer-ca de 150 mil engenheiros agrônomos e cresce cada vez mais a busca por pro-fi ssionais bem preparados para atender as novas demandas e necessidades do mercado agrícola. Algumas empresas, principalmente as focadas em pesqui-sa e desenvolvimento, como é o caso da Bayer CropScience, elaboram pro-gramas específi cos para desenvolvim-ento de pessoas, que visam, em médio e longo prazo, formar especialistas para suas diversas áreas e em complemento ao que é visto nas universidades.

Há dois anos a Bayer CropScience implementou um programa de ex-celência operacional, baseado em três pilares: redesenho de processos para dar ainda mais foco às necessidades dos clientes, melhor sistemática de gestão de vendas e capacitação. Atualmente, os engenheiros agrônomos da empresa que atuam diretamente no campo são mais do que vendedores. Eles efeti-vamente se tornaram consultores do agronegócio e passaram a exercer um papel importante na elaboração e exe-cução das estratégias da empresa.

Para se ter uma ideia da mudan-ça trazida pelo projeto, em 2008 cada engenheiro agrônomo investia, em média, 21% do seu tempo em visitas a clientes no campo. Hoje, aproxima-damente 40% do tempo é dedicado ao relacionamento com o produtor e à

construção de negócios.A capacitação da equipe é parte

fundamental deste programa e a Bayer CropScience oferece aos profi ssion-ais treinamentos constantes, acompa-nhamento individualizado, palestras e cursos de atualização. Os temas não se restringem apenas a produtos ou cul-turas e são abordadas questões ligadas à sustentabilidade, por exemplo. Além das atividades presenciais, os enge-nheiros agrônomos têm a possibili-dade de fazer cursos online, no método e-learning. Desta forma, o tempo dos colaboradores é otimizado, já que não precisam se deslocar todas as vezes que forem participar de um treinamento.

O resultado desta iniciativa é visível e benefi cia diversos públicos. Para o próprio engenheiro agrônomo, que amplia suas possibilidades profi s-sionais, pois está melhor preparado e se diferencia no mercado de trabalho. Também à empresa, que conta com pessoas mais comprometidas e capa-citadas, o que ajuda a atingir as metas estabelecidas. Nos dois últimos anos, desde que a estratégia foi implantada, a Bayer CropScience vem apresentando crescimento, sempre de maneira sus-tentável. Esta frente contribui, ainda, com o desenvolvimento sustentável do agronegócio, pois ao levar informações atualizadas para o campo e o engenhei-ro agrônomo se torna um importante multiplicador de conhecimento.

Assim, fi ca claro o novo perfi l do engenheiro agrônomo e também o pa-pel fundamental que este profi ssional tem no desenvolvimento do agronegó-cio.

A Bayer CropScience tem muito orgulho de contar com a colaboração destes profi ssionais e reforça seu com-promisso com o seu principal ativo: o capital humano. A

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34NOV 2010

Sérgio Berteli Garcia1, Sérgio Novita Esteves2, Olivardo Facó3,

Manoel Jacinto2, Rui Machado2,

Márcio Armando Gomes de Oliveira4

Foi encerrado no último dia 06 de outubro, em Franca (SP), o 1º Teste de Desempenho de Ovinos da Raça Morada Nova

do Núcleo Paulista de Criadores da Raça Morada Nova. O teste foi rea-lizado na Fazenda São Miguel, de pro-priedade do Dr. Sebastião Carlos de Figueiredo, localizada no município de Patrocínio Paulista (SP). Neste teste foram avaliados 17 animais pertencen-tes a quatro diferentes criatórios. Du-rante os 92 dias de prova, os animais foram confi nados e receberam uma dieta constituída por ração total peleti-zada da Premix “Ração Total Ovinos” que dispensa volumosos, balanceada exclusivamente para ovinos confi na-dos,* tamponada, enriquecida com nutrientes orgânicos e fornecida pela Premix.

Para a classifi cação fi nal dos ani-mais, foi utilizado um índice que con-siderou o ganho de peso médio diário durante a prova (GPMD), a área de olho de lombo ponderada pelo peso metabólico (AOLp = AOL / Peso Fi-nal 0,75), o perímetro escrotal fi nal (PE), a espessura de gordura (EG) e o somatório dos escores visuais (EV), constituído pelas características con-formação, precocidade de acabamento, musculatura, tipo racial e aprumos. Na composição do índice, as caracter-ísticas receberam as seguintes ponde-rações:

Índice Final = 0,40(GPMD) + 0,15(AOLp) + 0,10(PE) + 0,10(EG) + 0,25(EV)

A ponderação da área de olho de lombo pelo peso metabólico per-mite uma comparação mais justa dos

Teste de desempenho de ovinos da raça Morada Nova de criadores da região de Franca (SP)

1 - Zootecnista, consultor do IBS, Franca (SP). Email: [email protected] - Pesquisadores da Embrapa Pecuária Sudeste Cx.P.339, CEP: 13560-970 São Carlos (SP) 3 - Pesquisador da Embrapa Caprinos, Sobral - (CE). Email: [email protected] - Diretor Técnico da ASPACO, São Manuel (SP). Email: [email protected]

animais mais leves com aqueles mais pesados.

Para retirar os efeitos da es-cala das diferentes características que compõem o índice e permitir sua soma, todas as medidas foram divididas pelo desvio padrão do grupo participante, tornando o índice adimensional, ou seja, sem unidade de medida. Tal pre-caução foi tomada para ajustar as uni-

dades de medida, já que algumas são mensuradas em quilogramas (GPMD) e outras em cm2/kg (AOLp). Ao fi nal da prova, os animais foram classifi ca-dos em quatro categorias descritas e ilustradas abaixo:

• ELITE: índice fi nal > média + 1,0 des-vio padrão.• SUPERIOR: média ≤ índice fi nal

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Plantel de fêmeas da raça Morada Nova do criador Emílio Augusto Jorge Monteiro.

Plantel de fêmeas da raça Morada Nova em exposição no PECSHOW, de Barretos (SP).

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35NOV 2010

OVINOCULTURA

Class. Nº do Criador GPMD AOL PE EG EV Índice Categoria Animal 1 361 José Francisco C. Jacinto 0,299 11,9 30,0 3,7 19,5 9,04 Elite 2 234 Emílio Augusto J. Monteiro 0,269 10,5 27,8 3,7 22,0 8,80 Elite 3 204 Emílio Augusto J. Monteiro 0,267 13,1 29,8 3,7 17,8 8,74 Elite 4 A23 Élbio Rodrigues A. Filho 0,253 13,2 32,0 3,1 16,5 8,51 Superior 5 B11 Élbio Rodrigues A. Filho 0,245 12,4 26,8 2,5 21,0 8,46 Superior 6 256 José Francisco C. Jacinto 0,247 9,3 28,3 3,1 21,0 8,32 Superior 7 250 Emílio Augusto J. Monteiro 0,247 13,5 27,5 3,7 16,3 8,25 Superior 8 B13 Élbio Rodrigues A. Filho 0,271 9,4 27,5 3,7 16,5 8,15 Superior 9 225 Emílio Augusto J. Monteiro 0,226 10,3 29,8 3,7 18,8 8,02 Superior

GPMD = ganho em peso médio diário; AOL = Área de Olho de Lombo; PE = Perímetro Escrotal; EG = Espessura de Gordura; AV = Avaliação Visual. Índice = GPMD (40%) + AOL (15%) + PE (10%) + EG (10%) + AV (25%)

Tabela 1. Sumário dos resultados do teste de desempenho de ovinos da raça Morada Nova

≤ média + 1,0 desvio padrão.• REGULAR: média – 1,0 desvio padrão ≤ índice fi nal < mé-dia.• INFERIOR: índice fi nal < média – 1,0 desvio padrão.

Foram classifi cados três reprodutores como ELITE e outros seis como SUPERIORES (Tabela 1).

Vale salientar que entre os quatro machos melhor clas-sifi cados, havia animais de três diferentes rebanhos. Estes re-sultados indicam a possibilidade de se identifi car potenciais reprodutores na maioria dos rebanhos para contribuir com variabilidade genética e melhoria no desempenho produtivo.

O ganho em peso médio foi de 237 gramas/dia e os ani-mais apresentaram bom acabamento de carcaça, denotado

pela espessura de gordura média de 3,0 mm (Tabela 1).Os testes de desempenho buscam identifi car animais

potencialmente melhoradores para serem utilizados como reprodutores referência na conexão genética dos rebanhos do núcleo.

A realização de testes de desempenho faz parte da es-tratégia de ação do projeto Caracterização e Bases para o Melhoramento Genético de Ovinos da Raça Morada Nova, conduzido com recursos da EMBRAPA e executado pelas unidades descentralizadas Embrapa Pecuária Sudeste e Em-brapa Caprinos e Ovinos. O projeto tem como objetivo con-tribuir para a conservação da raça através da caracterização de seu potencial produtivo e reprodutivo, da manutenção da variabilidade genética e do melhoramento genético.

O núcleo, constituído por quatro rebanhos dos mu-nicípios paulistas de Franca, Itirapuã, Restinga e Sales de Oliveira, conta ainda com a fundamental parceria da AS-PACO e da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia – CENARGEN.

Além dos testes de desempenho, sob orientação da equipe do Programa de Melhoramento Genético de Capri-nos e Ovinos de Corte – GENECOC, o projeto está orientan-do a escrituração zootécnica nos rebanhos participantes do núcleo para a formação de um banco de dados que, uma vez analisado, permitirá a orientação do melhoramento gené-tico dos rebanhos da raça.

O projeto prevê ainda estudos com marcadores mo-leculares que serão utilizados como ferramenta para moni-torar e otimizar a diversidade genética dos rebanhos e estu-dos qualitativos das peles e couros.

Para a avaliação estrutural das peles e qualitativa dos couros foram abatidos cinco animais não classifi cados como “elite” ou “superior”. Após o curtimento das peles, serão retiradas amostras para a avaliação da resistência dos couros à tração e ao rasgamento, com o objetivo de conhecer a qualidade intrínseca.

A expectativa é que esses couros revelem alta quali-dade intrínseca, visto que o couro dos ovinos deslanados é superior aos dos ovinos de lã e extrinsecamente não apre-sentam defeitos. Na indústria de curtimento e de calçados o couro dos ovinos deslanados é referido como “de mestiço”, apesar de provir de animais de raça pura (Morada Nova, Santa Inês, Somalis Brasileiro).

Márcio Armando Oliveira, responsável técnico da ASPACO, em inspeção na fazenda de Emílio Augusto Jorge Monteiro

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Page 36: Edição 51 - Revista de Agronegócios - Outubro/2010

36NOV 2010

MÊS

JANFEVMARABRMAIJUNJULAGOSETOUTNOVDEZ

268,41269,34262,48260,10268,02256,64247,50255,34254,29262,20272,55281,57

2009

Média Mensal dos Preços Recebidos pelos Produtores 1

FONTE: Indicador CEPEA/Esalq/BM&F e Boletim do Café - Centro do Comércio de Café do Rio de Janeiro - 1 - Em R$/saca de 60kg, posto, com Funrural e sem ICMS

280,75278,68279,70282,18289,46305,13302,36313,93328,23

2010

PAÍS

BrasilVietnãColômbiaIndonésiaEtiópiaÍndiaMéxicoGuatemalaPeruHondurasC. MarfimNicaráguaEl SalvadorOutros

39.47018.0009.000

10.7004.5004.8274.2003.5003.7503.8701.8501.4181.115

15.751

PRODUÇÃO MUNDIAL

FONTE: MAPA / SPAE / CONAB e OIC.

2009Prod

ANO

19961997199819992000200120022003200420052006200720082009

CONSUMO(milhões sc)

Evolução do Consumo Interno

FONTE: ABIC. Período = novembro a outubro, sacas de 60kg

3,333,443,613,733,813,913,863,724,014,114,274,424,514,65

4,164,304,514,674,764,884,834,655,015,145,345,535,645,81

11,011,512,212,713,213,614,013,714,915,516,317,117,718,4

inclusivesolúvel

kg caféverde

kg cafétorrado

ARÁBICATipo 6 BC-Duro

(Base Cepea-Esalq)

ARÁBICATipo C Int. 500

(Base Varginha-MG)

ARÁBICATipo C Int. 500

(Base Vitória-ES)

CONILLONTipo 6-Pen.13

(Base Cepea-Esalq)

CONILLONTipo 7 BC

(Base Vitória-ES)

227,66224,07212,57200,20197,13188,45180,09186,13188,89180,77161,61176,41

2009

173,51168,47173,67158,23160,51167,57171,50171,45170,03

2010

184,25193,33196,77198,30204,75196,43191,04194,52190,95182,62180,00185,75

2009

189,50191,39186,52190,00200,00230,00220,00215,00223,10

2010

230,00233,33233,41230,85235,05228,10225,35230,24221,90226,67229,75232,25

2009

233,75227,78221,52225,50238,00255,00235,00230,00234,76

2010

205,50212,22208,46203,55201,45191,43184,57188,10184,76181,43180,50187,00

2009

185,00172,78166,52174,00190,00200,00195,00190,00193,33

2010

CONSUMO(kg/hab.ano)

torrado emoído

-10,611,012,212,613,013,312,914,114,615,416,116,717,4

(%)

32,3714,767,388,773,693,963,442,873,083,171,521,160,91

12,92

2008 2007 2006Prod (%)

45,99218.5008.6649.3504.3504.3714.6513.7853.8723.4502.3531.6151.547

15.588

35,9114,446,767,303,403,413,632,953,022,691,841,261,21

12,17

Prod (%)

36.07016.46712.5047.7774.9064.4604.1504.1003.0633.8422.5981.7001.621

16.138

30,2113,7910,476,514,113,743,483,432,573,222,181,421,36

13,52

Prod (%)

42.51219.34012.5417.4834.6365.1584.2003.9504.3193.4612.8471.3001.371

16.020

32,9214,989,715,793,593,993,253,063,342,682,201,011,06

12,41

PAÍS

BrasilVietnãColômbiaIndonésiaEtiópiaÍndiaMéxicoGuatemalaPeruHondurasC. MarfimNicaráguaEl SalvadorOutros

30.48117.0907.8946.5191.8513.1082.8383.5083.0743.0841.8841.3711.307

10.749

EXPORTAÇÃO MUNDIAL2009

Prod (%)

32,1718,048,336,881,953,282,993,703,243,251,991,451,38

11,34

2008 2007 2006Prod (%)

29.72816.10111.0855.7412.8523.3782.4483.7783.7333.2591.5851.6251.438

10.915

30,4416,4911,355,882,923,462,513,873,823,341,621,661,47

11,18

Prod (%)

28.39817.93611.5572.9453.0732.7181.9503.8002.8433.3821.8331.5101.396

13.232

29,4118,5711,973,053,182,812,023,932,943,501,901,561,45

13,70

Prod (%)

27.97813.90410.936

4.1172.8033.7422.2003.6504.0993.2312.5311.1101.149

10.829

30,3215,0711,854,463,044,062,383,964,443,502,741,201,25

11,74

FONTE: MIDC / SECEX e OIC.

TOTAL 94.758 97.666 96.573 92.279 TOTAL 121.951 128.088 119.396 129.138

TOTAL 263,20 280,33 229,74 227,14 191,56 189,35 193,67 168,47 194,08 174,58

O MERCADO DO CAFÉ

MÊS1. Produção (milhões/saca) (1)

1.1. Área em produção (milhões/hectare) 1.2. Produtividade (sacas/hectare)2. Exportação (verde, solúvel e torrado) (2)

2.1. Quantidade (milhões/saca) 2.2. Valor (mlhões/US$) 2.3. Preço Médio (US$/saca)3. Consumo Interno (T, M e solúvel) 3.1 Consumo per capita (kg/hab.ano)4. Estoques do Funcafé (milhões/sacas)5. Orçamento aprovado Funcafé (milhões R$) 5.1. Financiamentos 5.2. Publicidade e Promoção do Cafés do Brasil 5.3. Pesquisa Cafeeira6. Participação das exportações brasileiras em relação às exportações mundiais (em sc) (%) (4)

7. Participação do café nas exportações do agronegócio (em US$) (%) (5

201047,22,1

22,7

23,53,8

161,4919,35,90,5

2.8462.67315,015,0

31,6

6,7

INDICADORES DE DESEMPENHO DA CAFEICULTURA BRASILEIRA

FONTE: DCAF, CONAB, ABIC, MDIC/SECEX, OIC, CEPEA/Esalq/BM&F. // (1) - 2010, com base no 2º Levantamento de Safra da CONAB (maio/10); // (2) - 2010, de janeiro a abril; // (3) - 2010, estimativa; // (4) 2010 - de janeiro a março.

200939,52,1

18,9

30,54,3

140,3818,45,80,5

2.8442.67315,015,3

32,2

6,6

200846,02,2

21,2

29,74,8

160,2017,75,60,5

2.5612.44113,012,0

30,4

6,6

200736,12,2

21,2

29,74,8

160,2017,75,60,7

2.1472.02613,012,0

30,4

6,6

200642,52,2

19,8

28,03,4

137,0317,15,51,9

1.6801.579

5,67,5

30,3

6,8

200532,92,2

14,9

26,42,9

110,8015,55,13,2

1.2821.249

8,412,0

30,2

6,6

200439,32,2

17,8

26,72,0

76,3014,95,04,3

1.2261.201

5,08,0

29,3

5,2

200328,82,2

13,1

25,71,5

59,5913,74,75,15505243,58,0

29,9

5,0

200248,52,3

21,0

28,41,4

48,1714,04,85,48246931,65,1

32,0

5,5

200131,32,2

14,4

23,31,4

59,8813,64,95,68988558,0

16,0

25,8

5,9

Page 37: Edição 51 - Revista de Agronegócios - Outubro/2010

37NOV 2010

MÊS

JFMAMJJASOND

0,4910,4720,5100,5200,5380,5340,5160,4380,4480,4480,4010,310

2005 2006ESTADO DE SP - REGIÃO DE FRANCA (SP)

LEITE C 1

0,3730,3870,440

-0,4760,4730,5050,5080,4760,5080,5000,537

0,5350,5350,5600,5350,5890,5800,6500,7800,7750,7750,6550,640

2007 20080,6350,6150,5850,6700,7600,7390,7330,7030,6960,6060,5770,588

0,5990,5500,5530,5620,6000,6410,6830,6890,6720,6350,6020,532

2009 20100,5240,5230,5190,6550,7340,6850,7000,6500,600

FONTE: FAESP / AEX Consultoria - 1 - Em R$/litro.

O MERCADO DO LEITE

UFJUL/2010

0,68500,63380,72860,76400,76230,68100,68700,72180,64760,57420,66510,69650,63000,75410,66470,68840,64030,7077

PREÇOS PAGOS PELOS LATICÍNIOS (brutos) e RECEBIDO PELOS PRODUTORES (líquidos) 1

FONTE: CEPEA-Esalq/USP. - 1 - Preços pagos no mês, referentes ao leite entregue no mês anterior. - 2 - Preço Bruto Médio Incluso frete e CESSR (ex-Funrural)

REGIÃO

SP

FrancaSão José Rio PretoMacroMetropolitana SPVale do ParaíbaTriângulo Mineiro / Alto ParanaíbaSul / Sudoeste de MinasVale do Rio DoceCentro GoianoSul GoianoNoroesteMetropolitana Porto AlegreOeste CatarinenseVale do ItajaíCentro Oriental ParanaenseOeste ParanaenseNorte Central ParanaenseCentro Sul BaianoSul Baiano

MG

RS

PR

GO

SC

BA

prod. latic.2

-0,68490,75580,81410,82260,70970,71640,79170,67410,61810,70880,74930,65190,79010,71110,74750,65750,7626

JUN/2010

0,73400,68560,81230,77640,83280,76620,75730,75720,71440,64010,74490,75000,64000,79760,68950,73520,62530,7387

prod. latic.2

-0,73410,85020,82170,88750,79130,80350,81340,74150,67470,78690,80620,67000,82440,73570,78970,64000,7969

MAI/2010

0,65500,67570,81000,76420,84440,75530,73470,79160,77660,68840,74370,76950,65000,79680,71290,79580,60410,7492

prod. latic.2

-0,73350,86000,81440,88510,78970,77530,84690,80600,73150,80120,82790,68000,83350,75630,84670,61840,8109

2.795,635,549,244,714,755,431,57,81,6

45,943,631,62,4

LITROS DE LEITE NECESSÁRIOS PARA COMPRAR INSUMOS E SERVIÇOS NA PECUÁRIA DE LEITE 1

FONTE: EMBRAPA / CNPGL - Alziro Vasconcelos Carneiro e Jacqueline Dias Alves. - a - Preço médio do leite tipo C, pago ao produtor.

INSUMO / SERVIÇOS

Vaca em Lactação (+ 12 litros)DiaristaRação para Vaca em Lactação (sc 50kg)Farelo de Algodão (sc 50kg)Sal Comum (sc 25kg)NeguvonTintura de Iodo a 10% (litro)Remédio para Mastite (Mastilac)Vacina Aftosa (dose)Uréia PecuáriaSulfato de Amônia (sc 50kg)Detergente alcalino (limpeza ordenha)Óleo Diesel (litro)

R$ 0,812a

Jun/10

2.937,035,049,046,015,055,032,08,11,6

45,044,032,02,4

R$ 0,813Mai/10

2.950,035,051,049,015,058,033,08,21,6

48,049,035,02,5

R$ 0,780Abr/10

3.044,039,061,054,017,067,037,09,41,8

54,054,041,02,8

R$ 0,700Mar/10

2.960,044,068,062,018,074,041,010,21,9

60,056,044,03,0

R$ 0,643Fev/10

3.197,043,067,067,019,071,045,09,32,0

61,054,042,03,2

R$ 0,609Jan/10

3.224,043,064,065,019,077,043,07,22,0

58,055,047,03,1

R$ 0,620Dez/09

2.915,039,055,053,016,048,037,08,01,8

50,047,036,02,7

R$ 0,718Set/10

3.079,042,058,053,017,073,040,07,91,8

50,049,037,02,8

R$ 0,710Ago/10

2.81938,051,049,016,062,034,08,31,7

48,048,035,02,6

R$ 0,755Jul/10

AGO/2010

0,60000,63900,71180,75600,71510,66950,65450,69210,62150,56150,63600,64290,58000,72310,63610,67090,63,500,6736

prod. latic.2

-0,68430,74000,80630,75730,69980,68560,73350,64260,60310,67510,70530,61190,75770,67000,71870,65910,7277

ABR/2010

0,51900,67100,78000,74250,77040,73310,71080,72740,71250,68400,73440,71870,63500,76320,66760,71720,58140,7624

prod. latic.2

-0,71330,83000,79270,83120,77850,75900,78540,75620,72090,79010,77660,65000,80040,70320,77650,58140,7624

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38NOV 2010

MÊS

JANFEVMARABRMAIJUNJULAGOSETOUTNOVDEZ

0,31520,30280,30890,32170,26320,22990,22430,22680,22610,21740,23700,2418

20070,24020,25290,26280,25380,25060,23850,24930,24980,26850,29200,30150,3116

0,32380,33940,32110,29780,28020,27490,29930,30840,33750,36760,37440,3886

0,43910,47260,43070,38880,34860,32530,33740,34890,3760

2008 2009 2010MENSAL 1

38,2937,9037,6335,1331,6529,3428,0527,3626,9126,4226,3826,46

200726,4626,5526,7427,7127,5326,9326,9727,0227,4128,0228,5428,97

29,4429,9830,3832,5231,4930,8831,3331,8132,7133,8734,7835,67

36,9138,0238,1342,4540,3638,5237,9637,9438,48

2008 2009 2010CAMPO 2

42,7742,3442,0339,2435,3632,7731,3330,5730,0629,5229,4729,55

200729,5529,6629,8730,9530,7530,0830,1330,1930,6131,3031,8832,36

32,8833,4933,9336,3235,1834,4934,9935,5336,5437,8338,8539,85

41,2242,4742,5947,4245,0843,0342,4142,3842,98

2008 2009 2010ESTEIRA 3

CANA-DE-AÇÚCAR

MÊS

JANFEVMARABRMAIJUNJULAGOSETOUTNOVDEZ

74,6174,8576,1977,2480,5291,5392,7992,0588,8290,7988,3982,20

vist75,4175,6077,0278,1181,5292,6193,8993,0089,9492,1589,5783,41

84,0181,5477,5480,0379,4780,8581,3977,9277,2577,1874,3576,64

85,3582,5478,5180,9380,3281,6882,2878,9878,5878,6175,7175,66

praz2008

BOI GORDO / SP 1

vist praz vist praz75,7077,0379,0382,3380,8182,1683,7388,6793,49

76,9778,1279,8883,3481,6883,0184,5689,4994,56

2009 2010 MÊS

JFMAMJJASOND

493,19504,14517,13551,69623,64712,18751,18740,16726,05716,86702,55659,71

vist1 pes2

2008

BEZERRO / Mato Grosso Sul 1

2009 2010

MÊS

JANFEVMARABRMAIJUNJULAGOSETOUTNOVDEZ

LIMA TAHITI 1

MÊS

JANFEVMARABRMAIJUNJULAGOSETOUTNOVDEZ

LARANJA POSTA INDÚSTRIA 1

MÊS

JANFEVMARABRMAIJUNJULAGOSETOUTNOVDEZ

LARANJA PERA 1

186,40186,20187,01187,22187,11187,44187,03185,83185,61185,55185,28186,17

636,23627,96634,15651,69633,71648,49638,08615,85607,08596,24592,23593,97

vist1 pes2

186,21186,22186,82188,46188,39191,75191,75187,65194,29186,79187,09185,99

601,17608,98649,59705,26722,07722,78679,96666,82695,40

vist1 pes2

182,58190,86190,77190,61191,01195,16193,76185,28188,76

MÊS

JFMAMJJASOND

183,62137,77142,15135,18128,71126,00126,98120,90120,84122,18116,26112,22

vist1 praz2

ALGODÃO EM PLUMA1

140,98142,39146,94139,81133,05130,14131,50125,09124,87126,46120,51116,14

116,56115,17111,87111,39124,70119,79117,10116,21115,22116,94124,43132,71

119,75118,12114,73114,24127,88122,86120,10119,22118,22119,99127,67136,16

141,27141,72148,62160,56155,96156,80164,49183,80215,34

144,95145,42152,50164,74160,04160,91168,75188,62220,98

SOJA 1

2006

MILHO 1

17,5516,5214,6214,4415,2516,4716,6916,8617,9421,0922,9324,96

30,9327,7927,1926,6227,4326,8827,7624,5623,7822,3220,5120,75

2007 2008

23,6722,2620,6221,2922,2522,2420,5519,4219,1320,6020,4120,02

2009 2010

19,6618,3518,4718,1618,6719,4318,7420,4224,36

JANFEVMARABRMAIJUNJULAGOSETOUTNOVDEZ

MÊS

25,0222,0220,2019,2018,9319,5818,9722,1326,9527,3631,7233,80

2006

29,2527,5325,7024,9126,4627,5927,7327,3028,1130,5433,0631,93

46,2347,7145,8344,3344,7049,9950,5844,7046,0844,6345,1344,61

2007 2008

49,2147,5645,3547,9550,3949,8947,8348,2046,0744,6746,0742,87

2009 2010

39,8035,7334,1434,4935,5936,0938,5841,3242,59

JANFEVMARABRMAIJUNJULAGOSETOUTNOVDEZ

MÊS

32,0032,5831,8030,0130,0830,7131,3434,5638,6739,9142,0743,98

2006

3,092,182,282,825,526,50

11,3828,8735,7644,6026,585,78

4,745,157,845,244,775,979,61

20,1038,9551,7846,6416,26

2007 2008

6,195,034,944,224,794,896,62

26,5231,4722,2821,53

9,83

2009

2,922,343,87

10,7016,4918,8517,9714,8219,0320,9914,9210,16

2005

9,139,78

12,6411,669,368,798,979,139,73

11,0412,5113,85

15,0817,1019,0216,6013,8211,2810,9811,0610,4811,4813,4514,10

2006 2007

15,3816,9517,0314,6512,0411,3911,3811,0110,6410,8310,249,70

2008 2009

10,009,82

11,1310,469,137,666,486,477,047,588,488,94

15,6819,5319,0813,7210,689,38

10,1211,4712,5112,6012,7613,48

2005

7,086,836,015,856,107,148,718,447,947,869,70

11,53

15,4615,5013,688,797,887,97

10,9310,169,789,89

11,7712,61

2006 2007

13,4612,399,668,388,279,72

10,959,719,339,578,637,27

2008 2009

6,805,924,954,504,053,683,655,045,665,866,416,95

12,139,908,667,587,218,10

10,0610,7611,0411,5212,5114,26

2005

4,762,712,372,153,818,36

17,6421,9516,8611,879,986,41

FONTE: Indicador Esalq/BM&F Bovespa - 1 - Em R$/arroba (15kg) FONTE: CEPEA/Esalq. Para M. Grosso Sul - 1 - Em R$/cab - 2 - Em R$/kg

FONTE: UDOP - 1 - Em R$/kg ATR // 2 - 109,19 kg ATR // 3 - 121,97 kg ATR

FONTE: Indicador Esalq/BM&F Bovespa - 1 - Em centavos R$/libra peso FONTE: Indicador Esalq/BM&F Bovespa - 1 - Em R$/saca de 60kgFONTE: Indicador Esalq/BM&F Bovespa - 1 - Em R$/saca de 60kg

FONTE: Indicador CEPEA/Esalq // 1 - Valores médios em R$/cx de 40,8kg, a prazo, entregue no portão, sem contrato.

FONTE: Indicador CEPEA/Esalq // 1 - Valores médios em R$/cx de 40,8kg, mercado interno, na árvore.

FONTE: Indicador CEPEA/Esalq // 1 - Valores médios em R$/cx de 27,0kg, mercado interno, colhido.

2010

7,709,77

10,178,24

13,0014,7014,8814,9015,19

2010

10,8917,2219,1716,5014,4915,1314,9014,9416,83

2010

7,028,829,53

11,1214,2518,9621,4922,6331,75

BEZERRO / São Paulo 1

2006

341,01341,89341,69347,65364,42370,14361,67365,51369,08374,37370,13366,08

492,82503,88518,07553,43624,51713,33752,17740,02724,67717,00703,33660,14

2007 2008

636,50629,36635,79657,06661,06656,90641,71618,36604,06597,02585,92592,25

2009 2010

599,80614,68647,90699,60718,62721,53684,39669,62686,57

JANFEVMARABRMAIJUNJULAGOSETOUTNOVDEZ

MÊS

366,38377,36394,33408,47419,30427,29434,89452,92462,15466,46473,66480,86

FONTE: CEPEA - 1 Em R$/cabeça, descontado prazo de pagamento pela NPR

2008vist1 praz2

2009vist1 praz2

2010

Page 39: Edição 51 - Revista de Agronegócios - Outubro/2010

39NOV 2010

LIVROSAGENDA DE EVENTOS

JORNADA DE ATUALIZAÇÃO EM MEDICI-NA DE PEQUENOS ANIMAISDias: 08 a 11/11. FUNEP. Local: Anfiteatro Principal UNESP/FCAVJ, Jaboticabal (SP). Tel: (16) 3209-1300. Email:- [email protected]. Site:-www.funep.com.br.

16º TREINAMENTO EM SUPLEMENTAÇÃO PARA BOVINOS DE CORTE A PASTODias: 09 a 11/11. FEALQ. Local: Centro de Treinamento Recursos Humanos Depto. Zoo-tecnia ESALQ/USP, Piracicaba (SP). Tel: (19) 3417-6604. Email:- [email protected]. Site:-www.fealq.org.br.

FEILEITE 2010 - Feira Internacional da Ca-deia Produtiva do LeiteDias: 09 a 13/11. AGROCENTRO. Local: Centro de Exposições Imigrantes, São Paulo (SP). Tel: (11) 5067-6767. Email:- [email protected]. Site:-www.feileite.com.br.

4º WORKSHOP SOBRE MUDANÇAS CLIMÁTICAS E SUSTENTABILIDADE DA PECUÁRIADias: 09/11. INST. ZOOTECNIA. Local: In-stituto de Zootecnia, Nova Odessa (SP). Tel: (19) 3466-9413. Email:- [email protected]. Site:-www.iz.sp.gov.br.

1º SIMPÓSIO DE INSPEÇÃO E QUALIDADE DE ALIMENTOS DE ORIGEM ANIMALDias: 11 e 12/11. PREFEITURA - SECR. DESENVOLVIMENTO. Local: Parque de Exposições “Fernando Costa”, Franca (SP). Tel: (16) 3724-7080. Email:- [email protected]. Site:-www.franca.sp.gov.br/alimentos.

CURSO DE IRRIGAÇÃO: SISTEMAS, MANEJO E GESTÃO EM CONDIÇÕES DE CAMPODias: 14 a 16/11. CPT. Local: Rua Padre Se-rafim, 50, Viçosa (MG). Tel: (31) 3899-8300. Email:- [email protected]. Site:-www.cptcursospresenciais.com.br.

CURSO SOBRE MANEJO DE PSILÍDEOS E GREENING EM CITROSDias: 17/11. GRAVENA. Local: Instituto de Zootecnia, Jaboticabal (SP). Tel: (16) 3203-2221. Email:- [email protected]. Site:-www.gravena.com.br.

7º CICLO DE PALESTRAS SOBRE HEVEI-CULTURA PAULISTADias: 18 e 19/11. SECR. AGRICULTURA, APABOR e FUNEP. Local: Ipê Park Hotel, São José do Rio Preto (SP). Tel: (16) 3203-2221. Email:- [email protected]. Site:-www.funep.com.br.

CURSO PRÁTICO DE REPRODUÇÃO DE PEIXES NATIVOSDias: 19 e 20/11. PISCICULTURA SÃO GER-ALDO. Local: Piscicultura São Geraldo, São Paulo (SP). Tel: (16) 3041-0018. Email:- [email protected]. Site:-www.fazendasaogeraldo.com.br.

CURSO DE AGROECOLOGIA E PERMA-CULTURA NA PRÁTICADias: 20/11. AAO. Local: Sítio Duas Cachoei-ras, Amparo (SP). Tel: (11) 3875-2625. Email:- [email protected]. Site:-www.aao.org.br.

CURSO DE CAPACITAÇÃO DE INSPE-TORES DE PRAGAS DE CITROSDias: 22 a 24/11. GRAVENA. Local: Gravena, Jaboticabal (SP). Tel: (16) 3203-2221. Email:- [email protected]. Site:-www.gravena.com.br.

24º SISTEMA ROTACIONADO INTENSIVO DE PRODUÇÃO DE PASTAGENS PARA BOVINOS LEITEIROSDias: 23 a 26/11. FEALQ. Local: Centro de Treinamento Recursos Humanos Depto. Zoo-tecnia ESALQ/USP, Piracicaba (SP). Tel: (16) 3417-6604. Email:- [email protected]. Site:-www.fealq.org.br.

CURSO DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL EM ÉGUAS E COLETA, AVALIAÇÃO E CRIO-PRESERVAÇÃO DE SÊMEN EQUINODias: 21 a 24/11. CPT. Local: Rua Padre Se-rafim, 50, Viçosa (MG). Tel: (31) 3899-8300. Email:- [email protected]. Site:-www.cptcursospresenciais.com.br.

7º ENCONTRO SOBRE A CULTURA DO AMENDOIMDias: 25 a 26/11. FUNEP. Local: Centro de Convenções UNESP/FCAVJ, Jaboticabal (SP). Tel: (16) 3209-1300. Email:- [email protected]. Site:-www.funep.com.br.

CURSO DE ANÁLISE DE MERCADO FÍSI-CO E FUTURO DE MILHODias: 07/12. SAFRAS EVENTOS. Local: Au-ditório do CMA, Vila Conceição, São Paulo (SP). Tel: (51) 3224-7039. Email:- [email protected]. Site:-www.safras.com.br.

SIMPÓSIO BRASILEIRO DE BEM ESTAR DE ANIMAIS DE PRODUÇÃODias: 08 e 09/12. FEALQ. Local: Anfiteatro do Pavilhão da Engenharia ESALQ/USP, Piraci-caba (SP). Tel: (19) 3417-6604. Email:- [email protected]. Site:-www.fealq.org.br.

CURSO DE CAPACITAÇÃO DE MANE-JADORES DE PRAGAS DO TOMATEDias: 09/12. GRAVENA. Local: Instituto de Zootecnia, Jaboticabal (SP). Tel: (16) 3203-2221. Email:- [email protected]. Site:-www.gravena.com.br.

MANEJO DO SOLO E CONTROLE ALTER-NATIVO DE PRAGAS E DOENÇAS NA A-GRICULTURA ORGÂNICADias: 11/12. AAO. Local: Parque da Água Branca, São Paulo (SP). Tel: (11) 3875-2625. Site:-www.aao.org.br.

64º CURSO DE NOÇÕES EM MORFOLO-GIA E JULGAMENTO DE ZEBUÍNOSDias: 06 a 10/12. ABCZ. Local: Parque “Fer-nando Costa”, Uberaba (MG). Tel: (34) 3319-3930. Email:- [email protected]. Site:-www.abcz.org.br.

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40NOV 2010